RELATÓRIO DE ACTIVIDADES. Annual Report 2013

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1 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES Annual Report 2013

2 ÍNDICE I. Introdução 3 II. III. IV. Órgãos Sociais e Estatutários Evolução do Sector Actividades Desenvolvidas Fiscalidade Enquadramento Regulatório 3. Iniciativas de Auto-Regulação 4. Divulgação e Promoção dos Sectores Representados 5. Actividade Formativa 6. Representação Institucional 7. Representatividade, Organização e Estrutura Interna da APFIPP V. Perspectivas VI. VII. Estatísticas do Sector Lista das Associadas

3 I INTRODUÇÃO No ano que terminou, as dúvidas e os receios em relação à crise da dívida soberana dos países da Zona Euro e à continuidade da moeda única aparentam ter sido definitivamente postos de parte. As yields da dívida dos países europeus, sobretudo os do Sul da Europa, parecem estar a regressar lentamente aos níveis pré-2010 e os mercados financeiros dos países desenvolvidos demonstraram um forte desempenho. Também a economia real começa, finalmente, a apresentar indícios de estar a ultrapassar a crise. Os dados estatísticos oficiais mostram uma melhoria do desempenho económico, sobretudo nos últimos trimestres do ano, com uma subida quase generalizada do PIB, parecendo também começar a notar-se um abrandamento, ou mesmo inversão, da tendência de subida do desemprego que se vinha registando nos últimos anos. No entanto, algumas nuvens permanecem no horizonte. A principal está relacionada com a evolução das economias emergentes. Depois de terem beneficiado de fortes fluxos financeiros, em resultado, essencialmente, da instabilidade vivida na Europa, com a alteração do panorama e a melhoria das condições nos outros mercados desenvolvidos, tem-se verificado uma inversão desses fluxos. Esta nova realidade tem provocado instabilidade cambial e colocado muitas dessas economias emergentes sob pressão, temendo-se um possível contágio às ainda debilitadas economias dos países desenvolvidos. Em Portugal, o ano ficou marcado pela instabilidade política que se viveu no início do Verão, com as demissões dos então Ministro do Estado e das Finanças e Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, com a consequente ameaça de dissolução do Governo e de eleições antecipadas. Após tentativa falhada de um acordo tripartido, entre os partidos do Governo e o principal partido da oposição, patrocinado pelo Presidente da República, a maioria parlamentar propôs nova solução governativa, que foi aceite. Os mercados reagiram de imediato à instabilidade política e as yields da dívida portuguesa dispararam para valores que não eram observados há mais de um ano. Já com o novo elenco governativo em funções, começaram a ser divulgados indicadores positivos sobre a evolução da economia nacional, que fizeram diminuir os receios em relação a um eventual segundo resgate para Portugal e à necessidade de reestruturar a dívida, como tinha sucedido na Grécia. O mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões beneficiou do bom desempenho dos mercados financeiros, o que permitiu que, no final do ano, gerisse um total de ,0 milhões de euros, mais 3,2% do que no final de Com um clima financeiro e económico mais favorável, as indústrias de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões enfrentaram, no entanto, fortes condicionantes a nível legislativo e regulamentar que as obrigaram a uma redefinição estratégica e a uma enorme resiliência face a esses constrangimentos. Como exemplo paradigmático, surge a intenção do alargamento do âmbito de incidência da Contribuição Extraordinária de Solidariedade aos complementos de reforma financiados por Fundos de Pensões privados. 3

4 Ao nível da política regulatória europeia, o ano 2013 continuou a ser marcado por uma intensa actividade. De facto, mantiveram-se dossiers que transitaram do ano anterior, como a revisão da DMIF Directiva dos Mercados e Instrumentos Financeiros, da Directiva IORP (sobre Fundos de Pensões) e da Directiva UCITS (UCITS V e UCITS VI), a implementação do EMIR (Regulamentação sobre transacções de derivados em mercado de balcão), ou a iniciativa PRIPS - Packaged Retail Investment Products, sobre a harmonização e normalização das informações a divulgar aos pequenos investidores. Adicionalmente, surgiram ou intensificaram-se outras iniciativas regulatórias como o Projecto de Regulamento dos Fundos Money Market que visa impor regras mais restritivas de funcionamento destes instrumentos e a proposta de enquadramento dos Fundos de Investimento de Longo Prazo, que se pretende que venham a desempenhar um papel mais activo no financiamento de investimentos de longo prazo, como por exemplo, de infraestruturas. Em termos de política regulatória nacional, o principal destaque vai, naturalmente, para a transposição da Directiva UCITS IV, finalmente concretizada, em Setembro do ano passado. Ao nível regulamentar, destacam-se, para além do novo Regulamento dos OIC, a transposição das regras europeias sobre Fundos Money Market e as alterações ao Plano de Contas dos OIC. Outro desenvolvimento relevante, que permite à indústria nacional de gestão de activos encarar o futuro com maior optimismo, foi a autorização legislativa, incluída no OE 2014, para rever o regime fiscal dos OIC, adoptando um regime de tributação à saída e aproximando-o das melhores práticas europeias. Ao nível do mercado imobiliário, realçam-se os processos legislativos de revisão da Lei dos Solos e de revisão do Regime de Certificação Energética de Edifícios. A APFIPP procedeu, ainda, ao acompanhamento de outras iniciativas legislativas nacionais com impacto nos sectores por si representados, de que a revisão do Regime Jurídico do Papel Comercial constitui um dos principais exemplos. No seguimento da certificação como entidade formadora, acreditada pela DGERT - Direcção- Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, a APFIPP prosseguiu a sua actividade formativa, tendo realizado, em 2013, um total sete acções de formação, que totalizaram 42 horas e que contaram com 253 formandos. Ao longo do presente Relatório é descrita, com maior detalhe, a actividade da APFIPP em 2013, assim como é analisada a evolução dos quatro sectores de actividade que representa e os desafios que estes devem vencer. A Direcção da APFIPP 4

5 II ÓRGÃOS SOCIAIS E ESTATUTÁRIOS Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Representante Presidente Refundos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Vítor Paranhos Pereira Vogal Vogal Banif Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Barclays Wealth Managers Portugal Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Luís Souto Dra. Ana Guimarães Direcção Representante Presidente BPI Gestão de Activos S. G. de Fundos de Investimento, S.A. Dr. José Veiga Sarmento Vogal Caixagest Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. Dr. João Faria Vogal ESAF Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário, S.A Dr. Fernando Coelho Vogal F&C Portugal Gestão de Patrimónios, S.A. Dr. João Santos Vogal Futuro S. G. de Fundos de Pensões, S.A. Dr. José Luís Leitão Vogal Millennium BCP Gestão de Activos S. G. de Fundos de Investimento, S.A. Dr. Rui Alexandre Lopes Vogal Santander Asset Management S. G. de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Joaquim Calça e Pina Conselho Fiscal Representante Presidente Selecta Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. José António José de Mello Vogal BBVA Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dra. Carla Soares Vogal Silvip Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Sr. João José Reis Vogal Suplente Sonaegest S.G. de Fundos de Investimento, S.A. Dra. Maria do Rosário Campos 5

6 Órgãos Estatutários Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário Representante Presidente Membro Membro BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Banif Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Barclays Wealth Managers Portugal Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. João Pratas Dra. Helena Lima Dra. Ana Guimarães Membro BBVA Gest - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Daniel Colaço 1 Membro Caixagest Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. Dr. Fernando Maximiano Membro Membro Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Crédito Agrícola Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Nuno Miguel Pinto Dr. Júlio Pires 2 Membro ESAF Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Rameschandra Kakoo Membro Membro Membro Membro Membro Millennium BCP Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Montepio Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Patris Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Popular Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Santander Asset Management - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.. Dr. Pedro Casquinho Dr. Miguel Carreira Luís Dr. Luís Cameira Dr. José Belmar da Costa Dra. Sandra Baltazar 1 O Dr. Daniel Colaço passou a representar a BBVA Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário da APFIPP a partir de 3 de Julho de 2013, tendo antes a representação sido assegurada pelo Dr. Mário Sena. 2 O Dr. Júlio Pires passou a representar a Crédito Agrícola Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário da APFIPP a partir de 8 de Abril de 2013, tendo antes a representação sido assegurada pelo Dr. Sérgio Contreiras. 6

7 Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário Representante Presidente ESAF Espírito Santo Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. José Manuel Salgado Membro Membro Membro Banif Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. BPI Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Floresta Atlântica - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Alexandre dos Santos Dr. Manuel Puerta da Costa Eng.º João Oliveira Membro Fundger Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Eng.º Luís Machado 3 Membro Membro Fundiestamo Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Imofundos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. António Morgado Dra. Carolina Monteverde 4 Membro Interfundos - Gestão de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. José Maria da Cunha Membro Montepio Valor - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dr. Vítor Menezes Membro Popular Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dr. José Belmar da Costa Membro Refundos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Vítor Paranhos Pereira Membro Santander Asset Management, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Bruno Pinheiro Membro Selecta - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. José António de Mello Membro Membro Membro Silvip Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Sonaegest - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Square Asset Management - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Pedro Sáragga Leal Dra. Maria do Rosário Campos Dr. Mário Tomé Membro TDF - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Eng.º David Pereira Cardoso Membro TF Turismo Fundos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Prof. Dr. Pedro Moreira 3 O Eng.º Luís de Carvalho Machado passou a representar a Fundger Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário da APFIPP a partir de 1 de Julho de 2013, tendo antes a representação sido assegurada pelo Dr. João Faria. 4 A Dra. Carolina Monteverde passou a representar a Imofundos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário da APFIPP a partir de 12 de Setembro de 2013, tendo antes a representação sido assegurada pelo Dr. Luís Miguel Faria. 7

8 Comissão Consultiva das Gestoras de Patrimónios Representante Presidente Orey Financial Instituição Financeira de Crédito, S.A. Dr. Rogério Celeiro Membro BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. José Veiga Sarmento Membro Caixagest Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. Dr. Luís Martins Membro Membro Crédito Agrícola Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A. Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Júlio Pires 5 Dr. Nuno Miguel Pinto Membro ESAF Espírito Santo Gestão Patrimónios, S.A. Dr. Rameschandra Kakoo Membro Membro Membro Membro F&C Portugal Gestão de Patrimónios, S.A. Montepio Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Patris Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Santander Asset Management - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Eng.º António Pena do Amaral 6 Dr. Miguel Carreira Luís Dr. Luís Cameira Dr. Nuno Miguel Henriques 5 O Dr. Júlio Pires passou a representar a Crédito Agrícola Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. na Comissão Consultiva das Gestoras de Patrimónios da APFIPP a partir de 8 de Abril de 2013, tendo antes a representação sido assegurada pelo Dr. Sérgio Contreiras. 6 O Eng.º António Pena do Amaral passou a representar a F&C Portugal Gestão de Patrimónios, S.A. na Comissão Consultiva das Gestoras de Patrimónios da APFIPP a partir de 26 de Junho de 2013, tendo antes a representação sido assegurada pelo Dr. Paulo Figueiredo. 8

9 Comissão Consultiva dos Fundos de Pensões Representante Presidente PensõesGere Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. Valdemar Duarte Membro Banif Açor Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. Armando Bandeira Membro BBVA Fundos - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Adelaide Cavaleiro Membro BPI Vida e Pensões Companhia de Seguros, S.A. Dra. Isabel Semião Membro CGD Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Marta Magalhães Membro ESAF Espírito Santo Fundos de Pensões, S.A. Dra. Elisabete Azevedo Membro Futuro Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Alice Pinto Membro Previsão Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. Vítor Sequeira Membro Santander Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Natália Ribeiro Membro SGF Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. José Manuel Pinhão Rodrigues Membro Sociedade Gestora dos Fundos de Pensões do Banco de Portugal, S.A. Dr. Joaquim Martinez da Silva Conselho Consultivo Membros da Direcção Presidente da Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário Presidente da Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário Presidente da Comissão Consultiva das Gestoras de Patrimónios Presidente da Comissão Consultiva dos Fundos de Pensões 9

10 4T T T T T T T T T-2013 III EVOLUÇÃO DO SECTOR Apesar de alguma incerteza que ainda reinava no início do ano, 2013 ficou caracterizado pelo regresso ao crescimento económico dos principais países desenvolvidos, designadamente na União Europeia. Este regresso ao crescimento observou-se, essencialmente, nos últimos trimestres do ano, que não foi, no entanto, em muitos casos, suficiente para inverter os valores negativos registados no início de Crescimento Trimestral do PIB 1.4% 1.2% 1.0% 0.8% 0.6% 0.4% 0.2% 0.0% -0.2% -0.4% -0.6% Zona Euro União Europeia EUA Fonte: Eurostat Este crescimento foi motivado por uma melhoria na confiança dos agentes económicos, que levou a um aumento do consumo, particularmente visível no caso das famílias, e também do investimento. Como referido, apesar da evolução observada nos últimos trimestres do ano, em termos anuais, continua a verificar-se um decréscimo do PIB em muitos dos países da União Europeia e, sobretudo, da Zona Euro. Aliás, o conjunto dos países da Zona Euro, de acordo com a projecção da Comissão Europeia, terá registado um retrocesso de 0,4%, face a 2012, com países como Itália, Espanha, Holanda e Finlândia a apresentarem crescimentos negativos. Dos países que solicitaram a intervenção da Troika, apenas a Irlanda conseguiu apresentar um desempenho positivo, tendo crescido 0,3%. Portugal decresceu 1,6%, a Grécia 3,7% e o Chipre 6,0%. 10

11 No conjunto da União Europeia, o crescimento foi praticamente nulo (0,1%), destacando-se o desempenho das economias do leste europeu, como a Roménia (+3,5%), a Lituânia (+3,2%) e a Letónia (+4,0%). O ano de 2013 fica, também, marcado pelo fim do programa de assistência financeira à Irlanda, que anunciou, no final do ano, a saída desse período de intervenção, sem solicitar um programa cautelar ou de qualquer outro suporte por parte da Troika. Crescimento do PIB em 2013 Alemanha Áustria Bélgica Bulgária Chipre Dinamarca Eslováquia Eslovénia Espanha Estónia Finlândia França Grécia Holanda Hungria Irlanda Itália Letónia Lituânia Luxemburgo Malta Polónia Portugal Reino Unido Rep. Checa Suécia Zona Euro Total U.E. E.U.A. Japão -6.0% -3.7% -1.6% -1.2% -1.9% -1.6% -1.5% -0.8% -1.2% -0.4% 0.4% 0.3% 0.2% 0.6% 0.3% 0.8% 1.1% 0.3% 0.1% 0.7% 0.3% 0.9% 4.0% 3.2% 2.1% 2.0% 1.6% 1.9% 1.9% 1.6% -8.0% -6.0% -4.0% -2.0% 0.0% 2.0% 4.0% 6.0% 8.0% Fonte: European Economic Forecast, Winter 2014 Apesar do melhor desempenho económico no final do ano, o desemprego continuou a aumentar, em No conjunto dos países da Zona Euro, a taxa de desemprego aumentou para 12,1% (que compara com os 11,4% registados no ano anterior), enquanto que, no conjunto da União Europeia, a taxa de desemprego registou também um aumento, embora menor, de 10,5%, para 10,9%. Os países com maior nível de desemprego permanecem a Grécia, com 27,3%, que ultrapassou a Espanha, o segundo país com maior taxa de desemprego (26,4%). Portugal surge em terceiro, no conjunto de países da Zona Euro, com uma taxa de 16,5%. 11

12 Taxa de Desemprego em 2013 Áustria Bélgica Bulgária Chipre Dinamarca Eslováquia Eslovénia Espanha Estónia Finlândia França Grécia Holanda Hungria Irlanda Lituânia Luxemburgo Malta Polónia Portugal Rep. Checa Suécia Zona Euro Total U.E. E.U.A. Japão 4.0% 4.9% 7.0% 6.7% 5.9% 6.5% 7.4% 8.4% 8.8% 8.2% 7.0% 8.0% 10.2% 10.8% 10.4% 12.9% 10.2% 13.1% 11.8% 12.1% 10.9% 14.2% 16.0% 16.5% 26.4% 27.3% 0.0% 5.0% 10.0% 15.0% 20.0% 25.0% 30.0% Fonte: European Economic Forecast, Winter 2014 As melhorias económicas referidas atrás continuaram a manifestar-se positivamente nos mercados financeiros, com a maioria das bolsas europeias e americanas a apresentarem desempenhos positivos. Pela negativa, destacam-se os mercados de alguns países emergentes. Estes mercados emergentes haviam sido beneficiados com volumes significativos de investimento, em resultado da crise e incerteza que se vivia nos mercados desenvolvidos, especialmente na Europa, pelo que a estabilização e melhoria de condições observada em 2013 têm levado à inversão desses fluxos financeiros, com o desinvestimento nesses mercados a voltar a ser canalizado para os países de origem. Em Portugal, apesar da melhoria registada, no final do ano, na quase generalidade dos indicadores macroeconómicos, o ano 2013 fica marcado pela instabilidade política que se registou no início do Verão, com o pedido de demissão e saída do Governo do então Ministro de Estado e das Finanças e, pelo subsequente pedido de demissão do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, líder do parceiro de coligação. Este último evento, em particular, 12

13 Dez-2012 Jan-2013 Fev-2013 Mar-2013 Mar-2013 Abr-2013 Mai-2013 Jun-2013 Jun-2013 Jul-2013 Ago-2013 Ago-2013 Set-2013 Out-2013 Nov-2013 Nov-2013 Dez-2013 veio colocar em causa a manutenção da coligação que assegurava o Governo, motivando fundadas suspeitas sobre a concretização de eleições antecipadas que fizesse perigar o caminho de ajustamento já percorrido e o cumprimento das medidas acordadas com a Troika no prazo pré-estabelecido. Na sequência dessa crise, o Presidente da República propôs um acordo tripartido entre os dois partidos da Coligação e o principal partido da oposição, que permitisse a Portugal cumprir as metas acordadas com a Troika e terminar o Programa de Assistência Financeira no prazo estabelecido. O acordo não foi alcançado mas a maioria parlamentar acabou por propor uma nova solução de Governo ao Presidente da República, que assegurava a sua estabilidade e que acabou por ser aceite. Evolução das Yields da Dívida Pública Portuguesa em % 7.0% 6.0% 5.0% 4.0% 3.0% 2.0% 1.0% 0.0% Yields 2 Anos Yields 5 Anos Yields 10 Anos Fonte: Banco de Portugal A crise política teve efeitos quase imediatos, no que respeita à percepção de risco dos mercados financeiros em relação a Portugal. As yields da dívida pública portuguesa que vinham, até então, mantendo um trajecto de redução consistente, dispararam para valores que não eram observados há mais de um ano, com os mercados financeiros a antecipar que a crise política poderia impedir Portugal de cumprir as metas do Programa de Assistência Financeira e obrigar a um segundo resgate, com a possibilidade de uma reestruturação da dívida, semelhante à que ocorreu na Grécia. A melhoria dos indicadores macroeconómicos e a percepção de que a solução governativa alcançada oferece garantias de cumprimento das metas que ainda falta atingir ao abrigo do 13

14 Programa de Assistência Financeira acordado com a Troika, tem levado a que as yields da dívida portuguesa retomassem o seu trajecto descendente, terminando o ano apenas ligeiramente acima dos valores patentes imediatamente antes do Verão. O mercado de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões português beneficiou do desempenho favorável dos mercados, atrás referido, terminando o ano com um total de ,0 milhões de euros de activos sob gestão 7, o que representa um acréscimo de 3,2% em relação ao ano anterior. Todas as áreas de actividade representadas pela APFIPP registaram desempenhos positivos. O mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões (Milhões ) Total F.I.M. Total F.I.I. Total F.Pensões Total Gestão Patrimónios Dez-2012 Dez-2013 Fonte: APFIPP, ISP e CMVM Os Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) foram os que registaram o maior crescimento (7,5%), terminando 2013 com um total de ,1 milhões de euros sob gestão. Os Fundos de Investimento Imobiliário para o Arrendamento Habitacional (FIIAH) foram os principais responsáveis por esta evolução, uma vez que registaram um crescimento de mais de milhões de euros (173%), que se deveu, em grande parte, ao lançamento de 4 novos Fundos ao longo de 2013 os quais, no final do ano, eram responsáveis pela gestão de quase 650 milhões de euros. Os Fundos de Pensões foram os que registaram a segunda melhor performance, com um crescimento de 4,7% face ao ano anterior. A subida de quase 680 milhões de euros, para ,4 milhões de euros deveu-se, maioritariamente, à valorização dos activos em carteira, 7 Este valor não foi expurgado da eventual dupla contagem dos mesmos valores, por exemplo, da gestão de Fundos de Pensões ou de Fundos de Investimento efectuada pela Gestão de Patrimónios, ou ainda da presença de Unidades de Participação de Fundos de Investimento em carteiras de outros Fundos de Investimento, de Fundos de Pensões ou de Patrimónios. 14

15 uma vez que o diferencial entre entradas e saídas, se bem que positivo para os Fundos de Pensões, representou apenas 18% da subida. A Gestão de Patrimónios continua a ser o maior dos segmentos de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, representando 59,8% do mercado nacional, com o valor total das carteiras de gestão discricionária a ascender a ,8 milhões de euros, o que significa uma subida de 2,6% em comparação com o final de No que diz respeito aos Fundos de Investimento Mobiliário (F.I.M.), o crescimento foi praticamente nulo. No final de 2013, o total de activos sob gestão ascendia a ,6 milhões de euros, cerca de mais 0,8% do que no ano anterior. A evolução dos F.I.M. foi afectada negativamente pela entrada em vigor do novo Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo (RJOIC) que veio impor um conjunto de restrições aos Fundos não Harmonizados, comprometendo a viabilidade de muitos dos Fundos Especiais de Investimento (FEI) em actividade e que representavam uma parcela muito significativa deste segmento. De facto, é possível distinguir claramente a evolução dos F.I.M. nos primeiros 8 meses do ano, do que se passou a seguir. Até 31 de Agosto de 2013, os F.I.M. acumulavam um total de subscrições líquidas de 1 376,2 milhões de euros, que permitiram um crescimento de 11,4% nos montantes sob gestão. O novo RJOIC entrou em vigor no início de Setembro de 2013 e, desde essa altura, registaram-se saídas líquidas de cerca de milhões de euros, que anularam por completo o saldo positivo que se registava até então. No mesmo período, os volumes sob gestão decresceram 9,5%. Fundos de Investimento Mobiliário (F.I.M.) A. Mercado Mundial Os principais mercados mundiais de Fundos de Investimento Mobiliário (F.I.M.) mantiveram, em 2013, a tendência de crescimento que já vinha registando desde o ano anterior. Medindo o desempenho na moeda local, o destaque vai para a indústria de F.I.M. no Japão e na África do Sul, que cresceram, respectivamente, 27,3% e 24,9%. O mercado de F.I.M. norte- -americano registou uma subida de 15,1%, ao passo que o mercado Europeu e o mercado brasileiro tiveram sensivelmente o mesmo desempenho, com uma subida dos montantes sob gestão na ordem dos 9%. 15

16 Estes 6 mercados, no final de 2013, eram responsáveis por ,6 mil milhões de euros 8 de activos sob gestão, o que representa um acréscimo, medido em euro, de 7,4% em relação ao ano passado. Este valor encontra-se afectado, no entanto, em resultado da valorização do Euro face às principais divisas mundiais. De facto, caso a evolução seja medida em USD, o crescimento dos montantes sob gestão ascende a 12,2%. Os mercados mundiais de F.I.M. em % 24.9% 30.0% 25.0% * - Apenas foram considerados os Fundos harmonizados (UCITS) % 13.4% 20.0% 15.0% Fonte: EUA - ICI, Europa - EFAMA, Austrália ABS, Brasil - ANBIMA, Japão - JITA e África do Sul - ASISA % 8.8% 10.0% % 0 0.0% E.U.A. Europa* Austrália Brasil Japão África do Sul Montantes 2012 (Mil Milhões ) Montantes 2013 (Mil Milhões ) Crescimento 2013(%) Nota: O crescimento indicado é medido tendo em conta a evolução dos activos sob gestão na moeda oficial do país em causa (no caso da Europa, considerou-se o Euro) Os Estados Unidos da América continuam a ser o maior produtor de F.I.M., com ,7 mil milhões de euros, o que representa quase 50% do total dos F.I.M. mundiais. A Europa 9 é o segundo bloco económico, em termos de gestão de F.I.M., sendo responsável por cerca de 6 865,9 mil milhões de euros de montantes geridos, o que equivale a cerca de 30% do mercado mundial. 8 De acordo com os dados divulgados pelo ICI Investment Company Institute, relativos a 30 de Setembro de 2013, os seis mercados eram responsáveis por mais de 93% do total de F.I.M. geridos a nível mundial. 9 Fonte: EFAMA European Fund and Asset Management Association. São apenas considerados Fundos UCITS, no sentido de F.I.M. Abertos que investem em Valores Mobiliários. 16

17 B. Mercado Europeu O mercado europeu de F.I.M. harmonizados, no final de 2013, era responsável pela gestão de 6 865,9 mil milhões de euros, o que traduz um crescimento de 9,0%, em relação ao final do ano anterior. O principal domicílio de F.I.M. harmonizados continua a ser o Luxemburgo. No final de 2013, os F.I.M. luxemburgueses eram responsáveis por um total de 2 197,6 mil milhões de euros, o que representa 32,0% do mercado europeu. França ocupa o segundo lugar, com os F.I.M. a gerirem 1 110,5 mil milhões de euros, no final de 2013, ou seja, 16,2% dos F.I.M. europeus. Os F.I.M.* na Europa em % 60% 45% 30% 15% 0% -15% Montantes 2013 (Mil Milhões Euro) Crescimento 2013 (%) * - Inclui Fundos Harmonizados e Fundos não harmonizados Fonte: EFAMA O terceiro lugar deste ranking pertence à Irlanda, com 1 044,1 mil milhões de euros de activos sob gestão, que se traduz numa quota de 15,2%. Considerando também os F.I.M. não harmonizados, o volume de activos sob gestão ascendeu a 9 501,4 mil milhões de euros, em 2013, o que significa um crescimento de 9,4% em relação ao ano anterior. O Luxemburgo e a França são, igualmente, os países que lideram em termos de activos sob gestão, com 27,5% e 15,5%, respectivamente. O Top-5 é composto, ainda, pela Irlanda (14,1%), Alemanha (13,9%) e Reino Unido (11,6%). Em conjunto, os F.I.M. destes cinco países gerem 7 850,3 mil milhões de euros, o que representa 82,6% de todo o mercado europeu. 17

18 Dos 26 países considerados na análise, apenas 3 (Eslovénia, Liechtenstein e Malta) registaram um decréscimo nos montantes geridos pelos respectivos F.I.M.: o mercado esloveno regrediu 0,1%, o do Liechtenstein caiu 0,7% e, em Malta, a redução observada foi de 4,2%. Pela positiva, surpreende a Espanha que, após vários anos de queda nos montantes geridos pelos F.I.M., em 2013 regressou às subidas e com um dos valores mais elevados registados na Europa (23,9%). Também com crescimentos acima de 20%, em 2013, destacaram-se a Hungria (73,8%), a Bulgária (47,9%), a Roménia (31,1%) e a Polónia (29,6%). Analisando a evolução do mercado dos maiores países, no que respeita à domiciliação de F.I.M., no Luxemburgo verificou-se um crescimento de 9,7%, em França um aumento de 1,1%, enquanto que na Irlanda a subida foi de 9,4% e na Alemanha observou-se um crescimento de 9,9%. Por seu lado, o Reino Unido registou um acréscimo de 15,6%. O mercado português patenteou, igualmente, uma evolução positiva em 2013, terminando o ano com 12,4 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 0,8% em relação ao ano anterior e uma quota de 0,1% do mercado europeu, ocupando, assim, a 19ª posição em termos de activos sob gestão. Esta evolução positiva do mercado europeu de F.I.M. deveu-se, por um lado, ao bom desempenho dos mercados financeiros, que permitiu a valorização dos activos detidos pelos F.I.M. europeus e, por outro, a um aumento da procura destes produtos por parte dos investidores. Considerando apenas os Fundos Harmonizados, o saldo anual de subscrições menos resgates foi positivo em quase 230 mil milhões de euros. Subscrições Líquidas de F.I.M.* na Europa em 2013 (milhões Euro) * - Não inclui Fundos não harmonizados Fonte: EFAMA 18

19 O Luxemburgo e a Irlanda, que constituem os principais centros financeiros europeus no que diz respeito a domiciliação de F.I.M. com o objectivo de serem, posteriormente, vendidos a investidores noutros países, incluindo fora da Europa, foram os que mais beneficiaram deste fluxo de novos investimentos, sendo responsáveis pela quase totalidade do saldo líquido observado em Em conjunto, os F.I.M. destes dois países receberam 209,4 mil milhões de euros de subscrições líquidas, o que representa mais de 90% do saldo positivo anual do conjunto dos países europeus. De destacar, igualmente, a procura por F.I.M. em Espanha (23,1 mil milhões de euros) e no Reino Unido (21,9 mil milhões de Euros). Em Portugal, o saldo de subscrições líquidas em F.I.M. harmonizados, foi positivo em cerca de 1,1 mil milhões de euros. No entanto, considerando F.I.M. harmonizados e F.I.M. não harmonizados, o saldo anual foi negativo em cerca de 0,2 mil milhões de euros. A nível europeu, os Fundos Mistos foram os que mais beneficiaram do aumento da procura dos investidores, tendo registado um saldo de subscrições líquidas anuais de 113,5 milhões de euros. O bom desempenho dos mercados accionistas levou, também, a um maior interesse dos investidores por Fundos de Acções, traduzido num total de 99,3 mil milhões de Euros de entradas líquidas, em Subscrições Líquidas dos F.I.M. Europeus* em 2013 (Mil Milhões ) * - Não inclui Fundos não harmonizados Fonte: EFAMA F. Acções F. Obrigações F. Mistos F. Tesouraria F. Fundos Outros Os Fundos de Obrigações continuam a beneficiar de alguma deslocação das aplicações em Fundos do Mercado Monetário para instrumentos que permitam um maior retorno. De facto, a manutenção da política de baixas taxas de juros seguida não só na Europa como nos EUA, 19

20 prejudica a rentabilidade esperada dos Fundos do Mercado Monetário, levando os seus investidores a procurarem outro tipo de aplicações. Assim se justificam os 84,2 mil milhões de euros de resgates líquidos, observados em 2013, nos Fundos do Mercado Monetário, que contribuíram parcialmente para os 70,2 mil milhões de euros de subscrições líquidas positivas observados nos Fundos de Obrigações. C. Mercado Nacional 10 Como referido atrás, ao analisar a evolução do mercado nacional de F.I.M., em 2013, é possível observar claramente dois períodos distintos, cuja delimitação coincide com a entrada em vigor do novo RJOIC. Este passou a ter aplicação no início de Setembro de 2013 e, entre as principais alterações introduzidas, destacam-se medidas que visam estabelecer regras de funcionamento mais restritivas para os Organismos de Investimento Alternativos (OIA) ou Fundos Especiais de Investimento (FEI), como eram designados até então. Os FEI eram os Fundos que mais vinham crescendo nos últimos anos, beneficiando de uma envolvente legal e regulamentar que permitia políticas de investimentos bastante flexíveis e com poucas ou nenhumas restrições. O novo RJOIC veio introduzir limitações à política de investimentos dos OIA, comprometendo muitos dos Fundos em actividade, que investiam num conjunto muito reduzido de emitentes, muitas vezes apenas um, pertencente ao mesmo grupo económico que a gestora do Fundo. Com as novas regras em vigor, os Fundos tiveram que alterar esta prática e muitos investidores optaram por desinvestir desses Fundos, o que levou a que, no final do ano, o saldo de subscrições líquidas fosse negativo em mais de 173 milhões de euros. Apesar das saídas líquidas, os F.I.M. beneficiaram da boa performance dos mercados financeiros, que permitiu que a valorização dos activos em carteira anulasse por completo o efeito dos resgates observados no ano. Como se pode verificar do gráfico abaixo, há um crescimento acentuado no primeiro e segundo trimestres do ano. Até final de Junho de 2013, os montantes geridos por F.I.M. cresceram 9,9% em relação ao final de Na análise do mercado português de F.I.M. não foram considerados os F.I.M. geridos por duas Sociedade Gestora. Em 31 de Dezembro, a amostra considerada na presente análise representava 99,66% do total de activos geridos por F.I.M. portugueses. 20

21 O mercado nacional de F.I.M. em Dez-2012 Mar-2013 Jun-2013 Set-2013 Dez-2013 Total F.I.M. (Milhões ) Nº de Fundos Fonte: APFIPP No terceiro trimestre já se verifica uma ligeira diminuição (-2,5%), que é resultado exclusivo da evolução verificada em Setembro, uma vez que os montantes geridos no final de Agosto de 2013 apresentavam uma subida de 1,3% em relação a Junho de No último trimestre verifica-se um decréscimo significativo dos montantes sob gestão (-6,0%), que resulta, quase em exclusivo, do desinvestimento observado em FEI / OIA. Tal como já referido, o crescimento ligeiro foi motivado exclusivamente pela valorização dos activos em carteira, uma vez que se registaram, em 2013, subscrições líquidas negativas no valor de 173,4 milhões de euros. A Evolução dos F.I.M. em 2013 (Milhões Euro) º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total Subscrições líquidas Capitalização Activos Crescimento total Fonte: APFIPP 21

22 No primeiro e segundo trimestres, verificou-se um elevado fluxo de novas subscrições, que totalizaram mais de milhões de euros, constituindo o principal motor do crescimento dos montantes sob gestão observado nesse período. Nos terceiro e quarto trimestres, a situação inverteu-se, pelos motivos já descritos anteriormente, e o saldo de subscrições líquidas foi negativo em 1 375,9 milhões de euros. Com excepção do segundo trimestre, em que se verificou uma pequena desvalorização dos activos, todos os restantes trimestres beneficiaram da performance dos mercados financeiros e da valorização dos activos em carteira. Estima-se que, ao longo de 2013, a valorização das carteiras, em resultado da performance dos activos detidos, tenha ascendido a 275,7 milhões de euros. Apesar do aumento dos volumes sob gestão, a consolidação e reestruturação da oferta por parte das Sociedades Gestoras reflectiu-se numa acentuada diminuição do número de Fundos em actividade. No final de 2013, existiam 237 Fundos, menos 31 do que no ano anterior. Esta evolução é resultado do desaparecimento de 38 Fundos e do lançamento de apenas 7 novos Fundos. O número de Sociedades Gestoras a desenvolver a actividade de gestão de F.I.M. permaneceu inalterado, mantendo-se as 16 entidades que existiam no final de Dos novos Fundos lançados, três são Fundos Especiais de Investimento (FEI) 11, sendo os restantes um Fundo Misto, um Fundo de Acções, um Fundo de Obrigações e um Fundo de Fundos. Deve-se, ainda, salientar, que o novo Fundo de Obrigações resultou da fusão de dois Fundos de Obrigações que foram liquidados nesse processo. No final de 2013, estes Fundos geriam um total de 227,1 milhões de euros, o que representa cerca de 1,8% do valor global dos F.I.M. nessa data. Dos 38 Fundos que cessaram a actividade, 10 deveram-se a processos de fusão, enquanto que outros 18 foram liquidados por ter terminado o prazo pelo qual haviam sido inicialmente constituídos. Em termos de categorias, extinguiram-se 15 Fundos com Protecção de Capital, 12 FEI, 2 Fundos de Obrigações, 2 Fundos de Tesouraria, 2 Fundos de Acções, 2 Fundos PPA, 1 Fundo 11 Inclui apenas os Fundos Especiais de Investimento que não têm uma política de investimentos desenhada de forma a procurar garantir, no final de um prazo pré-estabelecido, o capital inicialmente investido e/ou uma rendibilidade mínima. 22

23 PPR e 1 Outro Fundo. No final de 2012, estes Fundos geriam 1 196,7 milhões de euros, cerca de 9,7% do total de activos então geridos pelos F.I.M.. No que respeita à composição do mercado, os FEI mantêm o primeiro lugar, representando 36,2% do mercado nacional de F.I.M.. Em segundo lugar estão os Fundos de Tesouraria 12, com uma quota de 19,0% e, em terceiro, encontram-se os Fundos de Obrigações, com uma quota de 12,6%. O mercado nacional de F.I.M. - Dezembro 2012 F.Acções** 7.9% F. PPR 7.9% F. Tesouraria* 10.3% F. Fundos 2.5% Outros Fundos 0.3% F.E.I. 40.0% F. Mistos*** 8.8% F. Obrigações 11.1% F. c/ Protecção Capital 11.2% O mercado nacional de F.I.M. - Dezembro 2013 F. Tesouraria* 19.0% F. Fundos 3.4% Outros Fundos 0.7% * - Inclui, também, os Fundos do Mercado Monetário. F.Acções** 8.4% F. PPR 7.6% F. Mistos*** 7.9% F.E.I. 36.2% F. c/ Protecção Capital 4.2% F. Obrigações 12.6% ** - Inclui, também, os Fundos PPA e Fundos Índice. *** - Inclui, também, os Fundos Flexíveis. Fonte: APFIPP Os Fundos de Tesouraria foram a Categoria que registou o maior crescimento anual dos volumes sob gestão, administrando, no final de 2013, 2 350,8 milhões de euros, mais 86,7% 12 Inclui Fundos do Mercado Monetário. 23

24 do que no final do ano anterior. Também pela positiva, merecem destaque os Fundos de Fundos, que registaram um aumento de 37,1% nos montantes geridos, bem como os Fundos de Obrigações que subiram 14,3%. Também os Fundos de Acções verificaram um desempenho positivo, com um crescimento anual de 7,0%. Pela negativa destacam-se os FEI, que diminuíram 9,1% e, sobretudo, os Fundos com Protecção de Capital, que viram os seus activos geridos reduzirem-se em 62,2%. Esta evolução é, essencialmente, o resultado das liquidações de Fundos atrás referidas. No caso dos Fundos com Protecção de Capital, a redução é integralmente justificada pela liquidação dos 15 Fundos, que chegaram ao termo do prazo pelo qual haviam sido inicialmente constituídos. Já no caso dos FEI, os Fundos liquidados representam mais de 55% da quebra observada. a) Fundos de Acções 13 Tal como referido anteriormente, com a melhoria das perspectivas económicas dos principais países desenvolvidos, os mercados financeiros, sobretudo os accionistas reagiram positivamente, apresentando rendibilidades bastante significativas, muitas delas acima de 20%. O aumento da confiança dos investidores e a manutenção das políticas de baixas taxas de juro levaram a que que mais investimento fosse canalizado para os mercados accionistas, o que contribuiu para o bom desempenho destes mercados. Do conjunto de mercados analisados no gráfico abaixo, o destaque vai, naturalmente, para o mercado japonês, onde o principal índice de referência, o Nikkei 225, se valorizou mais de 50% ao longo de 2013, em resultado de um conjunto de medidas adoptadas para colocar a economia nipónica novamente no rumo do crescimento. Igual destaque merecem os mercados norte-americanos com os principais índices, o S&P 500 e o Dow Jones a valorizarem, respectivamente, 29,6% e 26,5%. Na Europa, a Alemanha continua a liderar a recuperação económica, sendo, por isso, natural, que o seu mercado accionista tenha sido o que apresentou a melhor performance, com uma 13 Inclui Fundos PPA e Fundos Índice. 24

25 subida anual de 25,5%, o que é significativo, tendo em conta que já no ano anterior se tinha apreciado quase 30%. Performance dos mercados accionistas em % 60.0% 50.0% 40.0% 30.0% 20.0% 10.0% 0.0% -10.0% -20.0% -30.0% -40.0% 16.0% 21.4% 16.6% 18.0% 25.5% 56.7% 29.6% 17.9% 23.0% 24.0% 14.4% 12.0% 26.5% 21.0% -15.5% -29.9% -5.0% -9.1% Em Moeda Local Fonte: Bloomberg O mercado accionista português foi dos que, na Europa, apresentou pior desempenho, isto apesar do PSI-20 se ter valorizado 16,0%. Pior, só o FTSE-100, do Reino Unido, que subiu 14,4%. Se os mercados accionistas europeus e dos restantes países desenvolvidos apresentaram, genericamente, performances bastante significativas, em 2013, o inverso foi observado nas economias emergentes. Depois de terem sido beneficiadas com fluxos significativos de investimento, que permitiram valorizações significativas em anos anteriores, a melhoria das perspectivas económicas na Europa e a percepção de que o pior já passou na crise da dívida europeia, tem levado a um regresso desses montantes aos mercados de origem, colocando sob pressão os mercados accionistas desses países. A título de exemplo, o índice MSCI Emerging Markets, que mede a performance dos mercados accionistas da generalidade dos países emergentes a nível mundial, regrediu, em 2013, 5,0%. De entre os países emergentes, um dos que apresentou pior desempenho foi o Brasil, com o BOVESPA a registar uma retracção de 15,5% em relação a Este resultado é ainda mais negativo, atingindo os -29,9%, se considerarmos a performance em Euro, uma vez que a moeda europeia se valorizou bastante ao longo de Só em relação ao Real Brasileiro, a valorização do Euro atingiu os 20,5%. 25

26 Beneficiando da conjuntura favorável dos mercados accionistas, os Fundos de Acções, em Portugal, terminaram o ano 2013 com um total de 1 032,4 milhões de euros de activos sob gestão, o que revela um crescimento de 7,0% em relação ao final do ano anterior. Este resultado foi, no entanto, consequência exclusiva da valorização dos activos em carteira. De facto, os investidores nacionais continuam bastante avessos ao risco, com as perdas sofridas desde 2007 ainda bem presentes nas suas memórias, o que inibe novos investimentos em Fundos com um perfil de risco mais elevado. Também a conjuntura económica do país, em que o nível de desemprego continua em valores anormalmente elevados e em que as medidas de austeridade reduzem significativamente o rendimento disponível das famílias, faz com que os investidores sejam mais cautelosos na altura de aplicar as suas poupanças. O Segmento dos Fundos de Acções em 2013 (Milhões Euro) Dez-2012 Mar-2013 Jun-2013 Set-2013 Dez-2013 Fundos PPA* Outros F. Acções Internacionais F. Acções Sectoriais F. Acções América Norte F. Acções UE, Suíça e Noruega F. Acções Nacionais * - Inclui um Fundo Índice Fonte: APFIPP Assim, em 2013, o saldo de subscrições líquidas em Fundos de Acções foi negativo, ascendendo a 54,9 milhões de euros. Em contrapartida, estima-se que os activos detidos pelos Fundos de Acções se tenham valorizado, no mesmo período, em 122,2 milhões de euros, o que traduz uma performance média de 12,7%. No final de 2013, havia 55 Fundos de Acções em actividade, menos 3 do que no ano anterior. Esta diminuição é o resultado da liquidação de 4 Fundos, um dos quais através de um processo de fusão, e do lançamento de apenas um novo Fundo de Acções. 26

27 Os Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega, continuam a representar a maior parcela dos Fundos de Acções, tendo terminado o ano com um total de 321,2 milhões de euros de activos sob gestão, o que significa um acréscimo de 7,5% em relação ao ano anterior. No entanto, a subcategoria de Fundos de Acções que apresentou o maior crescimento foi a dos Fundos de Acções Nacionais, que aumentou 47,4%, em 2013, chegando ao final do ano com um total de 244,3 milhões de euros, permitindo-lhe atingir o segundo lugar deste segmento. Em terceiro lugar surgem os Outros Fundos de Acções Internacionais, que geriam, em 31 de Dezembro de 2013, um total de 239,1 milhões de euros, o que representa uma redução de 9,7% em relação a igual período de Evolução dos Fundos de Acções em 2013 (Milhões Euro) Subscrições Líquidas Capitalização Activos Crescimento Total * - Inclui um Fundo Índice Fonte: APFIPP Quase todas as subcategorias de Fundos de Acções registaram subscrições líquidas negativas, em A excepção vai para os Fundos de Acções Nacionais que recolheram, no período, um total de 31,2 milhões de euros em novas subscrições. A subcategoria mais prejudicada pelo desinvestimento dos Participantes foi a dos Fundos de Acções da América do Norte, que registou saídas líquidas de 21,2 milhões de euros, o que representa 15,9% do valor gerido por estes Fundos no final de No entanto, a valorização dos activos detidos, estimada em 22,1 milhões de euros, permitiu o crescimento ligeiro de 0,7%, para os 134,4 milhões de euros que se registavam no final de No que diz respeito à capitalização dos activos em carteira, apenas a subcategoria de Outros Fundos de Acções Internacionais registou uma performance negativa, estimando-se uma 27

28 desvalorização de cerca de 11,6 milhões de euros, que, em conjunto com as subscrições líquidas negativas de 14,1 milhões de euros, levaram à redução de 9,7% nos activos sob gestão, já mencionada atrás. Nas restantes subcategorias (Fundos de Acções Sectoriais e Fundos PPA), a performance positiva dos activos em carteira foi insuficiente para anular as saídas dos Participantes. Os Fundos de Acções Sectoriais terminaram 2013 com um total de 65,6 milhões de euros sob gestão, o que representa uma queda de 0,7%. No ano em análise, registaram um saldo negativo de subscrições menos resgates no valor de 12,5 milhões de euros, que foi parcialmente anulado pelos 12,1 milhões de euros estimados para a valorização dos activos em carteira. Deve-se registar, no entanto, que a redução nos montantes sob gestão se deveu, exclusivamente à incorporação, por fusão de um Fundo de Acções Sectorial num Fundo Flexível. Como o Fundo em causa geria, à data da fusão, cerca de 4,7 milhões de euros, caso este evento não tivesse ocorrido, ter-se-ia registado um crescimento de 6,5%. Relativamente aos PPA, terminaram o ano com 27,8 milhões de euros de activos sob gestão, menos 23,2% do que no ano anterior. Ao longo do ano os resgates líquidos ascenderam a 17,4 milhões de euros, enquanto que a performance dos activos em carteira foi positiva, permitindo uma valorização estimada de 8,9 milhões de euros. b) Fundos Mistos e Fundos Flexíveis Os Fundos Mistos e Fundos Flexíveis beneficiaram, tal como os Fundos de Acções, do bom desempenho dos mercados accionistas, que permitiu que a generalidade dos Fundos deste segmento apresentasse, em 2013, uma performance positiva. No entanto, a valorização dos activos detidos por estes Fundos, estimada em 33,2 milhões de euros, foi insuficiente para anular o efeito das saídas dos investidores, traduzido em subscrições líquidas negativas no valor de 137,8 milhões de euros. Assim, os Fundos Mistos e Fundos Flexíveis terminaram o ano 2013 com um total de 977,0 milhões de euros de activos sob gestão, o que representa um decréscimo de 9,7% em relação ao final de Em 31 de Dezembro de 2013, havia 28 Fundos destas subcategorias em actividade, mais um do que no final do ano anterior. Ao longo de 2013, verificou-se o lançamento de um novo 28

29 Fundo Misto, não tendo sido liquidado qualquer dos Fundos Mistos e dos Fundos Flexíveis previamente existentes. Os Fundos Mistos e Fundos Flexíveis em 2013 (Milhões ) F. Mistos Pred. Obrigações F. Mistos Pred. Acções F. Flexíveis Dez-2012 Mar-2013 Jun-2013 Set-2013 Dez-2013 Fonte: APFIPP A subcategoria de Fundos Flexíveis continua a representar a maior parcela deste segmento, com 16 Fundos em actividade e 831,5 milhões de euros sob gestão, ou seja 85,1% do total. Foi contudo, a que registou pior desempenho. Em 2013, apesar da valorização dos activos estimada em 29,3 milhões de euros, o que representa uma performance média de 2,8%, os investidores continuaram a retirar o seu dinheiro dos Fundos desta subcategoria, com o total de saídas líquidas, no acumulado do ano, a ascender a 234,0 milhões de euros. Assim se justifica a redução de 22,6% nos activos sob gestão. Pela positiva, destacam-se os Fundos Mistos Predominantemente Obrigações, não só pelo novo Fundo lançado mas, sobretudo, pelo crescimento de mais de 300% observado nos montantes sob gestão. De facto, no final de 2013, os activos geridos pelos 7 Fundos desta subcategoria ascendiam a 124,4 milhões de euros, que compara com apenas 28,3 milhões de euros no final do ano anterior. Mas o novo Fundo acabou por nem ser o mais determinante neste crescimento. De facto, no final de 2013, o novo Fundo geria 7,3 milhões de euros, o que representava pouco mais de 7,6% do crescimento apurado. O grande contributo para esta evolução veio dos investidores, que injectaram 93,5 milhões de euros em novas subscrições, o que representa a quase totalidade da evolução positiva que se observou. O efeito de capitalização dos activos foi positivo, embora modesto, contribuindo apenas com os restantes 2,6 milhões de euros. 29

30 Evolução dos Fundos Mistos e Fundos Flexíveis em 2013 (Milhões Euro) F. Mistos Pred. Obrigações F. Mistos Pred. Acções F. Flexíveis Total F. Mistos e F. Flexíveis Subscrições Líquidas Capitalização Activos Crescimento Total Fonte: APFIPP Os Fundos Mistos Predominantemente Acções representam a menor parcela deste segmento, gerindo, no final do ano, um total de 21,1 milhões de euros, que representa cerca de 2,2% do total dos Fundos Mistos e Fundos Flexíveis. Ao longo de 2013, os 6 Fundos desta subcategoria registaram subscrições líquidas positivas, de 2,6 milhões de euros, a que acrescem mais 1,3 milhões de euros de apreciação dos activos em carteira, contribuindo, em conjunto, para a subida de 22,4% dos activos sob gestão. c) Fundos de Obrigações Os Fundos de Obrigações, em 2013, continuaram a beneficiar da normalização dos mercados de dívida, pública e privada, que permitiram que a quase generalidade dos Fundos deste segmento apresentasse rendibilidade positivas. Com a estabilização dos mercados de dívida, os investidores voltaram a olhar para os Fundos deste segmento como uma boa alternativa para aplicação das suas poupanças, sobretudo os Fundos de Obrigações de Taxa Indexada que, em resultado do perfil de risco mais conservador e da já referida elevada aversão ao risco dos aforradores nacionais, voltaram a merecer a confiança da sua parte, o que se traduziu em subscrições líquidas positivas. Assim, no final de 2013, os Fundos de Obrigações geriam um total de 1 557,3 milhões de euros, o que representa um crescimento de 14,3% em relação ao ano anterior. Parte significativa desse crescimento é resultado do investimento dos aforradores, que se traduziu em subscrições líquidas positivas no valor de 151,7 milhões de euros, o que representa mais 30

31 de 78% do crescimento observado. Este valor foi positivamente influenciado pela mudança de categoria de um Fundo, que anteriormente se encontrava na categoria Outros Fundos, e que permitiu a entrada de mais 12,4 milhões de euros. Os Fundos de Obrigações em 2013 (Milhões Euro) , , , , , Dez-2012 Mar-2013 Jun-2013 Set-2013 Dez-2013 F. Obrigações* F. Obrigações Tx Fixa F. Obrigações Tx Indexada * - Fundos de Obrigações que não se enquadram, a todo o tempo, na categoria dos Fundos de Obrigações de Taxa Indexada nem na Categoria de Fundos de Obrigações de Taxa Fixa Fonte: APFIPP Como referido, quase todos os Fundos de Obrigações registaram rendibilidades positivas, estimando-se em 42,6 milhões de euros o efeito da apreciação dos activos em carteira. No final de 2013, existiam 30 Fundos de Obrigações, o mesmo número do que no final do ano anterior. Ao longo do ano, verificou-se a integração de um Fundo vindo de outra categoria e ainda o lançamento de um novo Fundo que resultou da fusão de dois F.I.M. s de Obrigações anteriormente existentes. Os Fundos de Obrigações de Taxa Indexada permanecem a principal categoria do segmento de Fundos de Obrigações, com um total de 1 262,5 milhões de euros de activos sob gestão, o que equivale a 81,1% do valor total de Fundos de Obrigações. Tal como mencionado atrás, em função do seu perfil de risco mais conservador, foram dos que mais beneficiaram do interesse dos participantes, tendo registado um saldo anual de subscrições líquidas positivas no valor de 123,2 milhões de euros, o que representa cerca de 77% do crescimento anual observado. Os restantes 37,0 milhões de euros são o resultado da valorização dos títulos detidos por estes Fundos. No final de 2013, existiam 13 Fundos de Obrigações de Taxa Indexada em actividade, o mesmo número do que no final de 2012, uma vez que não se registou o lançamento de 31

32 nenhum Fundo desta subcategoria nem a liquidação de qualquer um dos Fundos pré- -existentes. Evolução dos Fundos de Obrigações em 2013 (Milhões Euro) F. Obrigações Tx Indexada F. Obrigações Tx Fixa F. Obrigações** Total F. Obrigações Subscrições Líquidas* Capitalização Activos Crescimento Total * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre as categorias de Fundos de Obrigações e outras categorias de F.I.M.. ** - Fundos de Obrigações que não se enquadram, a todo o tempo, na categoria dos Fundos de Obrigações de Taxa Indexada nem na Categoria de Fundos de Obrigações de Taxa Fixa. Fonte: APFIPP Os Fundos de Obrigações de Taxa Fixa terminaram o ano com um total de 240,7 milhões de euros de activos sob gestão, o que representa um acréscimo de 1,2% em relação ao final de Este desempenho é consequência de uma menor procura dos investidores que optaram por retirar as suas aplicações destes Fundos, tendo-se registado um saldo de subscrições líquidas negativas no valor de 1,2 milhões de euros, o qual foi completamente anulado pelo efeito de valorização da carteira, estimado em 4,1 milhões de euros. Em 2013, o número de Fundos de Obrigações de Taxa Fixa reduziu-se para 13, menos um do que no ano passado, em consequência da liquidação, por fusão, de dois Fundos desta categoria e do lançamento de apenas um novo Fundo, como consequência do referido processo de fusão. A Categoria de Fundos de Obrigações, Fundos cuja política de investimento permite que possam oscilar entre Fundos de Obrigações de Taxa Indexada e Fundos de Obrigações de Taxa Fixa, apesar de ainda bastante residual, quer no que diz respeito aos montantes sob gestão (54,1 milhões de euros), quer no que diz respeito ao número de Fundos (4), foi a que apresentou o melhor desempenho neste segmento, com um aumento de 135,8% dos activos sob gestão. Parte deste crescimento, como já referido, deveu-se à mudança de categoria de um Fundo, que significou a entrada de 12,4 milhões de Euros, contribuindo, assim, com cerca de 40% da subida. 32

33 Adicionalmente, verificaram-se mais 17,3 milhões de euros de subscrições líquidas positivas e os Fundos desta subcategoria beneficiaram, igualmente, da boa performance dos activos detidos, que permitiu uma valorização de 1,5 milhões de euros. d) Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário Em 2013, foram transpostas para a Regulamentação dos OIC, as regras europeias relativas a Fundos do Mercado Monetário que vieram impor condições mais restritivas de funcionamento para estes instrumentos financeiros. Estas regras foram implementadas pelo Regulamento da CMVM n.º 1/2013 e impõem que os Fundos do Mercado Monetário invistam exclusivamente em instrumentos do mercado monetário e depósitos bancários de elevada qualidade, estabelecendo limites rigorosos no que diz respeito à maturidade e duração máximas de cada activo em carteira e da carteira como um todo. No que diz respeito a este segmento, o ano fica, ainda, marcado pela publicação do Regulamento da CMVM n.º 5/2013 que substituiu o anterior Regulamento da CMVM n.º 15/2003, sendo de assinalar que os Fundos de Tesouraria deixam de ser uma categoria prevista no novo Regulamento. As Sociedades Gestoras viram-se, portanto, confrontadas com estas alterações regulamentares e forçadas a tomar opções no âmbito do novo quadro, especialmente no que diz respeito aos Fundos de Tesouraria. Uma vez que o recente Regulamento dos OIC permite, em certas condições, a existência de Fundos que não se enquadrem em nenhuma das categorias regulamentares nele previstas, a maioria das Sociedades Gestoras optou por manter os Fundos de Tesouraria com a mesma política de investimentos que vinham seguindo até então. Outras preferiram convertê-los em Fundos do Mercado Monetário, enquanto outras decidiram liquidar os Fundos. Apesar das alterações da envolvente regulamentar, o ano 2013 foi extremamente positivo para os Fundos deste segmento. Considerando Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário em conjunto, o total de activos sob gestão, no final de 2013, ascendeu a 2 350,8 milhões de euros, o que representa uma subida de 86,7% em relação ao final do ano anterior. Esta evolução deveu-se, quase exclusivamente a novas adesões por parte dos investidores, tendo-se registado, no ano, um saldo líquido positivo de subscrições menos resgates no valor de 1 068,2 milhões de euros, ou seja, cerca de 98% do crescimento anual observado. 33

34 Este saldo incorpora um valor negativo de 8,0 milhões de euros que resulta de alterações na classificação dos Fundos. Em 2013, houve um Fundo do Mercado Monetário que transitou para a categoria de Outros Fundos, ao passo que dois Fundos, previamente integrados em Outros Fundos, transitaram para Fundos de Tesouraria. Apesar de pouco significativo, verificou-se, também, uma valorização dos activos em carteira, estimada em 23,5 milhões de euros. Esta evolução reforça a já referida convicção de que os investidores nacionais permanecem bastante avessos ao risco, preferindo aplicações em instrumentos com perfil de risco mais conservador, ainda que com um potencial de rendibilidade significativamente mais reduzido. Os Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário em 2013 (Milhões Euro) F. Mercado Monetário Fundos de Tesouraria 0.0 Dez-2012 Mar-2013 Jun-2013 Set-2013 Dez-2013 Fonte: APFIPP No final de 2013, existiam 18 Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário em actividade, menos um do que no ano anterior. Esta evolução resulta, por um lado, dos processos de reclassificação referidos atrás, que se traduziram em mais um Fundo para este segmento, e, por outro, da liquidação de dois Fundos de Tesouraria previamente existentes. Fruto das alterações regulamentares e das consequências que daí advieram, os Fundos do Mercado Monetário progrediram significativamente, em 2013, aproximando-se substancialmente dos montantes geridos pelos Fundos de Tesouraria que, historicamente, sempre representaram a principal parcela deste segmento. Para esta evolução, muito contribuiu a conversão de dois Fundos de Tesouraria em Fundos do Mercado Monetário, que significaram um acréscimo de 255 milhões de euros. 34

35 Apesar deste movimento, a subcategoria dos Fundos de Tesouraria mantém-se como a principal componente deste segmento, com 1 244,6 milhões de euros, ou seja, 52,9% do total, tendo registado um crescimento anual de 24,0%. Em 2013, registaram um fluxo de entradas líquidas no valor de 224,6 milhões de euros, um valor que já incorpora as alterações de classificação mencionadas atrás. Excluindo o efeito dessas mudanças de categoria, os Fundos de Tesouraria registaram subscrições líquidas positivas no valor de 465,5 milhões de euros. A capitalização dos activos detidos foi, igualmente, positiva, estimando-se em 16,4 milhões de euros. No final de 2013, existiam 13 Fundos de Tesouraria, menos dois do que no final do ano anterior. Dois Fundos foram liquidados, dois Fundos foram transferidos para Fundos do Mercado Monetário e outros dois Fundos regressaram da categoria Outros Fundos. Pelos motivos já descritos anteriormente, os Fundos do Mercado Monetário mostraram um maior dinamismo, terminando o ano com um total de 1 106,2 milhões de euros de activos sob gestão, mais do que quadruplicando o montante gerido em Evolução dos F. Tesouraria e F. Mercado Monetário em 2013 (Milhões Euro) Fundos de Tesouraria F. Mercado Monetário Total F. Tesouraria e F. Mercado Monetário Subscrições Líquidas* Capitalização Activos Crescimento Total * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre as categorias de Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário e outras categorias de F.I.M.. Fonte: APFIPP A entrada de novos investimentos por parte dos aforradores, a par da integração dos dois Fundos de Tesouraria, já mencionada, foi determinante para este desempenho. Assim, a somar aos 232,9 milhões de euros que resultaram das mudanças de categoria envolvendo Fundos do Mercado Monetário, esta tipologia registou mais 610,8 milhões de euros de subscrições líquidas positivas. 35

36 No conjunto, as novas entradas de dinheiro totalizaram 843,7 milhões de euros, o que representa 99% do crescimento total. O remanescente é resultado da apreciação dos activos detidos nas carteiras, estimada em 7,2 milhões de euros. Em 31 de Dezembro de 2013, existiam 5 Fundos do Mercado Monetário em actividade, mais um do que no final de Não tendo sido lançado ou liquidado qualquer Fundo desta categoria, esta evolução é apenas o resultado das alterações de classificação já mencionadas. e) Fundos de Fundos Apesar da exposição indirecta aos mercados accionistas, por via da aplicação em Fundos de Acções, os Fundos de Fundos beneficiaram da performance desses mercados, o que permitiu que quase todos os 16 Fundos em actividade, no final do ano, apresentassem uma rendibilidade anual positiva, alguns deles ultrapassando a fasquia dos 10%. Estima-se que a apreciação dos activos detidos por Fundos de Fundos tenha ascendido, em 2013, a 17,1 milhões de euros, o que traduz uma performance média de 5,5%. Por outro lado, um renovado interesse por parte dos investidores, que reconheceram as vantagens da diversificação permitida por este tipo de Fundos, permitiu entradas líquidas, ao longo do ano, no valor de 157,3 milhões de euros. A este valor têm que ser deduzidos, 59,4 milhões de euros que resultam da passagem de um Fundo de Fundos para Outros Fundos, fixando assim o saldo anual de entradas e saídas em 98,0 milhões de euros. Os Fundos de Fundos em 2013 (Milhões Euro) Dez-2012 Mar-2013 Jun-2013 Set-2013 Dez-2013 F. Fundos Pred. Acções F. Fundos Mistos F. Fundos Pred. Obrigações Fonte: APFIPP 36

37 Assim, os Fundos de Fundos chegaram ao final de 2013 com um volume de activos sob gestão no valor de 425,3 milhões de euros, o que significa um acréscimo de 37,1% em relação ao ano anterior. Todas as três categorias de Fundos de Fundos apresentaram um desempenho positivo, quer em termos de entradas líquidas, quer em termos de valorização dos activos em carteira. Os Fundos de Fundos Predominantemente Obrigações são os que registam o maior volume de activos sob gestão (274,9 milhões de euros), sendo igualmente os que registaram o maior crescimento anual, com 49,1%. São, também, os que apresentam maior saldo positivo de entradas e saídas (82,3 milhões de euros), um valor que é prejudicado pela mudança de categoria referida acima, sem a qual, o saldo de subscrições líquidas teria ascendido a 141,7 milhões de euros. Apesar da menor exposição ao segmento accionista, conseguiram uma valorização dos activos estimada em 8,3 milhões de euros, o que traduz uma performance média anual de 4,5%. Evolução dos Fundos de Fundos em 2013 (Milhões Euro) Subscrições Líquidas* Capitalização Activos F. Fundos Pred. Obrigações F. Fundos Mistos F. Fundos Pred. Acções Total F. Fundos Crescimento Total * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre as categorias de Fundos de Fundos e outras categorias de F.I.M.. Fonte: APFIPP Em segundo lugar, em termos de activos sob gestão, estão os Fundos de Fundos Mistos, que terminaram o ano com um total de 87,6 milhões de euros, o que representa uma subida de 28,9% em relação a Mais de 78% deste crescimento, o equivalente a 15,4 milhões de euros, deve-se a novos investimentos efectuados pelos Participantes, sendo os restantes 4,3 milhões de euros resultado da valorização dos activos em carteira. 37

38 A categoria de Fundos de Fundos Predominantemente Acções foi a que retirou mais vantagens da valorização dos mercados accionistas, estimando-se que a apreciação dos activos em carteira tenha ascendido a 4,6 milhões de euros, o que significa uma performance média anual de 7,9%. Apesar deste desempenho, foram os menos procurados pelos aforradores, com o saldo de subscrições líquidas, embora positivo, a cifrar-se em apenas 0,3 milhões de euros. Os Fundos de Fundos Predominantemente Acções terminaram o ano com um total de 62,8 milhões de euros de activos sob gestão, o que traduz um acréscimo de 8,4% em relação ao ano anterior. Evolução das Aplicações dos Fundos de Fundos 100% 80% 60% 40% 20% 0% Liquidez + Outros Valores Outros F. Estrangeiros F. Obrigações Estrangeiros F. de Acções Estrangeiros Outros F. Portugueses F. Tesouraria Portugueses F. Obrigações Portugueses F. de Acções Portugueses Fonte: APFIPP Ao nível das aplicações dos Fundos de Fundos, continuam a predominar os investimentos em Fundos Estrangeiros, que, no final de 2013, representavam já mais de 2/3 das carteiras dos Fundos de Fundos (68,2%). As aplicações em Fundos Portugueses registaram uma queda acentuada no peso da carteira dos Fundos de Fundos. No final de 2013, representavam 28,1%, uma descida de 8 pontos percentuais em relação ao final do ano anterior. Tendo em conta que os Fundos de Fundos Predominantemente Obrigações são os que representam a maior parcela deste segmento e que, tipicamente, não investem mais de 1/3 da carteira em Fundos de Acções, é natural que os Fundos de Obrigações sejam os que têm mais peso na estrutura da carteira dos Fundos de Fundos. No final de 2013, os Fundos de Obrigações pesavam 53,9% (mais 7,5 pontos percentuais do que em 2012), os Fundos de 38

39 Acções representavam 38,5% das carteiras (um decréscimo de 1,2 pontos percentuais face ao ano anterior), enquanto que Fundos de outras tipologias eram responsáveis por 4,3% das aplicações dos Fundos de Fundos (uma descida de 1,2 pontos percentuais). f) Fundos Especiais de Investimento (FEI) 14 Os FEI são Fundos não-harmonizados, que não cumprem as regras de investimento previstas na Directiva Europeia sobre Fundos de Investimento Mobiliário (Directiva UCITS), beneficiando de disposições mais flexíveis, que possibilitam diferentes estratégias e políticas de investimentos. Como já referido, a evolução dos FEI, em 2013, foi negativamente condicionada pela entrada em vigor do novo RJOIC que impôs condições de funcionamento mais restritivas, impedindo que muitos dos FEI em actividade mantivessem as respectivas políticas de investimentos. Em resultado dessas alterações, alguns Fundos liquidaram e outros foram forçados a adaptar-se às novas regras, o que levou a um desinvestimento significativo por parte dos respectivos Participantes. Ainda em relação à evolução dos FEI, em 2013, há a assinalar o aparecimento de duas novas subcategorias: FEI de Curto Prazo e FEI Monetário, que são consequência directa da entrada em vigor da nova regulamentação sobre Fundos do Mercado Monetário que impede a utilização da expressão monetário por qualquer Fundo, harmonizado ou não-harmonizado, que não cumpra as regras estabelecidas para esses Fundos. Assim, a subcategoria FEI do Mercado Monetário de Curto Prazo foi redenominada de FEI de Curto Prazo, e foi criada uma nova subcategoria FEI do Mercado Monetário de Curto Prazo para incluir os Fundos que cumpriam os requisitos exigidos para os Fundos do Mercado Monetário de Curto Prazo. Adicionalmente, criou-se, também, uma nova subcategoria FEI Monetário para os Fundos que, apesar de também sujeitos ao novo Regulamento, possuem rácios ligeiramente mais flexíveis do que os Fundos do Mercado Monetário de Curto Prazo, essencialmente no que diz respeito à duração e à maturidade residual, quer dos activos quer da carteira como um todo. Em resultado destas alterações, e como já explicado anteriormente, é possível identificar duas evoluções distintas: uma, ascendente, nos dois primeiros trimestres do ano, quando o novo 14 Inclui apenas os F.E.I. que não têm uma política de investimentos desenhada de forma a procurar garantir, no final de um prazo pré-estabelecido, o capital inicialmente investido e/ou uma rendibilidade mínima. 39

40 RJOIC ainda não estava em vigor; e outra, descendente, na segunda metade do ano, já ao abrigo do novo enquadramento jurídico. Assim, no final do primeiro semestre de 2013, os FEI geriam 5 929,6 milhões de euros, o que representava um crescimento de 20,6% em relação ao início do ano. Nessa data, os FEI eram responsáveis por 44,0% do volume total gerido por F.I.M. nacionais. A partir daí, os FEI caíram 24,6%, terminando o ano com um total de 4 470,5 milhões de euros de activos sob gestão, o que representa uma diminuição de 9,1% em relação ao final de Os Fundos Especiais de Investimento em 2013 (Milhões Euro) Dez-2012 Mar-2013 Jun-2013 Set-2013 Dez-2013 Outros F.E.I. F.E.I. Flexíveis F.E.I. Imobiliários F.E.I. Mistos F.E.I. Curto Prazo F.E.I. Monetário F.E.I. Monetário Curto Prazo F.E.I. Retorno Absoluto F.E.I. Obrigações F.E.I. Acções Fonte: APFIPP A mesma evolução é perceptível analisando os fluxos de entradas e saídas. Nos primeiros seis meses do ano, os FEI beneficiaram de um saldo positivo de subscrições líquidas no valor de 1 038,1 milhões de euros, sendo o único factor responsável pela subida dos activos sob gestão, até esse momento. No segundo semestre, pelo contrário, verifica-se um desinvestimento líquido de 1 452,8 milhões de euros, o que também representa a quase totalidade da variação, nesse período, do montante gerido pelos FEI. Em termos anuais, o saldo de subscrições menos resgate foi negativo em 414,7 milhões de euros, contribuindo para 93,2% da redução que se observou nos volumes sob gestão. Os FEI foram, ainda, penalizados pela performance dos activos em carteira, que se desvalorizaram em 30,2 milhões de euros. 40

41 No final de 2013, existiam 54 FEI em actividade, menos 9 do que no final do ano passado. Ao longo do ano foram liquidados 12 FEI, dois dos quais por terem chegado ao fim do prazo pelo qual haviam sido inicialmente constituídos, enquanto que, no mesmo período, apenas três novos Fundos foram lançados, todos pertencentes à subcategoria FEI de Obrigações. As subcategorias de FEI são bastante heterogéneas e tiveram, em 2013, desempenhos muito diferenciados, tendo em conta a respectiva natureza e a dos activos em que investem. A subcategoria de FEI com maior volume de activos sob gestão é a dos FEI de Obrigações, com 958,8 milhões de euros (21,4% do total deste segmento). Estes Fundos privilegiam o investimento em títulos de dívida, investindo um mínimo de 2/3 da carteira nesta classe de activos. Em 2013, estes Fundos decresceram 30,2%, que se deve essencialmente a desinvestimento por parte dos aforradores e, também, à saída de dois Fundos para outra categoria de FEI. Em conjunto, estes dois eventos levaram à saída de 373,6 milhões de euros, que representa cerca de 90% da redução observada. No segundo lugar, estão os FEI de Curto Prazo que geriam, em 31 de Dezembro de 2013, 869,7 milhões de euros, valor que representa 19,5% do total e que traduz um decréscimo de 58,1%. Estes FEI investem essencialmente em activos com maturidades residuais inferiores a um ano, embora sem cumprir com os requisitos exigidos aos Fundos do Mercado Monetário. Evolução dos Fundos Especiais de Investimento em 2013 (Milhões Euro) Subscrições Líquidas* Capitalização Activos Crescimento Total * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre as várias categorias de Fundos Especiais de Investimento Fonte: APFIPP 41

42 Estes Fundos foram penalizados, em primeiro lugar pela saída de quatro Fundos para as categorias FEI Monetário e FEI Monetário de Curto Prazo, o que representou um volume total de 1 030,3 milhões de euros, ou seja, 85,6% do decréscimo observado. Adicionalmente, e sobretudo a partir da entrada em vigor do novo RJOIC, verificou-se um desinvestimento significativo destes Fundos, tendo-se registado subscrições líquidas negativas no valor de 224,5 milhões de euros. O terceiro lugar pertence à subcategoria de Outros FEI, uma categoria onde são incluídos os Fundos que, pelas suas características e política de investimentos, não são passíveis de integrar nenhuma das restantes subcategorias de FEI. No final de 2013, este tipo de FEI geria 833,5 milhões de euros, o que representa uma quota de 18,6%. Em 2013, estes Fundos registaram um aumento 54,5%, um desempenho que se deveu a entradas líquidas no valor de 317,2 milhões de euros. Das restantes subcategorias de FEI destaque, ainda, para os FEI Monetário e FEI Monetário de Curto Prazo, Fundos que cumprem com os requisitos da nova regulamentação sobre Fundos do Mercado Monetário e que se caracterizam por investirem em instrumentos do mercado monetário e depósitos bancários de elevada qualidade. No conjunto, os Fundos destas duas subcategorias de FEI geriam, no final do ano, 1 274,3 milhões de euros, o que representa 28,5% do total de FEI. Expurgando o efeito da transferência de Fundos, vindos da subcategoria FEI de Curto Prazo, estes Fundos registaram entradas líquidas de 235,4 milhões de euros. Em resultado da entrada em vigor do novo RJOIC, os FEI Imobiliários não podem prosseguir a sua política de investimentos, uma vez que só podem aplicar um máximo de 25% da carteira em activos imobiliários. Em resultado desta alteração legislativa, um FEI Imobiliário foi já liquidado e os restantes três estão, também, em vias de desaparecer enquanto tal. Não obstante este facto, no final de 2013, estes FEI ainda geriam um total de 420,8 milhões de euros (9,4% do total), registando uma diminuição de 3,6% em relação a Outra subcategoria de FEI em evidência pela negativa foi a dos FEI Flexíveis que terminaram o ano com um total de 47,6 milhões de euros sob gestão, o que traduz uma queda de 86,4% em relação ao início do ano. O principal motivo deste desempenho foi o desinvestimento por parte dos participantes, que levou a saídas líquidas de 284,0 milhões de euros (cerca de 94% da diminuição observada). 42

43 Os últimos lugares do ranking do segmento dos FEI, pertencem aos FEI de Retorno Absoluto (visam proporcionar aos participantes um resultado positivo, independentemente da evolução dos mercados financeiros), aos FEI de Acções (investem pelo menos 2/3 da carteira em acções) e aos FEI Mistos (investem em várias classes de activos), que geriam, em conjunto, 65,8 milhões de euros. Todas estas subcategorias registaram subscrições líquidas negativas, que totalizaram, em 2013, 75,4 milhões de euros. g) Fundos com Protecção de Capital Os Fundos com Protecção de Capital em , Montantes (Milhões de Euros) Número de Fundos 0.0 Dez-2012 Mar-2013 Jun-2013 Set-2013 Dez-2013 Fonte: APFIPP No final de 2013, existiam 21 Fundos com Protecção de Capital em actividade, que geriam, nessa data, 520,8 milhões de euros. Estes valores representam um decréscimo de 62,2% nos montantes sob gestão, que resultam, quase exclusivamente, da liquidação de 15 Fundos, observada ao longo de Os Fundos com Protecção de Capital são maioritariamente lançados com duração pré- -determinada, sendo a liquidação dos 15 Fundos acima referida motivada pela chegada ao termo do prazo pelo qual os Fundos haviam sido inicialmente constituídos. Ao longo de 2013 não surgiu qualquer novo Fundo com Protecção de Capital. Os 15 Fundos liquidados implicaram saídas no valor de 874,0 milhões de euros, o que significa que estas liquidações foram a única razão para o decréscimo observado. 43

44 Evolução dos Fundos com Protecção de Capital em 2013 (Milhões Euro) º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total Subscrições Líquidas Capitalização Activos Crescimento Total Fonte: APFIPP Verificaram-se, adicionalmente, mais 4,7 milhões de euros de saídas líquidas dos restantes Fundos com Protecção de Capital. Atenuando, ligeiramente, o efeito do desinvestimento observado, estes Fundos beneficiaram da valorização dos activos em carteira, estimada em 20,9 milhões de euros. Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) A. Os F.I.I. em Portugal O segmento dos F.I.I., em Portugal, manteve, em 2013, a tendência crescente que vem demonstrando em anos recentes, denotando uma resiliência notável face às adversidades com que o segmento imobiliário se depara em Portugal. De facto, no final de 2013, os F.I.I. nacionais eram responsáveis por um património líquido no valor de ,2 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 7,5% em relação ao ano anterior. Estima-se que, ao longo do ano, se tenha registado um fluxo de entradas de capitais, com um valor líquido total de cerca de milhões de euros, que justifica, por inteiro, a evolução observada. 44

45 Este valor esconde, no entanto, duas realidades diferentes: nos Fundos Abertos, tem-se mantido a tendência de queda e de desinvestimento, com estes Fundos a decrescerem 6,1%, enquanto que nas restantes categorias de F.I.I., se tem verificado um aumento dos montantes geridos (16,0% em 2013). Em 31 de Dezembro de 2013, existiam 254 F.I.I. em actividade, o mesmo número que no ano anterior. Dez Fundos foram liquidados, todos pertencentes à categoria dos Fundos Fechados, ao mesmo tempo que se constituíram dez novos Fundos: um Fundo Aberto de Acumulação, quatro Fundos de Investimento Imobiliário para o Arrendamento Habitacional (F.I.I.A.H.) e cinco Fundos Fechados. Deve-se destacar, no entanto, que o novo Fundo Aberto resultou da cisão de um Fundo já existente. Os Fundos de Investimento Imobiliário em 2013 (Milhões Euro) 14, , , , , , , Dez-2012 Mar-2013 Jun-2013 Set-2013 Dez-2013 F. Fechados F. Florestais F. Reabilitação F.I.I.A.H.'s F. Abertos Rendimento F. Abertos Acumulação Fonte: APFIPP; CMVM A maior das categorias de F.I.I. é a dos Fundos Fechados, quer em número de Fundos em actividade (217), quer em valor líquido sob gestão (6 413,4 milhões de euros ou 55,2% do total). Em 2013, os Fundos desta categoria registaram uma subida de 1,6% no valor líquido sob gestão, que se explica, quase totalmente, pela diferença positiva entre os montantes geridos pelos novos Fundos desta classe, no final do ano, e o valor que geriam os Fundos liquidados no final de Mas a Categoria com melhor desempenho, em 2013, foi a dos FIIAH, que beneficiou, quer do lançamento de quatro novos Fundos, quer de aumentos de capital em alguns dos restantes 45

46 FIIAH, já constituídos. No final de 2013, existiam 12 destes Fundos que geriam um património líquido no valor de 1 611,8 milhões de euros (um crescimento de 173,2% em relação ao ano anterior). Os Fundos de Reabilitação e os Fundos Florestais mantêm-se como residuais, no conjunto dos F.I.I. nacionais, sendo responsáveis por um património líquido de 63,4 milhões de euros e 53,6 milhões de euros, respectivamente, o que representa um acréscimo de 1,6% e de 2,9% em relação ao final de O desempenho das categorias de F.I.I. Abertos, em 2013, permanece marcado tanto pelo desinvestimento por parte dos aforradores, estimando-se que o saldo anual de subscrições líquidas tenha sido negativo em cerca de 150 milhões de euros, como pela depreciação dos activos em carteira, estimada em 100 milhões de euros. Os F.I.I. Abertos de Acumulação encerraram o ano 2013 com um valor líquido global de 2 200,4 milhões de euros, o que significa menos 4,4% do que em Já os F.I.I. Abertos de Rendimento tiveram um decréscimo de 8,0%, terminando o ano com um valor líquido global de 1 949,5 milhões de euros. Ambas as subcategorias de Fundos Abertos registaram saídas líquidas, com os F.I.I. Abertos de Acumulação a ostentar um desinvestimento estimado de 15 milhões de euros, enquanto que os Fundos Abertos de Rendimento foram mais penalizados pelos investidores que retiraram deles cerca de 143 milhões de euros. Evolução dos Fundos de Investimento Imobiliário Abertos em 2013 (Milhões Euro) Subscrições Líquidas* Rendimentos Distribuídos* Valorização dos activos* Crescimento Total das Carteiras F. Abertos Acumulação F. Abertos Rendimento Total F. Abertos * - Estimativas Fonte: APFIPP 46

47 Ambas as categorias registaram, igualmente, uma evolução negativa na valorização dos activos detidos, estimando-se uma depreciação de 87 milhões de euros nos Fundos Abertos de Acumulação e uma depreciação de 13 milhões de euros nos Fundos Abertos de Rendimento. O património imobiliário nas carteiras dos Fundos de Investimento (inclui terrenos, imóveis, UP s de F.I.I. e participações em sociedades imobiliárias), em 31 de Dezembro de 2013, estava registado por ,6 milhões de euros, o que representa 116,6% do Valor Líquido global dos F.I.I.. Tal só é possível devido à hipótese de alavancagem dos Fundos, através do recurso ao endividamento. O valor do endividamento, na mesma data, ascendia a 2 668,0 milhões de euros, verificando-se uma redução de 16,1% em relação ao ano anterior. Composição da Carteira dos F.I.I. - Dezembro 2013 Sociedades Imobiliárias 3.0% UP's FII 0.8% Direitos 0.4% Imóveis não Arrendados 24.9% Outros Valores -16.6% Terrenos 17.0% Projectos Construção 12.4% Imóveis Arrendados 58.0% Fonte: APFIPP Os imóveis arrendados representam 58,0% da carteira dos F.I.I., demonstrando a vocação destes Fundos para o investimento em activos que são colocados no mercado de arrendamento. Os terrenos e projectos de construção representam, em conjunto, 29,5% do total de F.I.I., em resultado da existência de um elevado número de Fundos, essencialmente de Fundos Fechados e de Fundos de Reabilitação, que têm como objectivo principal das suas políticas de investimento o desenvolvimento de um ou mais projectos imobiliários que, depois, são colocados no mercado para venda e/ou arrendamento. Os imóveis devolutos representam uma parcela significativa da carteira dos F.I.I., equivalente a 24,9% do respectivo Valor Líquido Global (VLG), um valor superior ao que se verificava um ano antes (24,3%). 47

48 O sector de serviços, onde predominam os escritórios para arrendamento continua a ser uma das principais vocações dos imóveis detidos pelos F.I.I., representando 32,3% do seu total. Finalidade dos Imóveis* detidos pelos F.I.I. - Dezembro 2013 Outros 30.9% Habitação 17.6% Comércio 18.5% Industrial 0.7% Serviços 32.3% * - Não inclui Terrenos nem Direitos. Fonte: CMVM Também o segmento de Outros, onde se destacam os imóveis destinados a armazéns e logística, tem uma importância muito relevante na carteira de imóveis dos F.I.I., detendo uma quota de 30,9%. O sector do comércio, que inclui lojas de rua e centros comerciais, por exemplo, é responsável por 18,5% da carteira de imóveis dos F.I.I., enquanto que os imóveis destinados a Habitação representam 17,6%. Os imóveis com fins industriais representam apenas 0,7% da carteira dos F.I.I.. B. Os F.I.I. na Europa No conjunto dos países europeus representados pela EFAMA, em 31 de Dezembro de 2013, os F.I.I. geriam um total de 276,2 mil milhões de euros, o que traduz um crescimento de 6,5% em relação a Na Europa, Portugal ocupa o sexto lugar em termos de activos sob gestão, num ranking liderado pela Alemanha, com 81,2 mil milhões de euros, pela França com 55,9 mil milhões de euros e pela Itália, com 41,9 mil milhões de euros. Os mercados que obtiveram o maior crescimento, em termos de activos geridos por F.I.I., foram a Irlanda, com 72,3%, Malta, com 64,4% e a Eslováquia, com 46,0%. 48

49 Os F.I.I. na Europa em , ,000 80,000 60,000 40,000 20, , % 100% 80% 60% 40% 20% 0% -20% Montantes 2013 (Milhões Euro) Crescimento 2012 (%) Fonte: EFAMA Pela negativa, em 2013, deve ser realçada a evolução dos F.I.I. na Polónia (menos 15,0%), em Espanha (menos 11,6%) e no Luxemburgo (menos 6,0%). Organismos de Investimento Colectivo (OIC) Estrangeiros Evolução da Comercialização de Fundos Estrangeiros em Portugal (Milhões Euro) 1, , , , , Fonte: CMVM 49

50 A comercialização de Organismos de Investimento Colectivo Estrangeiros, através de canais de retalho, continua a representar um valor relativamente reduzido, quando comparado com a dimensão do mercado nacional de OIC (F.I.M. e F.I.I. incluídos). No entanto, em 2013, este segmento demonstrou maior dinamismo, com o total de Fundos estrangeiros comercializados em Portugal a totalizar, no final do ano, um valor de 988,8 milhões de euros, o que representa um crescimento de 39,2% em relação a Este desempenho ficou a dever-se, fundamentalmente, à captação de novos investimentos junto dos aforradores nacionais, tendo-se registado subscrições líquidas anuais no valor de 239,3 milhões de euros, o que representa cerca de 86% do aumento verificado nos activos comercializados em Portugal. Adicionalmente, ao longo do último ano, os Fundos estrangeiros beneficiaram, também, da boa performance dos mercados, estimando-se uma apreciação de 39,3 milhões de euros, relativamente às participações detidas por aforradores portugueses. O Crescimento dos Fundos Estrangeiros em 2013 (Milhões Euro) Subscrições Líquidas Capitalização Activos º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total Fonte: CMVM Gestão de Patrimónios A Gestão de Patrimónios desempenha um papel muito importante na intermediação financeira, permitindo o investimento de forma profissional das carteiras de activos financeiros de grandes investidores institucionais, como Seguradoras e Fundos de Pensões, mas também de particulares com patrimónios elevados. 50

51 O Mercado Nacional de Gestão de Patrimónios em 2013 (Milhões Euro) 70, , , , , ,000.0 Outras Entidades Bancos S.G.F.I.M. Soc. Gest. Património 10, Dez-2012 Mar-2013 Jun-2013 Set-2013 Dez-2013 Fonte: CMVM São vários os tipos de entidades que podem gerir patrimónios ou, dito de outra forma, que podem exercer a actividade de gestão discricionária de carteiras por conta de outrem. As principais, em termos de volumes de activos sob gestão, são as Sociedades Gestoras de Patrimónios (SGP) e as Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento Mobiliário (SGFIM) que, em conjunto, representam 91,4% deste mercado. O bom desempenho dos mercados financeiros, a nível mundial, teve um efeito positivo no valor das carteiras sob gestão discricionária, que totalizou, no final de 2013, ,8 milhões de euros, mais 2,6% do que no ano anterior. As SGFIM lideram este segmento, tendo terminado o ano com ,7 milhões de euros, o que representa 53,8% deste mercado. Ao longo do ano, os activos sob gestão por este tipo de entidades aumentaram 1,4%. As SGP ocupavam a segunda posição deste ranking, com ,2 milhões de euros, mais 9,0% do que em 2012, garantindo-lhes uma quota de 39,4%. A gestão de patrimónios efectuada por Bancos e outras instituições financeiras totalizou, no final do ano, 4 064,0 milhões de euros, o que traduz uma redução de 18,0% em relação ao ano anterior. A grande maioria das carteiras sob gestão, em termos de volume, é referente a clientes institucionais: 17,6% dos montantes dizem respeito a carteiras de Fundos de Pensões, 67,0% são relativas a Seguradoras e outros 3,2% pertencem a Fundos de Investimento. As restantes categorias de clientes, que incluem os particulares, representam 12,2% do total. 51

52 Estrutura de Cliente da Gestão de Patrimónios em 2013* Fundos de Investimento 3.2% Outros Investidores 11.1% Particulares 1.0% Fundações 0.1% Fundos de Pensões 17.6% Seguradoras 67.0% * - Apenas são considerados os valores geridos por 12 Instituições Financeiras. No final de Dezembro de 2013, estas Sociedades eram responsáveis 92,0% do valor total de Gestão Discricionária Fonte: APFIPP No final do ano passado, as carteiras sob Gestão Discricionária privilegiavam as aplicações em títulos representativos de dívida, pública e privada, que ascendiam, em conjunto, a 67,3% do seu total, menos 0,9 pontos percentuais do que no final de Nos mercados de dívida soberana, a redução contínua das respectivas yields praticadas em relação aos países Europeus, tem levado a um aumento significativo do peso das aplicações em títulos representativos de dívida pública. No final de 2013, este tipo de activos representava 32,8% das carteiras de gestão discricionária, mais 3,9 pontos percentuais do que em Estrutura das Carteiras de Gestão de Patrimónios em 2013* Liquidez e Outros Activos 18.9% UP's F. Investimento 9.2% Acções 4.7% Dívida Pública 32.8% Obrigações 34.5% * - Apenas são considerados os valores geridos por 12 Instituições Financeiras. No final de Dezembro de 2013, estas Sociedades eram responsáveis 92,0% do valor total de Gestão Discricionária Fonte: APFIPP 52

53 Já no que respeita à dívida corporate, houve uma redução do peso desta classe de activos de 39,3%, no final de 2012, para 34,5%, em As aplicações em Liquidez e Outros Activos mantêm um peso significativo na estrutura das carteiras de gestão discricionária. Em 31 de Dezembro de 2013, representavam 18,9% do total sob gestão, 0,9 pontos percentuais a menos do que em igual período de Em resultado da boa performance dos mercados accionistas, o peso das acções em carteira reforçou-se ligeiramente, para 4,7%, que compara com 4,0%, valor que ostentava no final do ano anterior. O Investimento indirecto, através de Fundos de Investimento, continua a representar uma parcela significativa das aplicações das carteiras sob gestão discricionária. No final de 2013, este tipo de instrumentos financeiros representavam 9,2% das aplicações totais, mais 1,1 pontos percentuais do que em Fundos de Pensões Depois de, em 2011, o mercado de Fundos de Pensões nacionais ter sido profundamente prejudicado pela transferência de parte dos Fundos de Pensões da Banca para a Segurança Social, que levou à saída de quase 1/3 do volume sob gestão, no ano 2012, começou a verificar-se uma ligeira recuperação, que se continuou a consolidar em De facto, os Fundos de Pensões terminaram o ano com um total de ,4 milhões de euros, mais 4,7% do que no final do ano anterior. O Mercado de Fundos de Pensões em 2013 (Milhões Euro) 16, , , , , , , , , , , , , , , , , , Dez-2012 Mar-2013 Jun-2013 Set-2013 Dez-2013 F. Pensões Seguradoras F.Pensões SGFP Fonte: APFIPP e ISP 53

54 Este desempenho não pode deixar de ser realçado, tendo em conta as medidas aprovadas pelo Governo na Lei do Orçamento do Estado para 2013, ao alargar o âmbito de incidência da CES Contribuição Extraordinária de Solidariedade que, apesar de ter por objectivo o equilíbrio das contas da Segurança Social, reduzindo as pensões pagas pelo Estado, abrange também os Fundos de Pensões privados, prejudicando, assim, a utilização destes instrumentos financeiros como veículos de poupança privilegiados para a reforma. De acordo com a legislação em vigor, a gestão de Fundos de Pensões pode ser efectuada por Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (SGFP) e por Empresas de Seguros do Ramo Vida. As SGFP gerem a maioria dos Fundos de Pensões nacionais, detendo uma quota de 83,8% deste mercado. Em 2013, no entanto, foram as Seguradoras que tiveram melhor desempenho, com os montantes dos respectivos Fundos de Pensões sob gestão a aumentarem 7,7%, para 2 456,6 milhões de euros. Os Fundos de Pensões geridos pelas SGFP cresceram apenas 4,1%, para ,8 milhões de euros. O Mercado de Fundos de Pensões em 2013 Outros Abertos 6.9% PPA 0.0% PPR 2.4% Fechados 90.6% Fonte: ISP Os Fundos de Pensões Fechados constituem a maior parcela dos Fundos de Pensões, com um total de ,8 milhões de euros ou 90,6% do total. Todas as categorias de Fundos de Pensões, com excepção da dos PPA, registaram um crescimento dos montantes sob gestão, ao longo de 2013, destacando-se, contudo, o desempenho dos Outros Fundos de Pensões Abertos, com uma subida de 14,8%, para 1 051,1 milhões de euros. 54

55 Este tipo de Fundos de Pensões tem sido o veículo privilegiado pelas pequenas e médias empresas nacionais na hora de constituir um complemento de reforma para os seus colaboradores. Os Fundos de Pensões Fechados registaram um crescimento de 4,0% em 2013, enquanto que os Fundos PPR aumentaram em 3,2% os activos sob gestão, terminando o ano com um total de 367,1 milhões de euros. Como referido, os Fundos PPA foram os únicos que registaram um decréscimo dos montantes sob gestão (-21,4%), penalizados pelo desinvestimento dos Participantes que, desde que estes instrumentos financeiros perderam os benefícios fiscais, têm optado por outro tipo de aplicações. Assim, o valor gerido por Fundos PPA é cada vez mais residual, ascendendo a 3,3 milhões de euros, no final de Analisando a composição da carteira dos Fundos de Pensões, evidencia-se uma maior predominância de activos com um perfil de risco de longo prazo, o que se compreende tendo em conta a natureza e objectivos deste tipo de veículos, que se destinam ao financiamento de complementos de reforma e têm, por isso, horizontes de investimento mais longos. Estrutura das Carteiras de Fundos de Pensões em 2013 Liquidez e outros activos 12% Dívida Pública 24% Terrenos e edifícios 11% Obrigações 16% F. Investimento 26% Acções 10% Fonte: ISP. Relatórios trimestrais de evolução de fundos de pensões Assim, o peso das Acções é de 10%, sendo, igualmente, de destacar a percentagem de imóveis detidos (11%). Ao investimento directo nestas classes de activos devem ainda ser acrescentadas as aplicações através de Fundos de Investimento. As aplicações indirectas nos mercados financeiros, fazendo uso de Fundos de Investimento, Mobiliário e Imobiliário, representavam, no final do ano passado, mais de um quarto das aplicações dos Fundos de Pensões. 55

56 O investimento em títulos de dívida pública pesava 24% na estrutura da carteira dos Fundos de Pensões, enquanto que as aplicações em obrigações de empresas e outros títulos de dívida privada representavam mais 16% do total de activos geridos. Planos de Poupança Reforma (PPR) Depois de dois anos em queda, o que é entendido como o resultado da conjuntura económica que se vive em Portugal, os PPR registaram, em 2013, uma recuperação nos montantes sob gestão e suas provisões técnicas, embora bastante modesta (0,9%). Apesar de não existirem dados que permitam confirmar esta teoria, estima-se que a referida evolução seja apenas consequência da valorização dos activos em carteira, resultado do bom desempenho dos mercados financeiros em Mais contribui para esta percepção o facto da Assembleia da República ter aprovado uma alteração ao Decreto-Lei dos PPR permitindo o reembolso, sem penalização, sempre que o mesmo seja utilizado para proceder ao pagamento de prestações de crédito garantido por hipoteca sobre habitação própria e permanente, alargando, assim, as possibilidades de reembolso que já se encontravam contempladas na Lei. Evolução das aplicações em PPR (Milhões Euro) 18,000 15,000 12,000 9,000 6, ,315 13, ,281 15, , ,021 12,163 12,287 F. Pensões F. Investimento Seguros* 3, * - Provisões Técnicas Fonte: APFIPP e ISP No final de 2013, considerando todas as formas jurídicas que estes produtos podem assumir (F.I.M., Fundos de Pensões e Seguros), o montante total de PPR ascendia a ,6 milhões de euros, o que representa uma subida de 0,9% em relação ao final de

57 Os PPR constituídos sob a forma de seguro, por terem, em muitos casos, associada a garantia do capital e, por vezes também, a garantia de uma rendibilidade mínima, mantêm-se como a classe de PPR mais popular junto dos portugueses. No final de 2013, os PPR constituídos sob a forma de Seguro representavam 90,2% do valor total de PPR, o que significava ,8 milhões de euros em provisões técnicas 15. Estes PPR registaram, em 2013, um crescimento de 1,0%. Os Fundos de Investimento ocupam a segunda posição, com um total de 960,7 milhões de euros, o que equivale a uma quota de 7,1% do total de PPR. Em 2013, foram a única classe de PPR que registou um decréscimo dos montantes face ao ano anterior, tendo caído 1,9%. No terceiro lugar, estão os Fundos de Pensões, com um total de 367,1 milhões de euros, que traduzem uma quota de 2,7% no segmento dos PPR. Ao longo de 2013, os PPR sob a forma de Fundos de Pensões foram os que registaram o melhor desempenho, com um aumento de 3,2% dos montantes sob gestão. 15 Fonte: ISP - Instituto de Seguros de Portugal. 57

58 IV ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS 1. Fiscalidade O ano de 2013 evidenciou-se, à semelhança do verificado no ano anterior, por diversos ajustamentos efectuados no âmbito do enquadramento fiscal nacional, levando a que o acompanhamento de matérias regulatórias fiscais tenha sido uma constante ao longo do ano, exigindo uma atenção permanente por parte da APFIPP, para avaliar e analisar o impacto das alterações concretizadas na actividade de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões em Portugal Orçamento do Estado para 2013 O Orçamento do Estado para 2013, aprovado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, introduziu diversas alterações, com repercussões ao nível das actividades representadas pela Associação, das quais se destacam as seguintes: Do artigo 71.º do Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), passando a taxa aplicável à generalidade dos rendimentos (excepto mais-valias) de origem nacional, obtidos por Fundos de Investimento, para 28%; Do artigo 72.º do Código do IRS, de modo a que os rendimentos prediais obtidos em território português, em sede do referido imposto, passassem a ser tributados, autonomamente, à taxa de 28%; Da alínea c) do n.º do artigo 22.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), modificando a tributação do saldo das mais e menos-valias mobiliárias obtidas por Fundos de Investimento, obtidas em território português ou fora dele, de 21,5% para 25%; Da alínea a) do n.º 6 do artigo 22.º do EBF, no sentido de alterar a tributação dos rendimentos prediais obtidos por Fundos de Investimento Imobiliário de 20% para 25%; Revogação do n.º 16 do Artigo 22º do EBF, eliminando, assim, a isenção de tributação do saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias resultante da alienação de acções detidas por Fundos de Investimento durante mais de 12 meses, obrigações e outros títulos de dívida; Do n.º 1 do artigo 71.º do EBF, relativo a incentivos à reabilitação, com vista a alargar, até 31 de Dezembro de 2013, o prazo de constituição dos Fundos de Investimento Imobiliário que podem beneficiar da isenção prevista na referida disposição; Sujeição ao Imposto Municipal sobre Transacções de Imóveis (IMT) na transmissão de imóveis para os participantes como reembolso em espécie de unidades de 58

59 participação decorrente da liquidação de Fundos de Investimento Imobiliário fechados de subscrição particular; bem como na transmissão de bens imóveis por fusão de Fundos de Investimento Imobiliário fechados de subscrição particular. Previsão de uma autorização legislativa para criação de um imposto sobre a generalidade das transacções financeiras que tenham lugar em mercado secundário, designadamente a compra e a venda de instrumentos financeiros, tais como partes de capital, obrigações, instrumentos do mercado monetário, unidades de participação em Fundos de Investimento, produtos estruturados e derivados, e a celebração ou alteração de contratos de derivados. Para além das medidas referidas, uma outra importante medida apresentada na Lei do Orçamento do Estado para 2013, com sérias repercussões nas pensões financiadas por poupança privada, prendeu-se com o alargamento do âmbito de incidência da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES). A aplicação da CES a pensões financiadas por poupança das empresas a favor dos seus empregados, é, no entender da Associação, incompreensível e inaceitável, porquanto foram benefícios totalmente financiados pelas referidas empresas que em nada pesam à despesa do Estado. Constitui, pois, um forte condicionante na acumulação futura de poupança para a reforma, gerando desconfiança e total desinteresse naqueles que são abrangidos por estes benefícios, que, deste modo, não terão qualquer motivação para os valorizar. Este facto, vai, aliás, ao arrepio de todas as tendências na Europa e daquilo que se deveria estar a implementar fortemente em Portugal, ou seja, sistemas complementares de reforma que assegurem, no futuro, a manutenção de uma vida digna a quem toda a vida trabalhou e contribuiu para a manutenção de um Estado que já reconheceu, no debate que tem sido promovido sobre a sua refundação, que não vai ser capaz de assegurar o que tem vindo a prometer ao nível das pensões de reforma. Face às circunstâncias de aplicação da CES e ao seu sancionamento pelo próprio Tribunal Constitucional, em Assembleia Geral da APFIPP, foi ratificada a decisão de interpor uma acção no Tribunal Tributário, solicitando, tão somente, que este clarifique a delimitação do âmbito de incidência objectiva da Contribuição Extraordinária de Solidariedade, com o alcance e sentido de que a mesma não se aplica aos complementos de reforma facultativamente constituídos por empresas e colaboradores, processados por Entidades Gestoras de Fundos de Pensões e financiados por Fundos de Pensões. E, adicionalmente, solicitou-se que, caso venha a ser esse o entendimento do Tribunal, o reconhecimento do direito à devolução das deduções, entretanto já efectuadas a título da CES, sobre os complementos de reforma facultativamente constituídos através de poupanças de empresas e de trabalhadores Orçamento do Estado para 2014 No âmbito dos trabalhos preparatórios para a elaboração do Orçamento do Estado para 2014, a APFIPP endereçou ao Ministério das Finanças algumas propostas de medidas, com o objectivo de garantir o futuro das actividades de Gestão de Fundos de Investimento e de Pensões, assim como para assegurar que estas possam contribuir, de forma mais significativa, 59

60 para o financiamento da economia nacional. As sugestões apresentadas centraram-se, essencialmente, nos seguintes aspectos: Alteração do regime de tributação dos Fundos de Investimento, para um regime fiscal de tributação à saída, conforme a Associação tem vindo a defender desde 2011 e que se entende ser urgente implementar, de modo a viabilizar a captação de interesse estrangeiro por estes Organismos de Investimento Colectivo e recuperar a sua competitividade, entretanto perdida, face a outras opções de investimento e de poupança disponíveis para os portugueses. De facto, conforme oportunamente se tem vindo a transmitir nos contactos desenvolvidos com as Autoridade Oficiais, o regime fiscal é um alicerce crucial para o desenvolvimento e continuidade da actividade de Gestão de Fundos de Investimento em Portugal, especialmente, tendo em consideração que, a manter-se um quadro desajustado relativamente ao de concorrentes europeus, conjugado com as possibilidades oferecidas pelo passaporte comunitário previsto na Directiva UCITS, tal conduzirá, inevitavelmente, os operadores nacionais a ponderarem domiciliar os Fundos Harmonizados fora do território nacional, em jurisdições que lhes ofereçam condições concorrenciais mais atractivas. De referir que esta situação foi expressamente evidenciada pela Comissão para a Reforma do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), no seu relatório divulgado no final do mês de Julho, no qual recomendou a revisão e reformulação do regime fiscal dos Organismos de Investimento Colectivo, expressando que o regime actual dos fundos de investimento, e a sua desarticulação com os regimes vigentes no espaço europeu, determina bloqueios que penalizam o investimento português no estrangeiro e a atracção de investimento estrangeiro através de fundos de investimento mobiliários e imobiliários. Assim, de forma a eliminar assimetrias que penalizam o investimento imobiliário e em valores mobiliários através de fundos, a Comissão recomenda que se alinhe a tributação dos fundos com os regimes mais competitivos vigentes noutros Estados-Membros da União Europeia ; No âmbito da Contribuição Extraordinária de Solidariedade, a APFIPP insistiu, mais uma vez, na necessidade de clarificar, na letra da Lei, que esta contribuição não é aplicável aos complementos de reforma instituídos pelas empresas privadas, a favor dos seus trabalhadores; Tendo presente a revisão do Código do Imposto sobre o Rendimento das pessoas Colectivas, a Associação destacou a relevância de se aproveitar o processo em curso para estimular a criação de poupança de longo prazo em Portugal, contemplando medidas de reforço do quadro actualmente existente para a promoção de instrumentos de aforro de longo prazo, como são os Fundos de Pensões. Neste contexto, e seguindo o exemplo do êxito das medidas concretizadas em 1988/1989, sugeriu-se que, no âmbito do artigo 43.º do Código do IRC, as contribuições efectuadas pela empresa, para Fundos de Pensões, sejam consideradas, em dobro, como custo do exercício, e com o limite máximo de 25% das despesas com o pessoal, escrituradas a título de remunerações, ordenados e salários, 60

61 num determinado exercício. Tal teria um caracter transitório (por exemplo de cinco anos) e vigoraria apenas para novos Planos. Esta medida, conjugada com a anterior, de clarificação do âmbito de incidência da CES, constituiria, no entender da Associação, um novo impulso para que as empresas implementassem planos complementares de reforma para os seus trabalhadores, o que contribuiria, também, para um maior financiamento da economia, através das aplicações efectuadas pelos próprios Fundos de Pensões. Deste modo, canalizar-se- -iam recursos para investimentos estruturais de longo prazo, matéria em que a Comissão Europeia tem estado a trabalhar empenhadamente nos últimos meses. Por fim, foram, ainda, reiteradas algumas propostas de dinamização e reforço da actividade dos Fundos de Investimento Imobiliário, relacionadas, nomeadamente, com o incentivo ao investimento em reabilitação e arrendamento habitacional, para o caso da alteração do regime fiscal dos Fundos de Investimento não merecer acolhimento positivo e, em alternativa, se optar por medidas isoladas de ajustamento. Previamente à apresentação da Proposta de Lei relativa ao Orçamento do Estado para 2014, o Governo anunciou que os benefícios de determinados Fundos seriam moderados, no âmbito do novo Orçamento do Estado avançando, alguns Órgãos de Comunicação Social, que tal envolvia a eliminação da isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis e de Imposto Municipal sobre Transacções de Imóveis. Perante este quadro, a Associação remeteu uma carta ao Ministério das Finanças, expressando a sua preocupação a respeito do impacto negativo que a continuação da adopção de medidas de ajustamento avulsas sobre o regime tributário dos Fundos de Investimento representaria. Nesta linha, salientou a necessidade de ser devidamente ponderada a eliminação de incentivos sem que se proceda a uma alteração global do regime fiscal em causa, conforme a Associação tem vindo a apelar e que, inclusivamente, foi corroborado pela própria Comissão de Trabalho sobre o IRC, conforme já referido. Uma vez divulgada a proposta de Orçamento do Estado para 2014, a 15 de Outubro, foi com satisfação que se constatou ter sido contemplada uma autorização legislativa com vista à revisão do regime fiscal dos Organismos de Investimento Colectivo, permitindo, assim, a reorganização das regras de apuramento do imposto, em consonância com as práticas internacionais. Dada a relevância do tema para a Indústria de Gestão de Activos em Portugal, e uma vez que, no entender desta Associação, certos aspectos técnicos relacionados com o modelo fiscal a instituir, poderiam inviabilizar, nos termos apresentados, o efeito positivo pretendido, a APFIPP desenvolveu diversas diligências junto das Autoridades competentes, dos principais Grupos Parlamentares e da Comissão do Orçamento, Finanças e Administração Pública, no sentido de expor alguns ajustamentos considerados fundamentais para o adequado enquadramento da medida para que, de facto, seja possível definir um quadro tributário eficiente e que contribua para o fortalecimento e maior competitividade da actividade. De referir que, em termos gerais, as sugestões apresentadas foram posteriormente acolhidas, no âmbito dos trabalhos de especialidade que decorreram na Assembleia da República e votadas favoravelmente. No encerrar do ano e uma vez conhecida a Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2014, constatou-se que o artigo que previa a 61

62 autorização legislativa para que se proceda à revisão do Regime Fiscal dos Organismos de Investimento Colectivo não correspondia, na íntegra, ao texto votado e aprovado em reunião plenária da Assembleia da República, de 26 de Novembro, tendo a Associação prontamente transmitido tal situação à Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, no sentido de serem promovidas as devidas diligências para corrigir o lapso identificado. Para além da referida autorização legislativa, identificaram-se, ainda, no Orçamento do Estado para 2014, outras alterações fiscais com impacto nas actividades representadas pela APFIPP, nomeadamente: O artigo 76.º relativo à Contribuição Extraordinária de Solidariedade sofreu algumas alterações, passando, designadamente, a estar expressamente excluído da sua aplicação o reembolso de capital e respectivo rendimento, quer adoptem a forma de pensão ou prestação pecuniária vitalícia ou a de resgate, de produto de poupança individual facultativa subscrito e financiado em exclusivo por pessoa singular (destacam-se, pelo realce, as alterações de redacção introduzidas); Foram reduzidas para metade as taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis e de Imposto Municipal sobre Transacções de Imóveis, sobre as transmissões onerosas de imóveis aplicáveis aos prédios integrados em Fundos Imobiliários abertos ou fechados de subscrição pública, em Fundos de Pensões e em Fundos Poupançareforma, que se constituam e operem de acordo com a legislação nacional; Foi prorrogado, até 31 de Dezembro de 2015, o prazo para constituição de FIIAH e de SIIAH, assim como o prazo para aquisição de imóveis por essas entidades. Para que possam usufruir das isenções de IMI, IMT e de Imposto Selo, consagradas no regime especial aplicável a estas entidades, passou a estar definido o que se considera por prédio urbano destinado ao arrendamento para habitação permanente ; No âmbito do regime da renúncia à isenção do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) nas operações relativas a bens imóveis, o artigo 10º - Regularização de imposto deduzido do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado foi alterado, tendo sido aumentado de 3 para 5 anos o prazo para, não estando os imóveis efectivamente arrendados, se tenha que proceder à devolução de parte das deduções de IVA efectuadas; No âmbito da verba 28 da Tabela Geral do Imposto do Selo, a taxa de 1% aplicável aos prédios habitacionais com valor patrimonial tributário igual ou superior a euros, passou a ser, também, aplicável a terreno para construção cuja edificação, autorizada ou prevista, seja para habitação, nos termos do disposto no Código do IMI e; Manteve-se a autorização legislativa com vista à criação de um imposto sobre a generalidade das transacções financeiras que tenham lugar em mercado secundário. 62

63 1.3. Foreign Account Tax Compliance Act A FATCA Foreign Account Tax Compliance Act permaneceu, em 2013, no âmbito dos temas prioritários da agenda da Associação, particularmente, por via da sua colaboração no Grupo de Trabalho Informal, liderado pelo CEF - Centro de Estudo Fiscais e Aduaneiros, do qual fazem parte a APFIPP, a APB, a APS, o ISP, o Banco de Portugal e responsáveis do Ministério das Finanças. Este comité tem vindo, desde o segundo semestre de 2012, a analisar este assunto e a preparar os termos da celebração de um InterGovernmental Agreement (IGA) com o Estados Unidos da América, no sentido de se enquadrarem as entidades e instrumentos financeiros nacionais abrangidos nos regimes de excepção previstos pelo FATCA e a sua respectiva fundamentação. Esta legislação fiscal, que visa evitar a evasão ao pagamento de impostos nos EUA, por parte de residentes nesse país, através do investimento em veículos estrangeiros, viu finalmente a sua regulamentação final ser publicada no início de Posteriormente, verificou-se, ainda, a publicação, pelo US Treasury, de novas versões actualizadas dos modelos IGA, das quais se destacam, em especial, as alterações efectuadas ao anexo II do Modelo I (que será adoptado por Portugal e que pressupõe que as Instituições Financeiras nacionais reportem a informação relativa a US Persons que sejam seus clientes à administração fiscal portuguesa, havendo posterior troca de informação entre as autoridades dos dois países), cuja versão, até Maio de 2013, consistia na identificação concreta dos produtos e entidades consideradas isentos ou sujeitos a obrigações reduzidas ao abrigo do regime FATCA, e que passou a adoptar uma abordagem baseada na identificação dos critérios de enquadramento para efeitos desses produtos e entidades. Estas alterações exigiram, naturalmente, por parte do Grupo de Trabalho de adaptações ao trabalho realizado até então, para além do acompanhamento da celebração dos acordos intergovernamentais que foram sendo estabelecidos ao longo do ano, bem como a entrada em funcionamento do Portal FATCA, criado pelo IRS Americano para que as Instituições Financeiras Estrangeiras se possam registar como FATCA Compliants. No segundo semestre de 2013, registou-se o início dos trâmites formais para negociação do Acordo Intergovernamental entre Portugal e os EUA, cujos desenvolvimentos se aguardam, assim como a elaboração da legislação nacional que implementará o regime FATCA na esfera jurídica portuguesa Reforma do Código do IRC Na esfera fiscal, um dos trabalhos de maior relevo para a economia nacional, em 2013, foi a revisão do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), pelo que a Associação seguiu com interesse o desenvolvimento deste processo. Desde logo, a APFIPP endereçou, à Comissão encarregue de analisar este assunto, em Junho, algumas observações a respeito da ligação fundamental e directa que existe entre o imposto sobre empresas e a criação de Fundos de Pensões complementares, tendo relembrado o êxito da medida concretizada em 1988/1989 e proposto que, em termos fiscais, as contribuições efectuadas pela empresa, para Fundos de Pensões, no âmbito do artigo 43.º do Código do IRC, sejam consideradas em dobro como custo do exercício, tendo como limite máximo 25% das 63

64 despesas com o pessoal, escrituradas a título de remunerações, ordenados e salários, respeitantes a esse mesmo exercício. Posteriormente e conforme já mencionado, por ocasião da consulta pública promovida sobre a matéria, verificou-se com satisfação o reconhecimento pela referida Comissão de Trabalho da necessidade de se proceder a uma alteração do regime de tributação dos Fundos de Investimento, em virtude da sua desarticulação com os regimes vigentes no espaço europeu, que penaliza o investimento estrangeiro através de Fundos de Investimento, conforme a Associação tem vindo a advogar há algum tempo. Assim, no âmbito da consulta, a Associação submeteu algumas sugestões adicionais a respeito desta alteração fiscal, no sentido de acautelar que fosse concretizada da forma mais eficiente possível e não persistissem distorções que afectassem o objectivo delineado. No que se refere aos Fundos de Pensões, foram, também, apresentadas algumas sugestões relacionados com a redacção do artigo 43.º - Reutilização de utilidade social. A alteração do regime fiscal dos Fundos de investimento acabou por transitar do dossier relativo à revisão do Código do IRC para a própria Lei que aprovou o Orçamento do Estado para 2014, através de autorização legislativa para o efeito, conforme se referiu anteriormente Imposto sobre Transacções Financeiras Em Setembro de 2011, a Comissão adoptou uma Proposta de Directiva do Conselho sobre um sistema comum de Imposto sobre as Transacções Financeiras (ITF). No entanto, posteriormente, foi reconhecida a persistência de diferenças de perspectiva essenciais quanto à necessidade de se estabelecer um imposto harmonizado sobre as transacções financeiras a nível europeu, não havendo unanimidade a este respeito. Assim, com base no pedido de onze Estados-Membros (Bélgica, Alemanha, Estónia, Grécia, Espanha, França, Itália, Áustria, Portugal, Eslovénia e Eslováquia), a Comissão Europeia apresentou, em Fevereiro de 2013, uma nova proposta de Directiva para a autorização de cooperação reforçada, entre os Estados-Membros participantes, no domínio do Imposto sobre as Transacções Financeiras. A respeito desta nova proposta, a Associação teve a oportunidade de submeter, ao Centro de Estudos Fiscais e Aduaneiros (CEF), bem como às três Autoridades de Supervisão Financeira, um conjunto de observações sobre a introdução do Imposto sobre as Transacções Financeiras no contexto das onze jurisdições participantes e, em particular, sobre os efeitos bastante negativos que a referida medida poderá ter sobre as poupanças das famílias, sobretudo no que respeita à possibilidade da sua aplicação nos mercados de capitais, ficando os instrumentos financeiros sujeitos ao referido imposto em desvantagem face a outros que são seus concorrentes. No entendimento da Associação, o ITF não deve ser aplicável aos Fundos de Investimento e aos Fundos de Pensões, tendo em atenção o papel fundamental que desempenham enquanto veículos de aplicação das poupanças das famílias o que, no caso dos Fundos de Pensões, ganha uma relevância acrescida pelo facto de se tratar de uma poupança de longo prazo, com o objectivo de assegurar uma reforma adequada aos futuros pensionistas. Acresce, também, que pretendendo o ITF impor uma tributação adicional sobre as Instituições Financeiras, o mesmo só deveria incidir sobre as transacções financeiras executadas por 64

65 instituições financeiras que actuem por conta própria ou por conta de outras instituições financeiras, pois de outro modo o ITF incidirá, também, sobre famílias e empresas. A evolução deste dossier fiscal comunitário continuará a exigir a devida monitorização por parte da Associação, bem como, a forma como será concretizada, a nível nacional, a autorização legislativa prevista na Lei do Orçamento do Estado a este respeito. 2. Enquadramento Regulatório 2.1. UCITS IV e o Novo Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo Durante o ano 2013, prosseguiu o processo de transposição da Directiva UCITS IV, que culminou em Setembro de 2013, com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 63-A/2013, de 10 de Maio, que implementou o novo Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo (RJOIC). O processo de transposição iniciou-se no Verão de 2012, com a colocação em Consulta Pública, pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, do primeiro draft do projecto legislativo de alteração do RJOIC tendo, na ocasião, a APFIPP efectuado diversas diligências, no sentido de procurar que algumas disposições previstas nesse documento, e que não decorriam da Directiva UCITS IV, fossem removidas ou, no mínimo, que fossem ajustadas de modo a reduzir o impacto negativo expectável para os Organismos de Investimento Colectivo e Sociedades Gestoras nacionais. No início de 2013, a APFIPP foi convidada, pelo Ministério das Finanças, a pronunciar-se sobre uma nova versão do projecto de alteração do RJOIC que, no essencial, mantinha a generalidade das disposições previstas no projecto original que a APFIPP havia contestado. Assim sendo, a Associação insistiu na necessidade de se reflectir aprofundadamente sobre todas as medidas não previstas na Directiva Comunitária, nomeadamente, sempre que se impunham condições de funcionamento mais restritivas para os Organismos de Investimento Colectivo e para as Sociedades Gestoras domiciliadas em Portugal, na medida em que estas constituem um entrave adicional à competitividade dos agentes nacionais face aos seus concorrentes europeus. De facto, uma das novidades introduzidas pela Directiva UCITS IV é a atribuição de um passaporte para as Sociedades Gestoras, que permite que uma entidade sedeada num qualquer país da União Europeia (UE) possa gerir Fundos domiciliados num qualquer outro Estado-Membro da UE e, posteriormente, comercializá-los livremente em todos os países da União Europeia. Deste modo, as condições de funcionamento mais ou menos restritivas que cada Estado-Membro impõe aos Organismos de Investimento Colectivo e às Sociedades Gestoras que aí se encontram domiciliadas, constituem factores determinantes para estas entidades escolherem quer a sua domiciliação quer a dos Fundos que gerem. De entre as medidas contestadas pela APFIPP por não corresponderem a exigências da Directiva, e tendo em vista o maior impacto negativo esperado para os Organismos de Investimento Colectivo (OIC) e as Sociedades Gestoras nacionais, destacam-se as seguintes: 65

66 Imposição de elementos adicionais para a subscrição, em concreto da exigência de preenchimento de um boletim de subscrição; Obrigatoriedade de reverter comissões de subscrição, resgate e transferência para os OIC em detrimento da Sociedade Gestora; Maiores exigências em matéria de independência no que se refere à composição do órgão de administração e do conselho fiscal das entidades; Obrigação de assegurar a formação adequada das entidades encarregadas da comercialização e adopção de um plano de formação; Proibição / limitação das operações dos Organismos de Investimento Alternativo com entidades relacionadas e do investimento em activos por elas emitidos ou garantidos; Exigências acrescidas no que diz respeito à composição do património dos Organismos de Investimento Alternativos. O esforço da APFIPP permitiu que, apesar da maioria destas medidas permanecer no Diploma que foi publicado em Maio, a redacção final tenha acolhido várias alterações que suavizaram o seu impacto para o mercado nacional dos Organismos de Investimento Colectivo. Logo após a publicação do Decreto-Lei n.º 63-A/2013, foi colocado em consulta pública, pela CMVM, o projecto de Regulamento que veio substituir o anterior Regulamento da CMVM n.º 15/2013. Este novo Regulamento veio concretizar muitas das normas previstas no novo RJOIC, ao mesmo tempo que implementou, no quadro regulatório nacional, diversos Regulamentos Europeus e Orientações emitidas pela ESMA European Securities and Markets Authority que especificavam, com maior detalhe, as disposições da Directiva UCITS IV. Ao mesmo tempo, o projecto de Regulamento propunha-se abranger também a comercialização das adesões individuais a Fundos de Pensões Abertos, dada a similaridade com os OIC, nesta matéria. A APFIPP, em conjunto com as suas Associadas, fez uma análise minuciosa do projecto de Regulamento e dos documentos europeus que se visava implementar, procurando identificar a forma como se operava a transposição das normas europeias e a introdução de regras mais estreitas do que as previstas no quadro normativo europeu. O novo Regulamento foi publicado no início de Setembro de 2013, a tempo de entrar em vigor juntamente com o novo RJOIC, e a APFIPP congratulou-se por verificar terem sido acolhidas a larga maioria das sugestões que efectuou no âmbito da consulta pública. Para além das novidades decorrentes da Directiva UCITS IV (passaporte para as Sociedades Gestoras; implementação de um novo documento intitulado Informações fundamentais destinadas aos Investidores e que substituiu o anterior Prospecto Simplificado; possibilidade de realizar fusões transfronteiriças; criação da figura dos Fundos Master-Feeder; e agilização dos processos de notificação de Fundos para efeitos de comercialização cross-border), uma das principais alterações introduzidas pelo novo RJOIC está relacionada com a actividade dos 66

67 Organismos de Investimento Alternativo (OIA), nomeadamente, em termos de restrições às suas políticas de investimentos. Apesar dos reiterados alertas da APFIPP sobre o impacto que estas alterações teriam no mercado português, onde este tipo de Fundos tinha vindo a crescer substancialmente nos tempos mais recentes, a concretização dessas medidas forçou a alterações profundas nos Fundos existentes que contribuíram para que, só nos quatro meses subsequentes à entrada em vigor do novo Regime, tenham saído desses Fundos, em termos líquidos, mais de milhões de Euros. Também no âmbito da implementação do novo RJOIC, a CMVM colocou em consulta pública, no Verão de 2013, um projecto de alteração ao Plano de Contas dos OIC com vista a adaptá-lo à nova realidade destes veículos de poupança colectiva, nomeadamente, no que diz respeito à possibilidade dos OIC se constituírem sob a forma societária e também em virtude da obrigatoriedade da generalidade das comissões de subscrição, resgate e transferência reverterem para o OIC. Neste contexto, a APFIPP aproveitou para sugerir mais algumas alterações pontuais, de modo a tornar a contabilidade dos OIC mais ajustada à respectiva realidade e à dos mercados em que investem. A APFIPP continuará a acompanhar atempadamente, com as suas Associadas, a implementação do novo Regime. Várias questões interpretativas que haviam sido identificadas durante as diversas consultas que precederam a publicação do novo RJOIC permanecem por responder, bem como outras relacionadas com o novo Regulamento dos OIC, pelo que a APFIPP irá seguramente continuar a diligenciar no sentido de que essas, e outras questões que surjam, sejam esclarecidas pelos Reguladores, de modo a permitir que todo o mercado actue de forma homogénea EMIR European Market and Infrastructure Regulation O Regulamento (UE) n.º 648/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de Julho de 2012, relativo aos derivados do mercado de balcão, às contrapartes centrais e aos repositórios de transacções (EMIR), criou um novo quadro jurídico para os derivados do mercado de balcão (contratos de derivados OTC), as contrapartes centrais e os repositórios de transacções, tendo como principal fundamento estabelecer condições para a limitação de riscos e o aumento de transparência no âmbito dos contratos de derivados. Para o efeito, este regulamento comunitário, de aplicação directa e sem necessidade de ser transposto por qualquer instrumento legal nacional, integra um conjunto de obrigações que impendem sobre as contrapartes financeiras, designadamente: Obrigação de compensação junto de uma contraparte central de determinados contratos de derivados OTC; Obrigação de adopção de técnicas de mitigação de riscos em relação aos contratos de derivados OTC que não sejam compensados centralmente; 67

68 Obrigação de comunicação de informação relativa a todos os contratos de derivados celebrados, quer sejam OTC ou não, a repositórios de transacções. Para além das referidas obrigações, o diploma impõe, ainda, regras de organização de funcionamento e prudenciais para as contrapartes centrais e regras para os repositórios de transacções. Muito embora o EMIR tenha entrado em vigor a 16 de Agosto de 2012, este prevê uma aplicação faseada das obrigações nele previstas, em função da definição e aprovação de normas técnicas e regulamentação adicional, o que se veio a consubstanciar, até ao momento, num conjunto de regulamentos delegados, publicados no final de 2012 e num conjunto de regulamentos de execução emitidos já em A necessidade de adoptar novas práticas e novos procedimentos operacionais, exigiu por parte da Associação uma monitorização da evolução deste dossier, no sentido de auxiliar as suas Associadas na implementação destas regras. Neste âmbito, foi criado um grupo de trabalho, composto por especialistas de algumas das suas Associadas, a fim de ser elaborado um documento com algumas orientações de actuação a respeito do cumprimento dos requisitos previstos no EMIR, o qual, uma vez ultimado, foi divulgado às Associadas, no sentido de constituir uma ferramenta de apoio e auxílio na implementação a realizar. Dada a relevância da temática foi, ainda, organizada uma formação, com a colaboração da Abreu & Associados, no sentido de dar a conhecer de modo mais aprofundado o âmbito e enquadramento do EMIR e, fundamentalmente, auxiliar na avaliação das suas implicações no contexto da actividade da Gestão de Fundos Mobiliários, Imobiliários, de Pensões e da Gestão de Patrimónios. Ainda no que se refere ao EMIR, e na medida em que a definição de determinados aspectos, como as normas sancionatórias, foi cometida aos Estados-Membros, com vista a garantir a sua efectiva operacionalização na ordem jurídica interna, a Associação procurou acompanhar o processo de discussão e aprovação da Proposta de Lei de autorização legislativa para o efeito (Proposta de Lei n.º 174/XII), submetida pelo Governo à Assembleia da República. Neste contexto, teve a oportunidade de submeter à consideração da Secretaria de Estado das Finanças, em sequência de pedido de parecer, algumas observações a respeito do anteprojecto de proposta de lei, bem como de trocar impressões com a Assembleia da República sobre a matéria. Também com o Instituto de Seguros de Portugal foram desenvolvidos contactos e trocas de impressões sobre a concessão de isenções, prevista no EMIR, relativamente à obrigação de compensação aplicável a determinados regimes de pensões. Não tendo todas as fases de implementação do EMIR sido concluídas em 2013, já que a obrigação de reporte a repositórios de transacções está prevista para 12 de Fevereiro de 2014 e a obrigação de compensação, provavelmente, apenas para o segundo semestre de 2014, este será um tema cuja evolução a Associação continuará a monitorizar e a auxiliar as suas Associadas na sua adopção e no esclarecimento de aspectos que suscitem maior dificuldade. 68

69 2.3. Directiva dos Gestores de Fundos de Investimento Alternativos O ano de 2013 foi um ano de referência para a adopção, a nível comunitário, da Directiva 2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Junho de 2011, relativa aos Gestores de Fundos de Investimento Alternativos, cuja adopção, de acordo com as regras estabelecidas, deveria ser concluída até 22 de Julho desse ano. Esta Directiva tem como fundamento instituir um quadro legal europeu para a Gestão de Fundos Não Harmonizados, apresentando medidas que passam, entre outras, pela criação de um passaporte europeu para a comercialização destes Fundos junto de investidores profissionais, assim como pela definição de alguns requisitos mínimos de capital, de requisitos organizativos e de reporte e prestação de informação. Muito embora não tenha, ainda, sido concretizada a transposição desta Directiva, para o ordenamento jurídico nacional, a Associação seguiu atentamente a evolução deste processo, bem como a emissão da regulamentação adicional que ocorreu ao longo de 2013, realizada pela Comissão Europeia e também pela ESMA - European Securities and Markets Authority, com o objectivo de regulamentar determinados procedimentos e disposições nela previstos. Na falta da concretização da referida transposição e tendo presente que os regulamentos comunitários não carecem de transposição e que são, por isso, directamente aplicáveis no ordenamento jurídico nacional, ao que acresce que seria desejável que todas as regras fossem aplicadas em simultâneo, a Associação considerou pertinente solicitar esclarecimento à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sobre como seriam adoptadas as disposições previstas no Regulamento Delegado (UE) n.º 231/2013, da Comissão, de 19 de Dezembro, que complementa a Directiva 2011/61/EU no que diz respeito às isenções, condições gerais de funcionamento, depositários, efeito de alavanca, transparência e supervisão UCITS V, UCITS VI, MIFID, IORP, PRIPS e ELTIFS Para além dos processos legislativos referenciados nos pontos anteriores, já em fase de conclusão ou em plena aplicação, outros houve que, no decorrer de 2013, careceram de monitorização, por parte da Associação, particularmente, por meio da participação nos trabalhos de análise realizados no seio da EFAMA European Funds and Asset Management Association, associação europeia de que faz parte, conforme se destacam, em seguida, ainda que de forma breve. Destes, é de destacar, face ao especial impacto para as actividades representadas pela Associação, as discussões a respeito das alterações ao quadro comunitário que rege os Organismos de Investimento Colectivo, quer sob a designação de UCITS V e que se centram no domínio do Depositário e das políticas de remuneração dos Gestores de Fundos UCITS; como ao nível da UCITS VI que tem o intuito de melhorar e rever alguns aspectos na sua regulamentação, a respeito de matérias como: i) activos elegíveis e utilização de derivados na gestão de carteiras de UCITS; ii) técnicas e instrumentos para efeitos de uma gestão eficaz da carteira; iii) derivados OTC; iv) regras de gestão de liquidez; v) introdução do passaporte europeu para a função de Depositário; vi) Fundos Money Market; vii) possibilidade de desenvolvimento de Fundos de Investimento com perspectiva de longo prazo, direccionados para investidores de retalho; e viii) análise de eventuais melhoramentos no contexto da UCITS 69

70 IV (passaporte da entidade gestora, estruturas master-feeder, fusões transfronteiriças e procedimentos de notificação). Outro dossier relevante, diz respeito à revisão da Directiva dos Mercados e Instrumentos Financeiros, cujos trabalhos continuaram, no seio das instâncias europeias, a ser desenvolvidos ao longo do ano transacto. Ainda a respeito desta Directiva comunitária, a ESMA - European Securities and Markets Authority emitiu, no final do segundo semestre, orientações sobre as políticas e práticas de remuneração, com o objectivo de assegurar uma aplicação coerente e mais eficaz dos requisitos previstos na Directiva em matéria de conflitos de interesses e normas de conduta no domínio da remuneração. Na esfera das pensões, prosseguiram, também, os trabalhos comunitários com vista à revisão da Directiva 2003/41/EC (Directiva IORP), iniciados pela Comissão Europeia em 2011, tendo a APFIPP mantido a sua participação nos dois Grupos de Trabalho Europeus: o Occupational Pensions Stakeholder Group, criado no seio da EIOPA; e o Pension Steering Committee criado pela EFAMA, com o objectivo de acompanhar as consultas desenvolvidas sobre a matéria. No que se refere à iniciativa PRIPS - Packaged Retail Investment Products, concretizada pela Comissão Europeia, em 2012, através de uma proposta de regulamento com o objectivo dos produtos de investimento de retalho existentes possuírem um maior grau de harmonização e normalização, no que se refere às informações a divulgar, obrigatoriamente, junto dos pequenos investidores, a mesma foi submetida, já no final do ano de 2013, a votação plenária no Parlamento Europeu, a que se seguirão agora as negociações do trílogo, entre Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão. Em termos de novidades, é de salientar, também, a proposta apresentada pela Comissão Europeia, em Junho de 2013, para a definição de um enquadramento comunitário de uma nova categoria de Fundo de Investimento destinado a aplicações de longo prazo, sob a designação ELTIF s European Long Term Investment Funds. Este tipo de Fundo destina-se a investidores dispostos a investir por longos períodos, constituindo um meio de impulsionar a inovação e a competitividade de empresas que, derivado à especificidade da sua actividade, procuram o financiamento para investimentos a longo prazo, como é o caso de infraestruturas de energia, transportes e comunicações ou inovação a nível ecológico Lei de Bases da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo Na área do imobiliário, um dos vários dossiers que mereceu a atenção da Associação, em 2013, prendeu-se com a revisão da Lei de Solos e da Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e de Urbanismo, consagradas, respectivamente, pelo Decreto-Lei n.º 794/76, de 5 de Novembro e pela Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto. Deste modo, foram acompanhados os trabalhos de discussão da Proposta de Lei n.º 183/XII, com vista precisamente a proceder a alterações aos referidos diplomas, e que foi submetida pelo Governo à Assembleia da República em Outubro de Neste contexto, a Associação remeteu à Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, para apreciação no âmbito da especialidade, algumas considerações a respeito de temas como a avaliação do solo rústico, a necessidade de se estabelecer um registo cadastral e a alteração à classificação 70

71 do solo, assim como ao facto de ser eliminado do conceito de solo urbano, os comummente designados solos urbanizáveis. Estas observações foram, também, dadas a conhecer à Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza. Ainda na esfera do sector imobiliário, mas no que se refere ao Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação, consagrado no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, e cuja revisão se encontra prevista no âmbito da Proposta de Lei anteriormente mencionada, enquanto seu diploma complementar, a Associação submeteu ao Ministério da Agricultura, do Ambiente e Ordenamento do Território, um conjunto de observações sobre a matéria, resultado da análise efectuada pelas suas Associadas Gestoras de Fundos de Investimento Imobiliário. Nesta exposição, destacou-se, entre outros, a necessidade de se proceder a uma maior agilização dos processos administrativos previstos no regime em apreço, bem como a de se clarificar diversos aspectos legais em vigor. A Associação continuará a seguir o processo de definição da nova Lei de Bases da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo, bem como a revisão do conjunto de diplomas complementares que dele resultará Revisão do Regime de Certificação Energética de Edifícios No âmbito da revisão da legislação que regula a Certificação Energética de Edifícios, motivada em grande parte pela necessidade de se transpor, para a ordem jurídica nacional, a Directiva 2010/31/EU do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Maio de 2010, relativa ao Desempenho Energético dos Edifícios, a APFIPP submeteu à apreciação da Secretaria de Estado da Energia, ainda no decorrer do primeiro semestre de 2013, algumas observações sobre a matéria, no que se refere ao seu âmbito de alteração e à necessidade de clarificar a definição de proprietário. Este processo de revisão culminou com a publicação, a 20 de Agosto, do Decreto-Lei n.º 118/2013, do Ministério da Economia e do Emprego, que determinou a entrada em vigor do novo Sistema de Certificação Energética dos Edifícios a 1 de Dezembro. Este diploma, para além de concretizar a referida transposição, procedeu, também, a uma revisão da legislação nacional existente, consolidando num único diploma matérias anteriormente reguladas em três diplomas distintos (Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios, Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios e Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios). E, complementarmente, com vista a melhorar a sistematização e o âmbito da sua aplicação, passou a separar, de modo claro, as matérias com incidência exclusiva sobre os edifícios de habitação (REH - Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação) das relativas aos edifícios de comércio e serviços (RECS - Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços), no sentido de facilitar o tratamento técnico e a gestão administrativa dos processos, reconhecendo as especificidades técnicas de cada tipo de edifício. No seguimento da publicação do novo diploma e de forma a apoiar as Associadas na análise das principais alterações por ele introduzidas, a Associação promoveu, a 21 de Novembro, um Sessão de Esclarecimento sobre o Novo Regime de Certificação Energética de Edifícios, que 71

72 contou com a especial participação da ADENE - Agência para a Energia, a entidade responsável pela gestão do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios Alteração do Regime Jurídico dos Planos de Poupança Reforma No ano de 2013, registou-se uma terceira alteração ao regime jurídico dos Planos de Poupança Reforma (PPR), previsto no Decreto-Lei n.º 158/2002, de 2 de Julho, apenas alguns meses após a segunda alteração, concretizada em 2012, para permitir uma nova condição legal de reembolso do valor destes planos de poupança para pagamento de prestações de crédito à aquisição de habitação própria e permanente. Esta terceira alteração foi motivada pelo facto de, após a entrada em vigor da Lei n.º 57/2012, de 9 de Novembro, se terem registado diversas dúvidas a respeito da sua aplicação, as quais comprometiam a sua eficácia. Neste sentido, os Grupos Parlamentares do PSD, PS, CDS-PP, PCP e BE acordaram na apresentação de um Projecto de Lei conjunto para proceder a alguns ajustamentos ao regime e, desse modo, ultrapassar as dificuldades identificadas na aplicação da Lei, processo que veio dar origem à publicação, a 3 de Julho, da Lei n.º 45/2013. Tendo presente as dificuldades na operacionalização das alterações introduzidas em 2012, a Associação seguiu atentamente os trabalhos relacionados com a discussão do referido Projecto de Lei na Assembleia da República, tendo a esse propósito submetido à consideração da Comissão do Orçamento, Finanças e Administração Pública algumas observações sobre o mesmo. Apesar das alterações implementadas terem esclarecido algumas das questões identificadas, nomeadamente, a concretização dos contratos de crédito abrangidos e a definição do conceito de prestações, para além da articulação destas novas disposições com o estipulado no Estatuto dos Benefícios Fiscais, a APFIPP não deixa de lamentar o facto de se ter alargado ainda mais as possibilidades de reembolso dos Planos de Poupança Reforma ao permitir-se a desmobilização de poupanças, que deveriam constituir complementos de reforma, para liquidação de compromissos de hoje, mesmo que não existam quaisquer dificuldades financeiras que motivem o referido reembolso Regime Jurídico do Papel Comercial A revisão do regime legal do Papel Comercial, implementado pelo Decreto-Lei n.º 69/2004, de 25 de Março, foi outro tema analisado e apreciado no seio da Associação, em sequência da iniciativa do Governo de promover e facilitar a expansão da utilização deste instrumento como forma alternativa de financiamento das empresas. Ainda numa fase de enquadramento da iniciativa, foi solicitado o parecer da Associação sobre a matéria, no âmbito do qual se endereçaram ao Ministério das Finanças um conjunto de sugestões que se entendeu poderem concorrer para uma maior dinamização da emissão e do investimento em Papel Comercial, relacionadas, essencialmente, com a flexibilização do acesso por parte das empresas a esta fonte de financiamento e em criar condições para 72

73 promover o investimento neste tipo de instrumento, em particular, por parte dos Fundos de Investimento. Já na recta final do ano, a Associação teve ainda a oportunidade de se pronunciar sobre o anteprojecto de Decreto-Lei que visa proceder à referida revisão, tendo verificado, com satisfação, o acolhimento de várias das sugestões apresentadas anteriormente, como: i) a agilização da emissão de papel comercial e a flexibilização de alguns dos requisitos de emissão estabelecidos; ii) a consagração da possibilidade da garantia, que assegure o cumprimento das obrigações de pagamento decorrentes da emissão, poder ser prestada com recurso a regimes de garantia mútua; iii) a definição de um modelo de nota informativa, permitindo a uniformização do conteúdo e estrutura deste elemento informativo. No entanto, constatando-se que da proposta de articulado não resultava inteiramente claro que a promoção e o alargamento do espectro de investimento por parte dos Fundos de Investimento seja efectivamente concretizada, na medida em que as emissões de papel comercial poderão, eventualmente, não ser consideradas elegíveis em termos de opção de investimento, a Associação alertou sobre tal facto o Ministério das Finanças e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, solicitando que essa situação seja devidamente acautelada, no sentido de ser possível que os Fundos de Investimento desempenhem um papel dinamizador nesta área Comunicação de Operações e Posições com o Exterior Na sequência da publicação da Instrução do Banco de Portugal n.º 27/2012, de 17 de Setembro, relativa à Comunicação de Operações e Posições com o Exterior, bem como da Instrução n.º 56/2012, que efectuou alterações à primeira, a Associação constatou haver necessidade de promover uma sessão de esclarecimento sobre a matéria, especialmente destinada às suas Associadas, tendo convidado o Núcleo de Estatísticas da Balança Financeira do Banco de Portugal para o efeito. Este encontro, permitiu dar a conhecer, de modo mais detalhado, este novo sistema de reporte de informação estatística ao Banco de Portugal, que tem por fundamento a compilação de estatísticas de operações e posições com o exterior, registadas na balança de pagamentos e na posição de investimento internacional de Portugal, proporcionou uma troca directa de impressões, entre os profissionais do sector, responsáveis por realizar o mencionado reporte, e aqueles que são os receptores dessa informação, o que se revestiu de grande utilidade Outras Iniciativas Regulamentares i) Consultas Públicas Adicionalmente às iniciativas legislativas e regulamentares anteriormente descritas, a Associação participou, durante o ano de 2013, em diversas consultas públicas, respondendo às solicitações de parecer e de contributos formuladas por diversas Autoridades, das quais merecem destaque as seguintes: 73

74 Consulta Pública da CMVM n.º 1/2013 relativa ao anteprojecto de segunda alteração ao Regulamento da CMVM n.º 2/2000 sobre o Sistema de Indemnização aos Investidores; Consulta da CMVM a respeito de anteprojecto de Instrução do SII Sistema de Indemnização aos Investidores; Consulta pública da Autoridade Bancária Europeia (EBA), relativa a Regulatory Technical Standards (RTS) sobre o cálculo dos requisitos de fundos próprios baseados em despesas gerais fixas aplicável às empresas de investimento no cumprimento do mandato previsto no n.º 4 do artigo 97.º do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Junho de A APFIPP deu conhecimento ao Banco de Portugal do contributo que havia remetido à EBA, no âmbito da consulta em apreço; Consulta do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros sobre proposta de anteprojecto legislativo relativo à transposição parcial da Directiva n.º 2011/89/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Novembro, sobre a supervisão complementar das entidades financeiras de um conglomerado financeiro; Consulta do Instituto de Seguros de Portugal sobre projecto de Norma Regulamentar que regula os procedimentos operacionais de pagamento ou entrega dos montantes resultantes de taxas e contribuições incidentes sobre a actividade seguradora e dos fundos de pensões; Consulta pública da Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA) sobre Discussion paper on a possible EU-single market for personal pension products ; Consulta conjunta da Autoridade Bancária Europeia (EBA), Autoridade Europeia dos Mercados de Valores Mobiliários (ESMA) e Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA) sobre Mechanistic references to credit ratings in the ESAs guidelines and recommendations ; Consulta pública da Comissão Europeia a respeito do Green Paper on the long-term financing of the European economy ; Consulta da Secretaria de Estado das Finanças sobre a transposição parcial da Directiva n.º 2011/89/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Novembro, sobre a supervisão complementar das entidades financeiras de um conglomerado financeiro; Consulta pública do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros n.º 1/2013 sobre A Avaliação e Valorização de Imóveis Uma Abordagem Integrada para o Sistema Financeiro Português. 74

75 ii) Pedidos de esclarecimento Para além das participações em processos de alteração ou de elaboração de novos diplomas legais e regulamentares, a APFIPP solicitou, sempre que necessário, esclarecimentos sobre matérias que suscitaram dúvidas às suas Associadas ou que careceram de clarificação, com vista a uma melhor interpretação e aplicação uniforme dos preceitos legais e normativos. Com este propósito, a Associação desenvolveu diligências junto das seguintes entidades, a solicitar, designadamente: À Autoridade Tributária e Aduaneira: Esclarecimento a respeito da nova estrutura da declaração modelo 39, instituída na Portaria n.º 414/2012, de 17 de Dezembro; Esclarecimento sobre a eventual exigência, ainda que, no entendimento da APFIPP, sem fundamento, de preenchimento do anexo G Mais-valias e outros incrementos patrimoniais da declaração modelo 3, com informação relativa a Fundos de Investimento Mobiliário; Esclarecimento sobre o impacto das alterações introduzidas no artigo 117º do Código do IRC, pela Lei n.º 20/2012, de 14 de Maio, no mecanismo de restituição de imposto retido ou devido a Entidades Isentas, nos termos do artigo 22º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. À CMVM: Clarificação do procedimento relativamente à provisão de imposto sobre mais-valias potenciais, decorrente da alteração concretizada pelo Regulamento da CMVM n.º 1/2013 ao Regulamento n.º 16/2003, relativo à contabilidade dos Organismos de Investimento Colectivo; Clarificação sobre a compatibilização da exigência vertida no artigo 81.º do novo Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo, com os n.ºs 1 e 2 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 222/99, de 22 de Junho, que regula o funcionamento do Sistema de Indemnização aos Investidores, e com o n.º 5 do artigo 8.º do Regulamento da CMVM n.º 2/2000 sobre a mesma matéria; Clarificação a respeito do procedimento de actualização do Documento com as Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores (IFI) e o cálculo da Taxa de Encargos Correntes (TEC) que deve constar do referido documento informativo, decorrentes da entrada em vigor do novo Regulamento da CMVM n.º 5/2013. iii) Sugestões de âmbito regulatório De modo a contribuir para o desenvolvimento do quadro legislativo e regulamentar e para a sua progressiva adaptação às condições e à evolução do mercado, a APFIPP apresentou, 75

76 também, às Autoridades competentes, alguns pedidos de alteração ou sugestões de adopção de novos procedimentos, dos quais se salientam: Ao Ministério Finanças: Sugestão de implementação de um regime de tributação à saída para as Sociedades de Investimento Imobiliário (SIIMO), instituindo um regime fiscal mais eficiente, ao exemplo da alteração realizada em Espanha ao nível das designadas SOCIMIs - Sociedades Anónimas Cotizadas de Inversión en el Mercado Inmobiliario, que teve como propósito impulsionar a constituição destes veículos de investimento e, assim, potenciar e dinamizar o mercado imobiliário. À Secretaria de Estado das Finanças: Sugestão de alteração do Regime Jurídico dos Fundos de Pensões, previsto no Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de Janeiro, no sentido de, mediante alguns ajustamentos, tornar possível que os Fundos de Pensões possam considerar-se Mecanismos Equivalentes, estabelecidos pela Lei n.º 70/2013, de 30 de Agosto, constituindo uma alternativa à adesão ao Fundo de Compensação do Trabalho. À Secretaria de Estado da Economia: Solicitação, efectuada conjuntamente com a APPII - Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários e a APCC Associação Portuguesa de Centros Comerciais, a implementação de um regime excepcional de prorrogação ou de extensão de prazos dos licenciamentos comerciais, no sentido de se procurar promover e incentivar o relançamento de projectos com estes fins específicos. 3. Iniciativas de Auto-Regulação 3.1. Provedor O Provedor, dos Participantes e Beneficiários de Adesões Individuais aos Fundos de Pensões Abertos geridos pelas Associadas da APFIPP continuou a exercer as suas funções de prestação de informação sobre temas relacionados com adesões individuais a Fundos de Pensões Abertos e de apreciação de processos de reclamação submetidos por Participantes ou Beneficiários. No cumprimento do disposto no artigo 38.º da Norma do ISP n.º 7/2007, de 17 de Maio, o Provedor endereçou à Associação, em Janeiro de 2013, informação sobre as recomendações por si efectuadas durante o exercício de 2012, tendo-se verificado que não foram proferidas quaisquer recomendações em processos de reclamação. Posteriormente, e de acordo com os 76

77 procedimentos instituídos, a referida informação foi transmitida pela APFIPP ao Instituto de Seguros de Portugal e disponibilizada no site da Associação. À semelhança de anos anteriores, o Provedor remeteu, também, à Associação dois relatórios sobre a actividade desenvolvida ao longo de cada um dos semestres do ano, com informação estatística sobre o número de reclamações recebidas por Entidade Gestora, natureza das mesmas, cumprimento de prazos pelos diversos intervenientes e conclusão/encerramento dos processos Projecto APFIPP, APS e SIBS Transferências de Planos de Poupança Após a entrada em funcionamento, em Maio de 2012, da plataforma criada, pela APFIPP, a APS Associação Portuguesa de Seguradores e a SIBS - Forward Payment Solutions, S.A., para agilização dos processos de transferência de Planos de Poupança (PPR e Fundos de Pensões Abertos) entre diferentes operadores, houve necessidade de se proceder a alguns ajustamentos, tendo em consideração a experiência entretanto obtida na operacionalização corrente do sistema. A análise destes aspectos foi realizada no decurso de 2013, tendo sido promovida uma reunião, entre os actuais subscritores da plataforma, para apresentar as novas funcionalidades e as alterações a concretizar, a fim de se obter um tratamento mais eficiente dos processos de transferência, cuja implementação ocorrerá no início de Revisão da Classificação dos Fundos de Investimento Mobiliário e Fundos de Pensões Abertos O sistema de Classificação de Fundos de Investimento Mobiliário e de Fundos de Pensões Abertos implementado pela APFIPP tem vindo a ser sucessivamente melhorado com o objectivo de ajustar as categorias definidas e os respectivos critérios à evolução dos mercados financeiros, assim como de permitir melhores comparações entre os Fundos domiciliados em Portugal. No âmbito desse processo contínuo de melhoramento do Sistema de Classificação, em 2013, a APFIPP efectuou algumas pequenas alterações à metodologia de classificação dos Fundos de Investimento Mobiliário, dos Fundos PPR e Fundos de Pensões Abertos, no sentido de clarificar alguns conceitos e práticas relacionadas com a aplicação dos critérios estabelecidos e respectiva monitorização. 4. Divulgação e Promoção dos Sectores Representados 4.1. Promoção da Poupança para a Reforma A promoção e o estímulo da poupança de longo de prazo destinada à reforma, tem sido um tema a que a APFIPP tem dedicado especial atenção nos últimos anos e 2013 não foi uma excepção, empenhando-se no desenvolvimento de diversas iniciativas, no sentido de 77

78 sensibilizar os cidadãos para a importância de elevar os níveis de poupança com esse fim específico Estudo sobre a Sustentabilidade dos Sistemas de Segurança Social em Portugal As tendências demográficas projectadas para as próximas décadas e o impacto da crise económica e financeira que se vive, tornaram o debate sobre o futuro do actual sistema público de pensões, e a sua sustentabilidade e adequação, numa necessidade inadiável. Tendo presente a urgência do tema e pretendendo contribuir de modo positivo e construtivo para a imperiosa reflexão que se impõe à sociedade civil, a Associação apoiou a elaboração de um estudo, realizado por uma equipa de peritos nacionais, sob a coordenação científica do Prof. Doutor Jorge Miguel Ventura Bravo, do Departamento de Economia da Universidade de Évora. Os resultados deste trabalho foram apresentados, no dia 29 de Janeiro de 2013, numa cerimónia que contou com a presença de representantes das Associadas da APFIPP e de diversos órgãos de comunicação social. O referido estudo compreende duas partes: i) uma primeira, intitulada: Sustentabilidade Financeira dos Sistemas Públicos de Segurança Social em Portugal: Situação Actual e Análise Prospectiva, onde se analisam os pressupostos demográficos, macroeconómicos e actuariais que influenciam a sustentabilidade financeira da Segurança Social e em que se apresentam projecções sobre essa mesma sustentabilidade; e ii) uma segunda parte, sob o título: Sistemas de Segurança Social em Portugal: Arquitectura de um Novo Modelo Social e Contributos para o Debate sobre a Reforma do Regime de Pensões, onde se apontam caminhos para uma solução equilibrada entre o compromisso intergeracional que deve existir, a sustentabilidade do sistema e a adequação das pensões. Para além da mencionada apresentação pública, o estudo foi, também, divulgado e facultado, para conhecimento e análise, a diversas entidades governamentais e de supervisão, bem como a entidades e personalidades com interesse público na temática em questão Certificado de Responsabilidade para a Reforma O Certificado de Responsabilidade para a Reforma (CERR) é mais uma das iniciativas que se enquadra no âmbito das preocupações da Associação em promover a necessidade de poupar para a reforma e que mereceu valoração por parte do Instituto de Seguros de Portugal. Apesar desta iniciativa ser sido instituída em 2011, só em 2013 se realizou a primeira cerimónia oficial de entrega dos CERR, cumprindo, assim, o objectivo de fomentar o desenvolvimento e a transparência do mercado de Fundos de Pensões, distinguindo, ainda que simbolicamente, o empenho das empresas e demais organizações que proporcionam benefícios de reforma aos seus trabalhadores e que, dessa forma, contribuem para uma melhor adequação das suas pensões no futuro. 78

79 Nesta primeira cerimónia, realizada a 17 de Abril, foram atribuídos CERR a 17 empresas, de diferentes sectores de actividade, designadamente: AstraZeneca Portugal, BCG The Boston Consulting Group, BMW Portugal, Citibank, Colt Tecnhology Services, Daimler Portugal, EDP, Grupo Millenniumbcp Ageas, ING Belgium, Instituto de Seguros de Portugal, Mercer Portugal, Novartis, Roche Farmacêutica, Roche Sistemas de Diagnósticos, SGF, Takeda Portugal, VTM Consultores de Engenharia e APFIPP. Os Planos de Pensões aos quais é atribuído o CERR, obrigam-se a cumprir com um conjunto de características bem definido e que é reconhecido como respeitando as melhores práticas existentes no mercado. Estas características comportam exigências ao nível: dos direitos dos Participantes, das Contribuições efectuadas, das Opções de Investimento permitidas e da Informação disponibilizada aos Participantes Indicador de Poupança APFIPP / Católica Outra das iniciativas através da qual a Associação procura dar maior visibilidade à importante variável da poupança, consiste na publicação regular do Indicador de Poupança APFIPP/Universidade Católica, desenvolvido em colaboração com a Universidade Católica, e que procura antecipar a evolução da taxa de poupança das famílias portuguesas, expressa em percentagem do PIB. Em 2013, foram efectuados alguns ajustamentos ao conteúdo da nota informativa mensal em que o indicador é divulgado, passando-se, também, a incluir, juntamente com o Indicador de Poupança, outras séries de poupança conhecidas oficialmente. Por fim, para assinalar os dois anos sobre o lançamento do Indicador de Poupança APFIPP/Universidade Católica, na divulgação dos valores relativos ao mês de Maio foi incluída uma breve análise da evolução deste Indicador e uma avaliação do seu contributo para o enriquecimento do debate sobre a poupança das famílias em Portugal Promoção de Formação Financeira Plano Nacional de Formação Financeira e outras iniciativas Enquanto Membro de uma das Comissões de Acompanhamento do Plano Nacional de Formação Financeira (PNFF) e consciente da relevância da promoção da literacia financeira em Portugal, a APFIPP deu seguimento, em 2013, à sua colaboração neste importante projecto nacional, lançado há pouco mais de dois anos pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, mas já com uma diversidade de iniciativas concretizadas e resultados bastante satisfatórios. Neste âmbito, a Associação participou na segunda reunião do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros com as Comissões de Acompanhamento do PNFF, realizada a 6 de Maio, na qual foi dado a conhecer o relatório de actividades referente ao ano de 2012 e analisada a estratégia de actuação e principais actividades a desenvolver no ano em curso. 79

80 Para o ano de 2013, uma das prioridades de actuação estabelecidas pela Comissão Coordenadora do PNFF consistiu no desenvolvimento da Formação de Formadores, de modo a potenciar o efeito multiplicador da divulgação e promoção de matérias financeiras. Para o efeito, a referida Comissão elaborou um Catálogo de Módulos de Formação, que submeteu à apreciação dos Membros das Comissões de Acompanhamento, sobre um conjunto diverso de temáticas, passíveis de ser abordadas na esfera formativa. Neste contexto, a Associação submeteu à consideração da Comissão Coordenadora do Plano, um conjunto de contributos, no que se refere especificamente ao Módulo dedicado a Produtos de Poupança e Investimento, com vista a melhor enquadrar alguns aspectos previstos no respectivo programa, alertar para a necessidade de determinados conceitos chave exigirem uma cuidada abordagem e para a importância de ser destacada a responsabilidade dos cidadãos na preparação da sua reforma. Ainda no âmbito das actividades do PNFF, a Associação esteve, também, presente na 1.ª Conferência Internacional do Plano, realizada no dia 12 de Julho, que proporcionou a tomada de conhecimento sobre algumas das melhores práticas internacionais na implementação de estratégias nacionais de formação financeira, de introdução da educação financeira nas escolas e da utilização e dinamização de portais de literacia financeira. Foram, ainda, acompanhadas com interesse as comemorações da segunda edição do Dia da Formação Financeira, realizadas a 31 de Outubro, que em 2013 deu particular atenção à formação financeira em espaço escolar, sob o lema A Formação Financeira está nas Escolas. Não fique de fora. Muito embora a Associação não tenha desenvolvido uma iniciativa específica nesta data, assistiu às celebrações que decorreram na Escola Secundária Filipa de Vilhena, no Porto, e que compreenderam a apresentação de diversas actividades didácticas realizadas por alunos e uma aula, leccionada por Membros do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, durante a qual, alunos presentes no local e de outros estabelecimentos de ensino, que seguiram a iniciativa por videoconferência, puderam colocar questões sobre a poupança e o planeamento do orçamento familiar. Também na esfera da promoção da literacia financeira e numa semana dedicada a esta temática, organizada pelo canal televisivo Económico TV, a Associação teve a oportunidade de participar numa das edições do programa Finanças Pessoais, do referido órgão de comunicação, no qual destacou a importância da educação financeira e deu brevemente a conhecer algumas das iniciativas desenvolvidas pela Associação nesta área de intervenção. Para além destes contributos a nível nacional, a Associação manteve a participação nos trabalhos desenvolvidos pela EFAMA European Funds and Asset Management Association, através da sua representação no Investor Education Working Group da referida Associação Europeia de que faz parte, com o objectivo de conhecer os projectos sobre educação financeira que têm sido desenvolvidos noutros países e os exemplos de boas práticas a seguir na implementação destas iniciativas Divulgação do Dia Mundial dos Fundos Pela primeira vez, a APFIPP procurou assinalar o Dia Mundial dos Fundos de Investimento, celebrado a 19 de Abril, através da emissão de um Press Release sobre a ocasião, no qual 80

81 procurou dar a conhecer a origem da data e evidenciar as principais características dos Fundos de Investimento, enquanto opção para aplicação de poupanças, disponível no mercado e que deve ser levada em consideração no momento da decisão sobre onde investir. Por iniciativa da congénere alemã da APFIPP, a BVI, em 2012, a celebração do Dia Mundial dos Fundos de Investimento encontra-se associada ao aniversário do comerciante holandês, Adrian van Ketwick, que se pensa ser quem lançou o primeiro Fundo de Investimento na Europa, lançado, em 1774, sob a designação de A União faz a Força. A criação deste Fundo teve por motivação a diversificação e a divisão de riscos, características que, ainda hoje, constituem o fundamento base dos Fundos de Investimento, enquanto instrumentos de aplicação de poupança colectiva, sujeitos a princípios de diversificação e de divisão de riscos, geridos no exclusivo interesse dos seus investidores/participantes Estatísticas Portugal Economy Probe Pelo segundo ano, a APFIPP prosseguiu a colaboração com a Portugal Economy Probe -, um site especializado em dar a conhecer, a todos os interessados, sobretudo estrangeiros, informação económica e financeira sobre Portugal. A APFIPP desde o início que, reconhecendo o mérito desta iniciativa, se associou à mesma, fornecendo periodicamente informação estatística sobre os sectores de actividade que representa Revista Funds People Por solicitação da revista Funds People, especializada na área do investimento colectivo, foram desenvolvidos diversos contactos, no decorrer do segundo semestre de 2013, no sentido da Associação passar a facultar, regulamente, elementos estatísticos que alimentem uma rubrica intitulada Barómetro sobre o segmento da Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, em Portugal. Esta parceria terá início em 2014, numa base trimestral, com os primeiros dados a terem como referência o final do ano de 2013, incluindo informação sobre o volume de subscrições líquidas e o montante de activos sob gestão Outras Iniciativas Inquérito sobre o Emprego na Gestão de Activos e de Fundos de Pensões No ano transacto, a APFIPP promoveu, junto das suas Associadas, mais um inquérito ao emprego na Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, que teve por base o final de Com a informação compilada, a Associação produziu um relatório, divulgado às suas Associadas já em Janeiro de 2014, e que tem como fundamento permitir obter uma visão mais completa e detalhada do universo representado por esta Associação, em termos da composição e qualificação dos seus recursos humanos. 81

82 Índice Imobiliário APFIPP / IPD Durante o ano 2013, manteve-se a parceria com o IPD Investment Property Databank para a construção e divulgação trimestral do Índice Imobiliário APFIPP /IPD, que pretende ser um benchmark representativo da performance dos Fundos de Investimento Imobiliário, em Portugal Prémios NYSE Euronext Lisbon A APFIPP foi, mais uma vez, convidada a participar na edição dos NYSE Euronext Lisbon Awards, promovida anualmente pela NYSE Euronext Lisbon e que visa distinguir as entidades emitentes, intermediários financeiros e outras instituições e pessoas que se destacaram pelo seu desempenho no mercado de capitais português. Nesta segunda edição, que ocorreu a 31 de Janeiro de 2013, o Presidente da Associação efectuou a entrega do prémio Investment Fund / Open Pension Fund in Portuguese Stocks, que distingue o Fundo de Investimento Mobiliário ou o Fundo de Pensões Aberto que, ao longo do ano, efectuou um maior esforço de investimento em acções cotadas na NYSE Euronext Lisbon, relativamente à sua carteira total. A colaboração da APFIPP neste projecto centra-se, unicamente, na prestação de informação e no apoio técnico no âmbito da definição dos critérios que pretendem distinguir os Fundos de Investimento Mobiliário e Fundos de Pensões Abertos que investem em acções nacionais Colaboração com a Sonangol No exercício da promoção da actividade desenvolvida pelos sectores representados e de procurar contribuir para uma melhor informação sobre os mesmos, a APFIPP estabeleceu uma parceria com a empresa Sonangol, no sentido de proporcionar, a um conjunto de colaboradores, um melhor conhecimento da temática dos Planos e Fundos de Pensões. Esta iniciativa decorreu durante a segunda quinzena de Julho de 2013, em Lisboa, tendo sido muito apreciada pelos cerca de vinte participantes, que tiveram, também, a oportunidade de visitar algumas Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões do mercado e de trocar impressões com os próprios profissionais do sector em Portugal Conferência / Debate sobre o Futuro da Europa No sentido de proporcionar o debate e a troca de impressões, num espírito construtivo e de partilha de novas ideias e perspectivas, a APFIPP promoveu, a 12 de Abril, uma conferênciadebate, circunscrita ao universo das suas Associadas, sobre o presente e o futuro da Europa e os desafios que se lhe colocam. Esta iniciativa, muito apreciada pelos colaboradores das Associadas da APFIPP, contou com a participação especial do Sr. Dr. Rui Martins dos Santos que, enquanto economista, partilhou a 82

83 sua visão sobre as origens e as possíveis soluções para a crise financeira que se atravessa desde Investor Relations No âmbito de uma colaboração com a Católica Lisbon School of Business & Economics, a Associação promoveu uma reflexão, entre um grupo de gestores de Fundos de Investimento de algumas das suas Associadas, a respeito do papel do Investor Relations e das competências e características que mais valorizam nestes profissionais, tendo em consideração o contacto que estabelecem com os mesmos no exercício da suas funções. Perante o enriquecedor debate e a troca de impressões realizada, considerou-se oportuno a produção de um breve vídeo, para eventual utilização futura, com o registo dos testemunhos de alguns Gestores de Fundos, a respeito das questões que foram centrais na análise promovida: Quais as principais características que um Investor Relations deve possuir?; Que aspectos são especialmente valorizados no exercício da função de Investor Relations?; e O que não é desejável ou não se espera de um Investor Relations? 5. Actividade Formativa A actividade formativa desenvolvida pela APFIPP, em 2013, manteve como eixos orientadores da sua actuação nesta área de intervenção, a oferta de soluções formativas que respondam às necessidades específicas dos quatros sectores que representa, procurando contribuir para a valorização e actualização contínua das competências dos profissionais que exercem funções na Indústria de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões em Portugal. Para a definição e estruturação das iniciativas realizadas, a Associação teve por base as necessidades de formação identificadas no seio das suas Associadas, diagnosticadas, previamente, por via de questionários realizados no início do ano, através de solicitações expressas das Associadas e das Comissões Consultivas, bem como em resultado das matérias dominantes na agenda de trabalhos das Indústrias que representa. O exercício transacto compreendeu, assim, a realização de um conjunto de 7 acções de formação, num regime presencial e enquadradas na esfera da formação profissional contínua, cujas temáticas alvo foram as seguintes: FATCA Foreign Account Tax Compliance Act; Introdução a Instrumentos e Mercados Financeiros; Directiva relativa aos Gestores de Fundos Alternativos; EMIR European Market Infrastructure Regulation; 83

84 Regime Fiscal dos Fundos de Investimento - 1ª Edição, 2ª Edição e 3ª Edição. As referidas acções traduziram-se em 42 horas de formação e na participação efectiva de um total de 253 Formandos, um volume superior ao registado no ano anterior que veio ao encontro dos objectivos traçados pela Associação. Em termos de desempenho, são de registar as avaliações positivas atribuídas por parte dos diferentes agentes envolvidos no processo formativo, o que, naturalmente, motiva a continuação da dedicação e desenvolvimento desta área de intervenção da Associação. 6. Representação Institucional 6.1. Nacional Como representante nacional de quatro sectores de actividade, a APFIPP foi convidada, ao longo do ano, a participar em diversas reuniões e encontros, por forma a pronunciar-se sobre diversas matérias relacionadas com a sua esfera de actividade. No exercício da sua participação institucional, procurou, sempre que possível, responder a tais solicitações, prestando o seu contributo e colaborando proactivamente com as Entidades Governamentais e de Supervisão, e outros organismos e entidades relacionadas com a Indústria de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões em Portugal. Neste contexto, assegurou, à semelhança de anos anteriores, a sua representação ao nível de órgãos consultivos, comissões de acompanhamento e grupos de trabalho de diversas organizações relacionados com os sectores que representa, das quais se destacam as seguintes: Conselho Nacional do Mercado de Valores Mobiliários Na qualidade de vogal do Conselho Nacional do Mercado de Valores Mobiliários, o Presidente da Associação esteve presente na reunião deste órgão consultivo do Ministro das Finanças, integrado no Conselho Superior de Finanças, realizada a 16 de Abril de Conselho Consultivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários A APFIPP fez-se representar na reunião do Conselho Consultivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, realizada a 18 de Dezembro de Conselho Consultivo do Instituto de Seguros de Portugal A Associação esteve presente na reunião do Conselho Consultivo do Instituto de Seguros de Portugal realizada no dia 5 de Dezembro de

85 Conselho Consultivo do Instituto dos Actuários Portugueses A APFIPP participou na segunda reunião do Conselho Consultivo do Instituto dos Actuários Portugueses, que teve lugar no dia 29 de Janeiro de Comissão de Acompanhamento do Plano Nacional de Formação Financeira A APFIPP deu continuidade, conforme referido no presente relatório, à sua colaboração nos trabalhos do Plano Nacional de Formação Financeira, através da sua representação numa das Comissões de Acompanhamento do referido Plano. Participou na segunda reunião destas Comissões com o Conselho Nacional de Supervisores, realizada a 6 de Maio de 2013, bem como marcou presença em outras iniciativas promovidas no âmbito deste projecto nacional. Comissão de Honra da Semana da Reabilitação Urbana No âmbito da iniciativa Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, promovida pela Vida Imobiliária e a Promevi, que terá lugar em 2014, a APFIPP foi convidada a associarse à referida iniciativa e a integrar a sua Comissão de Honra. Para além das representações e participações supra referidas, a Associação foi convidada a estar presente em diversas conferências, encontros e debates relacionados com matérias conexas à sua esfera de actuação Internacional EFAMA - European Fund and Asset Management Association A APFIPP deu continuidade à colaboração e participação nas actividades promovidas pela EFAMA - European Fund and Asset Management Association, fundamental para se monitorizar de modo mais atento e eficaz a diversidade de temas na agenda europeia e o vasto conjunto de dossiers regulamentares em discussão e elaboração. Para além da já habitual presença nas diversas reuniões do Board of Directors, a Associação fez-se representar nas duas reuniões da Assembleia Geral que tiveram lugar em 2013, uma das quais para a eleição dos novos órgãos sociais e que culminou com a nomeação, para o biénio 2013/2014, dos senhores Christian Dargnat e Alexander Schindler para Presidente e Vice-Presidente da EFAMA, respectivamente. No exercício de 2013 é de salientar, igualmente, a nomeação como Membro observador no Management Committee da EFAMA, do representante da APFIPP no Board of Directors. O Management Committee constitui um comité consultivo do Presidente e do Director-Geral, que analisa os temas considerados prioritários e estratégicos na agenda de trabalhos da Associação Europeia. 85

86 No que respeita aos grupos de trabalho técnicos criados no seio da EFAMA, para acompanhar os principais temas da agenda comunitária, a APFIPP esteve representada nos seguintes comités: o Money Market Funds Working Group que acompanha a implementação das guidelines emitidas pela ESMA (anterior CESR) e posterior regulamentação europeia relativamente aos critérios que definem estes instrumentos financeiros; o Long-Term Savings and Pension Steering Committee, constituído em 2011, com o objectivo de identificar desenvolvimentos e tendências do mercado Europeu das Pensões, assim como acompanhar os trabalhos desenvolvidos pela EIOPA e Comissão Europeia nesta área. No âmbito da actividade de 2013, o foco central continuou a ser o projecto de definição de um novo produto europeu que constitua um veículo de financiamento de planos de poupança para a reforma de iniciativa individual, cujo modelo e standards (de opções de investimento, de governação, de informação e de distribuição) foram apresentados em Setembro de 2013, no Relatório The OCERP: a proposal for a European personal pension product ; o Investor Education Working Group, constituído com o objectivo de estudar formas de promover a educação e literacia financeiras, com especial enfoque nos Fundos de Investimento, tendo-se, em 2013, dedicado à elaboração de um relatório, que será apresentado brevemente, com informação sobre alguns projectos desenvolvidos por Membros da EFAMA, no contexto da educação do investidor, bem como com um conjunto de boas práticas para actuação nesta área PensionsEurope Ainda no contexto europeu, mas na esfera dos Fundos de Pensões, a APFIPP manteve a sua colaboração com a PensionsEurope, acompanhando ao longo do ano os trabalhos e actividades promovidos por esta Associação Europeia de que faz parte. Para além da participação nas duas reuniões anuais da Assembleia Geral, que tiveram lugar em Abril e em Novembro, a Associação procurou, igualmente, responder às solicitações de pareceres e de questionários que lhe foram dirigidos Occupational Pensions Stakeholder Group da EIOPA Foi dada, igualmente, continuidade à participação nos trabalhos e nas reuniões do Occupational Pensions Stakeholder Group da EIOPA, no qual a APFIPP tem sido representada por um dos Membros da sua Comissão Consultiva dos Fundos de Pensões. A referida colaboração cessou no final do segundo semestre de 2013, em virtude da conclusão do mandato dos trinta especialistas que, em 2011, integraram este Comité e que incluíam desde representantes da indústria, a consumidores, sindicatos e académicos. 86

87 Federação Ibero-Americana de Fundos de Investimento A APFIPP manteve a sua colaboração com a Iberoamerican Federation of Mutual Funds, continuando a facultar, numa base trimestral, informações estatísticas sobre a evolução do mercado nacional de Fundos de Investimento, bem como a responder, sempre que possível, às solicitações dos seus membros, promovendo o intercâmbio e a partilha de experiências entre os profissionais desta área de actividade. 7. Representatividade, Organização e Estrutura Interna da APFIPP 7.1. Associadas No ano de 2013, registaram-se algumas alterações ao nível da representatividade da Associação, tendo sido acolhidas duas novas Associadas no âmbito das Gestoras de Fundos de Investimento Imobiliário: a TF Turismo Fundos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, SA e a Floresta Atlântica Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.. Foi, ainda, observada a perda de qualidade de Associada por parte da Grow Investimentos, no final do primeiro trimestre, bem como da BMF Sociedade Gestora de Patrimónios, S.A., com efeitos a 30 de Setembro Agenda Semanal A divulgação semanal da agenda de actividades da Associação continuou a ser um procedimento regular ao longo do ano transacto, no sentido de auxiliar as suas Associadas no acompanhamento dos principais eventos e iniciativas concretizadas, assim como na identificação dos processos de consulta pública em curso, de âmbito nacional ou internacional, relacionados com os quatro sectores de actividade representados. 87

88 V PERSPECTIVAS O ano 2014 será fundamental no que respeita à criação e manutenção das condições necessárias para a continuidade da indústria nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões. De facto, as alterações já implementadas ou anunciadas ao enquadramento legal e fiscal que envolvem as actividades representadas pela APFIPP, serão determinantes na (re)definição da estratégia e posicionamento das Gestoras de Activos e de Fundos de Pensões nacionais, no sentido de manter em Portugal uma indústria activa ou haver uma deslocalização da mesma para outras jurisdições com enquadramentos mais favoráveis, ficando reservado aos agentes nacionais o mero papel de distribuidores de produtos domiciliados e, possivelmente, também geridos no estrangeiro. Tendo por objectivo, ajudar a criar e manter essas condições de continuidade de uma indústria portuguesa de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, a APFIPP manterá o acompanhamento dos principais desenvolvimentos legislativos, de âmbito europeu e nacional, com impacto nos sectores por si representados. No plano nacional, pela sua importância, destacamos: a) A transposição da Directiva dos Gestores de Fundos Alternativos, que deveria ter sido concluída até meados de Julho de A transposição da Directiva será, seguramente, precedida de uma consulta pública, que, como habitualmente, merecerá uma análise pormenorizada por parte da Associação e das suas Associadas, com vista a identificar eventuais desajustamentos na transposição, bem como eventuais disposições mais restritivas do que as previstas na legislação comunitária; b) A concretização da autorização legislativa, vertida no OE 2014, de revisão do Regime Fiscal dos OIC. A APFIPP, em colaboração com a consultora Deloitte, proporá ao Governo a implementação de um novo Regime de Tributação dos OIC, elaborando um projecto de texto legislativo que assegure que as suas disposições cumprem os propósitos enunciados e que as soluções adoptadas são as mais apropriadas, tendo em conta a realidade dos OIC nacionais, de modo a que a introdução do novo regime não cause perturbações significativas no mercado e seja bem assimilada por todos os Participantes e demais stakeholders; c) A transposição da Directiva CRD IV, que regula o acesso à actividade das instituições de crédito e a supervisão prudencial das instituições de crédito e empresas de investimento, cujo projecto legislativo foi colocado em consulta em meados de Fevereiro de 2014; d) A implementação do novo Regime Jurídico do Papel Comercial, uma vez que, após a sua publicação, se aguarda regulamentação adicional, por parte da CMVM. A APFIPP continuará a desenvolver diligências para que a nova envolvente regulatória destes instrumentos de crédito torne evidente a sua elegibilidade para a carteira dos OIC harmonizados, de modo a que estes possam desempenhar o papel dinamizador deste segmento de mercado, que foi o principal impulso para as alterações em curso; e) O acompanhamento do processo de implementação da FATCA Foreign Account Tax Compliance Act, um processo legislativo dos EUA, com alcance global, que visa evitar a fuga e a evasão fiscal, por parte de contribuintes americanos, através de instituições financeiras sedeadas no estrangeiro. O Governo de Portugal manifestou a intenção de assinar um Acordo InterGovernamental com as autoridades tributárias dos EUA para facilitar o cumprimento desta legislação, por parte das instituições nacionais, sendo 88

89 necessário, posteriormente, produzir legislação nacional para concretizar os termos desse Acordo, processos para os quais a APFIPP seguramente continuará a contribuir através da sua participação no Grupo de Trabalho Informal liderado pelo CEF Centro de Estudos Fiscais e Aduaneiros; f) A implementação do EMIR permanecerá na agenda da APFIPP que procurará auxiliar as suas Associadas na interpretação e implementação dos deveres decorrentes deste normativo europeu sobre transacções de derivados no mercado de balção (derivados OTC), nomeadamente em relação às fases de implementação que se iniciam em 2014; g) Apesar da transposição da Directiva UCITS IV já estar concluída, há, ainda, um conjunto de disposições que necessitam de clarificação adicional, pelo que a APFIPP continuará a colaborar com as suas Associadas e os Supervisores, de modo a que haja uma aplicação uniforme da legislação por parte de todas as Gestoras do mercado; h) Ao nível dos Fundos Imobiliários, a APFIPP acompanhará os desenvolvimentos da consulta pública promovida pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros sobre a Avaliação e Valorização de imóveis, procurando que as soluções a adoptar sejam as adequadas, tendo em conta a realidade não só dos Fundos de Investimento Imobiliário como do próprio mercado imobiliário nacional; i) Também relacionado com os Fundos Imobiliários, a APFIPP manterá o acompanhamento dos processos legislativos relacionados com a revisão da Lei dos Solos e do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, e ainda com a implementação do Novo Regime de Certificação Energética de Edifícios. Adicionalmente, ainda a nível interno, e no que diz respeito à CES Contribuição Extraordinária de Solidariedade, a APFIPP prosseguirá com a acção interposta em tribunal onde visa que seja reconhecida a sua interpretação de que os Fundos de Pensões privados se encontram excluídos do âmbito de aplicação da CES, protegendo, por essa via, o papel fundamental que os Fundos de Pensões devem desempenhar na captação de recursos para a reforma futura dos actuais trabalhadores. Ao mesmo tempo, a APFIPP continuará a defender junto do Governo a necessidade de alterar a legislação, tornando clara a não incidência da CES sobre as pensões pagas por Fundos de Pensões privados. Tendo em conta que a maioria da legislação que incide sobre os segmentos representados pela APFIPP decorre de iniciativas com origem nas instâncias europeias, a Associação continuará a acompanhar os trabalhos da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e das Autoridades de Supervisão Europeias (ESMA, EBA e EIOPA) em todas as matérias relacionadas com os mercados financeiros, essencialmente colaborando com as Federações Europeias de que é Membro: EFAMA e PensionsEurope. De entre as matérias regulatórias que se espera que possam ter desenvolvimentos em 2014, destacam-se: a) A revisão da Directiva IORP, sobre Fundos de Pensões, que introduzirá novas regras ao nível do governance dos Fundos de Pensões europeus, ao mesmo tempo que impõe que procedam à divulgação de um conjunto de informações relevantes aos Participantes e Beneficiários; b) A revisão da Directiva UCITS (processo designado por UCITS V) que visa, nomeadamente, introduzir novas regras em relação aos depositários dos Fundos e, também, no que respeita à remuneração dos gestores; 89

90 c) Outro pacote de alterações à actual Directiva UCITS está, também, em curso (processo denominado UCITS VI), pretendendo modificar certos aspectos do funcionamento dos fundos harmonizados, por exemplo no que diz respeito aos activos elegíveis e à utilização de derivados; d) O novo Regulamento dos Fundos Money Market permanece polémico, essencialmente pela intenção manifestada de criar condições de exercício de actividade muito penalizadoras para os Fundos de preço constante e, de acordo com a proposta do Relator do Parlamento Europeu, impor que estes Fundos deixem de existir num período de tempo relativamente reduzido. Tendo em conta o âmbito de aplicação previsto, este é um tema que preocupa as Gestoras nacionais pelo impacto que poderá ter não só nos Fundos do Mercado Monetário como também em Fundos com perfil de risco semelhante; e) Outro tema que transita de 2013 é o projecto de implementação de uma taxa sobre transacções financeiras. Apesar de não serem conhecidos desenvolvimentos relevantes neste domínio, este é um tópico que continua na agenda dos decisores europeus e que, pelo potencial impacto negativo que terá nos mercados financeiros em geral e nos de gestão de activos e de Fundos de Pensões, em particular, continuará a merecer uma monitorização atenta; f) A revisão da DMIF, cujo processo se espera que esteja concluído na primeira metade do ano, continuará a merecer a atenção da APFIPP, sobretudo ao nível da regulamentação e orientações adicionais que serão emitidas pela ESMA; g) Também o projecto legislativo da Comissão Europeia sobre benchmarks permanecerá na agenda da APFIPP, não só pelo impacto que poderá ter na actividade dos Fundos de Investimento, mas também pelas potenciais implicações ao nível dos Índices produzidos ou patrocinados pela APFIPP, como o Índice Imobiliário APFIPP e o Índice Imobiliário APFIPP / IPD; h) Outra iniciativa regulatória que continuará a ser seguida pela APFIPP está relacionada com o financiamento de longo prazo da economia europeia e, mais concretamente, com a Proposta da Comissão Europeia de um Regulamento Europeu sobre Fundos de Investimento de Longo Prazo, vocacionados para aplicações em projectos com um horizonte de investimento mais longo, tipicamente infraestruturas; i) Por fim, a APFIPP continuará o acompanhamento dos trabalhos da ESMA, no sentido de clarificar determinadas disposições de legislação já aprovada e em vigor, como a Directiva UCITS ou a Directiva dos Gestores de Fundos Alternativos, quer por via de emissão de orientações, quer através da divulgação de respostas a perguntas frequentes (FAQ). A actividade formativa manter-se-á como outro dos eixos de actuação da APFIPP, procurando contribuir para a valorização das competências dos profissionais que actuam no âmbito da Gestão de Activos e de Fundos de Pensões em Portugal, bem como para consolidar o seu papel enquanto entidade que promove a formação nesta área específica de actividade. Por último, o papel de provider de informação sobre a evolução dos sectores representados continuará a merecer especial dedicação por parte da Associação, envolvendo a disponibilização periódica de dados estatísticos e, sempre que possível, a produção de novos indicadores e de novas perspectivas de análise. 90

91 VI ESTATÍSTICAS DO SECTOR Evolução do Número de Fundos de Investimento e Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento NÚMERO FUNDOS DE INVESTIMENTO Dezembro 2007 Dezembro 2008 Dezembro 2009 Dezembro 2010 Dezembro 2011 Dezembro 2012 Dezembro 2013 F.I.M. ACÇÕES F. Acções Nacionais F. Acções UE / Suíça / Noruega F. Acções América Norte F. Acções Sectoriais Outros F. Acções Internacionais F. Poupança Acções F. Índice F.I.M. OBRIGAÇÕES F. Obrigações Euro F. Obrigações Internacionais F.I.M. TESOURARIA F. Mercado Monetário Euro F. Tesouraria Euro OUTROS F.I.M F. Mistos F. Mistos Predominantemente Acções F. Mistos Predominantemente Obrigações F. PPR (1) F. Fundos F. Fundos Predominantemente Acções F. Fundos Mistos F. Fundos Predominantemente Obrigações F. Especiais Investimento F.E.I. de Acções F.E.I. de Obrigações F.E.I. de Retorno Absoluto F.E.I. Monetário Curto Prazo F.E.I. Monetário F.E.I. de Curto Prazo F.E.I. Mistos F.E.I. Imobiliários F.E.I. Flexíveis Outros F.E.I Fundos Flexíveis Outros Fundos Agrupamento de Fundos F. c/ Protecção de Capital Total F.I.M F.I.I. NACIONAIS (2). F. Abertos F. Abertos Acumulação F. Abertos Rendimento F.I.I.A.H.'s F. Reabilitação F. Florestais F. Fechados TOTAL F.I.I TOTAL FUNDOS INVESTIMENTO (1) - Apenas são considerados os Fundos Poupança Reforma geridos por S.G.F.I.M.. (2) - Séries reconstruídas de acordo com a nova Classificação da APFIPP. NÚMERO SOCIEDADES GESTORAS Dezembro 2007 Dezembro 2008 Dezembro 2009 Dezembro 2010 Dezembro 2011 Dezembro 2012 Dezembro S.G.F.I. Mobiliário S.G.F.I. Imobiliário TOTAL S.G.F.I

92 Evolução das Aplicações Totais dos Fundos de Investimento NÚMERO FUNDOS DE INVESTIMENTO Dezembro 2007 Dezembro 2008 Dezembro 2009 Dezembro 2010 Dezembro 2011 Dezembro 2012 Dezembro 2013 F.I.M. ACÇÕES 3,303 1,110 1,516 1,543 1, ,032. F. Acções Nacionais F. Acções UE / Suíça / Noruega 1, F. Acções América Norte F. Acções Sectoriais Outros F. Acções Internacionais F. Poupança Acções F. Índice F.I.M. OBRIGAÇÕES 6,324 2,769 2,471 1,547 1,349 1,363 1,561. F. Obrigações Euro 6,198 2,713 2,422 1,498 1,340 1,363 1,549. F. Obrigações Internacionais F.I.M. TESOURARIA 6,120 2,985 2,580 1, ,259 2,353. F. Mercado Monetário Euro ,109. F. Tesouraria Euro 5,739 2,969 2,568 1, ,004 1,245 OUTROS F.I.M. 10,016 7,479 10,663 9,291 7,642 8,708 7,451. F. Mistos F. Mistos Predominantemente Acções F. Mistos Predominantemente Obrigações F. PPR (1) 2,521 1,424 1,315 1,281 1, F. Fundos 1, F. Fundos Predominantemente Acções F. Fundos Mistos F. Fundos Predominantemente Obrigações F. Especiais Investimento 1,543 1,799 3,050 3,419 3,370 4,915 4,471. F.E.I. de Acções F.E.I. de Obrigações 926 1, F.E.I. de Retorno Absoluto F.E.I. Monetário Curto Prazo 942 2, F.E.I. Monetário 721. F.E.I. de Curto Prazo 870. F.E.I. Mistos F.E.I. Imobiliários F.E.I. Flexíveis Outros F.E.I Fundos Flexíveis 1,537 1,267 1,806 1,913 1,286 1, Outros Fundos , Agrupamento de Fundos F. c/ Protecção de Capital 2,713 2,211 2,712 2,076 1,448 1, Total F.I.M. 25,763 14,342 17,231 14,237 10,835 12,295 12,398 F.I.I. NACIONAIS (2). F. Abertos 4,580 4,149 4,663 4,884 4,537 4,421 4,150. F. Abertos Acumulação 3,126 2,733 2,940 3,081 2,310 2,302 2,200. F. Abertos Rendimento 1,455 1,417 1,723 1,803 2,226 2,119 1,949. F.I.I.A.H.'s ,612. F. Reabilitação F. Florestais F. Fechados 5,870 6,525 6,378 6,371 6,289 6,314 6,413 TOTAL F.I.I. 10,450 10,698 11,237 11,491 11,231 11,439 12,292 TOTAL FUNDOS INVESTIMENTO 36,213 25,040 28,467 25,729 22,066 23,734 24,690 (1) - Apenas são considerados os Fundos Poupança Reforma geridos por S.G.F.I.M.. (2) - Séries reconstruídas de acordo com a nova Classificação da APFIPP. 92

93 Evolução do Número de Fundos de Investimento 600 F.I.I. Fechados F. Florestais 500 F. Reabilitação F.I.I.A.H.'s F.I.I. Abertos Rendimento F.I.I. Abertos Acumulação Outros Fundos F. Flexíveis F. Especiais Investimento F. c/ Protecção Capital F. PPR F. Fundos F. Mistos F. Tesouraria Evolução das Aplicações Totais dos Fundos de Investimento Milhões 40,000 35,000 30,000 25,000 20,000 15,000 10,000 5, F.I.I. Fechados F. Florestais F. Reabilitação F.I.I.A.H.'s F.I.I. Abertos Rendimento F.I.I. Abertos Acumulação Outros Fundos F. Flexíveis F. Especiais Investimento F. c/ Protecção Capital F. PPR F. Fundos F. Mistos F. Tesouraria 93

94 Gestão de Activos em Portugal vs PIB / Depósitos Bancários / População Milhões de Euro A. Gestão de Activos 122, , , , , , ,160.0 A1. Fundos de Investimento (F.I.) 36, , , , , , , F.I. Mobiliário (F.I.M.) 25, , , , , , , F.I. Imobiliário (F.I.I.) 10, , , , , , ,292.1 A2. Fundos de Pensões (F.P.) 22, , , , , , , S. G. Fundos de Pensões (SGFP) 21, , , , , , , Seguradoras do Ramo Vida , , ,456.6 A3. Gestão de Patrimónios (G.P.) 64, , , , , , , S.G.F.I.M. 26, , , , , , , S.G.P. 28, , , , , , , Outras Entidades 8, , , , , , ,064.0 B. Depósitos Bancários 157, , , , , , ,879.0 Depósitos à Ordem 52, , , , , , ,079.0 Depósitos a Prazo e de Poupança 105, , , , , , ,800.0 C. Produto Interno Bruto (Preços Correntes) 169, , , , , , ,853.7 D. População Residente Total (em Milhares) 10, , , , , , ,477.8 Gestão de Activos / Depósitos (A / B) 78.1% 57.9% 60.9% 52.6% 40.4% 47.2% 48.4% Fundos de Investimento / Depósitos (A1 / B) 23.0% 13.7% 14.7% 12.0% 9.8% 11.7% 12.1% - F.I.M. / Depósitos 16.4% 7.9% 8.9% 6.6% 4.8% 6.0% 6.1% - F.I.I. / Depósitos 6.6% 5.9% 5.8% 5.4% 5.0% 5.6% 6.0% Fundos de Pensões / Depósitos (A2 / B) 14.2% 11.1% 11.3% 9.2% 5.9% 7.1% 7.4% Gestão de Patrimónios / Depósitos (A3 / B) 40.9% 33.0% 34.9% 31.3% 24.7% 28.4% 29.0% Gestão de Activos / PIB (A / C) 72.6% 61.5% 70.0% 65.1% 53.0% 58.2% 59.8% Fundos de Investimento / PIB (A1 / C) 21.4% 14.6% 16.9% 14.9% 12.9% 14.4% 14.9% - F.I.M. / PIB 15.2% 8.3% 10.2% 8.2% 6.3% 7.4% 7.5% - F.I.I. / PIB 6.2% 6.2% 6.7% 6.6% 6.6% 6.9% 7.4% Fundos de Pensões / PIB (A2 / C) 13.2% 11.8% 13.0% 11.4% 7.7% 8.8% 9.1% Gestão de Patrimónios / PIB (A3 / C) 38.0% 35.1% 40.1% 38.8% 32.4% 35.0% 35.8% Gestão de Activos / População (A / D) 11, , , , , , ,463.8 Fundos de Investimento / População) (A1 / D) 3, , , , , , , F.I.M. / População 2, , , , , , , F.I.I. / População , , , , , ,173.2 Fundos de Pensões / População) (A2 / D) 2, , , , , , ,446.0 Gestão de Patrimónios / População) (A3 / D) 6, , , , , , ,661.5 Fonte: APFIPP Boletim Estatístico do Banco de Portugal CMVM INE 94

95 Ranking Global das Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento Mobiliário SOCIEDADES GESTORAS FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO Valor Carteira (10 3 Euro) Dezembro 2012 Junho 2013 Dezembro 2013 Quota % Ord. Valor Carteira (10 3 Euro) Quota % Ord. Valor Carteira (10 3 Euro) Quota % Ord. Banif Gestão de Activos 672, , , Barclays Wealth Managers Portugal 313, , , BBVA Gest 89, , , BPI Gestão de Activos 1,925, ,962, ,894, Caixagest 3,070, ,124, ,249, Crédito Agrícola Gest 166, , , Dunas Capital - Gestão de Activos 53, , , Esaf - F.I.M. 2,896, ,450, ,053, Fund Box 1, , Invest Gestão de Activos 7, , , MCO2 66, , , Millennium BCP Gestão de Activos 988, ,255, ,531, MNF Gestão de Activos 58, , , Montepio Gestão de Activos 347, , , Optimize Investment Partners 20, , , Patris Gestão de Activos 202, , , Popular Gestão de Activos 62, , , Santander Asset Management 1,355, ,510, ,421, TOTAL 12,295, ,519, ,397,

96 Composição do Portfólio Global Dezembro 2012 Junho 2013 Dezembro 2013 FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO* Euro % Euro % Euro % - LIQUIDEZ DENOMINADA EM EURO ( NUM+DEP) 2,483,527, ,251,114, ,388,227, LIQUIDEZ DENOMINADA EM DIVISAS INT. ( NUM+DEP) 27,170, ,130, ,547, APLIC. CURTO PRAZO EURO (BT S+CD S+PC S) 1,380,226, ,328,811, ,343, APLIC. CURTO PRAZO INTERNAC. (BT S+CD S+PC S) 3,845, ,909, ,675, TIT.DIV.PUB.+O.F.P.EQUIPARADOS EURO 1,050,643, ,245, ,364,813, TIT.DIV.PUB.+O.F.P.EQUIPARADOS INTERNACIONAIS 111,093, ,931, ,414, OBRIGAÇÕES DIVERSAS EURO 4,272,224, ,002,343, ,639,114, OBRIGAÇÕES DIVERSAS INTERNACIONAIS 22,012, ,289, ,375, UP s FUNDOS DE INVESTIMENTO NACIONAIS 450,865, ,939, ,456, UP s FUNDOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONAIS 1,137,430, ,196,421, ,339,723, TITULOS DE PARTICIPAÇÃO ACÇÕES NACIONAIS 329,036, ,558, ,037, ACÇÕES DA U.E.,SUÍÇA E NORUEGA 551,203, ,535, ,852, ACÇÕES INTERNACIONAIS 476,483, ,490, ,900, Sub-Total (Acções) 1,356,722, ,201,584, ,208,790, WARRANTS AUTÓNOMOS + OPÇÕES 2,596, ,349, ,906, OUTROS+ OPERAÇÕES A REGULARIZAR -23,900,407 (0.2) -111,978,772 (0.8) -148,828,738 (1.2) TOTAL 12,274,456, ,490,093, ,355,560, * - Não tem em consideração os Fundos geridos por duas Entidades Gestoras. Os Fundos considerados representavam, em 31 de Dezembro de 2013, 99,66% do volume total gerido por F.I.M. (Fonte: CMVM.) Dezembro % -0.2% Junho % -0.8% 3.9% 3.0% 4.5% 31.7% 3.8% 41.8% 2.7% 2.1% 1.1% 0.8% 43.4% 37.0% Dezembro % -1.2% 35.6% Aplicações de Curto Prazo Obrigações Euro Obrigações Estrangeiras Acções Nacionais 3.3% 4.5% 2.0% 0.7% 40.5% Acções Europeias Acções Internacionais Unidades de Participação Outros 96

97 Evolução dos Montantes Geridos dos F.I.M. (Dezembro 2012 Dezembro 2013) Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário Montantes Geridos - Milhões Euro ,259 1,432 1,552 1,684 1,819 1,970 1,965 1,967 2,040 2,051 2,179 2,304 2,351 Montantes Geridos Nº Fundos Dez-12 Jan-13 Fev-13 Mar-13 Abr-13 Mai-13 Jun-13 Jul-13 Ago-13 Set-13 Out-13 Nov-13 Dez-13 Subscrições Líquidas - Milhões Euro 1,168 1,133 1,156 1,173 1,001 1,118 1,136 1,076 1, Jan-13 Fev-13 Mar-13 Abr-13 Mai-13 Jun-13 Jul-13 Ago-13 Set-13 Out-13 Nov-13 Dez-13 Total Mensais Total Últimos 12 meses Fundos de Obrigações Montantes Geridos - Milhões Euro 30 1, ,419 1,427 1,448 1,463 1,494 1,493 1,498 1,511 1,518 1,540 1,546 1,557 Montantes Geridos Nº Fundos Dez-12 Jan-13 Fev-13 Mar-13 Abr-13 Mai-13 Jun-13 Jul-13 Ago-13 Set-13 Out-13 Nov-13 Dez-13 Subscrições Líquidas - Milhões Euro Total Mensais Total Últimos 12 meses Jan-13 Fev-13 Mar-13 Abr-13 Mai-13 Jun-13 Jul-13 Ago-13 Set-13 Out-13 Nov-13 Dez-13 Fundos de Acções 97

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