III EVOLUÇÃO DO SECTOR

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1 III EVOLUÇÃO DO SECTOR De acordo com as mais recentes projecções divulgadas pela Comissão Europeia, em termos globais, o ano 2017 foi marcado, a nível económico, por uma aceleração do crescimento do PIB, que se terá fixado em 2,4%, tanto para o conjunto dos países que fazem parte da União Europeia, como para os que compõem a Zona Euro. De facto, analisando os resultados de 2016, constatamos que o agregado dos Membros da União Europeia teve um crescimento real do PIB de 1,0%, enquanto que os países da Zona Euro, registaram uma subida real do PIB de 1,8%. Assim, o crescimento de 2017 configura a melhor performance da economia europeia da última década. De realçar o desempenho de Portugal, cujo PIB cresceu, em 2017, 2,7%, um valor acima da média europeia e dos seus pares da Zona Euro, algo que desde a adesão ao Euro ainda só tinha ocorrido em 2009, ano em que, apesar de termos registado um decréscimo do PIB, o mesmo foi menor do que o observado no conjunto dos restantes países da Zona Euro e da União Europeia. De entre os países europeus com melhor performance, em 2017, destacam-se a Irlanda, com um crescimento de 7,3%, Malta (6,9%), Roménia (6,7%), Eslovénia (4,9%), Polónia (4,6%) e República Checa e Letónia (ambas com 4,5%). Os países europeus com um menor desempenho, ainda que positivo, foram Itália (1,5%), Grécia (1,6%), Bélgica (1,7%), assim como o Reino Unido e a França (ambos com 1,8%). O bom desempenho económico não foi um exclusivo europeu. De facto, também ao nível dos países que compõem a OCDE, o PIB terá registado uma subida de 2,4%, em 2017, um valor significativamente acima dos 1,8% observados no ano anterior. Já no que respeita à totalidade dos países mundiais, de acordo com projecções da OCDE, o PIB terá crescido 3,6% (3,1%, em 2016). Neste âmbito, deve-se destacar o menor desempenho relativo de algumas das maiores economias mundiais, como a dos Estados Unidos da América (2,2%), da Rússia (1,9%) e do Japão (1,5%). Pela positiva, merece destaque o crescimento do PIB da China e da Índia, que terão atingido, respectivamente, 6,8% e 6,7%. 11

2 Crescimento do PIB em 2017 Fonte: Comissão Europeia: European Economic Forecast, Winter 2018 (interim); OECD Economic Outlook N.º 102. Tal como em anos recentes, a inflação manteve-se controlada em níveis baixos, em média inferiores ao limiar de 2,0% que corresponde ao objectivo visado pela política monetária conduzida pelo Banco Central Europeu. De facto, a inflação no conjunto dos países da União Europeia era, no final de 2017, de 1,7%, ligeiramente superior à dos países da Zona Euro (1,5%). Em Portugal, no ano passado, a inflação fixou-se em 1,6%. Nesta conjuntura, o BCE decidiu manter as suas taxas de juro de referência em valores mínimos históricos (-0,4% para depósitos, 0% para operações de refinanciamento e 0,25% para cedência de liquidez). 12

3 Taxa de Inflação em 2017 Fonte: Eurostat. A economia a crescer de forma mais significativa, a inflação controlada e as taxas de juro em mínimos históricos tiveram uma repercussão muito positiva ao nível do emprego, com a taxa de desemprego a reduzir-se de forma expressiva para os valores mais baixos, desde No agregado dos países da União Europeia, a taxa de desemprego, em 2017, fixou-se em 7,7%, menos 0,9 pontos percentuais do que no ano anterior. Já no que diz respeito aos países da Zona Euro, a taxa de desemprego foi um pouco mais alta (9,1%), em todo o caso menor em 0,9 pontos percentuais do que em Em Portugal, a taxa de desemprego foi ligeiramente inferior à média dos países da Zona Euro (9,0%), uma descida significativa face aos 11,2% observados no ano anterior. Os países europeus com menores taxas de desemprego, em 2017, foram a República Checa (2,9%), a Alemanha (3,8%) e Malta (4,0%). Do lado oposto, os países da UE com maior desemprego foram a Grécia (21,8%), Espanha (17,2%), para além de Chipre e Itália (ambos com 11,3%). 13

4 Taxa de Desemprego em 2017 Fonte: Eurostat Comissão Europeia: European Economic Forecast, Autumn Como já referido, a economia portuguesa teve um desempenho bastante positivo, em 2017, com o PIB a crescer 2,7%, o valor mais elevado desde Esta performance resulta, essencialmente, da aceleração da procura interna, com especial destaque para o investimento. Também as exportações e, dentro destas o sector do turismo, têm assumido um papel de grande dinamismo, contribuindo decisivamente para o crescimento económico observado no ano transacto. Em simultâneo, a taxa de desemprego continuou a decrescer e o défice tem vindo a reduzir-se de forma significativa (0,9% do PIB, em 2017, sem considerar o efeito da capitalização da CGD), o que tem beneficiado a capacidade de financiamento de Portugal junto dos mercados financeiros, facto a que não é alheio não só as baixas taxas de juro de referência do Banco 14

5 Central Europeu, como, essencialmente, a percepção, pelos investidores, de que o risco de incumprimento de Portugal é incomparavelmente menor do que em anos anteriores. Tal facto tem-se traduzido em taxas de juro mais reduzidas na colocação de dívida pública, que chegam a atingir valores negativos nas emissões mais recentes, de menor duração. Evolução das Yields da Dívida Pública Portuguesa Fonte: Banco de Portugal. Os mercados financeiros nacionais não ficaram indiferentes a este desempenho e o ano ficou marcado por uma valorização muito significativa do Índice PSI-20, o índice de referência do mercado de acções português que, em 2017, se valorizou 15,2%. Evolução da taxa de poupança das famílias (ano acabado no trimestre) Fonte: INE. 15

6 No entanto, a evolução do mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, embora positiva, continua a ser condicionada negativamente pela cada vez mais reduzida taxa de poupança dos portugueses, o que diminui a sua capacidade de efectuar aplicações financeiras, designadamente em Fundos de Investimento e em Fundos de Pensões. No ano terminado em Setembro de 2017, a taxa de poupança das famílias e instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias foi de apenas 4,4%, o valor mais baixo da série divulgada pelo INE Instituto Nacional de Estatísticas, que tem início no primeiro trimestre de Nesta conjuntura, o mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, no final de 2017, representava um total de ,9 milhões de euros de activos sob gestão, traduzindo um crescimento de 3,6% em relação a Dezembro de O segmento dos Fundos de Investimento Mobiliário (F.I.M.) foi o que registou o melhor desempenho, com os activos sob gestão a aumentarem 10,7% em relação ao ano anterior. Para este efeito muito contribuiu, por um lado, a boa performance da generalidade dos mercados financeiros e, por outro, uma maior procura por parte dos aforradores, que se traduziu em entradas líquidas de mais de 900 milhões de euros. Obviamente que para este volume de subscrições líquidas contribuiu decisivamente a conjuntura de baixas taxas de juro, acima descrita, que tem um impacto negativo na taxa de remuneração dos depósitos bancários (o instrumento financeiro com mais peso na riqueza financeira das famílias), com valores próximos de zero, o mesmo acontecendo com a dívida pública nacional disponível para o sector do retalho (certificados de aforro, certificados do tesouro e obrigações do tesouro de taxa variável). O mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões (Milhões ) Fonte: APFIPP; ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões; e CMVM. A Gestão de Patrimónios continua a ser o sector de actividade representado pela APFIPP com maior volume de activos sob gestão, atingindo ,4 milhões de euros, no final de 2017, o 16

7 que representa quase 60% do mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões. No ano em apreço, os montantes sob gestão discricionária aumentaram 1,5%. Outro segmento em destaque foi o dos Fundos de Pensões, em que os activos sob gestão voltaram a aproximar-se do limiar dos 20 mil milhões de euros, tendo terminado 2017 com um total de ,8 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 7,0% em relação a Já no que respeita aos Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.), a evolução foi, igualmente, positiva, com os activos líquidos sob gestão a registarem uma subida anual de 2,4%, para ,8 milhões de euros. Esta evolução explica-se, por um lado, por uma melhoria significativa do sentimento no mercado imobiliário nacional que tem permitido que os imóveis detidos pelos F.I.I. tenham vindo a registar, em regra, valorizações em resultado das novas avaliações periódicas a que estão sujeitos mas, também, por novas entradas de capitais, quer em Fundos Abertos, quer em Fundos Fechados, as quais, no acumulado do ano e de acordo com estimativas da APFIPP, terão totalizado perto de 200 milhões de euros. O mercado mundial de Fundos de Investimento 10 Os principais mercados mundiais de Fundos de Investimento beneficiaram do bom desempenho económico e da performance dos mercados financeiros, mantendo a tendência de crescimento que vinham registando em anos anteriores. Considerando em conjunto os mercados da África do Sul, Austrália, Brasil, Estados Unidos da América (EUA), Europa e Japão, o total de activos dos Fundos de Investimento, no final de 2017, ascendia a ,3 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 6,1% em relação ao final do ano anterior. Este desempenho encontra-se, contudo, subestimado, em resultado da apreciação que o Euro registou, em 2017, em relação às principais moedas mundiais. De facto, considerando os valores em USD, o desempenho conjunto destes mercados fixou-se em 20,7%. Analisando a evolução na moeda local de cada região, o Brasil foi quem registou o maior aumento dos activos sob gestão (19,9%), seguido dos Estados Unidos da América (17,5%), do Japão (15,2%) e da África do Sul (12,7%) e. A Austrália foi o mercado que registou a pior performance, com um crescimento de apenas 10,4% dos activos sob gestão. A evolução do 10 Inclui Fundos Mobiliários e Imobiliários abertos, sujeitos a um nível de regulação considerado substancial. 17

8 mercado de Fundos de Investimento Europeu foi, igualmente positiva, registando um crescimento anual de 10,5%. Os mercados mundiais de Fundos de Investimento em 2017 ** * O crescimento indicado é medido tendo em conta a evolução dos activos sob gestão na moeda oficial do país em causa (no caso da Europa, considerou-se o Euro). ** - Inclui os Fundos de Investimento Abertos sujeitos a um nível substancial de regulação. Fonte: EUA - IIFA, Europa - IIFA, Austrália IIFA, Brasil - ANBIMA, Japão - JITA e África do Sul ASISA. Os Estados Unidos da América continuam a ser o maior produtor de Fundos de Investimento, com ,7 mil milhões de euros, o que representa cerca de 45,9% do total do gerido a nível mundial. A Europa 11 é o segundo bloco económico, em termos de gestão de Fundos de Investimento, sendo responsável por cerca de ,7 mil milhões de euros de montantes geridos, o que equivale a 34,2% do mercado mundial. 11 Fonte: IIFA International Investment Funds Association. Inclui Fundos UCITS e Fundos não UCITS, abertos e sujeitos a um nível de regulação considerado substancial. 18

9 O mercado europeu de Fundos de Investimento 12 Considerando o conjunto de todos os Fundos de Investimento (Abertos e Fechados, Mobiliários e Imobiliários, destinados ao segmento de retalho e reservados a investidores profissionais) domiciliados em países com representação na EFAMA European Fund and Asset Management Association, os montantes geridos em Dezembro de 2017 ascendiam a ,1 mil milhões de euros, traduzindo um crescimento de 10,1% em relação ao final de Deste montante, 9 714,5 milhões de euros são relativos a Fundos UCITS, que registaram um aumento, em 2017, de 12,0%, enquanto que os restantes 5 908,7 milhões de euros pertencem a Fundos de Investimento Alternativos, cujos montantes sob gestão apresentam uma subida de 7,1% em relação ao final de Os Fundos de Investimento na Europa em 2017 * * - Inclui Fundos Harmonizados e Fundos não harmonizados. Fonte: EFAMA. O principal domicílio de Fundos de Investimento, na Europa, continua a ser o Luxemburgo. Em Dezembro de 2017, os Fundos luxemburgueses eram responsáveis por um total de 4 159,6 mil milhões de euros, o que representa 26,6% do mercado europeu. Ao longo de 2017, o mercado 12 Inclui Fundos UCITS (OICVM) e Fundos Alternativos (OIA). 19

10 luxemburguês de Fundos de Investimento registou um incremento de 12,4% no total de activos sob gestão. Em segundo lugar do ranking europeu, surge a Irlanda, com um total de 2 396,1 mil milhões de euros sob gestão, mais 14,9% do que no final de 2016, e que se traduz numa quota de 15,3%. O terceiro lugar do pódio pertence à Alemanha, cujos Fundos de Investimento geriam, em Dezembro de 2017, um montante global de 2 038,2 mil milhões de euros, o que representa 13,0% do volume global dos Fundos de Investimento europeus. Durante o ano 2017, o volume de activos geridos por Fundos de Investimento alemães subiu 7,9%. Os Fundos de Investimento domiciliados em Portugal geriam, em Dezembro de 2017, 23,1 mil milhões de euros, mais 6,7% do que no final de No conjunto de 29 países representados pela EFAMA, Portugal ocupava o 19.º lugar. A. Os Fundos de Investimento Harmonizados (Fundos UCITS) Como já referido, em Dezembro de 2017, os Fundos UCITS europeus totalizavam 9 714,5 mil milhões de euros, mais 12,0% do que no final de Os Fundos de Investimento Harmonizados (UCITS) na Europa em 2017 Fonte: EFAMA. 20

11 Tal como para o total da indústria (ou seja, considerando os Fundos UCITS e não-ucits em conjunto), o Luxemburgo é o principal domicílio de Fundos UCITS na Europa, sendo responsável por um total de 3 486,4 mil milhões de euros, o que representa 35,9% do total e um crescimento de 11,9% em relação a Dezembro de Em segundo lugar surge, igualmente, a Irlanda, com 1 830,5 milhões de euros de activos sob gestão, o que equivale a uma quota de mercado de 18,8% e traduz uma subida de 15,9% desde o início do ano. Logo em seguida, surge o Reino Unido, com 1 224,7 mil milhões de euros, mais 11,6% do que em Dezembro de 2016, atingindo uma quota de mercado de 12,6%. Portugal geria, na mesma data, 8,8 mil milhões de euros de Fundos UCITS, o que traduz um crescimento de 22,5%, o sétimo maior a nível europeu. No que ao ranking diz respeito, Portugal ocupava a 20.ª posição. De entre os países que registaram, em 2017, um desempenho superior dos Fundos UCITS, destaca-se a Hungria onde, em resultado da conversão de diversos Fundos Alternativos em Fundos UCITS, o mercado cresceu 136,9%. Os Fundos de Investimento Harmonizados (UCITS) na Europa em 2017 Fonte: EFAMA. No que respeita à tipologia de Fundos UCITS, os Fundos de Acções são os que têm maior volume de activos sob gestão (3 742,1 mil milhões de euros, ou 39% do total), apresentando um crescimento de 15,3%, desde o início do ano. Trata-se da Categoria que registou a segunda maior subida anual, logo atrás dos Fundos Multi-Activos (16,1% de aumento). 21

12 A segunda categoria com mais activos geridos é a dos Fundos de Obrigações, que totaliza 2 624,7 mil milhões de euros, ou seja 27% do total. No ano em referência apresentam uma subida de 11,8%. Os Fundos Multi-Activos que, como descrito anteriormente, tiveram o melhor desempenho, ocupam o terceiro posto do ranking europeu de Fundos UCITS, atingindo um total de 1 748,2 mil milhões de euros sob gestão, o que representa uma quota de mercado de 18%. Os Fundos do Mercado Monetário, apesar da conjuntura de baixas taxas de juros, sobretudo dos instrumentos com menor maturidade e maior qualidade creditícia, que formam a quase totalidade dos activos detidos por este tipo de Fundos, continuaram a merecer a confiança dos investidores, tendo registado um aumento de 0,4% nos activos sob gestão, para 1 190,0 mil milhões de euros, o que equivale a 12% do total. Subscrições Líquidas de Fundos UCITS na Europa em 2017 (milhões Euro) Fonte: EFAMA. O crescimento dos Fundos UCITS, na Europa, em 2017, explica-se, maioritariamente, pela procura por parte dos investidores, com as subscrições líquidas a totalizarem 738,1 mil milhões de euros, o que representa cerca de 71% do aumento observado nos montantes sob gestão. As jurisdições que registaram o maior volume de subscrições líquidas são, também, aquelas com o maior volume de activos sob gestão, em particular o Luxemburgo, com 280,9 mil milhões de euros, a Irlanda, com 242,1 mil milhões de euros e o Reino Unido com 54,1 mil milhões de euros. 22

13 Em Portugal, as subscrições líquidas de Fundos UCITS foram, também, positivas, totalizando 1,3 mil milhões de euros. Em termos de categorias de Fundos, os Fundos mais procurados, em 2017, foram os Fundos de Obrigações, que captaram 315,6 mil milhões de euros de novos investimentos, seguidos pelos Fundos Multi-Activos, com 190,4 mil milhões de euros e pelos Fundos de Acções, com 159,0 mil milhões de Euros. Os Fundos do Mercado Monetário, apesar das baixas taxas de juro que vigoram nos mercados monetários, conseguiram atrair 68,3 mil milhões de euros de subscrições líquidas. Subscrições Líquidas de Fundos UCITS na Europa em 2017 (milhões Euro) Fonte: EFAMA. B. Os Fundos de Investimento não Harmonizados / Alternativos (F.I.A.) Em 31 de Dezembro de 2017, os F.I.A. domiciliados na Europa totalizavam 5 908,7 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 7,1% em relação ao final de A Alemanha é o principal domicílio de F.I.A., com 1 666,4 mil milhões de euros, o que representa 28,2% do total, registando um acréscimo de 6,9% desde o início do ano. Em segundo lugar está a França, com 1 055,2 mil milhões de euros, que asseguram uma quota de 17,9% e um crescimento anual de 5,2%. Em terceiro, surge a Holanda, com 806,3 mil milhões de euros, que se traduzem numa quota de 13,6%, tendo registado um aumento de 5,6% em relação a Dezembro de

14 Portugal, com um total de 14,3 mil milhões de euros geridos por F.I.A., ocupa o 18.º posto, a nível europeu, num total de 27 jurisdições consideradas nas estatísticas da EFAMA. Em 2017, verificou-se uma redução do montante gerido por FIA nacionais (- 1,2%), facto que se deveu, exclusivamente, à incorporação e/ou conversão, através de processos de fusão, de F.I.A. em Fundos UCITS. Os Fundos de Investimento Alternativos (F.I.A.) na Europa em 2017 Fonte: EFAMA. No que respeita ao tipo de F.I.A. domiciliados na Europa, dominam os Outros Fundos, que não se enquadram numa tipologia específica, e que são responsáveis por 1 914,4 mil milhões de euros, o que representa uma quota de 32% e um crescimento de 16,0%, desde o final de 2016, o maior de entre as diversas tipologias de F.I.A., na Europa. Seguem-se os F.I.A. Multi-Activos, com 1 472,1 mil milhões de euros e uma quota de 25%. Em 2017, apresentam um aumento de 2,9%. Os F.I.A. de Obrigações vêm a seguir, com 1 004,2 mil milhões de euros (17% do total) e logo depois os F.I.A. de Acções, com 761,1 mil milhões de euros (13% do total). Os F.I.A. de Acções registaram a segunda maior subida nos montantes geridos por F.I.A. europeus (12,6%, desde Dezembro de 2016). Destaque, ainda, para os Fundos de Investimento Imobiliário, que geriam, em Dezembro de 2017, um total de 630,3 mil milhões de euros, o que lhes concede uma quota de 11% do mercado europeu de F.I.A. e traduz um crescimento de 7,8% em relação ao final do ano anterior. 24

15 De acordo com os dados da EFAMA, até 31 de Dezembro de 2017, os F.I.A. europeus acumulavam 210,6 mil milhões de euros de subscrições líquidas, o que representa mais de 51% do crescimento observado no período. Os Fundos de Investimento Alternativos (FIA) na Europa em 2017 Fonte: EFAMA. O mercado nacional de Fundos de Investimento A. Fundos de Investimento Mobiliário (F.I.M.) Em 31 de Dezembro de 2017, existiam 154 F.I.M. domiciliados em Portugal, em actividade, que geriam, à data, ,9 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 10,7% em relação ao final do ano anterior. No final de 2017, existiam menos 20 F.I.M. do que no ano anterior. Esta evolução explica-se pela liquidação de 15 Fundos, dois dos quais em resultado de terem atingido a maturidade prevista nos respectivos documentos constitutivos, a que se junta a extinção de mais 10 F.I.M. que foram objecto de incorporação, por fusão, noutros Fundos. Em contrapartida, 5 novos F.I.M. iniciaram a actividade, em No que respeita às entidades gestoras de F.I.M., em 2017, duas entidades deixaram de ter qualquer Fundo sob gestão: Crédito Agrícola Gest e MCO2, o que significa que, no final de 2017, os 154 Fundos eram geridos por 13 Sociedades Gestoras. 25

16 O mercado nacional de F.I.M. em 2017 Fonte: APFIPP. Como referido anteriormente, uma parte significativa do crescimento dos F.I.M. nacionais, observado em 2017, deveu-se a subscrições líquidas que totalizaram, nesse ano, 907,2 milhões de euros, ou seja, 76,2% do aumento do volume de activos sob gestão. A Evolução dos F.I.M. em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP. Com excepção do terceiro trimestre, o ano fica marcado por um volume significativo e relativamente estável de subscrições trimestrais, em torno dos 300 milhões de euros. A boa performance dos mercados financeiros teve uma influência positiva no crescimento dos montantes sob gestão, que se estima ter atingido, em 2017, 284 milhões de euros, ou 23,8% do aumento total. Este factor esteve em particular evidência no primeiro trimestre do ano, período em que totalizou mais de 100 milhões de euros. 26

17 No que respeita à composição do mercado, os Fundos de Investimento de Curto Prazo, em conjunto com os Fundos do Mercado Monetário (não incluindo F.I.A.), são os que representam a maior parcela do mercado nacional de F.I.M., com uma quota de 23,9%. Em segundo lugar estão os Fundos Multi-Activos 13, com uma quota de 23,6% e, em terceiro, encontram-se os Fundos PPR, com uma quota de 18,5%. O mercado nacional de F.I.M. - Dezembro 2016 O mercado nacional de F.I.M. - Dezembro 2017 * - Não inclui Fundos com Protecção de Capital nem Fundos Estruturados. ** - Inclui Fundos Estruturados. *** - Inclui Fundos Flexíveis. **** - Inclui Fundos PPA. ***** - Inclui Fundos do Mercado Monetário. Fonte: APFIPP. Os Fundos de Obrigações registaram, em 2017, um dos maiores crescimentos, com uma subida de 50,5% nos activos sob gestão, impulsionados por subscrições líquidas de 512,6 milhões de 13 Inclui Fundos Flexíveis. 27

18 euros, a que devem ser adicionados 49,1 milhões de euros de entrada de capital resultante da conversão de Fundos de outras tipologias em Fundos de Obrigações. Outra Categoria em destaque, no ano passado, foi a dos Fundos PPR, que registou um aumento de 48,2% nos activos sob gestão. A maior preocupação em poupar a longo prazo, com vista a obter um maior rendimento na reforma, levou os portugueses a efectuarem entregas líquidas no valor de 707,2 milhões de euros, para PPR constituídos sob a forma de Fundos de Investimento, o que contribuiu para 95,3% do crescimento anual observado. Merece, igualmente, destaque, o desempenho dos Fundos Multi-Activos e Fundos Flexíveis que, em conjunto, beneficiaram de um crescimento de 20,3% nos montantes sob gestão, ao longo de Parte deste crescimento deveu-se a uma maior procura dos aforradores, traduzida em subscrições líquidas no valor de 413,3 milhões de euros, o que equivale a 84,4% do aumento observado. Pela negativa, realça-se o desempenho dos F.I.A., cujos montantes sob gestão, em 2017, se reduziram em 48,2%, o que equivale a uma diminuição superior a mil milhões de euros. Destes, 564,8 milhões de euros resultaram da conversão, através de processos de fusão, de Fundos de Investimento Alternativo em Fundos Harmonizados (UCITS ou OICVM). Mesmo descontando este efeito, a queda do montante gerido por F.I.A., ao longo de 2017, foi de quase 30%. a) Fundos de Acções 14 O crescimento económico e a conjuntura de baixas taxas de juros dos mercados monetários e de obrigações, já referenciados, têm levado os investidores a procurar alternativas de investimento com maior potencial de rendibilidade e, necessariamente, com um maior nível de risco, em particular no segmento accionista, que, beneficiando dessa maior procura e da melhoria das condições económicas, tem vindo a proporcionar níveis de rendibilidade muito interessantes. De facto, como se demonstra no gráfico infra, a generalidade dos Índices de referência dos principais mercados accionistas mundiais, apresentaram, em 2017, um retorno superior a 10%. Do conjunto de índices seleccionados, apenas alguns índices europeus, designadamente o EuroStoxx 50, o IBEX 35 (Espanha), o FTSE 100 (Reino Unido) e o CAC 40 (França) apresentaram um retorno, medido em euros, inferior a 10%, embora todos superiores a 5%. 14 Inclui Fundos PPA. 28

19 O destaque vai para os mercados emergentes, onde o Índice Bovespa (Brasil) se valorizou 31,4% e o MSCI Emerging Markets apresentou uma performance de 34,3%. Também os Índices accionistas dos EUA e do Japão tiverem retornos, em 2017, muito significativos, quando medidos em moeda local. Corrigindo esses resultados do efeito cambial, e na medida em que, como também mencionado anteriormente, o Euro se apreciou em relação às principais divisas mundiais, verifica-se uma redução muito significativa dessas rendibilidades, em alguns casos para menos de metade. Em Portugal, o PSI-20 valorizou-se 15,2%, a maior performance de entre os Índices accionistas europeus incluídos nesta análise. Performance dos mercados accionistas em 2017 Fonte: Euronext, Banco de Portugal (taxas de câmbio). Aproveitando o bom desempenho dos mercados accionistas, os Fundos de Acções terminaram 2017 com um volume de activos sob gestão no valor de 1 209,6 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 16,5% em relação ao ano anterior. De entre as várias subcategorias de Fundos de Acções, destaca-se a dos Outros Fundos de Acções Internacionais que geria, em 31 de Dezembro de 2017, 485,6 milhões de euros, o que equivale a mais de 40% do total de Fundos de Acções portugueses e traduz um crescimento anual de 27,4%, o mais elevado de entre as subcategorias de Fundos de Acções. Os Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega são a segunda maior subcategoria de Fundos de Acções, tendo terminado o ano 2017 com um volume de activos sob gestão de 275,9 milhões de euros, o que representa um aumento anual de 7,9%. Esta performance foi negativamente influenciada pela criação, no último trimestre do ano, de uma nova subcategoria 29

20 de Fundos de Acções os Fundos de Acções Ibéricas que inclui Fundos anteriormente integrados na subcategoria Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega. De facto, considerando as duas subcategorias, em conjunto, verificou-se um crescimento de 14,7% nos activos sob gestão. A terceira maior subcategoria de Fundos de Acções é a dos Fundos de Acções Nacionais que, em 31 de Dezembro de 2017, geria 201,9 milhões de euros, o que representa 16,7% do total deste segmento. Aproveitando a valorização do mercado accionista nacional os Fundos desta subcategoria registaram um aumento de 15,8%, em Este desempenho seria de 19,5%, caso fosse descontado o efeito da reclassificação de um Fundo, no início de 2017, que saiu de Fundos de Acções Nacionais para Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega e, mais tarde, para Fundos de Acções Ibéricas. O Segmento dos Fundos de Acções em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP. No final de 2017, havia 43 Fundos de Acções em actividade, menos 3 do que no ano anterior. Esta diminuição é o resultado da liquidação de 3 Fundos: um Fundo de Acções Nacionais ; um Fundo de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega ; e um Fundo PPA, bem como da extinção, por fusão, de um Fundo de Acções da América do Norte. Adicionalmente, ao longo de 2017, foi constituído um novo Fundo de Acções que inicialmente integrou a subcategoria de Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega, tendo posteriormente transitado para a nova subcategoria Fundos de Acções Ibéricas. O aumento dos montantes sob gestão foi parcialmente motivado por um maior investimento dos aforradores. No acumulado de 2017, as subscrições líquidas totalizaram 47,6 milhões de 30

21 euros, ou seja, 27,9% do crescimento observado nos montantes sob gestão. Logo, a principal causa da subida dos montantes sob gestão foi a valorização dos activos em carteira, resultado do desempenho positivo dos mercados accionistas mundiais. Os novos investimentos foram, quase exclusivamente, realizados em Outros Fundos de Acções Internacionais, que registaram entradas líquidas, ao longo de 2017, no valor de 65,3 milhões de euros, valor que incorpora cerca de 3,8 milhões de euros, resultantes da incorporação, por fusão, de um Fundo que integrava a subcategoria de Fundos de Acções da América do Norte. Também os Fundos de Acções Ibéricas registaram um saldo positivo, no valor de 17,5 milhões de euros, mas que se deveu, integralmente, aos valores resultantes da conversão de Fundos que anteriormente se encontravam na subcategoria de Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega. Descontando esse efeito, esta subcategoria de Fundos de Acções teria registado um desinvestimento de 0,8 milhões de euros. Em contrapartida, os Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega, tiveram saídas líquidas de 3,4 milhões de euros, o que inclui o saldo da conversão de quatro Fundos para a subcategoria Fundos de Acções Ibéricas. Desconsiderando essa situação, esta subcategoria beneficiou de subscrições líquidas no valor de 14,9 milhões de euros, o qual inclui 5,4 milhões de euros que são o resultado da integração de um Fundo que antes estava classificado em Fundos de Acções Nacionais. Evolução dos Fundos de Acções em 2017 (Milhões Euro) * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre subcategorias de Fundos de Acções. Fonte: APFIPP. Todas as restantes subcategorias de Fundos de Acções registaram saídas líquidas que ascenderam, no acumulado de 2017, a 11,6 milhões de euros nos Fundos de Acções 31

22 Nacionais, a 9,6 milhões de euros, nos Fundos de Acções Sectoriais, a 8,6 milhões de euros, nos Fundos de Acções da América do Norte e a 1,9 milhões de euros, nos Fundos PPA. O efeito capitalização, como já referido, foi positivo em todas as subcategorias de Fundos de Acções, sendo particularmente expressivo nos Fundos de Acções Nacionais e nos Outros Fundos de Acções Internacionais, ambos com 39,1 milhões de euros, logo seguidos dos Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega, com 23,5 milhões de euros, e dos Fundos de Acções da América do Norte, com 16,3 milhões de euros. b) Fundos Multi-Activos e Fundos Flexíveis Como referido anteriormente, em conjunto, os Fundos Multi-Activos e Fundos Flexíveis representam a segunda tipologia de Fundos com maior representatividade no mercado nacional de F.I.M.. No final de 2017, estes Fundos geriam um total de 2 899,1 milhões de euros, o que representa uma quota de mercado de 23,6%. Comparando com o final do ano anterior, estes Fundos registam um crescimento de 20,3% nos activos sob gestão. Em 31 de Dezembro de 2017, existiam 39 F.I.M. em actividade, pertencentes a este segmento, menos cinco do que no ano anterior. Durante o ano, foram constituídos dois novos Fundos, ambos pertencentes à subcategoria Fundos Multi-Activos Defensivos. No mesmo período, verificou-se a liquidação de três Fundos pertencentes à subcategoria de Fundos Flexíveis e a extinção, através de processos de fusão, de dois Fundos Multi-Activos Defensivos e de um Fundo Flexível. Adicionalmente, um Fundo Multi-Activos Equilibrado transitou para Outros Fundos, muito embora, posteriormente, tenha sido incorporado, através de um dos processos de fusão referidos atrás, num Fundo Muti-Activos Defensivo. Os Fundos Mistos e Fundos Flexíveis em 2017 (Milhões ) Fonte: APFIPP. 32

23 Parcialmente por via da incorporação, por fusão, de Fundos de outras subcategorias e da constituição de dois novos Fundos, a subcategoria Fundos Multi-Activos Defensivos é a que tem o maior peso deste segmento, atingindo, no final de 2017, um total de 1 990,4 milhões de euros, ou seja, 68,7% do total de Fundos Multi-Activos e de Fundos Flexíveis. Em relação ao final de 2017, os montantes geridos por esta subcategoria aumentaram 26,2%. Apesar de ser a terceira subcategoria, em termos de dimensão, com um total de 348,3 milhões de euros (ou 12% do total do segmento), os Fundos Multi-Activos Equilibrados foram os que registaram o maior crescimento anual, com uma subida de 33,4% dos activos sob gestão. A segunda maior subcategoria é a dos Fundos Flexíveis, que encerrou 2017 com 485,9 milhões de euros, o que traduz uma quota de 16,8%. Durante o ano, os montantes sob gestão decresceram 1,5%, o que se deveu, exclusivamente, às liquidações de Fundos já referidas e, sobretudo, à incorporação, por fusão de um Fundo Flexível num Fundo Multi-Activos Equilibrado, cujas operações, em conjunto, se traduziram na saída de mais de 115 milhões de euros, o equivalente a 23,5% do total de activos geridos, no final de Os Fundos Multi-Activos e os Fundos Flexíveis registaram, uma forte procura, em 2017, com as subscrições líquidas acumuladas a totalizar 402,5 milhões de euros, o que representa 82,2% do crescimento anual deste segmento. Evolução dos Fundos Mistos e Fundos Flexíveis em 2017 (Milhões Euro) * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre subcategorias envolvendo Fundos Multi- Activos e Fundos Flexíveis. Fonte: APFIPP. Foi a subcategoria de Fundos Multi-Activos Defensivos, pelos motivos já expostos (novos Fundos e incorporação, por fusão, de Fundos de outras subcategorias), a principal responsável pelo total de entradas líquidas referido no parágrafo anterior. De facto, em 2017, esta subcategoria beneficiou de subscrições líquidas no valor de 365,1 milhões de euros (90,7% do 33

24 total deste segmento). Deste montante, cerca de 100 milhões de euros são relativos à incorporação, por fusão, de um Fundo Flexível. Os Fundos Multi-Activos Equilibrados tiveram, igualmente, uma procura significativa, registando subscrições líquidas anuais no montante de 70,4 milhões de euros, o que representa mais de 80% do crescimento dos respectivos activos sob gestão, observado em A subcategoria de Fundos Multi-Activos Agressivos é que tem menor peso neste segmento, com um total de 74,4 milhões de euros, ou 2,6% desta parcela do mercado dos F.I.M.. Foi, adicionalmente, a que registou o pior desempenho, com uma descida de 4,3% nos montantes sob gestão, desde o final de Apesar da boa performance dos activos detidos, que se valorizaram 7,5 milhões de euros, traduzindo uma rendibilidade média anual de quase 10%, os aforradores preferiram as subcategorias com políticas de investimento mais conservadoras, tendo optado por desinvestir desta subcategoria, em termos líquidos, ao longo do ano, um total de 10,8 milhões de euros. Os Fundos Flexíveis, como já mencionado, foram prejudicados pela liquidação de 3 Fundos e, essencialmente, pela incorporação, por fusão, de um Fundo na subcategoria Fundos Multi- Activos Defensivos, o que representou uma saída de 115 milhões de euros. Assim, no ano, as subscrições líquidas foram negativas, totalizando 22,2 milhões de euros. Já em relação aos activos em carteira, estima-se que se tenham valorizado em 14,8 milhões de euros. c) Fundos de Obrigações Em 31 de Dezembro de 2017, os Fundos de Obrigações geriam um total de 1 730,7 milhões de euros, o que traduz uma quota de 14,1% do mercado nacional de F.I.M. e um crescimento de 50,5% em relação ao ano anterior. Esta evolução explica-se, maioritariamente, por uma forte procura dos investidores, que encontraram neste tipo de Fundos uma alternativa com um potencial de rendibilidade superior ao dos depósitos bancários que, em resultado das baixas taxas de juro que vigoram nos mercados, têm vindo a oferecer remunerações próximas de zero. De facto, em 2017, os Fundos de Obrigações registaram entradas líquidas 512,6 milhões de euros, a que se juntam mais 49,1 milhões de euros que traduzem o saldo da conversão de dois Fundos que se encontravam noutras categorias numa subcategoria de Fundos de Obrigações, bem como de um Fundo de Obrigações que foi integrado noutra categoria. 34

25 Os Fundos de Obrigações em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP. No final de 2017, existiam 21 Fundos de Obrigações em actividade, menos dois do que no ano anterior. Ao longo do ano, apenas foi constituído um novo Fundo de Obrigações, a que se juntaram outros dois Fundos que, como já referido, estavam previamente integrados noutras categorias. Pelo contrário para além do Fundo de Obrigações que transitou para outra categoria, verificou-se a extinção de mais 4 Fundos, dos quais 3 foram incorporados noutros Fundos de Obrigações, através de processos de fusão. De entre as 3 subcategorias de Fundos de Obrigações, a dos Fundos de Obrigações de Taxa Indexada Euro é a que tem maior volume de activos sob gestão. No final de Dezembro de 2017, os Fundos desta subcategoria geriam 1 005,3 milhões de euros, o que representa 58,1% do segmento de Fundos de Obrigações. Esta subcategoria registou um crescimento anual de 33,9%. Em segundo lugar está a subcategoria Fundos de Obrigações Euro, com um total de 540,4 milhões de euros sob gestão, o que significa uma quota de 31,2% e uma subida de 55,6% em relação ao ano transacto. A subcategoria dos Fundos de Obrigações Internacionais, apesar de ser a de menor dimensão, com 185,0 milhões de euros, no final de 2017 (10,7% do total de Fundos de Obrigações), foi a que teve o maior aumento dos montantes sob gestão (257,4%), fruto de uma forte procura por parte dos investidores. Como referido, o motor do crescimento dos Fundos de Obrigações, em 2017, foi o aumento da procura dos investidores, que se traduziu em entradas líquidas (descontando o efeito das 35

26 mudanças de Fundos) de 512,6 milhões de euros, o que explica 88,2% do crescimento dos activos sob gestão. Se a esse valor somarmos os acima mencionados 49,1 milhões de euros que foram convertidos em Fundos de Obrigações, fica praticamente explicada a totalidade da subida observada (96,7%). Evolução dos Fundos de Obrigações em 2017 (Milhões Euro) * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre categorias envolvendo Fundos de Obrigações. Fonte: APFIPP. A subcategoria que registou maior procura foi, também, a de maior dimensão, ou seja, a dos Fundos de Obrigações de Taxa Indexada Euro, com 246,3 milhões de euros (inclui o efeito da saída de um Fundo para outra Categoria), o que representa 96,7% do aumento dos activos sob gestão. Os Fundos de Obrigações Euro registaram subscrições líquidas no valor de 184,7 milhões de euros (que incluem o efeito da inclusão de dois Fundos vindos de outras categorias), traduzindo 95,7% do crescimento observado em Os Fundos de Obrigações Internacionais foram os que, proporcionalmente, tiveram maior procura, registando entradas líquidas de 130,6 milhões de euros, o que explica 98,1% da subida registada no ano em análise. Todas as subcategorias de Fundos de Obrigações registaram, em média, retornos positivos, na medida em que em todas elas se verificou uma valorização dos activos em carteira que, em conjunto e no acumulado do ano, se estima que tenha atingido 19,3 milhões de euros. 36

27 d) Fundos do Mercado Monetário 15 O Fundos do Mercado Monetário foram dos que tiveram pior desempenho, em Considerando em conjunto tanto os Fundos Harmonizados como os Fundos Alternativos, os Fundos do Mercado Monetário e Fundos do Mercado Monetário de Curto Prazo registaram, nesse ano, um decréscimo de 83,3% em relação ao ano anterior, ou seja, uma diminuição de quase 2 mil milhões de euros. Esta evolução explica-se, em grande parte, pela redução do número de Fundos incluídos nesta Categoria que se reduziu de 6, no final de 2016, para 4, um ano mais tarde. Os Fundos do Mercado Monetário em 2017 Fonte: APFIPP. De facto, em Janeiro de 2017, dois Fundos do Mercado Monetário (um Harmonizado e outro Alternativo) fundiram-se e deram origem a um Fundo de Curto Prazo, significando uma saída de 1 622,8 milhões de euros, o que representa 83,4% do decréscimo observado. Removendo este efeito, ter-se-ia verificado uma diminuição de 45,4% nos montantes sob gestão, que resultou, integralmente, de subscrições líquidas negativas, cujo montante anual, expurgado das saídas relacionadas com o evento acima referido, ascendeu a 323,3 milhões de euros. Predominam, nesta Categoria, os Fundos Alternativos, com um montante sob gestão, em 31 de Dezembro de 2017, de 273,2 milhões de euros, o que representa uma quota de 70,2%. 15 Inclui Fundos Harmonizados e Fundos Alternativos 37

28 Os Fundos do Mercado Monetário Harmonizados geriam, na mesma data, 116,0 milhões de euros, uma descida de 1 162, 4 milhões de euros em relação ao final do ano anterior. As taxas de juro praticamente nulas, quando não mesmo negativas que se praticam nos mercados monetários, em cujos activos estes Fundos investem, têm afastado os investidores, levando a um desinvestimento, por parte dos aforradores, que ascendeu, no acumulado de 2017, e como já referido, a 323,3 milhões de euros. Se somarmos os montantes que saíram em virtude da conversão de Fundos noutras tipologias, designadamente, em Fundos de Curto Prazo, o montante anual de saídas líquidas ascendeu a 1 946,2 milhões de euros. Evolução dos Fundos do Mercado Monetário em 2017 (Milhões Euro) * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre categorias envolvendo Fundos do Mercado Monetário. Fonte: APFIPP. Nos Fundos Harmonizados, o total de saídas líquidas, em 2017, ascendeu a 1 162,5 milhões de euros, o que inclui 1 110,2 milhões de euros, da conversão de um Fundo desta Categoria em Fundo de Curto Prazo, através da operação de fusão acima descrita. Assim, o valor efectivamente resgatado pelos investidores (em termos líquidos) ascendeu a 52,3 milhões de euros. Nos Fundos Alternativos, verificou-se um desinvestimento líquido anual de 783,7 milhões de euros, que inclui 512,7 milhões de euros resultantes da extinção de um Fundo, por via do referido processo de fusão. Deste modo, as subscrições líquidas, observadas ao longo de 2017, neste tipo de Fundos, foram negativas, totalizando 271,0 milhões de euros. 38

29 e) Fundos de Curto Prazo 16 Os Fundos de Curto Prazo (inclui Fundos Harmonizados e Fundos não Harmonizados), registaram, em 2017, a maior subida no que diz respeito aos activos sob gestão, tendo terminado o ano com 3 160,7 milhões de euros, mais 71,6% do que no ano anterior. Esta evolução explica-se, exclusivamente, pela operação de fusão descrita no ponto anterior, que significou a recepção de 1 622,8 milhões de euros, vindos da Categoria de Fundos do Mercado Monetário. Em sentido inverso, três Fundos que anteriormente se encontravam nas Categorias de Fundos de Curto Prazo (um Harmonizado e dois Alternativos), através de processos de fusão, passaram para outras Categorias, traduzindo uma saída de 91,3 milhões de euros. No final de 2017, existiam nove Fundos de Curto Prazo em actividade (oito Harmonizados e um Alternativo). Ao longo do ano, três Fundos de Curto Prazo extinguiram-se, dois dos quais através dos processos de fusão acima referidos. Houve, ainda, a integração de um Fundo anteriormente classificado como Fundos do Mercado Monetário e o movimento oposto de um outro Fundo, na sequência de um processo de fusão, Fundo esse que seria, mais tarde, incorporado na Categoria Outros Fundos. Os Fundos de Curto Prazo em 2017 Fonte: APFIPP. Inversamente ao observado no segmento dos Fundos do Mercado Monetário, nos Fundos de Curto Prazo predominam os Fundos Harmonizados, tanto em número como em montantes sob 16 Inclui Fundos Harmonizados e Fundos não Harmonizados. 39

30 gestão. No final de 2017, estes Fundos geriam 2 826,6 milhões de euros, o que significa uma quota de 89,4%. Em relação ao ano anterior, os mesmos Fundos registam um crescimento de 115,0%. Este resultado deveu-se, exclusivamente, à integração, por fusão, de Fundos vindos da categoria de Fundos do Mercado Monetário, que originou um influxo de 1 622,8 milhões de euros. Em sentido contrário, um Fundo Harmonizado foi convertido, através de um processo de fusão, num Fundo de obrigações, o que se traduziu numa saída de 39,2 milhões de euros. O resultado destes dois eventos saldou-se em entradas líquidas no valor de 1 583,6 milhões de euros. Assim, contata-se que, no que se refere a investimento de facto, traduzido em entregas de capital por parte dos aforradores, o saldo anual foi negativo, significando resgates líquidos de 77,8 milhões de euros, facto a que não será alheio o menor rendimento proporcionado por estes Fundos, na actual conjuntura de baixas taxas de juro. Os Fundos de Curto Prazo Alternativos geriam, em 31 de Dezembro de 2017, 334,1 milhões de euros, o que representa uma descida de 36,7%, em relação ao ano anterior. Parte deste desempenho resulta da já mencionada fusão, que significou o desaparecimento de dois Fundos desta subcategoria, num total de 52,1 milhões de euros. Os restantes 141,4 milhões de euros a menos correspondem ao saldo negativo de subscrições líquidas observado no período. Evolução dos Fundos de Curto Prazo em 2017 (Milhões Euro) * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre categorias envolvendo Fundos de Curto Prazo. Fonte: APFIPP. 40

31 Em resumo, não obstante a subida acentuada dos montantes geridos por Fundos de Curto Prazo e que traduzem entradas líquidas no valor de 1 312,2 milhões de euros, tal resultou, em exclusivo, das operações de fusão, envolvendo Fundos de Curto Prazo, que significaram um influxo de 1 531,5 milhões de euros. Deste modo, os Fundos de Curto Prazo registaram, de facto, em 2017, resgates líquidos no montante de 219,3 milhões de euros. f) Fundos de Investimento Alternativo (F.I.A.) 17 Os F.I.A. não incluídos na análise dos dois pontos anteriores totalizavam, no final de 2017, 503,8 milhões de euros, ou seja, menos 9,9% do que em Dezembro de Este resultado explica-se, integralmente, pelo desinvestimento dos aforradores, traduzido em subscrições líquidas negativas, acumuladas ao longo do ano, que ascenderam a 70,4 milhões de euros. Os Fundos de Investimento Alternativo em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP. Em 31 de Dezembro de 2017, existiam 17 F.I.A. em actividade, menos três do que no ano anterior, Fundos esses que foram liquidados ao longo do ano. Em termos de subcategorias, 17 Não inclui os FIA do Mercado Monetário, nem os FIA de Curto Prazo, abordados nos pontos anteriores. Também não inclui os Fundos com Protecção de Capital nem os Fundos Estruturados. 41

32 existiam oito Outros F.I.A., três F.I.A. Flexíveis, dois F.I.A. de Obrigações, dois F.I.A. de Retorno Absoluto, um F.I.A. de Acções e um F.I.A. Multi-Activos. A maior subcategoria de F.I.A. é a dos Outros F.I.A., ou seja, Fundos de Investimento Alternativos que têm políticas e estratégias de investimento diversas, que não se enquadram em qualquer das restantes subcategorias de F.I.A. (Private Equity, Sector Energético, Commodities, etc.). No final de 2017, estes Fundos geriam 414,3 milhões de euros, o que representa 82,2% do total deste segmento. Em 2017, os montantes geridos pelos Fundos desta subcategoria registaram um decréscimo de 11,2%, em parte resultante da liquidação dos 3 F.I.A., acima referidos, todos pertencentes a esta subcategoria de F.I.A.. A segunda subcategoria de F.I.A. com maior volume de activos sob gestão é a dos F.I.A. de Obrigações, com 50,0 milhões de euros (9,9% do total deste segmento), tendo sido a que registou o melhor desempenho, com um crescimento de 21,4% em relação a Esse crescimento deveu-se, maioritariamente à procura por parte dos investidores, traduzidas em subscrições líquidas acumuladas, ao longo do ano, no valor de 6,5 milhões de euros, ou seja, 74,1% do aumento registado. Os F.I.A. Multi-Activos e os F.I.A. Flexíveis, em conjunto, geriam, no final de 2017, 25,3 milhões de euros, o que equivale a 5,0% do total do segmento dos F.I.A. e traduz uma subida anual de 1,3%. Evolução dos Fundos de Investimento Alternativo em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP. 42

33 Pela negativa, merecem destaque os F.I.A. de Retorno Absoluto, cujos activos sob gestão caíram, em 2017, quase 50%, para 12,3 milhões de euros. Como já evidenciado, os F.I.A. registaram, em 2017, subscrições líquidas negativas no valor de 70,4 milhões de euros, valor parcialmente anulado pelo efeito de valorização dos activos detidos por estes Fundos, estimado em 15,0 milhões de euros. Para além da subcategoria F.I.A. de Obrigações, que, conforme descrito, teve entradas líquidas de 6,5 milhões de euros, apenas a subcategoria F.I.A. Multi-Activos & Flexíveis teve, igualmente, subscrições líquidas positivas, no valor de 0,6 milhões de euros. Em sentido inverso, destaca-se o desinvestimento observado nos Outros F.I.A., que totalizou, em termos líquidos 66,1 milhões de euros, o que representa 93,9% do total de resgates líquidos ocorridos em F.I.A. ao longo de g) Fundos com Protecção de Capital e Fundos Estruturados Os Fundos com Protecção de Capital e os Fundos Estruturados partilham uma característica comum que é a de procurar assegurar que o investidor recebe, no final da respectiva maturidade, prevista nos documentos constitutivos, pelos menos o capital inicialmente aplicado. Os Fundos com Protecção de Capital e Fundos Estruturados em 2017 Fonte: APFIPP. 43

34 No final de 2017, existiam dois Fundos, ambos da subcategoria Fundos com Protecção de Capital, que geriam 74,2 milhões de euros, ou seja, menos 8,8% do que em Este desempenho resulta, essencialmente, da liquidação dos dois Fundos Estruturados existentes no final de 2016 e que atingiram, em 2017, a respectiva maturidade. Registou-se, adicionalmente, a liquidação de um Fundo com Protecção de Capital. Assim, no final de 2017, não existia qualquer Fundo Estruturado. Os três Fundos liquidados implicaram saídas no valor de 130,4 milhões de euros, o que representa a quase totalidade do decréscimo registado nos montantes sob gestão. Adicionalmente, nos restantes Fundos, registou-se um saldo negativo de subscrições menos resgates no valor de 5,8 milhões de euros. B. Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) O segmento dos F.I.I., em Portugal, no final de 2017, detinha um património líquido sob gestão no valor de ,8 milhões de euros, o que traduz um aumento de 2,4% em relação a Na mesma data, o valor do património imobiliário em carteira (inclui terrenos, projectos de construção, imóveis acabados, direitos, participações em sociedades imobiliárias e unidades de participação em F.I.I.) ascendia a ,0 milhões de euros, o que traduz um decréscimo de 0,5% em relação ao final do ano anterior. Os Fundos de Investimento Imobiliário em 2017 (Milhões Euro) Fonte: APFIPP; CMVM. 44

35 Em 31 de Dezembro de 2017, existiam 227 F.I.I. em actividade, menos sete do que no ano anterior. Ao longo do ano foram constituídos quatro novos Fundos todos da Categoria F.I.I. Fechados. No mesmo período, foram liquidados sete Fundos: cinco F.I.I Fechados, um F.I.I.A.H. e um Fundo de Reabilitação. Adicionalmente, dois outros F.I.I. Fechados deixaram de ser incluídos na análise por terem entrado em liquidação. A categoria mais representativa de F.I.I. é a dos Fundos Fechados, quer em número de Fundos em actividade (194), quer em valor líquido sob gestão (6 000,2 milhões de euros ou 55,6% do total). Em 2017, os Fundos desta categoria registaram um crescimento de 8,4%, parcialmente devido aos quatro novos Fundos constituídos em 2017 e que, no final do ano, tinham um património líquido de 119,9 milhões de euros (cerca de 25% do aumento dos montantes sob gestão). Em segundo lugar surgem os Fundos Abertos de Acumulação, que terminaram o ano com um valor líquido sob gestão de 1 705,1 milhões de euros, o que representa 15,8% do total e traduz uma diminuição de 14,0% em relação a Este desempenho explica-se pelo facto de terem saído dois Fundos desta Categoria (um para F.I.I. Fechados e outro para Fundos Abertos de Rendimento ), movimento parcialmente anulado pela inclusão de um Fundo vindo da Categoria Fundos Abertos de Rendimento. No acumulado, estes eventos resultaram numa saída líquida de cerca de 364 milhões de euros, um valor superior à redução dos activos líquidos geridos por esta Categoria. Logo a seguir, surgem os Fundos Abertos de Rendimento, com um valor líquido global sob gestão de 1 642,6 milhões de euros, o que significa 15,2% do total. Ao longo de 2017, registaram um crescimento de 12,7%, valor que se deveu, em grande parte, à mudança de Categoria de alguns F.I.I., já referidas e que significaram, para esta categoria, um influxo de 168,3 milhões de euros, explicando 90,8% do aumento dos montantes sob gestão. Também a Categoria dos Fundos de Investimento Imobiliário para o Arrendamento Habitacional (FIIAH) registou, em 2017, um desempenho negativo, traduzido numa quebra de 12,2%, chegando ao final do ano com um valor líquido global sob gestão de 835,2 milhões de euros, o que equivale a uma quota de 7,7% do mercado nacional de F.I.I.. Os FUNGEPI s terminaram o ano com um património líquido de 499,2 milhões de euros, o que representa 4,6% do total e uma redução de 2,3% em relação ao final de Apesar de se manterem residuais, merecem destaque os Fundos de Reabilitação, cujos activos líquidos sob gestão aumentaram, em 2017, 28,0%, para 53,6 milhões de euros. 45

36 Também a Categoria dos Fundos Florestais permanece residual (51,9 milhões de euros ou 0,5% do total de F.I.I.), tendo apresentado um decréscimo de 3,1% em relação ao final de Composição da Carteira dos F.I.I. - Dezembro 2017 Fonte: APFIPP; CMVM. Em 31 de Dezembro de 2017, mais de 57% dos activos líquidos geridos por F.I.I. estava investido em Imóveis arrendados. Os projectos de reabilitação e outros projectos de construção totalizavam 10,5% do total, enquanto que os terrenos tinham um peso de 19,6% da carteira. Os imóveis não arrendados representavam 14,0% da carteira dos F.I.I., o que traduz um vacancy ratio (percentagem de imóveis não arrendados no total de imóveis acabados em carteira) de 19,7%, uma redução significativa em relação ao final de 2016, quando este indicador apresentava um valor de 24,4%. O sector de serviços, onde predominam os escritórios para arrendamento continua a ser uma das principais vocações dos imóveis detidos pelos F.I.I., representando 35,8% do seu total. Os imóveis destinados ao comércio, onde se incluem lojas de rua e centros comerciais, por exemplo, representavam 19,8% do total, enquanto que os destinados ao segmento habitacional tinham um peso de 15,5%. Os imóveis com fins industriais representam apenas 3,1% da carteira dos F.I.I., peso semelhante ao dos imóveis destinados à logística. Os restantes imóveis, com fim misto ou não enquadráveis em nenhuma das finalidades anteriores representavam 20,4% do total de imóveis detidos por F.I.I., no final de Dezembro de

37 Finalidade dos Imóveis* detidos pelos F.I.I. - Dezembro 2017 * - Não inclui Terrenos nem Direitos. Fonte: CMVM. Organismos de Investimento Colectivo (OIC) Estrangeiros A comercialização de Organismos de Investimento Colectivo Estrangeiros, através de canais de retalho, tem vindo a registar um crescimento substancial nos últimos anos, atingindo um total de 4 109,1 milhões de euros, no final de 2017, o que traduz um crescimento de 38,2% em relação ao ano anterior e representa 17,8% do total de Fundos de Investimento domiciliados em Portugal (F.I.M. e F.I.I.). Evolução da Comercialização de Fundos Estrangeiros em Portugal (Milhões Euro) Fonte: CMVM. 47

38 Este desempenho ficou a dever-se, exclusivamente, à captação de novos investimentos junto dos aforradores nacionais, tendo-se registado subscrições líquidas anuais no valor de 1 258,0 milhões de euros, justificando, assim, integralmente, o aumento verificado nos activos comercializados em Portugal. O Crescimento dos Fundos Estrangeiros em 2017 (Milhões Euro) Fonte: CMVM. Gestão de Patrimónios A Gestão de Patrimónios desempenha um papel muito importante na intermediação financeira, permitindo o investimento de forma profissional das carteiras de activos financeiros de grandes investidores institucionais, como Seguradoras e Fundos de Pensões, mas também de particulares com patrimónios elevados. São vários os tipos de entidades que podem gerir patrimónios ou, dito de outra forma, que podem exercer a actividade de gestão discricionária de carteiras por conta de outrem. As principais, em termos de volumes de activos sob gestão, são as Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento Mobiliário (SGFIM) e as Sociedades Gestoras de Patrimónios (SGP) que, em conjunto, representam 91,5% deste mercado. No final de 2017, o valor das carteiras sob gestão discricionária ascendia a ,4 milhões de euros, mais 1,5% do que no ano anterior. 48

39 O Mercado Nacional de Gestão de Patrimónios em 2017 (Milhões Euro) Fonte: CMVM. As SGFIM lideram este segmento, tendo terminado o ano com ,0 milhões de euros, o que representa 57,8% deste mercado. Ao longo do ano, os activos sob gestão por este tipo de entidades aumentaram 1,0%. As SGP ocupavam a segunda posição deste ranking, com ,8 milhões de euros, reflectindo uma subida de 4,3%, em relação ao final de Estrutura de Cliente da Gestão de Patrimónios em 2017* * - Apenas são considerados os valores geridos por 11 Instituições Financeiras. No final de Dezembro de 2017, estas Sociedades eram responsáveis por 90,1% do valor total de Gestão Discricionária. Fonte: APFIPP. 49

40 A gestão de patrimónios efectuada por Bancos e outras instituições financeiras totalizou, no final do ano, 5 371,7 milhões de euros, o que traduz uma quota de 8,5%. Desde o final de 2016, os activos sob gestão discricionária por estas entidades diminuiu 5,1%. A grande maioria das carteiras sob gestão, em termos de volume, é referente a clientes institucionais: 20,6% dos montantes dizem respeito a mandatos concedidos por Fundos de Pensões, 63,5% são carteiras pertencentes a Seguradoras e outros 1,7% pertencem a Fundos de Investimento. As restantes categorias de clientes, que incluem os particulares, representam 14,1% do total. No final do ano passado, as carteiras sob Gestão Discricionária privilegiavam as aplicações em títulos representativos de dívida, pública e privada, que ascendiam, em conjunto, a 73,1% do seu total, mais 3,1 pontos percentuais do que no final de Apesar do bom desempenho dos mercados accionistas, as carteiras sob Gestão Discricionária reduziram o peso deste activo nas suas aplicações, passando de 6,1%, em 2016 para 5,4%, em Estrutura das Carteiras de Gestão de Patrimónios em 2017* * - Apenas são considerados os valores geridos por 11 Instituições Financeiras. No final de Dezembro de 2017, estas Sociedades eram responsáveis por 90,1% do valor total de Gestão Discricionária. Fonte: APFIPP. O Investimento indirecto, através de Fundos de Investimento, continua a representar uma parcela significativa das aplicações das carteiras sob Gestão Discricionária. Em 31 de Dezembro de 2017, este tipo de instrumentos financeiros representava 14,3% das aplicações totais, mais 2,5 pontos percentuais do que em

41 As aplicações em Liquidez e Outros Activos reduziram-se substancialmente, ao longo de No final do ano, representavam 7,2% do total sob gestão, 5,0 pontos percentuais a menos do que no ano anterior. Fundos de Pensões Em 2017, o mercado de Fundos de Pensões nacionais prosseguiu a tendência de crescimento que vinha registando nos anos anteriores. De facto, os Fundos de Pensões terminaram o ano com um total de ,8 milhões de euros, mais 7,0% do que no final do ano anterior. De acordo com a legislação em vigor, a gestão de Fundos de Pensões pode ser efectuada por Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (SGFP) e por Empresas de Seguros do Ramo Vida. As SGFP gerem a maioria dos Fundos de Pensões nacionais, detendo uma quota de 84,0% deste mercado. O Mercado de Fundos de Pensões em 2017 (Milhões Euro) Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Foram, contudo, as Seguradoras as que tiveram melhor desempenho, no ano em análise, com os montantes dos respectivos Fundos de Pensões sob gestão a aumentarem 19,9%, para 3 404,8 milhões de euros. Os Fundos de Pensões geridos pelas SGFP cresceram 4,6%, para ,0 milhões de euros. Esta disparidade na evolução dos dois tipos de Entidades Gestoras explica-se, parcialmente, pela fusão de uma SGFP numa Seguradora, que passou, assim, a assegurar a gestão dos respectivos Fundos de Pensões. 51

42 O Mercado de Fundos de Pensões em 2017 Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Os Fundos de Pensões Fechados constituem a maior parcela dos Fundos de Pensões, com um total de ,0 milhões de euros ou 89,6% do total. Todas as categorias de Fundos de Pensões registaram um crescimento dos montantes sob gestão, ao longo de 2017, destacando-se, contudo, o desempenho dos PPR, com uma subida de 21,1%, para 539,9 milhões de euros. Os Fundos de Pensões Fechados registaram um crescimento de 7,1%, em 2017, o mesmo que o dos Fundos PPA. Já os Outros Fundos de Pensões Abertos tiveram um crescimento mais modesto (apenas 1,9%), em resultado, sobretudo da conversão de uma adesão colectiva a um Fundo de Pensões Aberto num Fundo de Pensões Fechado. Analisando a composição da carteira dos Fundos de Pensões, evidencia-se uma maior predominância de activos com um perfil de risco de longo prazo, o que se compreende, tendo em conta a natureza e objectivos deste tipo de veículos, que se destinam ao financiamento de complementos de reforma e têm, por isso, horizontes de investimento mais longos. Assim, o peso das Acções é de 8%, sendo, igualmente, de destacar a percentagem de imóveis detidos (8%). Ao investimento directo nestas classes de activos devem ainda ser acrescentadas as aplicações através de Fundos de Investimento. As aplicações indirectas nos mercados financeiros, fazendo uso de Fundos de Investimento, Mobiliário e Imobiliário, representavam, no final do ano passado, 30% das aplicações dos Fundos de Pensões. 52

43 O investimento em títulos de dívida pública pesava 29% na estrutura da carteira dos Fundos de Pensões, enquanto que as aplicações em obrigações de empresas e outros títulos de dívida privada representavam 18% do total de activos geridos. Estrutura das Carteiras de Fundos de Pensões em 2017 Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Planos de Poupança Reforma (PPR) O segmento dos PPR obteve um bom desempenho, em 2017, com o valor dos respectivos montantes sob gestão e provisões técnicas a aumentarem 11,5%, para ,9 milhões de euros. Os PPR constituídos sob a forma de seguro, por terem, em muitos casos, associada a garantia do capital e, também, por vezes, a garantia de uma rendibilidade mínima, mantêm-se como a classe de PPR mais popular junto dos portugueses. No final de 2017, os PPR constituídos sob a forma de Seguro representavam 84,0% do valor total de PPR, o que significava ,8 milhões de euros em provisões técnicas 18. Estes PPR registaram, em 2017, um crescimento de 7,1%. Os Fundos de Investimento ocupam a segunda posição, com um total de 2 279,1 milhões de euros, o que equivale a uma quota de 12,9% do total de PPR. Em 2017, foram a tipologia de PPR 18 Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. 53

44 que registou o maior crescimento dos montantes face ao ano anterior, tendo aumentado 48,2%. Evolução das aplicações em PPR (Milhões Euro) * - Provisões Técnicas. Fonte: APFIPP e ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. No terceiro lugar estão os Fundos de Pensões, com um total de 539,9 milhões de euros, que traduzem uma quota de 3,1% do segmento dos PPR. Ao longo de 2017, os PPR sob a forma de Fundos de Pensões registaram um aumento de 21,1% dos montantes sob gestão. 54

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