AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 18 a 20 DE Novembro de 2009
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- Ana Laura Peralta
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1 AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 18 a 20 DE Novembro de 2009 Contraditório No seguimento da recepção do Relatório da Avaliação Externa realizada no nosso Agrupamento nos dias 18 a 20 de Novembro de 2009 tecemos algumas considerações. No que se reporta ao aspecto social, o Relatório identifica as dificuldades sentidas no Meio, face ao desemprego crescente e à situação difícil porque passam algumas empresas. Releva ainda, no âmbito da acção social escolar, o nível de intervenção a alunos abrangidos. Quanto aos recursos físicos é referida a intervenção que alguns dos edifícios escolares do 1º Ciclo têm sido alvo, com especial realce para a construção do Centro Escolar de Joane que vai responder de uma forma plena às necessidades da mesma freguesia e ainda às exigências que hoje se colocam em termos de ensino, no que se refere às Actividades de Enriquecimento Curricular, Ensino Experimental das Ciências e Expressões. Neste domínio é reconhecido pela Direcção e Autarquia a falta de condições ainda existentes em algumas escolas; No entanto, com as obras em curso, já realizadas e algumas que se perspectivam a curto prazo no parque escolar, a qualidade da oferta será uma realidade. Ainda no que se reporta ao 1º Ciclo, como é do conhecimento geral, esta é uma competência das Autarquias em termos de edifícios escolares e equipamentos. Compete à Direcção da Escola fazer o levantamento e alertar as entidades para as melhorias a implementar. Este trabalho é feito de uma forma constante quer nas reuniões, quer ainda em documentos para o efeito elaborados e enviados. Na oferta educativa do Agrupamento é referido o Ensino Regular, o Curso de Educação e Formação, os Cursos de Formação Educação de Adultos, a Escola Sénior e as Formações Modelares. É visível a abrangência da Escola e a capacidade em criar oferta de forma a responder às solicitações dos alunos e Meio. 1
2 Avaliação por domínios: Resultados Pela leitura do Relatório é notória a progressão dos resultados escolares dos alunos. A análise e reflexão traduzem-se na implementação de estratégias e planos de melhoria. Os resultados das Provas de Aferição do 4º e 6º ano de escolaridade e Exames do 9º ano de escolaridade, comparativamente com os resultados nacionais e resultados das escolas do Meio, demonstram a progressiva melhoria dos resultados que se colocam, em praticamente todos os domínios, acima dos valores nacionais. A diversidade de projectos, nos quais incluímos as parcerias internacionais com intercâmbio de alunos, clubes e actividades de complemento que de uma forma activa envolvem alunos e desenvolvem componentes culturais, sociais e artísticas, valorizam o currículo e o processo de ensino e aprendizagem. A oferta educativa abrangente tem como objectivo elevar as habilitações académicas das famílias e meio envolvente e ainda responder às necessidades de formação ao longo da vida, hoje factor de grande importância. Devemos lembrar aqui que fomos das primeiras escolas a iniciar a oferta formativa dos cursos (CEF), como forma de combate a problemas reais em termos de abandono escolar precoce. Fomos a primeira escola do concelho a certificar formandos dos cursos EFA em circuitos formativos, no concelho de Vila Nova de Famalicão. Damos continuidade, neste momento, a estes cursos dentro da política educativa definida pelo Agrupamento. Prestação do Serviço Educativo Como é referido, os documentos estruturantes articulam-se entre si e orientam a construção dos diversos projectos curriculares de turma. O Conselho de Articulação Curricular (CAC), recentemente criado e que aparece na sequência do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Reflexão e Acção Curricular Integrada (GRACI) e Grupo de Reflexão e Articulação Integrada (GRAI), com funções desde o ano lectivo de 2004/2005, tem como responsabilidade cimentar a articulação entre os ciclos, factor considerado pelo Agrupamento como essencial para a diferenciação pedagógica. A este respeito, foram elaborados documentos orientadores no sentido de estabelecer práticas que norteiem uma articulação real ao nível dos currículos de cada uma das disciplinas, áreas disciplinares e anos de escolaridade. Como Escola de referência no âmbito da Intervenção Precoce e ainda através do Núcleo de Educação Especial, Serviço de Psicologia, Director de Turma e Encarregados de Educação, aos alunos com dificuldades de aprendizagem são disponibilizados apoios, atendendo à especificidade pedagógica de acordo com as características de cada um dos alunos. A definição de um Plano Estratégico com a identificação dos pontos fortes mas também de áreas depressivas, que aponta para a consecução e cumprimento de objectivos, elaborado com base nos resultados escolares, é considerado um documento clarificador e orientador da política educativa do Agrupamento. 2
3 Toda a monitorização do trabalho desenvolvido por cada um dos departamentos curriculares e grupos disciplinares, sob a supervisão dos respectivos coordenadores, Conselho Pedagógico e Direcção, assenta hoje num conjunto de documentos elaborados e disponibilizados a alunos, professores e encarregados de educação, com conhecimento e aprovação do Conselho Pedagógico. Este trabalho passa pela elaboração e divulgação das planificações de cada uma das disciplinas, planificações mensais e elaboração/divulgação de matrizes. Estas são devidamente acompanhadas pelos alunos, encarregados de educação e professores. Como metodologia de trabalho utiliza-se a plataforma Moodle, ferramenta que se tem revelado de grande importância para esta divulgação. Para além do já referido, esta plataforma responde ainda a um conjunto de acções da responsabilidade do Director de Turma / Professores das disciplinas, ao nível de recursos documentais facilitadores da aprendizagem dos alunos. Como se pode constatar, e contrariamente àquilo que se pode inferir de uma leitura simples do Relatório da Avaliação Externa, o Conselho de Articulação Curricular parece iniciar neste momento todo um trabalho de articulação entre os diversos ciclos. No entanto, como se pode constatar pelo descrito, este aparece em termos de modelo de organização, como uma continuidade do trabalho desenvolvido pelos órgãos já referidos. Atenta às problemáticas do Meio, caracterizadas por questões de carácter social, foi criado o Gabinete de Apoio e Intervenção ao Aluno (GAIA) que tem como missão prestar todo o tipo de apoio, definir intervenções e servir como elo de ligação entre Escola, Director de Turma e Família. Situações há em que para casos específicos, foram definidas Tutorias como forma de solucionar e acompanhar alunos de forma directa. Todo este trabalho é devidamente articulado com a Direcção da Escola, Família, Coordenador do GAIA, Equipa Pedagógica e em muitos casos Assistentes Operacionais. Como se pode constatar pelo conteúdo do Relatório, esta não aparece como uma evidência clara, contrariamente àquilo que se passa na realidade. Organização e Gestão Escolar O Projecto Educativo identifica de uma forma clara a problemática do Agrupamento que resultou de um trabalho que envolveu toda a comunidade educativa. Neste sentido, define metas para o triénio bem como um plano e estrutura da acção com o intuito de resolver ou minorar os constrangimentos conhecidos. Cria indicações específicas a privilegiar em cada um dos projectos curriculares de turma de acordo com a especificidade das mesmas. O Órgão de Direcção, ao nível da identificação dos problemas e potencialidades, definiu também um Plano de Acção a aplicar de 2009/2013 e que abrange os vários domínios da acção escolar. Identifica de acordo com cada um dos parâmetros acções concretas a desenvolver, com o intuito de ir ao encontro das metas anteriormente definidas. Calendariza, em termos de organigrama, cada uma das acções, o período da sua abrangência e respectivos responsáveis para que, de uma forma clara e objectiva, se possa fazer em momentos devidamente identificados, a avaliação e as necessárias correcções a desvios ocorridos. 3
4 Quanto ao facto de algumas unidades educativas do 1º ciclo não reunirem as melhores condições para o desenvolvimento das Actividades de Enriquecimento Curricular, espaços de recreio, bem como do Ensino Experimental das Ciências, como é sabido, a gestão dos edifícios e materiais é da competência das Autarquias pelo que à Direcção compete, tal e qual o tem feito, identificar as situações e efectuar o devido encaminhamento. Liderança Tal como foi constatado pela Equipa Inspectiva, a Direcção exerce uma acção forte e motivadora. Neste sentido, o envolvimento e responsabilização de todos é, no nosso entender, uma constante que se traduz na implementação de acções como seja os Planos de Melhoria transversais a todos os ciclos, com acções mais concretas e sistemáticas ao nível das disciplinas de línguas Portuguesa e Estrangeiras e Matemática. Por aquilo que é possível percepcionar, nas várias reuniões de gestão intermédia, é sentida uma forte motivação dos docentes e uma relação de pertença para com a instituição. A prova disso é constatada pelo baixo absentismo do pessoal docente e não docente, abandono escolar nulo e nível de indisciplina dos alunos sem aspectos dignos de registo. É sentido também, por parte de todos os profissionais, um acolhimento aberto às propostas apresentadas e a vontade de responder de forma positiva com sugestões de enriquecimento e valorização das mesmas. O contributo de cada um é aqui um factor de motivação e de envolvimento activo e concreto. A monitorização deste plano e a implementação das correcções necessárias ocorrem de uma forma sistemática, para assim, com celeridade, ajustar medidas e definir novas estratégias em tempo útil. Para além disto, a Direcção, atenta às necessidades do Meio, criou todas as condições para uma oferta educativa diversificada, respondendo desta forma às necessidades dos alunos e Meio. São exemplo disto a oferta educativa disponível no Agrupamento, o que acontece há já alguns anos a esta parte, devidamente reconhecida nas reuniões de REDE, promovidas pelos responsáveis da Autarquia. A Direcção não descura as potencialidades do Meio em que existe grande diversidade de instituições com quem a escola tem estabelecido protocolos de parceria na valorização da sua função educativa. Perante aquilo que é descrito, tal qual é referido no Relatório, temos aqui que manifestar a nossa discordância. Assim, quando o Relatório refere tentando envolver e responsabilizar, pensamos neste momentos ter já ultrapassado este fase, pelo que esta é assumida por todos com forte sentido de colaboração e responsabilidade, como aliás é devidamente referido. Capacidade de Auto-regulação e Melhoria do Agrupamento Tem sido prática do Agrupamento o tratamento e reflexão dos resultados académicos dos seus alunos que neste momento se apresenta de uma forma consolidada como uma prática corrente. Para 4
5 além desta reflexão, os relatórios e documentos dos vários órgãos e / ou estruturas são devidamente analisados em sede própria, sendo que o seu resultado é objecto de tratamento posterior de modo a introduzir as necessárias correcções face às recomendações. A equipa de Auto-Avaliação, constituída por elementos transversais a toda a comunidade educativa, assume-se cada vez mais, no seu papel de olhar externo e objectivo, de forma contínua, como elemento de referência mas também como elemento crítico construtivo. Com base em todos os dados recolhidos dos quais podemos realçar resultados escolares, Planos de Melhoria, Contexto sócio-económico do Meio, foi elaborado o Plano Estratégico do Agrupamento. Este assenta em princípios e valores que têm como objectivo promover uma gestão de proximidade, participada, transparente e com critérios de qualidade; melhorar a qualidade da organização em função do interesse formativo dos alunos; valorizar e desenvolver os profissionais que nela trabalham; manter e melhorar as instalações; avaliar de forma sistemática e contínua os serviços; promover uma cultura de inclusão e melhorar a comunicação interna e externa. Define, este plano, relativamente a cada um, metas claras a atingir, o que nos permite pensar estarmos em presença de um modelo que nos possibilita sustentabilidade em relação aos procedimentos, aperfeiçoamento de estratégias, com reflexos directos na melhoria da imagem da escola e impactos positivos nos resultados escolares dos alunos de uma forma global. Perante tudo o que foi descrito e de uma forma genérica, o Relatório apresentado pela Equipa Inspectiva caracteriza o Agrupamento no aspecto social, recursos humanos, recursos físicos e oferta educativa. Fazendo uma leitura cuidada do conteúdo de cada um dos factores de avaliação e considerando a predominância dos pontos fortes evidenciados, mas também dos aspectos menos conseguidos, fomos levados a pensar que a menção atribuída da escala de avaliação, poderia, em alguns domínios, ser melhor do que a menção que efectivamente veio a constar no Relatório. Com certeza que as mesmas, para além de nos incutirem um maior sentido de responsabilidade, apresentam-se também como oportunidade de progressão e melhoria que se encontra neste momento devidamente estruturada no Plano de Acção estabelecido pelo Órgão de Direcção. Joane, 5 de Março de 2010 O Director 5
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