TOPOGRAFIA II ALTIMETRIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TOPOGRAFIA II ALTIMETRIA"

Transcrição

1 DISCIPLINA - TOPOGRAFIA PROFESSOR : MARCO ANTONIO VIEIRA TOPOGRAFIA II ALTIMETRIA

2 Altitude, Cota e Diferença de Nível A partir da definição de superfícies de referência de nível, designa-se por: a) Altitude É definida como a altura de um ponto do terreno em relação à superfície de referência ideal ou verdadeira, ou seja, ao nível médio dos mares

3 b) Cota É definida como a altura de um ponto em relação à superfície de referência aparente, ou seja, a um plano horizontal arbitrário

4 c) Diferença de nível Entende-se como a diferença de altura entre dois pontos topográficos. Esta diferença pode estar associada com as altitudes ou cotas dos pontos, podendo ocorrer em valores positivos ou negativos caso estejam acima ou abaixo daquele tomado como termo de comparação, ou seja, depende do referencial adotado. Para cálculo da diferença de nível entre dois pontos A-B, simbolizado geralmente por DNA-B ou NA-B, tem-se: DNA-B = CotaB CotaA ou DNA-B = AltitudeB AltitudeA

5 2 - Instrumentos Altimétricos Os instrumentos empregados nos trabalhos de nivelamento são denominados níveis. Os níveis, cujo princípio construtivo é baseado no fenômeno da gravidade, têm por finalidade fornecer durante as operações topográficas, retas que pertençam a um plano horizontal. Além dos níveis, utilizam-se miras verticais como acessórios nas operações de nivelamento. Os níveis podem ser classificados em duas categorias: Níveis cujo plano de visada é sempre horizontal; Níveis cujo plano de visada tem movimento ascendente ou descendente.

6 Plano de Visada Horizontal Nesta categoria, os instrumentos, ao serem girados em torno de um eixo vertical devidamente ajustado, descrevem sempre um plano horizontal. A horizontalidade do plano de visada fornecida pelos instrumentos está apoiada na física, especificamente no princípio gravitacional, sendo obtida com o emprego de níveis de bolha, do equilíbrio dos líquidos nos vasos comunicantes, ou pelo emprego do princípio dos corpos suspensos. Princípios construtivos Níveis de bolha Equilíbrio dos líquidos nos vasos comunicantes Corpos suspensos Exemplos de instrumentos Níveis de luneta Confiabilidade Níveis de água Boa a Média Perpendículo Média a Baixa Ótima a Boa

7 a) Níveis de bolha Tem como finalidade determinar a vertical que passa por um ponto e, conseqüentemente, normal a esta vertical, fornece o plano horizontal. O nível de bolha consiste em um espesso tubo, no qual é feito o vazio e introduzido um líquido, o mais volátil possível. Geralmente utiliza-se o álcool ou o éter e, em seguida, o tubo é hermeticamente fechado. O tubo, segundo a sua forma, distinguem-se em dois tipos: nível esférico e nível cilíndrico. Níveis esféricos - São constituídos, basicamente, de uma calota esférica de cristal, acondicionada em caixa metálica

8 Níveis cilíndricos - São constituídos de um tubo cilíndrico de cristal. A superfície da parte interna é polida de maneira a formar um ligeiro arco. Quando se associa uma luneta aos níveis de bolha (esférico e/ou cilíndricos), têm-se os níveis de luneta. A precisão deste nível está associada, em princípio, à sensibilidade dos níveis de bolha e à capacidade de aumento da luneta

9

10 Acessórios A mira vertical constitui o principal acessório dos instrumentos utilizados em nivelamento. As mais utilizadas são as miras falantes, pois possibilitam a determinação direta das alturas das visadas nos pontos topográficos. Estas são construídas de madeira ou metalon; reforçadas na extremidade superior e inferior, por guarnições metálicas; e geralmente graduadas em centímetros. Podem apresentar graduações direta ou invertida. Pela modalidade de construção, podem ser classificados em miras de dobrar ou encaixe, sendo esta última a mais usada, em virtude da facilidade de manejo e de transporte

11

12

13

14

15 Processos de Nivelamento Introdução Como visto, pode-se entender o nivelamento topográfico como a operação que consiste na determinação da diferença de nível entre dois ou mais pontos do terreno. Esta operação é realizada empregando-se métodos e instrumentos adequados, sendo que as diferenças de nível podem ser determinadas de duas formas: Diretamente - Com emprego de instrumentos de medições chamados níveis, ou; Indiretamente - Com base em resoluções trigonométricas ou pelo princípio barométrico. Em decorrência da natureza e do processo de medida usado na determinação das cotas ou das altitudes, os nivelamentos topográficos podem ser classificados em: a) Geométricos; b) Trigonométricos; c) Barométricos; d) Taqueométricos. Um fato importante ao executar um nivelamento de uma área destinada à execução de projetos, cuja implantação exigirá a modificação do relevo (por exemplo, construção de uma estrada ou obras em via urbana), onde serão necessárias as cotas de pontos do projeto até sua finalização, deve-se implantar pontos fixos no terreno por meio de marcos, que servirão de referência ao nivelamento para futuras verificações. Estes marcos, denominados de Referência de nível - RN, devem ter boa durabilidade e serem implantados em pontos afastados do local da obra, para evitar que sejam destruídos durante a execução da mesma. Neste ponto deve-se conhecer a cota ou altitude para referência do nivelamento.

16 Nivelamento Geométrico No nivelamento direto, ou geométrico, as diferenças de nível são determinadas com instrumentos que fornecem retas do plano horizontal. A geração deste plano horizontal com a interseção da mira colocada sucessivamente nos pontos topográficos, permite determinar as alturas de leituras nestes pontos. Por diferença entre os valores encontrados, chega-se às diferenças de nível procuradas. Simbolizando a diferença de nível por DN, tem-se:

17 Nivelamento Trigonométrico Tem como base o valor natural da tangente do ângulo de inclinação do terreno, uma vez que este elemento representa a diferença de nível, por metro de distância horizontal. Designado por α, o ângulo de inclinação do terreno; DN, a diferença de nível; D a distância horizontal, i, a altura do instrumento e l, altura do alvo, pode-se escrever: tg α = DN D DN = D tg α + i - alvo

18 Assim, as diferenças de nível ou distâncias verticais, podem ser perfeitamente determinadas, quando se conhecem os ângulos verticais, as distâncias horizontais, a altura do instrumento e a altura do alvo entre os pontos topográficos materializados no terreno. Pode-se eventualmente visar o alvo à mesma altura do instrumento, eliminando os dois últimos termos da expressão. Os ângulos de inclinação do terreno são obtidos com emprego de goniômetros dotados de limbo vertical (taqueômetros e clinômetros). Já as distâncias horizontais podem ser determinadas por processos diretos ou indiretos. Logo, se conclui que o cálculo das diferenças de nível pelo nivelamento trigonométrico consiste na resolução de um triângulo retângulo, cuja incógnita é o cateto, que representa a diferença de nível, em que se conhece o ângulo oposto a este (ângulo vertical) e o outro cateto adjacente (distância horizontal).

19

20 Nivelamento Barométrico No nivelamento barométrico utilizam-se de barômetros de cuba ou metálicos (altímetros e aneróides), que indicam as pressões atmosféricas, com as quais se pode calcular as diferenças de nível ou as altitudes dos pontos topográficos tomados no terreno. Sendo a pressão barométrica resultante do peso total da camada de ar existente entre o limite superior da atmosfera e o solo, esta pressão diminui à medida que aumenta a altitude, pois a camada de ar sobreposta fica menor. Este é o motivo por que, subindo a um monte, vê-se a coluna de mercúrio descer gradualmente no tubo barométrico, registrando portanto, menor pressão atmosférica para pontos situados em maior altitude. Assim, para aplicação deste processo de nivelamento é necessário conhecer a relação que existe entre a variação da coluna barométrica e os pontos topográficos situados em diferentes alturas. Esta relação pode ser determinada para efeito prático, exprimindo-se a densidade do mercúrio em relação ao ar. Sabendo que a densidade do mercúrio, em relação à água, é de 13,6 vezes maior, e um litro de água pesa gramas e que um litro de ar pesa 1,293 gramas, tem-se: c = 13,6 / 1,293 * 10-3 c =

21

22 Nivelamento Taqueométrico O nivelamento taqueométrico tem o mesmo princípio do nivelamento trigonométrico, no qual as distâncias são obtidas pelo princípio taqueométrico, e a altura do alvo visado é obtida pela visada do fio médio do retículo da luneta sobre uma mira colocada verticalmente no ponto considerado. Os taqueômetros estadimétricos ou normais são teodolitos com luneta portadora de retículos estadimétricos, constituídos de três fios horizontais e um vertical. Com os fios de retículo, associados às miras verticais ou horizontais, pode-se obter a distância horizontal (inclinada) e a diferença de nível entre dois pontos. A definição da expressão para determinação da diferença de nível é: dn = m g sen( 2 α) 2 +i l

23 Normas Técnicas de Nivelamento segundo a ABNT A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), através do documento NBR Execução de Levantamentos Topográficos, classifica os níveis quanto ao nível de precisão, nas seguintes categorias: Classificação dos instrumentos (níveis). Classes dos níveis Desvio padrão 1 - Precisão baixa > ± 10 mm/km 2 - Precisão média ± 10 mm/km 3 - Precisão alta ± 3 mm/km 4 - Precisão muito alta ± 1 mm/km Fonte: NBR ABNT

24 k Fonte: NBR ABNT Ainda, neste documento, classificam-se os diversos métodos de levantamento, citando a metodologia a ser empregada, seu desenvolvimento e as respectivas tolerâncias de fechamento. Nivelamento de linhas ou circuitos e seções.

25

26

27 Nivelamento Geométrico Pelo fato do processo de nivelamento geométrico ser o mais preciso e utilizado na topografia, existem algumas condições para sua execução visando dar maior qualidade ao mesmo. Para evitar erros de diversas naturezas, deve-se observar o seguinte: a) Instalar o nível sempre que possível entre os pontos a serem nivelados; b) Ler e anotar corretamente as leituras da mira mantendo a mesma na vertical e imóvel, principalmente nas visadas que ocasionam as mudanças de instrumento (mudança de PR); c) Certificar sempre se o nível está em boas condições técnicas; d) Instalar o instrumento em lugar firme e seguro; e) Evitar leitura de mira a grandes distâncias, limitando-de a aproximadamente 70 m; f) Evitar leituras inferiores a aproximadamente meio metro, principalmente em horários de forte irradiação solar. No nivelamento geométrico ou direto, as diferenças de nível são determinadas com emprego de instrumentos que fornecem retas do plano horizontal. Pode ser classificado em: Nivelamento geométrico simples; Nivelamento geométrico composto.

28 Nivelamento Geométrico Simples Denomina-se de nivelamento geométrico simples quando é possível visar, de uma única estação do nível, a mira colocada sucessivamente em todos os pontos do terreno a nivelar.

29

30 Nivelamento Geométrico Composto No Item anterior observou-se que com apenas uma instalação do instrumento solucionou-se o problema de determinação das diferenças de nível entre todos os pontos. Porém, se a diferença de nível for maior que o tamanho da mira (geralmente de 4 m), quando existir um obstáculo ou ultrapassar o limite da visada do nível (máximo 100 m), será necessário realizar uma mudança de local de instalação do aparelho. Ao executar a mudança de instrumento, estar-se-á executando um nivelamento geométrico composto. Assim o aparelho é novamente instalado e recomeçado um novo nivelamento com a mira sobre o último ponto de cota conhecida do nivelamento anterior. Logo, pode-se ainda entender nivelamento geométrico composto como uma sucessão de nivelamentos geométricos simples. O cálculo é idêntico ao visto anteriormente, com exceção da alteração do valor do plano de referência, que deverá ser novamente calculado, em virtude da mudança de instrumento.

31

32

33 Erro no Nivelamento Geométrico O erro cometido em campo durante a operação do nivelamento, independe da verificação do cálculo da caderneta. O erro cometido pode ser função do desvio na horizontalidade do eixo de colimação da luneta do nível, na imperfeição da verticalidade da mira e imprecisão na leitura da mira.

34 Determinação do Erro a) Considerando o nivelamento de poligonal fechada Quando se executa o nivelamento numa poligonal fechada, isto é, partese de um ponto de cota conhecida, em geral de uma RN, e termina neste mesmo ponto, significa que a cota final deverá ser igual a inicial. A diferença entre a cota inicial e a cota final após o nivelamento é o erro cometido no nivelamento: En = CF CI onde En => Erro no nivelamento; CF => Cota final; CI - Cota inicial. Se CF > CI (erro por excesso); CF < CI (erro por falta).

35 b) Considerando o nivelamento de poligonal aberta Quando se executa o nivelamento em uma poligonal aberta, isto é, parte-se de um ponto e chega-se a outro ponto, a única maneira de se verificar a sua exatidão e controlar o erro porventura cometido, consiste em repetir o nivelamento de trás para frente, o que se denomina de contra-nivelamento. Na operação do contra-nivelamento não é necessário nivelar todas as estacas do nivelamento, bastando fazer o nivelamento de pontos auxiliares para que, partindo do último, se retorne ao ponto de partida. A diferença entre a cota do ponto de partida e a cota que for calculada para este ponto de partida ao final da operação do contra-nivelamento é o erro cometido no nivelamento

36 T = c k L Definição da Tolerância A definição da tolerância nos nivelamentos é variável de acordo com as irregularidades relevo do terreno e o número de estações, entre outros fatores. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) fornecem tabelas e fórmulas para determinar as tolerâncias no nivelamento, segundo diferentes precisões. Alguns autores (PINTO, 1989; COMASTRI, 1989) propõem a seguinte expressão para o cálculo da tolerância do nivelamento: T = c k L onde T => Tolerância do nivelamento;c => Coeficiente de precisão que varia de 1 a 2,5 k => Erro médio admitido por quilômetro; L => Extensão nivelada em km; k = 5 mm para nivelamento de precisão de primeira ordem; k = 10 mm para nivelamento de precisão de segunda ordem; k = 15 mm para nivelamento de precisão de terceira ordem.

37

38 Ponto Visado RN Plano de Referencia Leitura na Mira RE Vante 0,438 A 1,795 B 3,542 B 0,509 C 2,064 D 3,285 D 3,811 E 2,053 F 0,276 F 3,794 G 2,082 RN 1,444 Cotas ou Altitudes Correção Cotas Corrigidas Observações

39 Ponto Visado RN Plano de Referencia 50,438 Leitura na Mira Ré Vante Cotas ou Altitudes Correção 50,000 0,438 Cotas Corrigidas 50,000 A 1,795 48,643-0,002 48,641 B 3,542 46,896-0,002 46,894 C 2,064 45,341-0,003 45,338 D 3,285 44,120-0,003 44,117 E 2,053 45,878-0,004 45,874 F 0,276 47,655-0,004 47,651 G 2,082 49,367-0,005 49,362 RN 1,444 50,005-0,005 50,000 B D F 47,405 47,931 51,449 0,509 3,811 3,794 Observações

40 Exercício Valor 2 pontos Calcular a Caderneta de Nivelamento e desenhar o perfil.(estaqueamento de 20 em 20 m Escalas do Perfil Horizontal 1:1000 Vertical 1:100 Ponto Visado RN = 0 Plano de Referência Altitude do RN 751,254m Leitura na Mira Ré Vante 2, , , , , , , , ,749 Cotas ou Altitudes Observações

41 Perfis Longitudinais e Transversais Quando se realiza um trabalho de nivelamento, com finalidade de conhecer particularidades do terreno, pode-se representar estes elementos altimétricos (cotas ou altitudes) por meio de perfis longitudinais e transversais. Um perfil é a representação gráfica, no plano vertical, das diferenças de nível, cotas ou altitudes, obtidas num nivelamento. A utilização desse processo de representação é muito utilizada na engenharia de construção, desde o planejamento até execução do projeto. Especificamente no projeto de estradas (rodovias, ferrovias, vias urbanas), o conhecimento do relevo através do estudo de perfis é de fundamental interesse para sua viabilização. Entre suas utilidades de auxílio ao projeto temse: Escolha do melhor traçado das vias; Estudo da drenagem; Estudo de corte/aterro; Estudo de jazidas; Estudo de seção tipo; Definição de rampas, etc.;

42 Perfil Longitudinal Os perfis longitudinais são obtidos por seções longitudinais, e construídos a partir do nivelamento ao longo do caminhamento ou eixo longitudinal. Geralmente o nivelamento desta seção longitudinal é feito com a utilização de níveis de luneta. O procedimento de levantamento pode ser o nivelamento geométrico simples ou composto

43 Perfil Transversal Os perfis transversais são obtidos por seções transversais, geralmente normais aos alinhamentos de uma poligonal. Quando se tratar de uma estaca de vértice, faz-se a seção transversal como a bissetriz do ângulo entre os alinhamentos. Logo, o nivelamento das seções transversais está sempre amarrado à seção longitudinal, conseqüentemente relacionado ao mesmo RN. De acordo com o sentido do desenvolvimento da poligonal, as seções situadas de um lado e outro do eixo longitudinal são denominados seções à direita ou seções à esquerda da poligonal

44 Nivelamento das Seções Transversais a Régua Emprega-se uma régua horizontal e uma outra vertical, ambas graduadas convenientemente. A horizontalidade será obtida com nível de bolha (nível de pedreiro). Na figura a seguir, para a primeira diferença de nível do lado direito, observa-se que uma das extremidades da régua horizontal é apoiada numa régua vertical na estaca 12, a outra extremidade é apoiada sobre a estaca denominada D1, e por meio de um nível de pedreiro, verifica-se a horizontalidade. A seguir, procede-se, com a face inferior da régua horizontal, a leitura na régua vertical, que representa a diferença de nível entre os pontos. O valor lido na régua horizontal será a distância entre os pontos nivelados. Repete-se o procedimento para os outros pontos. Como se trata de nivelamento de seções transversais, este procedimento deve ser executado à direita e à esquerda do eixo longitudinal

45

46 Utilização das Medidas de um Levantamento Altimétrico As medidas, cálculos e transportes de um nivelamento podem ser utilizados na: Construção de Perfis Segundo GARCIA e PIEDADE (1984), o perfil é a representação gráfica do nivelamento e a sua determinação tem por finalidade: 1. O estudo do relevo ou do seu modelado, através das curvas de nível; 2. A locação de rampas de determinada declividade para projetos de engenharia e arquitetura: edificações, escadas, linhas de eletrificação rural, canais e encanamentos, estradas etc.; 3. O estudo dos serviços de terraplanagem (volumes de corte e aterro).

47 O perfil de uma linha do terreno pode ser de dois tipos: Longitudinal: determinado ao longo do perímetro de uma poligonal (aberta ou fechada), ou, ao longo do seu maior afastamento (somente poligonal fechada). Transversal: determinado ao longo de uma faixa do terreno e perpendicularmente ao longitudinal.

48 Perfis transversais: são cortes verticais do terreno ao longo de uma Determinada linha. Um perfil transversal é obtido a partir da interseção de um plano vertical com o terreno. É de grande utilidade em engenharia, principalmente no estudo do traçado de estradas.

49

50 O levantamento de um perfil, para poligonais abertas ou fechadas, é feito da seguinte forma: Toma-se o maior afastamento (fechada) ou o perímetro (aberta) de uma poligonal e determina-se a linha principal a ser levantada. Faz-se o estaqueamento desta linha em intervalos de 5m, 10m ou 20m, com a ajuda de balizas e trena ou de teodolito. É importante que as estacas sejam numeradas. Faz-se o levantamento altimétrico desta linha e determinam-se todos os seus desníveis. Determinam-se também as linhas transversais às estacas da linha principal com a ajuda de um teodolito. Se a linha longitudinal escolhida for o perímetro da poligonal, deve-se traçar, em cada estaca, a linha transversal segundo a bissetriz do ângulo horizontal naquele ponto.

51 Faz-se o estaqueamento das linhas transversais com a mesma precisão da linha principal, ou seja, em intervalos de 5m, 10m ou 20m. Faz-se o levantamento destas linhas transversais e determinamse todos os seus desníveis. Representam-se os valores dos desníveis obtidos e das distâncias horizontais entre as estacas em um sistema de eixos ortogonais da seguinte forma: a)no eixo x são lançadas todas as distâncias horizontais entre as estacas (perímetro da linha levantada) em escala apropriada. Ex.: 1:750. b)no eixo y são lançados todos os valores de cota/altitude das estacas levantadas também em escala apropriada.

52 Ex.: 1:75 (escala em y 10 vezes maior que a escala em x) perfil elevado. 1:750 (escala em y igual à escala em x) perfil natural. 1:1500 (escala em y 2 vezes menor que a escala em x) perfil rebaixado. Uma vez representadas as estacas no eixo x, estas devem ser unidas, através de linhas ortogonais, às suas respectivas cotas já representadas no eixo y. Desta forma, cada interseção de duas linhas ortogonais (x e y) dará como resultado um ponto definidor do perfil. O desenho final do perfil deverá compor uma linha que une todos os seus pontos definidores.

53 Determinação da Declividade entre Pontos A declividade ou gradiente entre pontos do terreno é a relação entre a distância vertical e horizontal entre eles. Em porcentagem, a declividade é dada por: Em valores angulares, a declividade é dada por:

54 As declividades classificam-se em: Classe A B C D E F Declividade % < a a a a 40 > 40 Declividade < a a a a 21.8 > 21.8 Interpretação Fraca Moderada Moderada a Forte Forte Muito Forte Extremamente Forte

55 REPRESENTAÇAO DO RELEVO INTRODUÇÃO O relevo da superfície terrestre é uma feição contínua e tridimensional. Existem diversas maneiras para representar o mesmo, sendo as mais usuais as curvas de nível e os pontos cotados. Diferentes formas de representação do relevo. Ponto Cotado: é a forma mais simples de representação do relevo; as Projeções dospontos no terreno têm representado ao seu lado as suas cotas ou altitudes Normalmente são empregados em cruzamentos de vias, picos de morros, etc.

56 Geração de Curvas de Nível Como ilustrado na figura a seguir, as curvas de nível ou isolinhas são linhas curvas fechadas formadas a partir da interseção de vários planos horizontais com a superfície do terreno. Cada uma destas linhas, pertencendo a um mesmo plano horizontal tem, evidentemente, todos os seus pontos situados na mesma cota altimétrica, ou seja, todos os pontos estão no mesmo nível.

57 Representação Tridimensional do Relevo e Curvas de Nível

58 Curvas de nível: forma mais tradicional para a representação do relevo. Podem ser definidas como linhas que unem pontos com a mesma cota ou altitude. Representam em projeção ortogonal a interseção da superfície do terreno com planos horizontais

59

60

61 Os planos horizontais de interseção são sempre paralelos e eqüidistantes e a distância entre um plano e outro denomina-se Eqüidistância Vertical. Segundo DOMINGUES (1979), a eqüidistância vertical das curvas de nível varia com a escala da planta e recomendam-se os valores da tabela abaixo.

62 Características das Curvas de Nível As curvas de nível, segundo o seu traçado, são classificadas em: mestras: todas as curvas múltiplas de 5 ou 10 metros. intermediárias: todas as curvas múltiplas da eqüidistância vertical excluindo-se as mestras. meia-eqüidistância: utilizadas na densificação de terrenos muito planos. A figura a seguir (DOMINGUES, 1979) ilustra parte de uma planta altimétrica com curvas de nível mestras e intermediárias.

63

64

65 Todas as curvas são representadas em tons de marrom ou sépia (plantas coloridas) e preto (plantas monocromáticas). As curvas mestras são representadas por traços mais espessos e são todas cotadas. Como mostra a figura a seguir (GARCIA, 1984), curvas muito afastadas representam terrenos planos.

66 Da mesma forma, a figura a seguir (GARCIA, 1984) mostra que curvas muito próximas representam terrenos acidentados. Como indicado na figura a seguir, a maior declividade (d%) do terreno ocorre no local onde as curvas de nível são mais próximas e vice-versa.

67

68 Quanto mais próximas entre si, mais inclinado é o terreno que representam

69 Para o traçado das curvas de nível os pontos notáveis do terreno (aqueles que melhor caracterizam o relevo) devem ser levantados altimetricamente. É a partir destes pontos que se interpolam, gráfica ou numericamente, os pontos definidores das curvas. Em terrenos naturais (não modificados pelo homem) as curvas tendem a um paralelismo e são isentas de ângulos vivos e quebras.

70

71 Normas para o Desenho das Curvas de Nível Duas curvas de nível jamais devem se cruzar. Figura de GARCIA e PIEDADE (1984).

72 Duas ou mais curvas de nível jamais poderão convergir para formar uma curva única, com exceção das paredes verticais de rocha. Figura de GARCIA e PIEDADE (1984).

73 As curvas de nível são "lisas", ou seja não apresentam cantos.

74 Uma curva de nível inicia e termina no mesmo ponto, portanto, ela não pode surgir do nada e desaparecer repentinamente. Figura de GARCIA e PIEDADE (1984). Uma curva pode compreender outra, mas nunca ela mesma. Nos cumes e nas depressões o relevo é representado por pontos cotados.

75 O Modelado Terrestre Segundo ESPARTEL (1987), o modelado terrestre (superfície do terreno), tal qual se apresenta atualmente, teve origem nos contínuos deslocamentos da crosta terrestre (devidos à ação de causas internas) e na influência dos diversos fenômenos externos (tais como chuvas, vento, calor solar, frio intenso) que com a sua ação mecânica e química, alteraram a superfície estrutural original transformando-a em uma superfície escultural. Para compreender melhor as feições (acidentes geográficos) que o terreno apresenta e como as curvas de nível se comportam em relação às mesmas, algumas definições geográficas do terreno são necessárias. São elas:

76 Colo: quebrada ou garganta, é o ponto onde as linhas de talvegue (normalmente duas) e de divisores de águas (normalmente dois) se curvam fortemente mudando de sentido. Contraforte: são saliências do terreno que se destacam da serra principal (cordilheira) formando os vales secundários ou laterais. Destes partem ramificações ou saliências denominadas espigões e a eles correspondem os vales terciários. Cume: cimo ou crista, é a ponto mais elevado de uma montanha. Linha de Aguada: ou talvegue, é a linha representativa do fundo dos rios, córregos ou cursos d água

77 A linha que resulta da união dos pontos A, B, C, D,... de maior curvatura (pontos de inflexão da curva) denomina-se linha de thalweg. Esta linha representa a linha de intersecção de duas ladeiras opostas e por onde escorrem as águas que descem das mesmas

78 Linha de Crista: cumeada ou divisor de águas, é a linha que une os pontos mais altos de uma elevação dividindo as águas da chuva. Serra: cadeia de montanhas de forma muito alongada donde partem os contrafortes. Vertente: flanco, encosta ou escarpa, é a superfície inclinada que vem do cimo até a base das montanhas. Pode ser à esquerda ou à direita de um vale, ou seja, a que fica à mão esquerda e direita respectivamente do observador colocado de frente para a foz do curso d água. As vertentes, por sua vez, não são superfícies planas, mas sulcadas de depressões que formam os vales secundários.

79 As Curvas de Nível e os Principais Acidentes Geográficos Naturais Depressão e Elevação: como na figura a seguir (GARCIA, 1984), são superfícies nas quais as curvas de nível de maior valor envolvem as de menor no caso das depressões e vice-versa para as elevações.

80 Elevação e depressão

81 Colina, Monte e Morro: segundo ESPARTEL (1987), a primeira é uma elevação suave, alongada, coberta de vegetação e com altura entre 200 a 400m. A segunda é uma elevação de forma variável, abrupta, normalmente sem vegetação na parte superior e com altura entre 200 a 300m. A terceira é uma elevação semelhante ao monte, porém, com altura entre 100 e 200m. Todas aparecem isoladas sobre o terreno.

82 Espigão: constitui-se numa elevação alongada que tem sua origem em um contraforte. Figura de DOMINGUES (1979).

83 Corredor: faixa de terreno entre duas elevações de grande extensão. Figura de GARCIA e PIEDADE (1984).

84 Talvegue: linha de encontro de duas vertentes opostas (pela base) e segundo a qual as águas tendem a se acumular formando os rios ou cursos d água. Figura de DOMINGUES (1979).

85 Vale: superfície côncava formada pela reunião de duas vertentes opostas (pela base). Segundo DOMINGUES (1979) e conforme figura abaixo, podem ser de fundo côncavo, de fundo de ravina ou de fundo chato. Neste, as curvas de nível de maior valor envolvem as de menor.

86 Divisor de águas: linha formada pelo encontro de duas vertentes opostas (pelos cumes) e segundo a qual as águas se dividem para uma e outra destas vertentes. Figura de DOMINGUES (1979).

87 Dorso: superfície convexa formada pela reunião de duas vertentes opostas (pelos cumes). Segundo ESPARTEL (1987) e conforme figura abaixo, podem ser alongados, planos ou arredondados. Neste, as curvas de nível de menor valor envolvem as de maior. O talvegue está associado ao vale enquanto o divisor de águas está associado ao dorso.

88 Leis do Modelado Terrestre Segundo ESPARTEL (1987), à ciência que estuda as formas exteriores da superfície da Terra e as leis que regem o seu modelado dá-se o nome de Topologia. Por serem as águas (em qualquer estado: sólido, líquido e gasoso) as grandes responsáveis pela atual conformação da superfície terrestre, é necessário que se conheçam algumas das leis que regem a sua evolução e dinâmica, de forma a compreender melhor a sua estreita relação com o terreno e a maneira como este se apresenta.

89 Leis: 1a. Lei: Qualquer curso d água está compreendido entre duas elevações cujas linhas de crista vão se afastando à medida que o declive da linha de aguada vai diminuindo. 2a. Lei: Quando dois cursos d água se encontram, a linha de crista que os separa está sensivelmente orientada no prolongamento do curso d água resultante. 3a. Lei: Se dois cursos d água descem paralelamente uma encosta e tomam depois direções opostas, as linhas que separam os cotovelos indicam a depressão mais profunda entre as vertentes.

90 4a. Lei: Se alguns cursos d água partem dos arredores de um mesmo ponto e seguem direções diversas, há, ordinariamente, na sua origem comum, um ponto culminante. 5a. Lei:: Se duas nascentes ficam de um lado e de outro de uma elevação, existe um cume na parte correspondente da linha de crista que as separa. 6a. Lei: Em uma zona regularmente modelada, uma linha de crista se baixa quando dois cursos d água se aproximam e viceversa. Ao máximo afastamento corresponde um cume, ao mínimo, um colo.

91 7a. Lei: Em relação a dois cursos d água que correm em níveis diferentes, pode-se afirmar que a linha de crista principal que os separa aproxima-se, sensivelmente, do mais elevado. 8a. Lei: Sempre que uma linha de crista muda de direção lança um contraforte na direção de sua bissetriz. Este contraforte pode ser pequeno, mas sempre existente. 9a. Lei: Quando dois cursos d água vizinhos nascem do mesmo lado de uma encosta um contraforte ou uma garupa se lança entre os dois e os separa. Na interseção da linha de crista desse contraforte com a linha de crista principal existe um ponto culminante. 10a. Lei: Se um curso d água se divide em muitos ramos sinuosos e forma ilhas irregulares, pode-se concluir que o vale é largo e a linha de aguada tem pouca inclinação. Se, ao contrário, existe um único canal, pode-se concluir que o vale é estreito e profundo e a linha de aguada é bastante inclinada.

92 Obtenção das Curvas de Nível Segundo GARCIA e PIEDADE (1984), após o levantamento planimétrico do terreno pode-se empregar um dos três métodos abaixo para a obtenção das curvas de nível:

93 a) Quadriculação É o mais preciso dos métodos. Também é o mais demorado e dispendioso. Recomendado para pequenas áreas. Consiste em quadricular o terreno (com piquetes) e nivelá-lo. A quadriculação é feita com a ajuda de um teodolito/estação (para marcar as direções perpendiculares) e da trena/estação (para marcar as distâncias entre os piquetes). O valor do lado do quadrilátero é escolhido em função: da sinuosidade da superfície; das dimensões do terreno; da precisão requerida; e do comprimento da trena. No escritório, as quadrículas são lançadas em escala apropriada, os pontos de cota inteira são interpolados e as curvas de nível são traçadas.

94 b) Irradiação Taqueométrica Método recomendado para áreas grandes e relativamente planas. Consiste em levantar poligonais maiores (principais) e menores (secundárias) interligadas. Todas as poligonais devem ser niveladas. Das poligonais (principal e secundárias) irradiam-se os pontos notáveis do terreno, nivelando-os e determinando a sua posição através de ângulos e de distâncias horizontais. Esta irradiação é feita com o auxílio de um teodolito e trena ou de estação total. No escritório, as poligonais são calculadas e desenhadas, os pontos irradiados são locados e interpolados e as curvas de nível são traçadas.

95 c)seções Transversais Método utilizado na obtenção de curvas de nível em faixas, ou seja, em terrenos estreitos e longos. Consiste em implantar e levantar planialtimetricamente os pontos definidores das linhas transversais à linha longitudinal definida por uma poligonal aberta. No escritório, a poligonal aberta e as linhas transversais são determinadas e desenhadas, os pontos de cada seção são interpolados e as curvas de nível são traçadas.

96 Representação Altimétrica Nas operações topográficas denominamos relevo as elevações e depressões do terreno. O relevo pode ser representado em planta baixa ou perfil, no plano do papel. Qualquer que seja o processo de representação do relevo, ele deve satisfazer as seguintes condições: Realçar de forma mais expressiva possível as formas do relevo; Permitir determinar, com precisão, a cota ou altitude de qualquer ponto do terreno.

97 Interpolação Segundo BORGES (1992) a interpolação das curvas de nível pode ser gráfica ou numérica. a)interpolação Gráfica Consiste em determinar, entre dois pontos de cotas fracionárias, o ponto de cota cheia ou inteira e múltiplo da eqüidistância vertical. Sejam, portanto, dois pontos A e B de cotas conhecidas e cuja distância horizontal também se conhece. O método consiste em traçar perpendiculares ao alinhamento AB, pelo ponto A e pelo ponto B respectivamente.

98 Sobre estas perpendiculares lançam-se: o valor que excede a cota inteira (sentido positivo do eixo, pelo ponto A ou B, aquele de maior cota); e o valor que falta para completar a cota inteira (sentido negativo do eixo, pelo ponto A ou B, aquele de menor cota). Este lançamento pode ser feito em qualquer escala. Os valores lançados sobre as perpendiculares por A e B resultam nos pontos C e D, que determinam uma linha. A interseção desta linha (CD) com o alinhamento (AB) é o ponto de cota inteira procurado. Ex.: seja c(a) = 12,6m, c(b) = 13,7m e DHAB = 20,0m. Determine o ponto de cota inteira entre A e B e sua localização.

99 b) Interpolação Numérica O método consiste em determinar os pontos de cota inteira e múltiplos da eqüidistância vertical por semelhança de triângulos: Pela figura abaixo (BORGES, 1992), pode-se deduzir que:

100 AE AB assim como AC (AC + BD) portanto Para o exemplo do método anterior, AE calculado pela relação acima corresponde a 7,27m. Isto eqüivale ao resultado obtido graficamente.

101 MÉTODOS PARA A INTERPOLAÇÃO E TRAÇADO DAS CURVAS DE NÍVEL. Com o levantamento topográfico altimétrico são obtidos diversos pontos com cotas/altitudes conhecidas. A partir destes é que as curvas serão desenhadas. Cabe salientar a necessidade das coordenadas planas dos pontos para plotálos sobre a carta., O número de pontos e sua posição no terreno influenciarão no desenho final das curvas de nível.

102 O que se faz na prática é, a partir de dois pontos com cotas conhecidas, interpolar a posição referente a um ponto com cota igual a cota da curva de nível que será representada. A curva de nível será representada a partir destes pontos.

103 MÉTODO NUMÉRICO Utiliza-se uma regra de três para a interpolação das curvas de nível. Devem ser conhecidas as cotas dos pontos, a distância entre eles e a eqüidistância das curvas de nível. Tomando-se como exemplo os dados apresentados na figura a seguir, sabe-se que a distância entre os pontos A e B no desenho é de 7,5 cm e que o desnível entre eles é de 12,9m. Deseja-se interpolar a posição por onde passaria a curva com cota 75m.

104 É possível calcular o desnível entre o ponto A e a curva de nível com cota 75m ( 75m - 73,2 = 1,8m). Sabendo-se que em 7,5 cm o desnível entre os pontos é de 12,9 m, em "x metros este desnível será de 1,8 m.

105 Neste caso, a curva de nível com cota 75m estará passando a 1,05cm do ponto A. Da mesma forma, é possível calcular os valores para as curvas 80 e 85m (respectivamente 3,9 e 6,9cm). A figura a seguir apresenta estes resultados.

106 Classificação do Relevo De posse da planta planialtimétrica de um terreno ou região é possível, segundo GARCIA e PIEDADE (1984), analisar e classificar o relevo da seguinte forma:

107 Tipos de Cartas As plantas planialtimétricas de uma região, segundo ESPARTEL (1987) podem ser classificadas como: Hipsométricas ou Geográficas: constituindo todo o conjunto de plantas, cartas e mapas planialtimétricos. Batimétricas ou Náuticas: constituindo todas as plantas, cartas e mapas cuja finalidade é representar o relevo marinho. Estes produtos não possuem curvas de nível, apenas pontos e linhas de profundidade. A profundidade dos pontos e linhas representados é obtida através de ecobatímetros, atualmente, interligados a GPS de precisão e, portanto, por processos diferenciados das curvas de nível tradicionais.

108 Planta Baixa A representação em planta baixa pode ser feita pelos seguintes processos: a) Planta com pontos cotados Neste processo todos os pontos topográficos possuem as suas alturas fornecendo uma idéia aproximada do relevo Eixo Y Eixo X

109 Planta com curvas de nível Este é o processo mais rigoroso de representação do relevo em planta baixa. Define-se curva de nível como o lugar geométrico onde todos os pontos possuem as mesmas cotas ou altitudes. Geralmente seu traçado percorre cotas ou altitudes inteiras

110 Planta de cores hipsométricas Neste caso as alturas dos pontos são representadas por cores diferentes, onde cada cor representa uma determinada altitude ou cota. Geralmente as cores mais claras representam as partes mais baixas e as escuras as partes mais altas

111 Perfil A representação em perfil pode ser feita pelos seguintes processos: a) Desenho do perfil Denomina-se perfil a representação, no plano vertical, das diferenças de nível obtidas durante o levantamento topográfico altimétrico (nivelamento). Utilizado quando se deseja representar particularidades de um terreno, para fins de projetos. É um processo rigoroso de representar as elevações e depressões de um determinado terreno. A representação do terreno, no desenho, é feita por meio de eixos de coordenadas onde colocamos no eixo X as distâncias entre os pontos e no eixo Y as cotas ou altitudes. Normalmente utiliza-se um papel milimetrado. Nos desenhos de perfis, geralmente aplicam-se escalas independentes para os eixos X e Y. Acontece que, para melhor visualização do relevo, normalmente a escala vertical é maior. A relação mais recomendada é aquela em que a escala vertical seja de 5 a 10 (dez) vezes maior que a escala horizontal. Após o desenho do perfil, onde foram lançadas as cotas e distâncias, pode-se fazer a transferência das cotas inteiras para o desenho da planta baixa. Isto é realizado pela medida das distâncias entre as cotas inteiras, no eixo X. Um artifício a ser utilizado é o processo de transferência por fita, aonde são registradas todas as distâncias e transportadas para a planta baixa.

112 Desenho de perfil 510,00 500,00 490,00 480,00 470,00 460,00 450,00 440,

113

114 Durante a representação de um perfil, costuma-se empregar escalas diferentes para os eixos X e Y, buscando enfatizar o desnível entre os pontos, uma vez que a variação em Y (cota ou altitude) é menor. Por exemplo, pode-se utilizar uma escala de 1:100 em X e 1:10 em Y.

115

116 Interceptando (cortando) a projeção da figura 2 por um plano perpendicular à figura, independentemente da parte que observarmos, obtém-se uma representação conforme mostra a figura 6a. Aqui, observa-se que as curvas de menor altitude envolvem as de menor altitude, a exemplo das elevações. A união dos pontos A, B, C, D,... produz uma linha denominada linha divisória ou divisor de águas. É esta linha a responsável pela divisão das águas da chuva que caem no terreno. O conhecimento desta linha é muito importante nos estudos de bacias hidrográficas; elas representam os limites entre bacias. O divisor e os thalwegs são, portanto formas contrárias. Sempre, entre dois thalwegs existe um divisor e entre dois divisores haverá um thalweg. Os divisores apresentam, vez por outra, uma depressão, dando lugar a uma passagem entre dois vales. De acordo com a forma da depressão, recebe denominação específica: garganta, quando extenso e estreito; desfiladeiro,quando é profundo e ladeado por ladeiras íngremes.

117

118 Na seqüência, são mostradas algumas figuras mostrando situações de interesse no entendimento das formas de relevo e maneiras de representá-los através das curvas de nível.

119

120 1.Dados os valores abaixo, construir um perfil longitudinal com Ex = 1:1000 e Ey = 1:100, sabendo-se que as estacas foram cravadas de 20m em 20m. Estaca Cota Estaca Cota 0 100,00m 3 103,50m 1 101,60m 4 103,20m 2 102,30m 4+12,4 102,50m 2+8,60m 103,00m 5 102,90m

121

122

rofa Lia Pimentel TOPOGRAFIA

rofa Lia Pimentel TOPOGRAFIA rofa Lia Pimentel TOPOGRAFIA Diferença entre Cartografia e Topografia: A Topografia é muitas vezes confundida com a Cartografia ou Geodésia pois se utilizam dos mesmos equipamentos e praticamente dos mesmos

Leia mais

DN = Se DN+ então o terreno está em aclive (de ré para vante). Se DN- então o terreno está em declive (de ré para a vante).

DN = Se DN+ então o terreno está em aclive (de ré para vante). Se DN- então o terreno está em declive (de ré para a vante). 1 - Nivelamento Geométrico Simples Neste método, indicado pela figura abaixo (DOMINGUES, 1979), instala-se o nível uma única vez em ponto estratégico, situado ou não sobre a linha a nivelar e eqüidistante

Leia mais

Capítulo IV TAQUEOMETRIA

Capítulo IV TAQUEOMETRIA 62 Capítulo IV TAQUEOMETRIA 1. Princípios Gerais A taqueometria, do grego takhys (rápido), metren (medição), compreende uma série de operações que constituem um processo rápido e econômico para a obtenção

Leia mais

Aula 8 : Desenho Topográfico

Aula 8 : Desenho Topográfico Aula 8 : Desenho Topográfico Topografia, do grego topos (lugar) e graphein (descrever), é a ciência aplicada que representa, no papel, a configuração (contorno,dimensão e posição relativa) de um porção

Leia mais

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios Página 1 de 5 Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios Capitulos 01 - Requisitos 02 - Etaqpas 03 - Traçado 04 - Trafego e Clssificação 05 - Geometria 06 - Caracteristicas Técnicas 07 - Distancia

Leia mais

Levantamento. Levantamento altimétrico:

Levantamento. Levantamento altimétrico: Levantamento planimétrico trico: projeção plana que não traz informações acerca do relevo do terreno levantado; somente acerca de informações relativas à medições feitas na horizontal. Levantamento altimétrico:

Leia mais

Disciplina: Topografia II

Disciplina: Topografia II Curso de Graduação em Engenharia Civil Prof. Guilherme Dantas Fevereiro/2014 Disciplina: Topografia II O relevo da superfície terrestre é uma feição contínua e tridimensional. Existem diversas maneiras

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA UFPB CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CCA Departamento de Solos e Engenharia Rural - DSER. Aula 02

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA UFPB CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CCA Departamento de Solos e Engenharia Rural - DSER. Aula 02 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA UFPB CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CCA Departamento de Solos e Engenharia Rural - DSER Aula 02 Prof. Dr. Guttemberg da Silva Silvino Introdução Topografia Definição de Topografia

Leia mais

NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

NIVELAMENTO GEOMÉTRICO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEODÉSIA TOPOGRAFIA I NIVELAMENTO GEOMÉTRICO PROFESSOR JORGE LUIZ BARBOSA DA SILVA JUNHO/2003 MONITORES: VIVIAN, RODRIGO

Leia mais

AULA III MEDIDA DE DISTÂNCIA

AULA III MEDIDA DE DISTÂNCIA AULA III MEDIDA DE DISTÂNCIA 1. Introdução. 2. Medida Direta de Distâncias. 2.1. Equipamentos utilizados na Medida Direta de Distâncias. 2.2. Cuidados na Medida Direta de Distâncias. 2.3. Método na Medida

Leia mais

BACIA HIDROGRÁFICA OU BACIA DE DRENAGEM

BACIA HIDROGRÁFICA OU BACIA DE DRENAGEM BACIA HIDROGRÁFICA OU BACIA DE DRENAGEM Constituída pelo conjunto de superfícies que, através de canais e tributários, drenam a água da chuva, sedimentos e substâncias dissolvidas para um canal principal

Leia mais

Aula 18 PERFIL TOPOGRÁFICO: TIPOS DE RELEVO. Antônio Carlos Campos

Aula 18 PERFIL TOPOGRÁFICO: TIPOS DE RELEVO. Antônio Carlos Campos Aula 18 PERFIL TOPOGRÁFICO: TIPOS DE RELEVO META Apresentar perfis topográficos, mostrando as principais formas geomorfológicas. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: identificar os principais

Leia mais

FSP FACULDADE SUDOESTE PAULISTA. Curso: Engenharia Civil. Prof.ª Amansleone da S. Temóteo APONTAMENTO DE AULA

FSP FACULDADE SUDOESTE PAULISTA. Curso: Engenharia Civil. Prof.ª Amansleone da S. Temóteo APONTAMENTO DE AULA FSP FACULDADE SUDOESTE PAULISTA Curso: Engenharia Civil Prof.ª Amansleone da S. Temóteo APONTAMENTO DE AULA 1. INSTRUMENTOS DE TOPOGRAFIA Instrumentos de topografia se referem aos equipamentos necessários

Leia mais

08-LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PLANIMETRIA pg 98

08-LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PLANIMETRIA pg 98 TOPOGRAFIA 08-LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PLANIMETRIA pg 98 levantamento pontos planimétricos, altimétricos ou planialtimétricos pontos de apoio (partir destes ) Projeção ΔX = D. sen Az ΔY = D. cos Az TÉCNICAS

Leia mais

AQUISIÇÃO DE DADOS. Topografia. Prof. Luciene Delazari Grupo de Pesquisa em Cartografia e SIG da UFPR SIG aplicado ao Meio Ambiente 2011

AQUISIÇÃO DE DADOS. Topografia. Prof. Luciene Delazari Grupo de Pesquisa em Cartografia e SIG da UFPR SIG aplicado ao Meio Ambiente 2011 AQUISIÇÃO DE DADOS Prof. Luciene Delazari Grupo de Pesquisa em Cartografia e SIG da UFPR SIG aplicado ao Meio Ambiente 2011 Topografia 1.1. Conceitos 1.2. Elementos da Planta Topográfica 1.3. Estudo das

Leia mais

Introdução à Topografia

Introdução à Topografia Topografia Introdução à Topografia Etimologicamente a palavra TOPOS, em grego, significa lugar e GRAPHEN descrição, assim, de uma forma bastante simples, Topografia significa descrição do lugar. O termo

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS - ESALQ / USP LEB 340 - Topografia e Geoprocessamento I Prof. Rubens Angulo Filho 1º Semestre de 2015

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS - ESALQ / USP LEB 340 - Topografia e Geoprocessamento I Prof. Rubens Angulo Filho 1º Semestre de 2015 Trabalho prático nº 01: Levantamento à Trena 1) Material: a) trena de 20,0m; b) 3 balizas; c) 4 fichas; d) GPS de navegação 2) Método: A medição dos alinhamentos, no campo, será executada por 3 balizeiros

Leia mais

Aula 9 ESCALA GRÁFICA. Antônio Carlos Campos

Aula 9 ESCALA GRÁFICA. Antônio Carlos Campos Aula 9 ESCALA GRÁFICA META Apresentar as formas de medição da proporcionalidade entre o mundo real e os mapas através das escalas gráficas. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: estabelecer formas

Leia mais

Nivelamento geométrico

Nivelamento geométrico UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA TERRA DEPARTAMENTO DE GEOMÁTICA Nivelamento geométrico DR. CARLOS AURÉLIO NADAL PROFESSOR TITULAR Tipos de Nivelamento: 1. GEOMÉTRICO: mais preciso dos

Leia mais

Topografia. Conceitos Básicos. Prof.: Alexandre Villaça Diniz - 2004-

Topografia. Conceitos Básicos. Prof.: Alexandre Villaça Diniz - 2004- Topografia Conceitos Básicos Prof.: Alexandre Villaça Diniz - 2004- 1 ÍNDICE ÍNDICE...1 CAPÍTULO 1 - Conceitos Básicos...2 1. Definição...2 1.1 - A Planta Topográfica...2 1.2 - A Locação da Obra...4 2.

Leia mais

Faculdade Sudoeste Paulista Curso de Engenharia Civil Técnicas da Construção Civil

Faculdade Sudoeste Paulista Curso de Engenharia Civil Técnicas da Construção Civil AULA 06 - LOCAÇÃO DE OBRAS Introdução: A locação da obra é o processo de transferência da planta baixa do projeto da edificação para o terreno, ou seja, os recuos, os afastamentos, os alicerces, as paredes,

Leia mais

SENAI SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL/SE

SENAI SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL/SE SENAI SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL/SE CURSO: HABILITAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MEDIO DA CONSTRUÇÃO CIVIL, COM ÊNFASE EM CANTEIRO DE OBRAS 2ª parte: Altimetria e Planialtimetria (APLICÁVEL

Leia mais

Protocolo de Instalação de Parcelas Terrestres

Protocolo de Instalação de Parcelas Terrestres MATERIAL NECESSÁRIO GPS Clinômetro Barbante plástico Vara para suporte do clinômetro e vara alvo (Figura 1) Cano para apoiar bússola Jogo de marcador alfa-numérico Trena de 10 metros Tubos de PVC ½ marrom

Leia mais

Topografia Aplicada à Engenharia Civil AULA 01

Topografia Aplicada à Engenharia Civil AULA 01 Topografia Geomática Aplicada à Engenharia Civil AULA 01 Apresentação da Disciplina e Conceitos Iniciais Profº Rodolfo Moreira de Castro JúniorJ Graduação: Engº Cartógrafo Mestrado: Informática Geoprocessamento

Leia mais

APOSTILA TECNOLOGIA MECANICA

APOSTILA TECNOLOGIA MECANICA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE POMPEIA CURSO TECNOLOGIA EM MECANIZAÇÃO EM AGRICULTURA DE PRECISÃO APOSTILA TECNOLOGIA MECANICA Autor: Carlos Safreire Daniel Ramos Leandro Ferneta Lorival Panuto Patrícia de

Leia mais

ISF 204: ESTUDOS TOPOGRÁFICOS PARA PROJETOS EXECUTIVOS DE FERROVIAS

ISF 204: ESTUDOS TOPOGRÁFICOS PARA PROJETOS EXECUTIVOS DE FERROVIAS ISF 204: ESTUDOS TOPOGRÁFICOS PARA PROJETOS EXECUTIVOS DE FERROVIAS 1. OBJETIVO Definir e especificar os serviços constantes dos Estudos Topográficos a serem desenvolvidos nos Projetos Executivos de Engenharia.

Leia mais

Exercícios de Altimetria

Exercícios de Altimetria UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Exercícios de Altimetria Nivelamento Geométrico e Trigonométrico Autores: Prof. Fernando José de Lima Botelho Prof. Eduardo Oliveira Barros Prof. Glauber Carvalho

Leia mais

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios Página 1 de 9 Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios Capitulos 01 - Requisitos 02 - Etaqpas 03 - Traçado 04 - Trafego e Clssificação 05 - Geometria 06 - Caracteristicas Técnicas 07 - Distancia

Leia mais

-ESTRUTURA VIÁRIA TT048 CURVAS VERTICAIS

-ESTRUTURA VIÁRIA TT048 CURVAS VERTICAIS INFRAINFRA -ESTRUTURA VIÁRIA TT048 CURVAS VERTICAIS Prof. Djalma Pereira Prof. Eduardo Ratton Profa. Gilza Fernandes Blasi Profa. Márcia de Andrade Pereira Um fator importante para a segurança e eficiência

Leia mais

Tolerância geométrica de forma

Tolerância geométrica de forma Tolerância geométrica de forma A UU L AL A Apesar do alto nível de desenvolvimento tecnológico, ainda é impossível obter superfícies perfeitamente exatas. Por isso, sempre se mantém um limite de tolerância

Leia mais

4Distribuição de. freqüência

4Distribuição de. freqüência 4Distribuição de freqüência O objetivo desta Unidade é partir dos dados brutos, isto é, desorganizados, para uma apresentação formal. Nesse percurso, seção 1, destacaremos a diferença entre tabela primitiva

Leia mais

Capítulo 5: Aplicações da Derivada

Capítulo 5: Aplicações da Derivada Instituto de Ciências Exatas - Departamento de Matemática Cálculo I Profª Maria Julieta Ventura Carvalho de Araujo Capítulo 5: Aplicações da Derivada 5- Acréscimos e Diferenciais - Acréscimos Seja y f

Leia mais

TOPOGRAFIA. Nivelamento

TOPOGRAFIA. Nivelamento TOPOGRAFIA Nivelamento Altimetria: parte da topografia que tem por objectivo, por meio de métodos e instrumentos adequados, atribuir uma cota altimétrica a cada ponto, de forma a poder determinar a diferença

Leia mais

Figura 17.1 Exemplo de locação.

Figura 17.1 Exemplo de locação. 196 17 Locação 17.1 - INTRODUÇÃO Uma das atividades vinculadas à Topografia é a locação de pontos no terreno. Para a construção de uma obra, por exemplo, inicialmente é necessário realizar-se o levantamento

Leia mais

Modelagem Digital do Terreno

Modelagem Digital do Terreno Geoprocessamento: Geração de dados 3D Modelagem Digital do Terreno Conceito Um Modelo Digital de Terreno (MDT) representa o comportamento de um fenômeno que ocorre em uma região da superfície terrestre

Leia mais

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA- TOPOGRAFIA

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA- TOPOGRAFIA FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA- TOPOGRAFIA EXERCÍCIO DE REVISÃO 1. Com base nos seus conhecimentos, complete a lacuna com a alternativa abaixo que preencha corretamente

Leia mais

UNIDADE II Processos de medição de ângulos e distâncias.

UNIDADE II Processos de medição de ângulos e distâncias. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS - FESO CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS UNIFESO CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CCT CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Profª Drª Verônica Rocha Bonfim Engª Florestal

Leia mais

ALGUNS TERMOS TÉCNICOS IMPORTANTES

ALGUNS TERMOS TÉCNICOS IMPORTANTES Topografia Medições de Distâncias ALGUNS TERMOS TÉCNICOS IMPORTANTES Ponto topográfico: É todo e qualquer ponto do terreno, que seja importante e levado em conta na medição da área. Ao final de cada alinhamento

Leia mais

Topografia TRABALHOS DE CAMPO NIVELAMENTO GEOMETRICO LEVANTAMENTO TAQUEOMETRICO LEVANTAMENTO E CALCULO DE UMA POLIGONAL

Topografia TRABALHOS DE CAMPO NIVELAMENTO GEOMETRICO LEVANTAMENTO TAQUEOMETRICO LEVANTAMENTO E CALCULO DE UMA POLIGONAL Licenciatura em Engenharia Civil 1º Ano 2º Semestre Topografia Ano Lectivo 2004/2005 TRABALHOS DE CAMPO NIVELAMENTO GEOMETRICO LEVANTAMENTO TAQUEOMETRICO LEVANTAMENTO E CALCULO DE UMA POLIGONAL Trabalho

Leia mais

TOPOGRAFIA O LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

TOPOGRAFIA O LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 200784 Topografia I TOPOGRAFIA O LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO Prof. Carlos Eduardo Troccoli Pastana pastana@projeta.com.br (14) 3422-4244 AULA 2 1. AS GRANDEZAS MEDIDAS Lineares 200784 Topografia I 2 1. AS

Leia mais

"SISTEMAS DE COTAGEM"

SISTEMAS DE COTAGEM AULA 6T "SISTEMAS DE COTAGEM" Embora não existam regras fixas de cotagem, a escolha da maneira de dispor as cotas no desenho técnico depende de alguns critérios. A cotagem do desenho técnico deve tornar

Leia mais

Apresentação de Dados em Tabelas e Gráficos

Apresentação de Dados em Tabelas e Gráficos Apresentação de Dados em Tabelas e Gráficos Os dados devem ser apresentados em tabelas construídas de acordo com as normas técnicas ditadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Leia mais

REPRESENTAÇÃO DO RELEVO

REPRESENTAÇÃO DO RELEVO REPRESENTAÇÃO DO RELEVO Nas cartas topográficas o relevo é representado através de curvas de níveis e pontos cotados com altitudes referidas ao nível médio do mar (datum vertical) Ponto Cotado - é a projeção

Leia mais

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 10 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 31 As projeções do lado do polígono, com rumo no 4 o quadrante, sobre os eixos x e y são, respectivamente: a) positiva e positiva b) positiva e negativa c)

Leia mais

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP - LABTOP Topografia 2. Métodos de Aquisição de dados Planialtimétricos

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP - LABTOP Topografia 2. Métodos de Aquisição de dados Planialtimétricos UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP - LABTOP Topografia 2 Métodos de Aquisição de dados Planialtimétricos Recife, 2014 Métodos de Aquisição dos Dados O cuidado

Leia mais

MATEMÁTICA GEOMETRIA ANALÍTICA I PROF. Diomedes. E2) Sabendo que a distância entre os pontos A e B é igual a 6, calcule a abscissa m do ponto B.

MATEMÁTICA GEOMETRIA ANALÍTICA I PROF. Diomedes. E2) Sabendo que a distância entre os pontos A e B é igual a 6, calcule a abscissa m do ponto B. I- CONCEITOS INICIAIS - Distância entre dois pontos na reta E) Sabendo que a distância entre os pontos A e B é igual a 6, calcule a abscissa m do ponto B. d(a,b) = b a E: Dados os pontos A e B de coordenadas

Leia mais

Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS

Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS Elementos geométricos de uma estrada (Fonte: PONTES FILHO, 1998) GEOMETRIA DE VIAS 1. INTRODUÇÃO: A geometria de uma estrada é definida pelo traçado do

Leia mais

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO TUBULÕES A AR COMPRIMIDO Grupo de Serviço OBRAS D ARTE ESPECIAIS Código DERBA-ES-OAE-07/01 1. OBJETIVO Esta especificação de serviço define os critérios que orientam a cravação

Leia mais

UMC Cotas em desenho técnico (Módulo 2) Componentes gráficos de uma cota: Linha de cota Linha de chamada Setas de cota

UMC Cotas em desenho técnico (Módulo 2) Componentes gráficos de uma cota: Linha de cota Linha de chamada Setas de cota 1 UMC Engenharia Mecânica Expressão Gráfica 2 Prof.: Jorge Luis Bazan. Desenho Básico Cotas em desenho técnico (Módulo 2) Em desenho técnico damos o nome de cota ao conjunto de elementos gráficos introduzidos

Leia mais

Cotagem de dimensões básicas

Cotagem de dimensões básicas Cotagem de dimensões básicas Introdução Observe as vistas ortográficas a seguir. Com toda certeza, você já sabe interpretar as formas da peça representada neste desenho. E, você já deve ser capaz de imaginar

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA UFPB CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CCA Departamento de Solos e Engenharia Rural - DSER. Prof. Dr. Guttemberg Silvino

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA UFPB CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CCA Departamento de Solos e Engenharia Rural - DSER. Prof. Dr. Guttemberg Silvino UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA UFPB CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CCA Departamento de Solos e Engenharia Rural - DSER Prof. Dr. Guttemberg Silvino Considerações Iniciais Todo mapa/carta/planta é uma representação

Leia mais

Topografia Levantamentos Topográficos. Sistema de Referência. Coordenadas Geodésicas (j, l, h) Projecção Cartográfica

Topografia Levantamentos Topográficos. Sistema de Referência. Coordenadas Geodésicas (j, l, h) Projecção Cartográfica LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS OBJECTIVO O objectivo desta disciplina é a aprendizagem de métodos e técnicas de aquisição de dados que possibilitem a determinação das coordenadas cartográficas de um conjunto

Leia mais

Experimento. Guia do professor. Curvas de nível. Secretaria de Educação a Distância. Ministério da Ciência e Tecnologia. Ministério da Educação

Experimento. Guia do professor. Curvas de nível. Secretaria de Educação a Distância. Ministério da Ciência e Tecnologia. Ministério da Educação geometria e medidas Guia do professor Experimento Curvas de nível Objetivos da unidade 1. Desenvolver experimentalmente a ideia de projeção ortogonal; 2. Aprimorar a capacidade de visualização e associação

Leia mais

Componente curricular: Topografia e Cartografia. Curso: Técnico em Agroecologia Professor: Janice Regina Gmach Bortoli

Componente curricular: Topografia e Cartografia. Curso: Técnico em Agroecologia Professor: Janice Regina Gmach Bortoli Componente curricular: Topografia e Cartografia Curso: Técnico em Agroecologia Professor: Janice Regina Gmach Bortoli 1. Introdução a Topografia. 1.1. Definição. Como seria uma cidade se os donos de propriedades

Leia mais

Capítulo 6 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS ESTRADAS DE RODAGEM

Capítulo 6 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS ESTRADAS DE RODAGEM Capítulo 6 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS ESTRADAS DE RODAGEM 6.1. INTRODUÇÃO A geometria de uma estrada é definida pelo traçado do seu eixo em planta e pelos perfis longitudinal e transversal. A Fig. 6.1 apresentada

Leia mais

S I F Õ E S. Coroamento

S I F Õ E S. Coroamento UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA HIDRÁULICA APLICADA AD174 006. Prof. Raimundo Nonato Távora Costa S I F Õ E S 01. Definição: Denominam-se sifões os condutos forçados parcialmente,

Leia mais

DESENHO TÉCNICO. Aula 06. Cotagem em Desenho Técnico

DESENHO TÉCNICO. Aula 06. Cotagem em Desenho Técnico FACULDADE DE TECNOLOGIA SHUNJI NISHIMURA POMPÉIA - SP DESENHO TÉCNICO Aula 06 Cotagem em Desenho Técnico Prof. Me. Dario de Almeida Jané COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO Cotas são elementos de Desenho Técnico

Leia mais

muito como cartas náuticas faça para o watercraft, ou o a mapa rodoviário para excitadores. Usando estas cartas e outras ferramentas pilotos possa

muito como cartas náuticas faça para o watercraft, ou o a mapa rodoviário para excitadores. Usando estas cartas e outras ferramentas pilotos possa Carta Aeronáutica é a mapa projetou ajudar dentro navegação de avião, muito como cartas náuticas faça para o watercraft, ou o a mapa rodoviário para excitadores. Usando estas cartas e outras ferramentas

Leia mais

ORIENTAÇÃO. Para a orientação recorremos a certas referências. A mais utilizada é a dos pontos cardeais: Norte Sul Este Oeste

ORIENTAÇÃO. Para a orientação recorremos a certas referências. A mais utilizada é a dos pontos cardeais: Norte Sul Este Oeste 1 ORIENTAÇÃO A orientação é o processo que permite determinar a nossa posição na superfície terrestre e a direcção a tomar para atingirmos um local para onde nos queiramos dirigir. Para a orientação recorremos

Leia mais

EMPREGO DE LINHAS DE POSIÇÃO DE SEGURANÇA

EMPREGO DE LINHAS DE POSIÇÃO DE SEGURANÇA 7 Emprego de linhas de posição de segurança EMPREGO DE LINHAS DE POSIÇÃO DE SEGURANÇA 7.1 CONCEITO DE NAVEGAÇÃO DE SEGURANÇA O emprego de linhas de posição (LDP) como limite de segurança é comum em navegação

Leia mais

Faculdade Sagrada Família

Faculdade Sagrada Família AULA 12 - AJUSTAMENTO DE CURVAS E O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS Ajustamento de Curvas Sempre que desejamos estudar determinada variável em função de outra, fazemos uma análise de regressão. Podemos dizer

Leia mais

07/12/2012 Agosto/2012 1

07/12/2012 Agosto/2012 1 07/12/2012 Agosto/2012 1 Arranjo e Detalhamento de Tubulações Industriais 07/12/2012 2 Tipos de Desenhos de Tubulação Os principais tipos de desenhos que compõem um projeto de tubulação, são: 1. Fluxogramas

Leia mais

Exercícios de Física Eletromagnetismo

Exercícios de Física Eletromagnetismo Exercícios de Física Eletromagnetismo 1-Considerando as propriedades dos ímãs, assinale a alternativa correta. a) Quando temos dois ímãs, podemos afirmar que seus pólos magnéticos de mesmo nome (norte

Leia mais

Exercícios de Física Eletromagnetismo

Exercícios de Física Eletromagnetismo Exercícios de Física Eletromagnetismo 1-Considerando as propriedades dos ímãs, assinale a alternativa correta. a) Quando temos dois ímãs, podemos afirmar que seus pólos magnéticos de mesmo nome (norte

Leia mais

Exercícios Eletromagnetismo

Exercícios Eletromagnetismo Exercícios Eletromagnetismo 1-Considerando as propriedades dos ímãs, assinale a alternativa correta. a) Quando temos dois ímãs, podemos afirmar que seus pólos magnéticos de mesmo nome (norte e norte, ou

Leia mais

LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS II GA108

LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS II GA108 LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS II GA108 Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências da Terra Departamento de Geomática Profa. Dra. Regiane Dalazoana LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS II GA108 a) Cálculo de Volumes

Leia mais

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta *

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta * 40 Capítulo VI Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta * A ABNT NBR 15749, denominada Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície

Leia mais

SISTEMATIZAÇÃO DE TERRENOS PARA IRRIGAÇÃO

SISTEMATIZAÇÃO DE TERRENOS PARA IRRIGAÇÃO Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Engenharia Agrícola Disciplina: Topografia Básica Facilitadores: Nonato, Julien, Fabrício e Rogério SISTEMATIZAÇÃO DE TERRENOS

Leia mais

UNESP DESENHO TÉCNICO: Fundamentos Teóricos e Introdução ao CAD. Parte 3/5: Prof. Víctor O. Gamarra Rosado

UNESP DESENHO TÉCNICO: Fundamentos Teóricos e Introdução ao CAD. Parte 3/5: Prof. Víctor O. Gamarra Rosado UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE ENGENHARIA CAMPUS DE GUARATINGUETÁ DESENHO TÉCNICO: Fundamentos Teóricos e Introdução ao CAD Parte 3/5: 8. Projeções ortogonais 9. Terceira Vista 10. Tipos

Leia mais

CPV 82% de aprovação na ESPM

CPV 82% de aprovação na ESPM CPV 8% de aprovação na ESPM ESPM julho/010 Prova E Matemática 1. O valor da expressão y =,0 é: a) 1 b) c) d) e) 4 Sendo x =, e y =,0, temos: x 1 + y 1 x. y 1 y. x 1 1 1 y + x x 1 + y 1 + x y xy = = = xy

Leia mais

Universidade do Vale do Rio dos Sinos Programa de Pós-Graduação em Geologia Laboratório de Sensoriamento Remoto e Cartografia Digital

Universidade do Vale do Rio dos Sinos Programa de Pós-Graduação em Geologia Laboratório de Sensoriamento Remoto e Cartografia Digital Universidade do Vale do Rio dos Sinos Programa de Pós-Graduação em Geologia Laboratório de Sensoriamento Remoto e Cartografia Digital Diagnóstico Ambiental do Município de São Leopoldo (Relatório da Implantação

Leia mais

Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente

Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente Introdução Você já deve ter reparado que, quando colocamos

Leia mais

Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento

Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL Bacia Hidrográfica Precipitação Infiltração Escoamento Rávila Marques de Souza Mestranda em Engenharia do Meio Ambiente Setembro 2012 Bacia Hidrográfica

Leia mais

INSTRUMENTOS USADOS Lápis e lapiseiras Os lápis médios são os recomendados para uso em desenho técnico, a seleção depende sobretudo de cada usuário.

INSTRUMENTOS USADOS Lápis e lapiseiras Os lápis médios são os recomendados para uso em desenho técnico, a seleção depende sobretudo de cada usuário. INSTRUMENTOS USADOS Lápis e lapiseiras Os lápis médios são os recomendados para uso em desenho técnico, a seleção depende sobretudo de cada usuário. INSTRUMENTOS USADOS Esquadros São usados em pares: um

Leia mais

ISF 203: ESTUDOS TOPOGRÁFICOS PARA PROJETOS BÁSICOS DE FERROVIAS

ISF 203: ESTUDOS TOPOGRÁFICOS PARA PROJETOS BÁSICOS DE FERROVIAS ISF 203: ESTUDOS TOPOGRÁFICOS PARA PROJETOS BÁSICOS DE FERROVIAS 1. OBJETIVO Definir e especificar os serviços de Estudos Topográficos nos Projetos Básicos de Engenharia Ferroviária. Devem ser considerados

Leia mais

LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO

LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO A NECESSIDADE DE UM LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO O LP deve ser feito a partir da entrevista com o cliente atendendo as condições solicitadas num programa de necessidades.

Leia mais

Universidade de São Paulo Departamento de Geografia FLG 0253 - Climatologia I. Pressão Atmosférica

Universidade de São Paulo Departamento de Geografia FLG 0253 - Climatologia I. Pressão Atmosférica Universidade de São Paulo Departamento de Geografia FLG 0253 - Climatologia I Pressão Atmosférica Prof. Dr. Emerson Galvani Laboratório de Climatologia e Biogeografia LCB Questão motivadora: Observamos

Leia mais

Estrada de Rodagem Terraplanagem

Estrada de Rodagem Terraplanagem Estrada de Rodagem Terraplanagem Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa rodrigoalvarengarosa@gmail.com (27) 9941-3300 1 O motivo para realizar terraplenagem é que o terreno natural não é adequado ao tráfego

Leia mais

Norma Técnica Interna SABESP NTS 114

Norma Técnica Interna SABESP NTS 114 Norma Técnica Interna SABESP NTS 114 LOCAÇÃO E LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO DE SEÇÕES TOPOGRÁFICAS Especificação Agosto - 2000 NTS 114: 2000 Norma Técnica Interna SABESP S U M Á R I O 1. OBJETIVO...1

Leia mais

PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA

PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA Marcelo da S. VIEIRA 1, Elder Eldervitch C. de OLIVEIRA 2, Pedro Carlos de Assis JÚNIOR 3,Christianne Vitor da SILVA 4, Félix Miguel de Oliveira

Leia mais

Ou, simplesmente, nivelamento, é a operação que determina as diferenças de nível ou distâncias verticais entre pontos do terreno.

Ou, simplesmente, nivelamento, é a operação que determina as diferenças de nível ou distâncias verticais entre pontos do terreno. 13. Levantamentos Altimétricos Ou, simplesmente, nivelamento, é a operação que determina as diferenças de nível ou distâncias verticais entre pontos do terreno. O nivelamento destes pontos, porém, não

Leia mais

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z Rua Oto de Alencar nº 5-9, Maracanã/RJ - tel. 04-98/4-98 Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z Podemos epressar o produto de quatro fatores iguais a.... por meio de uma potência de base e epoente

Leia mais

7.5 Planialtimetria 7.5.1 Topologia Tem por objetivo o estudo das formas da superfície terrestre e das leis que regem o seu modelado.

7.5 Planialtimetria 7.5.1 Topologia Tem por objetivo o estudo das formas da superfície terrestre e das leis que regem o seu modelado. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA UNIDADE DE FLORIANÓPOLIS DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO TÉCNICO DE GEOMENSURA MÓDULO II UNIDADE CURRICULAR TOPOGRAFIA III 7.5

Leia mais

RESUMO DAS NORMAS TÉCNICAS DA ABNT

RESUMO DAS NORMAS TÉCNICAS DA ABNT RESUMO DAS NORMAS TÉCNICAS DA ABNT A padronização ou normalização do desenho técnico tem como objetivo uniformizar o desenho por meio de um conjunto de regras ou recomendações que regulamentam a execução

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Faixa de Domínio, linhas físicas de telecomunicações, cabos metálicos e fibras ópticas.

PALAVRAS-CHAVE: Faixa de Domínio, linhas físicas de telecomunicações, cabos metálicos e fibras ópticas. fls. 1/6 ÓRGÃO: MANUAL: DIRETORIA DE ENGENHARIA ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para implantação de Linhas Físicas de Telecomunicações, com Cabos Metálicos e com Fibras Ópticas. PALAVRAS-CHAVE:

Leia mais

DATA: 17/12/2015 VALOR: 20,0 NOTA: NOME COMPLETO:

DATA: 17/12/2015 VALOR: 20,0 NOTA: NOME COMPLETO: DISCIPLINA: FÍSICA PROFESSORES: Erich/ André NOME COMPLETO: I N S T R U Ç Õ E S DATA: 17/12/2015 VALOR: 20,0 NOTA: ASSUNTO: TRABALHO DE RECUPERAÇÃO FINAL SÉRIE: 1 a EM Circule a sua turma: Funcionários:

Leia mais

Conceitos Básicos de Desenho Técnico

Conceitos Básicos de Desenho Técnico Conceitos Básicos de Desenho Técnico 1. Utilização Das Ferramentas E Papel De Desenho 1.1. Ferramentas de Desenho 1.1.1. Apresentação O Desenho Arquitetônico uma especialização do Desenho Técnico, o qual

Leia mais

VOLUME DOIS PRINCÍPIOS DE CARTOGRAFIA TOPOGRÁFICA

VOLUME DOIS PRINCÍPIOS DE CARTOGRAFIA TOPOGRÁFICA VOLUME DOIS PRINCÍPIOS DE CARTOGRAFIA TOPOGRÁFICA A Cartografia Topografia é provavelmente o mais conhecido e o mais usado tipo de Cartografia do mundo. A razão disso é o desejo que o homem tem de conhecer

Leia mais

Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas www.ibraop.com.br

Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas www.ibraop.com.br Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas www.ibraop.com.br ORIENTAÇÃO TÉCNICA OT - IBR 001/2006 PROJETO BÁSICO Primeira edição: válida a partir de 07/11/2006 Palavras Chave: Projeto Básico,

Leia mais

PROVA DE MATEMÁTICA DA UFBA VESTIBULAR 2011 1 a Fase. RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia.

PROVA DE MATEMÁTICA DA UFBA VESTIBULAR 2011 1 a Fase. RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia. PROVA DE MATEMÁTICA DA UFBA VESTIBULAR a Fase Profa. Maria Antônia Gouveia. Questão. Considerando-se as funções f: R R e g: R R definidas por f(x) = x e g(x) = log(x² + ), é correto afirmar: () A função

Leia mais

Com a introdução da automatização, os calibradores no entanto, vão perdendo a sua importância dentro do processo de fabricação.

Com a introdução da automatização, os calibradores no entanto, vão perdendo a sua importância dentro do processo de fabricação. Capítulo 7 CALIBRADORES 7.1 INTRODUÇÃO Calibradores são padrões geométricos corporificados largamente empregadas na indústria metal-mecânica. Na fabricação de peças sujeitas a ajuste, as respectivas dimensões

Leia mais

3) Uma mola de constante elástica k = 400 N/m é comprimida de 5 cm. Determinar a sua energia potencial elástica.

3) Uma mola de constante elástica k = 400 N/m é comprimida de 5 cm. Determinar a sua energia potencial elástica. Lista para a Terceira U.L. Trabalho e Energia 1) Um corpo de massa 4 kg encontra-se a uma altura de 16 m do solo. Admitindo o solo como nível de referência e supondo g = 10 m/s 2, calcular sua energia

Leia mais

Topografia Aplicada a Terraplenagem

Topografia Aplicada a Terraplenagem Topografia Aplicada a Terraplenagem ALTIMETRIA Nivelamento Geométrico Método das Visadas Extremas PLANIMETRIA Malha Regular PLANIMETRIA IMPLANTAÇÃO DA MALHA REGULAR Equipamentos: 1 Teodolito (Utilizado

Leia mais

Minirrotatória. Um projeto simples e eficiente para redução de acidentes

Minirrotatória. Um projeto simples e eficiente para redução de acidentes Minirrotatória Um projeto simples e eficiente para redução de acidentes Introdução A minirrotatória é um dispositivo de segurança utilizado em cruzamento não muito movimentado, para organizar a circulação

Leia mais

Medição tridimensional

Medição tridimensional A U A UL LA Medição tridimensional Um problema O controle de qualidade dimensional é tão antigo quanto a própria indústria, mas somente nas últimas décadas vem ocupando a importante posição que lhe cabe.

Leia mais

Conceitos Básicos de Desenho Técnico

Conceitos Básicos de Desenho Técnico Conceitos Básicos de Desenho Técnico 1. Escalas Gráficas e Numéricas 1.1. Definição No desenho arquitetônico, a necessidade de representar espacialmente objetos e seus detalhes através de desenhos, fez

Leia mais

Estruturas Metálicas. Módulo II. Coberturas

Estruturas Metálicas. Módulo II. Coberturas Estruturas Metálicas Módulo II Coberturas 1 COBERTURAS Uma das grandes aplicações das estruturas metálicas se dá no campo das coberturas de grande vão, especialmente as de caráter industrial. Também devido

Leia mais

www.enemdescomplicado.com.br

www.enemdescomplicado.com.br Exercícios de Física Gravitação Universal 1-A lei da gravitação universal de Newton diz que: a) os corpos se atraem na razão inversa de suas massas e na razão direta do quadrado de suas distâncias. b)

Leia mais

Aterro Sanitário. Gersina N. da R. Carmo Junior

Aterro Sanitário. Gersina N. da R. Carmo Junior Aterro Sanitário Gersina N. da R. Carmo Junior Aterro Sanitário Rotina de operação do aterro Descarga do lixo O caminhão deve depositar o lixo na frente de serviço mediante presença do fiscal, para controle

Leia mais