1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
|
|
- Thiago Azambuja Melgaço
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 1 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
2 2 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS A ressonância magnética (RM) das mamas tem sido cada vez mais utilizada para o diagnóstico preciso tanto do câncer primário como do câncer recorrente, particularmente nos casos nos quais a mamografia e a ultrassonografia (USG) mamária são inconclusivas ou discrepantes. Em adição, a RM pode melhorar a análise da extensão local do câncer de mama através da detecção do crescimento tumoral multifocal ou multicêntrico em pacientes com cirurgia conservadora programada. Enquanto a alta sensibilidade da RM de mama tem provado ser vantajosa, sua limitada especificidade continua sendo um problema 58. A RM possui alta sensibilidade (89 100%) na caracterização dos tumores de mama 9,57,74,97,109,125. Porém, uma sobreposição de achados benignos e malignos ainda existe, resultando em uma especificidade variável (50 90%) 23,60,74,75,97. Isto se deve aos falso-positivos relacionados ao ciclo menstrual, terapia hormonal (TH), alterações proliferativas, fibroadenomas e papilomas. Com isso, algumas vezes não é possível fazer o diagnóstico diferencial entre lesões benignas e malignas baseando-se apenas nos achados da RM convencional 114,124. Alguns estudos têm investigado o papel de técnicas funcionais de RM, como das imagens pesadas em difusão, para melhorar a especificidade da RM na avaliação das lesões mamárias 30,63,106,113,124,128. A sequência difusão deriva suas imagens da diferença de movimento das moléculas de água (movimento browniano) nos tecidos. Como resultado, são obtidos dados quantitativos e qualitativos que refletem alterações ao nível celular e, consequentemente, informações únicas sobre a celularidade tumoral e a integridade das membranas celulares. Pelo uso da sequência difusão pode-se calcular o coeficiente de difusão aparente (apparent diffusion coefficient - ADC), uma medida quantitativa que é diretamente proporcional a difusão das moléculas de água e inversamente proporcional à densidade celular tumoral 90. A alta proliferação celular nos tumores malignos causa aumento da densidade celular, criando mais barreiras para a difusão das moléculas extracelulares de água, reduzindo o ADC e resultando na queda de sinal. Esta sequência parece ser uma
3 3 ferramenta útil para detecção e caracterização tumoral 106, assim como para a monitoração de resposta ao tratamento neoadjuvante 54. Estudos recentes têm provado o potencial do ADC em diferenciar tumores mamários 30,75,98,99,106. Estes estudos usaram diferentes valores de b, variando de 0 a 1000 s/mm 2, e encontraram uma significativa diferença dos valores de ADC entre as lesões malignas e benignas, com sensibilidade variando de 81 a 93% e especificidade de 80 a 88%, para um ADC de corte de 1,1-1,3 x 10-3 mm 2 /s. Em aparelhos de RM de uso clínico, a sensibilidade da difusão é facilmente alterada pela mudança do parâmetro conhecido como valor de b, o qual é proporcional a amplitude e duração do gradiente 54,98. As imagens adquiridas com baixos valores de b são menos pesadas em difusão porque utilizam menos gradiente. Em contrapartida, as imagens adquiridas com altos valores de b são mais pesadas em difusão, porém mostram uma menor relação sinal-ruído. A sensibilidade da difusão também é afetada pela perfusão quando baixos valores de b são usados, produzindo altos valores de ADC. A difusão é tipicamente realizada com pelo menos dois valores de b, a fim de se permitir uma interpretação significativa dos resultados. Em teoria, o erro inerente no cálculo do ADC pode ser reduzido pelo uso de mais valores de b. Contudo, quanto mais valores de b são utilizados, mais tempo demorará a sequência difusão 54,98. Além disso, não existe consenso na literatura de quantos ou quais valores de b devem ser utilizados para a difusão de mama. Este estudo tem o objetivo de: 1- Estabelecer o valor da difusão no diagnóstico diferencial entre as lesões mamárias benignas e malignas; 2- Avaliar os melhores valores de b a serem utilizados nesta diferenciação.
4 4 2. REVISÃO DE LITERATURA
5 5 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. ESTIMATIVAS DO CÂNCER DE MAMA O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. A cada ano, cerca de 22% dos casos novos de câncer em mulheres são de mama. Em 2010 eram esperados novos casos de câncer nas mulheres no Brasil, sendo de mama 44. Apesar de ser considerado um câncer de relativamente bom prognóstico se diagnosticado e tratado oportunamente, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas no Brasil, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estadios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%, sendo que para países desenvolvidos essa sobrevida aumenta para 73%, já nos países em desenvolvimento fica em 57% 44. Mesmo assim, devido à detecção precoce do câncer de mama, pelo amplo rastreamento com mamografia, e às melhorias no tratamento, sua mortalidade reduziu quase em 30% desde INTRODUZINDO OS MÉTODOS DE IMAGEM DA MAMA Os benefícios da mamografia no rastreamento e no diagnóstico do câncer de mama já estão bem estabelecidos. Vários ensaios clínicos randomizados provaram que o rastreamento por mamografia pode diminuir a mortalidade por câncer de mama. Entretanto, as limitações deste método bidimensional, particularmente para a análise da mama densa, resultam em sensibilidade de 52% a 53% e taxa de falso-negativo entre 4% e 34% para o diagnóstico de câncer de mama 41,76,97. E é exatamente nas mulheres com mamas densas, usualmente mulheres jovens, que a incidência de câncer vem aumentando e se manifestando de maneira mais agressiva 76. A USG vem consolidando-se como um importante método diagnóstico complementar. Além de diagnosticar algumas lesões suspeitas não visíveis na mamografia, ajuda na avaliação de nódulos palpáveis, na diferenciação de nódulos císticos e sólidos e de nódulos sólidos benignos e malignos. No entanto,
6 6 a ultrassonografia ainda exibe alta taxa de falso-positivo e de biópsias desnecessárias 96,97. A RM das mamas tem encontrado vasta aplicação clínica como método adjunto à mamografia e USG, por oferecer não apenas informações relacionadas à morfologia da lesão, como também aos aspectos funcionais como a cinética de realce de contraste, observando-se sensibilidades variando entre 89 e 100% 57,97. A reformatação multiplanar tridimensional e o forte contraste tecidual da RM contribuem para a obtenção de detalhamento das estruturas anatômicas da mama 57,97. Nos últimos anos, a disponibilidade no mercado de aparelhos de alto campo e de bobinas para uso específico nas mamas, em conjunto com o desenvolvimento de um sistema de padronização da descrição dos achados, o BI- RADS (Breast Imaging Report and Data System) 1, e a evolução da curva de aprendizado do método, têm resultado no aumento do uso da RM para as mais variadas indicações clínicas RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DAS MAMAS Indicações clínicas As principais indicações da RM das mamas estão relacionadas ao câncer comprovado, tais como a avaliação de extensão de doença local, de doença residual, de recidiva tumoral, de sítio primário oculto na mama na presença de carcinoma axilar e de resposta à quimioterapia neoadjuvante 16. Devido a sua alta sensibilidade e eficácia na mama densa, a RM pode ser um complemento valioso no rastreamento do câncer de mama na mulher de alto risco genético e na investigação diagnóstica da paciente com achados clínicos e de imagem por mamografia e USG inconclusivos. A RM também tem sido aceita como técnica de escolha para avaliação das mamas de pacientes com implantes, bem como da integridade dos mesmos (Quadro 1).
7 7 Quadro 1 Indicações de RM das mamas. Em paciente com câncer de mama: -Extensão de doença (carcinomas invasivos ou carcinoma ductal in situ) -Doença residual -Recidiva tumoral -Resposta à quimioterapia neoadjuvante -Linfonodo axilar positivo: pesquisa de sítio primário oculto -Rastreamento de pacientes com alto risco genético -Mamas com implantes e injeção de silicone líquido -Achados clínicos e de imagem inconclusivos Avaliação da extensão local do câncer de mama e da mama contralateral Uma avaliação pré-operatória precisa de extensão de doença é essencial para o planejamento terapêutico adequado, para a redução da taxa de recorrência e para o aumento da sobrevida da paciente com câncer de mama. Para a decisão sobre o tratamento cirúrgico adequado para o câncer de mama e sobre a possibilidade da cirurgia conservadora, existem importantes questões que devem ser respondidas pelo exame clínico e de imagem. E a RM pode fornecer com mais acurácia que os outros métodos dados como tamanho do tumor, avaliação de extensão da doença na mama ipsilateral e contralateral, e envolvimento da musculatura peitoral, parede torácica e pele 85. A RM tem se mostrado uma boa modalidade na determinação préoperatória do tamanho tumoral. No estudo de Boetes e cols. 12 não foi encontrada diferença significativa entre o tamanho tumoral de 61 pacientes, medido pela RM pré-operatória e pelo exame patológico. Entretanto, o tamanho tumoral foi significativamente subestimado em 14% dos casos pela mamografia e 18% dos casos pela USG. No estudo de Esserman e cols. 21 a extensão de 58 carcinomas mamários foi prevista com maior acurácia pela RM que pela mamografia (98% versus 55%).
8 8 Além disso, a RM pode revelar multifocalidade (presença de múltiplos sítios de câncer dentro de um mesmo quadrante da mama), componente intraductal extenso e multicentricidade (presença de sítio de câncer em mais de um quadrante da mama) do câncer de mama em muitas pacientes com lesão única pela mamografia e USG 38,85. Um estudo mostrou que sítios adicionais de câncer oculto na mamografia e exame clínico existem em 38% das RM pré-operatórias 28. Tumores multifocais e/ou com componente intraductal extenso têm maior chance de terem margem cirúrgica positiva e recidiva local, caso não sejam completamente ressecados. Em um grande estudo com 177 focos malignos em 121 mamas com câncer, Berg e cols. 11 compararam as modalidades de imagem já estabelecidas. A extensão de doença foi subestimada em 39% pela mamografia, 37% pela USG e apenas 5% pela RM. A RM foi superior as outras modalidades de imagem na detecção de componente intraductal. A mamografia detectou 55% dos casos, a USG 47% e a RM 89%. Em outro estudo de 170 pacientes com câncer de mama, Schelfout e cols. 108 detectaram 95% de multicentricidade pela RM, enquanto apenas 15% pela mamografia. Um estudo desenvolvido pelo American College of Radiology (ACR), o ACRIN 6667 (American College of Radiology Imaging Network), observou que o câncer oculto na mama contralateral pela mamografia e USG, e observado apenas pela RM está presente em 3,1% das pacientes 71. Todos os cânceres foram diagnosticados pequenos, em média com 1,09 cm, e com prognóstico favorável, sem metástases à distância ou axila comprometida. Por fim, as lesões de localização posterior nas mamas podem ser de difícil avaliação pelo exame clínico e mamografia. No caso de mamas volumosas, a USG também pode ser limitada 85. A RM provou ser superior a estas outras modalidades na avaliação do envolvimento tumoral do músculo peitoral ou da parede torácica, com 71 a 100% de valor preditivo positivo (VPP) para o envolvimento do músculo peitoral 50,81. Os sinais sugestivos de invasão muscular peitoral são obliteração do plano adiposo entre o tumor e o músculo, e realce anômalo de contraste pelo músculo 133. Estes achados da RM e as suas conseqüências no tratamento cirúrgico têm sido alvo de grande controvérsia. O tratamento cirúrgico pode mudar de 11 a 22% dos casos, se realizada a RM pré-operatória, usualmente de cirurgia
9 9 conservadora para mastectomia 15,87. Com isso, as informações quanto a suspeita de aumento de extensão de doença local fornecidas pela RM devem ser usadas com cautela para que evitemos o sobretratamento do câncer de mama Avaliação da doença residual O diagnóstico e a caracterização da doença residual após a ressecção tumoral inicial são difíceis ao exame clínico, mamografia e USG. As distorções, alterações inflamatórias e coleções pós-cirúrgicas limitam a eficácia destes exames 69. A RM é sensível à detecção da doença residual em pacientes com margens cirúrgicas comprometidas, particularmente em tumores com histopatologias mais complexas como no carcinoma lobular invasivo (CLI) e carcinomas associados à componente intraductal extenso. O papel da RM é avaliar a presença de doença residual não microscópica. A avaliação de doença residual pela RM mostra VPP de 82% e valor preditivo negativo (VPN) de 61% 69. Neste caso, é indicada a realização do exame o mais breve possível, não devendo ultrapassar 1 mês após a cirurgia. É importante termos em mente que o padrão ouro para avaliação de comprometimento ou não da margem cirúrgica é o estudo histopatológico Avaliação da recidiva tumoral A recidiva local após a cirurgia conservadora ocorre 1 a 2% ao ano, em sua maioria nos primeiros 5 anos. O valor diagnóstico da mamografia e USG é conhecidamente limitado após cirurgia conservadora e radioterapia adjuvante para o tratamento do câncer de mama, pois estas dificultam a definição e a localização de uma recidiva tumoral no leito cirúrgico, sobretudo nas pacientes mais jovens 85. Bani e cols. 7 observaram que a densidade mamográfica é um fator de risco para uma segunda operação após tratamento conservador do câncer de mama. A RM representa o método de imagem mais confiável para a detecção
10 10 precoce das recidivas locais do câncer de mama, favorecendo uma melhor seleção de pacientes e definição de extensão da doença antes de uma reoperação. Ela também pode ser útil quando se suspeita de recidiva tumoral na neomama, seja com retalho miocutâneo e/ou implante 85. A sensibilidade da RM pode chegar a 100% na recidiva tumoral, esta exibindo realce precoce de contraste, diferentemente do reliquat actínico-cirúrgico que mostra realce na fase tardia ou não mostra realce significativo 97. A RM pode ser usada para diagnosticar ou excluir o tumor recorrente, já a partir de 6 meses 19,27,36, mas preferencialmente após 18 meses da terapia adjuvante, quando o realce dos tecidos não neoplásicos diminui bastante Monitorização de resposta à quimioterapia neoadjuvante A RM tem maior acurácia na determinação da resposta ao tratamento quimioterápico prévio à cirurgia, quando comparada à mamografia, USG e exame clínico 58. Estudos têm mostrado que a RM é capaz de avaliar a redução não apenas do tamanho tumoral, como mudanças na cinética de realce de contraste 104. Após o tratamento, a relação do tamanho do tumor pela RM com a patologia pós-operatória tem se mostrado ser de 0,75 a 0,93, mais precisa que a mamografia USG e exame clínico 93,105,111,132,133. A realização da RM antes e após o tratamento quimioterápico está indicada para a documentação dos padrões de resposta tumoral, desde a remissão completa até a não resposta, facilitando a decisão de tratamentos neoadjuvantes e cirúrgicos subsequentes 4. A RM não é perfeita e pode superestimar ou subestimar doença residual 132,133. No caso da superestimação de doença residual pela RM, o realce residual pode ser causado por inflamação reativa ou tumor com resposta pelo tratamento. A fibrose induzida pela quimioterapia pode ser difícil de ser diferenciada de doença residual 34. Já no caso da subestimação de doença residual pela RM, o realce reduzido pode ser resultado de focos pequenos de carcinoma invasor ou de subtipos que têm mostrado variável realce pela RM, como o carcinoma lobular e o carcinoma ductal in situ (CDIS) 102,123,134. O momento apropriado para a realização da RM para avaliação de resposta
11 11 tumoral ainda não está estabelecido. Rieber e cols. 104 sugeriram que o exame deve ser realizado 6 semanas após o início da quimioterapia neoadjuvante, enquanto estudos preliminares por Patridge e cols. 93 sugeriram que a RM já pode avaliar, com acurácia, mudança no volume tumoral após o primeiro ciclo Linfonodo axilar positivo: pesquisa de sítio primário oculto A RM é útil na investigação da mama de pacientes com linfonodo axilar positivo, mas com achados negativos ao exame físico, mamografia e USG. Estes casos representam menos de 1% de todas as pacientes com câncer de mama 32. Alguns autores reportaram a detecção do carcinoma primário na mama pela RM em 70-86% dos casos 80,89. E o tamanho tumoral tende a ser menor que 2 cm 133. A identificação da lesão primária pode permitir a ressecção cirúrgica conservadora, sugerir a necessidade de mastectomia devido à extensão da lesão e oferecer importantes informações histológicas para o planejamento do tratamento 18. Com advento da RM, a era da mastectomia às cegas, na qual 30% das amostras da mamas provavam ser benignas, terminou 4,24,45, Rastreamento de pacientes com alto risco A mamografia em conjunto com o exame clínico das mamas é o padrão ouro no rastreamento do câncer de mama. Porém, a sensibilidade da mamografia na detecção de malignidade é limitada em mulheres com mamas radiograficamente densas 22,61,107. A apresentação frequentemente atípica de imagem e o crescimento rápido dos cânceres hereditários podem prejudicar o diagnóstico precoce pelos métodos convencionais de rastreamento 61. A mamografia pode não detectar malignidade no CLI e no CDIS sem calcificações. Fatores genéticos estão associados ao maior risco de desenvolvimento de câncer de mama. Mulheres com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 têm 85% de chance de desenvolver câncer de mama antes dos 70 anos de idade (INCA) e com aspectos histopatológicos que sugerem maior agressividade biológica. Mulheres com alto risco genético normalmente possuem mamas densas e
12 12 desenvolvem o câncer com idade mais precoce, fazendo da RM uma modalidade de rastreamento potencialmente efetiva para estas pacientes 22,61. A RM tem mostrado sensibilidade significativamente maior comparada à mamografia e USG nas mulheres de alto risco genético em estudos de rastreamento. Kuhl e cols. 61 obtiveram sensibilidade de 33% para a mamografia, 40% para a USG, 49% para a combinação de ambas, e 91% para a RM. A sensibilidade da mamografia nas mulheres de maior risco foi de 25%, comparado com 100% da RM. A revisão dos maiores estudos clínicos de rastreamento multimodalidade em mulheres com alto risco para câncer de mama também é favorável à RM. A taxa de câncer foi de 3%, a RM obteve 71 a 100% de sensiblidade comparada a 16 a 40% de sensibilidade da mamografia 70,133. O ACR 2, a American Cancer Society (ACS) e a American Society of Breast Disease (ASBD) 3 reportaram diretrizes para o rastreamento das mulheres de alto risco por RM 107. Rastreamento anual com RM é recomendado, em conjunto à mamografia, em mulheres com alto risco genético e em mulheres expostas à radiação durante o desenvolvimento das mamas. Outros grupos com risco significativo, como risco genético moderado, alto risco histológico, história pessoal de câncer de mama e mamas radiograficamente densas não têm benefício comprovado para o rastreamento anual. Enquanto a avaliação de rotina por RM destes grupos não são encorajadas como um todo, o uso da RM em um contexto individual pode ser vantajoso para se determinar o manejo clínico (Quadro 2).
13 13 Quadro 2 Indicações de RM na paciente de alto risco 107 Rastreamento anual com RM: -Mulheres com mutação nos genes BRCA 1 ou 2 -Parente de primeiro grau com mutação BRCA 1 ou 2 -Risco de desenvolver câncer maior do que 20%, pelos modelos que utilizam história familiar (BRCAPRO, Gail, Claus, Tyrer-Cuzick) -Radioterapia no tórax entre 10 e 30 anos de idade -Síndrome de Li-Fraumeni, de Cowden e de Bannayan-Riley-Ruvalcaba Evidência insuficiente para recomendação contra ou a favor do rastreamento com RM: -Risco de desenvolver câncer entre 15-20%, pelos modelos que utilizam história familiar (BRCAPRO, Gail, Claus, Tyrer-Cuzick) -Carcinoma lobular in situ, hiperplasia lobular atípica -Hiperplasia ductal atípica -Mamas heterogeneamente ou extremamente densas na mamografia -História pregressa de câncer de mama Mamas com implantes e injeção de silicone líquido O rastreamento com RM de mamas pode ser útil na paciente com implantes, seja por cirurgia de aumento ou por reconstrução, e na paciente que submetida à injeção de silicone líquido 133. A RM tem mostrado estudar melhor o tecido adjacente ao implante, sobretudo posteriormente ao mesmo 36. A detecção de malignidade também pode ser desafiadora em pacientes com injeção de silicone líquido. Quanto à integridade dos implantes, sua ruptura é usualmente assintomática, dependendo do uso de métodos de imagem para o diagnóstico. E a RM tem mostrado maior sensibilidade e especificidade para o diagnóstico da ruptura do implante 29,43. A RM das mamas, além de ter maior campo de visão que
14 14 a mamografia e USG, também possui sequências próprias para o estudo do silicone. Holmich e cols. 40 concluíram que a RM tem alta acurácia na identificação das rupturas intra e extracapsulares de implantes de silicone, assim como na confirmação de uma suspeita clínica de contratura capsular Achados clínicos e de imagem inconclusivos Na prática clínica, a maioria dos achados pode ser elucidada com avaliação detalhada por mamografia e USG. Ocasionalmente, os achados permanecem inconclusivos e a RM tem mostrado ser de grande valia no estabelecimento do diagnóstico 58. Quando a mamografia é inconclusiva, a RM pode definir o achado, eliminando ou afirmando a necessidade de biópsia percutânea. Por exemplo, a RM pode ser realizada se uma assimetria focal é observada em apenas uma incidência mamográfica, não podendo ser localizada com exatidão para realização de biópsia orientada por estereotaxia ou USG 133. Um estudo recente mostrou que as principais indicações de RM para resolução de problemas inconclusivos na mamografia são a assimetria focal e a distorção arquitetural 82. E não foram encontrados achados suspeitos à RM em 87% dos casos. Porém dos 13% de casos nos quais foram encontrados achados suspeitos à RM, 40% mostraram malignidade. Entretanto, é importante ter em mente que a RM de mama não se faz necessária quando o achado mamográfico ou ultrassonográfico já define a lesão como suspeita, com necessidade de biópsia percutânea. Até porque a RM pode favorecer o aparecimento de outros achados falso-positivos. Logo, a RM de mamas pode auxiliar quando os métodos convencionais são insuficientes para o diagnóstico, no entanto é necessária uma seleção cautelosa de pacientes Histórico do exame A RM das mamas, com o uso de contraste intravenoso, foi primeiramente realizada no século passado, na segunda metade da década de 80, em mulheres com câncer comprovado por biópsia. Heywang e cols. 35 demonstraram que o câncer de mama tem significativo realce após a administração do contraste. A
15 15 maioria dos tumores foi realçado pelo contraste nos primeiros cinco minutos após a sua injeção. Entretanto, estudos posteriores revelaram que não apenas as lesões malignas são realçadas pelo contraste, mas que as lesões benignas podem possuir um grau similar de realce 37. Desta forma, múltiplas diferentes tentativas foram feitas a fim de desenvolver maneiras confiáveis de se diferenciar tecidos benignos de tecidos malignos. O desenvolvimento de técnicas de RM mais rápidas, como a sequência gradiente eco ao invés da spin-echo, tornou possível a obtenção de imagens dinâmicas de toda mama com cortes finos e contíguos. Com esta nova técnica, se tornou praticável a repetição da mesma imagem em pequenos intervalos de tempo e, logo, caracterizar o realce de uma lesão ao longo de um período mais curto de tempo. Uma curva de intensidade de sinal também pôde ser gerada 68. Estudos com técnicas rápidas de RM demonstraram que a fase inicial do realce pelo contraste, os primeiros dois a três minutos, contém informações valiosas para distinção entre lesões benignas e malignas. Para Kaiser e cols. 48 as lesões malignas tiveram um aumento repentino da intensidade de sinal de 100% nos primeiros dois minutos após a injeção do contraste. Em contrapartida, um realce médio e gradual de contraste foi encontrado nas lesões benignas. Muitos outros autores continuaram investigando o papel do estudo dinâmico na caracterização das lesões mamárias e ao final foi encontrado que intensidade de sinal bastante alta pode ser encontrada também em lesões benignas, como nos fibroadenomas 88,117. Enquanto o câncer tende a realçar o contraste mais rápido que a lesão benigna, existe ainda uma clara sobreposição das taxas de realce entre as lesões benignas e malignas. Com isso, Kuhl e cols. 60 avaliaram não apenas a cinética de realce de uma lesão na fase precoce, como também nas fases intermediária e tardia. Foi realizada a análise qualitativa da forma da curva de intensidade de sinal versus tempo de lesões suspeitas, sendo descritos três tipos de curva (persistente ou ascendente, tipo 1, indicativa de benignidade; platô, tipo 2, sugestiva de malignidade; wash out, tipo 3, indicativa de malignidade). Foram alcançadas sensibilidade de 91% e especificidade de 83%. Porém este estudo recebeu muitas críticas, principalmente porque apenas nódulos suspeitos foram incluídos.
16 16 O exame dinâmico para diferenciação das lesões benignas e malignas não foi completamente corroborado por outros autores. Harms e cols. 31 mostraram significativa sobreposição nos padrões de realce entre lesões malignas e benignas, com sensibilidade de 94%, porém com especificidade de 37%. Portanto, estes autores sugeriram que a análise morfológica das lesões poderia ajudar a melhorar a especificidade da RM das mamas. Subsequentemente, Orel e cols. 88 avaliaram tanto a morfologia como a cinética de realce de contraste das lesões de mama. Nos dias de hoje está constatado que dados cinéticos e morfológicos podem ser úteis na avaliação das lesões de mama por RM. Kinkel e cols. 53 encontraram sensibilidade e VPP de 97%, e especificidade e VPN de 96% com a combinação da avaliação de margens com a cinética de realce de uma lesão. Concluindo, dois diferentes conceitos estão envolvidos na tentativa de melhorar a especificidade da RM das mamas: um deles focado na resolução espacial para análise das características morfológicas da lesão, e outro focado na resolução temporal para análise da cinética de realce da lesão. Com a tecnologia disponível anteriormente, estes dois conceitos não podiam ser analisados em conjunto. Esforços para o desenvolvimento de técnica que combine uma rápida aquisição de imagem com preservação da resolução espacial, e uma completa integração de aspectos cinéticos e morfológicos têm obtido sucesso Sequências convencionais Os requisitos da RM de mamas incluem o uso de aparelho de alto campo magnético (pelo menos 1,5 Tesla), bobina dedicada e programa adequado para mama 97. O protocolo ideal para o estudo por RM das mamas deve permitir a obtenção de todas as informações necessárias para o diagnóstico diferencial das diversas doenças. Enquanto alguns parâmetros específicos podem ser determinados pelo médico radiologista, existem parâmetros básicos que devem ser seguidos a fim de favorecer um diagnóstico. O exame de RM das mamas engloba sequências sem o uso do meio de contraste e após o uso do meio de contraste, chamado gadolínio. O uso do contraste apenas pode ser dispensado se o exame for para a avaliação da integridade de implantes mamários. Com
17 17 exceção desta indicação, para detecção de malignidade o uso do contraste é fundamental. O acúmulo do contraste nos tecidos após sua administração reflete alterações na densidade e permeabilidade vascular, o que pode estar relacionado ao câncer. Sobre as sequências antes da administração do contraste, usualmente são utilizadas a sequência pesada em T1, importante para avaliação da anatomia normal das mamas, assim como de gordura em linfonodos normais, lesões gordurosas e com alto conteúdo hemático, todas com alto sinal nesta sequência, e a pesada em sequência T2, útil para visibilizar as alterações líquidas, desde cistos a processos inflamatórios, mas também de linfonodos e alguns tipos de fibroadenoma que têm alto sinal na mesma 17. O carcinoma colóide mucinoso também mostra sinal hiperintenso em T2, sendo esta sequência de grande ajuda para seu diagnóstico. A sequência STIR (short T1 inversion recovery) é bastante utilizada em mama e tem efeito parecido da sequência T2, porém com supressão de gordura, o que favorece a observação do alto sinal de alterações líquidas, e dos edemas. No exame com implantes, acrescentamos sequências próprias para seu estudo, a sequência com supressão de silicone e a sequência com supressão de água e gordura. Ambas são importantes na determinação do tipo de implante, salino ou silicone, e da presença de silicone extracapsular ou de silicone livre. Sobre o estudo dinâmico, este é realizado através da sequência gradiente pesada em T1, bidimensional ou tridimensional, repetida uma vez na fase précontraste, esta chamada de máscara, e repetida com número variável de vezes na fase pós-contraste, dependendo do aparelho e do objetivo final do examinador. O ideal é que seja levada em consideração tanto a resolução temporal, quanto a resolução espacial. Para uma boa resolução temporal, ou seja, para uma análise cinética adequada do realce de uma lesão, cada fase deve ter no máximo 90 segundos, idealmente 60 segundos, e deve ser repetida quatro vezes após a injeção contraste. É importante ressaltar que no mínimo o estudo dinâmico precisa conter uma fase pré-contraste e duas fases pós-contraste para que o pósprocessamento adequado possa ser realizado 17. Já para uma boa resolução espacial, isto é, para uma avaliação precisa da morfologia de uma lesão, sobretudo quando esta é menor que 5 mm, devem ser realizados cortes com no máximo 3 mm de espessura, idealmente 1 mm, sem intervalo entre eles.
18 18 O estudo dinâmico pode ser efetuado com ou sem supressão de gordura, existindo prós e contras para o seu uso. O uso da supressão de gordura ressalta o realce pelo contraste das lesões já que o alto sinal da gordura da sequência T1 estará suprimido. Em contrapartida, a sequência pode ser mais rápida sem supressão de gordura, e não se corre o risco da supressão de gordura não ser homogênea, prejudicando a leitura do exame. O estudo dinâmico também pode ser submetido a pós-processamento utilizando-se da técnica de subtração. Nesta, a sequência pós-contraste é subtraída da sequência pré-contraste, a máscara, e o resultado é a imagem de apenas o que realçou pelo contraste. Com esta técnica, os realces se tornam ainda mais evidentes. Porém esta técnica é bastante susceptível a artefatos de movimento, devendo ser utilizada com cautela. Não existe consenso em relação ao melhor plano de aquisição para estudo dinâmico na RM das mamas. O plano sagital pode ser uma boa escolha por ser familiar aos mastologistas ao ser comparado à incidência oblíqua médio-lateral da mamografia. Tecnicamente, o plano sagital é o mais aceitável, já que o pequeno campo de visão (field of view - FOV) necessário traz melhorias na resolução espacial através da matrix utilizada. Com o FOV menor, o campo magnético também é mais homogêneo, sendo a supressão de gordura uma boa opção. Como desvantagem deste plano, está a necessidade do uso de artifícios, como a aquisição paralela, para a realização da aquisição bilateral simultânea, com prejuízo da relação sinal-ruído e da resolução têmporo-espacial 57. O plano axial ou transverso, por sua vez, permite a avaliação simultânea e comparativa de ambas as mamas, mostrando alguma equivalência à incidência crânio-caudal da mamografia. Assim como o plano sagital, permite uma melhor avaliação dos mamilos, do sistema ductal e da invasão da parede torácica. Apesar de necessitar de um FOV maior que os demais planos, o número de cortes é menor. Já o plano coronal, além de não ter as vantagens dos outros planos no que diz respeito à comparação com a mamografia e avaliação dos mamilos, do sistema ductal e da parede torácica, sofre mais artefatos de movimento, uma vez que os movimentos respiratórios ocorrem na direção ântero-posterior. No pós-processamento, quando o estudo dinâmico foi executado com a sequência tridimensional, são realizadas reconstruções utilizando-se as técnicas MIP (maximum intensity projection) e MPR (multiple planar reconstruction). A
19 19 primeira permite uma avaliação tridimensional e global das mamas, fornecendo uma noção mais exata da relação de uma lesão com outra lesão, com a pele e mamilo, com os vasos e parede torácica. Já a segunda permite a avaliação da lesão em outros planos que não o da aquisição, favorecendo uma melhor avaliação morfológica e a mensuração de toda a lesão. Também no pósprocessamento são realizados, a partir do estudo dinâmico, os mapas paramétricos coloridos e as curvas de realce de contraste. Os mapas nada mais são do que a representação em cores do realce obtido, podendo ser este realizado com objetivos diferentes. Por exemplo, pode ser realizado mapa do realce obtido na fase inicial da aquisição (mapa de wash in) ou o mapa do realce obtido na fase final da aquisição (mapa de wash out). Já a curva de realce de contraste é um gráfico que representa a cinética de realce de contraste através da relação da intensidade de sinal sob o tempo, ou seja, a intensidade de realce pelo contraste de uma lesão ao longo das fases do estudo dinâmico. Ela é obtida após o posicionamento de uma região de interesse (region of interest - ROI) maior que 3 pixels sobre a lesão BI-RADS Com o objetivo de padronizar os laudos de RM de mama, o ACR incluiu a RM na quarta e última edição do BI-RADS, traduzido para o português na primeira edição do Sistema de Laudos e Registro de Dados de Imagem da Mama 1. O léxico BI-RADS foi criado devido à necessidade de laudos padronizados com linguagem clara, concisa e objetiva, para que a descrição dos achados seja compreendida mesmo sem o benefício de estar vendo as imagens 1. A padronização dos laudos facilita a comunicação entre radiologistas e médicos assistentes, permitindo a realização de condutas estabelecidas e o acompanhamento evolutivo dos casos para validação das recomendações. A pesquisa clínica também se beneficia, sobretudo pela possibilidade que os investigadores têm de comparar seus resultados. Mais do que tudo, o BI-RADS objetiva auxiliar a prática diária da investigação diagnóstica por imagem da mama, ampliando a segurança do profissional e a qualidade de vida da população. Na RM de mamas, há numerosos critérios de interpretação morfológica e
20 20 de curva dinâmica para características de lesões malignas e benignas na literatura científica 1. Os achados de diagnóstico por imagem diferem devido às várias técnicas de RM em todo mundo. As variações na técnica influenciam o que o observador pode perceber e relatar. E a falta de consenso na descrição de características arquiteturais e/ou resultados de dados cinéticos representa um grande problema na consolidação de dados de exames de RM de mama, na avaliação da aplicabilidade de qualquer técnica e na comunicação dos achados e resultados aos médicos assistentes. Daí a importância da padronização de laudos também para a RM. Os principais critérios avaliados pelo BI-RADS na RM de mamas são a morfologia e a cinética de realce de contraste da lesão. Em relação à morfologia, as lesões são subdivididas em foco(s), nódulo e realce não nodular 1,57 : 1) Foco: É um realce menor que 5 mm, sendo sua forma e margem de difícil caracterização. Focos múltiplos geralmente são separados por gordura ou tecido fibroglandular normal. É um achado inespecífico que deve ser analisado no contexto clínico. 2) Nódulo: É uma lesão tridimensional que ocupa espaço. Pode descolar o parênquima normal adjacente. Pode também ter sinal variado em T1, T2 e STIR. Avaliamos forma, margem e padrão de realce interno. a) Forma: redonda, ovalada, lobulada e irregular. b) Margens: circunscritas, irregulares e espiculadas. c) Realce interno: homogêneo, heterogêneo, realce da borda, septações internas escuras, septações internas realçadas e realce central. 3) Realce não nodular: Caracterizado pelo realce que não é foco, nem nódulo. Área de realce com padrão distinto do parênquima mamário normal. São analisados quanto à distribuição, padrão de realce interno e simetria. a) Distribuição: área focal, linear, ductal, segmentar, regional, múltiplas regiões e difuso. b) Realce Interno: homogêneo, heterogêneo, pontilhado ou puntiforme, agrupado, reticular ou dendrítico.
21 21 c) Simetria: simétrico ou assimétrico. Com relação à cinética de realce, utilizamos a curva de realce de contraste (Fig. 1): Na fase de realce inicial, isto é, nos dois primeiros minutos após a injeção do contraste ou até a curva começar a mudar de direção, analisamos se o realce foi lento, médio ou rápido. O realce inicial rápido é comum nas lesões muito vascularizadas, como nos carcinomas invasores. A fase retardada de realce de contraste ocorre após dois minutos da injeção do contraste ou após a curva começar a mudar de direção. São descritos três tipos de curva de realce de contraste: 1) Persistente ou ascendente: Realce contínuo aumentando com o tempo, ou seja, o pico de maior realce é tardio. É a mais comum nas lesões benignas. 2) Platô: Atinge uma intensidade de sinal máxima entre dois a três minutos após a injeção e mantém-se constante neste nível nas fases tardias. É a mais comum nas lesões malignas. 3) Wash out: Mostra a intensidade de sinal diminuindo depois que o pico de realce foi atingido dentro de dois ou três minutos, isto é, há queda do realce nas fases tardias. A neovascularização proporciona rápida lavagem do contraste, além de algum grau de extravasamento extravascular do mesmo. É a curva mais específica para malignidade.
22 22 Figura 1 Curva de intensidade de sinal/tempo. Lesões de aparência morfologicamente benigna podem se beneficiar mais da cinética de realce, já que dados da cinética de realce podem influenciar a decisão de realizar biópsia em um nódulo de aparência benigna. Por outro lado, características morfológicas suspeitas devem induzir a biópsia em circunstâncias clínicas apropriadas, independentemente de uma análise cinética. O BI-RADS enfatiza que a interpretação da RM de mamas consiste na avaliação conjunta de diversos fatores 1, entre eles: 1) História e achados clínicos sexo, idade, medicações utilizadas, patologias, biópsias, cirurgias e tratamentos relacionados às mamas, história familiar, alteração no exame físico, estado hormonal (fase do ciclo menstrual, uso de TH). 2) Exames anteriores RM anterior, mamografia, USG, laudos patológicos. 3) Técnicas de exame e pós-processamento utilizadas 4) Composição da mama mais gordurosa ou mais tecido fibroglandular. 5) Realce próprio do parênquima mamário quando proeminente pode obscurecer realces anormais, reduzindo a sensibilidade do estudo.
23 23 6) Lesões além da morfologia e cinética de realce acima descritos, avaliar o sinal nas diversas sequências, tamanho e localização. 7) Achados associados edema, retração de pele e da papila, espessamento de pele, ductos dilatados preenchidos por líquido ou sangue, cisto, hematoma, distorção arquitetural, ausência de sinal anormal (artefatos), linfadenopatia, invasão da parede torácica. A RM de mama é um campo em desenvolvimento. O atual léxico BI-RADS reflete a tecnologia atual, mas espera-se que o léxico de RM de mama seja um documento vivo, ou seja, continuamente atualizado e alterado à medida que novas técnicas de sequências e imagens se desenvolverem Apresentação das principais lesões, falso-positivos e falso-negativos A atividade angiogênica constitui a base para detecção e diagnóstico diferencial do câncer de mama através da RM 57. Devido à grande atividade angiogênica, os tumores malignos possuem um aumento do número de vasos (neovascularização) e maior permeabilidade vascular quando comparados com o tecido mamário normal. Isto aumenta o realce de contraste das lesões malignas quando comparado as demais lesões e ao parênquima mamário. Porém, a atividade angiogênica não está presente somente nas neoplasias malignas, ela também pode ocorrer em nódulos benignos como fibroadenomas, em lesões inflamatórias e em algumas fases do processo de cicatrização, gerando resultados falso-positivos. Já algumas neoplasias com baixa angiogênese, como o CLI e o CDIS, podem não apresentar realce significativo de contraste, gerando resultados falsonegativos 57. O padrão de realce próprio do parênquima mamário pode variar em diferentes pacientes, além de sofrer estímulo hormonal. Sabendo-se que o realce intenso do parênquima mamário pode obscurecer certas lesões, logo o grau de realce do parênquima mamário deve ser sempre considerado, podendo variar entre mínimo, moderado ou intenso 57.
24 24 A seguir será descrita a apresentação por imagem de RM das principais lesões mamárias, discutindo também quando e como as mesmas podem ser falso-positivas ou falso-negativas, reduzindo a especificidade ou a sensibilidade do método. É importante ressaltar que nenhum dos achados mencionados oferece 100% de sensibilidade ou especificidade. Com isso, é imprescindível a correlação com dados clínicos e exames de mamografia e USG de mama Carcinomas invasivos O carcinoma invasivo típico aparece como um nódulo com forma irregular e com margens irregulares ou espiculadas. Tem baixo sinal em T1, T2 e STIR. O realce interno é heterogêneo ou com realce da borda. Na análise cinética, exibe realce inicial rápido e intenso (taxa de wash in em torno de 80%), seguido por wash out. A análise cinética com realce inicial rápido e intenso será vista em 80% dos carcinomas invasores, a curva tipo wash out em 60%, tipo platô em 30% e persistente em 10% 56,57. Porém, os achados que predominam no carcinoma invasivo podem variar com o subtipo histológico. Embora o carcinoma ductal invasivo (CDI), mais prevalente subtipo, tenda a ter a maioria das características típicas acima descritas, isto é menos frequente em outros subtipos mais raros de carcinoma invasor. O carcinoma medular invasivo mostra normalmente forma redonda, margens regulares e ausência de sinais de infiltração nas imagens obtidas. Felizmente este subtipo constitui apenas 5% de todos os casos de câncer de mama. Acomete pacientes jovens, 60 a 66% com menos de 50 anos. Em carreadoras de mutação do gene BRCA1, os carcinomas medulares são mais comuns 56. Logo, em pacientes com história de câncer de mama pessoal ou familiar, a presença de carcinoma, sobretudo medular, deve ser considerada se tumores bem circunscritos similares a fibroadenomas são observados. Como a RM não oferece apenas informações morfológicas, mas também de realce interno e cinética de contraste, fica possível a diferenciação de fibroadenomas de carcinomas medulares. Os carcinomas medulares não têm septações internas escuras, mas sim realce interno heterogêneo e curva tipo wash out.
25 25 O CLI constitui 10 a 15% dos carcinomas invasores de mama 56. Devido ao seu padrão de crescimento, o tumor gradualmente substitui o tecido fibroglandular pré-existente. Este padrão de crescimento associado à frequente ausência de microcalcificações, é responsável pelo fato do CLI poder permanecer indetectável pela mamografia e USG por longo tempo. Na RM, a maioria dos CLI aparece como nódulo irregular. Em cerca de 20% dos casos, ao invés de nódulo, é observado realce não nodular, assimétrico, representando a infiltração do parênquima 56. Como a angiogênese desse subtipo é diferente do tipo ductal, isto é, se alimenta pelos capilares já existentes no tecido fibroglandular sem novos vasos para nutrição extra, seu realce pode ser lento e pouco intenso, sem curva do tipo wash out. Logo, se o CLI é uma consideração diagnóstica, este padrão de realce lento, pouco intenso e sem wash out não é atípico, mas sim consistente com o diagnóstico. Os diagnósticos diferenciais principais são mastite crônica subclínica ou CDIS, este último, sobretudo, se houver realce de distribuição segmentar. O carcinoma invasivo mucinoso é usualmente bem diferenciado e ocorre em mulheres idosas. Acomete aproximadamente 2 a 5% de todas as pacientes com câncer de mama 56. O aspecto chave dessa neoplasia é de um nódulo de forma e margens irregulares e, dependendo do grau de produção de mucina, com sinal intermediário a alto na sequência pesada em T2 sem supressão de gordura. Quanto mais mucina estiver presente, maior será o sinal em T2 e menor será o realce de contraste pelo nódulo. A chave para o diagnóstico é um nódulo com sinal semelhante ao de um cisto simples, mas que, diferente de um cisto, revela discreto realce central e é notavelmente irregular. Se correlacionado com a USG, mostrará alta ecogenicidade. Carcinomas invasivos tubulares são usualmente de fácil diagnóstico porque parecem com nódulo de margens espiculadas, típico realce inicial rápido e intenso, seguido de wash out. O diagnóstico diferencial principal é de cicatriz radial, sem critério definitivo disponível para distinção entre eles 56. O diagnóstico do carcinoma inflamatório é mais clínico do que radiológico, observando-se inflamação aguda da mama, com eritema cutâneo, edema e calor. É causado por células do câncer de mama isoladas que infiltram difusamente o tecido fibroglandular, se espalhando para o sistema linfático. A obstrução linfática
26 26 por tais células é a causa do edema intramamário e da aparência inflamatória. Como muitas vezes o câncer de base não é encontrado, o diagnóstico diferencial entre carcinoma inflamatório e mastite aguda pode ser difícil. Na RM, frequentemente é observado realce difuso do parênquima mamário e, às vezes, da pele. Comparado ao típico carcinoma invasivo, o carcinoma inflamatório exibe apenas realce inicial lento e pouco intenso, ou não exibe realce de contraste Carcinoma ductal in situ Exibe um variável grau de atividade angiogênica e, consequentemente, realce na RM de mama. Como o CDIS é uma lesão teoricamente confinada ao epitélio intraductal, é surpreendente que o CDIS realmente realce pelo contraste. Este fato sugere que esta lesão realmente interaja com o estroma periductal para desencadear a angiogênese periductal. Em geral, a taxa de wash in, ou seja, realce inicial pelo contraste no CDIS é baixa comparada ao observado no carcinoma invasivo. A ausência de realce pelo contraste está presente em 5 a 10% dos casos de CDIS 56, não sendo estes casos detectados pela RM de mama. E esta é uma das maiores razões de porque a mamografia é considerada um prérequisito necessário para interpretação de um estudo de RM de mama e de porque a RM não pode ser usada para livrar uma paciente de uma indicação de biópsia de microcalcificações suspeitas observadas pela mamografia. Contrariamente, 20% dos casos de CDIS que exibem realce e são diagnosticados pela RM não exibem microcalcificações na mamografia. Logo, a mamografia também não pode ser usada para livrar uma paciente de biópsia de realce suspeito sugestivo de CDIS pela RM 56. Aproximadamente metade dos casos de CDIS com realce de contraste possui realce pouco intenso, com curva do tipo persistente. A outra metade de casos revela realce inicial mais intenso. Entretanto, mesmo nestes casos, a curva tipo wash out é incomum. Por conseqüência, a análise cinética não deve ser utilizada para o diagnóstico de CDIS. A ausência de realce rápido ou de curva do tipo wash out não exclui a necessidade de biópsia de realce com morfologia suspeita para CDIS. Para o CDIS, a morfologia é soberana. E o realce não nodular seguindo o sistema ductal, ou seja, assimétrico, de distribuição ductal ou
27 27 segmentar, e com padrão interno heterogêneo ou agrupado, é atribuído ao CDIS em pelo menos 30% dos casos 56,57. Menos frequentemente, em cerca de 20% dos casos, o CDIS pode aparecer como um foco, área focal ou realce regional Carcinoma lobular in situ É considerada uma lesão associada a risco elevado de câncer de mama invasivo, sobretudo do tipo ductal, mas também do tipo lobular 56. O risco é aumentado para mama ipsilateral e menor para a mama contralateral. O carcinoma lobular in situ (CLIS) pleomórfico é um subgrupo dos CLIS que tem mostrado apresentar risco aumentado para carcinoma lobular invasivo, e que, além disso, é considerado um verdadeiro precursor. Na RM de mama, assim como na mamografia, não existem achados específicos para CLIS. Se manifesta geralmente com realce não nodular e com aparência semelhante à mastopatia fibrocística, adenose focal ou CDIS Fibroadenoma As características morfológicas são da maior importância para a classificação adequada das lesões benignas, seja pela mamografia, USG ou RM. Os fibroadenomas aparecem na RM como nódulos de forma redonda, ovóide ou lobulada, e com margens circunscritas. Todos os outros aspectos pela RM dos fibroadenomas variam com o subtipo histológico. O fibroadenoma juvenil ou mixóide contém uma matriz intersticial gelatinosa que sofre progressiva fibrose e gradualmente resulta nos chamados fibroadenomas escleróticos ou hialinizados 56. O fibroadenoma mixóide exibe realce rápido e curva persistente. Usualmente o realce se inicia no centro do nódulo e se espalha para periferia. Devido a esta progressão centrífuga do realce, o fibroadenoma pode parecer equivocadamente irregular na fase pós-contraste inicial, quando seu realce ainda está incompleto. O mesmo pode ocorrer quando existe fibrose parcial do nódulo e apenas a sua porção não esclerótica exibe realce. Erros podem ser evitados ao se analisar conjuntamente as sequências sem contraste. Na sequência pesada em T2 sem supressão de gordura, o fibroadenoma mixóide exibe alta intensidade
28 28 de sinal quando comparado ao tecido fibroglandular, porém não tão alta quanto a gordura ou o cisto. Este sinal em T2 do fibroadenoma mixóide está em contraste com a maioria dos carcinomas que tendem a ter baixa intensidade de sinal em T2. O padrão de realce interno do fibroadenoma mixóide é homogêneo ou com septações internas escuras, este último sendo um achado com alto VPN para malignidade 56,57. O fibroadenoma hialinizado exibe apenas realce pouco intenso ou não exibe realce de contraste. Logo, este pode ser perdido se apenas imagens póscontraste com supressão de gordura ou subtração são analisadas. As septações internas escuras não são observadas, pois toda a lesão é isointensa ao sinal das septações em todas as sequências obtidas. Estes nódulos são mais bem avaliados na sequência T2 sem supressão de gordura, onde aparecem como nódulos redondos, regulares e marcadamente hipointensos 56, Mastopatia fibrocística e Adenose focal São causas importantes de falso-positivos. É surpreendente para aqueles que estão iniciando sua experiência com RM de mama como focos minúsculos e redondos de realce podem estar presentes em muitos exames. E é virtualmente impossível tentar classificar todo foco de realce presente nos estudos. Se por alguma razão um destes focos é submetido à biópsia, o laudo histopatológico usualmente menciona focos de adenose, alteração de células colunares sem atipias, metaplasia apócrina, adenose, microcistos, fibrose, áreas fibroadenomatosas, etc. O problema é que estas lesões são muito pequenas (< 5 mm) e numerosas para permitir diagnóstico diferencial claro: a resolução espacial insuficiente, o efeito de volume parcial, ou questões biológicas limitam tal diagnóstico. A análise cinética é tampouco eficaz nestas lesões, já que muitos focos exibem realce inicial rápido e intenso, e às vezes com curva tipo wash out 56,57. Então, como estas lesões devem ser analisadas? Em geral a análise destas lesões depende do contexto clínico. Se forem encontradas em paciente com história pessoal de câncer de mama ou com risco elevado para câncer de mama, o controle é usualmente a melhor conduta. Se a paciente não tem risco elevado para câncer de mama e múltiplos focos são
Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015
Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015 Amélia Estevão 10.05.2015 Objetivo: Investigar a vantagem da utilização da RM nos diferentes tipos de lesões diagnosticadas na mamografia e ecografia classificadas
Leia maisExames que geram dúvidas - o que fazer? SELMA DE PACE BAUAB
Exames que geram dúvidas - o que fazer? SELMA DE PACE BAUAB Exames que geram dúvidas - o que fazer? Como ter certeza que é BI-RADS 3? Quando não confiar na biópsia percutânea? O que fazer com resultados
Leia maisPATOLOGIA DA MAMA. Ana Cristina Araújo Lemos
PATOLOGIA DA MAMA Ana Cristina Araújo Lemos Freqüência das alterações mamárias em material de biópsia Alteração fibrocística 40% Normal 30% Alterações benignas diversas 13% Câncer 10% Fibroadenoma
Leia maisI Curso Internacional Pre -Congresso de Imaginologia Mama ria. 1st International Breast Imaging Pre-conference Course. 15 de maio de 2014
I Curso Internacional Pre -Congresso de Imaginologia Mama ria 1st International Breast Imaging Pre-conference Course 15 de maio de 2014 Declaração de conflitos de interesse Resolução RDC n.º 96/08 Nunca
Leia maisBREAST IMAGING REPORTING AND DATA SYSTEM NOVO BI-RADS EM MAMOGRAFIA
BREAST IMAGING REPORTING AND DATA SYSTEM NOVO BI-RADS EM MAMOGRAFIA Breast Imaging Reporting and Data System Dr Marconi Luna Doutor em Medicina UFRJ Ex-Presidente da SBM Breast Imaging Reporting and Data
Leia mais30/05/2016 DISTORÇÃO ARQUITETURAL DISTORÇÃO ARQUITETURAL. DÚVIDAS DO DIA-A-DIA DISTORÇÃO ARQUITETURAL e ASSIMETRIAS Como vencer este desafio?
finas linhas ou espículas irradiando-se de um ponto DÚVIDAS DO DIA-A-DIA e ASSIMETRIAS Como vencer este desafio? retração focal, distorção ou retificação da porção anterior ou posterior do parênquima BI-RADS
Leia maisTOMOSSÍNTESE MAMÁRIA CASOS CLÍNICOS
TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA CASOS CLÍNICOS SELMA DI PACE BAUAB Radiologista da Mama Imagem São José do Rio Preto - SP CASO 1 55 anos. Assintomática TOMOSSÍNTESE LESÃO EPITELIAL ESCLEROSANTE (Cicatriz Radial)
Leia maisCANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO
CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO OS TIPOS DE CANCER DE MAMA O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma
Leia maisRM MAMÁRIA: quando indicar?
RM MAMÁRIA: quando indicar? Lucio De Carli Serviço de Diagnóstico por Imagem da Mama Hospital Mãe de Deus SSMD Porto Alegre/RS e-mail: luciodc@terra.com.br RM MAMÁRIA - indicações - Incoerência EF x MG
Leia maisO que é câncer de mama?
Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células
Leia maisCÂNCER DE MAMA. O controle das mamas de seis em seis meses, com exames clínicos, é também muito importante.
CÂNCER DE MAMA Dr. José Bél Mastologista/Ginecologista - CRM 1558 Associação Médico Espírita de Santa Catarina AME/SC QUANDO PEDIR EXAMES DE PREVENÇÃO Anualmente, a mulher, após ter atingindo os 35 ou
Leia maisHumberto Brito R3 CCP
Humberto Brito R3 CCP ABSTRACT INTRODUÇÃO Nódulos tireoideanos são achados comuns e raramente são malignos(5-15%) Nódulos 1cm geralmente exigem investigação A principal ferramenta é a citologia (PAAF)
Leia maisCAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.
Laura S. W ard CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Nódulos da Tiróide e o Carcinoma Medular Nódulos da tiróide são um
Leia maisPode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas.
Perguntas que pode querer fazer Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas. Estas são algumas perguntas
Leia maisO sistema TNM para a classificação dos tumores malignos foi desenvolvido por Pierre Denoix, na França, entre 1943 e 1952.
1 SPCC - Hospital São Marcos Clínica de Ginecologia e Mastologia UICC União Internacional Contra o Câncer - TNM 6ª edição ESTADIAMENTO DOS TUMORES DE MAMA HISTÓRIA DO TNM O sistema TNM para a classificação
Leia mais1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA.
UTVIG/NUVIG/ANVISA Em 31 de janeiro de 2011. Assunto: Nota de esclarecimento sobre notícia veiculada na mídia que trata de comunicado de segurança da FDA Food and Drug Administration sobre possível associação
Leia maisCORE BIÓPSIA DE LINFONODOS AXILARES ATÍPICOS
CORE BIÓPSIA DE LINFONODOS AXILARES ATÍPICOS CORE BIOPSIA DE LINFONODOS AXILARES ATÍPICOS LINFONODOS NORMAIS OU TÍPICOS DE NÍVEL 1 FACILMENTE RECONHECIDOS AO ESTUDO ECOGRÁFICO FORMA ELÍPTICA CORTEX HIPOECÓICA
Leia maisApesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande,
Cancêr de Mama: É a causa mais frequente de morte por câncer na mulher, embora existam meios de detecção precoce que apresentam boa eficiência (exame clínico e auto-exame, mamografia e ultrassonografia).
Leia maisDescobrindo o valor da
Descobrindo o valor da Ocâncer de mama, segundo em maior ocorrência no mundo, é um tumor maligno que se desenvolve devido a alterações genéticas nas células mamárias, que sofrem um crescimento anormal.
Leia maisDETECÇÃO, DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA DAS MAMAS DETECÇÃO, DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE MAMA A crescente experiência com a Ressonância Nuclear Magnética (RNM) vem trazendo dúvidas pertinentes quanto
Leia maisDiagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008)
Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008) De Bock GH, Beusmans GHMI, Hinloopen RJ, Corsten MC, Salden NMA, Scheele ME, Wiersma Tj traduzido do original em
Leia maisCAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução
CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto Introdução É realizada a avaliação de um grupo de pacientes com relação a sua doença. E através dele
Leia maisCâncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho
Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem
Leia maisNEWS: ARTIGOS CETRUS Ano VI Edição 59 Outubro 2014. O novo BI-RADS Ultrassonográfico (Edição 2013) - O que há de novo?
NEWS: ARTIGOS CETRUS Ano VI Edição 59 Outubro 2014 O novo BI-RADS Ultrassonográfico (Edição 2013) - O que há de novo? O novo BI-RADS Ultrassonográfico (Edição 2013) - O que há de novo? AUTORA Dra. Patrícia
Leia maisSECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Gerência de Regulação PROTOCOLO DE ACESSO A EXAMES/PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS ULTRASSONOGRAFIA MAMÁRIA
Gerência de Regulação PROTOCOLO DE ACESSO A EXAMES/PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS ULTRASSONOGRAFIA MAMÁRIA 2013 Observações a serem consideradas no preenchimento de todas as solicitações de Exames disponibilizados
Leia maisOUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.
OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete
Leia maisCâncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS:
Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS: As mamas (ou seios) são glândulas e sua função principal é a produção de leite. Elas são compostas de lobos que se dividem em porções menores, os lóbulos, e ductos, que
Leia maisCÂNCER DE MAMA NA SENILIDADE
CÂNCER DE MAMA NA SENILIDADE ANTOMIA PATOLÓGICA SENILIDADE aos 65? Diminuição da filtração glomerular Aumento de sensibilidade a mielotoxicidade Mucosite Neurotoxicidade Toxicidade cardíaca IDADE COMO
Leia maisTEXTO 10 ACHADOS DE IMAGEM NO EXAME DE MAMOGRAFIA
TEXTO 10 ACHADOS DE IMAGEM NO EXAME DE MAMOGRAFIA NEYSA APARECIDA TINOCO REGATTIERI 1 Diferentes alterações no tecido mamário podem produzir achados de imagem semelhantes, porém, em alguns casos, esses
Leia maisO Novo BI-RADS. Introdução. MARCONI LUNA Pres. Departamento de Mamografia da SBM.
1 O Novo BI-RADS MARCONI LUNA Pres. Departamento de Mamografia da SBM. Introdução No Congresso Americano de Radiologia em dezembro de 2003 (RSNA) em Chicago foi divulgado a 4ª edição do BI-RADS (Breast
Leia maisGradação Histológica de tumores
Gradação Histológica de tumores A gradação histológica é uma avaliação morfológica da diferenciação celular de cada tumor. Baseada geralmente em 03-04 níveis de acordo com o tecido específico do tumor.
Leia mais29/08/2011. Radiologia Digital. Princípios Físicos da Imagem Digital 1. Mapeamento não-linear. Unidade de Aprendizagem Radiológica
Mapeamento não-linear Radiologia Digital Unidade de Aprendizagem Radiológica Princípios Físicos da Imagem Digital 1 Professor Paulo Christakis 1 2 Sistema CAD Diagnóstico auxiliado por computador ( computer-aided
Leia maisINCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES EM MAMOGRAGIA PROFESSORA KAROLINE RIZZON
INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES EM MAMOGRAGIA PROFESSORA KAROLINE RIZZON INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES As incidência complementares são realizadas para esclarecer situações suspeitas detectadas nas incidências
Leia maisEntenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)
Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) O que é? É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não
Leia maisCASO 1. Paciente 19 anos, estudante 2 ano de medicina, realizando exames de rotina solicitada pela ginecologista; Nega história familiar e pessoal;
SESSÃO INTERATIVA CASO 1 Paciente 19 anos, estudante 2 ano de medicina, realizando exames de rotina solicitada pela ginecologista; Nega história familiar e pessoal; Exame físico: sem particularidades.
Leia maisCancro da Mama. Estrutura normal das mamas. O que é o Cancro da Mama
Cancro da Mama O Cancro da Mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. Um tumor maligno consiste num grupo de células alteradas (neoplásicas) que pode invadir os tecidos vizinhos
Leia mais29/10/09. E4- Radiologia do abdome
Radiologia do abdome 29/10/09 Milton Cavalcanti E4- Radiologia do abdome INTRODUÇÃO O câncer de colo uterino é uma das maiores causas de morte entre mulheres, principalmente nos países em desenvolvimento.
Leia maisO Câncer de Próstata. O que é a Próstata
O Câncer de Próstata O câncer de próstata é o segundo tumor mais comum no sexo masculino, acometendo um em cada seis homens. Se descoberto no início, as chances de cura são de 95%. O que é a Próstata A
Leia maisMELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO COMPLICAÇÕES EM ESVAZIAMENTO CERVICAL UBIRANEI O. SILVA INTRODUÇÃO Incidência melanoma cutâneo: 10% a 25% Comportamento
Leia maisCHUC Clínica Universitária de Radiologia
CHUC Clínica Universitária de Radiologia Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves Reunião Bibliográfica 03/06/2013 Mafalda Magalhães Introdução Incidência dos tumores da tiróide aumentou nos últimos anos
Leia maisRASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA José Luís Esteves Francisco Comissão Nacional de Mamografia SBM CBR FEBRASGO Ruffo de Freitas Júnior Presidente Nacional da Soc. Bras. De Mastologia Rede Goiana de Pesquisa
Leia maisComo tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte
Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte Quem é a paciente com mutação BRCA1/2? Ansiedade Penetrância dos genes BRCA1 e BRCA 2 até os 70 anos Meta-análise
Leia maisINSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RS PORTARIA 13/2014
PORTARIA 13/2014 Dispõe sobre os parâmetros do exame PET-CT Dedicado Oncológico. O DIRETOR-PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL-IPERGS, no uso de suas atribuições conferidas
Leia maisAnalisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante.
Estudo de sobrevida de mulheres com câncer de mama não metastático tico submetidas à quimioterapia adjuvante Maximiliano Ribeiro Guerra Jane Rocha Duarte Cintra Maria Teresa Bustamante Teixeira Vírgilio
Leia maisTÍTULO: UTILIZAÇÃO DA MAMOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO
TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA MAMOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE
Leia maisNeoplasias dos epitélios glandulares II
Neoplasias dos epitélios glandulares II PATOLOGIA II Aula Prática nº4 MAMA: Correlação estrutura/lesão Cél. Basais/mioepiteliais Cél. Basais/mioepiteliais (actina) Cél. luminais Cél. luminais MAMA: Estrutura
Leia maisCEPEM News. Revisitando o Sistema BI-RADS de Mamografia e Ultrassonografia: As novas considerações das próximas edições (2012)
Revisitando o Sistema BI-RADS de Mamografia e Ultrassonografia: As novas considerações das próximas edições (2012) Prezados Colegas No final de 1992, voltávamos de curso de imagenologia mamária ministrado
Leia maisCitopatologia mamária. Histologia da mama feminina
Citopatologia mamária Puberdade: crescimento das mamas em função do desenvolvimento glandular e da deposição aumentada de tecido adiposo. Mulheres durante o ciclo menstrual: aumento do volume mamário em
Leia maisDISCIPLINA DE RADIOLOGIA UFPR
DISCIPLINA DE RADIOLOGIA UFPR MÓDULO ABDOME AULA 2 AVALIAÇÃO INTESTINAL POR TC E RM Prof. Mauricio Zapparoli Neste texto abordaremos protocolos de imagem dedicados para avaliação do intestino delgado através
Leia maisBOLETIM ELETRÔNICO DO GRUPO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO E INFORMAÇÕES DE SAÚDE
GAI informa junho/2009 ano 1 nº2 BOLETIM ELETRÔNICO DO GRUPO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO E INFORMAÇÕES DE SAÚDE Editorial Neste segundo número do Boletim Gais Informa apresenta-se um resumo das principais discussões
Leia maisvulva 0,9% ovário 5,1%
endométrio 12,3% ovário 5,1% vulva 0,9% colo uterino 13,3% câncer de mama 68,4% Maior incidência nas mulheres acima de 60 anos ( 75% ) Em 90% das mulheres o primeiro sintoma é o sangramento vaginal pós-menopausa
Leia maisJournal Club 23/06/2010. Apresentador: João Paulo Lira Barros-E4 Orientador: Dr. Eduardo Secaf
Journal Club 23/06/2010 Apresentador: João Paulo Lira Barros-E4 Orientador: Dr. Eduardo Secaf Introdução O câncer gástrico é a mais freqüente das neoplasias malignas do aparelho digestivo e ocupa o segundo
Leia maisO que é o câncer de mama?
O que é o câncer de mama? As células do corpo normalmente se dividem de forma controlada. Novas células são formadas para substituir células velhas ou que sofreram danos. No entanto, às vezes, quando células
Leia maisESTADIAMENTO. 1. Histórico
Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família 68 ESTADIAMENTO O estadiamento tem como objetivo agrupar pacientes segundo a extensão anatômica da doença. Essa normatização tem grande valia
Leia maisProf. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS NÓDULOS HEPÁTICOS BENIGNOS Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS NÓDULOS HEPÁTICOS
Leia maisIRM na Esclerose Múltipla
IRM na Esclerose Múltipla Índice Autor: Dr. David Araújo Neurorradiologista do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e do Instituto de Diagnóstico por Imagem da Santa Casa
Leia maisMALE BREAST DISEASE: PICTORIAL REVIEW
MALE BREAST DISEASE: PICTORIAL REVIEW WITH RADIOLOGIC- PATHOLOGIC CORRELATION 1 CHERI NGUYEN, MD MARK D. KETTLER, MD MICHAEL E. SWIRSKY, MD VIVIAN I. MILLER, MD CALEB SCOTT, MD RHETT KRAUSE, MD JENNIFER
Leia maisUso de Scanalyzer com embriões de Danio rerio
Uso de Scanalyzer com embriões de Danio rerio Background histórico e biológico Quando se iniciou o movimento de proteger o ambiente através de sistemas de testes biológicos, os testes agudos e crônicos
Leia maisDIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015
01/05/2015 CÂNCER UTERINO É o câncer que se forma no colo do útero. Nessa parte, há células que podem CÂNCER CERVICAL se modificar produzindo um câncer. Em geral, é um câncer de crescimento lento, e pode
Leia maisApresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P.
Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P. De Oliveira,J.V.C¹; SILVA, M.T.B¹; NEGRETTI, Fábio². ¹Acadêmicas do curso de Medicina da UNIOESTE. ²Professor de Anatomia e Fisiologia Patológica da UNIOESTE.
Leia maisSISMAMA. Informação para o avanço das ações de controle do câncer de mama no Brasil. Qual a situação do câncer de mama no Brasil? O que é o SISMAMA?
SISMAMA Informação para o avanço das ações de controle do câncer de mama no Brasil Este informe apresenta os primeiros dados do SISMAMA - Sistema de Informação do Câncer de Mama, implantado nacionalmente
Leia maisESTUDO: CONHECENDO AS MAMAS, EXAME DE MAMOGRAFIA Professora: Regiane M Siraqui
ESTUDO: CONHECENDO AS MAMAS, EXAME DE MAMOGRAFIA Professora: Regiane M Siraqui O Desenvolvimento e o funcionamento da glândula mamária são presididos pelo lobo anterior da hipófise, com o ovário na função
Leia maisNOVO CONSENSO BRASILEIRO DE RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA POR MÉTODOS DE IMAGEM DR. HEVERTON AMORIM
NOVO CONSENSO BRASILEIRO DE RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA POR MÉTODOS DE IMAGEM DR. HEVERTON AMORIM Qual é a situação do câncer de mama? Pode ser prevenido? Como prevenir? Qual o papel da mamografia?
Leia maisGaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Nódulos tiroideanos são comuns afetam 4- a 10% da população (EUA) Pesquisas de autópsias: 37
Leia mais04/06/2012 INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX. Dante L. Escuissato RADIOGRAFIAS DO TÓRAX INCIDÊNCIAS: FRONTAL (PA) PERFIL TÓRAX
INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX Dante L. Escuissato RADIOGRAFIAS DO TÓRAX INCIDÊNCIAS: FRONTAL (PA) PERFIL TÓRAX 1 RADIOGRAFIAS AS RADIOGRAFIAS APRESENTAM 4 DENSIDADES BÁSICAS: AR: traquéia, pulmões,
Leia maisTratamento do câncer no SUS
94 Tratamento do câncer no SUS A abordagem integrada das modalidades terapêuticas aumenta a possibilidade de cura e a de preservação dos órgãos. O passo fundamental para o tratamento adequado do câncer
Leia maisANÁLISE COMPARATIVA DOS GRAUS HISTOLÓGICOS ENTRE TUMOR PRIMÁRIO E METÁSTASE AXILAR EM CASOS DE CÂNCER DE MAMA
ANÁLISE COMPARATIVA DOS GRAUS HISTOLÓGICOS ENTRE TUMOR PRIMÁRIO E METÁSTASE AXILAR EM CASOS DE CÂNCER DE MAMA Pinheiro, A.C ¹, Aquino, R. G. F. ¹, Pinheiro, L.G.P. ¹, Oliveira, A. L. de S. ¹, Feitosa,
Leia maisBioestatística. Organização Pesquisa Médica. Variabilidade. Porque existe variabilidades nos fenômenos naturais? Fontes de variação:
Bioestatística Lupércio F. Bessegato & Marcel T. Vieira UFJF Departamento de Estatística 2010 Organização Pesquisa Médica Variabilidade Porque existe variabilidades nos fenômenos naturais? Fontes de variação:
Leia maisQual é a função dos pulmões?
Câncer de Pulmão Qual é a função dos pulmões? Os pulmões são constituídos por cinco lobos, três no pulmão direito e dois no esquerdo. Quando a pessoa inala o ar, os pulmões absorvem o oxigênio, que é levado
Leia maisTÉCNICA EM RADIOLOGIA
UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CCM CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS HUAP HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO Hospital Universitário TÉCNICA EM RADIOLOGIA Parte I: Múltipla Escolha Hospital Universitário
Leia maisA situação do câncer no Brasil 1
A situação do câncer no Brasil 1 Fisiopatologia do câncer 23 Introdução O câncer é responsável por cerca de 13% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da
Leia maisHISTÓRIA NATURAL DOS TIPOS RAROS DE CÂNCER DE MAMA
HISTÓRIA NATURAL DOS TIPOS RAROS DE CÂNCER DE MAMA Carcinomas Profª. Dra. Maria do Carmo Assunção Carcinoma tipo basal Grau 3 CK14 & CK5 = Positivo P63 pode ser positivo (mioepitelial) Triplo negativo
Leia maisAnatomia da mama Função biológica
Dr.Jader Burtet Ginecologia e Obstetrícia Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre Hospital Materno Infantil Presidente Vargas de Porto Alegre Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia
Leia mais3. FORMAÇÃO DA IMAGEM
3. FORMAÇÃO DA IMAGEM 3.1 INTRODUÇÃO O sistema de geração da imagem de RM emprega muitos fatores técnicos que devem ser considerados, compreendidos e algumas vezes modificados no painel de controle durante
Leia maisDiagnóstico do câncer
UNESC FACULDADES ENFERMAGEM - ONCOLOGIA FLÁVIA NUNES Diagnóstico do câncer Evidenciado: Investigação diagnóstica por suspeita de câncer e as intervenções de enfermagem no cuidado ao cliente _ investigação
Leia maisPAULA DE CAMARGO MORAES
PAULA DE CAMARGO MORAES Variação entre observadores na aplicação dos critérios morfológicos e cinéticos propostos pelo BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System) para ressonância magnética das
Leia maisManuseio do Nódulo Pulmonar Solitário
VIII Congresso de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro Manuseio do Nódulo Pulmonar Solitário Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Ciências Médicas Hospital Universitário
Leia maisde nódulos axilares e sintomas como desconforto e dor, são importantes para o diagnóstico e conduta a serem tomados em cada caso. Há exames de imagem
ANEXO MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA COORDENAÇÃO-GERAL DA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE SAF Sul, lotes 5/6, Ed. Premium, Torre II, Sala 23 CEP: 7.7-6
Leia maisVariação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/IESS Data-base - junho de 2010
Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/ Data-base - junho de 2010 O VCMH/ é uma medida da variação das despesas médico-hospitalares per capita das operadoras de planos e seguros de saúde. Mede-se
Leia maisUNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR www.unilab.edu.
UNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR www.unilab.edu.br CUIDAR DA SUA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. As mamas
Leia maisÉ por isso que um exame clínico anual das mamas, através de um médico, é obrigatório.
OUTUBRO ROSA 25 de outubro Mais detalhes sobre o câncer de mama no Brasil 1. Exames clínicos de mama são tão importantes quanto as mamografias. Mamografias a partir de 40 anos de idade são cruciais (Deve
Leia maisPALAVRAS-CHAVE: Massas Nodulares, Classificação de Padrões, Redes Multi- Layer Perceptron.
1024 UMA ABORDAGEM BASEADA EM REDES PERCEPTRON MULTICAMADAS PARA A CLASSIFICAÇÃO DE MASSAS NODULARES EM IMAGENS MAMOGRÁFICAS Luan de Oliveira Moreira¹; Matheus Giovanni Pires² 1. Bolsista PROBIC, Graduando
Leia maisGerenciamento de Problemas
Gerenciamento de Problemas O processo de Gerenciamento de Problemas se concentra em encontrar os erros conhecidos da infra-estrutura de TI. Tudo que é realizado neste processo está voltado a: Encontrar
Leia mais1ª Edição do curso de formação em patologia e cirurgia mamária. Programa detalhado
15.6.2012 MÓDULO 1 - Mama normal; Patologia benigna; Patologia prémaligna; Estratégias de diminuição do risco de Cancro da Mama. 1 1 Introdução ao Programa de Formação 9:00 9:15 1 2 Embriologia, Anatomia
Leia maisPorque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem
Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem SAÚDE DO HOMEM Por preconceito, muitos homens ainda resistem em procurar orientação médica ou submeter-se a exames preventivos, principalmente os de
Leia maisAndré Salazar e Marcelo Mamede CANCER PATIENTS: CORRELATION WITH PATHOLOGY. Instituto Mário Penna e HC-UFMG. Belo Horizonte-MG, Brasil.
F-FDG PET/CT AS A PREDICTOR OF INVASIVENESS IN PENILE CANCER PATIENTS: CORRELATION WITH PATHOLOGY André Salazar e Marcelo Mamede Instituto Mário Penna e HC-UFMG. Belo Horizonte-MG, Brasil. 2014 CÂNCER
Leia maisAzul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.
cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR Novembro Azul Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. NOVEMBRO AZUL Mês de Conscientização,
Leia maisCâncer de Pulmão. Prof. Dr. Luis Carlos Losso Medicina Torácica Cremesp 18.186
Câncer de Pulmão Todos os tipos de câncer podem se desenvolver em nossas células, as unidades básicas da vida. E para entender o câncer, precisamos saber como as células normais tornam-se cancerosas. O
Leia maisDiretrizes ANS para realização do PET Scan / PET CT. Segundo diretrizes ANS
Diretrizes ANS para realização do PET Scan / PET CT Segundo diretrizes ANS Referencia Bibliográfica: Site ANS: http://www.ans.gov.br/images/stories/a_ans/transparencia_institucional/consulta_despachos_poder_judiciari
Leia maisAlexandre de Lima Farah
Alexandre de Lima Farah Declaração de conflito de interesse Não recebi qualquer forma de pagamento ou auxílio financeiro de entidade pública ou privada para pesquisa ou desenvolvimento de método diagnóstico
Leia maisCÂNCER DE MAMA PREVENÇÃO TRATAMENTO - CURA Novas estratégias. Rossano Araújo
CÂNCER DE MAMA PREVENÇÃO TRATAMENTO - CURA Novas estratégias Rossano Araújo Papiro do Edwin Smith (Egito, 3.000-2.500 A.C.) Papiro Edwin Smith (Egito, 3000 2500 A.C.) Tumores Protuberantes da Mama Se você
Leia maisLinfomas. Claudia witzel
Linfomas Claudia witzel Pode ser definido como um grupo de diversas doenças neoplásicas : Do sistema linfático Sistema linfóide Que tem origem da proliferação de linfócitos B ou T em qualquer um de seus
Leia mais13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 O PROJETO DE EXTENSÃO CEDTEC COMO GERADOR DE FERRAMENTAS PARA A PESQUISA EM CÂNCER DE MAMA
13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE (X ) SAÚDE ( ) TRABALHO
Leia maisVANTAGENS E LIMITAÇÕES DIAGNÓSTICO MAMOGRÁFICO MAMOGRAFIA ANALÓGICA MAMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (CR) MAMOGRAFIA DIGITAL(DR)
XXX CONGRESSO PARAIBANO DE GINECOLOGIA VANTAGENS E LIMITAÇÕES DIAGNÓSTICO MAMOGRÁFICO MAMOGRAFIA ANALÓGICA MAMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (CR) MAMOGRAFIA DIGITAL(DR) Norma Maranhão norma@truenet.com.br EVOLUÇÃO
Leia maisProtocolo em Rampa Manual de Referência Rápida
Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida 1 O que é o Protocolo em Rampa O protocolo em rampa é um protocolo para testes de esforço que não possui estágios. Nele o incremento da carga se dá de maneira
Leia maisSumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo
Comparativo entre o rendimento médio dos beneficiários de planos de saúde individuais e da população não coberta por planos de saúde regional e por faixa etária Amanda Reis Luiz Augusto Carneiro Superintendente
Leia maisAJUSTE DO MODELO DE COX A DADOS DE CÂNCER DE MAMA
AJUSTE DO MODELO DE COX A DADOS DE CÂNCER DE MAMA Luciene Resende Gonçalves 1, Verônica kataoka 2, Mário Javier Ferrua Vivanco 3, Thelma Sáfadi 4 INTRODUÇÃO O câncer de mama é o tipo de câncer que se manifesta
Leia maisMS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina
MS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina Orientador: Prof. Dr. Laécio C. Barros Aluna: Marie Mezher S. Pereira ra:096900 DMA - IMECC - UNICAMP 25 de Junho de
Leia maisRegistro Hospitalar de Câncer de São Paulo:
Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Análise dos dados e indicadores de qualidade 1. Análise dos dados (jan ( janeiro eiro/2000 a setembro/201 /2015) Apresenta-se aqui uma visão global sobre a base
Leia maisNumeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA
NT 38/2013 Solicitante: Dra. Renata Abranches Perdigão do JESP da Fazenda Pública de Campo Belo Data: 22/02/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO
Leia mais