Senhores e criadas na segunda metade do século XIX no Brasil MARIANA RODAS GONÇALVES*

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1 Senhores e criadas na segunda metade do século XIX no Brasil MARIANA RODAS GONÇALVES* A formação do sistema da colônia portuguesa da América, o Brasil, carrega em si dois princípios de ordenação das relações econômicas sintetizados e podendo ser observados de forma a nos levar a representação da economia colonial ora como uma unidade contraditória, ora como uma dualidade integrada.tais sínteses foram desenvolvidas pela historiografia brasileira 1 a partir do princípio de que dentro da grande propriedade fundiária do Brasil o latifúndio há dois tipos de produção opostos entre si: a produção direta de meios de vida e a produção de mercadoria, em que um não existe sem o outro. Na tentativa de respeitar a integridade do latifúndio, uma vez que se chegará ao esforço dissociativo dos componentes dele, diz-se que as duas formas de produção são "práticas que são constitutivas uma da outra". O sistema de produção gerado na colônia portuguesa da América acompanha a elevação da massa de escravos na região de São Paulo inseridos como um fator social construtivo (FRANCO, 1997:13), decorrente do declínio da exploração aurífera. A escravaria passa a ser essencial a partir do momento em que a região paulista, na tentativa de corrigir o desequilíbrio que havia entre contingente de mão de obra e o padrão de subsistência, para o qual tendia a economia, evolui no sentido da grande lavoura. Sendo assim, é encontrada uma dificuldade em conceituar um modo de produção a partir da presença do escravo e propõe-se a escravidão simplesmente como uma instituição e não como o princípio unificador do sistema social nas colônias modernas. Coloca-a como uma instituição submetida a outras determinações que lhe imprimiram seu sentido (FRANCO, 1997:13). O escravo é redefinido, a partir do momento em que suporta um tipo de produção do sistema capitalista, em um tipo humano constituído nas sutilezas da conquista, na ambição da riqueza e na produção mercantil, como uma categoria puramente econômica, assim como o colonizador português; inserindo-se dessa forma na sociedade colonial. 1 Sobre as condições acerca do tráfico de cativos da África para o Brasil, ver FLORENTINO, Manolo. Em costas negras: uma história do tráfico atlântico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro, século XVIII e XIX. São Paulo: Companhia das Letras, RODRIGUES, Jaime. De costa a costa: escravos, marinheiros e intermediários do tráfico negreiro de Angola ao Rio de Janeiro, São Paulo: Companhia da Letras, *Graduanda em História pela UNESP-Franca

2 1 Da colônia ao império, o processo histórico 2 vivido pelo Brasil possui como uma das características marcantes a ocorrência de um consenso social 3, o qual deve ser entendido a partir da ideia de uma hegemonia de classe, sobre a qual a prática de certas normas ou rituais por parte de uma classe dominante pode ser vista como uma necessidade diante das condições históricas próprias do exercício da dominação. A identificação das relações comunitárias pautadas em elementos integradores do sistema social, os quais são caracterizados, simultaneamente, como reflexos do modo típico de vida das populações rurais brasileiras, levam a identificar elementos formadores dos traços desse consenso. Tais elementos giram em torno da relação do homem com a Natureza, estabelecida pela caça e extração; o princípio da solidariedade, identificado na ajuda mútua; importância dos vínculos familiares, podendo ser efetivados por meio da relação básica do modelo patriarcal; e por fim, a importância da religiosidade na cultura rural e sua dimensão mágica. A violência constitui um elemento fundamental para o estudo destas, não apenas no contexto do sistema escravista, mas a partir de uma análise da sociedade em que esse sistema se constitui. As ações violentas aparecem constantemente relacionadas a acontecimentos banais do cotidiano. Tais acontecimentos se encontram regulares nos setores fundamentais da relação comunitária: vizinhança, cooperação do trabalho, relações lúdicas, parentesco e moralidade. Sendo assim, tal contexto pautado em uma cultura pobre e um sistema social simples, ao mesmo tempo em que efetiva a necessidade de relações de recíproca suplementação por parte de seus membros, também aumenta a frequência das oportunidades de conflito e radicalizam as suas soluções, tornam a violência parte integrante da rotina diária dessa sociedade. Somado a isso, encontra-se o processo de auto-afirmação recorrente nessas situações de violência, em muitos casos os "acusados" afirmam que não tinham intenção de "ofender (a vítima) de quem foi sempre amigo". Mesmo quando os envolvidos não se conhecem, são estranhos, a situação não chega a tal ponto de, necessariamente, ter as consequências tão violentas. Diante da situação de dominação, violência, auto-afirmação, proteção e obediência, na 2 CHALHOUB, Sidney. Visões da Liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo: Companhia das Letras, p. 19. Chalhoub utiliza o conceito de processo histórico a partir da problemática sobre o termo transição, que expressa um sentido de linearidade e previsibilidade de sentido nos acontecimentos que levaram a escravidão ao trabalho livre. 3 Franco e Chalhoub falam sobre a existência de um consenso social entendido a partir da hegemonia de classes nas duas obras já citadas.

3 2 qual o sistema escravista se encontrava inserido, os negros escravos, forros e libertos procuravam meios de estabelecer seus próprios modos de vida. Os meios utilizados para se chegar ao objetivo desejado pelos negros eram variados e podiam envolver crimes, fugas, suicídios, tendo diversas traduções na historiografia brasileira, como forma de repúdio à escravidão e busca incessante da liberdade. O significado da liberdade para o negro, no processo histórico vivido pela sociedade imperial do Brasil, deve ser entendido a partir do problema de que além de reconhecer a presença da classe senhorial na forma de pensar e se organizar dos escravos, deve-se entender que os escravos instituíam seu próprio mundo mesmo sob as condições violentas e difíceis do cativeiro. Tal compreensão não deve ser reduzida às interpretações senhoriais da situação descrita, mas abranger uma investigação sobre o que os próprios negros tinham a dizer a respeito do significado da liberdade em anos de crise do sistema escravo 4. Assim, o sentido da liberdade, para os negros, foi forjado, desde o início da escravidão, na experiência do cativeiro e um dos aspectos mais traumáticos se caracteriza na prática da compra e venda de seres humanos. Prática considerada crime pelo Código Criminal do Império do Brasil (CCIB) 5, mas não aplicada aos negros, pois uma vez vistos como escravos, eram reduzidos à categoria de coisa, objeto material que poderia ser vendido ou trocado segundo a vontade do senhor que o detinha. Acerca da objetificação do escravo, deve-se ressaltar o papel atribuído à mulher negra dentro do sistema imperial construído sob a ideologia da dominação e violência, com ênfase ao caráter patriarcal enraizado na construção da sociedade brasileira. Essa mulher, em suas diversas facetas escrava, forra, liberta ou livre não se encontrou inserida na visão da feminilidade 6 pertencente às mulheres da elite, reconstruída durante o Segundo Império. Marginalizada, a mulher negra forra, liberta ou livre esforça-se em encontrar meios alternativos para garantir sustento próprio e da família, enquanto a escrava negra busca lutar 4 Chalhoub fala sobre a visão de liberdade do cativo e aponta os processos criminais, utilizados em sua pesquisa, como fonte de grande importância para entendimento do imaginário dos escravos na obra, sobre tal procedimento ver FERREIRA, Ricardo Alexandre. Senhores de poucos escravos :cativeiro e criminalidade num ambiente rural São Paulo: Ed. da UNESP, 2005; WISSENBACH, Maria Cristina Cortez. Sonhos africanos, vivências ladinas: escravos e forros em São Paulo ( ). São Paulo: Hucitec, Art Reluzir à escravidão a pessoa livre, que se achar em posse da sua liberdade. Cf. Código Criminal do Império do Brasil, comentado e anotado pelo Conselheiro Vicente Alves de Paula Pessoa. 2ª ed. (aumentada). Rio de Janeiro: Livraria Popular de A.A. da Cruz Coutinho, VERONA, Elisa Maria. Da feminilidade oitocentista. São Paulo: Editora Unesp, 2013.

4 pela sua liberdade, por meio das fugas, dos pequenos delitos, dentre outros crimes. 3 A historiografia brasileira sobre o escravismo no império brasileiro da segunda metade do século XIX tem buscado focar seus estudos nas experiências vividas pelos próprios cativos, no sentido de retratar as vivências de indivíduos e grupos diversos que possuíam em comum o partilhar da situação em cativeiro. Maria Chinelatto Alves 7, Maria Sylvia Franco 8 e Sidney Chalhoub 9, em suas pesquisas, abordam a sociedade escravista pela perspectiva da cultura da necessidade de dominação, que funcionava como limitadora das ações e afeições dos cativos. Suas pesquisas têm como fonte os autos criminais, segundo eles, capazes de mostrar as manifestações de autonomia dos cativos e de auxiliar na reconstrução da rotina imperial, uma vez que a fim de reconstruir o cenário de um crime para solucioná-lo, o auto fornece informações de grande relevância para o processo de documentação do dia-a-dia na sociedade escravocrata. Com o fim do tráfico de escravos africanos estabelecido pela Lei nº 581, chamada Lei Eusébio de Queirós, em 1850, os proprietários de escravos tem de lidar com o a ideia de que a instituição da escravidão chegaria ao fim, os levando a procurar formas de garantir a viabilidade econômica de suas propriedades em meio ao contexto de decadência do formato escravista até então perpetuado. Mesmo com a proibição da vinda de novos escravos da África para o Brasil, a população escrava do município de Campinas oitocentista continuou crescendo até a década de 1870 alimentada pelo tráfico interno 10. Diante do contexto apresentado e após a aprovação de mais uma lei que dificultaria ainda mais o surgimento de novos escravos no Brasil, a Lei do Ventre Livre (ou Lei Rio Branco), de 1871, a década de 1880 foi marcada pela crescente rebeldia dos escravos, que culminou nas fugas massivas a partir de 1887, além das crescentes ações e propagandas abolicionistas e a percepção, por uma grande maioria da sociedade escravista, do esgotamento político da instituição. 7 ALVES, Maíra Chinelatto. Cativeiros em conflito: crimes e comunidades escravas em Campinas ( ). São Paulo: USP, 2015 (Tese de Doutorado em História). 8 FRANCO, Maria Sylvia de Carvalho. Homens livres na ordem escravocrata. São Paulo: Editora da UNESP, CHALHOUB, Sidney. Visões da Liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo: Companhia das Letras, ALVES, 2015, p.30.

5 4 No sentido judiciário da dominação do escravo, enquanto propriedade alheia, estabelecida em cativeiro, Chinelatto afirma que os cativos não tinham direito de recorrer à justiça por si só em nenhum tipo de caso, desde prestar queixa por danos sofridos até pedir liberdade de seus senhores. Por outro lado, estes eram informados por uma ideologia paternalista, na tentativa de fazer o escravo trabalhar e obedecer, uma vez que eram reconhecidos como pessoas, apesar do que dizia a lei sobre sua condição de propriedade 11. Seguindo tal ideologia, os proprietários concediam roças para cultivo autônomo dos cativos, incentivavam a formação de famílias e aos benefícios daí decorrentes, como moradia e alimentação diferenciadas e ao aprendizado de funções especializadas. Tais costumes funcionavam como uma moeda de troca entre senhores e escravos, prescindindo da lei e via de regra respeitados por grande parte da classe senhorial 12. Seguindo esta linha, se sabe que o escravo não podia abrir processos pessoalmente na justiça, mas poderia fazê-lo através de curadores, tendo, vez ou outra, que restituir os danos causados ao senhor. Sendo assim, o escravo poderia ser réu e vítima de um mesmo processo, uma vez que os danos causados à um escravizado poderiam ser punidos justamente enquanto danos à propriedade de outrem, e não às pessoas que os sofreram 13, o que para Wissenbach caracteriza-se em uma das sínteses da ambiguidade da escravidão 14. Estudos recentes sobre a população livre do Brasil mostram a ampla difusão da propriedade escrava entre diversos grupos sociais e econômicos, segundo o padrão de posse de escravos no Brasil, visto por Stuart Schwartz 15. Assim, a maior parte de cativos que viviam 11 O que a lei diz sobre a condição de propriedade do escravo 12 CUNHA, Manuela Carneiro da. Sobre os silêncios da lei: lei costumeira e positiva nas alforrias de escravos no Brasil do século XIX. Em: Antropologia do Brasil: mito, história e etnicidade. São Paulo: Brasiliense, 1987; GENOVESE, Eugene. A Terra Prometida: o mundo que os escravos criaram. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998; MATTOS, Hebe Maria. Das cores do silêncio: os significados da liberdade no sudeste escravista, Brasil século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, ALVES, 2015, p WISSENBACH, Maria Cristina Cortez. Sonhos africanos, vivências ladinas: escravos e forros em São Paulo ( ). São Paulo: Hucitec, Ver também, da mesma autora: Arranjos da sobrevivência escrava na cidade de São Paulo do século XIX. In: Revista de História, n São Paulo: USP, Disponível em: 15 SCHWARTZ, Stuart B. Padrões de propriedades de escravos nas Américas: nova evidência para o Brasil. Estudos Econômicos, São Paulo: IPE/USP, v. 13, n. 1, p , jan./abr Ver também: SALLES, Ricardo. E o Vale era o escravo: Vassouras século XIX: Senhores e Escravos no coração do Império. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, A título de complementação, ver a biografia de João José Reis sobre o africano liberto Domingos Pereira Sodré, em que a difusão da propriedade escrava encontra-se em tão larga escala que escravos e ex-escravos chegaram a possuir cativos, entre outros bens. REIS, João José. Domingos Pereira Sodré: um sacerdote africano na Bahia oitocentista. Em Afro-Ásia, n. 34, 2006, p.266, 290, 300 e ss.

6 5 no império pertenciam a senhores pequenos e médios, sendo a maioria dos proprietários detentores de pequenas e médias escravarias. Em contrapartida, os grandes proprietários formavam uma minoria absoluta no Brasil imperial e colonial. A posse de poucos escravos era acessível para boa parte da sociedade brasileira até as décadas finais da escravidão, principalmente antes do grande aumento de preço da propriedade escravista em decorrência do fechamento do tráfico atlântico. Maria Sylvia Franco, ao analisar a ordem escravocrata desenvolvida no império no município de Guaratinguetá, propõe que a violência seja uma forma rotinizada de ajustamento nas relações da vizinhança 16 e a escravidão representa o grau máximo de uma violência difundida por diversos setores da sociedade imperial. A partir da obra de Maria Helena Machado 17, Chinelatto afirma que o ano de 1870 é estudado como o período de ápice dos crimes cometidos por escravos, fato visível na elevação do número populacional, no acirramento das tensões ao longo das décadas finais da escravidão e, ainda, no progressivo poder exercido pelo Estado, cada vez mais interferente nas relações privadas de poder. A crescente instabilidade da instituição escravista, antes regida pelos proprietários, tornava necessário aos senhores recorrer ao poder público para resolver e mediar conflitos que antes poderiam ser controlados de forma privada. Com o objetivo de dar ênfase ao protagonismo escravo no período da segunda metade do século XIX, marcado pela desarticulação do regime escravista brasileiro, Chalhoub trabalha com documentações semelhantes às já citadas, mas procedentes da Corte imperial. O autor contesta um dos mitos mais célebres da historiografia: a coisificação do escravo 18, por meio do estudo da agência dos escravos não apenas em busca de maior autonomia, mas como no próprio processo da abolição da escravidão, e afirma que foi a insegurança em relação ao comportamento dos negros importados [de outras regiões do país, após a proibição do tráfico atlântico em 1850] - e a perigosa influência de sua conduta sobre os escravos em geral - que acabou convencendo os deputados paulistas a votar um imposto de importação de cativos que estancou imediatamente o tráfico interprovincial. (CHALHOUB, 1990: 59) Desta forma, amplas possibilidades de ação podiam ser encontradas pelos cativos, as quais, para Chalhoub, foram de extrema importância para reforçar a decadência da instituição 16 FRANCO, 1997, p MACHADO, Maria Helena P. T. Crime e escravidão: trabalho, luta e resistência nas lavouras paulistas ( ). São Paulo: Brasiliense, CHALHOUB, 1990, p.36.

7 6 escravista. A historiografia social proporciona em seus avanços, com a produção brasileira mais recente, novas interpretações nas quais os crimes são vistos como interpretação histórica, devem ser avaliados internamente de acordo com a dinâmica das relações sociais. Na dinâmica social imperial, temas como crime e resistência não se dissociam, ao contrário, junto a outras manifestações socioculturais os crimes configuram pontos de um conjunto revelador de espaços de autonomia e atuação independente dos setores sociais submetidos em diferentes realidades opressivas 19. Tais realidades, mesmo aquelas que condizem ao mesmo jugo do cativeiro, devem ser estudadas por meio de um outro nível de diferenciações existentes dentro das comunidades de senzala. Ainda que inseridas no contexto de crescente criminalidade e revolta contra o escravismo, as mulheres negras escravas, libertas ou forras possuíam forças sociais específicas atuando sobre elas e papéis que a sociedade esperava que fossem por elas desempenhados de acordo com seu sexo. Dentro da sociedade paternalista, dominadora e escravocrata brasileira, a mulher negra tinha como precedente à sua imagem representações reverberadas pelo mundo inteiro no que diz respeito à sexualização do seu corpo pelo agente colonizador. No âmbito doméstico, local que poderia ser considerado privilegiado para alguns escravos onde seriam poupados do trabalho sob o sol nas lavouras, a alimentação de mais qualidade, melhor vestuário e moradia, a preferência dos proprietários era por cativos nascidos no Brasil e, ainda, por mulheres, como mostra o estudo de Sandra Lauderdale Graham, Proteção e Obediência 20, retratado no Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX, cujo foco foi reconstruir aspectos do cotidiano de escravas e livres que atuavam como criadas domésticas, com a intenção de entender como acontecia a relação entre patrões e criadas. Porém, por outro lado, a escrava doméstica ficava submetida a grande proximidade com o proprietário e sua família, o que significava ser sempre observada por seus olhos vigilantes, durante uma constante rotina de trabalho e sujeita a cada de um de seus caprichos. Sendo assim, em artigo publicado pela revista Afro-Ásia, Maria Helena Machado analisa o 19 WISSENBACH, 1998, p GRAHAM, Sandra Lauderdale. Proteção e obediência: criadas e seus patrões no Rio de Janeiro ( ). São Paulo: Ed Schwarcz, Sobre a mulher negra escrava, liberta ou forra, Maria Odila Leite da Silva Dias reconstrói o cenário da segunda metade do século XIX em São Paulo para mostrar os caminhos seguidos por mulheres das classes oprimidas, ver: DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e poder em São Paulo no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1984.

8 7 caso de Benedicta Maria Albina da Ilha, mulher negra liberta, mas capturada em comboio para ser vendida como escrava novamente, pelo nome de Ovídia. Machado faz a seguinte afirmação: o espaço de manobra das cativas necessariamente se reportava as relações no âmbito privado do serviço doméstico, sempre entendido como uma troca de favores e de cuidados amorosamente realizados, e nunca como trabalho. Assim, para livres, libertas ou cativas, os caminhos da autonomia estavam marcados por restrições de gênero, que determinavam o ambiente doméstico como quase o único espaço de sobrevivência para as mulheres pobres, fossem elas livres ou não. (MACHADO, 2010: 168) Fora do âmbito doméstico, como mulher liberta, Benedicta ou Ovídia foi alvo de diversas interpretações acerca de sua imagem discriminada no auto de denúncia a ela atribuído, sua identidade é constantemente reafirmada por ela própria, mas questionada ora pelo senhor, ora pelos órgãos técnicos estatais que começavam a emergir nos anos finais da escravidão como o novo espaço de autoridade e controle 21. Referência bibliográfica 21 Sobre o caráter de ferocidade atribuído ao negro, ver BERTIN, Enidelce. Quando ser possuída da liberdade tornava Maria uma preta de caráter feroz. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História ANPUH. São Paulo, julho 2011; AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. Onda negra, medo branco: o negro no imaginário das elites, século XIX. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

9 8 ALVES, Maíra Chinelatto. Cativeiros em conflito: crimes e comunidades escravas em Campinas ( ). São Paulo: USP, 2015 (Tese de Doutorado em História). AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. Onda negra, medo branco: o negro no imaginário das elites, século XIX. Rio de Janeiro: Paz e Terra, BERTIN, Enidelce. Quando ser possuída da liberdade tornava Maria uma preta de caráter feroz. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História ANPUH. São Paulo, julho CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo: Companhia das letras, DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e poder em São Paulo no século XIX. São Paulo: Brasiliense, FERREIRA, Ricardo Alexandre. Senhores de poucos escravos :cativeiro e criminalidade num ambiente rural São Paulo: Ed. da UNESP, 2005 FLORENTINO, Manolo. Em costas negras: uma história do tráfico atlântico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro, século XVIII e XIX. São Paulo: Companhia das Letras, FRANCO, Maria Sylvia de Carvalho. Homens livres na ordem escravocrata. São Paulo: Editora da UNESP, GRAHAM, Sandra Lauderdale. Proteção e obediência: criadas e seus patrões no Rio de Janeiro ( ). São Paulo: Ed Schwarcz, GRAHAM, Sandra Lauderdale. Caetana diz não: história de mulheres da sociedade escravista brasileira. São Paulo: Companhia das letras, MACHADO, Maria Helena P. T.. Corpo, gênero e identidade no limiar da abolição, in Afro-Ásia, v. 42, MACHADO, Maria Helena P. T. Crime e escravidão: trabalho, luta e resistência nas lavouras paulistas ( ). São Paulo: Brasiliense, 1987.

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