RELATÓRIO DE ACTIVIDADES. Annual Report 2017

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RELATÓRIO DE ACTIVIDADES. Annual Report 2017"

Transcrição

1 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES Annual Report 2017

2 ÍNDICE I. Introdução 3 II. III. IV. Órgãos Sociais e Estatutários Evolução do Sector Actividades Desenvolvidas Enquadramento Regulatório 2. Fiscalidade 3. Iniciativas de Auto-Regulação 4. Divulgação e Promoção dos Sectores Representados 5. Actividade Formativa 6. Representação Institucional V. Perspectivas VI. VII. Estatísticas do Sector Lista das Associadas

3 I INTRODUÇÃO O ano 2017 foi um ano de expansão económica, tanto a nível nacional, como a nível internacional, o que teve reflexo no mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, o qual registou, nesse período, um crescimento de 3,6%, atingindo um total de 106,3 mil milhões de euros. No panorama económico, o PIB português apresentou um aumento de 2,7%, uma subida superior à verificada, quer no conjunto dos países da União Europeia, quer nos países que fazem parte da OCDE (ambos os blocos registaram um crescimento de 2,4%). O PIB mundial, no mesmo período, de acordo com as projecções da OCDE, subiu 3,1%. Este desempenho teve, naturalmente, expressão nos mercados financeiros, em particular nos accionistas, que obtiveram performances significativas, ao longo do ano em referência. Nesta conjuntura, observou-se um aumento generalizado dos montantes geridos por Fundos de Investimento, a nível mundial, e Portugal não foi excepção, tendo-se observado, em 2017, um crescimento de 6,7% (considerando F.I.M. e F.I.I., em conjunto), para 23,1 mil milhões de euros. Também as restantes áreas representadas pela APFIPP (Gestão de Patrimónios e Gestão de Fundos de Pensões) registaram uma subida nos montantes sob gestão: as carteiras sob gestão discricionária cresceram 1,5%, para 63,5 mil milhões de euros, enquanto que os Fundos de Pensões geriam, no final de 2017, 19,8 mil milhões de euros, mais 7,0% do que no ano anterior. Ao nível da política regulatória nacional, no que às actividades representadas pela Associação diz respeito, o ano 2018 congregou um conjunto diverso de processos legislativos. Neste âmbito, um, em particular, dominou de forma generalizada todo o ano transacto, e envolveu os trabalhos preparatórios de transposição do vastíssimo pacote legislativo MiFID II e MiFIR, que impacta, de modo significativo, directa ou indirectamente, na actividade de Gestão de Activos. No leque dos restantes dossiers legislativos que exigiram o devido acompanhamento, por parte da Associação, salientam-se, designadamente, os seguintes: i) o acolhimento, no quadro jurídico interno, das directrizes europeias previstas na UCITS V 1, com especial incidência nos temas relacionados com as funções dos Depositários, as políticas de remuneração e o regime 1 Directiva 2014/91/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Julho de 2014, que altera a Directiva 2009/65/CE que coordena as disposições legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes a alguns organismos de investimento colectivo em valores mobiliários (OICVM), no que diz respeito às funções dos depositários, às políticas de remuneração e às sanções. 3

4 sancionatório aplicável; ii) as alterações preconizadas ao nível das taxas de supervisão devidas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários; iii) a publicação do Decreto-Lei n.º 77/2017, de 30 de Junho, que veio estabelecer medidas de dinamização do mercado de capitais, com vista à diversificação das fontes de financiamento das empresas e que instituiu duas novas figuras, as Sociedades de Investimento Mobiliário para Fomento da Economia (SIMFE) e os Certificados de Dívida de Curto Prazo (CDCP); iv) a transposição da 4.ª Directiva relativa à prevenção da utilização do sistema financeiro para efeitos de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo; e v) o início dos trabalhos de adaptação, do quadro jurídico interno, ao Regulamento PRIIPS 2 (PRIIPS - Packaged Retail and Insurance Based Investment Products), bem como de monitorização das discussões europeias no que diz respeito à definição das medidas de execução do referido Regulamento europeu, que vieram culminar na publicação do Regulamento Delegado (UE) 2017/653. Ainda na esfera legislativa, merece, igualmente, evidência, uma importante novidade, registada em 2017, no sector dos Fundos de Pensões que se prendeu com a alteração efectuada ao diploma nacional que regula a constituição e o funcionamento destes Fundos e respectivas Entidades Gestoras, consagrando a possibilidade de flexibilização das modalidades de recebimento dos benefícios atribuídos por planos de pensões, medida que vinha sendo solicitada pela APFIPP. No domínio da actividade interna da Associação, foi dada continuidade ao desenvolvimento de diversos projectos, como: a iniciativa de criação de uma plataforma de distribuição de Fundos de Investimento e de Fundos de Pensões, assente na tecnologia blockchain; a atribuição anual do Certificado de Responsabilidade para a Reforma (CERR), a Planos de Pensões de Contribuição Definida, financiados através de Fundos de Pensões, cujas características respeitem o que são consideradas as melhores práticas nesta área; a promoção da literacia financeira, através da realização de várias iniciativas; e a oferta de soluções formativas específicas para os quatro sectores representados. Neste contexto, refira-se, igualmente, a colaboração prestada no âmbito da iniciativa World Investor Week 2017, promovida pela Organização Internacional das Comissões de Valores (IOSCO), com o objectivo de promover, mundialmente, a educação e a protecção de investidores e que, em Portugal, foi liderada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Por último, destaca-se, ainda, a realização da 4.ª Edição dos Prémios Melhores Fundos APFIPP / Jornal de Negócios, evento anual que, no ano transacto, ganhou maior dimensão e adesão, tendo constituído um marco na agenda nacional da Indústria de Gestão de Activos e de Fundos de 2 Regulamento n.º 1286/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Novembro de 2014, sobre os documentos de informação fundamental para pacotes de produtos de investimento de retalho e de produtos de investimento com base em seguros. 4

5 Pensões. Nesta ocasião, a Associação teve a honra de ter presente o Presidente da Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA), que foi galardoado com o Prémio Personalidade do Ano, pelo seu empenho na construção de um produto de poupança europeu, acessível em toda a União Europeia, cujos termos se encontram a ser definidos pelas respectivas instâncias. Estas e outras actividades desenvolvidas pela APFIPP, em 2017, são descritas, com maior detalhe, no presente relatório, assim como é analisada a evolução registada nos quatro sectores de actividade que representa. A Direcção da APFIPP 5

6 II ÓRGÃOS SOCIAIS E ESTATUTÁRIOS Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Representante Presidente SGF Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. António Amaral Vogal Bankinter Gestão de Activos, S.A. Dra. Ana Guimarães Vogal Profile Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dra. Helena Lima Direcção Representante Presidente Vogal BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. José Veiga Sarmento Dr. Manuel Puerta da Costa 3 Vogal Caixagest Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. Dr. Fernando Maximiano Vogal Dunas Capital Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Joaquim Luiz Gomes Vogal Futuro Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. José Luís Leitão Vogal GNB Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Paulo Vasconcelos Vogal IM Gestão de Ativos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dr. Pedro Correia da Silva Vogal Ocidental Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. Valdemar Duarte Vogal Refundos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Eng.º Frederico Arruda Moreira Vogal Santander Asset Management Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Joaquim Calça e Pina Conselho Fiscal Representante Presidente Popular Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dr. Carlos Roballo Vogal Silvip Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Sr. João José Reis Vogal Sonaegest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dra. Maria do Rosário Campos Vogal Suplente Floresta Atlântica - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Eng.º Luís Unas 3 O Sr. Dr. Manuel Puerta da Costa passou a representar a BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A.na Direcção a partir de 11 de Abril de 2017, tendo antes a representação sido assegurada pelo Sr. Dr. João Pratas. 6

7 Órgãos Estatutários Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário Presidente BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Representante Dr. Manuel Puerta da Costa Membro Bankinter Gestão de Activos, S.A. Dra. Ana Guimarães Membro Caixagest Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. Dra. Paula Geada Membro Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Nuno Pinto Membro GNB Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dra. Susana Vicente Membro IM Gestão de Ativos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dra. Ana Rita Viana Membro Membro Membro Montepio Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Optimize Investment Partners - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Popular Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dr. Miguel Carreira Luís Dr. Pedro Oliveira 4 Dr. José Belmar da Costa Membro Profile Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dra. Helena Lima Membro Santander Asset Management - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.. Dra. Sandra Baltazar 4 O Sr. Dr. Pedro Oliveira passou a representar a Optimize Investment Partners Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário a partir de 10 de Abril de 2017, tendo antes a representação sido assegurada pela Sra. Dra. Daniela Pedroso 7

8 Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário Presidente Selecta - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Membro Membro BPI Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Floresta Atlântica - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Representante Dr. José António de Mello Dr. Manuel Puerta da Costa Eng.º João Oliveira Membro Fundger Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Eng.º Luís Machado Membro Fundiestamo Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Alberto Souto de Miranda 5 Membro GNB Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Paulo Horta 6 Membro Imofundos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Carlos Bastardo Membro Interfundos - Gestão de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Nuno Menezes Membro Montepio Valor - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dr. Pedro Líbano Monteiro 7 Membro Popular Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dr. José Belmar da Costa Membro Profile Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Jorge Carvalho Membro Refundos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Eng.º Frederico Arruda Membro Santander Asset Management, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Moreira Dr. Bruno Pinheiro Membro Silvip Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Pedro Sáragga Leal Membro Sonaegest - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dra. Maria do Rosário Campos Membro Square Asset Management - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Mário Tomé Membro TDF - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Eng.º David Pereira Cardoso Membro TF Turismo Fundos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Prof. Dr. Pedro Moreira 5 O Sr. Dr. Alberto Souto de Miranda passou a representar a Fundiestamo Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário a partir de 08 de Fevereiro de 2017, tendo antes a representação sido assegurada pelo Sr. Dr. António Morgado 6 O Sr. Dr. Paulo Horta passou a representar a GNB Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário a partir de 26 de Junho de 2017, tendo antes a representação sido assegurada pelo Sr. Eng.º. Manuel Leite Braga 7 O Sr. Dr. Pedro Líbano Monteiro passou a representar a Montepio Valor Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário a partir de 04 de Setembro de 2017, tendo antes a representação sido assegurada pelo Sr. Dr. José António Gonçalves 8

9 Comissão Consultiva das Gestoras de Patrimónios Presidente Membro Crédito Agrícola Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A. BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Representante Dr. João Lucas Coelho 8 Dr. Paulo Oliveira Membro Caixagest Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. Dra. Sofia Torres Membro Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Nuno Miguel Pinto Membro F&C Portugal Gestão de Patrimónios, S.A. Eng.º António Pena do Amaral Membro GNB Sociedade Gestora de Patrimónios, S.A. Dra. Paula Borges Membro Membro Montepio Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Optimize Investment Partners - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Miguel Carreira Luís Dr. Pedro Oliveira 9 Membro Orey Financial Instituição Financeira de Crédito, S.A. Dra. Rita Barosa Membro Santander Asset Management - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Nuno Miguel Henriques 8 O Sr. Dr. João Lucas Coelho passou a representar a Crédito Agrícola Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A. na Comissão Consultiva das Gestoras de Patrimónios a partir de 13 de Março de 2017, tendo antes a representação sido assegurada pelo Sr. Dr. Júlio Pires 9 O Sr. Dr. Pedro Oliveira passou a representar a Optimize Investment Partners Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário a partir de 10 de Abril de 2017, tendo antes a representação sido assegurada pela Sra. Dra. Daniela Pedroso 9

10 Comissão Consultiva dos Fundos de Pensões Representante Presidente Ocidental Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. Valdemar Duarte Membro BBVA Fundos - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Adelaide Cavaleiro Membro BPI Vida e Pensões Companhia de Seguros, S.A. Dra. Isabel Semião Membro CGD Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Sr. José João Froes Membro Futuro Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Alice Pinto Membro GNB Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Elisabete Azevedo Membro Previsão Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. Vítor Sequeira Membro Real Vida Seguros, S.A. Dra. Rute Ribeiro Membro Santander Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Natália Ribeiro Membro SGF Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Teresa Pereira Membro Sociedade Gestora dos Fundos de Pensões do Banco de Portugal, S.A. Dr. Norberto Rosa Membro Victoria Seguros de Vida, S.A. Dr. Júlio Gonçalves Conselho Consultivo Membros da Direcção Presidente da Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário Presidente da Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário Presidente da Comissão Consultiva das Gestoras de Patrimónios Presidente da Comissão Consultiva dos Fundos de Pensões III 10

11 III EVOLUÇÃO DO SECTOR De acordo com as mais recentes projecções divulgadas pela Comissão Europeia, em termos globais, o ano 2017 foi marcado, a nível económico, por uma aceleração do crescimento do PIB, que se terá fixado em 2,4%, tanto para o conjunto dos países que fazem parte da União Europeia, como para os que compõem a Zona Euro. De facto, analisando os resultados de 2016, constatamos que o agregado dos Membros da União Europeia teve um crescimento real do PIB de 1,0%, enquanto que os países da Zona Euro, registaram uma subida real do PIB de 1,8%. Assim, o crescimento de 2017 configura a melhor performance da economia europeia da última década. De realçar o desempenho de Portugal, cujo PIB cresceu, em 2017, 2,7%, um valor acima da média europeia e dos seus pares da Zona Euro, algo que desde a adesão ao Euro ainda só tinha ocorrido em 2009, ano em que, apesar de termos registado um decréscimo do PIB, o mesmo foi menor do que o observado no conjunto dos restantes países da Zona Euro e da União Europeia. De entre os países europeus com melhor performance, em 2017, destacam-se a Irlanda, com um crescimento de 7,3%, Malta (6,9%), Roménia (6,7%), Eslovénia (4,9%), Polónia (4,6%) e República Checa e Letónia (ambas com 4,5%). Os países europeus com um menor desempenho, ainda que positivo, foram Itália (1,5%), Grécia (1,6%), Bélgica (1,7%), assim como o Reino Unido e a França (ambos com 1,8%). O bom desempenho económico não foi um exclusivo europeu. De facto, também ao nível dos países que compõem a OCDE, o PIB terá registado uma subida de 2,4%, em 2017, um valor significativamente acima dos 1,8% observados no ano anterior. Já no que respeita à totalidade dos países mundiais, de acordo com projecções da OCDE, o PIB terá crescido 3,6% (3,1%, em 2016). Neste âmbito, deve-se destacar o menor desempenho relativo de algumas das maiores economias mundiais, como a dos Estados Unidos da América (2,2%), da Rússia (1,9%) e do Japão (1,5%). Pela positiva, merece destaque o crescimento do PIB da China e da Índia, que terão atingido, respectivamente, 6,8% e 6,7%. 11

12 Crescimento do PIB em 2017 Fonte: Comissão Europeia: European Economic Forecast, Winter 2018 (interim); OECD Economic Outlook N.º 102. Tal como em anos recentes, a inflação manteve-se controlada em níveis baixos, em média inferiores ao limiar de 2,0% que corresponde ao objectivo visado pela política monetária conduzida pelo Banco Central Europeu. De facto, a inflação no conjunto dos países da União Europeia era, no final de 2017, de 1,7%, ligeiramente superior à dos países da Zona Euro (1,5%). Em Portugal, no ano passado, a inflação fixou-se em 1,6%. Nesta conjuntura, o BCE decidiu manter as suas taxas de juro de referência em valores mínimos históricos (-0,4% para depósitos, 0% para operações de refinanciamento e 0,25% para cedência de liquidez). 12

13 Taxa de Inflação em 2017 Fonte: Eurostat. A economia a crescer de forma mais significativa, a inflação controlada e as taxas de juro em mínimos históricos tiveram uma repercussão muito positiva ao nível do emprego, com a taxa de desemprego a reduzir-se de forma expressiva para os valores mais baixos, desde No agregado dos países da União Europeia, a taxa de desemprego, em 2017, fixou-se em 7,7%, menos 0,9 pontos percentuais do que no ano anterior. Já no que diz respeito aos países da Zona Euro, a taxa de desemprego foi um pouco mais alta (9,1%), em todo o caso menor em 0,9 pontos percentuais do que em Em Portugal, a taxa de desemprego foi ligeiramente inferior à média dos países da Zona Euro (9,0%), uma descida significativa face aos 11,2% observados no ano anterior. Os países europeus com menores taxas de desemprego, em 2017, foram a República Checa (2,9%), a Alemanha (3,8%) e Malta (4,0%). Do lado oposto, os países da UE com maior desemprego foram a Grécia (21,8%), Espanha (17,2%), para além de Chipre e Itália (ambos com 11,3%). 13

14 Taxa de Desemprego em 2017 Fonte: Eurostat Comissão Europeia: European Economic Forecast, Autumn Como já referido, a economia portuguesa teve um desempenho bastante positivo, em 2017, com o PIB a crescer 2,7%, o valor mais elevado desde Esta performance resulta, essencialmente, da aceleração da procura interna, com especial destaque para o investimento. Também as exportações e, dentro destas o sector do turismo, têm assumido um papel de grande dinamismo, contribuindo decisivamente para o crescimento económico observado no ano transacto. Em simultâneo, a taxa de desemprego continuou a decrescer e o défice tem vindo a reduzir-se de forma significativa (0,9% do PIB, em 2017, sem considerar o efeito da capitalização da CGD), o que tem beneficiado a capacidade de financiamento de Portugal junto dos mercados financeiros, facto a que não é alheio não só as baixas taxas de juro de referência do Banco 14

15 Central Europeu, como, essencialmente, a percepção, pelos investidores, de que o risco de incumprimento de Portugal é incomparavelmente menor do que em anos anteriores. Tal facto tem-se traduzido em taxas de juro mais reduzidas na colocação de dívida pública, que chegam a atingir valores negativos nas emissões mais recentes, de menor duração. Evolução das Yields da Dívida Pública Portuguesa Fonte: Banco de Portugal. Os mercados financeiros nacionais não ficaram indiferentes a este desempenho e o ano ficou marcado por uma valorização muito significativa do Índice PSI-20, o índice de referência do mercado de acções português que, em 2017, se valorizou 15,2%. Evolução da taxa de poupança das famílias (ano acabado no trimestre) Fonte: INE. 15

16 No entanto, a evolução do mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, embora positiva, continua a ser condicionada negativamente pela cada vez mais reduzida taxa de poupança dos portugueses, o que diminui a sua capacidade de efectuar aplicações financeiras, designadamente em Fundos de Investimento e em Fundos de Pensões. No ano terminado em Setembro de 2017, a taxa de poupança das famílias e instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias foi de apenas 4,4%, o valor mais baixo da série divulgada pelo INE Instituto Nacional de Estatísticas, que tem início no primeiro trimestre de Nesta conjuntura, o mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, no final de 2017, representava um total de ,9 milhões de euros de activos sob gestão, traduzindo um crescimento de 3,6% em relação a Dezembro de O segmento dos Fundos de Investimento Mobiliário (F.I.M.) foi o que registou o melhor desempenho, com os activos sob gestão a aumentarem 10,7% em relação ao ano anterior. Para este efeito muito contribuiu, por um lado, a boa performance da generalidade dos mercados financeiros e, por outro, uma maior procura por parte dos aforradores, que se traduziu em entradas líquidas de mais de 900 milhões de euros. Obviamente que para este volume de subscrições líquidas contribuiu decisivamente a conjuntura de baixas taxas de juro, acima descrita, que tem um impacto negativo na taxa de remuneração dos depósitos bancários (o instrumento financeiro com mais peso na riqueza financeira das famílias), com valores próximos de zero, o mesmo acontecendo com a dívida pública nacional disponível para o sector do retalho (certificados de aforro, certificados do tesouro e obrigações do tesouro de taxa variável). O mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões (Milhões ) Fonte: APFIPP; ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões; e CMVM. A Gestão de Patrimónios continua a ser o sector de actividade representado pela APFIPP com maior volume de activos sob gestão, atingindo ,4 milhões de euros, no final de 2017, o 16

17 que representa quase 60% do mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões. No ano em apreço, os montantes sob gestão discricionária aumentaram 1,5%. Outro segmento em destaque foi o dos Fundos de Pensões, em que os activos sob gestão voltaram a aproximar-se do limiar dos 20 mil milhões de euros, tendo terminado 2017 com um total de ,8 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 7,0% em relação a Já no que respeita aos Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.), a evolução foi, igualmente, positiva, com os activos líquidos sob gestão a registarem uma subida anual de 2,4%, para ,8 milhões de euros. Esta evolução explica-se, por um lado, por uma melhoria significativa do sentimento no mercado imobiliário nacional que tem permitido que os imóveis detidos pelos F.I.I. tenham vindo a registar, em regra, valorizações em resultado das novas avaliações periódicas a que estão sujeitos mas, também, por novas entradas de capitais, quer em Fundos Abertos, quer em Fundos Fechados, as quais, no acumulado do ano e de acordo com estimativas da APFIPP, terão totalizado perto de 200 milhões de euros. O mercado mundial de Fundos de Investimento 10 Os principais mercados mundiais de Fundos de Investimento beneficiaram do bom desempenho económico e da performance dos mercados financeiros, mantendo a tendência de crescimento que vinham registando em anos anteriores. Considerando em conjunto os mercados da África do Sul, Austrália, Brasil, Estados Unidos da América (EUA), Europa e Japão, o total de activos dos Fundos de Investimento, no final de 2017, ascendia a ,3 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 6,1% em relação ao final do ano anterior. Este desempenho encontra-se, contudo, subestimado, em resultado da apreciação que o Euro registou, em 2017, em relação às principais moedas mundiais. De facto, considerando os valores em USD, o desempenho conjunto destes mercados fixou-se em 20,7%. Analisando a evolução na moeda local de cada região, o Brasil foi quem registou o maior aumento dos activos sob gestão (19,9%), seguido dos Estados Unidos da América (17,5%), do Japão (15,2%) e da África do Sul (12,7%) e. A Austrália foi o mercado que registou a pior performance, com um crescimento de apenas 10,4% dos activos sob gestão. A evolução do 10 Inclui Fundos Mobiliários e Imobiliários abertos, sujeitos a um nível de regulação considerado substancial. 17

18 mercado de Fundos de Investimento Europeu foi, igualmente positiva, registando um crescimento anual de 10,5%. Os mercados mundiais de Fundos de Investimento em 2017 ** * O crescimento indicado é medido tendo em conta a evolução dos activos sob gestão na moeda oficial do país em causa (no caso da Europa, considerou-se o Euro). ** - Inclui os Fundos de Investimento Abertos sujeitos a um nível substancial de regulação. Fonte: EUA - IIFA, Europa - IIFA, Austrália IIFA, Brasil - ANBIMA, Japão - JITA e África do Sul ASISA. Os Estados Unidos da América continuam a ser o maior produtor de Fundos de Investimento, com ,7 mil milhões de euros, o que representa cerca de 45,9% do total do gerido a nível mundial. A Europa 11 é o segundo bloco económico, em termos de gestão de Fundos de Investimento, sendo responsável por cerca de ,7 mil milhões de euros de montantes geridos, o que equivale a 34,2% do mercado mundial. 11 Fonte: IIFA International Investment Funds Association. Inclui Fundos UCITS e Fundos não UCITS, abertos e sujeitos a um nível de regulação considerado substancial. 18

19 O mercado europeu de Fundos de Investimento 12 Considerando o conjunto de todos os Fundos de Investimento (Abertos e Fechados, Mobiliários e Imobiliários, destinados ao segmento de retalho e reservados a investidores profissionais) domiciliados em países com representação na EFAMA European Fund and Asset Management Association, os montantes geridos em Dezembro de 2017 ascendiam a ,1 mil milhões de euros, traduzindo um crescimento de 10,1% em relação ao final de Deste montante, 9 714,5 milhões de euros são relativos a Fundos UCITS, que registaram um aumento, em 2017, de 12,0%, enquanto que os restantes 5 908,7 milhões de euros pertencem a Fundos de Investimento Alternativos, cujos montantes sob gestão apresentam uma subida de 7,1% em relação ao final de Os Fundos de Investimento na Europa em 2017 * * - Inclui Fundos Harmonizados e Fundos não harmonizados. Fonte: EFAMA. O principal domicílio de Fundos de Investimento, na Europa, continua a ser o Luxemburgo. Em Dezembro de 2017, os Fundos luxemburgueses eram responsáveis por um total de 4 159,6 mil milhões de euros, o que representa 26,6% do mercado europeu. Ao longo de 2017, o mercado 12 Inclui Fundos UCITS (OICVM) e Fundos Alternativos (OIA). 19

20 luxemburguês de Fundos de Investimento registou um incremento de 12,4% no total de activos sob gestão. Em segundo lugar do ranking europeu, surge a Irlanda, com um total de 2 396,1 mil milhões de euros sob gestão, mais 14,9% do que no final de 2016, e que se traduz numa quota de 15,3%. O terceiro lugar do pódio pertence à Alemanha, cujos Fundos de Investimento geriam, em Dezembro de 2017, um montante global de 2 038,2 mil milhões de euros, o que representa 13,0% do volume global dos Fundos de Investimento europeus. Durante o ano 2017, o volume de activos geridos por Fundos de Investimento alemães subiu 7,9%. Os Fundos de Investimento domiciliados em Portugal geriam, em Dezembro de 2017, 23,1 mil milhões de euros, mais 6,7% do que no final de No conjunto de 29 países representados pela EFAMA, Portugal ocupava o 19.º lugar. A. Os Fundos de Investimento Harmonizados (Fundos UCITS) Como já referido, em Dezembro de 2017, os Fundos UCITS europeus totalizavam 9 714,5 mil milhões de euros, mais 12,0% do que no final de Os Fundos de Investimento Harmonizados (UCITS) na Europa em 2017 Fonte: EFAMA. 20

21 Tal como para o total da indústria (ou seja, considerando os Fundos UCITS e não-ucits em conjunto), o Luxemburgo é o principal domicílio de Fundos UCITS na Europa, sendo responsável por um total de 3 486,4 mil milhões de euros, o que representa 35,9% do total e um crescimento de 11,9% em relação a Dezembro de Em segundo lugar surge, igualmente, a Irlanda, com 1 830,5 milhões de euros de activos sob gestão, o que equivale a uma quota de mercado de 18,8% e traduz uma subida de 15,9% desde o início do ano. Logo em seguida, surge o Reino Unido, com 1 224,7 mil milhões de euros, mais 11,6% do que em Dezembro de 2016, atingindo uma quota de mercado de 12,6%. Portugal geria, na mesma data, 8,8 mil milhões de euros de Fundos UCITS, o que traduz um crescimento de 22,5%, o sétimo maior a nível europeu. No que ao ranking diz respeito, Portugal ocupava a 20.ª posição. De entre os países que registaram, em 2017, um desempenho superior dos Fundos UCITS, destaca-se a Hungria onde, em resultado da conversão de diversos Fundos Alternativos em Fundos UCITS, o mercado cresceu 136,9%. Os Fundos de Investimento Harmonizados (UCITS) na Europa em 2017 Fonte: EFAMA. No que respeita à tipologia de Fundos UCITS, os Fundos de Acções são os que têm maior volume de activos sob gestão (3 742,1 mil milhões de euros, ou 39% do total), apresentando um crescimento de 15,3%, desde o início do ano. Trata-se da Categoria que registou a segunda maior subida anual, logo atrás dos Fundos Multi-Activos (16,1% de aumento). 21

22 A segunda categoria com mais activos geridos é a dos Fundos de Obrigações, que totaliza 2 624,7 mil milhões de euros, ou seja 27% do total. No ano em referência apresentam uma subida de 11,8%. Os Fundos Multi-Activos que, como descrito anteriormente, tiveram o melhor desempenho, ocupam o terceiro posto do ranking europeu de Fundos UCITS, atingindo um total de 1 748,2 mil milhões de euros sob gestão, o que representa uma quota de mercado de 18%. Os Fundos do Mercado Monetário, apesar da conjuntura de baixas taxas de juros, sobretudo dos instrumentos com menor maturidade e maior qualidade creditícia, que formam a quase totalidade dos activos detidos por este tipo de Fundos, continuaram a merecer a confiança dos investidores, tendo registado um aumento de 0,4% nos activos sob gestão, para 1 190,0 mil milhões de euros, o que equivale a 12% do total. Subscrições Líquidas de Fundos UCITS na Europa em 2017 (milhões Euro) Fonte: EFAMA. O crescimento dos Fundos UCITS, na Europa, em 2017, explica-se, maioritariamente, pela procura por parte dos investidores, com as subscrições líquidas a totalizarem 738,1 mil milhões de euros, o que representa cerca de 71% do aumento observado nos montantes sob gestão. As jurisdições que registaram o maior volume de subscrições líquidas são, também, aquelas com o maior volume de activos sob gestão, em particular o Luxemburgo, com 280,9 mil milhões de euros, a Irlanda, com 242,1 mil milhões de euros e o Reino Unido com 54,1 mil milhões de euros. 22

23 Em Portugal, as subscrições líquidas de Fundos UCITS foram, também, positivas, totalizando 1,3 mil milhões de euros. Em termos de categorias de Fundos, os Fundos mais procurados, em 2017, foram os Fundos de Obrigações, que captaram 315,6 mil milhões de euros de novos investimentos, seguidos pelos Fundos Multi-Activos, com 190,4 mil milhões de euros e pelos Fundos de Acções, com 159,0 mil milhões de Euros. Os Fundos do Mercado Monetário, apesar das baixas taxas de juro que vigoram nos mercados monetários, conseguiram atrair 68,3 mil milhões de euros de subscrições líquidas. Subscrições Líquidas de Fundos UCITS na Europa em 2017 (milhões Euro) Fonte: EFAMA. B. Os Fundos de Investimento não Harmonizados / Alternativos (F.I.A.) Em 31 de Dezembro de 2017, os F.I.A. domiciliados na Europa totalizavam 5 908,7 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 7,1% em relação ao final de A Alemanha é o principal domicílio de F.I.A., com 1 666,4 mil milhões de euros, o que representa 28,2% do total, registando um acréscimo de 6,9% desde o início do ano. Em segundo lugar está a França, com 1 055,2 mil milhões de euros, que asseguram uma quota de 17,9% e um crescimento anual de 5,2%. Em terceiro, surge a Holanda, com 806,3 mil milhões de euros, que se traduzem numa quota de 13,6%, tendo registado um aumento de 5,6% em relação a Dezembro de

24 Portugal, com um total de 14,3 mil milhões de euros geridos por F.I.A., ocupa o 18.º posto, a nível europeu, num total de 27 jurisdições consideradas nas estatísticas da EFAMA. Em 2017, verificou-se uma redução do montante gerido por FIA nacionais (- 1,2%), facto que se deveu, exclusivamente, à incorporação e/ou conversão, através de processos de fusão, de F.I.A. em Fundos UCITS. Os Fundos de Investimento Alternativos (F.I.A.) na Europa em 2017 Fonte: EFAMA. No que respeita ao tipo de F.I.A. domiciliados na Europa, dominam os Outros Fundos, que não se enquadram numa tipologia específica, e que são responsáveis por 1 914,4 mil milhões de euros, o que representa uma quota de 32% e um crescimento de 16,0%, desde o final de 2016, o maior de entre as diversas tipologias de F.I.A., na Europa. Seguem-se os F.I.A. Multi-Activos, com 1 472,1 mil milhões de euros e uma quota de 25%. Em 2017, apresentam um aumento de 2,9%. Os F.I.A. de Obrigações vêm a seguir, com 1 004,2 mil milhões de euros (17% do total) e logo depois os F.I.A. de Acções, com 761,1 mil milhões de euros (13% do total). Os F.I.A. de Acções registaram a segunda maior subida nos montantes geridos por F.I.A. europeus (12,6%, desde Dezembro de 2016). Destaque, ainda, para os Fundos de Investimento Imobiliário, que geriam, em Dezembro de 2017, um total de 630,3 mil milhões de euros, o que lhes concede uma quota de 11% do mercado europeu de F.I.A. e traduz um crescimento de 7,8% em relação ao final do ano anterior. 24

25 De acordo com os dados da EFAMA, até 31 de Dezembro de 2017, os F.I.A. europeus acumulavam 210,6 mil milhões de euros de subscrições líquidas, o que representa mais de 51% do crescimento observado no período. Os Fundos de Investimento Alternativos (FIA) na Europa em 2017 Fonte: EFAMA. O mercado nacional de Fundos de Investimento A. Fundos de Investimento Mobiliário (F.I.M.) Em 31 de Dezembro de 2017, existiam 154 F.I.M. domiciliados em Portugal, em actividade, que geriam, à data, ,9 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 10,7% em relação ao final do ano anterior. No final de 2017, existiam menos 20 F.I.M. do que no ano anterior. Esta evolução explica-se pela liquidação de 15 Fundos, dois dos quais em resultado de terem atingido a maturidade prevista nos respectivos documentos constitutivos, a que se junta a extinção de mais 10 F.I.M. que foram objecto de incorporação, por fusão, noutros Fundos. Em contrapartida, 5 novos F.I.M. iniciaram a actividade, em No que respeita às entidades gestoras de F.I.M., em 2017, duas entidades deixaram de ter qualquer Fundo sob gestão: Crédito Agrícola Gest e MCO2, o que significa que, no final de 2017, os 154 Fundos eram geridos por 13 Sociedades Gestoras. 25

26 O mercado nacional de F.I.M. em 2017 Fonte: APFIPP. Como referido anteriormente, uma parte significativa do crescimento dos F.I.M. nacionais, observado em 2017, deveu-se a subscrições líquidas que totalizaram, nesse ano, 907,2 milhões de euros, ou seja, 76,2% do aumento do volume de activos sob gestão. A Evolução dos F.I.M. em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP. Com excepção do terceiro trimestre, o ano fica marcado por um volume significativo e relativamente estável de subscrições trimestrais, em torno dos 300 milhões de euros. A boa performance dos mercados financeiros teve uma influência positiva no crescimento dos montantes sob gestão, que se estima ter atingido, em 2017, 284 milhões de euros, ou 23,8% do aumento total. Este factor esteve em particular evidência no primeiro trimestre do ano, período em que totalizou mais de 100 milhões de euros. 26

27 No que respeita à composição do mercado, os Fundos de Investimento de Curto Prazo, em conjunto com os Fundos do Mercado Monetário (não incluindo F.I.A.), são os que representam a maior parcela do mercado nacional de F.I.M., com uma quota de 23,9%. Em segundo lugar estão os Fundos Multi-Activos 13, com uma quota de 23,6% e, em terceiro, encontram-se os Fundos PPR, com uma quota de 18,5%. O mercado nacional de F.I.M. - Dezembro 2016 O mercado nacional de F.I.M. - Dezembro 2017 * - Não inclui Fundos com Protecção de Capital nem Fundos Estruturados. ** - Inclui Fundos Estruturados. *** - Inclui Fundos Flexíveis. **** - Inclui Fundos PPA. ***** - Inclui Fundos do Mercado Monetário. Fonte: APFIPP. Os Fundos de Obrigações registaram, em 2017, um dos maiores crescimentos, com uma subida de 50,5% nos activos sob gestão, impulsionados por subscrições líquidas de 512,6 milhões de 13 Inclui Fundos Flexíveis. 27

28 euros, a que devem ser adicionados 49,1 milhões de euros de entrada de capital resultante da conversão de Fundos de outras tipologias em Fundos de Obrigações. Outra Categoria em destaque, no ano passado, foi a dos Fundos PPR, que registou um aumento de 48,2% nos activos sob gestão. A maior preocupação em poupar a longo prazo, com vista a obter um maior rendimento na reforma, levou os portugueses a efectuarem entregas líquidas no valor de 707,2 milhões de euros, para PPR constituídos sob a forma de Fundos de Investimento, o que contribuiu para 95,3% do crescimento anual observado. Merece, igualmente, destaque, o desempenho dos Fundos Multi-Activos e Fundos Flexíveis que, em conjunto, beneficiaram de um crescimento de 20,3% nos montantes sob gestão, ao longo de Parte deste crescimento deveu-se a uma maior procura dos aforradores, traduzida em subscrições líquidas no valor de 413,3 milhões de euros, o que equivale a 84,4% do aumento observado. Pela negativa, realça-se o desempenho dos F.I.A., cujos montantes sob gestão, em 2017, se reduziram em 48,2%, o que equivale a uma diminuição superior a mil milhões de euros. Destes, 564,8 milhões de euros resultaram da conversão, através de processos de fusão, de Fundos de Investimento Alternativo em Fundos Harmonizados (UCITS ou OICVM). Mesmo descontando este efeito, a queda do montante gerido por F.I.A., ao longo de 2017, foi de quase 30%. a) Fundos de Acções 14 O crescimento económico e a conjuntura de baixas taxas de juros dos mercados monetários e de obrigações, já referenciados, têm levado os investidores a procurar alternativas de investimento com maior potencial de rendibilidade e, necessariamente, com um maior nível de risco, em particular no segmento accionista, que, beneficiando dessa maior procura e da melhoria das condições económicas, tem vindo a proporcionar níveis de rendibilidade muito interessantes. De facto, como se demonstra no gráfico infra, a generalidade dos Índices de referência dos principais mercados accionistas mundiais, apresentaram, em 2017, um retorno superior a 10%. Do conjunto de índices seleccionados, apenas alguns índices europeus, designadamente o EuroStoxx 50, o IBEX 35 (Espanha), o FTSE 100 (Reino Unido) e o CAC 40 (França) apresentaram um retorno, medido em euros, inferior a 10%, embora todos superiores a 5%. 14 Inclui Fundos PPA. 28

29 O destaque vai para os mercados emergentes, onde o Índice Bovespa (Brasil) se valorizou 31,4% e o MSCI Emerging Markets apresentou uma performance de 34,3%. Também os Índices accionistas dos EUA e do Japão tiverem retornos, em 2017, muito significativos, quando medidos em moeda local. Corrigindo esses resultados do efeito cambial, e na medida em que, como também mencionado anteriormente, o Euro se apreciou em relação às principais divisas mundiais, verifica-se uma redução muito significativa dessas rendibilidades, em alguns casos para menos de metade. Em Portugal, o PSI-20 valorizou-se 15,2%, a maior performance de entre os Índices accionistas europeus incluídos nesta análise. Performance dos mercados accionistas em 2017 Fonte: Euronext, Banco de Portugal (taxas de câmbio). Aproveitando o bom desempenho dos mercados accionistas, os Fundos de Acções terminaram 2017 com um volume de activos sob gestão no valor de 1 209,6 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 16,5% em relação ao ano anterior. De entre as várias subcategorias de Fundos de Acções, destaca-se a dos Outros Fundos de Acções Internacionais que geria, em 31 de Dezembro de 2017, 485,6 milhões de euros, o que equivale a mais de 40% do total de Fundos de Acções portugueses e traduz um crescimento anual de 27,4%, o mais elevado de entre as subcategorias de Fundos de Acções. Os Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega são a segunda maior subcategoria de Fundos de Acções, tendo terminado o ano 2017 com um volume de activos sob gestão de 275,9 milhões de euros, o que representa um aumento anual de 7,9%. Esta performance foi negativamente influenciada pela criação, no último trimestre do ano, de uma nova subcategoria 29

30 de Fundos de Acções os Fundos de Acções Ibéricas que inclui Fundos anteriormente integrados na subcategoria Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega. De facto, considerando as duas subcategorias, em conjunto, verificou-se um crescimento de 14,7% nos activos sob gestão. A terceira maior subcategoria de Fundos de Acções é a dos Fundos de Acções Nacionais que, em 31 de Dezembro de 2017, geria 201,9 milhões de euros, o que representa 16,7% do total deste segmento. Aproveitando a valorização do mercado accionista nacional os Fundos desta subcategoria registaram um aumento de 15,8%, em Este desempenho seria de 19,5%, caso fosse descontado o efeito da reclassificação de um Fundo, no início de 2017, que saiu de Fundos de Acções Nacionais para Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega e, mais tarde, para Fundos de Acções Ibéricas. O Segmento dos Fundos de Acções em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP. No final de 2017, havia 43 Fundos de Acções em actividade, menos 3 do que no ano anterior. Esta diminuição é o resultado da liquidação de 3 Fundos: um Fundo de Acções Nacionais ; um Fundo de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega ; e um Fundo PPA, bem como da extinção, por fusão, de um Fundo de Acções da América do Norte. Adicionalmente, ao longo de 2017, foi constituído um novo Fundo de Acções que inicialmente integrou a subcategoria de Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega, tendo posteriormente transitado para a nova subcategoria Fundos de Acções Ibéricas. O aumento dos montantes sob gestão foi parcialmente motivado por um maior investimento dos aforradores. No acumulado de 2017, as subscrições líquidas totalizaram 47,6 milhões de 30

31 euros, ou seja, 27,9% do crescimento observado nos montantes sob gestão. Logo, a principal causa da subida dos montantes sob gestão foi a valorização dos activos em carteira, resultado do desempenho positivo dos mercados accionistas mundiais. Os novos investimentos foram, quase exclusivamente, realizados em Outros Fundos de Acções Internacionais, que registaram entradas líquidas, ao longo de 2017, no valor de 65,3 milhões de euros, valor que incorpora cerca de 3,8 milhões de euros, resultantes da incorporação, por fusão, de um Fundo que integrava a subcategoria de Fundos de Acções da América do Norte. Também os Fundos de Acções Ibéricas registaram um saldo positivo, no valor de 17,5 milhões de euros, mas que se deveu, integralmente, aos valores resultantes da conversão de Fundos que anteriormente se encontravam na subcategoria de Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega. Descontando esse efeito, esta subcategoria de Fundos de Acções teria registado um desinvestimento de 0,8 milhões de euros. Em contrapartida, os Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega, tiveram saídas líquidas de 3,4 milhões de euros, o que inclui o saldo da conversão de quatro Fundos para a subcategoria Fundos de Acções Ibéricas. Desconsiderando essa situação, esta subcategoria beneficiou de subscrições líquidas no valor de 14,9 milhões de euros, o qual inclui 5,4 milhões de euros que são o resultado da integração de um Fundo que antes estava classificado em Fundos de Acções Nacionais. Evolução dos Fundos de Acções em 2017 (Milhões Euro) * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre subcategorias de Fundos de Acções. Fonte: APFIPP. Todas as restantes subcategorias de Fundos de Acções registaram saídas líquidas que ascenderam, no acumulado de 2017, a 11,6 milhões de euros nos Fundos de Acções 31

32 Nacionais, a 9,6 milhões de euros, nos Fundos de Acções Sectoriais, a 8,6 milhões de euros, nos Fundos de Acções da América do Norte e a 1,9 milhões de euros, nos Fundos PPA. O efeito capitalização, como já referido, foi positivo em todas as subcategorias de Fundos de Acções, sendo particularmente expressivo nos Fundos de Acções Nacionais e nos Outros Fundos de Acções Internacionais, ambos com 39,1 milhões de euros, logo seguidos dos Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega, com 23,5 milhões de euros, e dos Fundos de Acções da América do Norte, com 16,3 milhões de euros. b) Fundos Multi-Activos e Fundos Flexíveis Como referido anteriormente, em conjunto, os Fundos Multi-Activos e Fundos Flexíveis representam a segunda tipologia de Fundos com maior representatividade no mercado nacional de F.I.M.. No final de 2017, estes Fundos geriam um total de 2 899,1 milhões de euros, o que representa uma quota de mercado de 23,6%. Comparando com o final do ano anterior, estes Fundos registam um crescimento de 20,3% nos activos sob gestão. Em 31 de Dezembro de 2017, existiam 39 F.I.M. em actividade, pertencentes a este segmento, menos cinco do que no ano anterior. Durante o ano, foram constituídos dois novos Fundos, ambos pertencentes à subcategoria Fundos Multi-Activos Defensivos. No mesmo período, verificou-se a liquidação de três Fundos pertencentes à subcategoria de Fundos Flexíveis e a extinção, através de processos de fusão, de dois Fundos Multi-Activos Defensivos e de um Fundo Flexível. Adicionalmente, um Fundo Multi-Activos Equilibrado transitou para Outros Fundos, muito embora, posteriormente, tenha sido incorporado, através de um dos processos de fusão referidos atrás, num Fundo Muti-Activos Defensivo. Os Fundos Mistos e Fundos Flexíveis em 2017 (Milhões ) Fonte: APFIPP. 32

33 Parcialmente por via da incorporação, por fusão, de Fundos de outras subcategorias e da constituição de dois novos Fundos, a subcategoria Fundos Multi-Activos Defensivos é a que tem o maior peso deste segmento, atingindo, no final de 2017, um total de 1 990,4 milhões de euros, ou seja, 68,7% do total de Fundos Multi-Activos e de Fundos Flexíveis. Em relação ao final de 2017, os montantes geridos por esta subcategoria aumentaram 26,2%. Apesar de ser a terceira subcategoria, em termos de dimensão, com um total de 348,3 milhões de euros (ou 12% do total do segmento), os Fundos Multi-Activos Equilibrados foram os que registaram o maior crescimento anual, com uma subida de 33,4% dos activos sob gestão. A segunda maior subcategoria é a dos Fundos Flexíveis, que encerrou 2017 com 485,9 milhões de euros, o que traduz uma quota de 16,8%. Durante o ano, os montantes sob gestão decresceram 1,5%, o que se deveu, exclusivamente, às liquidações de Fundos já referidas e, sobretudo, à incorporação, por fusão de um Fundo Flexível num Fundo Multi-Activos Equilibrado, cujas operações, em conjunto, se traduziram na saída de mais de 115 milhões de euros, o equivalente a 23,5% do total de activos geridos, no final de Os Fundos Multi-Activos e os Fundos Flexíveis registaram, uma forte procura, em 2017, com as subscrições líquidas acumuladas a totalizar 402,5 milhões de euros, o que representa 82,2% do crescimento anual deste segmento. Evolução dos Fundos Mistos e Fundos Flexíveis em 2017 (Milhões Euro) * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre subcategorias envolvendo Fundos Multi- Activos e Fundos Flexíveis. Fonte: APFIPP. Foi a subcategoria de Fundos Multi-Activos Defensivos, pelos motivos já expostos (novos Fundos e incorporação, por fusão, de Fundos de outras subcategorias), a principal responsável pelo total de entradas líquidas referido no parágrafo anterior. De facto, em 2017, esta subcategoria beneficiou de subscrições líquidas no valor de 365,1 milhões de euros (90,7% do 33

34 total deste segmento). Deste montante, cerca de 100 milhões de euros são relativos à incorporação, por fusão, de um Fundo Flexível. Os Fundos Multi-Activos Equilibrados tiveram, igualmente, uma procura significativa, registando subscrições líquidas anuais no montante de 70,4 milhões de euros, o que representa mais de 80% do crescimento dos respectivos activos sob gestão, observado em A subcategoria de Fundos Multi-Activos Agressivos é que tem menor peso neste segmento, com um total de 74,4 milhões de euros, ou 2,6% desta parcela do mercado dos F.I.M.. Foi, adicionalmente, a que registou o pior desempenho, com uma descida de 4,3% nos montantes sob gestão, desde o final de Apesar da boa performance dos activos detidos, que se valorizaram 7,5 milhões de euros, traduzindo uma rendibilidade média anual de quase 10%, os aforradores preferiram as subcategorias com políticas de investimento mais conservadoras, tendo optado por desinvestir desta subcategoria, em termos líquidos, ao longo do ano, um total de 10,8 milhões de euros. Os Fundos Flexíveis, como já mencionado, foram prejudicados pela liquidação de 3 Fundos e, essencialmente, pela incorporação, por fusão, de um Fundo na subcategoria Fundos Multi- Activos Defensivos, o que representou uma saída de 115 milhões de euros. Assim, no ano, as subscrições líquidas foram negativas, totalizando 22,2 milhões de euros. Já em relação aos activos em carteira, estima-se que se tenham valorizado em 14,8 milhões de euros. c) Fundos de Obrigações Em 31 de Dezembro de 2017, os Fundos de Obrigações geriam um total de 1 730,7 milhões de euros, o que traduz uma quota de 14,1% do mercado nacional de F.I.M. e um crescimento de 50,5% em relação ao ano anterior. Esta evolução explica-se, maioritariamente, por uma forte procura dos investidores, que encontraram neste tipo de Fundos uma alternativa com um potencial de rendibilidade superior ao dos depósitos bancários que, em resultado das baixas taxas de juro que vigoram nos mercados, têm vindo a oferecer remunerações próximas de zero. De facto, em 2017, os Fundos de Obrigações registaram entradas líquidas 512,6 milhões de euros, a que se juntam mais 49,1 milhões de euros que traduzem o saldo da conversão de dois Fundos que se encontravam noutras categorias numa subcategoria de Fundos de Obrigações, bem como de um Fundo de Obrigações que foi integrado noutra categoria. 34

35 Os Fundos de Obrigações em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP. No final de 2017, existiam 21 Fundos de Obrigações em actividade, menos dois do que no ano anterior. Ao longo do ano, apenas foi constituído um novo Fundo de Obrigações, a que se juntaram outros dois Fundos que, como já referido, estavam previamente integrados noutras categorias. Pelo contrário para além do Fundo de Obrigações que transitou para outra categoria, verificou-se a extinção de mais 4 Fundos, dos quais 3 foram incorporados noutros Fundos de Obrigações, através de processos de fusão. De entre as 3 subcategorias de Fundos de Obrigações, a dos Fundos de Obrigações de Taxa Indexada Euro é a que tem maior volume de activos sob gestão. No final de Dezembro de 2017, os Fundos desta subcategoria geriam 1 005,3 milhões de euros, o que representa 58,1% do segmento de Fundos de Obrigações. Esta subcategoria registou um crescimento anual de 33,9%. Em segundo lugar está a subcategoria Fundos de Obrigações Euro, com um total de 540,4 milhões de euros sob gestão, o que significa uma quota de 31,2% e uma subida de 55,6% em relação ao ano transacto. A subcategoria dos Fundos de Obrigações Internacionais, apesar de ser a de menor dimensão, com 185,0 milhões de euros, no final de 2017 (10,7% do total de Fundos de Obrigações), foi a que teve o maior aumento dos montantes sob gestão (257,4%), fruto de uma forte procura por parte dos investidores. Como referido, o motor do crescimento dos Fundos de Obrigações, em 2017, foi o aumento da procura dos investidores, que se traduziu em entradas líquidas (descontando o efeito das 35

36 mudanças de Fundos) de 512,6 milhões de euros, o que explica 88,2% do crescimento dos activos sob gestão. Se a esse valor somarmos os acima mencionados 49,1 milhões de euros que foram convertidos em Fundos de Obrigações, fica praticamente explicada a totalidade da subida observada (96,7%). Evolução dos Fundos de Obrigações em 2017 (Milhões Euro) * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre categorias envolvendo Fundos de Obrigações. Fonte: APFIPP. A subcategoria que registou maior procura foi, também, a de maior dimensão, ou seja, a dos Fundos de Obrigações de Taxa Indexada Euro, com 246,3 milhões de euros (inclui o efeito da saída de um Fundo para outra Categoria), o que representa 96,7% do aumento dos activos sob gestão. Os Fundos de Obrigações Euro registaram subscrições líquidas no valor de 184,7 milhões de euros (que incluem o efeito da inclusão de dois Fundos vindos de outras categorias), traduzindo 95,7% do crescimento observado em Os Fundos de Obrigações Internacionais foram os que, proporcionalmente, tiveram maior procura, registando entradas líquidas de 130,6 milhões de euros, o que explica 98,1% da subida registada no ano em análise. Todas as subcategorias de Fundos de Obrigações registaram, em média, retornos positivos, na medida em que em todas elas se verificou uma valorização dos activos em carteira que, em conjunto e no acumulado do ano, se estima que tenha atingido 19,3 milhões de euros. 36

37 d) Fundos do Mercado Monetário 15 O Fundos do Mercado Monetário foram dos que tiveram pior desempenho, em Considerando em conjunto tanto os Fundos Harmonizados como os Fundos Alternativos, os Fundos do Mercado Monetário e Fundos do Mercado Monetário de Curto Prazo registaram, nesse ano, um decréscimo de 83,3% em relação ao ano anterior, ou seja, uma diminuição de quase 2 mil milhões de euros. Esta evolução explica-se, em grande parte, pela redução do número de Fundos incluídos nesta Categoria que se reduziu de 6, no final de 2016, para 4, um ano mais tarde. Os Fundos do Mercado Monetário em 2017 Fonte: APFIPP. De facto, em Janeiro de 2017, dois Fundos do Mercado Monetário (um Harmonizado e outro Alternativo) fundiram-se e deram origem a um Fundo de Curto Prazo, significando uma saída de 1 622,8 milhões de euros, o que representa 83,4% do decréscimo observado. Removendo este efeito, ter-se-ia verificado uma diminuição de 45,4% nos montantes sob gestão, que resultou, integralmente, de subscrições líquidas negativas, cujo montante anual, expurgado das saídas relacionadas com o evento acima referido, ascendeu a 323,3 milhões de euros. Predominam, nesta Categoria, os Fundos Alternativos, com um montante sob gestão, em 31 de Dezembro de 2017, de 273,2 milhões de euros, o que representa uma quota de 70,2%. 15 Inclui Fundos Harmonizados e Fundos Alternativos 37

38 Os Fundos do Mercado Monetário Harmonizados geriam, na mesma data, 116,0 milhões de euros, uma descida de 1 162, 4 milhões de euros em relação ao final do ano anterior. As taxas de juro praticamente nulas, quando não mesmo negativas que se praticam nos mercados monetários, em cujos activos estes Fundos investem, têm afastado os investidores, levando a um desinvestimento, por parte dos aforradores, que ascendeu, no acumulado de 2017, e como já referido, a 323,3 milhões de euros. Se somarmos os montantes que saíram em virtude da conversão de Fundos noutras tipologias, designadamente, em Fundos de Curto Prazo, o montante anual de saídas líquidas ascendeu a 1 946,2 milhões de euros. Evolução dos Fundos do Mercado Monetário em 2017 (Milhões Euro) * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre categorias envolvendo Fundos do Mercado Monetário. Fonte: APFIPP. Nos Fundos Harmonizados, o total de saídas líquidas, em 2017, ascendeu a 1 162,5 milhões de euros, o que inclui 1 110,2 milhões de euros, da conversão de um Fundo desta Categoria em Fundo de Curto Prazo, através da operação de fusão acima descrita. Assim, o valor efectivamente resgatado pelos investidores (em termos líquidos) ascendeu a 52,3 milhões de euros. Nos Fundos Alternativos, verificou-se um desinvestimento líquido anual de 783,7 milhões de euros, que inclui 512,7 milhões de euros resultantes da extinção de um Fundo, por via do referido processo de fusão. Deste modo, as subscrições líquidas, observadas ao longo de 2017, neste tipo de Fundos, foram negativas, totalizando 271,0 milhões de euros. 38

39 e) Fundos de Curto Prazo 16 Os Fundos de Curto Prazo (inclui Fundos Harmonizados e Fundos não Harmonizados), registaram, em 2017, a maior subida no que diz respeito aos activos sob gestão, tendo terminado o ano com 3 160,7 milhões de euros, mais 71,6% do que no ano anterior. Esta evolução explica-se, exclusivamente, pela operação de fusão descrita no ponto anterior, que significou a recepção de 1 622,8 milhões de euros, vindos da Categoria de Fundos do Mercado Monetário. Em sentido inverso, três Fundos que anteriormente se encontravam nas Categorias de Fundos de Curto Prazo (um Harmonizado e dois Alternativos), através de processos de fusão, passaram para outras Categorias, traduzindo uma saída de 91,3 milhões de euros. No final de 2017, existiam nove Fundos de Curto Prazo em actividade (oito Harmonizados e um Alternativo). Ao longo do ano, três Fundos de Curto Prazo extinguiram-se, dois dos quais através dos processos de fusão acima referidos. Houve, ainda, a integração de um Fundo anteriormente classificado como Fundos do Mercado Monetário e o movimento oposto de um outro Fundo, na sequência de um processo de fusão, Fundo esse que seria, mais tarde, incorporado na Categoria Outros Fundos. Os Fundos de Curto Prazo em 2017 Fonte: APFIPP. Inversamente ao observado no segmento dos Fundos do Mercado Monetário, nos Fundos de Curto Prazo predominam os Fundos Harmonizados, tanto em número como em montantes sob 16 Inclui Fundos Harmonizados e Fundos não Harmonizados. 39

40 gestão. No final de 2017, estes Fundos geriam 2 826,6 milhões de euros, o que significa uma quota de 89,4%. Em relação ao ano anterior, os mesmos Fundos registam um crescimento de 115,0%. Este resultado deveu-se, exclusivamente, à integração, por fusão, de Fundos vindos da categoria de Fundos do Mercado Monetário, que originou um influxo de 1 622,8 milhões de euros. Em sentido contrário, um Fundo Harmonizado foi convertido, através de um processo de fusão, num Fundo de obrigações, o que se traduziu numa saída de 39,2 milhões de euros. O resultado destes dois eventos saldou-se em entradas líquidas no valor de 1 583,6 milhões de euros. Assim, contata-se que, no que se refere a investimento de facto, traduzido em entregas de capital por parte dos aforradores, o saldo anual foi negativo, significando resgates líquidos de 77,8 milhões de euros, facto a que não será alheio o menor rendimento proporcionado por estes Fundos, na actual conjuntura de baixas taxas de juro. Os Fundos de Curto Prazo Alternativos geriam, em 31 de Dezembro de 2017, 334,1 milhões de euros, o que representa uma descida de 36,7%, em relação ao ano anterior. Parte deste desempenho resulta da já mencionada fusão, que significou o desaparecimento de dois Fundos desta subcategoria, num total de 52,1 milhões de euros. Os restantes 141,4 milhões de euros a menos correspondem ao saldo negativo de subscrições líquidas observado no período. Evolução dos Fundos de Curto Prazo em 2017 (Milhões Euro) * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre categorias envolvendo Fundos de Curto Prazo. Fonte: APFIPP. 40

41 Em resumo, não obstante a subida acentuada dos montantes geridos por Fundos de Curto Prazo e que traduzem entradas líquidas no valor de 1 312,2 milhões de euros, tal resultou, em exclusivo, das operações de fusão, envolvendo Fundos de Curto Prazo, que significaram um influxo de 1 531,5 milhões de euros. Deste modo, os Fundos de Curto Prazo registaram, de facto, em 2017, resgates líquidos no montante de 219,3 milhões de euros. f) Fundos de Investimento Alternativo (F.I.A.) 17 Os F.I.A. não incluídos na análise dos dois pontos anteriores totalizavam, no final de 2017, 503,8 milhões de euros, ou seja, menos 9,9% do que em Dezembro de Este resultado explica-se, integralmente, pelo desinvestimento dos aforradores, traduzido em subscrições líquidas negativas, acumuladas ao longo do ano, que ascenderam a 70,4 milhões de euros. Os Fundos de Investimento Alternativo em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP. Em 31 de Dezembro de 2017, existiam 17 F.I.A. em actividade, menos três do que no ano anterior, Fundos esses que foram liquidados ao longo do ano. Em termos de subcategorias, 17 Não inclui os FIA do Mercado Monetário, nem os FIA de Curto Prazo, abordados nos pontos anteriores. Também não inclui os Fundos com Protecção de Capital nem os Fundos Estruturados. 41

42 existiam oito Outros F.I.A., três F.I.A. Flexíveis, dois F.I.A. de Obrigações, dois F.I.A. de Retorno Absoluto, um F.I.A. de Acções e um F.I.A. Multi-Activos. A maior subcategoria de F.I.A. é a dos Outros F.I.A., ou seja, Fundos de Investimento Alternativos que têm políticas e estratégias de investimento diversas, que não se enquadram em qualquer das restantes subcategorias de F.I.A. (Private Equity, Sector Energético, Commodities, etc.). No final de 2017, estes Fundos geriam 414,3 milhões de euros, o que representa 82,2% do total deste segmento. Em 2017, os montantes geridos pelos Fundos desta subcategoria registaram um decréscimo de 11,2%, em parte resultante da liquidação dos 3 F.I.A., acima referidos, todos pertencentes a esta subcategoria de F.I.A.. A segunda subcategoria de F.I.A. com maior volume de activos sob gestão é a dos F.I.A. de Obrigações, com 50,0 milhões de euros (9,9% do total deste segmento), tendo sido a que registou o melhor desempenho, com um crescimento de 21,4% em relação a Esse crescimento deveu-se, maioritariamente à procura por parte dos investidores, traduzidas em subscrições líquidas acumuladas, ao longo do ano, no valor de 6,5 milhões de euros, ou seja, 74,1% do aumento registado. Os F.I.A. Multi-Activos e os F.I.A. Flexíveis, em conjunto, geriam, no final de 2017, 25,3 milhões de euros, o que equivale a 5,0% do total do segmento dos F.I.A. e traduz uma subida anual de 1,3%. Evolução dos Fundos de Investimento Alternativo em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP. 42

43 Pela negativa, merecem destaque os F.I.A. de Retorno Absoluto, cujos activos sob gestão caíram, em 2017, quase 50%, para 12,3 milhões de euros. Como já evidenciado, os F.I.A. registaram, em 2017, subscrições líquidas negativas no valor de 70,4 milhões de euros, valor parcialmente anulado pelo efeito de valorização dos activos detidos por estes Fundos, estimado em 15,0 milhões de euros. Para além da subcategoria F.I.A. de Obrigações, que, conforme descrito, teve entradas líquidas de 6,5 milhões de euros, apenas a subcategoria F.I.A. Multi-Activos & Flexíveis teve, igualmente, subscrições líquidas positivas, no valor de 0,6 milhões de euros. Em sentido inverso, destaca-se o desinvestimento observado nos Outros F.I.A., que totalizou, em termos líquidos 66,1 milhões de euros, o que representa 93,9% do total de resgates líquidos ocorridos em F.I.A. ao longo de g) Fundos com Protecção de Capital e Fundos Estruturados Os Fundos com Protecção de Capital e os Fundos Estruturados partilham uma característica comum que é a de procurar assegurar que o investidor recebe, no final da respectiva maturidade, prevista nos documentos constitutivos, pelos menos o capital inicialmente aplicado. Os Fundos com Protecção de Capital e Fundos Estruturados em 2017 Fonte: APFIPP. 43

44 No final de 2017, existiam dois Fundos, ambos da subcategoria Fundos com Protecção de Capital, que geriam 74,2 milhões de euros, ou seja, menos 8,8% do que em Este desempenho resulta, essencialmente, da liquidação dos dois Fundos Estruturados existentes no final de 2016 e que atingiram, em 2017, a respectiva maturidade. Registou-se, adicionalmente, a liquidação de um Fundo com Protecção de Capital. Assim, no final de 2017, não existia qualquer Fundo Estruturado. Os três Fundos liquidados implicaram saídas no valor de 130,4 milhões de euros, o que representa a quase totalidade do decréscimo registado nos montantes sob gestão. Adicionalmente, nos restantes Fundos, registou-se um saldo negativo de subscrições menos resgates no valor de 5,8 milhões de euros. B. Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) O segmento dos F.I.I., em Portugal, no final de 2017, detinha um património líquido sob gestão no valor de ,8 milhões de euros, o que traduz um aumento de 2,4% em relação a Na mesma data, o valor do património imobiliário em carteira (inclui terrenos, projectos de construção, imóveis acabados, direitos, participações em sociedades imobiliárias e unidades de participação em F.I.I.) ascendia a ,0 milhões de euros, o que traduz um decréscimo de 0,5% em relação ao final do ano anterior. Os Fundos de Investimento Imobiliário em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP; CMVM. 44

45 Em 31 de Dezembro de 2017, existiam 227 F.I.I. em actividade, menos sete do que no ano anterior. Ao longo do ano foram constituídos quatro novos Fundos todos da Categoria F.I.I. Fechados. No mesmo período, foram liquidados sete Fundos: cinco F.I.I Fechados, um F.I.I.A.H. e um Fundo de Reabilitação. Adicionalmente, dois outros F.I.I. Fechados deixaram de ser incluídos na análise por terem entrado em liquidação. A categoria mais representativa de F.I.I. é a dos Fundos Fechados, quer em número de Fundos em actividade (194), quer em valor líquido sob gestão (6 000,2 milhões de euros ou 55,6% do total). Em 2017, os Fundos desta categoria registaram um crescimento de 8,4%, parcialmente devido aos quatro novos Fundos constituídos em 2017 e que, no final do ano, tinham um património líquido de 119,9 milhões de euros (cerca de 25% do aumento dos montantes sob gestão). Em segundo lugar surgem os Fundos Abertos de Acumulação, que terminaram o ano com um valor líquido sob gestão de 1 705,1 milhões de euros, o que representa 15,8% do total e traduz uma diminuição de 14,0% em relação a Este desempenho explica-se pelo facto de terem saído dois Fundos desta Categoria (um para F.I.I. Fechados e outro para Fundos Abertos de Rendimento ), movimento parcialmente anulado pela inclusão de um Fundo vindo da Categoria Fundos Abertos de Rendimento. No acumulado, estes eventos resultaram numa saída líquida de cerca de 364 milhões de euros, um valor superior à redução dos activos líquidos geridos por esta Categoria. Logo a seguir, surgem os Fundos Abertos de Rendimento, com um valor líquido global sob gestão de 1 642,6 milhões de euros, o que significa 15,2% do total. Ao longo de 2017, registaram um crescimento de 12,7%, valor que se deveu, em grande parte, à mudança de Categoria de alguns F.I.I., já referidas e que significaram, para esta categoria, um influxo de 168,3 milhões de euros, explicando 90,8% do aumento dos montantes sob gestão. Também a Categoria dos Fundos de Investimento Imobiliário para o Arrendamento Habitacional (FIIAH) registou, em 2017, um desempenho negativo, traduzido numa quebra de 12,2%, chegando ao final do ano com um valor líquido global sob gestão de 835,2 milhões de euros, o que equivale a uma quota de 7,7% do mercado nacional de F.I.I.. Os FUNGEPI s terminaram o ano com um património líquido de 499,2 milhões de euros, o que representa 4,6% do total e uma redução de 2,3% em relação ao final de Apesar de se manterem residuais, merecem destaque os Fundos de Reabilitação, cujos activos líquidos sob gestão aumentaram, em 2017, 28,0%, para 53,6 milhões de euros. 45

46 Também a Categoria dos Fundos Florestais permanece residual (51,9 milhões de euros ou 0,5% do total de F.I.I.), tendo apresentado um decréscimo de 3,1% em relação ao final de Composição da Carteira dos F.I.I. - Dezembro 2017 Fonte: APFIPP; CMVM. Em 31 de Dezembro de 2017, mais de 57% dos activos líquidos geridos por F.I.I. estava investido em Imóveis arrendados. Os projectos de reabilitação e outros projectos de construção totalizavam 10,5% do total, enquanto que os terrenos tinham um peso de 19,6% da carteira. Os imóveis não arrendados representavam 14,0% da carteira dos F.I.I., o que traduz um vacancy ratio (percentagem de imóveis não arrendados no total de imóveis acabados em carteira) de 19,7%, uma redução significativa em relação ao final de 2016, quando este indicador apresentava um valor de 24,4%. O sector de serviços, onde predominam os escritórios para arrendamento continua a ser uma das principais vocações dos imóveis detidos pelos F.I.I., representando 35,8% do seu total. Os imóveis destinados ao comércio, onde se incluem lojas de rua e centros comerciais, por exemplo, representavam 19,8% do total, enquanto que os destinados ao segmento habitacional tinham um peso de 15,5%. Os imóveis com fins industriais representam apenas 3,1% da carteira dos F.I.I., peso semelhante ao dos imóveis destinados à logística. Os restantes imóveis, com fim misto ou não enquadráveis em nenhuma das finalidades anteriores representavam 20,4% do total de imóveis detidos por F.I.I., no final de Dezembro de

47 Finalidade dos Imóveis* detidos pelos F.I.I. - Dezembro 2017 * - Não inclui Terrenos nem Direitos. Fonte: CMVM. Organismos de Investimento Colectivo (OIC) Estrangeiros A comercialização de Organismos de Investimento Colectivo Estrangeiros, através de canais de retalho, tem vindo a registar um crescimento substancial nos últimos anos, atingindo um total de 4 109,1 milhões de euros, no final de 2017, o que traduz um crescimento de 38,2% em relação ao ano anterior e representa 17,8% do total de Fundos de Investimento domiciliados em Portugal (F.I.M. e F.I.I.). Evolução da Comercialização de Fundos Estrangeiros em Portugal (Milhões Euro) Fonte: CMVM. 47

48 Este desempenho ficou a dever-se, exclusivamente, à captação de novos investimentos junto dos aforradores nacionais, tendo-se registado subscrições líquidas anuais no valor de 1 258,0 milhões de euros, justificando, assim, integralmente, o aumento verificado nos activos comercializados em Portugal. O Crescimento dos Fundos Estrangeiros em 2017 (Milhões Euro) Fonte: CMVM. Gestão de Patrimónios A Gestão de Patrimónios desempenha um papel muito importante na intermediação financeira, permitindo o investimento de forma profissional das carteiras de activos financeiros de grandes investidores institucionais, como Seguradoras e Fundos de Pensões, mas também de particulares com patrimónios elevados. São vários os tipos de entidades que podem gerir patrimónios ou, dito de outra forma, que podem exercer a actividade de gestão discricionária de carteiras por conta de outrem. As principais, em termos de volumes de activos sob gestão, são as Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento Mobiliário (SGFIM) e as Sociedades Gestoras de Patrimónios (SGP) que, em conjunto, representam 91,5% deste mercado. No final de 2017, o valor das carteiras sob gestão discricionária ascendia a ,4 milhões de euros, mais 1,5% do que no ano anterior. 48

49 O Mercado Nacional de Gestão de Patrimónios em 2017 (Milhões Euro) Fonte: CMVM. As SGFIM lideram este segmento, tendo terminado o ano com ,0 milhões de euros, o que representa 57,8% deste mercado. Ao longo do ano, os activos sob gestão por este tipo de entidades aumentaram 1,0%. As SGP ocupavam a segunda posição deste ranking, com ,8 milhões de euros, reflectindo uma subida de 4,3%, em relação ao final de Estrutura de Cliente da Gestão de Patrimónios em 2017* * - Apenas são considerados os valores geridos por 11 Instituições Financeiras. No final de Dezembro de 2017, estas Sociedades eram responsáveis por 90,1% do valor total de Gestão Discricionária. Fonte: APFIPP. 49

50 A gestão de patrimónios efectuada por Bancos e outras instituições financeiras totalizou, no final do ano, 5 371,7 milhões de euros, o que traduz uma quota de 8,5%. Desde o final de 2016, os activos sob gestão discricionária por estas entidades diminuiu 5,1%. A grande maioria das carteiras sob gestão, em termos de volume, é referente a clientes institucionais: 20,6% dos montantes dizem respeito a mandatos concedidos por Fundos de Pensões, 63,5% são carteiras pertencentes a Seguradoras e outros 1,7% pertencem a Fundos de Investimento. As restantes categorias de clientes, que incluem os particulares, representam 14,1% do total. No final do ano passado, as carteiras sob Gestão Discricionária privilegiavam as aplicações em títulos representativos de dívida, pública e privada, que ascendiam, em conjunto, a 73,1% do seu total, mais 3,1 pontos percentuais do que no final de Apesar do bom desempenho dos mercados accionistas, as carteiras sob Gestão Discricionária reduziram o peso deste activo nas suas aplicações, passando de 6,1%, em 2016 para 5,4%, em Estrutura das Carteiras de Gestão de Patrimónios em 2017* * - Apenas são considerados os valores geridos por 11 Instituições Financeiras. No final de Dezembro de 2017, estas Sociedades eram responsáveis por 90,1% do valor total de Gestão Discricionária. Fonte: APFIPP. O Investimento indirecto, através de Fundos de Investimento, continua a representar uma parcela significativa das aplicações das carteiras sob Gestão Discricionária. Em 31 de Dezembro de 2017, este tipo de instrumentos financeiros representava 14,3% das aplicações totais, mais 2,5 pontos percentuais do que em

51 As aplicações em Liquidez e Outros Activos reduziram-se substancialmente, ao longo de No final do ano, representavam 7,2% do total sob gestão, 5,0 pontos percentuais a menos do que no ano anterior. Fundos de Pensões Em 2017, o mercado de Fundos de Pensões nacionais prosseguiu a tendência de crescimento que vinha registando nos anos anteriores. De facto, os Fundos de Pensões terminaram o ano com um total de ,8 milhões de euros, mais 7,0% do que no final do ano anterior. De acordo com a legislação em vigor, a gestão de Fundos de Pensões pode ser efectuada por Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (SGFP) e por Empresas de Seguros do Ramo Vida. As SGFP gerem a maioria dos Fundos de Pensões nacionais, detendo uma quota de 84,0% deste mercado. O Mercado de Fundos de Pensões em 2017 (Milhões Euro) Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Foram, contudo, as Seguradoras as que tiveram melhor desempenho, no ano em análise, com os montantes dos respectivos Fundos de Pensões sob gestão a aumentarem 19,9%, para 3 404,8 milhões de euros. Os Fundos de Pensões geridos pelas SGFP cresceram 4,6%, para ,0 milhões de euros. Esta disparidade na evolução dos dois tipos de Entidades Gestoras explica-se, parcialmente, pela fusão de uma SGFP numa Seguradora, que passou, assim, a assegurar a gestão dos respectivos Fundos de Pensões. 51

52 O Mercado de Fundos de Pensões em 2017 Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Os Fundos de Pensões Fechados constituem a maior parcela dos Fundos de Pensões, com um total de ,0 milhões de euros ou 89,6% do total. Todas as categorias de Fundos de Pensões registaram um crescimento dos montantes sob gestão, ao longo de 2017, destacando-se, contudo, o desempenho dos PPR, com uma subida de 21,1%, para 539,9 milhões de euros. Os Fundos de Pensões Fechados registaram um crescimento de 7,1%, em 2017, o mesmo que o dos Fundos PPA. Já os Outros Fundos de Pensões Abertos tiveram um crescimento mais modesto (apenas 1,9%), em resultado, sobretudo da conversão de uma adesão colectiva a um Fundo de Pensões Aberto num Fundo de Pensões Fechado. Analisando a composição da carteira dos Fundos de Pensões, evidencia-se uma maior predominância de activos com um perfil de risco de longo prazo, o que se compreende, tendo em conta a natureza e objectivos deste tipo de veículos, que se destinam ao financiamento de complementos de reforma e têm, por isso, horizontes de investimento mais longos. Assim, o peso das Acções é de 8%, sendo, igualmente, de destacar a percentagem de imóveis detidos (8%). Ao investimento directo nestas classes de activos devem ainda ser acrescentadas as aplicações através de Fundos de Investimento. As aplicações indirectas nos mercados financeiros, fazendo uso de Fundos de Investimento, Mobiliário e Imobiliário, representavam, no final do ano passado, 30% das aplicações dos Fundos de Pensões. 52

53 O investimento em títulos de dívida pública pesava 29% na estrutura da carteira dos Fundos de Pensões, enquanto que as aplicações em obrigações de empresas e outros títulos de dívida privada representavam 18% do total de activos geridos. Estrutura das Carteiras de Fundos de Pensões em 2017 Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Planos de Poupança Reforma (PPR) O segmento dos PPR obteve um bom desempenho, em 2017, com o valor dos respectivos montantes sob gestão e provisões técnicas a aumentarem 11,5%, para ,9 milhões de euros. Os PPR constituídos sob a forma de seguro, por terem, em muitos casos, associada a garantia do capital e, também, por vezes, a garantia de uma rendibilidade mínima, mantêm-se como a classe de PPR mais popular junto dos portugueses. No final de 2017, os PPR constituídos sob a forma de Seguro representavam 84,0% do valor total de PPR, o que significava ,8 milhões de euros em provisões técnicas 18. Estes PPR registaram, em 2017, um crescimento de 7,1%. Os Fundos de Investimento ocupam a segunda posição, com um total de 2 279,1 milhões de euros, o que equivale a uma quota de 12,9% do total de PPR. Em 2017, foram a tipologia de PPR 18 Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. 53

54 que registou o maior crescimento dos montantes face ao ano anterior, tendo aumentado 48,2%. Evolução das aplicações em PPR (Milhões Euro) * - Provisões Técnicas. Fonte: APFIPP e ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. No terceiro lugar estão os Fundos de Pensões, com um total de 539,9 milhões de euros, que traduzem uma quota de 3,1% do segmento dos PPR. Ao longo de 2017, os PPR sob a forma de Fundos de Pensões registaram um aumento de 21,1% dos montantes sob gestão. 54

55 IV ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS 1. Enquadramento Regulatório 1.1. Regime Jurídico e Regulamentar dos Organismos de Investimento Colectivo No âmbito da actividade de gestão de OIC, em 2017, registou-se a adopção interna das directrizes europeias previstas na Directiva 2014/91/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Julho de 2014 (comummente designada UCITS V), as quais deveriam ter sido transpostas, pelos Estados-Membros, até 18 de Março de A este respeito, a Associação foi consultada pela Secretaria de Estado das Finanças, em Março de 2017, no sentido de emitir o seu parecer sobre o projecto de Proposta de Lei que visou proceder à referida transposição, e que culminou na publicação da Lei n.º 104/2017, de 30 de Agosto, que procedeu a alterações ao nível do Regime Geral dos Organismos de Investimento Colectivo e do Código dos Valores Mobiliários, em matérias relacionadas com funções dos Depositários, políticas de remuneração e regime sancionatório aplicável. Após a publicação em Agosto e com a entrada em vigor a 30 de Setembro seguinte, a APFIPP procurou auxiliar as suas Associadas na implementação das novas regras, promovendo as necessárias trocas de impressões sobre a sua operacionalização prática. Ainda na esfera regulamentar, na sequência da publicação, no final de 2016, de um conjunto alargado de Instruções da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (n.ºs 01/2016, 02/2016, 03/2016, 04/ /2016 e 06/2016), relativas ao reporte de informação ao referido Supervisor, bem como da Instrução n.º 8/2016 sobre Deveres de Reporte de informação à CMVM para efeitos de intercâmbio de informações relativas às potenciais consequências sistémicas da actividade de gestão e comercialização de Organismos de Investimento Alternativo, imposta pelo Regulamento Delegado da Directiva AIFMD 19, foi necessário proceder, em 2017, a uma monitorização atenta da sua implementação e procurar obter esclarecimentos, junto da Autoridade de Supervisão, sobre alguns aspectos que suscitaram dúvidas às Associadas da APFIPP. Adicionalmente, no caso concreto do reporte associado à Instrução n.º 8/2016, a Associação encetou esforços no sentido de apoiar as suas Associadas no 19 Directiva 2011/61/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Junho de 2011, relativa aos gestores de fundos de investimento alternativos. 55

56 desenvolvimento de uma solução informática partilhada, para efeitos da conversão de ficheiros excel, com a informação a reportar, no formato.xml exigido pela referida instrução Regime Jurídico e Regulamentar dos Fundos de Pensões Na esfera dos Fundos de Pensões, registou-se, em 2017, uma importante alteração ao Decreto- Lei n.º 12/2006, de 20 de Janeiro, que regula a constituição e o funcionamento dos Fundos de Pensões e das suas Entidades Gestoras, preconizada pelo Decreto-Lei n.º 127/2017, de 9 de Outubro, que veio, entre outros aspectos, instituir a flexibilização das modalidades de recebimento dos benefícios atribuídos por planos de pensões, cujos termos serão desenvolvidos, pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, em norma regulamentar a emitir. Salienta-se que se considera esta faculdade como muito positiva, tendo vindo a ser defendida pela APFIPP, na medida em que confere aos beneficiários um maior leque de escolhas e permite-lhes decidir o momento e a forma de recebimento dos benefícios de pensões, em função dos diversos critérios que vierem a ser definidos, pelo que se registou favoravelmente o seu acolhimento no seio do Regime Jurídico dos Fundos de Pensões. A este respeito, a Associação teve a oportunidade de se pronunciar previamente sobre a matéria, respondendo ao pedido de parecer solicitado pela Secretaria de Estado das Finanças, em Julho de 2017, a respeito da revisão do Decreto-Lei n.º 12/2006. Posteriormente à publicação da referida alteração, a Associação estabeleceu diversos contactos com a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, de modo a poder acompanhar e prestar a sua colaboração nos trabalhos preparatórios da Norma que concretizará a flexibilização das modalidades de recebimento dos benefícios atribuídos por planos de pensões, tema se espera que tenha desenvolvimentos em Outra matéria alvo de análise em 2017, disse respeito ao acompanhamento do novo exercício europeu de avaliação quantitativa e de testes de esforço, promovido pela Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA), a Instituições de Realização de Planos de Pensões Profissionais (IORPs). Para uma melhor monitorização deste exercício e identificação das principais dúvidas na sua operacionalização, foi reactivado, no seio da APFIPP, o Grupo de Trabalho constituído em 2015 para acompanhar o tema e estabeleceu uma estreita colaboração com a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, de modo a obter esclarecimentos sobre a matéria. Adicionalmente, foram também seguidos os trabalhos 56

57 realizados pela PensionsEurope a este respeito, em particular através do Grupo Técnico criado para o efeito, integrado pelo Presidente da Comissão Técnica da APFIPP. Ao nível europeu, continuou a ser acompanhado com interesse o projecto de criação de um produto europeu de poupança individual para a reforma ( PEPP - Produto Pan-Europeu de Poupança Individual para a Reforma ), tendo sido analisada a proposta legislativa apresentada pela Comissão Europeia, em Junho de Refira-se que, neste âmbito, a APFIPP teve a oportunidade de partilhar a sua visão sobre a matéria, por diversas ocasiões ao longo do ano transacto, com o Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério das Finanças, e de modo particular com a equipa técnica que está a representar Portugal nos trabalhos a decorrer no seio do Conselho Europeu. A criação deste produto, continuou, assim, a ser fortemente impulsionada pela APFIPP, quer no seio das duas Associações europeias que integra, a EFAMA - European Fund and Asset Management Association e a PensionsEurope, quer nos seus contactos com as Autoridades nacionais e europeias MiFID II e MiFIR Um dos principais pacotes legislativos que mereceu a atenção da APFPP, em 2017, foi, sem dúvida, a MiFID II 20 e o MiFIR 21, e respectivos actos delegados e medidas de execução, derivado das importantes alterações que o mesmo impõe ao quadro regulatório europeu sobre actividades e serviços de investimento em instrumentos financeiros, bem como as suas implicações ao nível da comercialização de Fundos de Investimento. Nesta medida, foram várias as intervenções realizadas, pela Associação, sobre este importante dossier, desde logo, através do envio de contributos, no início do ano, no âmbito da Consulta Pública, promovida pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, a respeito dos anteprojectos de diplomas que visavam concretizar a transposição e adaptar o enquadramento jurídico português à mencionada legislação e regulamentação. Neste domínio, as preocupações da Associação centraram-se, essencialmente, no facto de se constatar que a proposta em questão: i) apresentava uma aplicação parcial da isenção prevista na DMIF II para os Fundos de Investimento e respectivas Sociedades Gestoras e Depositários; ii) utilizava remissões para a 20 Directiva 2014/65/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Maio de 2014, relativa aos mercados de instrumentos financeiros. 21 Regulamento (UE) n.º 600/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Maio de 2014, relativo aos mercados de instrumentos financeiros. 57

58 regulamentação e actos delegados da DMIF II que se consideraram excessivas e desadequadas, traduzindo-se nalguns casos numa eliminação de disposições que pretendiam transpor medidas de nível II associadas ao pacote UCITS; e iii) não era clara quanto ao leque de entidades habilitadas a prestar serviços de consultoria relativamente a depósitos estruturados, designadamente, no que respeita às Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento Mobiliário, autorizadas a prestar serviços de Gestão Discricionária. Por ocasião da divulgação, em Junho, do Relatório sobre a mencionada Consulta, que integrava uma nova versão do anteprojecto de diploma em causa, foi com satisfação que a Associação verificou que diversas das suas sugestões tiveram um acolhimento positivo e, em especial, que o legislador procurou dirimir uma eventual aplicação das regras previstas na DMIF II à actividade de gestão de Organismos de Investimento Colectivo, esclarecendo que esta actividade, em matéria de organização e exercício, se rege pela legislação nacional e europeia específica, manifestando a intenção de incorporar as disposições que lhe dizem respeito directamente no Regime Geral dos Organismos de Investimento Colectivo, em lugar de estarem inseridas no contexto do Código dos Valores Mobiliários. Numa fase posterior do processo legislativo, já no final de 2017, a APFIPP respondeu ainda a uma solicitação de parecer, por parte da Secretaria de Estados das Finanças, sobre o projecto de Proposta de Lei, tendo as observações submetidas visado, de um modo geral, clarificar algumas disposições, designadamente, no sentido de: i) delimitar devidamente o âmbito de aplicação de determinadas regras, a fim de não extravasar as directrizes europeias, evitando, portanto, a criação de distorções ao nível nacional relativamente às regras adoptadas por outras jurisdições, no que à actividade de Gestão de Fundos e de Patrimónios diz respeito; ii) salientar algumas particularidades associadas à natureza do serviço de Gestão Discricionária de Carteiras, no contexto do cumprimento de determinadas regras patentes no pacote DMIF II; e iii) alertar para a necessidade de proceder à actualização e ajustamento de algumas das disposições que integram o Regime Geral dos Organismos de Investimento Colectivo, em virtude de alterações realizadas no contexto do Código de Valores Mobiliários. No decorrer do ano, houve ainda necessidade de efectuar diversas diligências junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, no sentido de expor algumas dúvidas a respeito de determinados aspectos relacionados com a implementação nacional da DMIF II, nomeadamente, associados à obrigação de separação dos custos com research daqueles que decorrem do serviço de execução de transacções; bem como sobre o âmbito de aplicação do MiFIR e de determinados requisitos em termos de reporte de informação sobre transacções, às Autoridades competentes, e de divulgação de informações pré e pós-negociação, previstos no referido Regulamento Europeu. 58

59 A propósito das alterações expectáveis de ocorrer na esfera da prestação de serviços de research, decorrentes da implementação da DMIF II, o Presidente da Associação foi convidado a participar num painel de debate, intitulado MiFIDII - The Value of Unbundled Research, organizado pela ThomsonReuters, a 19 de Outubro, integrado na iniciativa StarMine Analyst Awards Ceremony que visa premiar o desempenho de Analistas Financeiros, no contexto nacional. Em função da dimensão das novas obrigações previstas no pacote legislativo e regulamentar, e da necessidade da sua aplicação a partir de 3 de Janeiro de 2018, a Associação considerou oportuno promover uma formação específica sobre o tema, de modo a auxiliar as Entidades Gestoras suas Associadas a aferir, com maior acuidade, as principais alterações e implicações práticas da nova legislação para a actividade de gestão de Fundos de Investimento e de Patrimónios. Esta iniciativa, que ocorreu nos dias 19 e 20 de Setembro, com a colaboração de Consultora internacional, obteve uma forte participação por parte das Associadas da APFIPP, reunindo mais de sessenta profissionais do Sector de Gestão de Activos. Enquadrado também neste dossier, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários colocou, em 2017, em Consulta Pública, um Projecto de Regulamento para definição dos conteúdos mínimos a dominar pelos colaboradores de intermediários financeiros que prestam serviços de consultoria para investimento ou dão informações a investidores sobre produtos financeiros e serviços de investimento principais ou auxiliares. Neste âmbito, a Associação submeteu à apreciação da referida Autoridade de Supervisão, algumas observações e sugestões, com vista a obter esclarecimentos sobre o âmbito exacto da aplicação de certos preceitos nele previstos, bem como no sentido de assegurar um alinhamento com as práticas seguidas noutras jurisdições e com as regras previstas nas Orientações da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA), relativas à avaliação de conhecimentos de competências PRIIPS - Packaged Retail and Insurance Based Investment Products Na sequência do adiamento da aplicação do Regulamento n.º 1286/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Novembro de 2014, sobre os documentos de informação fundamental para pacotes de produtos de investimento de retalho e de produtos de investimento com base em seguros ( PRIIPs - Packaged Retail Investment Products ), ocorrido no final de 2016, e da rejeição das suas normas técnicas de execução, pelo Parlamento Europeu e não oposição pelo Conselho Europeu, a temática PRIIPs permaneceu forçosamente na agenda da Associação, a fim de se acompanhar os seus desenvolvimentos ao nível da redefinição das 59

60 mencionadas medidas de execução e avaliar o seu impacto no contexto dos Fundos de Investimento nacionais. Para o efeito, o Grupo de Trabalho constituído, em 2016, no âmbito da APFIPP, para monitorizar este dossier, deu continuidade à sua análise, tendo como foco central a nova versão das medidas de execução que vieram a ser publicadas, a 8 de Março (no Regulamento Delegado (UE) 2017/653, que veio estabelecer os termos da apresentação, do conteúdo, do reexame e revisão dos documentos de informação fundamental, bem como às condições a dar cumprimento no fornecimento desses documentos); as Orientações da Comissão Europeu, publicadas a 7 de Julho e as Questions and Answers on the PRIIPs KID das Autoridades de Supervisão Europeias (ESAs) que foram sendo actualizadas ao longo do ano. Neste domínio, para além de se ter sensibilizado as Associadas para a relevância da realização de testes sobre a aplicação das novas metodologias de cálculo previstas na Regulamentação PRIIPs, foi, também, efectuado um levantamento das principais dúvidas existentes sobre as novas regras, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2018, com vista a obter esclarecimento sobre a matéria, junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Foram, ainda, monitorizados os trabalhos realizados a nível europeu, com vista à criação de dois templates, designados por European PRIIPs Template (EPT) e por Comfort European PRIIPs Template (CEPT), com o propósito de facilitar a troca de informações que, em matéria de PRIIPs, deverá realizar-se entre as Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento e as Seguradoras, para efeitos da elaboração do documento de informação fundamental de PRIIPs. Neste contexto específico, foram também desenvolvidos contactos com a Associação Portuguesa de Seguradores, a fim de estabelecer uma cooperação mais próxima nesta matéria que respondesse aos interesses das suas representadas. A relevância da Regulamentação PRIIPs motivou, também, a realização de dois workshops sobre o tema, que tiveram lugar a 27 de Julho e a 28 de Setembro, com a colaboração de uma equipa de especialistas de uma consultora internacional que contou, também, com a participação de colaboradores do seu escritório no Luxemburgo, com o objectivo de abordar, de forma conceptual e práctica, as suas implicações e principais desafios para a actividade de Gestão de Activos. Já no final do ano, foi submetido a Consulta Pública, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, um Projecto de Regulamento sobre deveres informativos e de comercialização relativos a PRIIPs, bem como uma Proposta de Lei, por parte da Secretaria de Estado das Finanças, que, entre outras matérias, visava proceder à adaptação do quadro jurídico interno à 60

61 Regulamentação PRIIPs. A Associação participou, naturalmente, nestas duas auscultações, enviando os seus contributos sobre a matéria que, no essencial, visaram clarificar diversas disposições e, de modo particular, a aplicação do regime transitório de isenção relativamente a Fundos de Investimento, contemplado no artigo 32.º do Regulamento PRIIPs, no que ao cumprimento das obrigações nele previstas diz respeito Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo No domínio das medidas de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo (BCFT), registaram-se, em 2017, importantes alterações no quadro jurídico interno que rege a referida matéria, com o objectivo, entre outras alterações, de dar cumprimento à transposição da 4.ª Directiva do BCFT (Directiva (UE) n.º 2015/849, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Maio). Em termos gerais, as alterações introduzidas procedem ao alargamento do âmbito de aplicação do mencionado regime; ao reforço das políticas, procedimentos de controlo interno e práticas de gestão de risco associadas ao BCFT; à densificação das normas de cooperação e de troca de informações entre autoridades nacionais e internacionais; e à criação um Registo Central de Beneficiário Efectivo. A Associação acompanhou atentamente o processo de apreciação desta matéria, que decorreu durante o 1.º semestre de 2017, em sede da Assembleia da República, tendo, nesse contexto, endereçado, à Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, um conjunto de observações que, em geral, evidenciaram a necessidade de serem efectuados alguns ajustamentos às Propostas de Lei em discussão, com vista a evitar interpretações díspares sobre determinadas disposições e clarificar o seu âmbito de aplicação, designadamente, no que diz respeito à actividade de Gestão de Organismos de Investimento Colectivo e de Fundos de Pensões. Estas preocupações foram, aliás, em larga medida, partilhadas e corroboradas, também, por outras entidades, no âmbito dos comentários que submeteram sobre a matéria, à mencionada Comissão. Não obstante, apesar das referidas exposições, constatou-se que o texto final publicado em Diário da República, consubstanciado na Lei n.º 83/2017, de 18 de Agosto (que estabelece medidas de natureza preventiva e repressiva de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo) e na Lei n.º 89/2017, de 21 de Agosto (que estabelece o Regime Jurídico do Registo Central do Beneficiário Efetivo ), não contemplou alterações que dirimissem as dúvidas previamente identificadas pela Associação. Por conseguinte, foram desenvolvidas 61

62 diligências, junto do Banco de Portugal, da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e da Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões, no sentido de procurar clarificar a aplicação do novo enquadramento legal, bem como sobre a necessidade de cumprimento de deveres de reporte, em função das alterações efectuadas ao nível da atribuição das competências de supervisão em matéria de BCFT que, no caso da actividade de Gestão de Fundos de Investimento e de Patrimónios, passaram do Banco de Portugal para ser da exclusiva competência da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Para auxiliar os profissionais dos sectores representados pela APFIPP, no conhecimento das alterações operadas pela Lei n.º 83/2017 e das suas implicações práticas no contexto da atividade de Gestão de Fundos e Patrimónios, a APFIPP promoveu uma sessão de formação sobre o tema, no dia 21 de Novembro Regulamento Geral de Protecção de Dados Aproximando-se a data de aplicação do Regulamento n.º 2016/679, do Parlamento Europeu e do Conselho, relativo à protecção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais (prevista para 25 de Maio de 2018), e em função do espectro das suas implicações em matéria de tratamento de dados pessoais, com a necessidade de revisão de procedimentos, formulários e clausulado contratual, a fim se assegurar o cabal cumprimento das exigências impostas, o tema foi objecto de análise, pelas Comissões Técnicas da Associação, no decurso do 2.º Semestre de Neste âmbito, realizou-se, a 29 de Novembro, uma formação específica sobre o tema, no sentido de sensibilizar para as obrigações em matéria de privacidade e protecção de dados pessoais, actuais e futuras, com particular enfoque nas obrigações com impacto no sector financeiro. A elevada adesão obtida nesta iniciativa, conduziu a que tivessem que ser agendadas novas edições, para o 1.º Trimestre de 2018, de modo a dar resposta ao volume de manifestações de interesse recepcionadas. Já no encerrar do ano, a Direcção da Associação deliberou a criação de um Grupo de Trabalho, no seio da estrutura da APFIPP, com vista a melhor avaliar as implicações da nova regulamentação e promover a partilha de experiências e práticas entre as suas Associadas, no que respeita a procedimentos a adoptar para o cumprimento do Novo Regulamento Europeu Estrutura de Missão para a Capitalização das Empresas 62

63 A interacção com a Estrutura de Missão para a Capitalização das Empresas 22, iniciada em 2016, teve continuidade no ano transacto, tendo sido acolhidas as propostas apresentadas, neste âmbito, pela APFIPP, de criação de dois instrumentos financeiros para o financiamento das empresas nacionais, em particular das de menor dimensão. Essas propostas foram concretizadas pelo Decreto-Lei n.º 77/2017, de 30 de Junho, que veio estabelecer medidas de dinamização do mercado de capitais, com vista à diversificação das fontes de financiamento das empresas, criando e regulando, designadamente, um novo tipo de Sociedade de Investimento Mobiliário - as Sociedades de Investimento Mobiliário para Fomento da Economia (SIMFE) - e alterando o Regime Jurídico do Papel Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 69/2004, de 25 de Março, para contemplar a criação da figura dos Certificados de Dívida de Curto Prazo (CDCP). As SIMFE são organismos de investimento colectivo cotados que investem predominantemente em instrumentos de capital e em dívida de PME s nacionais e/ou de empresas não cotadas. Sendo cotadas, são veículos elegíveis para investimento por Fundos de Investimento Harmonizados e por Fundos de Pensões, possibilitando, assim a ligação entre os investidores institucionais, que dispõem de capital para investir, e as empresas que necessitam de financiamento para desenvolver a sua actividade e crescer, fomentando o crescimento económico e o emprego. No que respeita aos CDCP, são um tipo particular de papel comercial que reúne todos os requisitos para que possam ser adquiridos, sem restrições, por Fundos de Investimento Harmonizados, mesmo nos casos em que sejam não cotados. Ou seja, mesmo sendo não cotados e desde que cumprindo determinados requisitos, não estarão sujeitos ao limite máximo de 10% que consta no artigo 172.º do Regime Geral dos Organismos de Investimento Colectivo. A solução legislativa adoptada implicou, como referido, a alteração do Regime Jurídico do Papel Comercial, para introduzir a nova figura dos CDCP. Neste processo foi, igualmente, exigida a emissão de um parecer relativamente ao conteúdo da nota informativa da emissão de papel comercial, sempre que a mesma não previsse a sua admissão à negociação em mercado regulamentado. Tal veio implicar constrangimentos em relação a novas emissões de papel comercial, pelo que se observou a publicação da Declaração de Rectificação n.º 25/2017, a qual, aparentemente, induzia ao entendimento de que o mencionado parecer era dispensado apenas e só se a emissão não se destinasse a ser adquirida por OICVM. 22 Estrutura criada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 100/2015, de 23 de Dezembro, com o objectivo de promover uma maior capitalização das empresas portuguesas. 63

64 Perante tal situação, a APFIPP efectuou diversas diligências junto das Autoridades competentes, para clarificação da matéria, o que conduziu à emissão, por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, das Respostas às questões mais frequentes relativas à alteração do Regime Jurídico do Papel Comercial, introduzida pelo Decreto-Lei n.º 77/2017, de 30 de Junho, que vieram esclarecer grande parte das dúvidas identificadas. Ainda em relação aos Certificados de Dívida de Curto Prazo, merece, igualmente, destaque a cooperação desenvolvida com a Euronext, no sentido de procurar agilizar o processo de cotação do papel comercial, assim como da respectiva negociação e liquidação, de modo a incentivar que um maior número de emissões seja objecto de negociação em mercado regulamentado. Neste contexto, as duas entidades promoveram, a 13 de Novembro, uma sessão de trabalho sobre o desenvolvimento do mercado de Certificados de Dívida de Curto Prazo (CDCP) e de Papel Comercial, destinada a bancos originadores, investidores institucionais e empresas emitentes, com interesse na emissão, distribuição ou investimento nos referidos instrumentos de dívida de curto prazo. A Sessão contou, entre outras, com a intervenção do Presidente da APFIPP, dedicada ao tema Um mercado de capitais para Portugal e foi encerrada pelo Ministro Adjunto do Primeiro Ministro Estrutura de Missão Portugal In No âmbito da Estrutura de Missão Portugal In, criada pelo Governo, em 2017, pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 52/2017, de 19 de Abril, com o objetivo de atrair para o nosso país investimentos que pretendam permanecer na União Europeia, após a saída do Reino Unido, foi com empenho que a APFIPP iniciou a colaboração, no final do ano, com o referido organismo, com vista a procurar posicionar Portugal como um destino de excelência para instituições financeiras que desenvolvam a actividade de Gestão de Activos. Este objectivo veio convergir com as diligências que a própria Associação veio desenvolvendo, desde o início do ano transacto, em particular junto das diversas Autoridades de Supervisão Financeira nacionais e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portuga (AICEP), por forma a haver uma mobilização comprometida de todos os stakeholders e autoridades relevantes, com vista à agilização de aspectos regulamentares e processuais associados à domiciliação de Gestoras de Fundos de Investimento em Portugal, colocando, assim, o país em posição equivalente a outras jurisdições europeias. 64

65 A Associação procurará, dentro do seu âmbito e possibilidades de actuação, continuar a dar o seu contributo para a iniciativa em causa, com vista ao desenvolvimento da praça portuguesa e da actividade de Gestão de Activos em Portugal Outras Iniciativas Regulamentares Paralelamente às iniciativas legislativas e regulamentares identificadas anteriormente, outras matérias mereceram a cuidada monitorização por parte da Associação, em 2017, nomeadamente, as alterações preconizadas ao nível das taxas de supervisão devidas à CMVM. Neste âmbito, após a publicação das Portarias n.ºs 342-A/2016 e 342-B/2016, ambas de 29 de Dezembro, e confirmando-se o agravamento de muitas destas taxas, a APFIPP não pôde deixar de reiterar a sua preocupação, junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, relativamente ao incremento registado ao nível das taxas e montantes máximos aplicáveis a entidades que desenvolvem a actividade de Gestão Individual de Carteiras por Conta de Outrém, à nova taxa devida em resultado da comercialização de Fundos de Pensões Abertos de adesão individual, bem como à exigência de uma taxa adicional para efeitos do contributo que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários é obrigada a efectuar para o financiamento do funcionamento da Autoridade da Concorrência. A Associação alertou, também, para o facto de ser fundamental que as taxas cobradas em Portugal estejam alinhadas com a prática de outras jurisdições europeias, com especial atenção para aquelas de onde provêm maioritariamente os Fundos UCITS livremente comercializados no território nacional. Esta preocupação foi também evidenciada, por ocasião dos contributos que endereçou no contexto da Consulta Pública da CMVM n.º 4 /2017 que procedeu a alterações ao Regulamento da CMVM n.º 7/2003, relativo a Taxas, no qual se observou que uma multiplicidade de novos actos passaram a estar sujeitos ao pagamento de taxas, opção que se salientou revelar desproporcionada e com implicações na capacidade de concorrência dos agentes nacionais. No contexto nacional e associado à temática da distribuição de produtos financeiros, uma outra iniciativa que requereu a monitorização da APFIPP em 2017, disse respeito a um conjunto de medidas legislativas, apresentadas por diversos Grupos Parlamentares e que estiveram em discussão na Assembleia da República, com um potencial impacto bastante significativo na comercialização de produtos financeiros. A este respeito, a Associação desenvolveu diversos esforços no sentido de reunir com Membros do Grupo de Trabalho que foi constituído, no seio da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, para analisar este tema, assim como de representantes de Grupos Parlamentares, de modo a trocar impressões sobre 65

66 os objectivos das referidas propostas. Não estando esta matéria concluída, a Associação continuará a acompanhar, naturalmente, com atenção o desenvolvimento deste processo. No âmbito do sector imobiliário, algumas alterações legislativas exigiram, igualmente, monitorização por parte da Associação, designadamente, no quadro da Lei do Arrendamento Urbano, do Regime Jurídico das Obras em Prédios Arrendados e do estabelecimento de um regime de reconhecimento e protecção de estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural, que estiveram ao longo do ano transacto, também, em apreciação na Assembleia da República. Na área dos Fundos de Investimento Mobiliário e da Gestão de Patrimónios, foi analisado, igualmente, o impacto do pacote legislativo Solvência II nas actividades representadas pela APFIPP, em particular no que respeita à necessidade das Gestoras de Fundos de Investimento prestarem informação mais detalhada sobre as carteiras de investimento dos Organismos de Investimento Colectivo que gerem, para efeitos do cumprimento do look-through a que as Seguradoras estão sujeitas no contexto dos requisitos da referida legislação. A APFIPP participou, ainda, em diversas Consultas Públicas, respondendo às solicitações de parecer e de contributos que lhe foram dirigidas por diversas Autoridades, das quais se salientam as seguintes: Consulta Pública da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões N.º 1/2017 que deu origem à Norma Regulamentar N.º 3/2017-R, de 18 de Maio, que estabelece os procedimentos de registo, junto da mencionada Autoridade de Supervisão, das pessoas que dirigem efectivamente a empresa, a fiscalizam ou são responsáveis por funções-chave e do actuário responsável; Consulta Pública da CMVM n.º 1/2017 que procedeu à primeira alteração ao Regulamento da CMVM n.º 4/2015, de 26 de Janeiro de 2016, sobre a Supervisão de Auditoria, com vista à clarificação de alguns deveres dos auditores, à obtenção de informação adicional que permita o exercício da supervisão de forma mais eficaz e tempestiva e à operacionalização do envio de comunicações à CMVM, previstas na lei, através do domínio da sua extranet; Consulta Pública da CMVM sobre a possibilidade de os Organismos de Investimento Colectivo concederem empréstimos directamente às empresas, mediante a previsão no ordenamento jurídico nacional da figura dos fundos de créditos (usualmente conhecidos na designação em língua inglesa por loan funds), a qual pode ser configurada como uma submodalidade de Organismo de Investimento Alternativo Especializado; e 66

67 Pedido de parecer sobre o anteprojeto de transposição da Diretiva (UE) 2016/97, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Janeiro de 2016, sobre a distribuição de seguros. Em complemento às sugestões de alterações veiculadas por meio de consultas públicas e de outros processos já mencionados, a APFIPP submeteu, também, à apreciação das Autoridades de Supervisão, outros pedidos de alteração relativamente a aspectos regulamentares que se considera carecerem de revisão, como por exemplo, no que respeita às regras aplicáveis no caso da prorrogação dos Fundos de Investimento Imobiliário Fechados. Desenvolveu, ainda, diligências no sentido de procurar dirimir a existência de regras que, no contexto do quadro jurídico e regulamentar nacional que rege a actividade de Gestão de Activos, se consubstanciem em aspectos que se traduzem em regulamentação excessiva ou desnecessária, comummente designada por gold plating. 2. Fiscalidade 2.1. Orçamento do Estado para 2018 Conforme prática instituída, para além de acompanhar atentamente os trabalhos preparatórios do Orçamento do Estado, desenvolvidos em sede da Assembleia da República, a APFIPP endereçou, previamente, ao Ministério das Finanças, algumas sugestões que se entendem fundamentais para a dinamização e reforço da intervenção dos Fundos de Investimento e dos Fundos de Pensões na economia nacional e que se centraram nos seguintes aspectos: Estabelecimento de um level-playing-field equivalente para os diversos instrumentos de aplicação de poupanças, evitando a arbitragem fiscal que hoje se verifica. Neste âmbito, e com o objectivo adicional de incentivar a poupança de longo prazo das famílias portuguesas e a sua aplicação nos mercados de capitais, propôs-se a instituição de um regime de tributação dos Organismos de Investimento Colectivo, no qual a tributação só ocorre no momento do reembolso definitivo das aplicações, não se concretizando, portanto, no momento em que haja a transferência de investimento entre diferentes OIC; Introdução de incentivos à poupança para a reforma, seja no âmbito de planos de pensões de âmbito individual (3.º pilar), seja ao nível dos planos de pensões financiados por empresas, a favor dos seus trabalhadores (2.º pilar). Adicionalmente, foi proposta a revisão dos requisitos que, em matéria de tributação, incidem sobre as contribuições das empresas para Fundos de Pensões e outros regimes complementares, em resultado da 67

68 possibilidade de flexibilização da forma de recebimento dos benefícios, ao abrigo do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de Junho (Regime Jurídico dos Fundos de Pensões, na redacção atribuída pelo Decreto-Lei n.º 127/2017, de 9 de Outubro); Introdução de incentivos concretos para que o acesso aos benefícios acumulados em Fundos de Pensões e outros regimes complementares de segurança social (como nos PPR) seja efectuado preferencialmente de forma faseada no tempo, através de prestações regulares, permitindo, assim, que os aforradores possam dispor de uma fonte adicional de rendimento que perdure ao longo de uma parte substancial da sua vida, após a passagem à reforma, desincentivando, por essa via, o recebimento imediato em capital; e Insistência na proposta para a instituição, em Portugal, de um veículo de investimento imobiliário que permita aos agentes nacionais concorrerem em pé de igualdade com outros investidores estrangeiros a actuar no nosso país, tomando como exemplo os REIT s. No seguimento da apresentação, a 13 de Outubro, da proposta de Orçamento do Estado para 2018, constatou-se que a mesma não acolheu qualquer das sugestões anteriormente elencadas, pelo que foram encetadas diligências junto da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) e dos Grupos Parlamentares dos principais partidos políticos com assento na Assembleia da República, a fim de expor com maior detalhe as sugestões apresentadas e, em particular, sensibilizar os agentes políticos para a importância de duas das medidas defendidas pela Associação, que visam promover a poupança de longo prazo e a constituição de complementos de reforma, ou seja, as que se prendem com: A necessidade de alteração do artigo 43.º do Código do IRC, em resultado da nova possibilidade de pagamento, directamente pelos Fundos de Pensões, das pensões decorrentes de Planos de Pensões de Contribuição Definida, prevista no Regime Jurídico dos Fundos de Pensões; e A necessidade de alteração do artigo 5º e 11º do Código do IRS e do artigo 21º do EBF, para reclassificação dos rendimentos decorrentes de contribuições que já tenham sido objecto de tributação na esfera do Participante, de rendimentos de categoria H para rendimentos de categoria E FATCA e CRS 68

69 Após a conclusão dos processos legislativos de formalização e definição dos termos de cooperação e da troca automática de informações financeiras no domínio da fiscalidade, tanto com os EUA, no âmbito do Regime FATCA - Foreign Account Tax Compliance Act, como também com os restantes Estados-Membros da União Europeia e outras jurisdições participantes na iniciativa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), designada Common Reporting Standards (CRS), e no contexto da Directiva n.º 2014/107/UE, do Conselho, de 9 de Dezembro de 2014; a atenção da APFIPP, em 2017, centrou-se na operacionalização e implementação das referidas obrigações. Nesta medida, no seio das suas Comissões Técnicas promoveu, de modo regular, a troca de impressões sobre as práticas e procedimentos adoptados para a execução dos reportes de informação estabelecidos e procurou obter esclarecimento, junto das autoridades competentes, sobre alguns aspectos, em sequência de dúvidas suscitadas pelas suas Associadas ou de entendimentos que careciam de confirmação Acordos de Dupla Tributação Em 2017, foi dada continuidade aos trabalhos iniciados no 4.º Trimestre de 2016, pelo Grupo de Trabalho, criado nessa altura, por recomendação da Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário, para debate sobre a activação e implementação de Acordos de Dupla Tributação (ADT s), celebrados pelo Estado Português, por parte dos Fundos de Investimento Mobiliário e dos Fundos de Pensões. Tendo por objectivo promover uma partilha de experiências entre as várias Sociedades Gestoras Associadas da APFIPP e, nesse âmbito, identificar qual o melhor procedimento a seguir em cada jurisdição, no decurso das reuniões realizadas foram identificadas as jurisdições mais relevantes do ponto de vista económico e aquelas em que se regista um maior nível de dificuldade em recuperar o imposto indevidamente retido. Estes trabalhos culminaram com a realização de uma sessão de esclarecimento e de partilha de conhecimentos sobre as melhores práticas em matéria de activação de ADT s, num conjunto de dez jurisdições Outras matérias fiscais Em complemento aos trabalhos referenciados, a Associação procurou, também, esclarecer e clarificar, sempre que considerado necessário, aspectos relacionados com matérias fiscais que suscitaram dúvidas às suas Associadas, a fim de alcançar uma melhor interpretação e aplicação 69

70 das normas em vigor, tendo para o efeito desenvolvido um diálogo contínuo com a Administração Fiscal e com o Ministério das Finanças, em particular sobre as seguintes temáticas: Regime de Tributação dos Organismos de Investimento Colectivo e clarificação de diversas regras, entre outras, sobre a tributação do rendimento obtido com o resgate de participações em Organismos de Investimento Colectivo nacionais, auferido por sujeitos passivos de IRS, residentes em território português e fora do âmbito de uma actividade comercial, industrial ou agrícola; Tributação dos rendimentos de capitais pagos por Fundos de Pensões, no que diz respeito à aplicação de alguns regimes transitórios; Tributação dos rendimentos de Organismos de Investimento Colectivo, de Fundos de Pensões e de PPR, auferidos por sujeitos passivos de IRS que sejam residentes na Região Autónoma dos Açores; 3. Iniciativas de Auto-Regulação 3.1. Provedor O Provedor dos Participantes e Beneficiários para as Adesões Individuais aos Fundos de Pensões Abertos geridos pelas Associadas da APFIPP, Dr. Francisco Medeiros Cordeiro, deu seguimento ao exercício das suas funções, tendo-se a sua actividade desdobrado nos seus dois vectores principais de actuação: i) a prestação de informações diversas sobre temas relacionados com adesões individuais a Fundos de Pensões abertos; e ii) a recepção e apreciação de reclamações submetidas por participantes ou beneficiários, com a respectiva emissão de recomendações, quando necessário. Neste âmbito, nos termos previstos no artigo 38.º da Norma do ISP n.º 7/2007, de 17 de Maio, o Provedor remeteu à Associação, no mês de Janeiro de 2017, informação sobre as recomendações proferidas durante o ano anterior, elementos que foram, de acordo com os procedimentos instituídos, transmitidos à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Foram, ainda, reportados à Associação, com referência ao final de 2016 e ao primeiro semestre de 2017, dois relatórios com informação sobre a actividade desenvolvida, dados estatísticos 70

71 sobre as reclamações recebidas por Sociedade Gestora, natureza das mesmas, cumprimento de prazos pelos diversos intervenientes e conclusão/encerramento dos processos registados Revisão da Classificação dos Fundos de Investimento Mobiliário e Fundos de Pensões Abertos Decorridos mais de dois anos desde as últimas alterações, e tendo em vista a evolução recente do mercado de Organismos de Investimento Colectivo, o Sistema de Classificação de Organismos de Investimento Colectivo e de Fundos de Pensões Abertos adoptado pela APFIPP foi, no ano de 2017, objecto de algumas alterações, destacando-se as seguintes: Criação de uma nova categoria de OIC, designada por Fundos de Acções Ibéricas, composta por Fundos que tenham uma exposição accionista mínima de 85% e que invistam, em permanência, directa ou indirectamente, pelo menos 80% da carteira em acções emitidas por empresas portuguesas e/ou espanholas. Estes Fundos devem, ainda, investir 100% da carteira em activos denominados em Euro. Excluem-se desta categoria: i) os Fundos de Acções que investem, pelo menos, 80% do seu património em acções emitidas por empresas portuguesas, os quais continuam a integrar a Categoria Fundos de Acções Nacionais, que se mantém, com os mesmos critérios que até agora; e ii) eventuais Organismos de Investimento Alternativo que cumpram integralmente os critérios acima referidos, os quais continuarão a ser integrados na Categoria FIA de Acções ; Ajustamentos nos procedimentos inerentes à reclassificação de Fundos, por incumprimento dos critérios de classificação instituídos na metodologia adotada pela APFIPP. 4. Iniciativas de Divulgação e Promoção dos Sectores Representados 4.1. Certificado de Responsabilidade para a Reforma No intuito de contribuir para a dinamização da poupança de longo prazo, incentivando, em particular, as empresas e outras organizações a promoverem benefícios de reforma a favor dos respectivos colaboradores, foi dada continuidade à atribuição do Certificado de Responsabilidade para a Reforma (CERR) aos Planos de Pensões de Contribuição Definida, 71

72 financiados através de Fundos de Pensões, cujas características correspondem àquelas que são consideradas as boas práticas do mercado. Assim, durante o ano de 2017, a Direcção da APFIPP, sob recomendação da Comissão de Certificação, aprovou a renovação de um total de 19 CERR, que foram exactamente os mesmos que se registaram no ano anterior, os quais são financiados através de Fundos de Pensões das seguintes entidades: AstraZeneca Portugal, Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões, BCG The Boston Consulting Group, BMW Portugal, Citibank, Colt Tecnhology Services, Daimler Portugal, EDP, Hiscox Portugal, ING Belgium, e Fundos de Pensões, Grupo Ocidental, Mercer Portugal, Novartis, Roche Farmacêutica, Roche Sistemas de Diagnósticos, SGF, Sogrape, Takeda Portugal e APFIPP Prémios Jornal de Negócios / APFIPP A 3.ª edição dos Prémios para os Melhores Fundos de Investimento (Mobiliário e Imobiliário) e Fundos de Pensões Abertos, teve lugar a 5 de Junho de 2017, distinguindo a excelência nacional na Gestão de Fundos que, no ano de 2016, se destacou pela consistência dos seus resultados. Nesta edição, promovida pela APFIPP conjuntamente com o Jornal de Negócios e cujo processo de escrutínio e de validação com vista à atribuição dos Prémios contou com a colaboração de uma reconhecida Auditora, foram entregues galardões a 15 Fundos, de um total de 31 prémios previstos, na medida em que nem todas as categorias, definidas no Regulamento que rege esta iniciativa, reuniram as condições estabelecidas para a sua atribuição. Com o objectivo de promover o aprofundamento da investigação académica e da literacia financeira nas áreas de vocação da APFIPP, foi também premiada a que foi considerada a melhor 72

73 Dissertação candidata, tendo a distinção sido entregue à Tese de Mestrado The Performance of Green Funds in the UK, de Sara Catarina Carvalho Moreira. Um dos fundamentos para a selecção desta Dissertação foi o facto do estudo demonstrar que o desenvolvimento destas estratégias e políticas de investimento não penaliza a performance dos aforradores. O Prémio Personalidade do Ano, no contexto das actividades representadas pela APFIPP, foi entregue ao Presidente da Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA), Dr. Gabriel Bernardino, em particular pelo seu empenho na construção de um produto de poupança europeu, acessível em toda a Europa - o PEPP (Pan-European Personal Pension Product) - cujos contornos estão agora a ser ultimados nos fora europeus. A cerimónia de entrega de Prémios constituiu um importante marco na agenda dos sectores representados pela APFIPP, tendo contando com a presença de representantes das Autoridades de Supervisão e de mais de 200 profissionais do sector de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões nacional Promoção da Literacia Financeira A promoção da literacia financeira prosseguiu, em 2017, como um dos vectores de actuação da APFIPP, procurando, através da participação em diversas iniciativas e da colaboração, sempre que possível, com outros organismos e autoridades nacionais, dar o seu contributo para esta missão nacional. Neste âmbito, a Associação continuou a colaborar com o Plano Nacional de Formação Financeira (PNFF), tendo estado presente na Assembleia Geral Anual, realizada a 3 de Abril, entre o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF) e as entidades participantes na Comissão de Acompanhamento do referido Plano, encontro onde foi discutido o programa de 73

74 actividades para 2017 e efectuado o balanço dos trabalhos realizados no ano transacto. Adicionalmente, deu seguimento à participação nos trabalhos preparatórios do Caderno de Educação Financeira para o 3.º ciclo do ensino básico, com vista a ser disponibilizado mais um material didáctico de apoio à implementação do Referencial de Educação Financeira no contexto escolar. Há semelhança do ano anterior, participou, também, nas comemorações do Dia da Formação Financeira, dinamizadas pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros e pelos parceiros do PNFF que, em 2017, se prolongaram por uma semana, entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro, sob o lema Na Formação Financeira Todos Contam!. Neste período foram desenvolvidas diversas iniciativas, em vários pontos do país, dirigidas a diferentes públicos, incluindo jovens, gestores de micro e pequenas empresas, jogadores de futebol, idosos e população em geral. No universo escolar, a iniciativa de maior relevo decorreu no dia 30 de Outubro, na Escola EB 2, 3 de Fernando Pessoa, em Lisboa, envolvendo cerca de 1300 alunos, do Agrupamento de Escolas de Fernando Pessoa, do pré-escolar ao 3.º ciclo do ensino básico, que durante esse dia participaram em oficinas de formação financeira, jogos, ateliers e outras actividades, sobre os temas do orçamento, risco, moeda, poupança e sistema financeiro. No seio desta programação, a APFIPP promoveu a realização de um Jogo, designado Jogo À Descoberta da Poupança, que envolveu mais de 140 alunos do 5.º e 6.º anos de escolaridade, no âmbito do qual desenvolveram várias actividades lúdicas, com vista a explorar o tema da poupança, regidos pelo lema A União faz a força - Juntos aprendemos a Poupar e preparamos o nosso Futuro!. 74

75 Ainda integrado nas celebrações da Semana da Formação Financeira 2017, e com vista à sensibilização para a relevância da formação financeira para os empreendedores e gestores de Micro, Pequenas e Médias Empresas, os Supervisores Financeiros, o IAPMEI e o Turismo de Portugal organizaram, a 31 de Outubro, na sede da Associação Empresarial da Região de Viseu, uma conferência destinada a este público específico, tendo a APFIPP prestado o seu apoio neste domínio, assegurando a realização de um dos quatro workshops temáticos que fizeram parte desta iniciativa, dedicado ao tema Os Fundos de Pensões na Gestão de Recursos Humanos. Na esfera dos Fundos de Pensões e da dinamização desta temática junto do segmento empresarial, a Associação teve também a oportunidade de ministrar, a 18 de Maio, uma acção de formação, em colaboração com o IAPMEI, que contou com a presença de cerca de 10 formandos, provenientes de diversos sectores económicos, como o Turismo, Serviços de Gestão & Contabilidade, Tecnologia, Advocacia, Educação e Indústria IOSCO World Investors Week 2017 A IOSCO - Organização Internacional das Comissões de Valores promoveu, entre os dias 2 e 8 de Outubro de 2017, a Semana Mundial do Investidor - World Investor Week com o objectivo de promover, mundialmente, a educação e a protecção de investidores. No âmbito desta iniciativa global, que contou com mais de 70 países, as Comissões de Valores que integram a IOSCO organizaram e apoiaram, em cada jurisdição, a realização de um conjunto diverso de actividades, desde acções de comunicação para investidores, concursos, sessões ou oficinas com vista à promoção de conhecimentos financeiros, bem como fóruns de discussão e conferências sobre o tema. A nível nacional, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários teve como parceiros, na realização das actividades que decorreram na referida semana, a APFIPP, bem como a Associação Portuguesa de Bancos (APB), a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), a Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado (AEM), a Associação Portuguesa de Analistas Financeiros (APAF) e a Euronext Lisbon. No caso particular da APFIPP, o seu envolvimento contemplou a participação numa Conferência 75

III EVOLUÇÃO DO SECTOR

III EVOLUÇÃO DO SECTOR III EVOLUÇÃO DO SECTOR De acordo com as mais recentes projecções divulgadas pela Comissão Europeia, em termos globais, o ano 2017 foi marcado, a nível económico, por uma aceleração do crescimento do PIB,

Leia mais

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento A. Mercado Europeu de Fundos de Investimento Em 31 de Maio de 2017 1, o total de activos geridos por Fundos de Investimento Europeus ascendia a 15

Leia mais

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento A. Mercado Europeu de Fundos de Investimento Em 31 de Dezembro de 2018 1, o total de activos geridos por Fundos de Investimento Europeus ascendia

Leia mais

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento A. Mercado Europeu de Fundos de Investimento Em 31 de Agosto de 2017 1, o total de activos geridos por Fundos de Investimento Europeus ascendia a

Leia mais

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento A. Mercado Europeu de Fundos de Investimento Em 31 de Outubro de 2016 1, o total de activos geridos por Fundos de Investimento Europeus ascendia

Leia mais

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento A. Mercado Europeu de Fundos de Investimento Em 30 de Novembro de 2017 1, o total de activos geridos por Fundos de Investimento Europeus ascendia

Leia mais

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento A. Mercado Europeu de Fundos de Investimento Em 30 de Abril de 2019 1, o total de activos geridos por Fundos de Investimento Europeus ascendia a

Leia mais

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento A. Mercado Europeu de Fundos de Investimento Em 31 de Agosto de 2018 1, os Fundos de Investimento Europeus geriam 15 991,6 mil milhões de euros 2,

Leia mais

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento A. Mercado Europeu de Fundos de Investimento Janeiro 2014 Em 31 de Janeiro de 2014, o total de activos geridos por Fundos de Investimento Europeus

Leia mais

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento A. Mercado Europeu de Fundos de Investimento Outubro 2011 Em 31 de Outubro de 2011, o total de activos geridos por Fundos de Investimento Europeus

Leia mais

III EVOLUÇÃO DO SECTOR

III EVOLUÇÃO DO SECTOR III EVOLUÇÃO DO SECTOR Após dois anos de crescimento anémico ou mesmo negativo, o ano 2014 marca o regresso do crescimento económico à quase totalidade dos países da União Europeia, embora, no conjunto,

Leia mais

Relatório Estatístico Mensal

Relatório Estatístico Mensal Propriedade e edição: Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Tel: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info @ apfipp pt home page:

Leia mais

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES. Annual Report 2014

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES. Annual Report 2014 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES Annual Report 2014 ÍNDICE I. Introdução 3 II. III. IV. Órgãos Sociais e Estatutários Evolução do Sector Actividades Desenvolvidas 6 11 58 1. Fiscalidade 58 2. Enquadramento Regulatório

Leia mais

Relatório Estatístico Mensal

Relatório Estatístico Mensal Relatório Estatístico Mensal Fundos de Investimento Mobiliário Dezembro 2013 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt

Leia mais

Relatório Estatístico Mensal

Relatório Estatístico Mensal Relatório Estatístico Mensal Gestão de Patrimónios Novembro 2017 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt RELATÓRIO

Leia mais

Mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) Setembro de

Mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) Setembro de Mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) Setembro de 2015 1 Nota preliminar: Com a entrada em vigor do Regulamento da CMVM n.º 2/2015 sobre Organismos de Investimento Colectivo (Mobiliários

Leia mais

Relatório Estatístico Mensal

Relatório Estatístico Mensal Relatório Estatístico Mensal Gestão de Patrimónios Julho 2018 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt RELATÓRIO

Leia mais

Relatório Estatístico Mensal

Relatório Estatístico Mensal Relatório Estatístico Mensal Gestão de Patrimónios Junho 2016 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt Advertências

Leia mais

Relatório Estatístico Mensal

Relatório Estatístico Mensal Relatório Estatístico Mensal Gestão de Patrimónios Junho 2018 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt RELATÓRIO

Leia mais

Relatório Estatístico Mensal

Relatório Estatístico Mensal Relatório Estatístico Mensal Gestão de Patrimónios Agosto 2016 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt RELATÓRIO

Leia mais

Relatório Estatístico Mensal

Relatório Estatístico Mensal Relatório Estatístico Mensal Gestão de Patrimónios Janeiro 2016 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt RELATÓRIO

Leia mais

3. Evolução do Mercado Segurador e de Fundos de Pensões

3. Evolução do Mercado Segurador e de Fundos de Pensões 3. Evolução do Mercado Segurador e de Fundos de Pensões No ano 2008, o volume de produção de seguro directo em Portugal ascendeu a 15.336 milhões de euros, o que traduz um acréscimo de 11,5% face ao valor

Leia mais

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES Boletim de Conjuntura 3º Trimestre de 2015 Nº 02/2015 Dezembro 2015 Grécia Finlândia Dinamarca Estónia Suiça Itália Aústria França Bélgica Portugal Zona Euro Alemanha Lituânia

Leia mais

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES Boletim de Conjuntura 4º Trimestre de 2017 Nº 01/2018 Março 2018 Reino Unido Dinamarca Itália Noruega Luxemburgo Grécia Bélgica Suiça Croácia Finlândia UE28 Alemanha Portugal

Leia mais

Trimestral. Relatório Estatístico. Junho de 2018

Trimestral. Relatório Estatístico. Junho de 2018 Relatório Estatístico Trimestral Junho de 2018 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt RELATÓRIO TRIMESTRAL ÍNDICE

Leia mais

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES Boletim de Conjuntura 3º Trimestre de 2016 Nº 04/2016 Dezembro 2016 Noruega Letónia Itália Reino Unido França Dinamarca Aústria Bélgica Estónia Suiça Alemanha Portugal Republica

Leia mais

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES. Annual Report 2013

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES. Annual Report 2013 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES Annual Report 2013 ÍNDICE I. Introdução 3 II. III. IV. Órgãos Sociais e Estatutários Evolução do Sector Actividades Desenvolvidas 5 10 58 1. Fiscalidade 58 2. Enquadramento Regulatório

Leia mais

Trimestral. Relatório Estatístico. Dezembro de 2017

Trimestral. Relatório Estatístico. Dezembro de 2017 Relatório Estatístico Trimestral Dezembro de 2017 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt RELATÓRIO TRIMESTRAL

Leia mais

Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa José Figueiredo Almaça

Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa José Figueiredo Almaça Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa José Figueiredo Almaça 16 de maio de 2018 ÍNDICE 1. Principais indicadores de mercado 2. Principais objetivos

Leia mais

Relatório Estatístico Mensal

Relatório Estatístico Mensal Propriedade e edição: Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Tel: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info @ apfipp pt home page:

Leia mais

Trimestral. Relatório Estatístico. Março de 2018

Trimestral. Relatório Estatístico. Março de 2018 Relatório Estatístico Trimestral Março de 2018 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt RELATÓRIO TRIMESTRAL ÍNDICE

Leia mais

Relatório Estatístico Mensal

Relatório Estatístico Mensal Propriedade e edição: Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Tel: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info @ apfipp pt home page:

Leia mais

Mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) Abril

Mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) Abril Mercado de de Investimento Imobiliário (F.I.I.) Abril 2018 1 Em 30 de Abril de 2018, o valor do património imobiliário detido por F.I.I. (inclui imóveis, participações em Sociedades Imobiliárias e Unidades

Leia mais

7.1. Planos Poupança Reforma/Educação (PPR/E) Ano Indicador Seguros de vida

7.1. Planos Poupança Reforma/Educação (PPR/E) Ano Indicador Seguros de vida 7 OS PPR/E E PPA 7 OS PPR/E E PPA 7.1. Planos Poupança Reforma/Educação (PPR/E) Número de participantes dos PPR/E Tendo 2008 sido marcado pelo agravamento da crise financeira iniciada em 2007, seria eventualmente

Leia mais

CONJUNTURA ECONÓMICA. - Novembro

CONJUNTURA ECONÓMICA. - Novembro CONJUNTURA ECONÓMICA - Novembro 2006 - (elaborado com a informação disponível até 08/11/2006) MUNDO - Estados Unidos da América A taxa de juro de referência (Fed Funds), que já foi aumentada por quatro

Leia mais

Medidas de Rendibilidade e Risco

Medidas de Rendibilidade e Risco 31 de Agosto de 2018 Nº 163 Medidas de Rendibilidade e Risco Com a Colaboração da: FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO E FUNDOS DE PENSÕES ABERTOS 31 julho 2018 Classificações Número Montantes F.I.M. sob

Leia mais

PRÉMIOS JORNAL DE NEGÓCIOS / APFIPP

PRÉMIOS JORNAL DE NEGÓCIOS / APFIPP PRÉMIOS JORNAL DE NEGÓCIOS / APFIPP Gestão nacional de Organismos de Investimento Colectivo em Valores Mobiliário e de Organismos de Investimento Alternativo em Valores Mobiliários Gestão nacional de Organismos

Leia mais

PROTOCOLO APFN/SGF. Defender a Reforma das Famílias

PROTOCOLO APFN/SGF. Defender a Reforma das Famílias PROTOCOLO APFN/SGF Defender a Reforma das Famílias A Problemática da Reforma No prazo de 20 anos, o valor das reformas dos portugueses será dos mais baixos entre os 30 países mais desenvolvidos Actualmente

Leia mais

Mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) Julho

Mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) Julho Mercado de de Investimento Imobiliário (F.I.I.) Julho 2018 1 Em 31 de Julho de 2018, o valor do património imobiliário detido por F.I.I. (inclui imóveis, participações em Sociedades Imobiliárias e Unidades

Leia mais

BBVA Fundos Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

BBVA Fundos Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. BBVA Fundos Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Relatório de Gestão 2014 BBVA Fundos Relatório de Gestão 2014 ÍNDICE 1. ÓRGÃOS SOCIAIS 3 2. ANÁLISE DA ACTIVIDADE DA BBVA FUNDOS S.G.F.P. S.A. 4

Leia mais

PRÉMIOS JORNAL DE NEGÓCIOS / APFIPP

PRÉMIOS JORNAL DE NEGÓCIOS / APFIPP PRÉMIOS JORNAL DE NEGÓCIOS / APFIPP Gestão nacional de Organismos de Investimento Colectivo em Valores Mobiliário e de Organismos de Investimento Alternativo em Valores Mobiliários Gestão nacional de Organismos

Leia mais

Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa José Figueiredo Almaça

Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa José Figueiredo Almaça Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa José Figueiredo Almaça 11 de julho de 2017 ÍNDICE 1. Principais indicadores de mercado 2. Principais desafios

Leia mais

Indicadores trimestrais de gestão de ativos

Indicadores trimestrais de gestão de ativos Indicadores trimestrais de gestão de ativos 1.º trimestre de 2019 I. INTRODUÇÃO... 4 II. GESTÃO INDIVIDUAL DE ATIVOS... 6 II.1 ENQUADRAMENTO GERAL... 6 II.2 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA... 7 II.3 ESTRUTURA DE

Leia mais

PRÉMIOS JORNAL DE NEGÓCIOS / APFIPP

PRÉMIOS JORNAL DE NEGÓCIOS / APFIPP PRÉMIOS JORNAL DE NEGÓCIOS / APFIPP Gestão nacional de Organismos de Investimento Colectivo em Valores Mobiliário e de Organismos de Investimento Alternativo em Valores Mobiliários Gestão nacional de Organismos

Leia mais

Indicadores trimestrais de gestão de ativos

Indicadores trimestrais de gestão de ativos Indicadores trimestrais de gestão de ativos 1.º trimestre de 2019 I. INTRODUÇÃO... 4 II. GESTÃO INDIVIDUAL DE ATIVOS... 6 II.1 ENQUADRAMENTO GERAL... 6 II.2 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA... 7 II.3 ESTRUTURA DE

Leia mais

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES Boletim de Conjuntura 4º Trimestre de 2016 Nº 01/2017 Março 2017 ENQUADRAMENTO COMUNITÁRIO 1. ACTIVIDADE ECONÓMICA De acordo com o Eurostat, no 4º trimestre de 2016, o PIB

Leia mais

Indicadores trimestrais de gestão de ativos

Indicadores trimestrais de gestão de ativos Indicadores trimestrais de gestão de ativos 4.º trimestre de 2018 I. INTRODUÇÃO... 4 II. GESTÃO INDIVIDUAL DE ATIVOS... 6 II.1 ENQUADRAMENTO GERAL... 6 II.2 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA... 7 II.3 ESTRUTURA DE

Leia mais

B o l e t i m. Organismos de Investimento Coletivo Fundos de Investimento Imobiliário Titularização de Créditos Capital de Risco Gestão Individual

B o l e t i m. Organismos de Investimento Coletivo Fundos de Investimento Imobiliário Titularização de Créditos Capital de Risco Gestão Individual setembro 2016 Nº 281 Intermediários Financeiros Estatísticas....02 Organismos de Investimento Coletivo Fundos de Investimento Imobiliário Titularização de Créditos Capital de Risco Gestão Individual Estatísticas......03

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO I PRODUÇÃO E CUSTOS COM SINISTROS 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros

Leia mais

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES ANNUAL REPORT

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES ANNUAL REPORT RELATÓRIO DE ACTIVIDADES ANNUAL REPORT ÍNDICE I II III VII V VI VII INTRODUÇÃO 3 ÓRGÃOS SOCIAIS E ESTATUTÁRIOS 5 EVOLUÇÃO DO SECTOR 9 ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS 31 PERSPECTIVAS 48 ESTATÍSTICAS DO SECTOR

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO 1.º SEMESTRE 2015 RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DOS FUNDOS DE PENSÕES ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões Relatório de evolução dos fundos de pensões 1.º Semestre 2015 SUMÁRIO 1. Evolução

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO 1. Evolução dos fundos de pensões 2. Composição das carteiras 2 SUMÁRIO Durante 2015, ocorreu a extinção de oito

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO 1. Evolução dos fundos de pensões 2. Composição das carteiras 2 SUMÁRIO Nos primeiros nove meses de 2016, não houve alteração do número

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO 1.º SEMESTRE 215 RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE SEGURADORA ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões Relatório de evolução da atividade seguradora 1.º Semestre 215 I. Produção e custos

Leia mais

Resultados 3º Trimestre de 2011

Resultados 3º Trimestre de 2011 SAG GEST Soluções Automóvel Globais, SGPS, SA Sociedade Aberta Estrada de Alfragide, nº 67, Amadora Capital Social: 169.764.398 Euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Amadora sob o

Leia mais

BOLETIM MENSAL JANEIRO DE 2017 Situação Monetária e Cambial. BANCO CENTRAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Disponível em:

BOLETIM MENSAL JANEIRO DE 2017 Situação Monetária e Cambial. BANCO CENTRAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Disponível em: BOLETIM MENSAL JANEIRO DE 2017 Situação Monetária e Cambial BANCO CENTRAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Disponível em: www.bcstp.st/publicações Banco Central de S. Tomé e Príncipe Índice 1. SITUAÇÃO MONETÁRIA

Leia mais

Relatório de gestão de ativos

Relatório de gestão de ativos Relatório de gestão de ativos 2.º trimestre de 2017 I. INTRODUÇÃO... 4 II. GESTÃO INDIVIDUAL DE ATIVOS... 6 II.1 ENQUADRAMENTO GERAL... 6 II.2 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA... 7 II.3 ESTRUTURA DE MERCADO... 9

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO 1. Evolução dos fundos de pensões 2. Composição das carteiras 2 SUMÁRIO No primeiro semestre de 2017, o número de fundos de pensões sob

Leia mais

Indicadores trimestrais de gestão de ativos (síntese)

Indicadores trimestrais de gestão de ativos (síntese) Indicadores trimestrais de gestão de ativos (síntese) 1.º trimestre de 2018 I. INTRODUÇÃO... 4 II. GESTÃO INDIVIDUAL DE ATIVOS... 6 II.1 ENQUADRAMENTO GERAL... 6 II.2 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA... 7 II.3 ESTRUTURA

Leia mais

Economia do País. Análise de conjuntura económica trimestral. Produto Interno Bruto. Variações trimestrais homólogas

Economia do País. Análise de conjuntura económica trimestral. Produto Interno Bruto. Variações trimestrais homólogas Produto Interno Bruto Variações trimestrais homólogas Mediante reformas introduzidas na economia portuguesa, entre 2011 e 2015, nomeadamente quanto à competitividade das empresas, foi possível estimular

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO 1. Evolução dos fundos de pensões 2. Composição das carteiras 2 SUMÁRIO Em setembro de 2018, o número de fundos de pensões sob gestão

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DOS FUNDOS DE PENSÕES

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DOS FUNDOS DE PENSÕES SUMÁRIO No primeiro semestre de 2012 o número de fundos voltou a posicionar-se em 229, tal como em dezembro transato. As contribuições para os fundos registaram um aumento de quase 46% face ao período

Leia mais

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES. Annual Report 2009

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES. Annual Report 2009 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES Annual Report 2009 Índice I. Introdução 3 II. 2009 em Retrospectiva: A visão das Comissões Consultivas 5 III. Órgãos Sociais e Estatutários 13 IV. Evolução do Sector 18 V. Actividades

Leia mais

GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.

GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N. Boletim Mensal de Economia Portuguesa N.º 06 junho 2016 Gabinete de Estratégia e Estudos Ministério da Economia GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais Ministério

Leia mais

Fundos de Pensões. Relatório Estatístico. Março 2018

Fundos de Pensões. Relatório Estatístico. Março 2018 Relatório Estatístico Fundos de Pensões Março 2018 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt RELATÓRIO FUNDOS DE

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Setembro 7 ISEG Síntese de Conjuntura, setembro 7 SUMÁRIO No º trimestre de 7 o PIB português cresceu, em volume, 3,% em termos homólogos e,3% face ao trimestre anterior. Este crescimento,

Leia mais

ACTIVIDADE DE GESTÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

ACTIVIDADE DE GESTÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FORMAÇÃO FORMAÇÃO ACTIVIDADE DE GESTÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO Objectivos Gerais da Formação Esta Formação tem como objectivo central, proporcionar uma visão geral e integrada sobre a actividade

Leia mais

Indicadores trimestrais de gestão de ativos

Indicadores trimestrais de gestão de ativos Indicadores trimestrais de gestão de ativos 3.º trimestre de 2018 I. INTRODUÇÃO... 4 II. GESTÃO INDIVIDUAL DE ATIVOS... 6 II.1 ENQUADRAMENTO GERAL... 6 II.2 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA... 7 II.3 ESTRUTURA DE

Leia mais

COMUNICADO. - Informação Privilegiada - DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE 2012 (NÃO AUDITADOS)

COMUNICADO. - Informação Privilegiada - DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE 2012 (NÃO AUDITADOS) COMUNICADO - Informação Privilegiada - DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE 212 (NÃO AUDITADOS) Em sequência da conclusão do apuramento dos resultados relativos ao exercício de 212, a "TEIXEIRA

Leia mais

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 2.º trimestre de 2016

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 2.º trimestre de 2016 Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes.º trimestre de 1 Redigido com informação disponível até 3 de setembro de 1 Índice Sistema bancário português Avaliação global Indicadores macroeconómicos

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO 1. Evolução dos fundos de pensões 2. Composição das carteiras 2 SUMÁRIO No primeiro trimestre de 2017, o número de fundos de pensões

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO I PRODUÇÃO E CUSTOS COM SINISTROS 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros

Leia mais

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Dezembro de Unid. Fonte Notas 2010

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Dezembro de Unid. Fonte Notas 2010 Evolução 2004-2010 Actualizado em Dezembro de 2010 Unid. Fonte 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Notas 2010 População a Milhares Hab. INE 10.509 10.563 10.586 10.604 10.623 10.638 10.638 3º Trimestre

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO 1. Evolução dos fundos de pensões 2. Composição das carteiras 2 SUMÁRIO No primeiro semestre de 2016, não houve alteração do número total

Leia mais

Relatório Estatístico. Fundos de Pensões. Dezembro 2016

Relatório Estatístico. Fundos de Pensões. Dezembro 2016 Relatório Estatístico Fundos de Pensões Dezembro 2016 Sede: Rua Castilho, 44-2º 1250-071 Lisboa Telefone: 21 799 48 40 Fax: 21 799 48 42 e.mail: info@apfipp.pt home page: www.apfipp.pt RELATÓRIO FUNDOS

Leia mais

Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional

Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional Contas Nacionais Trimestrais Por Sector Institucional (Base 2006) 4º Trimestre de 2010 31 de Março de 2011 Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional No ano acabado no 4º trimestre de 2010,

Leia mais

APRESENTAÇÃO À COMISSÃO DE ORÇAMENTO E FINANÇAS. A crise financeira internacional. Impacto sobre o mercado segurador e de fundos de pensões

APRESENTAÇÃO À COMISSÃO DE ORÇAMENTO E FINANÇAS. A crise financeira internacional. Impacto sobre o mercado segurador e de fundos de pensões APRESENTAÇÃO À COMISSÃO DE ORÇAMENTO E FINANÇAS A crise financeira internacional Impacto sobre o mercado segurador e de fundos de pensões 4 de Fevereiro de 2009 Fernando Nogueira Presidente do Instituto

Leia mais

nº 4 Dezembro 2009 A VINHA E O VINHO CONJUNTURA MUNDIAL

nº 4 Dezembro 2009 A VINHA E O VINHO CONJUNTURA MUNDIAL nº 4 Dezembro 2009 A VINHA E O VINHO CONJUNTURA MUNDIAL 2005 A 2008 A VINHA E O VINHO CONJUNTURA MUNDIAL Índice 1. INTRODUÇÃO 2 2. ÁREA DE VINHA 3 3. PRODUÇÃO 5 4. CONSUMO GLOBAL 8 5. CONSUMO PER CAPITA

Leia mais

CAIXAGEST SELECÇÃO CAPITAL GARANTIDO

CAIXAGEST SELECÇÃO CAPITAL GARANTIDO CAIXAGEST SELECÇÃO 2008 - CAPITAL GARANTIDO Fundo de Investimento Mobiliário Fechado RELATÓRIO & CONTAS Liquidação ÍNDICE 1. RELATÓRIO DE GESTÃO 2 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 4 EM ANEXO: RELATÓRIO DO

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DOS FUNDOS DE PENSÕES

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DOS FUNDOS DE PENSÕES SUMÁRIO No final de 2012, o número de fundos sob gestão era de 228, tendo ocorrido a extinção de cinco fundos e a constituição de quatro. As contribuições para os fundos e o montante dos benefícios pagos

Leia mais

OS PLANOS POUPANÇA-REFORMA

OS PLANOS POUPANÇA-REFORMA 7 OS PLANOS POUPANÇA-REFORMA 7 OS PLANOS POUPANÇA-REFORMA Os Planos Poupança-Reforma (PPR) são esquemas individuais criados com o propósito de incentivar a formação de poupança orientada para a constituição

Leia mais

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Março Unid. Fonte Notas

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Março Unid. Fonte Notas Evolução 2007-2013 Actualizado em Março 2013 Unid. Fonte 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Notas População a Milhares Hab. INE 10.604 10.623 10.638 10.636 10.647 10.600 População tvh % INE 0,2 0,2 0,1

Leia mais

Resultados dos exercícios de stress test ao Banco Espírito Santo e à Santander Totta, SGPS. 6 de Agosto de 2010

Resultados dos exercícios de stress test ao Banco Espírito Santo e à Santander Totta, SGPS. 6 de Agosto de 2010 Resultados dos exercícios de stress test ao Banco Espírito Santo e à Santander Totta, SGPS 6 de Agosto de 2010 O Banco Espírito Santo e a Santander Totta, SGPS solicitaram ao Banco de Portugal a realização

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO I PRODUÇÃO E CUSTOS COM SINISTROS 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros

Leia mais

BANIF GESTÃO DE ACTIVOS FUNDO DE GESTÃO PASSIVA. Outubro de 2013

BANIF GESTÃO DE ACTIVOS FUNDO DE GESTÃO PASSIVA. Outubro de 2013 BANIF GESTÃO DE ACTIVOS FUNDO DE GESTÃO PASSIVA Outubro de 2013 A Sociedade Gestora A Banif Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (adiante designada BGA ou Sociedade

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO I PRODUÇÃO E CUSTOS COM SINISTROS 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros

Leia mais

Relatório de gestão de ativos

Relatório de gestão de ativos Relatório de gestão de ativos 4.º trimestre de 2017 I. INTRODUÇÃO... 4 II. GESTÃO INDIVIDUAL DE ATIVOS... 6 II.1 ENQUADRAMENTO GERAL... 6 II.2 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA... 7 II.3 ESTRUTURA DE MERCADO... 9

Leia mais

QUÍMICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

QUÍMICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA QUÍMICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA 1. VARIÁVEIS E INDICADORES DAS EMPRESAS O sector de fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais (CAE 24) representava, de acordo com dados de 26,

Leia mais

Relatório de evolução da atividade seguradora

Relatório de evolução da atividade seguradora Relatório de evolução da atividade seguradora 3.º Trimestre 217 I. Produção e custos com sinistros 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros

Leia mais

BOLETIM MENSAL FEVEREIRO DE 2017 Situação Monetária e Cambial

BOLETIM MENSAL FEVEREIRO DE 2017 Situação Monetária e Cambial BOLETIM MENSAL FEVEREIRO DE 2017 Situação Monetária e Cambial BANCO CENTRAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Disponível em: www.bcstp.st/publicações 1 Índice 1. SITUAÇÃO MONETÁRIA 1 1.1 BASE MONETÁRIA (BM) 1 1.2.

Leia mais

CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO

CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO XIV ENCONTRO GESVENTURE EMPREENDER EM 2013 CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO FERNANDO FARIA DE OLIVEIRA ÍNDICE União Europeia: Da Crise ao Crescimento e ao Aprofundamento da Integração Europeia Portugal: Programa

Leia mais

As exportações diminuíram 2,0% e as importações decresceram 0,4% em junho de 2016, em termos nominais, face ao mesmo mês de 2015

As exportações diminuíram 2,0% e as importações decresceram 0,4% em junho de 2016, em termos nominais, face ao mesmo mês de 2015 Estatísticas do Comércio Internacional Junho 09 de agosto de As exportações diminuíram 2,0% e as importações decresceram 0,4% em junho de, em termos nominais, face ao mesmo mês de Em junho de, as exportações

Leia mais

Relatório de evolução da atividade seguradora

Relatório de evolução da atividade seguradora Relatório de evolução da atividade seguradora 3.º Trimestre 218 I. Produção e custos com sinistros 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros

Leia mais

ACTIVIDADE CONSOLIDADA DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM 31 DE MARÇO DE 2007 (1º Trimestre)

ACTIVIDADE CONSOLIDADA DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM 31 DE MARÇO DE 2007 (1º Trimestre) ACTIVIDADE CONSOLIDADA DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM 31 DE MARÇO DE 2007 (1º Trimestre) Aspectos Mais Relevantes da Actividade Resultados líquidos consolidados cresceram 16,8%, atingindo 224,3 milhões

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO I PRODUÇÃO E CUSTOS COM SINISTROS 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros

Leia mais

Intervenção do Governador do Banco de Cabo Verde na Abertura da. Audição pela Comissão. Especializada Permanente de Finanças e Orçamento da Assembleia

Intervenção do Governador do Banco de Cabo Verde na Abertura da. Audição pela Comissão. Especializada Permanente de Finanças e Orçamento da Assembleia Page 1 of 5 Governador do Banco de Cabo Verde na Abertura da Audição pela Comissão Especializada Permanente de Finanças e Orçamento da Assembleia Nacional 17 de Maio de 2007 1. Antes de mais gostaria de

Leia mais

POSTAL GESTÃO GLOBAL

POSTAL GESTÃO GLOBAL Fundo de Investimento Mobiliário POSTAL GESTÃO GLOBAL RELATÓRIO & CONTAS 2004 ÍNDICE 1. ENQUADRAMENTO MACRO ECONÓMICO 2 2. MERCADOS FINANCEIROS 4 3. A EVOLUÇÃO DO MERCADO DE FIM EM PORTUGAL 6 4. RELATÓRIO

Leia mais

GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.

GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N. Boletim Mensal de Economia Portuguesa N.º 11 novembro 2016 Gabinete de Estratégia e Estudos Ministério da Economia GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais Ministério

Leia mais

Relatório e Contas. ES Arrendamento FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO PARA ARRENDAMENTO HABITACIONAL

Relatório e Contas. ES Arrendamento FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO PARA ARRENDAMENTO HABITACIONAL Relatório e Contas ES Arrendamento FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO PARA ARRENDAMENTO HABITACIONAL 31 de Dezembro de 2009 1. Descrição do Fundo O FUNDO é um fundo imobiliário fechado de distribuição,

Leia mais

INFORMAÇÃO CONSOLIDADA. Exercício de (valores não auditados)

INFORMAÇÃO CONSOLIDADA. Exercício de (valores não auditados) Finibanco Holding INFORMAÇÃO CONSOLIDADA Exercício de 2005 (valores não auditados) Finibanco - Holding, SGPS S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR 100.000.000 Matriculado

Leia mais