Índia (e China): Oportunidades, Lições e Desafios para o Brasil
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- Rafaela Medina
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1 Índia (e China): Oportunidades, Lições e Desafios para o Brasil Mauricio Mesquita Moreira Economista Principal Setor de Integração e Comércio Seminário CINDES 5 anos Rio de Janeiro, 10 de junho, 2011
2 Roteiro Por que cresce a Índia? Uma perspectiva latino americana O paradoxo das grandes oportunidades e pouco comércio Investimento O desafio competitivo Conclusões
3 Lições?
4 Por que cresce a Índia? % PIB per capita Tendência do Crescimento do PIB Per capita China, Índia, Brasil e México. US$ Internacionais Constantes de China Índia Brasil México IDB-INT con datos de Penn World Tables 6.3
5 Lições para o Brasil? Índia e Brasil compartilham estratégias de desenvolvimento muito similares : SI ( ) e liberalização a partir dos anos 90. Os resultados nem sempre coincidiram, mas se tornaram particularmente divergentes nas duas últimas décadas. Por que? Responsabilidade fiscal facilitou a mudança de estratégia (inflação, juros). O bônus da distorção : A intervenção do estado foi mais ampla e duradoura: mudanças marginais podem trazer altos retornos. Índia encontrou novas oportunidades de crescimento: serviços de IT e BPT (mas está longe de ser uma panacea). O legado da SI garantiu uma massa crítica de capital humano tanto no país (India Institutes of Technology) como fora ( diáspora). Crescimento sem mistérios: elevadas taxas de investimento e poupança aliadas a um rápido crescimento da produtividade (PTF).
6 Fundamentos do Crescimento: India, Brasil e China e FBKF % PIB Poupança Domestica %PIB TFP % China India BRA Fonte: WDI e Bosworth and Collins 2008 para TFP
7 Comércio Bilateral: Paradoxo?
8 Comércio bilateral: enorme potencial
9
10 ..que ainda está por realizar-se Comércio bilateral ALC e China e ALC e India US$ bilhões China 134 India Fonte: IDB-INT com dados de COMTRADE US$ bilhões Comércio Bilateral Brasil e China e Brasil e India China 38.5 Índia Fonte: INT com dados da Secex
11 A composição do comércio é muito semelhante. Exportações Líquidas do Brasil e America Latina: Índia, China e Resto do Mundo US$ bilhões Brazil, CHN Brazil, IND Brazil, Resto do Mundo ALC, CHN ALC, IND ALC, Resto do Mundo Agricultura Mineração Manufatura Fonte: IDB-INT with UN-COMTRADE
12 Por que tão pequeno? Tamanho?
13 Por que tão pequeno? Diferenças na composição de imp. (BRA) e exp. (IND); Restrição de recursos naturais ainda com folga; Custos de Comércio
14 Tarifas em ambos os lados são muito elevadas...
15 assim como os custos de transporte. tarifa frete
16 Os investimentos bilaterais estão crescendo mas ainda não adquiriram uma massa crítica Investimento Indiano na ALC ainda é limitado (4% do total). Há, entretanto sinais positivos (e.g. Jindal Steel na Bolívia; investimentos relacionados a serviços de informática em praticamente toda a região; Tata e Fiat in Argentina; ONGC em Trinidad; Renuka no Brasil.) No caso do Brasil, entre 2001 e 2009 foram investidos US$119 milhões, a maior parte na segunda metade da década em setores como farmacêuticos e equipamentos de informática. De abril de 1990 até março de 2009 os investimentos latino americanos na Índia LAC chegaram a US$ 110 milhões ou 0.1% do total dos fluxos. Exemplos recentes: a joint venture da Petrobras com a ONGC para explorar campos de gás no leste da Índia (2007); a joint venture Marcopolo com a Tata Motors para fabricar ônibus na Índia e a Weg construindo um planta de motores elétricos em Bangalore (2007). IDE Latino Americano na Índia: (US$ million) Perú 0.0 Colombia 1.0 Brasil 4.6 Argentina 10.2 México 10.7 Chile US$ milliones Fonte:Ministerio de Comercio dd India
17 O Desafio Competitivo
18 A pressão competitiva: serviços India Canada United Kingdom Germany France China Neth erl an ds Japan Spain Australia Switzerland Ireland Philippines Italy Mexico Sweden Bel gi um-luxembourg Brazil Israel Singapore Malaysia Kore a, Republic of Norway Arge ntina New Zealand Chile Thailand Venezuela Sau di Arabia Indonesia Bermuda Compras Internacionais pelos EUA de Serviços de Informática Transfronteiras e através de filiais, ,000 2,000 3,000 4,000 Fonte: Bureau of Economic Analysis
19 A pressão competitiva: manufatura Participação nas Exprotações de Manufaturados. EUA, (%) 30 ÍNDIA 2 Mexico China India Brazil CHINA 1.4 China e Mexico (%) BRASIL India, Brasil MÉXICO Fonte: IDB INT com USITC data
20 A pressão competitiva: manufatura China e México (%) Participação no Mercado Mundial de Manufaturados (%) India Brasil China México Índia e Brasil (%) Fonte: BID-INT com dados de ONU/COMTRADE
21 Manufatura:um mercado cada vez mais congestionado Source: Mesquita Moreira 2010 Source: Jaumotte and Tytell. WEO IMF
22 Manufatura:um mercado cada vez mais congestionado Table 2. All Employees: Hourly compensation costs in U.S. dollars in manufacturing, Country Americas United States Argentina Brazil Canada Mexico China Source:BLS
23 Conclusões O crescimento da Índia confirma os benefícios da integração à economia mundial e dos incentivos de mercado; assim como as virtudes da disciplina fiscal, do investimento em capital humano, da inovação e de um forte crescimento da produtividade. Pode a Índia repetir o comércio explosivo que teve ALC com a China na última década? Um qualificado sim. Assim como no caso da China, o peso da população na Índia impõe severas restrições de recursos naturais ao crescimento e o comércio com o Brasil/ ALC é uma forma eficiente de resolver este problema. A similaridade dos perfis de demanda sugere que existem oportunidades além dos recursos naturais para exportadores latino americanos, mas com desafios competitivos (custo do trabalho) e comerciais (barreiras) importantes Barreiras comerciais em ambos os lados do relacionamento associadas à ineficiência da infra-estrutura de transporte são desafios importantes a serem superados para que o comércio bilateral decole. Maior volume de comércio tende a promover mais investimentos (escala+informação) e cooperação (incentivos+informação).
24 Conclusões A emergência da Índia deverá aumentar ainda mais a pressão competitiva sobre os industriais latino americanos. Fortes vantagens comparativas e o imperativo político de gerar mais empregos irão fazer da Índia um competidor em manufaturados tão poderoso quanto a China. Os portos-seguros para os industriais da região parece ser os bens intensivos em recursos naturais e os chamados bens intensivos em transporte (peso e tempo) no que diz respeito ao mercado regional e norte americano, em especial em um contexto de custos crescentes de combustíveis e de emissões. A sobrevivência com relação asiática, particularmente com relação China passa por uma ação diplomática mais efetiva no sentido de restringir o uso de artifícios como o câmbio e os instrumentos de política comercial e industrial que claramente provocam danos aos competidores (nos interessa mais e não menos regulação do comércio internacional) Aumentar de forma generalizada a proteção ao mercado interno e usar política industrial como estratégia de dente por dente pode oferecer algum alívio no curto prazo, mas têm mínimas chances de ser efetivo no médio longo prazo (custos alocativos e capacidade de reação e recursos dos estados centralizados)
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