UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA SEXUALIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR: Um olhar sobre as manifestações Por: Jacqueline Carvalho de Moraes Orientador Profª. Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2012

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA SEXUALIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR: Um olhar sobre as manifestações Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Terapia de Família. Por: Jacqueline Carvalho de Moraes

3 3 AGRADECIMENTOS À Professora Fabiane Muniz, que compreendeu minhas inseguranças e me ajudou com sua simplicidade. A todos os professores de pós-graduação da Universidade Candido Mendes, que me proporcionaram outra visão da construção de conhecimento. A todos os profissionais da escola pesquisada, da qual também sou docente, pelo carinho com que participaram das entrevistas. Em especial, aos alunos, sujeitos desta pesquisa, pela dedicação ao nosso trabalho.

4 4 DEDICATÓRIA Dedico esta monografia a meus pais Nerina e Oswaldino, pelo apoio, encorajamento, amor e pelos ensinamentos que formaram os alicerces de minha história. Ao meu companheiro Damaci, por todo apoio, amor, compreensão e pela companhia ao longo da trajetória que me levou à concretização deste sonho. A Tucka, Laila, Dino, Poly, Fred e Nina, meus filhos, fontes de alegria que carrego comigo ao despertar de cada manhã. Não sigais aquilo que ouvis repetidamente, Nem tampouco a tradição, ou rumores, Nem o que está escrito, ou sequer um axioma, um raciocínio especioso, Nem mesmo a tendência a uma noção ponderada, Ou ainda a aparente habilidade de outrem, Nem sigais a consideração o monge é nosso mestre, Quando vós mesmo souberdes, Isto é bom, isto não é censurável, Isto é louvado pelos sábios, assegurado e observado, Isto conduz ao beneficio e a felicidade, Entregai-vos e sede tolerante. Siddhãrttha Gautama (Buda)

5 5 RESUMO O objetivo deste trabalho foi situar, de forma básica, as manifestações da sexualidade do adolescente observadas no espaço escolar, assim como correlacionar o fenômeno com o contexto social e cultural. Nos últimos anos, dentro da escola, ou seja, nas suas dependências, incluindo a sala de aula, os professores estão sendo obrigados a lidar com manifestações de sexualidade dos alunos que vão desde beijos e abraços em momento não oportuno, até o relacionamento entre alunos do mesmo sexo. Estas manifestações são hoje tão comuns quanto precoces, ou seja, estão envolvendo cada vez mais alunos que acabaram de entrar na puberdade, aumentando o desconforto dos professores e pedagogos para lidar com o tema. De forma que, em geral, um olhar sobre as manifestações envolvendo identificação sexual e prática sexual não são bem vistas no ambiente escolar. Na verdade, em função do desconforto dos professores e pedagogos, na maioria das vezes, essas manifestações ou recebem um tratamento velado, tipo não quero me envolver, chama os pais ou punitivo, tipo aqui não é lugar para isso, o colégio tem que resolver, tem que expulsar. O fato é que a iniciação saudável ao conhecimento da sexualidade deveria ser, em primeira ocasião, proporcionada pelos pais e conseqüentemente complementada pela escola, com a finalidade de garantir ferramentas para o individuo entender a dimensão da sua sexualidade. Analisando o tema, podemos concluir, a partir da literatura e de depoimentos de alunos e professores, que as manifestações de sexualidade na escola são decorrentes da curiosidade. natural da infância e da adolescência sobre o corpo e sobre sexo, comprometida por uma cultura sexual apelativa e banalizante e pela fraca ou conflituosa participação da família e da escola no esclarecimento sobre o tema. Podemos observar também, que as dificuldades ou o desconforto da escola, para tratar o tema advêm de valores e regras morais e sociais que, muitas vezes, refletem tabus e preconceitos frente ao sexo. A idéia é que o resultado desse trabalho possa ajudar na reflexão e prática dos educadores no ambiente escolar. PALAVRAS-CHAVES : orientação sexual - sexualidade adolescente escola

6 6 METODOLOGIA O foco desta pesquisa é a construção do significado no ambiente natural dos sujeitos e do pesquisador, com uma preocupação maior no produto que no processo, face o pouco tempo reservado ao trabalho. De forma que a análise e a interpretação dos dados tende a seguir um processo indutivo, que somaram as próprias experiências do pesquisador sobre o assunto, em face de sua presença como educadora na escola. A pesquisa foi realizada na comunidade da escola Mario Campos exclusivamente com 40 alunos adolescentes, tendo como instrumentos de coleta de dados, a aplicação de uma entrevista individual de 20 min, desenvolvida de uma forma dinâmica, através de perguntas simples, mediante uma conversação de natureza não estruturada (método qualitativo), direcionada ao entendimento das manifestações observadas, e as próprias duvidas ou questionamentos apresentados pelos alunos. A pesquisa visou explorar a questão das manifestações sem necessariamente impor limites na comunicação entre o pesquisador e o sujeito. Assim, neste trabalho, no primeiro momento levantamos dados bibliográficos sobre sexualidade e educação sexual para adolescentes. Posteriormente investigamos a realidade social, sexual e escolar dos adolescentes, assim como a visão a posição dos professores, com uma entrevista individual não estruturada. O trabalho é finalizado com a análise dos dados, que serão apresentados neste documento.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Um breve olhar sobre a sexualidade 14 CAPÍTULO II - A sexualidade na adolescência 25 CAPÍTULO III - Educação sexual e políticas governamentais 44 CAPÍTULO IV - Entendendo as manifestações na escola 54 CONCLUSÃO 73 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 76

8 8 INTRODUÇÃO Somando a outros problemas encontrados na escola, nos últimos anos é cada vez mais freqüente a observação de manifestações de sexualidade dos alunos, que vão desde beijos e abraços em momento não oportuno até a observação de relacionamento amoroso entre alunos do mesmo sexo e fragas de iniciação sexual. Essas manifestações acontecem dentro da escola, ou seja, nas suas dependências, incluindo até a sala de aula, obrigando o professor a lidar com o assunto. Essa intervenção é normalmente indesejada e apresenta uma carga de preconceitos geradora de conflitos. Em função desse cenário, as observações sobre essa questão passaram a ser recorrentes nos encontros de docentes e avaliações de classe, principalmente diante da realidade de que essas manifestações são cada vez mais desconfortavelmente aparentes e quase sempre, como veremos, podem ser associadas a outros problemas que interferem no rendimento escolar ou na saúde dos alunos. O fato é que muitos professores se dizem incapazes de lidar com o assunto, alegando desde questão de posicionamento religioso até dificuldades de falar de sexualidade com seus próprios filhos. Confirma essa observação também o fato de que as propostas mais comuns dos professores para resolver a questão passam simplesmente pela restrição a certos comportamentos dos alunos na escola, com a expulsão dos alunos reincidentes, e o direcionamento do problema para os familiares. Diante do exposto, quando refletimos sobre as finalidades da escola e da educação, segundo AQUINO (1997, pag. 45), assim como a inteligência, não há como a escola conter a sexualidade do individuo. Seria uma insensatez tão grande quanto tentar conter os primeiros passos de uma criança saudável,

9 9 ou seja, as manifestações de sexualidade são tão inevitáveis num individuo quanto o desejo de andar se podendo andar. Além disso, ainda segundo AQUINO (1997, pag. 45), a sexualidade não fica a margem do desenvolvimento da inteligência, melhor da própria subjetividade do ser. Sendo assim, fica claro porque a escola não tem como escapar sobre o debate e suas responsabilidades acerca de uma educação para a sexualidade. Nestes termos, adiantando a dimensão do problema na escola, podemos observar na leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 117) a seguinte definição de definem sexualidade: (...) tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica das pessoas, pois independentemente da potencialidade reprodutiva, relaciona-se com a busca do prazer, necessidade fundamental dos seres humanos. Nesse sentido, a sexualidade é entendida como algo inerente, que se manifestam do nascimento até a morte, de formas diferentes a cada etapa do desenvolvimento. Além disso, a sexualidade construída ao longo da vida, encontra-se necessariamente marcada pela história, cultura, ciência, assim como pelos afetos e sentimentos, expressando-se então com singularidade em cada sujeito. A intenção da iniciativa dos Parâmetros Curriculares é que os professores compreendam que tais manifestações sexuais são esperadas em algumas etapas do desenvolvimento do ser humano e fazem parte do interesse do adolescente, ou da criança, na descoberta do seu corpo. Melhor, que não podemos classificar essa procura por identidade sexual com uma simples procura de sexo, mas sim com um momento do desenvolvimento pessoal com influência ou interferência cultural. Neste contexto, considerando como referência alunos adolescentes classificados como normais, ou seja, aqueles que embora possam apresentar

10 10 problemas de ajustamento ao ambiente educacional, não apresentam desvios relacionados com patologias e/ou deficiência mental, segundo o Ministério da Educação MEC, os principais problemas sociais que interferem do desempenho dos alunos, citados pela maioria dos docentes de 1 e 2 anos do ensino médio ao longo do Brasil são: Problemas de relacionamento: Agressividade, vandalismo, desvios disciplinares (não respeito as normas) e superatividade (incapacidade de autocontrole). Problemas de crianças maltratadas: Carência afetiva, carência psicossocial, abuso infantil, abuso sexual, abuso emocional. Problemas de perdas emocionais graves: Separação de familiares ou outros entes, mudanças de ambiente ou espaço, mudanças profundas de vida. Problemas de afirmação do ego : auto-estima, auto-afirmação, identidade do ego. Problemas de aprendizagem: Dificuldade de acompanhamento, imaturidade, pré-requisitos. Problemas de relacionamento sexual e afetivo: Falta de educação ou orientação sexual, sexualidade precoce, gravidez na adolescência, promiscuidade, DST, homossexualismo reprimido. Problemas de dependência química: Alcoolismo, drogas e tóxicos. Não é difícil observar que os problemas listados como de ordem de relacionamento sexual e afetivo são as próprias manifestações observadas na escola, ou suas conseqüências. Outra analise da lista permite observar também que todos os problemas apresentados estão relacionados identidade e padrões de comportamento e atitude derivados do meio. Segundo LEVISKY (1998, pag. 32): Os jovens são vulneráveis as influências oriundas do meio social. Buscam fora do núcleo familiar aspectos que desejam incorporar a sua

11 11 realidade pessoal, ou outros, com os quais necessitam aprender e lidar, e que constituem porte de seu eu, nem sempre integrada a sua personalidade. A escola, neste cenário como uma das formadoras da subjetividade do adolescente, subjetividade aqui entendida como o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), tem como o maior desafio garantir resultados que sejam efetivamente transformadores de hábitos e atitudes. Melhor para uma sexualidade consciente, respeitando a individualidade de cada um.. Esta consciência, exige propostas pedagógicas direcionadas. Estas práticas devem respeitar as diferenças de identificação do mundo, ou seja, agregar conscientização pessoal sem gerar conflitos de grupo em razão das diferenças entre mestre e alunos, fundamentadas em crenças e valores e diversidade sexual.. Em suma, hoje, a escola enfrente mais um desafio, as transformações da nossa sociedade leva a sexualidade para o espaço da escola de uma forma intensa. O adolescente apresenta uma curiosidade e um desejo sexual que não mais se esconde. Exigindo uma responsabilidade do educador como elemento participante deste processo de constituição da identidade pessoal e sexual. Esse discurso acaba resgatando a escola como elemento transformador da sociedade. Durante muito tempo, as escolas no Brasil trabalharam com a visão da sexualidade centrada nas ciências naturais, especificamente na temática de conhecimento do corpo apresentada por um professor de ciências ou de biologia. As barreiras eram impostas principalmente pelo contexto religioso da sociedade e pela pouca difusão de informação sobre o tema, principalmente para os adolescentes. Esta realidade foi alterada pela pressão dos fatos, ou seja, pelos problemas sociais apontados em parágrafo anterior, em particular: gravidez precoce e indesejada, aborto, promiscuidade e DST/AIDS s, entre outros.

12 12 Neste contesto, simples orientação sexual não comporta uma discussão sobre sexo e identificação sexual tipo: hetero ou homossexual. Objetivos O objetivo deste trabalho é situar as manifestações crescentes de sexualidade dos adolescentes no espaço da escola, a fim de evitar conflitos e ajudar a balizar a atuação dos educadores e pedagogos no contexto da educação sexual. A intenção é, a partir de um olhar as informações, emoções e valores percebidos sobre sexo e sexualidade dos próprios adolescentes, fazer reflexão para a escola que permita a abordagem desse tema complexo, mas fundamental para construção do adolescente, garantindo à saúde e à integridade física e mental dos mesmos, assim como desconstruindo mitos, tabus e preconceitos. Objetivos específicos Assim, levando-se em conta toda a discussão apresentada anteriormente, as seguintes intenções são propostas neste trabalho: e Verificar, a concepção prévia sobre sexualidade dos adolescentes, tendo como amostra adolescentes com idades entre 15 a 18 anos de escola publica do estado do Rio. Identificar ou reconhecer construções culturais próprias ou induzidas nas manifestações de sexualidade na escola, identificando tabus, fantasias, discriminações e coisas do gênero, que possam identificar a razão das manifestações. Rever a posição da escola sobre o tema da educação sexual, com base nas analises dos resultados das entrevistas com os alunos;

13 13 Organização do trabalho Este trabalho está dividido em 4 (quatro) capítulos e uma conclusão. No primeiro, capitulo um, é apresentado inicialmente um breve olhar sobre a importância da sexualidade na formação o da identidade sujeito. Na seqüência, nos capítulos dois e três, é realizada uma revisão da literatura sobre sexualidade na adolescência e das políticas publicas sobre educação sexual na escola, a fim de garantir um referencial teórico. No capítulo quatro, é apresentado os resultados da pesquisa de campo, entrevista não estruturada sobre as manifestações de sexualidade na escola, realizada com 40 alunos do Colégio Estadual Professor Mario Campos, Nilópolis/RJ. Por fim, na conclusão, são analisados os resultados a fim de situar as manifestações de sexualidade no espaço escolar.

14 14 CAPÍTULO I UM BREVE OLHAR SOBRE A SEXUALIDADE 1.1 A importância do discurso Este capítulo tem como propósito fazer um breve enquadramento teórico da sexualidade, com foco na importância da mesma no desenvolvimento do ser humano e sua articulação com manifestações de ordem sexual. Nestes termos, podemos observar da leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 117) a seguinte conceituação do termo sexualidade: (...) tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica das pessoas, pois independentemente da potencialidade reprodutiva, relaciona-se com a busca do prazer, necessidade fundamental dos seres humanos. Nesse sentido, a sexualidade é entendida como algo inerente, que se manifestam do nascimento até a morte, de formas diferentes a cada etapa do desenvolvimento. Além disso, a sexualidade construída ao longo da vida encontra-se necessariamente marcada pela história, cultura, ciência, assim como pelos afetos e sentimentos, expressando-se então com singularidade em cada sujeito. Para começar, podemos observar que o conceito de sexualidade dos Parâmetros Curriculares Nacionais não permite à redução do fenômeno a noção de sexo ou pratica sexual. No texto, a sexualidade acompanha o ser até a morte, transcendendo da questão de sexo, e portanto da genitalidade e da reprodução humana, já que é colocada como inerente ao ser e singular a cada sujeito. Sendo então parte integrante da personalidade do ser humano.

15 15 Nestes termos, segundo MATTOS (2009, pag. 84): Assim como a agressividade, a sexualidade humana é um instinto primitivo de rara beleza. O desejo sexual é o gatilho biológico que leva os amimais a perpetuar a espécie. Quando este desejo é manifesto nos seres humanos, carrega todas as tintas de sua complexidade. Na espécie humana o desejo sexual vai muito além da busca do procriar, pois é uma forma de obter prazer, carinho, atenção e amor. Além disso, sexualidade se presta também como canal de liberação de tensões, sofrimentos, angustiais e agressividade. Então, a sexualidade é uma característica geral experimentada por todo o ser humano e não necessita de relação exacerbada com o sexo, uma vez que se define pela busca de prazeres, sendo estes não apenas os explicitamente sexuais. O sexo se prende muito ao nível físico, e pode ser considerado como a sexualidade manifestada de forma física e compartilhada com outro indivíduo através do corpo, que é apenas uma das suas formas de se chegar à satisfação desejada. Pode-se entender como constituinte de sexualidade, a necessidade de admiração e gosto pelo próprio corpo, por exemplo. De forma que a intenção da conceituação de sexualidade dos Parâmetros Curriculares foi mostrar aos professores que as manifestações sexuais são esperadas em algumas etapas do desenvolvimento do ser humano e fazem parte do interesse do adolescente, ou da criança, na descoberta do seu corpo. Melhor, que não podemos classificar essa procura por identidade sexual com uma simples procura de sexo, mas sim com um momento do desenvolvimento pessoal, com influência ou interferência cultural. Segundo NUNES (1987, pag.13)

16 16 Não é uma tarefa muito fácil a abordagem da sexualidade. Pois a riqueza dessa dimensão humana e todo a sedimentação de significações que historicamente se acrescentou sobre a mesma acabaram engendrando um certo estranhamento do sujeito humano com sua própria sexualidade. Freqüentemente a sexualidade se encontra envolta em um feixe de valores morais, determinados e determinantes de comportamentos, usos e costumes sociais que dizem respeito a mais de uma pessoa. Daí o seu caráter social explosivo. Para PICAZIO (1999, pag. 19) a sexualidade de cada um seria definida por quatro aspectos básicos: o sexo biológico, a identidade sexual, o papel sexual e orientação do desejo sexual Esses aspectos se combinam ou se interagem.de forma diferente em cada pessoa em busca de prazer, descoberta das sensações proporcionadas pelo contato ou toque, e atração por outras pessoas (de sexo oposto e/ou mesmo sexo) com intuito de obter satisfação dos desejos do corpo, entre outras características. Mas este processo não é fácil, já que desejos e sensações podem ser reprimidos por preconceitos, dúvidas de conduta, qualquer coisa que outros ou a sociedade indicar fora do roteiro ou anormal. Isso geraria o desconforto do prazer e medo, decorrente de conflitos internos e dúvidas da sexualidade, que retiram a imensa felicidade e prazer provenientes da experiência positiva e saudável da mesma. Segundo MATTOS (2009, pag. 84): A proibição pode inibir a manifestação do desejo, mas, ao contrario de fazê-lo desaparecer, o instiga. A proibição e idéia de pecado transformam o desejo em fonte de sofrimento e sombra... O desejo sexual pode assumir manifestações primitivas, incompletas, distorcidas e até patológicas.

17 17 Retornando a PICAZIO (1999, pag 38), a orientação do desejo sexual não seria determinada pelo sexo biológico. A genitália seria apenas uma referencia inicial. De forma que a identidade sexual não seria presa a genitália, e sim por meio da interação entre as estruturas individuais e sociais influenciados por pensamentos éticos, religiosos, culturais e morais. Melhor, que a nossa identidade, a identidade sexual, só será masculina ou feminina, ou ambos, quando acreditarmos ou construirmos internamente isso. A identidade sexual não é presa ao aspecto biológico, ao sexo biológico. Conforme crescemos, vamos aos identificando com atitudes, profissões, roupas, ídolos, independentes de serem considerados masculinos e femininos. A sociedade é que nos encorajaria a abrir mão de escolhas não condizentes com nosso sexo biológico. Assim, nosso papel sexual, identificado pela identidade sexual, amarra nosso comportamento ou nossas manifestações de sexualidade. Confirmando que a sexualidade é mais que a genitália, mais do que o que se faz com outra pessoa sexualmente, ou seja, sexo. Na definição básica, a sexualidade é colocada como traço mais íntimo do ser humano e como tal, se manifesta diferentemente em cada indivíduo de acordo com a realidade e as experiências vivenciadas pelo mesmo, estaria mais para a forma como a pessoa se senti com seu corpo frente aos impulsos de ordem sexual, como a personalidade sobrevive aos limites impostos socialmente ao comportamento humano, quer sejam eles político, culturais, religiosos e econômicos. Ou seja, aos fatores que já comprometem ou violentam a subjetividade do ser. Na verdade, o conceito da sexualidade vem sofrendo um processo de transformação contínua no plano cultural e social, montada sobre os princípios e as estratégias de uma sociedade mercantilizada. Segundo NUNES (1987, pag. 97), todo o movimento repressivo da sexualidade durante os séculos XVI, XVII, XVIII começa a se transformar com as próprias transformações do mundo capitalista. A ação do discurso médico, os tratados científicos, a revolução industrial e a superação de conceitos equivocados sobre desejos sexuais

18 18 aceleraram a transformação da visão da sexualidade, antes associada a conotação reprodutiva. Fundamentado-se nos trabalhos de FOULCAULT, a civilização, historicamente, é baseada em tabus e historias de repressão sexual, assim como numa sexualidade construída socialmente. A sociedade capitalista não obrigou o sexo a esconder-se. Ao contrário, desde o século XVI e principalmente a partir do último século, o sexo foi incitado a se confessar, a se manifestar. É justamente o poder que nos convida a enunciar nossa sexualidade por meio das diversas instituições e saberes, como peça essencial de uma estratégia de controle do indivíduo e da população, que é característica da sociedade moderna. FOULCAULT diz claramente que existiu um projeto de iluminação de todos os aspectos do sexo, com fins de seu esquadramento. O poder multiplicou os discursos sobre o sexo, visando produzir verdades sobre ele. No século XIX, momento crítico, esse projeto alia-se a ciência, com a finalidade da produção de saberes sobre o sexo, fatalmente comprometidos com o evolucionismo e com os racismos oficiais. De forma que para FOULCAULT não existe força interna capaz de mudar a sexualidade. Ao invés disso, se pode manipular idéias e definições, que regulam as formas em que a sexualidade pode ser pensada, definida ou expresso pelo individuo. Segundo FOULCAULT, culturas podem construir as regras, crenças, valores e comportamentos aceitáveis, elementos que fundamentam o discurso regulação da sexualidade. Assim, sexualidades podem constantemente ser produzidas, alteradas e modificadas, e de forma que a natureza do discurso sexual e as experiências são alterações de acordo. A partir de FOULCAULT a conceptualização da

19 19 sexualidade passa a ser vista como socialmente construída, cuja compreensão e construções são essenciais para compreender as complexidades das influências culturais sobre os comportamentos sexuais das pessoas. Seria importante para a sociedade capitalista que os conhecimentos, crenças, atitudes, valores e comportamentos de sexuais do individuo, com foco em monogamia, fidelidade e procriação. 1.2 O sujeito e a identidade sexual em tempos de mídia O conceito de sujeito é um dos mais controversos da ciência, já que possui uma proposição diferente nas diversas áreas do conhecimento, da filosofia a psicanálise. Mesmo numa área especifica, podem ser observadas controvérsias sobre o conceito. Neste trabalho, o foco será uma visão do sujeito centrada numa linha da psicologia que identifica o sujeito com um sujeito do desejo, onde o comportamento é governado por processos inconscientes e não somente pelos processos conscientes, e onde o natural, a coisa, é tratada via símbolo. Esse sujeito (freudiano) contrapõe o sujeito cartesiano de muitas ciências, centrado no consciente, penso logo existo, e na forma concreta das coisas. No inconsciente desse sujeito estão às pulsões, que podem ser definidas como o impulso energético que direciona certos comportamentos do individuo, que não são gerados por processo decisório, ou pelo instinto. São duas pulsões básicas, a pulsão sexual, que da origem a energia libidinosa do indivíduo, e a pulsão de morte, que é destrutiva, e pode ser dirigida para dentro. A energia libidinosa do indivíduo, ou seja, o libido, está relacionada com energia sexual no sentido estrito, com os fenômenos do "impulso" do desejo e do prazer, que vínculos.a sexualidade humana. O desejo carnal seria oriundo dessa energia, quando descarregada causa prazer. Já se essa energia

20 20 for reprimida causará ansiedade. Essa energia libidinal que está presente desde cedo no individuo, na verdade desde a infância (FERRAZ, 2000, pag. 41). No consciente estão às experiências que a pessoa percebe, incluindo lembranças e ações intencionais. A consciência funciona de modo realista, de acordo com as regras do tempo e do espaço. Percebemos a consciência como nossa e identificamo-nos com ela. Parte do material que não está consciente num determinado momento pode ser facilmente trazida para a consciência. Segundo MAHEIRIE (2002, pag. 46), os objetos ou coisas naturais e concretas trazem uma objetividade, que é negada como uma dimensão absoluta pelo ser humano. Ou seja, o ser humano estabelece sentidos, significados para o mundo e também para si mesmo. Assim, tanto o concreto quanto o eu do próprio sujeito, varia de acordo com o julgamento de cada pessoa, é um tema que cada indivíduo poe interpretar da sua maneira, que é subjetivo. Essa subjetividade é algo que diz respeito ao sentimento de cada pessoa, sua opinião sobre determinado assunto. Então, por meio da consciência e inconsciente, a subjetividade invade a objetividade, baseando-se nos símbolos culturais e sociais adquiridos no desenvolvimento do individuo. O sujeito, a partir das relações que vivencia no mundo, produz significações e, vivenciando esta sua condição de ser lhe permite singularizar os objetos coletivos, humanizando a objetividade do mundo. A subjetividade pode então ser compreendida como uma dimensão do sujeito, assim como a objetividade que, relacionadas dialeticamente no contexto social, produzem o sujeito. Essas afirmações permitem visualizar que a subjetivação realizada pelo sujeito sobre os símbolos extraídos da objetividade é única, e o individualiza. Assim, segundo a Wikipédia:

21 21 Subjetividade é entendida como o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva [1] dos grupos e populações. A psicologia social utiliza freqüentemente esse conceito de subjetividade e seus derivados como formação da subjetividade ou subjetivação. A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano. Este mundo interno é composto por emoções, sentimentos e pensamentos. Através da nossa subjetividade construímos um espaço relacional, ou seja, nos relacionamos com o "outro". Este relacionamento nos insere dentro de esferas de representação social em que cada sujeito ocupa seu papel de agente dentro da sociedade. Estes sujeitos desempenham papeis diferentes de acordo com o ambiente e a situação em que se encontram,o que segundo Goffmam pode ser interpretado como ações de atores sociais. Somente a subjetividade contempla, coordena e conhece estas diversas facetas que compõem o indivíduo. Ainda segundo MAHEIRIE (2002, pag. 46), a qualidade relacional do sujeito depende da história do sujeito, ou seja, de suas singulares que são influenciadas por um determinado contexto histórico, social e político, ou seja, em contextos sociais diferenciados, as motivações emocionais também são diferenciadas. Em um mesmo contexto, dois sujeitos podem não se emocionar pelas mesmas coisas. Portanto, as significações, compreendidas como superações concretas da objetividade, é o que garante a diversidade das possibilidades do emocionar- se. Tornando singulares os objetos coletivos, as significações expressam a subjetividade objetivando-se, espalhando-se e fixando se nas coisas, nos objetos, no mundo. As significações estão em cada ato humano e

22 22 estão presentes na totalização histórica, transformando- se ao longo dela, sendo superadas por outras significações que vão surgindo. Nesse contexto, o sujeito, como ser social, inicia o desenvolvimento da sua identidade através da interação que mantém com o meio em que vive, ou seja, inicia o desenvolvimento do sentido daquilo que se é, ou seja, do caráter do que é ou nos faz únicos ante aos olhos dos outros (CAMPAGNA, 2005, pag. 37). Cabe ressaltar que a identidade é uma construção dinâmica da unidade da consciência de si, através das relações subjetivas, das comunicações, da linguagem e das experiências sociais. É um processo ativo, afetivo e cognitivo de representação de si no ambiente envolvente. Assim, a construção da identidade é social e acontece durante toda, ou grande parte, da vida dos indivíduos, além de apresenta características diversas em razão das diferenças culturais. Apesar de alguns traços de desenvolvimento serem comuns a todas as pessoas, independente do meio e da cultura em que estejam inseridas (como é o caso, por exemplo, da menstruação nas meninas ou do nascimento dos pelos nos meninos), há determinadas características do desenvolvimento que se diferem em grande escala quando há diferenças culturais. A cada experiência vivida, a cada problema enfrentado, se está alimentando o processo de construção da identidade. Este desenvolvimento é interrompido de vez em quando por crises, as chamadas crises de identidade, particularmente no período da adolescência, quando o sentido de identidade está sujeito a uma certa tensão. Assim, o choque entre os sentimentos instintivos e a obrigação social pode levar a uma perda da identidade pessoal. Em alguns momentos podemos observar certas crises de identidade durante o desenvolvimento da mesma. É o que acontece, por exemplo, com a maioria dos adolescentes das sociedades atuais, que precisam resolver essas crises para solidificarem aspectos de sua identidade pessoal e social.

23 23 Para RODRIGUES (2008, pag. 21), citando ERIKSON, a identidade é uma identidade constituída de três partes: uma interação do biologicamente herdado, a biografia pessoal e a resposta da sociedade inserida num contexto histórico, a qual concede coerência, significado e continuidade a vida e as experiências de vida de uma pessoa. De forma que, a identidade como de inato, da essência do ser; mas responde ou é edificada de acordo com o ambiente e os outros indivíduos. Em meio a esse debate sobre a questão da essência ou construção das características da identidade, ou personalidade, de uma pessoa, o texto revela o papel fundamental da imagem na formação das identidades nas sociedades contemporâneas. A partir do exame minucioso de uma série de TV e de algumas campanhas publicitárias, o autor demonstra o quanto a sociedade do consumo é capaz de interferir no estabelecimento das consciências e personalidades individuais. pag. 145): Neste contexto de construção da identidade, segundo SAMPAIO (2000, Dentre essas instancias socializadoras, a mídia ocupa lugar de extremo destaque, funcionando como uma central distribuidora de sentido, e suas corporações, como fabricas do imaginário, constantemente produzindo e oferecendo modelos que servem de suporte para as identificações constitutivas do sujeito. São exemplos destes modelos o que é ser homem, uma mulher, uma criança, um adolescente e também o que configura o belo, o justo, o socialmente aceito e etc. De forma que a mídia e os produtos por ela veiculados não podem ser analisados na contemporaneidade como meros instrumentos de entretenimento. Seu cunho ideológico e as mensagens que eles transmitem tornam-se na sociedade definidores ou redefinidores da identidade física e psicológica dos indivíduos. Na verdade, no contexto da identidade psicologia, a

24 24 mídia tem um efeito dominante ou alienador, já que infringe uma perturbação mental que pode registra uma anulação da personalidade individual. Segundo OLIVEIRA (2004, pag 55), a identidade coletiva para Foucault é orientada pela mídia, ou seja, é uma construção social com um ponto de vista mercadológico e de dominação, mesmo guando parece uma revolução de costumes. Propõe ainda, concordando com Foucault, que essas idéias ou instituições cultivadoras prejudicam as relações de gênero e sexualidade que são os principais fatores que individualizam o sujeito.

25 25 CAPÍTULO II SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA 2.1 Adolescência o fenômeno e sua evolução Existe, na literatura especializada, uma vasta bibliografia sobre adolescência, com inúmeras reflexões sobre o fenômeno e seus desdobramentos psicossociais. Segundo os autores, a adolescência é uma etapa intermediária do desenvolvimento humano, entre a infância e a fase adulta, sendo identificado como um período marcado por diversas transformações corporais, hormonais e até mesmo comportamentais. Com efeito, não existe um consenso determinando o período exato de duração da adolescência, nem seu inicio e fim. Mesmo assim, vários autores preferem concordar com a idéia de que a fase adolescente inicia depois da infância, por volta dos 12 (dose) anos e termina por volta dos 19 (dezenove). Em termos de lei, levando em conta o estatuto da criança e do adolescente, a adolescência seria o período de vida que dura entre aproximadamente 12 (dose) anos e os 18 (dezoito) anos de idade. Já para OMS Organização Mundial da Saúde), na maioria dos indivíduos, ela ocorre entre os 10 e 20 anos de idade. O certo é que muitas pessoas confundem adolescência com puberdade. A puberdade é a fase inicial da adolescência, caracterizada pelas transformações físicas e biológicas no corpo dos meninos e meninas. É durante a puberdade (entre 10 e 13 anos entre as meninas e 12 e 14 entre os meninos) que ocorre o desenvolvimento dos órgãos sexuais. Melhor, estes ficam preparados para a reprodução. Já o termo adolescência identifica melhor as diversas transformações comportamentais do sujeito.

26 26 Segundo KOTHER: A adolescência é o período do ciclo vital no qual o jovem precisa dar conta de intensas demandas pulsionais, biológicas e sociais, que provocam importantes transformações, tanto no seu mundo intrapsiquico como em seus processos inter-relacionais. Neste jogo armado entre as demandas sociais e seus impulsos, do adolescente será exigido um trabalho de elaboração de perdas, processamento de ganhos, ou ainda, a integração de um tempo passado a um tempo presente. Compreender a importância da personalidade torna-se extremamente necessário. A adolescência, uma etapa fundamental do ciclo de vida, não pode, portanto, ser tomada como uma fase fragmentada e isolada do continuum do desenvolvimento humano. (pag 65) Essas dificuldades encontradas pelo adolescente leva é uma fase de profunda crise existencial, caracterizada pela falta de estabelecimento de uma identidade própria e por uma instabilidade psicológica..essa seria a face da crise identificada na adolescência, reforçada por uma sociedade complexa e violenta, já que, existem inúmeras dificuldades, as quais os jovens terão que se deparar e enfrentar para que possam ingressar no mundo dos adultos, e deste modo responder por seus atos como cidadão adulto. Isso em qualquer classe social. Logo, em meio a essa profunda agitação e tumulto emocional, a realidade frustrante do mundo do adulto lança o adolescente ao conflito, a luta, a posição marginal e psicótica, frente ao mundo que o limita e reprime. De forma que o adolescente passa a agir antes de pensar nas conseqüências. A família e a escola são as principais vitimas deste processo de rebeldia. Em vista disso, os jovens, para se sentirem inseridos no grupo, adotam comportamentos, como consumir bebidas alcoólicas e drogas ou assumir determinados comportamentos sexuais, sem estarem de fato conscientes

27 27 dessas atitudes e, portanto, preparados para as possíveis conseqüências dessas escolhas. Assim, por esse motivo, é comum relacionar a adolescência como um período de subversão na linha de contestação ao status quo, seja ele familiar, educacional, ou político. Por isso, hoje, é comum inconscientemente relacionarmos adolescência com drogas, sexo, falta de educação, problemas de imposição de limites, violência, delinqüência, etc. O adolescente percebendo ou vivenciando a violência cotidiana, o individualismo e consumismo exacerbado, problemas muitas vezes banalizados, a problemática das drogas, o stress de cada dia e o subemprego, em famílias pobres, é sensível aos acontecimentos, e reflete bem este contexto nesse momento de procura de uma identidade própria ou coletiva. Melhor, por ser uma transformação acelerada e profunda, a procura adolescência por sua imagem desestabiliza o jovem, que já não se sente criança, sem sentir-se ainda adulto. Assim o jovem pode começar o processo de redefinição de sua própria imagem através do apego a impulsos violentos e libidinosos para que sua vida social se torne mais viável.. Segundo MATHEUS (2007, pag. 33): Não parece a toa que adolescência, assim como a juventude, tenha sido constantemente associada ao futuro da sociedade, assim como sua ameaça. Por vezes solução, por vezes problema. Segundo, entre outras violências, a sociedade contemporânea é também facilitadora de situações que levam ao prolongamento da adolescência como um estado da mente ou até mesmo perpetuá-la. Em outros termos, aquele comportamento tolerável na adolescência se transforma num padrão de comportamento social, muitas vezes destrutivos.

28 28 Apresento a seguir algumas das principais características comuns da adolescência retiradas do livro Adolescência Normal: Um Enfoque Psicanalítico, escrito por ABERASTURY e KNOBEL. 1. Busca de si mesmo e da identidade Segundo ABERASTURY e KNOBEL, a adolescência não deve ser vista apenas como uma passagem para a vida adulta. A criança entra na adolescência com muitos conflitos e incertezas e precisa sair dela com uma maturidade estabilizada, com caráter e personalidades adultos. A conseqüência final da adolescência seria um conhecimento de si mesmo como entidade biológica no mundo, o todo biopsicossocial de cada ser nesse momento de vida (1988, p. 30). Não podemos falar da adolescência sem mencionar as mudanças corporais que ocorrem nesse período e a percepção que o indivíduo tem desse novo corpo. O esquema corporal é definido como a representação mental que o sujeito tem do próprio corpo, como conseqüência das suas experiências em contínua evolução. Nesse sentido, é de fundamental importância a forma como é elaborado o luto pelo corpo da infância, pois haverá uma modificação desse esquema corporal e do conhecimento que o indivíduo tem do próprio corpo, à partir dessas mudanças. O grupo de amigos, a família e a sociedade em geral têm um papel muito importante nesse processo de formação da identidade porque é a partir das concepções que os outros tem dele que o adolescente vai formando seu autoconceito. Concomitantemente a essa percepção que os outros tem dele, o adolescente vai formando o sentimento de identidade, numa verdadeira experiência de autoconhecimento. Nesta busca pela identidade, o adolescente muitas vezes prefere o caminho mais fácil, fazendo identificações maciças com o grupo. Em outras

29 29 situações ele opta por uma identidade negativa, já que para ele, é preferível ser alguém perverso, indesejável, a não ser nada (1988, p. 30). Além disso, devido às rápidas mudanças corporais que ocorrem nesse período, surge um sentimento de estranhamento em relação ao próprio corpo. O tipo de relação que estabeleceu com os pais na infância desempenha papel fundamental diante dessas mudanças. Quando a relação tiver sido boa, a mesma permitirá uma melhor elaboração dessas mudanças tão difíceis para o adolescente. Segundo ABERASTURY e KNOBEL (1988, p. 35) a busca incessante de saber qual a identidade adulta que se vai constituir é angustiante, e as forças necessárias para se superar estes microlutos e os lutos ainda maiores da vida diária obtém das primeiras figuras introjetadas que formam a base do ego e do superego deste mundo interno do ser. 2. Tendência grupal Outra característica bastante marcante da adolescência é a tendência grupal. Na busca pela identidade, os adolescentes se juntam em busca de uniformidade, que trás uma certa segurança e estima pessoal. Nesse processo, há uma identificação em massa em que todos se identificam com cada um. Segundo ABERASTURY e KNOBEL, em alguns casos esse processo é tão intenso que a separação do grupo se torna algo impossível. O adolescente se sente mais pertencente ao grupo de coletâneos do que ao grupo familiar. Em outro nível, as atuações do grupo e dos seus integrantes representam a oposição às figuras parentais e uma maneira ativa de determinar uma identidade diferente da do meio familiar (1988, p. 37).

30 30 Nesse sentido, se transfere para o grupo grande parte da dependência que antes era da família, principalmente dos pais. O grupo constitui assim a transição necessária no mundo externo para alcançar a individualidade adulta (1988, p. 37). Depois de passar por essa experiência grupal, aí sim poderá o indivíduo se distanciar da turma e assumir sua identidade adulta. 3. A necessidade de intelectualizar e fantasiar Segundo ABERASTURY e KNOBEL a necessidade de intelectualizar e fantasiar acontece como uma das formas típicas de pensamento do adolescente (1988, pag. 38). Ele recorre ao pensamento como uma forma de compensar as perdas que ocorrem dentro de si e que ele não pode controlar, como a perda do corpo infantil, dos pais da infância e da bissexualidade que acompanha a identidade infantil. Nesse sentido, a intelectualização e a fantasia servem como mecanismos de defesa diante de todas essas mudanças. 4. As crises religiosas Em relação à religião, o que se pode observar é que o adolescente tende a adotar posições extremas: pode se manifestar como um ateu exacerbado ou como um místico muito fervoroso. Entre essas duas posições, apresentam-se mudanças freqüentes, oscilando entre uma e outra. ABERASTURY e KNOBEL colocam que essas oscilações são tentativas de soluções da angústia que vive o ego na sua busca de identificações positivas e do confronto com o fenômeno da morte definitiva de uma parte do seu ego corporal. Além disso, começa a enfrentar a separação definitiva dos pais e também a aceitação da possível morte dos mesmos (1988, p. 40). Muitas vezes acreditar na divindade da religião pode representar uma saída mágica. Por outro lado, quando as situações de frustração foram muito

31 31 intensas, refugiar-se em uma atitude excessivamente ateísta pode representar uma atitude compensadora e defensiva. 5. A deslocalização temporal Segundo ABERASTURY e KNOBEL, o adolescente vive uma certa deslocalização temporal, convertendo o tempo em presente e ativo, numa tentativa de manejá-lo. Para o adolescente tudo é urgente e as postergações são aparentemente irracionais. O adolescente apresenta dificuldades de diferenciar o que é externo do que é interno, como também dificuldade de distinguir presente, passado e futuro. Para ABERASTURY e KNOBEL (1988, p. 43), essa negação do tempo funciona como uma defesa. Quando se nega a passagem do tempo, pode-se conservar a criança dentro do adolescente como um objeto morto-vivo. Os autores fazem ainda uma relação dessa negação com o sentimento de solidão, típico dos adolescentes. Estes momentos de solidão costumam ser necessários para que fora possa ficar o tempo passado, o futuro e o presente, convertidos assim em objetos manejáveis (1988, p. 43). Segundo eles, essa capacidade de ficar só é um sinal de maturidade, que só é atingido após estas experiências de solidão, que se mostram adolescentes na adolescência. Enquanto prevalece a deslocalização temporal, o tempo para o adolescente é baseado apenas nas suas necessidades como comer, dormir, defecar, urinar, estudar, etc. Esse é o chamado tempo vivencial ou experimental. Mas à medida que vão se elaborando os lutos da adolescência, a dimensão temporal vai adquirindo outras características. Surge então a

32 32 conceituação do tempo, ou seja, o adolescente é capaz de discriminar passado, presente e futuro. Isso pode ser visto, por exemplo, quando o sujeito se refere ao passado dizendo quando eu era pequeno, ou ao futuro: quando eu for grande. ABERASTURY e KNOBEL consideram que esta discriminação temporal é uma das tarefas mais importantes da adolescência, juntamente com a elaboração dos lutos típicos desse período. Poder conceituar o tempo, vivenciá-lo como nexo de união, é o essencial, subjacente à integração da identidade (1988, p. 44). 6. A evolução sexual desde o auto-erotismo até a heterossexualidade Neste processo de evolução sexual do auto-erotismo até a heterossexualidade observa-se uma oscilação permanente entre a atividade de caráter masturbatório e o começo do exercício genital. Nessa fase do desenvolvimento, o contato genital tem um caráter mais exploratório e preparatório do que uma verdadeira genitalidade procriativa, que vai acontecer somente na vida adulta, com a capacidade de assumir o papel paternal. Segundo ABERASTURY e KNOBEL, desde criança existe uma fantasia de penetrar no caso do menino e de ser penetrada no caso da menina. Para eles, são então as fantasias de penetrar ou de ser penetrado o modelo de vínculo que vai se manter durante toda a vida posterior do sujeito, como expressão do masculino e do feminino. Para isso, as figuras da mãe e do pai são fundamentais e essenciais. A ausência ou déficit da figura do pai vai ser a que determinará a fixação na mãe e, conseqüentemente, vai ser a origem da homossexualidade, tanto do homem quanto da mulher (1988, p. 46) A forma como os pais lidam com a genitalidade da criança influenciará de maneira determinante na evolução genital do sujeito. ABERASTURY e KNOBEL colocam que é normal aparecerem momentos de predomínio de

33 33 aspectos femininos no rapaz e masculinos na moça. É preciso ter sempre presente o conceito de bissexualidade e aceitar que a posição heterossexual adulta exige um processo de flutuações e aprendizagem de ambos os papéis (1988, p. 48). Nesse sentido, os autores defendem que é normal que o adolescente experimente relações homossexuais temporárias, o que não significa que ele seja homossexual. 7. Atitude social reivindicatória Em relação a esta característica da adolescência, ABERASTURY e KNOBEL destacam o papel, não só da família, mas também da sociedade que, segundo ela, torna tudo praticamente impossível para o adolescente. A sociedade, mesmo manejada de diferentes maneiras e com diferentes critérios sócio-econômicos, impõe restrições à vida do adolescente. O adolescente com a sua força, com a sua atividade, com a força reestruturadora de sua personalidade, tenta modificar a sociedade que, por outra parte, está vivendo constantemente modificações intensas (1988, p. 53). Para os autores, o adulto projeta no adolescente a sua incapacidade em controlar o que está acontecendo ao seu redor e tenta então diminuir, deslocalizar o adolescente. Muitas vezes o adolescente tem poucas possibilidades como, por exemplo, no mercado de trabalho e se vê obrigado a se adaptar, atendendo as necessidades que o mundo adulto o impõe. Em alguns casos a saída que o adolescente encontra diante de tantas dificuldades é o crime e a delinqüência. Para ABERASTURY e KNOBEL na medida em que o adolescente não encontre o caminho adequado para a sua expressão vital e para a aceitação de uma possibilidade de realização, não poderá jamais ser um adulto satisfeito (1988, p. 54).

34 34 8. Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta Outra característica marcante do período da adolescência é a contradição. Segundo ABERASTURY e KNOBEL, a conduta do adolescente está dominada pela ação, que constitui o modo de expressão mais típico nestes momentos de vida, em que até o pensamento precisa tornar-se ação para poder ser controlado. O adolescente não pode manter uma linha de conduta rígida, permanente e absoluta, ainda que muitas vezes o pretenda ou procure (1988, p. 55) Além disso, predomina a contradição entre uma dependência e uma independência extremas. Segundo ABERASTURY e KNOBEL, somente mais tarde, com a maturidade, o indivíduo poderá aceitar ser independente dentro de um limite necessário de dependência. Enquanto isso não acontece, prevalece a contradição, a ambivalência, a dor e as fricções com o meio familiar e social. É importante ressaltar que essas contradições são normais dessa fase do desenvolvimento. Para ABERASTURY e KNOBEL, elas funcionam como defesas que facilitam a elaboração dos lutos desse período e que caracterizam a identidade adolescente. 9. Separação progressiva dos pais Como já mencionado anteriormente, um dos lutos da adolescência é o luto pelos pais da infância. Levando isso em consideração, uma das tarefas do adolescente é ir se separando dos pais. No entanto, ao contrário do que se pode pensar, não são só os filhos que se angustiam com essa separação. Assim como o adolescente, a família também enfrenta o luto. ABERASTURY e KNOBEL colocam que não só o

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