Citopatologia mamária. Histologia da mama feminina
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- Lavínia Tavares Farias
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1 Citopatologia mamária Puberdade: crescimento das mamas em função do desenvolvimento glandular e da deposição aumentada de tecido adiposo. Mulheres durante o ciclo menstrual: aumento do volume mamário em função da retenção de líquidos e do desenvolvimento glandular. Gravidez: acréscimo de glândulas mamárias e secreção de leite. Menopausa: o tecido mamário atrofia-se, sendo substituído progressivamente por tecido adiposo. Estrógeno, progesterona, prolactina, lactogênio placentário Histologia da mama feminina Glândula mamária feminina adulta normal, fora da gravidez Neste corte de mama observa-se o sistema secretor, composto por lóbulos e ductos, situado no estroma interlobular que é composto predominantemente por tecido conjuntivo denso (fibroso), com alguns adipócitos, daí a consistência da mama ser firme. Após a menopausa predomina o tecido adiposo. 1
2 LÓBULOS MAMÁRIOS São a unidade secretora da mama. Estruturas de contorno mais ou menos circular, circundadas por estroma interlobular (tecido conjuntivo denso); cada lóbulo é constituído por glândulas acinosas situadas no estroma intralobular (tecido conjuntivo frouxo com uma população fisiológica de células inflamatórias, principalmente linfócitos). ÁCINOS MAMÁRIOS Cada ácino é composto por dois tipos de células: uma camada interna de células epiteliais secretoras de leite e uma camada externa de células mioepiteliais, que se destacam pelo citoplasma ser mais claro. A função das células mioepiteliais é contrair-se, promovendo a extrusão do leite secretado. 2
3 DUCTOS MAMÁRIOS Drenam os lóbulos. Têm contorno irregular ou estrelado e também são constituídos por dupla população, de células epiteliais de revestimento (internas) e mioepiteliais (externas). Estas não formam uma camada contínua e se destacam pelo citoplasma claro, freqüentemente vacuolado. LEITE Possui componentes nutritivos, imunológicos e promotores do crescimento: colesterol, triglicérides, imunoglobulinas (IgA), lactoferrina, lisozimas, oligossacarídeos, mucinas, etc. 3
4 Alterações benignas da mama Doença Fibrocística da Mama (Mastopatia Fibrocística; Displasia Mamária): doença de mama comum e benigna, caracterizada por hiperplasia tanto do estroma quanto do epitélio glandular do tecido mamário por ação estrogênica. A mama fibrocística apresenta uma consistência grumosa, densa e irregular. Um corte de mama fibrocística é mais celular, apresentando fibrose, formação de cistos e maior número de estruturas glandulares e ductais (adenose), que a mama normal, devido à hiperplasia do tecido mamário. 4
5 Alterações benignas da mama Fibroadenoma de mama: tumor de origem e evolução benigna que aparece geralmente entre 15 e 35 anos de idade. Quase sempre mede de 1 a 2 cm, é duro, móvel, único, não doloso, bem delimitado, como se fosse uma "bolinha de vidro" dentro da mama. Tumor bem delimitado do tecido mamário, notando-se uma delicada cápsula fibrosa. 5
6 Composto por estroma fibroso e glândulas com dupla população celular (células epiteliais e mioepiteliais) distribuídas irregularmente no estroma. A dupla população é um importante elemento a favor da benignidade do tumor, pois mostra que as células se diferenciam em dois tipos topograficamente relacionados entre si. Num tumor maligno as células tendem a ser indiferenciadas, isto é sem relações topográficas ou funcionais definidas umas com as outras. Câncer de mama (Adenocarcinoma da mama) A maioria dos cânceres de mama acomete as células dos ductos das mamas. Por isso, o câncer de mama mais comum se chama Carcinoma Ductal. Ele pode ser in situ, quando não passa das primeiras camadas de célula destes ductos, ou invasor, quando invade os tecidos em volta. Os cânceres que começam nos lóbulos da mama são chamados de Carcinoma Lobular e são menos comuns que o primeiro. Este tipo de câncer muito freqüentemente acomete as duas mamas. 6
7 As células cancerosas formam cordões sólidos que infiltram difusamente o tecido mamário. É característico que haja extensa reação desmoplásica do tecido infiltrado, ou seja, proliferação fibroblástica e produção de colágeno, o que dá ao tumor consistência dura na macroscopia. Na periferia, o tumor é mal delimitado e sem cápsula, infiltrando o tecido adiposo e o tecido mamário pré-existente. Alterações citológicas malignas 7
8 Câncer de mama (Adenocarcinoma da mama) 1 caso em homem : 200 casos em mulheres; 2007: casos; Fatores de risco para o câncer de mama: - Idade avançada - Exposição excessiva aos hormônios sexuais femininos - Radiação - Dieta alimentar: álcool, gordura - Obesidade - Sedentarismo - História familiar: parentesco de 1º grau - Predisposição genética: mutações nos genes BRCA 1 (60 a 80%) e BRCA 2 (40 a 60%) Diagnóstico: auto-exame, mamografia, ecografia, punção com agulha fina, exame anátomo-patológico Tratamento: cirurgia, radioterapia, quimioterapia Os estágios do câncer de mama 8
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