Desafios Futuros dos Investimentos dos Fundos de Pensão. José Antonio Gragnani
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- Matheus Fagundes Carneiro
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1 Desafios Futuros dos Investimentos dos Fundos de Pensão José Antonio Gragnani
2 Patrimônio dos Fundos de Pensão como proporção do PIB em 2014 (%) Países membros da OCDE Países não membros da OCDE O Patrimônio dos Fundos de Pensão dos países da OCDE atingiu US$ 25,2 tri no final de 2014 O Patrimônio dos Fundos de Pensão no Brasil ainda se mantém abaixo da média dos países não membros da OCDE [2]
3 Taxa Real de Retorno dos investimentos deduzida dos custos de gestão (Dez/13-14) Países membros da OCDE Países não membros da OCDE Em alguns países, fundos de pensão já têm tido dificuldades em atualizar o patrimônio com taxas de retorno reais As projeções para os próximos anos indicam que essa dificuldade tende a ser agravar [3]
4 Taxa Nominal e Real de Retorno dos investimentos (média geométrica) Países membros da OCDE Country 5 year-average 10 year-average Nominal Real Nominal Real United Kingdom (1) Netherlands Denmark Australia (2) Canada New Zealand (3) Mexico (4) Iceland Chile Belgium Norway Israel (5) United States Luxembourg Austria Switzerland Spain Germany Slovenia Korea Italy (6) Estonia Portugal Japan Czech Republic Slovak Republic Em geral, a média de taxas nominal e real de retorno dos investimentos dos últimos 5 anos supera a média dos últimos 10 anos. A mudança de padrão pode significar um obstáculo a mais na busca por taxas de retorno A manutenção de juros baixos afeta de forma diferente fundos BD e CD: Solvências dos fundos BD pode ser comprometida Preço dos annuities tende a subir Países não membros da OCDE Country 5 year-average 10 year-average Nominal Real Nominal Real Uruguay Pakistan Namibia (1) Dominican Republic South Africa (2) Colombia Romania Serbia Costa Rica Nigeria Former Yug. Rep. of Macedonia Albania Peru Panama (1) Bulgaria Latvia Thailand El Salvador Hong Kong (China) (3) Liechtenstein Malta (1) [4]
5 Países membros da OCDE Alocação de ativos dos fundos de pensão (%) Os fundos de pensão dos países membros da OCDE terminaram 2014 com 84.7% de alocação em investimentos tradicionais, sendo 51.3% em bonds e 9.6% em depósitos e caixa Os fundos de pensão dos países não membros da OCDE terminaram 2014 com 89.6% de alocação em investimentos tradicionais, sendo 51.9% em bonds e 10.3% em depósitos e caixa Variação dos investimentos em ativos alternativos* entre (%) Em vários países, os fundos de pensão já têm buscado investimentos alternativos como forma de aumentar a rentabilidade dos seus portfólios * Empréstimos, terras, empreendimentos imobiliários, fundos mútuos, fundos de private equity, produtos estruturados Países não membros da OCDE [5]
6 Fundos de Pensão no Brasil - como se preparar para navegar nesse mar de incertezas... Ativos Títulos Públicos ainda com elevada taxa de retorno Mercado de capitais com modesta penetração (baixa geração de ativos) Empresas com alavancagem crescente e resultados declinantes maior risco de crédito Retorno dos ativos imobiliários impactados pela atual conjuntura Investimentos em ações maior volatilidade Ativos de infraestrutura com enorme potencial mas... relação retorno/risco desfavorável para investidores institucionais Infraestrutura pode ser uma grande alternativa Volume necessário de investimentos superior ao PL dos Fundos de Pensão Requer investimentos de médio e longo prazo mas alguns pontos precisam ser fortalecidos! Projetos requerem maior detalhamento e previsibilidade Necessidade de fortalecer governança em partes relacionadas Editais com maior prazo de análise (3-4 meses) e versões em inglês Histórico de atraso na conclusão de projetos Risco não gerenciável Garantias não padronizadas (maior risco e maior tempo para avaliação) Curva J (ausência de fluxo financeiro durante o período de construção) Debênture Uniforme de Infraestrutura [6]
7 Debênture Uniforme de Infraestrutura 1. Fluxo de Caixa: Pagamento de juros semestrais inclusive durante a fase de construção 2. Amortização do principal e garantias: Estrutura similar ao Brady Bond com garantia de NTN-B na data do completion (mín. 30% de cobertura) Garantia parcial ou total do Principal [7]
8 Debênture Uniforme de Infraestrutura Características Debênture A Debênture B Regulação Lei Lei Finalidade Financiar o projeto Garantir o pagamento de juros durante o período de construção Garantias 1. Títulos Públicos Federais para o principal durante o período de construção; 2. Debênture B para o fluxo de juros durante o período de construção; 3. Garantias corporativas do emissor, compartilhadas com o BNDES após o período de construção Step-in (alinhado com o BNDES). Garantias corporativas do emissor, compartilhadas com o BNDES Investidor Pessoas físicas, investidores institucionais domésticos e externos Bancos públicos e privados, organismos multilaterais Subscrição D0 D0 Integralização D0 D0 ou de acordo com o pagamento de juros da debênture A * Fluxo de Pagamentos Juros desde o início e amortização do principal após o período de construção Juros e amortização do principal após o período de construção. Em caso de default, fluxo de juros e amortização do principal renegociados com o emissor Fungibilidade Fungível com a debênture B Em condições normais, fungível com a debênture A após o período de construção. [8]
9 Pontos fortes da Debênture Uniforme de Infraestrutura Alinhamento de Interesses: BNDES e Debenturistas têm interesses alinhados Fungibilidade: Uniformização incentiva mercado secundário (Indexador, Garantias, Vencimentos, etc.) Formação de Mercado: Debenturista B é um formador de mercado intrínseco da estrutura Ampliação da Base de Investidores: Garantias líquidas e com preços de mercado potencialmente trarão novos investidores e volumes maiores dos antigos investidores Ampliação da Base de Garantidores: Colateral em títulos públicos permite o ingresso de novos garantidores no mercado Distribuição de Riscos entre Investidores: Investidores terão o risco minimizado no período de construção Fluxo de pagamentos: pagamento de juros desde o início elimina a curva J [9]
10 Incentivos Regulatórios implementados Res. CMN Res. CMN 3792 Entidades Fechadas de Previdência Complementar Debêntures Uniformes passam a ser alocadas na Carteira de Renda Fixa Podem ser emitidas por S.A Aberta ou Fechada Limite por Emissor das Debêntures Uniformes pode chegar a 15% do respectivo plano, quando as debêntures são garantidas por pelo menos 30% de títulos públicos federais Res. CMN 4444 Seguradoras e Entidades Abertas de Previdência Complementar Debêntures Uniformes podem ser alocadas dentro do limite de 75% dos recursos da entidade Limite por Emissor das Debêntures Uniformes pode chegar até 15% dos respectivos recursos garantidores, quando as debêntures são garantidas por pelo menos 30% de títulos públicos federais Um mesma entidade pode subscrever até 100% de uma mesma série das Debêntures Uniformes (regra já existente na Res. CMN 3792 para EFPC) [10]
11 MUITO OBRIGADO! José Antonio Gragnani Finance&Markets - World Bank Group jgragnani@worldbank.org Tel: +1(202)
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