O QUE SE DESTRAVA DIANTE DE TANTOS ENTRAVES?!

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1 O QUE SE DESTRAVA DIANTE DE TANTOS ENTRAVES?! A histeria aparece como uma busca incansável de fazer falar aquilo que não é possível dizer (COPPUS, 2010) Nos anos de 1890, Freud se deparou, em seu consultório, com mulheres com sintomatologias de conversão e deu-lhes o nome de histéricas, conforme a classificação psiquiátrica da época. No entanto, havia um diferencial: escutar o que as histéricas tinham a dizer, para além de suas queixas, desvelando o sexual na neurose e, a seguir, o infantil na sexualidade (KEHL, 2008). Freud fomenta a descoberta da lógica do inconsciente como algo que vem turvar os ditames da vontade racional, visto que o ego não é senhor de sua própria casa (FREUD, 1917, p. 153). Em seguida, Freud toma o desejo como ponto de partida em sua hipótese de fundação do psiquismo, jamais recuando diante da direção de seu desejo de saber (SOUSA; ENDO, 2009). Em 1893, Emmy von N lhe presenteia com o que resultaria na regra fundante da psicanálise, a associação livre, sinalizando ser preciso o silêncio por parte da pessoa do analista dando espaço ao sujeito para criação (FREUD, 1893). Logo, estar aberto a ouvir é permitir se surpreender com as reviravoltas e ressignificações do sujeito em análise. Neste sentido, Coutinho Jorge (2010, p. 13) retoma os ensinamentos de Lacan O psicanalista sério não se reconhece pelo rosto sisudo e pela postura

2 fechada, mas pelo fato de que faz série, isto é, insiste em seu desejo em uma determinada direção, retirando dele sua única garantia subjetiva. A transmissão da psicanálise decorre do ofício do analista em seu trabalho de escuta não se aprendendo a técnica psicanalítica de outra forma que não em sua clínica, em sua supervisão e no divã de onde fala (FONTENELE, 2002, p. 21). Tendo isso em vista, os casos clínicos nos ensinam manejos da transferência e apuram nossa a escuta. Na estrutura histérica, quer seja de outrora ou dos dias atuais, o modo de subjetivação denota um modo de estar no mundo, de fazer laço e de operar com o desejo funcionando como uma curiosa defesa frente à falta inerente à condição humana (MAURANO, 2010, p. 16), pois viver é estar em busca de algo, na tentativa frustrada de se retomar a primeira experiência de satisfação. Abordar a neurose histérica e suas peculiaridades resguardando a singularidade do sujeito é o interesse deste trabalho. Assim, um caso que ilustra a sutileza e a particularidade do significante eleito pelo sujeito, presente na teia discursiva, será tratado a seguir: Laura 1 era uma paciente que se encontrava em tratamento dentário devido ao que ela chamava de uma trava do maxilar. Recorre à análise mediante o encaminhamento de seu dentista. Na condução do tratamento dentário, o profissional se pautou nos estudos mais recentes, buscando todas as alternativas possíveis que a tecnologia de sua área poderia oferecer. Nada adiantava. Laura sofria fortes enxaquecas, quebra de dentes, sangramento da gengiva, bruxismo e, em última instância, o deslocamento do maxilar inferior, tamanha pressão exercida neste ponto, neste orifício do corpo. Laura, como uma histérica que é, denuncia o furo no saber daquele que ocupa o lugar de mestre, colocando-o neste lugar, para à sua revelia, destituí-lo num depois. O dentista, por sua vez, escuta, de certo modo, que a trava de Laura estava para além da boca do organismo. O dentista, assim, propõe prosseguir com os atendimentos, caso a paciente inicie uma análise. 1 O nome da paciente foi alterado no intuito de preservar sua identidade.

3 Seu recorrente significante, trava, reaparece em distintas instâncias da vida, transparecendo a repetição e seu posicionamento diante do Outro. Estando travada pela boca e, logo, pela fala, Laura encontrava-se travada também na profissão e, em especial, na sexualidade. Em outras palavras, travada na vida. Ao longo das sessões, algumas frases chamam a atenção Eu falo muito! Pode me interromper se eu estiver falando demais e passar da hora, porque se deixar eu vou falando. ou Minha boca trava interrompendo minha fala, não sei o que acontece (...) logo eu que tanto gosto de falar. O sintoma se presentifica na boca, via de contato direto com o outro. Porque será justo na boca? É preciso ouvir Laura. Sendo o inconsciente estruturado tal qual uma linguagem (LACAN, 1964) a psicanálise se utiliza da fala como instrumento possibilitador do trabalho de análise. Então, se a fala é capaz de dissolver um sintoma, podemos pensar em alguma relação de proximidade dos mesmos (GOROSTIZA, 1998). Lacan fomenta:... já está perfeitamente claro que o sintoma se resolve por inteiro numa análise linguageira, por ser ele mesmo estruturado como uma linguagem, por ser a linguagem cuja fala deve ser libertada (LACAN, 1998, p. 270). Convidada a dizer mais de suas travas, no intuito de possibilitar a associação livre, discorre sobre a criação rígida, travada: nascera em 1946, época em que as mulheres direitas usavam saias e vestidos comportados; calças e batons eram coisas de prostituta, mulher fácil. No momento em que expõe sua sexualidade em análise, por vezes seu maxilar inferior cai, se desloca e, ao se recompor, diz com a fala ainda entre os dentes de sua vergonha quando a cena ocorre em locais públicos. Mostra a analista tá vendo como trava?. A analista aponta, após algumas repetições, que o fato não ocorre em qualquer situação tão pouco com qualquer assunto. Laura sinaliza que, mesmo pondo em palavras o horror de sua angústia, estas não abarcam tudo, algo sempre há de faltar. Abre-se a interpretação se estes momentos da queda do maxilar não seriam uma des-trava. Um momento de abertura frente à intensa pressão exercida ou o escancarar desvelado de um descompasso, do que foge ao controle assim como as

4 formações do inconsciente expressos em chistes, atos falhos, sonhos e sintomas. Na histeria, o afeto como excitação psíquica é convertido em um sintoma cravado no corpo. Entretanto tal conversão não é gratuita, pois mantém um nexo com a vivência traumática sobre o qual incidiu o recalcamento. Por isso, o sintoma no corpo é tão caro ao sujeito histérico. Caro, pois lhe causa sofrimento, mas caro também por ser uma solução de compromisso (FREUD, 1917 [ ]). Freud foi categórico ao sinalizar as zonas erógenas e sua capacidade de encampar toda e qualquer parte do corpo, sede dos mais variados sintomas. Estas são às vias mais intensas do escoamento da pulsão sexual e, por conseguinte, do contato direto com o Outro. (MAURANO, 2010). Além disso, na histeria há um modo particular de lidar com o desejo e a falta inerente à nossa condição de seres finitos (ibid. p. 11). O sujeito histérico representa teatralmente a fala de sua verdade, de seu saber inconsciente, mesmo sem saber que sabe. O analista, por sua vez, atua propiciando o desenrolar da lógica inconsciente. (MAURANO, 2010, p. 13). Voltando ao caso, Laura acrescenta o desejo de sua mãe em ter os filhos solteiros ao seu redor. Eu fui a única quem obedeceu minha mãe (...) meus irmãos namoraram e se casaram mesmo sem sua aprovação. Apesar de continuar solteira, esteve noiva por 7 anos com um primo ciumento e limitador, travando-a de conversar com amigas e homens, mesmo que estes fossem seus irmãos. Desfez o noivado, pois sua mãe pouco agradava da união. Envolveu-se com outros rapazes tendo uma vida sexual ativa, mas desprovida de prazer e do conhecimento de seus familiares. Se me pedissem para relaxar ai que eu travava mais, frase não só relacionada aos namorados de sua juventude e vida adulta, mas também ao dentista, recentemente. Há dois anos conheceu o amor ao lado de um homem casado, período aproximado do falecimento da mãe Antes eu era muito boba, não sentia prazer (pausa) nem sei por que namorei e fiquei noiva por sete anos sem nem beijar e minha mãe não me ensinou nada de afetividade. Vê-se dividida em querer encerrar ou dar continuidade ao relacionamento com o homem que ama, mas

5 que não a assumia por ser casado. Assim, os encontros amorosos se mantêm às escondidas, e Laura se culpa, sente-se em pecado por ser a amante. Laura fala ainda do incentivo do amante para que conheça um homem solteiro, livre para assumi-la e estar efetivamente ao seu lado. Todavia, diz não querer outro alguém para amar, pois já o tem. Nesta sessão, fala muito com os gestos fazendo a analista perceber um anel em sua mão esquerda, semelhante a uma aliança. Um anel, aliança? indaga o analista. Tendo como resposta o desconcerto seguido do desvirar do mesmo e da confirmação de se tratar apenas de um anel, mas que era, por vezes visto pelo outro como aliança. Não estaria ela comprometida com seu amante? Será que seu desejo é sempre posto às escondidas? Freud ao longo de seu percurso aproxima o relato dos casos atendidos aos romances de folhetim, pois ao dar a palavra ao sujeito, este discorrerá as respeito dos seus destemperos amorosos e de seu desejo. E onde há o desejo a falta se encontra amalgamada. É justamente a falta que possibilita a entrada da linguagem, sendo, portanto, o meio pelo qual o sujeito vai contornar o vazio que antecede sua existência e torna-lo operante, vivenciando-o como a falta, não de um objeto qualquer, mas do objeto a. O desejo se sustenta na tensão da falta que nos constitui (MAURANO, 2010, p. 13). O desejo de Laura exemplifica um verdadeiro culto ao desejo insatisfeito, posto em destaque na estrutura histérica. Todavia, a não realização de um desejo indica a realização de outro. A direção do desejo da mãe em ter os filhos ao seu redor solteiros por toda uma vida. Laura como a filha obediente transparece um desejo que é o desejo do outro tomado para si. Não é sem sentido sua escolha por homens casados, conserva-lhe solteira, permanece solta. (solteira solta soltar). Curiosamente, no dicionário, o termo soltar significa desatar, desprender; deixar escapar, deixar cair; afrouxar; por em liberdade. Algo diferente de seu sintoma? De certo que não. Assim, preservando seu desejo insatisfeito, sustenta seu próprio desejo, a possibilidade de manter-se desejante (MAURANO, 2010, p. 117). Lembrando-se do apontamento clínico do pai da psicanálise (FREUD, , p. 173) de que, durante as sessões, o corpo do paciente fala, para

6 além da boca, pensamos aqui nas pernas doloridas e participativas da conversa entre Freud e sua paciente, Elizabeth Von R. No caso de Laura o corpo se faz presente e fala nas sessões. Não através das pernas, mas pela queda do maxilar endereçada à analista. O pecado intimamente imbricado à religião a impede de comungar durante as missas e traz uma confissão não ao padre, posto como o detentor do saber, mas a analista desprovida de julgamentos de cunho moral. Estando presente o desejo do analista, a aposta é na convocação ao trabalho. Somente dessa forma o sujeito poderá, caso queira, se implicar em seu sofrimento e algo do seu sintoma surgirá na construção em análise. (RIBEIRO, 2001). Laura ausenta-se das sessões por ter se submetido a uma cirurgia nos joanetes, cada vez maiores e mais incômodos. Uma tentativa de se desvencilhar de alguma trava limitadora de seu caminhar? Resta saber, caso retorne inserindo suas significações aos significantes que lhe são próprios. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COPPUS, Alinne Nogueira da Silva. Angústia, inibição e sintoma: o corpo nas neuroses. Tese de doutorado pela UFRJ/ Instituto de Psicologia / Programa de pós-graduação em teoria psicanalítica. Rio de Janeiro: UFRJ/IP, COUTINHO JORGE, Marco Antônio. Fundamentos da psicanálise de Freud a Lacan: a clínica da fantasia. vol. 2. Rio de Janeiro: Zahar, FONTENELE, Laéria. A interpretação. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, FREUD, S. Obras Completas ESB, Rio de Janeiro: Imago, 1996.

7 (1893) Sobre os mecanismos psíquicos dos fenômenos histéricos: comunicação preliminar, vol. II. (1917 [ ]) O sentido do sintoma, vol. XVI. (1917) Uma dificuldade no caminho da psicanálise, vol. XVII. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Universo Ltda, GOROSTIZA, Leonardo. Sintoma como mensagem. In.: O sintoma charlatão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, KEHL, Maria Rita. Deslocamentos do Feminino. Rio de Janeiro: Imago, LACAN, Jacques. Seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, LACAN, Jacques. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, MAURANO, Denise. A histeria ontem, hoje e sempre. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, RIBEIRO, Maria Anita Carneiro Ribeiro. Um certo tipo de mulher: mulheres obsessivas e seus rituais. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, SOUZA, Edson; ENDO, Paulo. Sigmund Freud: ciência, arte e política. Porto Alegre: L & PM, 2009.

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