CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 19/03/2019

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1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 07 Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 19/03/ tributario8@legale.com.br AULA 41 Imposto Territorial Rural - ITR Competência constitucional tributária da União criar o ITR; Observação: A constituição define que as alíquotas serão progressivas, bem como atribui imunidade a pequenas glebas rurais. - A Constituição ainda possibilita que ocorra uma delegação da capacidade tributária.

2 O que é tributável pelo ITR? Qual fato da vida que quando praticado acarreta a prática do fato gerador. - Propriedade do Imóvel Rural. Lei 9393/96 é a que disciplina o ITR. Observação: O CTN estabelece que não só o proprietário pode ser sujeito passivo, mas também o possuidor e quem exercer o domínio útil. Tendo em comum o animus domini.

3 Em virtude da ausência de praticamente todos os elementos do direito da propriedade, inviabiliza o exercício do animus domini, tão logo, não é possível que pratique o fato gerador do tributo que tem como critério material o exercício da propriedade. Era obrigação do Estado garantir o direito de propriedade do sujeito, tão logo, se este foi violado, não pode tributar sob uma propriedade que o sujeito não pode exercer. Importante: É uma tese que pode ser aplicada ao IPTU, uma vez que também é tributo que recai sobre a propriedade de bem imóvel.

4 Diante do entendimento acima, o impedimento do exercício pleno do animus domini descaracteriza o critério material do ITR, tornando portanto impossível a prática do fato gerador. Quando? Momento que se considera praticado o fato gerador; - O Exercício da propriedade rural constatado em 01 de janeiro de cada exercício financeiro.

5 Onde? Em qual local é considerado para a prática do fato gerador; Imóvel rural é aquele que se encontra fora da zona urbana; Importante: A zona urbana é definida pelo município, sendo realizada por meio de lei, devendo constar 02 dos 5 melhoramentos na região estabelecidos no art. 32 do CTN. - Somente pelo fato do imóvel estar localizado em zona urbana, já se exclui a incidência do ITR. E se mesmo na zona urbana não houver os melhoramentos, em tese não deveria haver a incidência do IPTU, conforme art. 32 do CTN. O ITR tem como critério de fixação de competência a sua atividade, sendo uma atividade extrativista, pecuária e etc. incidirá ITR.

6 Quem? O Produto arrecadado pelo ITR será repartido entre o município em sua metade, divisão essa chamada de repartição de receitas. - Como pode haver a delegação de capacidade, pode o haver celebração de convênios, estabelecendo que o município possa também realizar a cobrança.

7 Os municípios que optam pelo convênio e realizar a fiscalização e a cobrança, ficarão com 100% do produto arrecadado pelo ITR. Sujeição Ativa: Em regra quem tem a competência é o sujeito ativo, no caso a União, mas quando há o convênio delegando a capacidade será o sujeito passivo a Municipalidade. Sujeição passiva é composta pelo Contribuinte e pelo Responsável. Contribuinte: Sujeito que praticou o fato gerador; Responsável: Sujeito que tem que arcar com o pagamento do tributo em decorrência de uma imposição legal, sem que tenha praticado fato gerador. Lançamento por homologação Presta as informações e já antecipa o pagamento, ficando a administração incumbida de homologar o crédito dentro do prazo de 05 anos.

8 A dispensa de obrigação acessória é apenas ao DIAT, quanto ao restante, o imune e o isento deve cumprir com as obrigações acessórias, por mais que seja dispensado de cumprir com a obrigação principal.

9 Quanto? Valor fundiário é o valor da terra nua (não leva em consideração o que está sobre o solo); Observação: será declarado a plantação e criação, mas não integrará o valor do tributo. Importante: ainda será excluído da base de cálculo do tributo a parte do solo que for área de preservação permanente, manancial, servidão florestal e etc. A progressividade do ITR possui uma característica de extrafiscalidade, uma vez que tenta regular uma conduta social por meio da tributação, fazendo com que o proprietário da área improdutiva arque com uma tributação mais onerosa a fim de desestimular a improdutividade da terra. As alíquotas podem variar de 0,03% a 20% em decorrência da progressividade. Utilizando a razão entre Grau de Utilização X Área do imóvel.

10 Confisco: tributação tão onerosa que inviabiliza o exercício da atividade ou direito. Proteção constitucional a incidência do ITR - Pequena Gleba Rural defina em lei; - Que seu Proprietário não tenha outro imóvel; - Utiliza apenas a exploração familiar ou sozinho do solo;

11 Isenção - Art. 3º, II, a e b. Estabelece isenção quando o proprietário possui mais de 01 imóvel rural. Observação: não pode ser proprietário de imóvel urbano. Isenção Art. 3º, I, a, b e c. Estabelece a isenção quando for oriunda de programa de reforma agrária. LEI Nº 9.393, DE 19 DE DEZEMBRO DE Art. 3º-A. Os imóveis rurais oficialmente reconhecidos como áreas ocupadas por remanescentes de comunidades de quilombos que estejam sob a ocupação direta e sejam explorados, individual ou coletivamente, pelos membros destas comunidades são isentos do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR. 1o Ficam dispensados a constituição de créditos da Fazenda Nacional, a inscrição na Dívida Ativa da União e o ajuizamento da respectiva execução fiscal, e cancelados o lançamento e a inscrição relativos ao ITR referentes aos imóveis rurais de que trata o caput a partir da data do registro do título de domínio previsto no art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 2o Observada a data prevista no 1o, não serão aplicadas as penalidades estabelecidas nos arts. 7o e 9o para fatos geradores ocorridos até a data de publicação da lei decorrente da conversão da Medida Provisória no 651, de 9 de julho de 2014, e ficam anistiados os valores

12 decorrentes de multas lançadas pela apresentação da declaração do ITR fora do prazo. (Incluído pela Lei nº , de 2014) (Vigência) BONS ESTUDOS!!!! Prof. Ramiru Louzada