Um Estudo do Impacto da Sofisticação Logística dos Embarcadores Brasileiros Industrial no Padrão de Contratação dos Serviços de Operadores Logísticos

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1 Um Estudo do Impacto da Sofisticação Logística dos Embarcadores Brasileiros Industrial no Padrão de Contratação dos Serviços de Operadores Logísticos Autoria: Peter Wanke, Paulo Fernando Fleury, Maria Fernanda Hijjar Resumo: O objetivo desta pesquisa é avaliar o impacto da sofisticação logística de embarcadores brasileiros do setor industrial no padrão de contratação de serviços de operadores logísticos. Para isto foram definidas a sofisticação da organização logística, as principais dimensões e variáveis que caracterizam o padrão de contratação e enviados questionários para 218 embarcadores do setor industrial listados no ranking da Revista Exame. A partir dos 93 questionários recebidos foi possível concluir que os embarcadores mais sofisticados tendem a se concentrar no setor de bens de consumo duráveis/semiduráveis, a terceirizar a gestão de estoques e a contratar serviços de maior valor adicionado como a definição de rotas e o gerenciamento de frete de retorno. Também são discutidas as implicações de operadores logísticos capazes de gerenciar totalmente o principal trade-off da logística integrada (nível de estoque vs. nível de utilização dos recursos) nos critérios de seleção adotados pelos embarcadores. Introdução Alcançar a excelência nas operações logísticas, ou seja, a capacidade de uma empresa simultaneamente reduzir custos e melhorar níveis de serviço, tem sido objeto de diversas pesquisas ao longo dos últimos quinze anos (Bowersox et al., 1999). Essas pesquisas indicam uma forte correlação entre excelência operacional e o grau de sofisticação da organização logística. Mais especificamente, essas pesquisas revelaram que a sofisticação da organização logística de uma empresa é refletida em diversos fatores como (1) a ênfase no planejamento, no monitoramento de desempenho e no contínuo investimento em tecnologias de informação (TIs); (2) o comprometimento no estabelecimento de relacionamentos cooperativos com clientes, fornecedores e prestadores de serviço e (3) a formalização e integração organizacional das diferentes atividades logísticas. Percebe-se que os fatores que levam a excelência operacional em logística podem ser internos à empresa; como a formalização organizacional, a mensuração de desempenho e a adoção de TIs; ou externos, como o desenvolvimento de relações cooperativas com outros membros da cadeia. Especificamente com relação aos fatores externos, a contratação dos serviços de operadores logísticos tem evoluído rapidamente no Brasil e no mundo (Figueiredo et al., 2004). Existem inúmeras possibilidades para a terceirização das atividades logísticas, podendo ir desde a terceirização de atividades tradicionais específicas, como o transporte ou armazenagem, até a contratação de terceiros para gerenciar um amplo conjunto de atividades ao longo da cadeia de suprimentos. Estas inúmeras possibilidades aumentam a importância da segmentação dos serviços demandados por diferentes tipos de embarcadores. Por exemplo, é possível que embarcadores com maior grau de sofisticação da organização logística tendam a demandar serviços de maior valor adicionado, comparativamente a embarcadores menos sofisticados. Por outro lado, segundo Fleury e Ribeiro (2001), a política de segmentação dos serviços demandados por diferentes tipos de indústria é uma clara tendência entre os operadores logísticos nos EUA e na Europa. O primeiro critério de segmentação dos serviços geralmente é o tipo de indústria do embarcador, o que permite maior especialização setorial e 1

2 customização. Os autores apontam que exemplos típicos de indústrias prioritárias para a segmentação são a Automotiva, a de Tecnologia, a de Alimentos e de Papel. Esta pesquisa tem por objetivo principal auxiliar os operadores logísticos brasileiros na definição de seu posicionamento estratégico perante os embarcadores do setor industrial. Em primeiro lugar, pelo entendimento da relação entre os serviços demandados pelos embarcadores e o seu grau de sofisticação logística. Conforme comentado, embarcadores com maior grau de sofisticação da organização logística podem demandar serviços mais sofisticados, de maior valor adicionado. Entender essa relação pode criar as bases para a segmentação dos serviços oferecidos pelos operadores logísticos. Por exemplo, atividades específicas para embarcadores menos sofisticados ou projetos de integração da cadeia de suprimentos para embarcadores mais sofisticados. Em segundo lugar, pelo entendimento da relação entre o grau de sofisticação da organização logística e a indústria do embarcador. Em que tipo de indústria tendem a se concentram os embarcadores mais sofisticados? E os menos sofisticados? Entender essa relação pode auxiliar os operadores logísticos a segmentar o mercado com base em critérios setoriais. Figura 1: Fluxograma Conceitual da Pesquisa Excelência Logística Redução de Custos Melhoria de Nível de Serviço Grau de Sofisticação da Organização Logística Fatores Internos Formalização Organizacional Adoção de TI Monitoramento de Desempenho Fatores Externos Desenvolvimento de Relacionamentos Cooperativos com Outras Empresas da Cadeia Objetivo da Pesquisa: Posicionamento Estratégico dos Operadores Logísticos Identificar os Tipos de Serviço Demandados por Embarcadores Mais Sofisticados e Menos Sofisticados Identificar em quais Indústrias/Setores se Concentram os Embarcadores Mais Sofisticados e os Menos Sofisticados Serviços de Menor Valor Adicionado Atividades Específicas Serviços de Maior Valor Adicionado Integração da Cadeia de Suprimentos Tendência à Contratação de Terceiros Desenvolvimento da Indústria de Operadores Logísticos Sofisticação da Organização Logística O modelo conceitual de sofisticação da organização logística utilizado nesta pesquisa é o apresentado por Lavalle e Fleury (2000), que constitui uma extensão do modelo desenvolvido por Bowersox e Daugherty (1992). De acordo com o modelo, a sofisticação 2

3 logística pode ser decomposta em três dimensões: grau de formalização organizacional, uso de tecnologia de informação e índices de monitoramento de desempenho. O grau de formalização organizacional refere-se ao posicionamento do principal executivo de logística na estrutura organizacional da empresa. Tradicionalmente, a responsabilidade pelas atividades logísticas sempre foi fragmentada e dispersa (Van Amstel e Starreveld, 1993) e o nível hierárquico dos responsáveis por estas atividades sempre foi baixo, implicando em pequeno grau de coordenação. Uma maior sofisticação logística seria em parte reflexo do posicionamento do executivo responsável pela logística nos níveis mais elevados da hierarquia organizacional, o que permitiria, em parte, o gerenciamento integrado das diversas atividades e a escolha eficiente dos trade-offs existentes: estoques vs. transporte, estoques vs. armazenagem, transportes vs. armazenagem etc (Lambert e Stock, 1998). A tecnologia de informação está associada à abrangência de utilização de softwares e demais tecnologias de apoio para a tomada de decisão em diferentes atividades logísticas. Segundo Lavalle e Fleury (2000), a tecnologia de informação viabiliza a coleta, análise e transmissão de grandes quantidades de informações operacionais e gerenciais precisas em tempo hábil, permitindo maior agilidade no processo decisório. Quando um processo decisório é mais ágil, os ciclos operacionais são mais curtos e as adaptações menos traumáticas. Finalmente, o monitoramento de desempenho refere-se ao controle sistemático das atividades logísticas, peça chave ao seu aperfeiçoamento contínuo. De acordo com Lavalle e Fleury (2000), a análise sistemática de indicadores de desempenho associados a custos e serviço ao cliente resulta em maior conhecimento das atividades como um todo que, por seu turno, possibilita maior flexibilidade das operações. Padrão de Contratação dos Serviços de Operadores Logísticos Nesta pesquisa, o padrão de contratação dos serviços de operadores logísticos é analisado em quatro dimensões, a partir da perspectiva dos embarcadores do setor industrial. São elas: (1) nível atual de terceirização de diferentes atividades logísticas, (2) contratação de serviços de maior valor adicionado no transporte e na armazenagem, (3) percentual de ativos de transporte e de armazenagem que é propriedade de terceiros e (4) critérios de seleção do operador logístico. De acordo com Fleury e Ribeiro (2001), a contratação dos serviços de operadores logísticos vem crescendo muito rapidamente em todo o mundo e, por conseqüência, também no Brasil. Os autores fornecem diversas evidências de que pelo menos uma das atividades que compõem a logística é realizada por um operador logístico na maior parte das empresas dos EUA e da Europa. Sink e Langley (1996 e 1997) apontam que o transporte e a armazenagem, atividades que deram origem à maioria dos operadores logísticos nos EUA, continuam sendo as mais contratadas e as que mais contribuem para o faturamento dos operadores. Fleury e Ribeiro (2001) também apontam que, apesar do transporte e da armazenagem, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, serem as atividades que mais contribuem para o faturamento dos operadores logísticos, são os serviços de maior valor adicionado destas atividades que melhor diferenciam os operadores logísticos dos demais prestadores de serviços especializados, como os transportadores e as empresas de armazenagem. Estes serviços de maior valor adicionado normalmente estão relacionados ao gerenciamento na 3

4 cadeia de suprimentos do fluxo de produtos e dos recursos que permitem a consecução deste fluxo no tempo e no espaço. São exemplos de atividades de maior valor adicionado o crossdocking, a definição de rotas de coleta e de entrega, a definição do perfil da frota e o gerenciamento do frete de retorno. Finalmente, Wanke (1998) apresenta diferentes critérios para a seleção de operadores logísticos, compilados com base em revisão de literatura anterior. Estes critérios dividem-se em dois grandes grupos principais: critérios operacionais, cujo foco são as atividades que compõem a logística e critérios gerenciais, que abrangem questões como a compatibilidade cultural e técnica, a capacitação de pessoal e a posição competitiva do operador logístico em sua indústria. Exemplos de critérios gerenciais são a predisposição à proposição de melhorias, a sofisticação tecnológica, os investimentos em segurança, o relacionamento prévio, a experiência, a capacidade de investimento e a saúde financeira do operador logístico. Por outro lado, exemplos de critérios operacionais são a Certificação ISO, a variedade dos serviços oferecidos, a qualificação de pessoal, o preço cobrado, a quantidade de ativos e a área geográfica de atuação. Principais Perguntas e Metodologia de Pesquisa Com base na revisão da literatura foram formuladas três perguntas principais de pesquisa. A primeira pergunta está relacionada à construção de um índice de sofisticação da organização logística para os embarcadores brasileiros a partir de dados empíricos. A pergunta pode ser formalizada como se segue: 1. É possível construir um índice de sofisticação da organização logística para segmentar os embarcadores brasileiros do setor industrial com base na formalização organizacional, no uso de tecnologia de informação e na mensuração de desempenho? Em caso afirmativo, quais são os fatores que compõem este índice? As próximas duas perguntas estão relacionadas ao uso deste índice de sofisticação da organização logística para discriminar embarcadores de diferentes setores da economia brasileira e para avaliar os padrões de contratação dos serviços de operadores logísticos. Estas perguntas são apresentadas a seguir: 2. Embarcadores de diferentes setores da economia brasileira apresentam índices de sofisticação logística estatisticamente diferentes? Em caso afirmativo, qual a relação que permite discriminar os setores da economia brasileira a partir do índice de sofisticação da organização logística? 3. Embarcadores com diferentes índices de sofisticação da organização logística apresentam padrões diferentes de contratação dos serviços de operadores logísticos? Em caso afirmativo, qual a relação entre o padrão de contratação dos serviços de operadores logísticos e o índice de sofisticação da organização logística de um embarcador? Foram selecionadas a partir do ranking das 500 maiores da Revista Exame, todas as empresas do setor secundário/indústrias (340 empresas). Durante o período de março a julho de 2003 foram enviados 218 questionários para os gerentes de logística destas empresas, sendo que 93 destinatários retornaram os questionários. Isto perfaz uma taxa de resposta de 4

5 42,7% com relação aos questionários enviados e de 27,3% com relação à população inicialmente considerada (empresas do setor secundário listadas no ranking da Revista Exame). Com relação à primeira pergunta da pesquisa, foram investigadas dezenove variáveis possivelmente relacionadas à sofisticação logística dos embarcadores brasileiros do setor industrial, ou seja, relacionadas à formalização organizacional, ao uso de tecnologia de informação e à mensuração de desempenho. Estas variáveis, sua operacionalização e suas escalas são apresentadas na Tabela 1. Tabela 1: Variáveis Relacionadas à Sofisticação Logística dos Embarcadores Dimensão Variáveis Pesquisadas Escala Adotada Tipo de Escala Formalização 1 Nível hierárquico do principal 5 = Presidência Ordinal Organizacional executivo em logística 4 = Diretoria 3 = Gerência 2 = Chefia Tecnologia de Informação utilização de softwares ou tecnologias para suporte à decisão em diferentes atividades logísticas Monitoramento de Desempenho acompanhamento do desempenho do operador logístico em termos de custo e nível de serviço 2 Rastreamento do veículo 3 Roteirização 4 Programação de entrega 5 Rádio-freqüência 6 Código de barras 7 Separação 8 Endereçamento 9 Auditoria de frete 10 Previsão de vendas 11 Programação de compras 12 Administração de fornecedores 13 Status do carregamento 14 EDI 15 Sistema ERP 16 Gerenciamento do estoque no cliente 17 Freqüência de monitoramento com relação aos custos 18 Freqüência de monitoramento com relação ao nível de serviço 19 Quantidade de indicadores monitorados 1 = Outro nível 1 = Sim 0 = Não 5 = Diário/Semanal 4 = Mensal/Bimestral 3 = Semestral 2 = Anual 1 = Não monitora Variável inteira, >=0 Nominal (dummy) Ordinal Razão Para a construção do Índice de Sofisticação Logística (ISL) para os embarcadores brasileiros do setor industrial foi utilizada a técnica de Análise Fatorial nestas dezenove variáveis. A Análise Fatorial é recomendada para os casos nos quais se deseja calcular índices a partir das variáveis observadas, tendo como base um construto teórico. Neste caso, o construto teórico é a sofisticação da organização logística. Com relação à segunda pergunta da pesquisa, as 93 empresas pesquisadas foram reagrupadas em três grandes segmentos industriais da economia: fabricantes de bens de consumo duráveis e semi-duráveis, fabricantes de bens de consumo não-duráveis e fabricantes de insumos industriais e produtos intermediários. Na Tabela 2 é resumido o reagrupamento dos diferentes setores pesquisados nestes três grandes segmentos industriais. 5

6 Tabela 2: Reagrupamento dos Setores Pesquisados em Três Grandes Segmentos Industriais (*) Fabricantes de bens de consumo duráveis e semi-duráveis (29) Fabricantes de bens de consumo não-duráveis (25) Fabricantes de insumos industriais e produtos intermediários (39) Automotivo (15) Alimentos (11) Químico e Petroquímico (16) Eletro-eletrônico (7) Bebidas (6) Papel e Celulose (6) Tecnologia (4) Fumo (1) Plástico e Borracha (1) Confecção (3) Higiene e Limpeza (4) Siderurgia e Metalurgia (11) Comunicação (3) Material de Construção (5) (*) Os números entre parênteses indicam a quantidade de empresas que responderam ao questionário A discriminação destes três grandes segmentos industriais tendo como variável explicativa o Índice de Sofisticação Logística (determinado por Análise Fatorial) foi feita através de Análise de Regressão Logística Multinomial. Esta técnica é recomendada para a discriminação de três ou mais grupos de dados em função de um determinado critério em virtude de sua flexibilidade. Sua utilização e interpretação são bastante intuitivas e análogas à Análise de Regressão Linear Múltipla (Kleinbaum et al., 1998) e não há a necessidade de assegurar a normalidade das matrizes de covariância dos dados, assim como na Análise Discriminante (Hair et al., 1998). O nível de significância considerado foi de.10, aceitável, de acordo com Mentzer e Flint (1997) em pesquisas exploratórias em logística. Finalmente, com relação à terceira pergunta da pesquisa foram investigadas 32 variáveis associadas ao padrão de contratação dos serviços de operadores logísticos. Estas variáveis estão relacionadas às dimensões: (1) nível atual de terceirização de diferentes atividades logísticas, (2) contratação de serviços de valor adicionado no transporte e na armazenagem, (3) percentual de ativos de transporte e de armazenagem que é propriedade de terceiros e (4) critérios de seleção do operador logístico. Estas variáveis e sua operacionalização são apresentadas na Tabela 3. A escolha dos métodos estatísticos empregados para relacionar as variáveis das diferentes dimensões do padrão de contratação com o Índice de Sofisticação Logística observou a natureza de suas escalas. Castro (1978) aponta para a crucial importância da compatibilidade entre as escalas das variáveis dependentes e os testes estatísticos. Desta forma, a Análise de Regressão Ordinal foi a técnica empregada para relacionar ao Índice de Sofisticação Logística, as variáveis associadas ao nível atual de terceirização, ao percentual de ativos de terceiros de transporte e de armazenagem e aos critérios de seleção do operador logístico (escalas ordinais). Já a Análise de Regressão Logística Simples foi a técnica empregada para relacionar as variáveis associadas à contratação de serviços de maior valor adicionado no transporte e na armazenagem (escalas nominais). O nível de significância considerado também foi de.10 (Mentzer e Flint, 1997). 6

7 Tabela 3: Variáveis Relacionadas ao Padrão de Contratação de Operadores Logísticos Dimensão Variáveis Pesquisadas Escala Adotada Tipo de Escala Nível Atual de 1 Transporte de suprimento 3 = Terceirização total Ordinal Terceirização 2 Transporte de transferência 2 = Terceirização parcial atividades atualmente terceirizadas 3 Transporte de distribuição 4 Gerenciamento transporte multimodal pelos 5 Milk run 1 = Não há terceirização embarcadores 6 Armazenagem 7 Montagem de kits 8 Desembaraço aduaneiro 9 Desenvolvimento projetos logísticos Contratação de Serviços de Maior Valor Adicionado no Transporte e na Armazenagem conforme informado pelos embarcadores Percentual de Ativos de Transporte e de Armazenagem de Terceiros conforme informado pelos embarcadores Critérios de Seleção do Operador Logístico grau de importância atribuído pelos embarcadores 10 Gestão de estoques 11 Definição de rotas 12 Definição do perfil da frota 13 Gerenciamento do frete de retorno 14 Cross-docking 15 Frota para o transporte de suprimento 16 Frota para o transporte de transferência 17 Frota para o transporte de distribuição 18 Instalações para armazenagem 19 Equipamentos de armazenagem 20 Variedade de serviços oferecidos 21 Qualificação de pessoal 22 Preço cobrado 23 Proposição de melhorias 24 Saúde financeira 25 Quantidade de ativos 26 Área geográfica de atuação 27 Sofisticação tecnológica 28 Certificação ISO 29 Investimento em segurança 30 Relacionamento prévio 31 Experiência 32 Capacidade de investimento 1 = Sim, contrata 0 = Não contrata 7 = 100% 6 = 81-99% 5 = 61-80% 4 = 41-60% 3 = 21-40% 2 = 1-20% 1 = 0% 5 = Importância máxima 4 = Importância alta 3 = Importância mediana 2 = Importância baixa 1 = Nenhuma importância Nominal (dummy) Ordinal Ordinal Figura 2: Relação entre as Principais Perguntas da Pesquisa e a Metodologia Adotada Formalização Organizacional Tecnologia da Informação Monitoramento de Desempenho Análise de Regressão Logística Multinomial Pergunta 2 Análise Fatorial Pergunta 1 Índice de Sofisticação Logística (ISL) Análise de Regressão Ordinal e Análise de Regressão Logística Simples Pergunta 3 Segmentos Industriais: Bens de Consumo Duráveis e Semi-duráveis Bens de Consumo Não-Duráveis Insumos Industriais e Produtos Intermediários Padrão de Contratação dos Serviços de Operadores Logísticos: Nível Atual de Terceirização Contratação de Serviços de Maior Valor Adicionado Percentual de Ativos de Terceiros Critérios de Contratação do Operador Logístico 7

8 Análise dos Resultados Com relação à primeira pergunta, a extração dos fatores principais das dezenove variáveis possivelmente relacionadas à sofisticação da organização logística (cf. Tabela 1) foi conduzida por Análise Fatorial com rotação Varimax Normalizada para a amostra com 93 observações. Os resultados são apresentados na Tabela 4 apenas para os fatores de carga acima de 0.50 e eigenvalues maiores que 1. Segundo Tabachnik e Fidell (2001), apenas os fatores de carga acima de.50 (25% de sobreposição na variância) devem ser interpretados, podendo, nestes casos, ser afirmado que a variável representaria uma boa medida do fator. Dessa forma, seis fatores principais representam o grau de sofisticação da organização logística, interpretados como se segue: As variáveis utilização das tecnologias de Rádio-freqüência e de Código de barras e a utilização de softwares para a informação do Status do carregamento para o cliente compõem o fator 1, interpretado como o Índice de Sofisticação no Rastreamento de Carregamentos (ISRC). As variáveis utilização de softwares de Programação de compras e de Administração de fornecedores e a utilização da tecnologia de EDI compõem o fator 2, interpretado como o Índice de Sofisticação no Relacionamento com Fornecedores (ISRF). As variáveis utilização de softwares de Separação e de Endereçamento compõem o fator 3, interpretado como o Índice de Sofisticação no Manuseio de Materiais (ISMM). As variáveis Monitoramento de custos e Monitoramento de nível de serviço do operador logístico compõem o fator 4, interpretado como o Índice de Sofisticação no Monitoramento de Desempenho (ISMD). As variáveis utilização de software de Roteirização e a utilização de Sistema ERP compõem o fator 5, interpretado como o Índice de Sofisticação na Programação das Operações (ISPO). Finalmente, a variável Nível hierárquico do principal executivo de logística na empresa se confunde com o fator 6, interpretado como o Índice de Sofisticação na Formalização Organizacional (ISFO). O Índice de Sofisticação Logística (ISL) empregado para a discriminação dos três grandes segmentos industriais (fabricantes de bens de consumo duráveis, fabricantes de bens de consumo não duráveis e fabricantes de insumos industriais e produtos intermediários) foi calculado como a combinação linear simples destes seis índices, e varia de 4,1 até +4,1: ISL = ISRC + ISRF + ISMM + ISMD + ISPO + ISFO sendo os seis índices anteriores definidos pelos coeficientes dos fatores (segundo valor entre parênteses na Tabela 4). Os índices de sofisticação são calculados a partir das variáveis padronizadas (subtraída da média e dividida pelo desvio-padrão): ISRC = 0.46[Rádio-freqüência] [Código de barras] [Status do carregamento] ISRF = 0.30[Programação compras] [Adm. Fornecedores] [EDI] ISMM = 0.38[Separação] [Endereçamento] 8

9 ISMD = 0.33[Monitoramento de custos] [Monitoramento de serviço] ISPO = 0.21[Roteirização] [Sistema ERP] ISFO = 1.13[Nível hierárquico] Tabela 4: Resultados da Extração dos Fatores Principais da Sofisticação Logística Fator 1 Índice de Sofisticação no Rastreamento de Carregamentos Rádiofreqüência (0.77;0.46;0.74) Código de barras (0.70;0.19;0.68) Fator 2 Índice de Sofisticação no Relacionamento com Fornecedores Programação de compras (0.66;0.30;0.69) Administração de fornecedores (0.74;0.53;0.68) Fator 3 Índice de Sofisticação no Manuseio de Materiais Separação (0.73;0.38;0.85) Endereçamento (0.85;0.69;0.83) Fator 4 Fator 5 Índice de Índice de Sofisticação no Sofisticação na Monitoramento Programação de Desempenho das Operações Desempenho de custos (0.67;0.33;0.60) Desempenho de serviço (0.77;0.50;0.66) Roteirização (0.51;0.21;0.50) Sistema ERP (0.59;0.29;0.39) Fator 6 Índice de Sofisticação na Formalização Organizacional Nível hierárquico do principal executivo (0.89;1.13;0.94) Status do carregamento (0.68;0.26;0.56) EDI (0.52;0.05;0.32) Percentual da variância explicada pelo fator 13.8% 12.0% 9.7% 8.5% 6.8% 6.6% KMO =.626 Qui-quadrado = (Sig. =.000) O primeiro valor entre parênteses representa o fator de carga O segundo valor entre parênteses representa o coeficiente do fator para as variáveis padronizadas O terceiro valor entre parênteses representa as comunalidades das variáveis Com relação à segunda pergunta, a discriminação dos três grandes segmentos industriais pelo Índice de Sofisticação Logística foi conduzida através de Análise de Regressão Logística Multinominal com o segmento de fabricantes de insumos industriais e produtos intermediários como a categoria de referência (cf. Tabela 2). De acordo com os coeficientes na Tabela 5, o Índice de Sofisticação Logística discrimina simultaneamente os segmentos de fabricantes de bens de consumo duráveis/semi-duráveis e não-duráveis da categoria de referência a um nível de significância inferior a.10. De acordo com o R Quadrado de Nagelkerke, a sofisticação da organização logística explica isoladamente 16,6% da diferença entre os três segmentos industriais. Tabela 5: Resultados da Análise de Regressão Logística Multinomial para os Segmentos Industriais em Função do Índice de Sofisticação Logística (ISL) Segmento Industrial Coeficientes B Erro Padrão Wald Significância Bens de Consumo Não Constante Duráveis e Semi-duráveis ISL Bens de Consumo Constante Duráveis ISL Categoria de referência: fabricantes de insumos industriais e produtos intermediários Cox & Snell R Quadrado =.147 Nagelkerke R Quadrado =.166 Qui-quadrado para o modelo = (Sig =.001) 9

10 O coeficiente do Índice de Sofisticação Logística para o segmento de fabricantes de bens de consumo não duráveis é negativo, indicando que, em média, fabricantes deste segmento são menos sofisticados que fabricantes de insumos industriais e produtos intermediários. Por outro lado, o coeficiente do Índice de Sofisticação Logística para o segmento de fabricantes de bens de consumo duráveis/semi-duráveis é positivo, indicando que, em média, fabricantes deste segmento são mais sofisticados que os fabricantes de insumos industriais e produtos intermediários. No Gráfico 1 é ilustrado o resultado desse sistema de equações multinomiais, evidenciando cognitivamente a interpretação dos coeficientes expressos na Tabela 5: Índice de Sofisticação Logística inferior a 2,83: embarcadores com baixo nível de sofisticação logística e predomínio do (maior probabilidade de pertencer ao) segmento de fabricantes de bens de consumo não duráveis. Índice de Sofisticação Logística entre 2,83 e 1,59: embarcadores com médio nível de sofisticação logística e predomínio do (maior probabilidade de pertencer ao) segmento de fabricantes de insumos industriais. Índice de Sofisticação Logística maior que 1,59: embarcadores com alto nível de sofisticação logística e predomínio do (maior probabilidade de pertencer ao) segmento de fabricantes de bens de consumo duráveis/semi-duráveis. Gráfico 1: Discriminação dos Segmentos de Mercado em Função do Índice de Sofisticação Logística Probabilidade de pertencer ao segmento industrial em função do Índice de Sofisticação Logística (as probabilidades das três curvas sempre somam 100% Baxa Sofisticação 100,00% 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Alta Sofisticação Não Durável Durável/Semi-durável Insumos Industriais Índice de Sofisticação Logística Com relação à terceira pergunta, a relação das variáveis das diferentes dimensões do padrão de contratação dos serviços de operadores logísticos com o Índice de Sofisticação Logística foi conduzida por diferentes métodos, em virtude da diferente natureza das escalas adotadas (cf. Tabela 3). 10

11 Especificamente, com relação às variáveis da dimensão nível atual de terceirização, foi conduzida Análise de Regressão Ordinal com o nível terceirização total como a categoria de referência. Já com relação as variáveis da dimensão contratação de serviços de maior valor adicionado, foi conduzida Análise de Regressão Logística Simples com o nível não contrata como a categoria de referência. Por sua vez, com relação às variáveis da dimensão percentual de ativos de transporte foi conduzida Análise de Regressão Ordinal com o nível 100% como a categoria de referência. Finalmente, com relação às variáveis da dimensão critérios de seleção do operador logístico, foi conduzida Análise de Regressão Ordinal com o nível importância máxima como a categoria de referência. Nas análises conduzidas com as variáveis pesquisadas da dimensão nível atual de terceirização, o Índice de Sofisticação Logística discrimina significativamente, da categoria de referência, os níveis não há terceirização e terceirização parcial apenas para a atividade de gestão de estoques (p =.08). Seu coeficiente positivo indica que maior o Índice de Sofisticação Logística de um embarcador, maior o nível de terceirização da gestão de estoques. O nível de terceirização das demais atividades não é influenciado pelo Índice de Sofisticação Logística (cf. Tabela 6). Tabela 6: Resultados das Análises de Regressão Ordinal para as Variáveis Pesquisadas na Dimensão Nível Atual de Terceirização Atividade Terceirizada Coeficiente do ISL Erro Padrão Wald Significância Transporte de suprimento Transporte de transferência (0.17) Transporte de distribuição Gerenciamento de transporte multimodal Milk run (0.89) Armazenagem Montagem de kits (0.25) Desembaraço aduaneiro Desenvolvimento de Projetos (*) (0.02) Gestão de estoques Categoria de referência: terceirização total Os coeficientes lineares das categorias não há terceirização e terceirização parcial foram omitidos (*) Nenhum caso verificado na categoria Não Terceiriza Nas análises conduzidas com as variáveis pesquisadas na dimensão contratação de serviços de maior valor adicionado no transporte e na armazenagem, o Índice de Sofisticação Logística explica significativamente a definição de rotas (p =.02) e o gerenciamento de frete de retorno (p =.10). Seus coeficientes positivos indicam que maior o Índice de Sofisticação Logística de um embarcador, maior a propensão para que o operador logístico defina as rotas e gerencie o frete de retorno no lugar do embarcador. A definição do perfil da frota e o crossdocking são serviços de maior valor adicionado não explicados pelo Índice de Sofisticação Logística, podendo ser interpretados como parte do pacote padrão na contratação das atividades de transporte e armazenagem (cf. Tabela 7). 11

12 Tabela 7: Resultados das Análises de Regressão Logística Simples para as Variáveis Pesquisadas na Dimensão Contratação de Serviços de Maior Valor Adicionado Serviços Coeficientes B Erro Padrão Wald Significância ISL Definição de rotas Constante ISL Definição do perfil da frota Constante Ger. frete de ISL retorno Constante ISL Cross-docking Constante Categoria de referência: não contrata Nas análises conduzidas com as variáveis pesquisadas na dimensão percentual de ativos de transporte e de armazenagem de terceiros, o Índice de Sofisticação Logística discrimina significativamente, da categoria de referência, os níveis 0%, 1-20%, 21-40%, 41-60%, 61-80% e 81-99% para os ativos da frota para o transporte de suprimentos e da frota para o transporte de transferência (níveis de significância de.10). Seus coeficientes positivos indicam que maior o Índice de Sofisticação Logística de um embarcador, maiores os percentuais da frota para o transporte de suprimentos e da frota para o transporte de transferência que são propriedade de terceiros. O Índice de Sofisticação Logística não explica o percentual de ativos nas mãos de terceiros na frota para o transporte de distribuição e nas instalações e equipamentos de armazenagem (cf. Tabela 8). Tabela 8: Resultados das Análises de Regressão Ordinal para as Variáveis Pesquisadas na Dimensão Percentual de Ativos de Terceiros de Transporte e de Armazenagem Ativos Terceirizados Coeficiente do ISL Erro Padrão Wald Significância Frota para o transporte de suprimentos Frota para o transporte de transferência Frota para o transporte de distribuição (*) Instalações para Armazenagem Equipamentos de Armazenagem (0.01) Categoria de referência: 100% Os coeficientes lineares das categorias 0%, 1-20%, 21-40%, 41-60%, 61-80%, 81-99% foram omitidos (*) Nenhum caso verificado na categoria 0% Finalmente, nas análises conduzidas com as variáveis pesquisadas na dimensão critérios de seleção do operador logístico, o Índice de Sofisticação Logística discrimina significativamente, da categoria de referência, os níveis 1, 2, 3 e 4 para a qualificação de pessoal (p =.04), a proposição de melhorias (p =.09), a sofisticação tecnológica (p <.001) e a certificação ISO (p <.001). Seus coeficientes positivos indicam que maior o Índice de Sofisticação Logística de um embarcador, maior a importância atribuída à qualificação de pessoal do operador, a uma atitude favorável à proposição de melhorias, à sofisticação tecnológica e à Certificação ISO. O Índice de Sofisticação Logística não explica a importância atribuída à variedade de serviços oferecidos, ao preço cobrado, à saúde financeira, à quantidade de ativos, à área geográfica de atuação, aos investimentos em 12

13 segurança, ao relacionamento prévio, à experiência e à capacidade de investimento, que podem ser interpretados como critérios qualificadores (cf. Tabela 9). Tabela 9: Resultados das Análises de Regressão Ordinal para as Variáveis Pesquisadas na Dimensão Critérios de Seleção do Operador Logístico Critérios de Seleção Coeficiente do ISL Erro Padrão Wald Significância Variedade de serviços oferecidos Qualificação de pessoal Preço cobrado (0.02) Proposição de melhorias Saúde financeira (*) Quantidade de ativos (*) (0.05) Área geográfica de atuação Sofisticação tecnológica Certificação ISO Investimentos em segurança Relacionamento prévio Experiência (0.14) Capacidade de investimento Categoria de referência: importância máxima Os coeficientes lineares das categorias 1,2,3 e 4 foram omitidos (*) Nenhum caso verificado na categoria 1 Discussão dos Resultados Os resultados da pesquisa constituem avanços no aspecto teórico e no aspecto prático da tomada de decisões. No campo teórico, foi construído um índice de sofisticação logística capaz de ordenar os embarcadores em função da adoção de tecnologias de informação, da formalização organizacional e do monitoramento de desempenho. Também foi possível, através desse índice, identificar que os embarcadores com maior índice sofisticação logística estão concentrados no segmento industrial de bens de consumo duráveis e semi-duráveis, e que os embarcadores com menor índice sofisticação logística estão concentrados no segmento industrial de bens de consumo não-duráveis. No aspecto prático da tomada de decisões, os resultados da pesquisa refletem os padrões dos embarcadores brasileiros na contratação dos serviços de terceiros. Esses padrões poderiam ser empregados pelos operadores logísticos tanto na definição de seu posicionamento estratégico, ou seja, na oferta de pacotes de serviços específicos para grupos de clientes específicos, quanto na determinação de iniciativas de capacitação interna que poderiam ser adotadas visando maior especialização setorial e customização. Mais especificamente, os resultados da pesquisa apontam que os embarcadores brasileiros mais sofisticados tendem a se diferenciar em diferentes dimensões do padrão de contratação dos serviços de operadores logísticos. Com relação ao nível atual de terceirização das atividades logísticas, uma maior sofisticação logística traduz-se numa maior tendência à terceirização da gestão de estoques 13

14 para os operadores logísticos. Decisões vitais como a determinação dos tamanhos de lote de reposição, dos pontos de pedido e dos níveis de estoque de segurança passam para o controle do operador, somando-se a outras atividades como transporte, armazenagem, milk run e desembaraço aduaneiro. Isto permite que o operador logístico possa, de fato, gerenciar os principais trade-offs de custo da logística integrada, que são associados ao compromisso existente entre maiores níveis de estoque e maiores níveis de utilização dos recursos ou dos ativos físicos. Neste sentido, os embarcadores com maior nível de sofisticação logística também se destacam dos demais embarcadores na contratação de outros serviços de valor adicionado no transporte e na armazenagem. A definição de rotas e o gerenciamento de frete de retorno são duas decisões sob controle do operador logístico, que passa a ter maior poder de decisão sobre os níveis de utilização dos recursos de transporte. Menores níveis de estoque em trânsito podem, por exemplo, implicar na necessidade de aumentar a utilização da capacidade dos veículos através do gerenciamento de frete de retorno. Por outro lado, menores níveis de estoque de ciclo (função dos tamanhos de lote) podem implicar em entregas mais freqüentes, com evidentes impactos sobre a definição das rotas. Os embarcadores mais sofisticados também se diferenciam com relação ao percentual de ativos de terceiros no transporte. Se nos parágrafos anteriores a gestão de estoques, a definição de rotas e o gerenciamento do frete de retorno implicam num padrão de contratação que expande o poder decisório do operador logístico com relação ao gerenciamento dos fluxos de entrada e de saída do embarcador, por outro lado, a propriedade de um maior percentual das frotas de suprimento e de transferência é o reflexo deste poder decisório delegado aos operadores. Finalmente, neste cenário onde os operadores logísticos gerenciam efetivamente os principais trade-offs da logística integrada dos embarcadores com maior nível de sofisticação, critérios de seleção relacionados à qualificação do pessoal, à proposição de melhorias, à sofisticação tecnológica e à certificação ISO são extremamente relevantes. Em resumo, os embarcadores mais sofisticados tendem a contratar os operadores logísticos baseados na capacitação de seus recursos humanos e de seus processos. É possível que num futuro próximo a indústria de operadores logísticos no Brasil passe por um profundo processo de qualificação e aperfeiçoamento de seus quadros, além de continuar no crescente movimento em direção a uma maior sofisticação tecnológica. No limite, os operadores logísticos deverão estar preparados para gerenciar os fluxos de entrada e de saída dos embarcadores com a perspectiva de um embarcador, e não de um simples prestador de serviço. 14

15 Figura 3: Resumo dos Resultados Posicionamento Estratégico dos Operadores Logísticos Sofisticação da Organização Logística Rastreamento de carregamentos Relacionamento com fornecedores Manuseio de materiais Monitoramento de desempenho Programação das operações Formalização organizacional Fabricantes de Bens de Consumo Duráveis/Semi-duráveis Nível Atual Contratação de % Ativos de Critérios de de Terceirização Serviços VA Terceiros Seleção Gestão de estoques total ou parcialmente terceirizada Definição de rotas e gerenciamento do frete de retorno Elevado percentual de terceirização das frotas para os transportes de suprimentos e transferência Pessoal qualificado, capaz de propor melhorias; sofisticação tecnológica e Certificação ISO Padrão de Contratação dos Serviços de Operadores Logísticos Conclusões Esta pesquisa procurou avaliar o impacto da sofisticação logística dos embarcadores brasileiros do setor industrial no padrão de contratação de operadores logísticos. Seus resultados revelaram que o Índice de Sofisticação Logística, desenvolvido a partir de variáveis ligadas à formalização organizacional, à tecnologia de informação e ao monitoramento de desempenho permite discriminar significativamente os embarcadores não apenas com relação ao segmento industrial, mas também com relação ao nível de terceirização de atividades logísticas, aos serviços de maior valor adicionado e aos critérios de seleção do operador. Embarcadores do segmento de bens de consumo duráveis/semi-duráveis tendem a apresentar os maiores índices de sofisticação logística, seguidos na ordem pelos embarcadores do segmento de insumos industriais e produtos intermediários e pelos embarcadores do segmento de bens de consumo não-duráveis. Embarcadores com maiores índices de sofisticação logística têm uma maior tendência para contratar operadores logísticos capacitados ao gerenciamento do principal trade-off da logística integrada: o compromisso entre níveis de estoque e níveis de utilização dos recursos. Esta decisão afeta claramente os critérios para sua seleção: a mudança do enfoque preço vs. serviço para a capacitação dos recursos humanos e dos processos de negócio do operador logístico. Análises futuras devem ser conduzidas na amostra coletada para complementar o quadro conceitual apresentado. Por exemplo, estas análises teriam como objetivo a identificação de outras variáveis, além do índice de sofisticação logística, que discriminem o padrão de contratação dos operadores logísticos em empresas do setor industrial. Referências Bibliográficas BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J.; STANK, T.P. 21 st century logistics: making supply chain integration a reality. Oak Brooks: Council of Logistics Management, BOWERSOX, D.J.; DAUGHERTY, P.J. Logistical excellence: it s not business as usual. Digital Press, 1992 CASTRO, C.M. A prática da pesquisa. São Paulo: McGraw-Hill,

16 FIGUEIREDO, K.F., FLEURY, P.F.; WANKE, P. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. São Paulo: Editora Atlas, 2004 (no prelo). FLEURY, P.F.; RIBEIRO, A. A indústria de prestadores de serviços logísticos no brasil: caracterizando os principais operadores. Anais do XXVII EnANPAD. Campinas, HAIR, J.F.; ANDERSON, R.E; TATHAM, R.L. Multivariate data analysis. New York: Prentice Hall, KLEINBAUM, D.; KUPPER, L.; MULLER, K. Applied regression analysis and other multivariable methods. New York: Duxbury Press, LAMBERT, D.M.; STOCK, J.R. Fundamentals of logistics management. New York: Irwin-McGraw Hill, LAVALLE, C.; FLEURY, P.F. Avaliação da organização logística em empresas da cadeia de suprimentos de alimentos. RAC, v. 4, n. 1, p , MENTZER, J.T.; FLINT, D.J. Validity in logistics research. Journal of Business Logistics, vol. 18, n. 1, p , SINK, H.L.; LANGLEY, J.C. Buyer observations of the US third-party logistics market. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, vol. 26, n. 3, p , SINK, H.L.; LANGLEY, J.C. A managerial framework for the acquisition of third-party logistics services. Journal of Business Logistics, vol. 18, n. 2, p , TABACHNICK, B.G.; FIDELL, L.S. Using multivariate statistics. Boston: Allyn and Bacon, VAN AMSTEL, W.P.; STARREVELD, D.W. Does your company need a logistical executive? The International Journal of Logistics Management, v. 4, n. 1, p , WANKE, P. Parcerias entre fabricantes e prestadores de serviço logístico no Brasil: modelo conceitual e estudos de caso. Rio de Janeiro, Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) COPPE/UFRJ. 16

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