Capítulo 5. As Informações e o Processo de Tomada de Decisão do Gestor Público

Transcrição

1 Capítulo 5 As Informações e o Processo de Tomada de Decisão do Gestor Público

2 Agradecimentos e parcerias

3 Gestão da Informação e Conhecimento

4 Conteúdo - Capítulo 5 As ondas de transformação As Organizações Públicas como sistemas vivos Comunicação, aprendizado, conhecimento e informação Governo 2.0 O cidadão entrando na era da comodidade no mundo digital Sistemas de informação no governo Promover qualidade com sistemas de informação Sistema de informação geográficas no saneamento Projeto embarque na leitura do Metrô de São Paulo

5 A base do capítulo 5 Fundação Nacional da Qualidade: Critério Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação Gestão do Conhecimento

6 Critério Informação e Conhecimento

7 Gestão das Informações e Conhecimento INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO A aborda a orientação por informações, incluindo a obtenção de informações comparativas pertinentes. Também aborda o desenvolvimento dos ativos intangíveis com ênfase no conhecimento que sustenta o desenvolvimento das estratégias e operações.

8 Organizações vivas As organizações são sistemas vivos, integrantes de ecossistemas complexos. A excelência em uma organização depende fundamentalmente de sua capacidade de perseguir seus propósitos em completa harmonia com seu ecossistema

9 Gestão da Informação e conhecimento

10 As ondas da evolução I. ONDAS DE TRANSFORMAÇÃO (MACROAMBIENTE SOCIO - ECONÔMICO) REVOLUÇÃO AGRÍCOLA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO ATÉ II. ERAS EMPRESARIAIS (AMBIENTE ORGANIZACIONAL) ERA DA PRODUÇÃO EM MASSA 1920 ERA DA EFICIÊNCIA 1950 ERA DA QUALIDADE 1970 ERA DA COMPETITIVIDADE 1990 ERA MODELOS TRADICIONAIS DE GESTÃO NOVOS MODELOS DE GESTÃO MODELOS EMERGENTES Administração Científica Administração Burocrática Administração Japonesa Administração Participativa Empresa Virtual Gestão do Conhecimento Administração das Relações Humanas Modelos Tradicionais da Administração Administração Empreendedora Administração holística Automação de processos Inteligência Artificial / complexidade...

11 Ondas de transformação

12 Mundo em transformação Como ocorrem as ondas de transformações e como nos preparamos?

13 Mundo em transformação O fonógrafo não tem valor comercial. (Tomaz Edison 1880) Pessoas bem informadas sabem que é impossível transmitir a voz através de ondas e, mesmo que isso fosse possível, isso não teria nenhum valor prático. (Editorial do Boston Post, 1865) Não há razão para que qualquer indivíduo tenha um computador em sua casa. (Ken Olsen, presidente da DEC, 1977) Projeção de vendas de PCs feita pela IBM para os anos 80: cerca de unidades; vendas efetivas realizadas A internet não está entre nossas prioridades estratégicas. (Bill Gates logo após o surgimento do Netscape)

14 Mundo em transformação Vivemos um mundo de mudanças e aceleração contínuas... 90% dos cientistas que já viveram sobre a face da terra ainda estão vivos (Kotler) A massa de conhecimento da humanidade, que hoje dobra a cada cinco anos, dobrará a cada 90 dias nos próximos dez ou quinze anos (World Future Society) Todo o conteúdo da mudança ocorrido nos últimos 30 anos não passa de 10% do que mudará nos próximos 30 anos (World Future Society)

15 Mundo em transformação Há menos de 20 anos... O compact disc CD era novidade O fax era novidade O celular não existia O XT dominava o mercado e o super computador era um PC 286 Windows? Internet?

16 Viagem no tempo...

17 Filme historia do computador

18 Evolução do conhecimento ALGUMAS INVENÇÕES E TEMPO QUE LEVARAM PARA SEREM USADAS POR + DE 50 MILHÕES DE PESSOAS ELETRICIDADE 46 ANOS TELEFONE 35 ANOS AUTOMÓVEL 55 ANOS RÁDIO 22 ANOS TELEVISÃO 26 ANOS FORNO DE MICROONDAS 30 ANOS PC 16 ANOS CELULAR 13 ANOS INTERNET 4 ANOS

19 Geração de informação

20 Disseminação do conhecimento

22 Projetores

23 Cinema

24 Comunicação

25 Arquivo de informação

26 Arquivo de dados

27 Computadores pessoais

28 Computadores pessoais

31 História da evolução

32 Visão de futuro

33 Filme: o futuro da informação

34 As Redes Sociais e o Governo 2.0

35 Redes sociais Redes Sociais: são formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais de pessoas entre si, ou através de agrupamentos de indivíduos com interesses mútuos.

36 Redes sociais

37 A proliferação das redes sociais

38 Wikis Wikis: páginas comunitárias que podem ser alteradas por todos os usuários que têm direitos de acesso. Também utilizadas em ambientes corporativos, as wikis estão se tornando uma maneira fácil de trocar idéias para um grupo de colaboradores envolvidos em projetos.

39 You Tube YouTube é um site que permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital. Fundado em fevereiro de O YouTube utiliza o formato Adobe Flash para disponibilizar o conteúdo. É o mais popular site do tipo devido à possibilidade de hospedar quaisquer vídeos (exceto materiais protegidos por copyright, apesar deste material ser encontrado em abundância no sistema). Hospeda uma grande variedade de filmes, videoclipes e materiais caseiros. O material encontrado no YouTube pode ser disponibilizado em blogs e sites pessoais através de mecanismos desenvolvidos pelo site.

40 Twitter Twitter é uma rede social e servidor para microblogging que permite aos usuários que enviem e leiam atualizações pessoais de outros contatos (em textos de até 140 caracteres, conhecidos como "tweets"), através da própria Web, por SMS e por softwares específicos instalados em dispositivos portáteis.

41 GC - Redes sociais corporativas

42 E-learning O termo e-learning é fruto da combinação entre o ensino com auxílio da tecnologia e a educação a distância. Ambas modalidades convergem para a educação on-line e para o treinamento baseado em Web, que resulta no e-learning.

43 Universidades empresariais

44 Fóruns, chats, blogs Espaços virtuais: são ambientes virtuais que servem para trocas de experiências, disposição de conteúdo, disseminação do conhecimento ou troca de informações entre pessoas. Muito utilizado pelas empresas por grupos de projetos e para reuniões virtuais.

45 Storytelling contar histórias O ato de contar histórias faz parte do conhecimento humano desde muito antes das organizações. Usar este recurso humano é uma forma de (re) produzir conhecimento.

46 Boas praticas de governo

47 Boas praticas de governo

48 Projeto embarque na leitura

49 Projeto embarque na leitura do Metrô de São Paulo O respeito ao usuário e a humanização das estações com obras de arte, exposições, eventos e performances são objeto de diversas ações para agregar qualidade ao serviço de transporte público no Metrô de São Paulo. Nesse conceito, a literatura mereceu um espaço próprio nas estações do Metrô.

50 Informações sobre o projeto Seis Bibliotecas, início em 2004 Estações: Paraíso, Tatuapé, Luz, Santa Cecília, Largo Treze, Bráz Acervo 17 mil títulos sócios, empréstimos

51 Projeto embarque na leitura do Metrô de São Paulo

52 Quem faz as coisas acontecerem são pessoas de carne e osso, não cargos, títulos ou postos organizacionais... Jack Welch

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54 Gestão do Conhecimento

55 Modelo de negócios tradicional X era da informação Vendas empurram o foco Modelo de negócios tradicional Foco na produção Capital intelectual Alto (estoques de produtos acabados) Alto (propriedade da produção) Capital humano Capital de trabalho Capital físico Clientes puxam o foco Foco no cliente Baixo (entrega direta ao cliente) Baixo (terceirização) Rede terceirizada Modelo de negócios na era da informação Fonte: Means e Schneider (apud ANDRADE, 2001)

56 O PROCESSO DE INFORMAÇÃO E DECISÃO GESTÃO DO RENDIMENTO NÍVEL ESTRATÉGICO D E C I S Ã O SISTEMA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO I N F O R M A Ç Ã O NÍVEL TATICO SISTEMAS OPERACIONAIS FONTES EXTERNAS NÍVEL OPERACIONAL

57 Assuntos relativos à Gestão do Conhecimento GESTÃO DO CONHECIMENTO INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL Capacidade de criar o conhecimento e usá-lo para se ajustar estrategicamente ao mercado e à ótica dos clientes INTELIGÊNCIA COMPETITIVA Processo formal e contínuo nuo de coletar Informações sobre o negócio e o mercado INFORMAÇÃO COMPETITIVA APRENDIZADO ORGANIZACIONAL Processo de mudança a adaptativa ou proativa Inclui a informação sobre os concorrentes e o ambiente competitivo REENGENHARIA DE PROCESSOS E NEGÓCIOS Repensar radicalmente os processos / atividades para proporcionar melhorias MEMÓRIA ORGANIZACIONAL Informações da história da Organização armazenadas ordenadamente para apoiar o processo decisório. C A D E I A DE V A L O R

58 Sistema empresarial MONITORAMENTO DO AMBIENTE EXTERNO Economia Concorrência Aspectos Políticos e Sociais Recurso Mercado de Trabalho Tecnologia VISÃO MISSÃO ESTRATÉGIA CULTURA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ESTILO GERENCIAL ESTRATÉGIA DE GESTÃO DE PESSOAS MONITORAMENTO DO AMBIENTE INTERNO Cultura Pessoas Capital Tecnologia Infra-estrutura Propriedade Intelectual / Industrial Recursos Disponíveis Investimentos Desenvolvimento e Pesquisa NORMAS PROCESSOS PRÁTICAS

59 A ORGANIZAÇÃO E AS INFLUÊNCIAS QUE ELA SOFRE ENTORNO; ECOLOGIA; DEMANDAS... AMBIENTE EXTERNO TECNOLOGIA CONSUMIDORES; USUÁRIOS E CLIENTES NORMAS, PROCEDIMENTOS, ESTRATÉGIAS AMBIENTE INTERNO MISSÃO, VISÃO E VALORES CORPO FUNCIONAL CONHECIMENTO GESTÃO DO CONHECIMENTO PRÁTICAS DE GESTÃO Aprendizagem Organizacional Gestão de Competências Educação Corporativa

60 CONHECIMENTO CORPORATIVO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO & CIDADÃO, SERVIDOR, AUTOR E FORNECEDOR DO CONHECIMENTO CONHECIMENTO TÁCITO E EXPLÍCITO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO PRODUTO, TECNOLOGIA DO PROCESSO E SERVIÇO O DE CONHECIMENTO CONHECIMENTO OPERACIONAL CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL, COMPETENCIAS E HABILIDADES PESSOAIS

61 O CIRCULO DO CONHECIMENTO... manu tenção captura GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO medição estoca comuni dade compar tilha boas práticas coopera armazena 61

62 DIMENSÕES DA GESTÃO DO CONHECIMENTO FASE 1 AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA 1 2 ANALISE A INFRA-ESTRUTURA EXISTENTE ALINHE A GESTÃO DO CONHECIMENTO À ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS FASE 2 SISTEMA DE ANÁLISE DA GESTÃO DO CONHECIMENTO, PROJETO E DESENVOLVIMENTO PROJETE A INFRA-ESTRUTURA DA GESTÃO DO CONECIMENTO AUDITE OS BALANÇOS E SISTEMAS DE CONHECIMENTO EXISTENTES NOMEIE O TIME DE GESTÃO DO CONHECIMENTO CRIE O PROJETO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO FASE 3 DESENVOLVIM DESENVOLVA O SITEMA DE GESTÃO DO CONHECIMENTO DESENVOLVA A METODOLOGIA, USANDO A ESTRATÉGIA DE ALCANÇAR AR OS RESULTADOS PLEITEADOS GERENCIE A MUDANÇA, A, CULTURA E RETORNO DAS ESTRUTURAS FASE 4 AVALIAÇÃO 10 AVALIE A PERFORMANCE, MEÇA A OS RESULTADOS DAS MELHORIAS E DA GESTÃO DO CONHECIMENTO

63 Conhecimento tácito (implícito) O conhecimento tácito é muito pessoal e difícil de ser codificado, ou seja, expresso por palavras. Por essência, é prático e é geralmente fruto de uma longa experiência, de uma convivência. Sua transmissão é extremamente complexa pois necessita interações prolongadas, acertos e erros. Tipicamente, um conhecimento tácito seria saber dirigir uma bicicleta.

64 Conhecimento Explícito O conhecimento explícito é geralmente qualificado de objetivo e mais simples de ser codificado, ou seja, formalizado com palavras, estudos, números e fórmulas, para ser transmitido rapidamente e em grande escala. Geralmente, é percebido como teórico e sua transmissão pode ser realizada muito formalmente. Tipicamente, um conhecimento explícito seria o cálculo da velocidade conhecendo a distância percorrida e o tempo de percurso: V = D (100km) / T (1 hora) = 100km/h

65 Conhecimento tácito e explícito Conhecimento explícito Conhecimento tácito

66 Espiral do Conhecimento Tácito PARA Socialização Conhecimento Compartilhado Explícito Externalização Conhecimento Conceitual i i Tácito i i i g i i i Explícito DE o g i Internalização Conhecimento Operacional g g o g g Combinação Conhecimento Sistêmico i: indivíduo g: grupo o: organização Fonte: Nonaka, I. & Takeuchi, H. Criação de Conhecimento na Empresa. RJ, Campus, 1997.

67 PROGRAMA DE GESTÃO DO CONHECIMENTO... ENTREVISTE, ANALISE E LEVANTE AS NECESSIDADES CONSIGA O COMPROMISSO DA ORGANIZAÇÃO E DE SEUS COLABORADORES TECNOLÓGICOS Programa de Gestão do Conhecimento DEFINA A ESTRATÉGIA PRIORIZE O ESENCIAL E ELBORE O PROGRAMA DETALHADO IMPLEMENTE SOLUÇÕES DE GESTÃO DO CONHECIMENTO MANTENHA AS SOLUÇÕES E OBTENHA O FEEDBACK USE O FEEDBACK PARA A MELHORIA CONTINUA

68 AUDITORIA DE PROCESSOS DO NEGÓCIO... CONECIMENTO EXISTENTE & ANÁLISE DE CONTEÚDO AUDITORIA DE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO ANÁLISE DO NETWORK SOCIAL AUDITORIA DE PROCESSOS DO NEGÓCIO TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO E ANÁLISE DE REUSO AUDITORIA TECNOLÓGICA ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO

69 IDENTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO NECESSÁRIO IDENTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO EXISTENTE 2. AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO 3. CRIAÇÃO DE NOVO CONHECIMENTO 4. ORGNIZAÇÃO E ESTOCAGEM DO CONHECIMENTO 5. DISPONIBILIZAÇÃO DO CONHECIMENTO 6. USO E APLICAÇÃO DO CONHECIMENTO

70 AS PRINCIPAIS FONTES DE CONHECIMENTO PARA AS ORGANIZAÇÕES A própria empresa 83,7 % Clientes 78,4 % Agentes de noticias e publicações de negócios Fornecedores Internet 64 % 62,9 % 68,2 % Consultorias Relatórios financeiros de concorrentes 60,1 % 55,4 % Universidades Outros agentes de relacionamento 21,5 % 30,2 % Fonte : Artigo publicado na revista HSM Managemente 42 - jan 2004

71 AS 7 DIMENSÕES DE GC 7ª.. APRENDIZADO COM O AMBIENTE 6ª.. MENSURAÇÃO DO RESULTADO 5ª.. POLÍTICAS E PRÁTICAS PARA A ADMINISTRAÇÃO DE RH 4ª.. ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS DE TRABALHO 3ª.. CULTURA ORGANIZACIONAL 2ª.. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO & COMUNICAÇÃO 1ª.. ESTRATÉGIA & ALTA ADMINISTRAÇÃO

72 BENEFÍCIOS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO BENEFÍCIOS INTERNOS Melhoria no desempenho dos profissionais Melhoria nos fluxos e processos de trabalho Melhoria no processo de tomada de decisão BENEFÍCIOS NO ATENDIMENTO Melhoria na adequação dos serviços às necessidades do público alvo Melhoria na agilidade do atendimento Melhoria na qualidade do atendimento BENEFÍCIOS EXTERNOS Aumento da adesão do público alvo Melhoria na satisfação do público alvo Melhoria no reconhecimento do programa pelas organizações comunitárias e instituições parceiras

73 ORGANIZAÇÃO BASEADA NO CONHECIMENTO Uma organização baseada no conhecimento é uma organização de aprendizagem que reconhece o conhecimento como um recurso estratégico, e cria conhecimento que pode ser processado internamente e utilizado externamente, aproveitando o potencial de seu capital intelectual, onde o trabalhador do conhecimento é o componente crítico. FONTE: GARVIN, D. A. Building a learning organization. Harvard Business Review. Vol. 71 Issue 4, p Jul/Aug 1993.