Introdução à Macroeconomia. Danilo Igliori Economia Aberta

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1 Introdução à Macroeconomia Danilo Igliori Economia Aberta 1

2 Comércio Internacional (2004) (Importação + Exportação)/GDP Luxembourg 275.5% Ireland Czech Republic Hungary Austria 97.1 Switzerland 85.1 Sweden 83.8 Korea, Republic of 83.7 Poland 80.0 Canada 73.1 Germany 71.1% Turkey 63.6 Mexico 61.2 Spain 55.6 United Kingdom 53.8 France 51.7 Italy 50.0 Australia 39.6 United States 25.4 Japan 24.4

3 Em uma economia aberta Despesa não precisa ser igual à produção Poupança não precisa ser igual ao investimento

4 d f C C C d f I I I d f G G G Identidades Onde d = despesa com bens domésticos f = despesa com bens importados EX = exportação = despesa de estrangeiros com produção doméstica IM = importação = C f + I f + G f = despesa doméstica com bens importados NX = Exportações líquidas (balança comercial) = EX IM

5 PIB (gastos com bens domésticos) d d d Y C I G EX ( C C f ) ( I I f ) ( G G f ) EX f f f C I G EX ( C I G ) C I G EX IM C I G NX

6 Renda nacional e economia aberta Y = C + I + G + NX NX = Y (C + I + G )

7 Déficits e superávits NX = EX IM = Y (C + I + G ) Superávits Produto > despesas e exportação > importação Déficits despesas > produção e importação > exportação

8 Fluxos internationais de capital Fluxo líquido para fora do país = S I = fluxo líquidos dos fundos emprestáveis = compra líquida de ativos externos S > I, país é um financiador líquido S < I, país é um tomador líquido

9 Comércio e fluxos de capital NX = Y (C + I + G ) implica NX = (Y C G ) I = S I Balança comercial = fluxo líquido de K Desta forma, um país com déficit na balança (NX < 0) é um tomador líquido (S < I ).

10 Poupança e investimento em uma pequena economia aberta Estas equações continuam valendo Função de produção Função consumo Função investimento Variáveis fiscais exógenas Y Y F ( K, L) C C ( Y T ) I I ( r ) G G, T T

11 Poupança doméstica r S Y C ( Y T ) G Como antes, poupança doméstica não dependerá de r S S, I

12 Hipóteses sobre fluxos de capital a. Títulos domésticos e estrangeiros são substitutos perfeitos (mesmo risco, duração, etc.) b. Perfeita mobilidade de capital c. Economia pequena: não consegue impactar a taxa de juros real internacional, denotada r* a e b implicam r = r* c implica r* é exógeno

13 r Investimento r * I (r ) I (r* ) S, I

14 No caso de uma economia fechada a taxa de juros se ajusta para que I=S r S r c I (r ) I ( r ) S c S, I

15 Mas numa pequena economia aberta A taxa de juros internacional determina o investimento e a diferença entre S e I determina o fluxo de capitais e as exportações líquidas r* r r c I 1 NX S I (r ) S, I

16 Estática comparativa 1. Política fiscal doméstica 2. Política fiscal no exterior (resto do mundo) 3. Um aumento na demanda por investimento

17 Política Fiscal doméstica r Um aumento em G ou redução em T reduz a poupança. * r1 NX 2 S 2 S 1 Resultados: NX 1 I 0 NX S 0 I (r ) I 1 S, I

18 Política fiscal no exterior Política fiscal expansionista no exterior aumenta r*. r * r2 * r1 NX 2 NX 1 S 1 Resultados: I 0 I (r ) NX I 0 I ( r ) * 2 I( r ) * 1 S, I

19 Um aumento na demanda por investimento r S * r EXERCÍCIO: Use o modelo para determinar o impacto de um aumento na demanda por investimento sobre NX, S, I, e o fluxo de capital líquido. I 1 NX 1 I (r ) 1 S, I

20 Um aumento na demanda por investimento RESPOSTAS: I > 0, S = 0, NX se reduz na mesma medida que I r * r NX 1 NX 2 S I (r ) 2 I (r ) 1 I 1 I 2 S, I

21 Taxa de câmbio nominal e = Taxa de câmbio nominal, é o preço relativo da moeda doméstica em termos de uma moeda estrangeira (por ex. US$ por R$)

22 Taxa de câmbio real ε = a taxa de câmbio real, é o preço relativo dos bens domésticos em termos dos bens estrangeiros (ex. Big Macs no Brasil por um Big Mac no U.S.) ε e P P *

23 ε no mundo real e no modelo No mundo real: Podemos pensar em ε como o preço relativo de uma cesta de bens domésticos em termos de uma cesta de bens no exterior No nosso modelo macro: temos apenas um bem, produto. Então ε é o preço relativo do produto de um país em relação ao produto de outro país.

24 NX e ε ε bens no Brasil ficam mais caros em relação aos bens em outros países EX, IM NX Lembrar que definimos e=us$/r$ (para ficar similar ao Mankiw!)

25 A função NX A função NX reflete a relação inversa entre NX e ε: NX = NX(ε)

26 A curva NX ε ε 2 ε 1 NX(ε 2 ) NX(ε) 0 NX(ε NX 1 )

27 Como ε é determinada Pela identidade contábil temos NX = S I Vimos que em S I : S depende de fatores domésticos (produto, política fiscal, etc) I é determinado por r * Desta forma, ε precisa se ajustar para garantir NX ( ε ) S I ( r *)

28 Como ε é determinada S e I não dependem de ε, a curva é vertical. ε S 1 I ( r *) ε se ajusta para igualar NX com S I. ε 1 NX 1 NX(ε ) NX

29 Oferta e demanda no mercado de câmbio demanda: Estrangeiros precisam de R$ para comprar as exportações do BR. ε S 1 I ( r *) oferta: (S I) é a oferta de R$ para ser investida no exterior. ε 1 NX 1 NX(ε ) NX

30 Estática comparativa 1. Política fiscal doméstica 2. Política fiscal no exterior 3. Um aumento na demanda por investimento 4. Política comercial para restringir importações

31 1. Política fiscal doméstica Expansão fiscal reduz a poupança doméstica e a oferta de R$ no mercado de câmbio ε ε 2 S 2 I ( r*) S 1 I ( r *) ε 1 NX(ε ) causando apreciação da taxa real de câmbio e redução de NX NX 2 NX 1 NX

32 2. Política fiscal no exterior Um aumento em r* reduz o investimento, aumentando a oferta de R$ no mercado de câmbio ε ε 1 ε 2 S I ( r *) 1 1 S1 I( r *) 2 NX(ε ) depreciando a taxa real de câmbio e aumentando NX. NX 1 NX 2 NX

33 3. Aumento na demanda por investimento Um aumento em I reduz a oferta de R$ no mercado de câmbio ε S 1 I 2 S I 1 1 ε 2 ε 1 apreciando a taxa real de câmbio e reduzindo NX. NX 2 NX 1 NX(ε ) NX

34 4. Restrição à importações Para qualquer ε, uma restrição à importação causa IM NX demanda por R$ se desloca para a direita ε S I ε 2 ε 1 NX (ε ) 2 A restrição não impacta S ou I, assim o fluxo de capitais permanece fixo. NX 1 NX (ε ) 1 NX

35 Paridade do poder de compra (PPP) Uma teoria que estabelece que bens devem ser transacionados ao mesmo preço (ajustado pela taxa de câmbio real) em todos os países. A taxa de câmbio nominal deve se ajustar para equalizar o custo de uma cesta de bens entre os países. Lógica: Possibilidade de arbitragem Curiosidade: índice Big Mac Nota: tradables x non-tradables

36 PPP De acordo com a PPP: e = P*/P. Assim: * P P P 1 * * ε e P P P Resultado: a curva NX é horizontal: ε = 1 ε S I NX Se a PPP vale, mudanças em (S I ) não impactam ε ou e. NX

37 Problemas com a PPP no mundo real 1. Arbitragem internacional não é perfeita: Bens nontradable Custos de transporte 2. Países diferentes não são substitutos perfeitos Mas mesmo assim PPP é uma teoria útil: Na realidade, taxas de câmbio nominais se aproximam da PPP no longo prazo.

38 Uma grande economia aberta (EUA) Estudamos dois casos polares: Economia fechada Pequena economia aberta Uma grande economia aberta pode ser considerada um caso intermediário. Os resultados de estática comparativa também misturam aqueles encontrados para os casos polares.

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