Entre a escravidão e a liberdade: famílias mistas no Paraná na segunda metade do século XIX

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1 Entre a escravidão e a liberdade: famílias mistas no Paraná na segunda metade do século XIX Maria Rosangela dos Santos * Resumo: Durante a segunda metade do século XIX a população do Paraná era composta majoritariamente por livres, e dentre estes uma parcela significativa era de negros e pardos. A população escrava, relativamente pouco numerosa se comparada com a de regiões agroexportadoras, sofreu gradual redução ao longo do período abordado devido ao tráfico interprovincial. As localidades aqui estudadas, Curitiba e Palmeira, não diferem do restante do Paraná no tocante à composição da população. Buscando entender as relações que se davam entre livres e escravos na sociedade paranaense na segunda metade do século XIX, esta comunicação explora as possibilidades desta interação a partir da abordagem de famílias mistas, consideradas como aquelas compostas por livres e escravos. A recente historiografia da escravidão brasileira vem apontando a família como elemento importante para a diferenciação e inserção dos escravos, tratar deste tema permite nos aproximarmos da dinâmica social daquelas localidades e dos elementos que estavam em jogo nas relações entre os grupos sociais abordados. Para o estudo proposto, utilizaremos como fonte Listas de Classificação de para o Fundo de Emancipação de Curitiba e Palmeira, todas produzidas em meados da década de 1870, nas quais podemos encontrar menções à composição da família dos escravos listados. Num primeiro momento faremos uma análise quantitativa destas famílias, atentando para a recorrência dos elementos que as caracterizavam. Posteriormente, partiremos para uma análise qualitativa buscando observar como este arranjo familiar estava presente no cotidiano. Para isso, utilizaremos como fonte um processo criminal de Curitiba de Trata-se de um homicídio praticado por um escravo, filho de uma liberta, do qual foi vítima uma escrava, ambos pertenciam ao mesmo senhor, o qual também tinha um agregado português, que supostamente mantinha uma relação afetiva com a vítima, o que teria motivado o crime. A partir deste processo abordaremos temas que permeavam a existência da família mista e da * Mestranda do Programa de Pós-Graduação em História Universidade Federal do Paraná. O presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Brasil. 1

2 escravidão, como a mestiçagem e as tensões derivadas das relações entre livres e escravos. Este texto deriva de um trabalho de dissertação ainda em elaboração que tem como tema central as relações tecidas entre livres e escravos na sociedade paranaense da segunda metade do século XIX. Uma forma de acessar parte deste universo, é adentrar o terreno das formações familiares, incluindo aqui não somente o parentesco consangüíneo, como também o parentesco advindo dos laços espirituais. Para este trabalho focamos as formações familiares derivadas dos laços consangüíneos, especificamente as famílias mistas, aquelas que tinham em sua composição pelo menos um membro descrito como livre, liberto ou ingênuo nas fontes consultadas. Utilizamos como fontes Listas de Classificação para Emancipação de Curitiba e Palmeira, a primeira produzida em 1875, e a segunda em 1873, para atender às determinações da Lei 2.040, de 28 de setembro de 1871, conhecida como a Lei do Ventre Livre, além de um processo crime de Curitiba, datado de Aquela lei além de libertar o ventre escravo, determinou a criação do Fundo de Emancipação, destinado a libertar escravos anualmente de acordo com os recursos disponíveis para este fim em cada Província do Império. As listas aqui utilizadas derivaram da existência de prioridades para a libertação dos escravos pelo Fundo, logo se fazia necessário uma classificação destes, que devia ser realizada para cada município do Império. Seguindo as prioridades, em primeiro lugar estavam as famílias, depois os indivíduos. Além disso, havia uma seqüência para libertar os membros destes dois grupos. Para as famílias, os cônjuges com filhos livres pela lei 1 e menores de 8 anos, e os com filhos livres menores de 21 anos, estavam no topo da lista de prioridades, atrás somente dos cônjuges escravos de diferentes senhores, e seguidos pelas famílias escravas. Para os indivíduos, a prioridade era dada aos pais ou mães de filhos livres, seguidos pelos escravos de 12 a 50 anos (GRAF, 1974). As listas de classificação, apesar das orientações comuns que regiam sua elaboração, não possuem o mesmo conteúdo. Na lista de Curitiba consta número da matrícula do escravo, nome, idade, cor, estado, profissão, aptidão para o trabalho, moralidade, pessoa da família, naturalidade, nome do senhor e observações. Na lista de 1 Filhos de mães escravas nascidos após a Lei 2.040, de 28 de setembro de 1871, que dentre suas determinações libertou o ventre escravo, eram também denominados ingênuos. 2

3 Palmeira, além destes, consta ainda o valor do escravo. O campo destinado à pessoa da família possui informações diferentes nas duas listas, para Curitiba, neste campo encontramos informações sobre a quantidade de pessoas, o parentesco - pai, mãe, filho, irmãos, cônjuges - e a condição - escravo, livre, liberto, alforriado, ingênuo; para Palmeira neste campo consta somente a quantidade, o parentesco e a condição são colocados no campo das observações. Em nenhuma das duas listas há nome de pessoas da família nestes campos. Há que se ressaltar que devido aos critérios de elaboração, as listas não contêm toda a população escrava dos municípios. Para Curitiba, Eduardo S. Pena observou que as lacunas referem-se provavelmente aos escravos de 0 a 11 anos e aos maiores de 50 (PENA, 1990). Afirmação que também deve se estender à Lista de Palmeira, principalmente no que se refere aos idosos, pois entre 0 e 11 anos as referências são mais numerosas. No entanto, mesmo em sua incompletude, este tipo de fonte, ao privilegiar as famílias e indivíduos com laços de parentesco, nos permite aproximarmos do universo das famílias mistas. Quanto à outra fonte utilizada, os autos de um processo-crime, seu conteúdo trata de um homicídio, no qual um escravo é acusado de matar uma escrava, ambos pertenciam ao mesmo senhor. O episódio ocorre no lugar denominado Capivary da Graciosa, no quarteirão da Borda do Campo, região de Curitiba, em 25 de março de No entanto, não é o crime em si que nos interessa, mas os indivíduos nele envolvidos e que figuram nos autos, pois por meio das várias falas do processo temos referência a questões que perpassam o universo das relações sociais, e dos arranjos familiares. A existência de laços de solidariedade entre os cativos e de famílias estáveis têm sido exploradas pela recente historiografia sobre a escravidão no Brasil. Nestes estudos a família é abordada a partir dos significados que poderia ter para os senhores e para os escravos. Para os primeiros poderia representar um maior controle sobre os escravos, diminuindo o potencial de conflitos entre estes, no limite, a paz das senzalas (FLORENTINO & GÓES, 1997). Para os escravos poderia constituir uma alternativa ao desenraizamento característico da sua condição, aproximando-os do mundo dos livres, de uma experiência de liberdade, significando um certo grau de autonomia dentro do cativeiro materializado por exemplo no acesso a terras para o cultivo para si, ou à moradia em separado (MATTOS, 1998). 3

4 Para a família mista contamos principalmente com o estudo de Eliana Rea Goldschmidt sobre casamentos mistos em São Paulo colonial. A autora pretende perceber os interesses que estavam em jogo na realização de uniões entre indivíduos de situação jurídica desigual. Analisando as exigências que deveriam ser cumpridas pelos escravos e a participação dos senhores no decorrer dos processos de Dispensa matrimonial e casamento, bem como as obrigações dos cônjuges livres após a efetivação do matrimônio, vai concluir que havia uma coerência entre os princípios matrimoniais e a ordem escravocrata. Esta coerência residiria no fato de que o senhor além de controlar o acesso dos escravos ao casamento formal, na medida em que deveria dar seu consentimento, ser o responsável por fornecer a documentação necessária e, na maioria das vezes, arcar com os custos do processo, o casamento misto ainda poderia lhe render outras vantagens, a principal delas derivando do fato de que o contraente livre devia se comprometer a acompanhar o escravo, o que trazia para a órbita de influência do senhor outros indivíduos, que poderiam se converter em força de trabalho adicional (GOLDSCHMIDT, 2004). De um modo geral, no século XIX o Paraná era uma região de agricultura de subsistência e voltada para o abastecimento do mercado interno, sendo a maioria da população formada por lavradores pobres, com presença significativa de pardos, e a escravidão caracterizada pela reduzida população cativa e predominância de pequenos plantéis. Curitiba na segunda metade do século XIX era capital da recém criada Província do Paraná, antiga comarca da Província de São Paulo, podendo ser considerada seu centro urbano (MACHADO, 2008). A região de Palmeira, ocupada a partir da passagem de tropas pelo Caminho do Viamão, serviu de invernada para o gado que seria comercializado em Sorocaba até meados do XIX, quando a atividade começou a declinar (BALHANA, MACHADO, WESTPHALEN, 1969), era integrada a Curitiba, sendo elevada à categoria de município na década de Distante cerca de 100 km da área central, Palmeira seria em meados do oitocentos região de fronteira agrária em expansão, e assim como Campo Largo, provavelmente de incorporação de não brancos livres. (LIMA, 2008). Adentrando o universo das relações familiares entre livres e escravos nas localidades em questão, em Curitiba do total dos escravos classificados, por volta de 40% tinham pessoas da família mencionadas, e 16% integravam famílias mistas, 4

5 conforme podemos verificar a partir dos dados da tabela 1. Tabela 1 - Distribuição porcentual dos escravos com laços familiares por faixa de tamanho de escravaria Curitiba (1875) Faixa de tamanho de escravaria com laços familiares membros de famílias mistas membros de famílias escravas com laço familiar não identificado 1 a 2 38,7 20,6 17,3 0,7 3 a 4 43,6 16,9 25,6 1,7 5 a 9 49,5 11,2 38,3-10 ou + 16,7-16,7 - Total 41,8 15,9 25,3 0,6 Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista de classificação dos escravos da Capital Sendo assim, há uma predominância da família escrava nos plantéis, da qual participava um quarto dos escravos. No entanto a presença da família mista não é desprezível. Olhando para ela a partir das faixas de tamanho de escravaria percebemos que se concentrava na faixa de 1 a 2 escravos, apesar desta não ser a que mais concentrava escravos com laços familiares, com um quinto do total dos escravos sendo membros de famílias mistas, e mais da metade dos escravos com laços familiares. Separando as famílias mistas desta faixa em duas categorias, uma formada por escravos, livres e libertos, e outra por escravos e ingênuos, conforme a tabela 2, há uma leve superioridade porcentual das famílias mistas da segunda categoria, na qual mulheres solteiras com filhos ingênuos é a formação da totalidade destas. Para as famílias mistas da primeira categoria 2, temos a predominância de mulheres solteiras com filhos livres. No entanto há também homens e mulheres casados, que são apenas 11% menos que os solteiros no geral. Dentre estes, as mulheres são dois terços e os homens um. Tabelas 2 Famílias mistas por categoria, segundo sexo e estado civil Curitiba 2 Aqui inserimos a família de uma escrava com 1 filho ingênuo e 3 livres. 5

6 (1875) - escravarias 1 2 escravos Categoria 1* Mulheres Homens Total Solteiros 40,8 14,8 55,6 Casados 29,6 14,8 44,4 Categoria 2** Solteiros Casados * formada por escravos, livres e libertos. **formada por escravos e ingênuos. Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista de classificação dos escravos da Capital Quanto à cor dos escravos pertencentes à famílias mistas das escravarias com 1 ou 2 escravos, temos mais de três quartos de pardos entre os escravos com familiares livres ou libertos, e mais de um terço para os com parentes ingênuos, categoria na qual os pretos são pouco mais que a metade. (tabela 3). Comparada com o total dos escravos pertencentes a famílias mistas, esta faixa de tamanho de escravaria acompanha a média geral quanto à presença de pardos e pretos (tabela 4). Tabela 3 - Cor dos escravos por categoria de família mista Curitiba (1875) (escravarias de 1 a 2 escravos) Cor Categoria 1* Categoria 2* Parda 77,8 40 Preta 22,2 51,8 Fula - 6,8 Branca - 3,4 Total * formada por escravos, livres e libertos. **formada por escravos e ingênuos. Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista de classificação dos escravos da Capital Tabela 4 - Cor dos escravos membros de famílias mistas por tamanho de 6

7 escravaria Curitiba (1875) Cor Escravaria 1 a 2 Todas as escravarias Parda 57,2 51,1 Preta 37,6 39,3 Fula 3,4 8,5 Branca 1,7 1,1 Total Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista de classificação dos escravos da Capital Observando a família escrava nesta mesma faixa (tabela 5) e comparando com a mista, percebemos existir uma leve superioridade na concentração de pardos nas famílias escravas em relação às mistas, o que difere da média do total das escravarias com membros de famílias escravas, na qual os pretos são mais numerosos. Percebemos então, um predomínio de pardos entre os escravos com laços familiares, tanto mistos quanto escravos. Tabela 5 - Cor dos escravos membros de famílias escravas por tamanho de escravaria Curitiba (1875) Cor Escravaria 1 a 2 Todas as escravarias Parda 59,6 42,6 Preta 36,2 49,1 Fula 2,1 6,5 Branca 2,1 1,8 Total Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista de classificação dos escravos da Capital Voltando à tabela 1, podemos perceber uma tendência na dinâmica das famílias à medida que as escravarias aumentam. Verifica-se um aumento na porcentagem de escravos com laços familiares, seguido de um aumento de escravos membros de famílias escravas e uma diminuição dos escravos membros de famílias mistas. A última faixa aparentemente não acompanha este movimento devido à queda brusca nos números. No entanto, isso se explica pelo fato daquela representar somente 5% do total dos escravos listados, conforme dados da tabela 6. Tabela 6 - Distribuição porcentual dos escravos por faixa de tamanho de 7

8 escravaria Curitiba (1875) Faixa de tamanho de escravaria Distribuição dos escravos 1 a 2 40,6 3 a 4 25,8 5 a 9 28,2 10 ou + 5,4 Total 100 Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista de classificação dos escravos da Capital Sendo assim, observando que todos os escravos desta faixa que possuem laços familiares os têm com escravos, podemos afirmar que, guardadas as proporções, a faixa não vai contra a tendência. A presença da família escrava nas maiores escravarias tem sido constatada por diversos estudos, Renato Leite Marcondes e José Flávio Motta ao estudarem a família escrava em Lorena e Cruzeiro em 1874, baseados em documentação semelhante, observaram que quanto maior o tamanho dos plantéis, maior o estabelecimento de relações familiares pelos escravos (MARCONDES & MOTTA, 2000). Em Palmeira, a expressiva presença de escravos entre 0 e 11 anos na Lista, aumentou consideravelmente as porcentagens das famílias mistas e escravas em relação à Curitiba 3. Por este motivo, para fins de comparação, uma vez que na Lista de Curitiba não há escravos menores de 12 anos classificados, optou-se por retirá-los da análise. A localidade, apesar de concentrar nas maiores escravarias os escravos com laços 3 Distribuição porcentual dos escravos com laços familiares por faixa de tamanho de escravaria Palmeira Faixa de tamanho de escravaria com laços familiares membros de famílias mistas membros de famílias com laço familiar não identificado escravas 1 a 2 30,8 15,0 15,8-3 a 4 60,5 19,8 40,7-5 a 9 69,5 41,7 27,2 0,6 10 ou + 57,7 29,4 27,1 1,2 Total 54,5 27,7 26,4 0,4 Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista dos escravos a serem libertados pelo fundo de emancipação. Palmeira, Conforme os dados da tabela acima, que leva em conta todos os escravos listados, temos que do total dos escravos mais da metade possui familiares mencionados na Lista e mais de um quarto pertence a famílias mistas. Logo, percebemos um equilíbrio entre a presença da família mista e escrava. A faixa de tamanho de escravaria na qual estão concentrados os escravos com laços familiares, assim como em Curitiba, é a de 5 a 9 escravos, no entanto ao contrário do observado para aquele município, é nesta faixa que se concentra a maior porcentagem de escravos pertencentes a famílias mistas, e não a escravas. 8

9 familiares, guarda significativas diferenças em relação à Curitiba. Tabela 7 - Distribuição porcentual dos escravos acima de 11 anos com laços familiares por faixa de tamanho de escravaria Palmeira (1873) Faixa de tamanho de escravaria com laços familiares membros de famílias mistas membros de famílias escravas com laço familiar não identificado 1 a 2 24,2 12,5 11,7 3 a 4 46,9 9,4 37,5 5 a ,5 20, ou + 47,8 21,8 24,6 1,4 Total 40,4 18,8 21,1 0,6 Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista dos escravos a serem libertados pelo fundo de emancipação. Palmeira, Da leitura dos dados da tabela 7, notamos que à medida que as escravarias aumentam, aumenta a porcentagem de escravos com laços familiares. Este aumento é seguido pelo aumento oscilante da porcentagem dos escravos membros de famílias mistas, atingindo seu ápice na faixa de 5 a 9 escravos, seguido de uma queda, aproximando-se de um equilíbrio entre os dois tipos de laços familiares, com livres e escravos. A tabela 8, referente à distribuição dos escravos por faixa de tamanho de escravaria, demonstra a diminuição da porcentagem de escravos na última faixa, o que pode ter influenciado a redução de membros de famílias. Tabela 8 Distribuição porcentual dos escravos maiores de 11 anos por faixa de tamanho de escravaria Palmeira (1873) Faixa de tamanho de escravaria Distribuição dos escravos 1 a 2 34,2 3 a 4 18,2 5 a ou + 19,6 Total 100 Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista dos escravos a serem libertados pelo fundo de emancipação. Palmeira, Percebemos então a predominância de escravos com familiares livres nas maiores escravarias, o que também se verificou quando incluídos os escravos menores de 11 anos. Logo, em Palmeira, apesar da proximidade com as porcentagens de Curitiba 9

10 quanto aos escravos com laços familiares e aos escravos membros de famílias mistas, a concentração destes está nas maiores escravarias, ao contrário daquele município. Observando as famílias mistas na faixa onde é mais numerosa e dividindo-as em duas categorias, verificamos que mais de um terço (38%) dos escravos pertencem à categoria 1, formada por escravos com laços familiares com libertos e alforriados 4, e o restante (62%) à categoria 2, composta por aqueles com ingênuos na família. Assim como em Curitiba há o predomínio numérico da família mista formada por mulheres solteiras com seus filhos ingênuos. No entanto porcentualmente, as famílias formadas por escravas solteiras com filhos libertos ou alforriados aproximam-se às compostas por escravas solteiras com filhos ingênuos, por volta de 80%, conforme a tabela 9. Tabelas 9 Famílias mistas por categoria, segundo sexo e estado civil Palmeira (1875) - escravarias 5 a 9 escravos Categoria 1* Mulheres Homens Total Solteiros 81,8-81,8 Casados 18,2-18,2 Categoria 2** Solteiros Casados * formada por escravos, libertos e alforriados. **formada por escravos e ingênuos. Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista dos escravos a serem libertados pelo fundo de emancipação. Palmeira, Atentando para a cor dos escravos que integravam estas famílias, temos em ambas as categorias dois terços de escravos pardos (tabela 10). Tabela 10 - Cor dos escravos por categoria de família mista Palmeira 4 Para os escravos desta faixa de tamanho de escravaria, assim como para a maioria dos outros, não há na Lista menção à laços de parentesco com livres, esta condição é sempre explicada, constando os termos livre pela lei, liberto ou alforriado, sendo assim, na divisão das categorias optamos por seguir a denominação dada pela fonte. 10

11 (1873) - escravarias de 5 a 9 escravos Cor Categoria 1* Categoria 2* Parda 66,7 65 Preta 33,3 35 Total * formada por escravos, libertos e alforriados. **formada por escravos e ingênuos. Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista dos escravos a serem libertados pelo fundo de emancipação. Palmeira, Comparando estes dados com a cor do total dos escravos de famílias mistas, a faixa em questão encontra-se acima da média (tabela 11). Tabela 11 - Cor dos escravos membros de famílias mistas por tamanho de escravaria Palmeira (1873) Cor Escravaria 5 a 9 Todas as escravarias Parda 65,5 56,9 Preta 34,5 43,1 Total Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista dos escravos a serem libertados pelo fundo de emancipação. Palmeira, Para os escravos membros de famílias escravas também nesta faixa, comparados com a média geral, predominavam os classificados como pretos, e a faixa acompanha a média geral (tabela 12). Tabela 12 - Cor dos escravos membros de famílias escravas por tamanho de escravaria Palmeira (1873) Cor Escravaria 5 a 9 Todas as escravarias Parda Preta Total Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista dos escravos a serem libertados pelo fundo de emancipação. Palmeira, Constatamos a predominância de pardos membros de famílias mistas e de pretos de famílias escravas, para Palmeira, na faixa de tamanho de escravarias onde os escravos com laços com livres são mais numerosos, e a maioria de pardos em Curitiba 11

12 tanto para os escravos pertencentes a famílias mistas quanto escravas na faixa de tamanho de escravaria em que são mais numerosos os com vínculos com livres. Pensando na população livre das duas localidades segundo dados do Recenseamento Geral do Brasil de 1872, a população livre parda em Palmeira era pouco menos de um terço da população total, e em Curitiba pouco menos de um quarto. A população preta livre em ambas chegava a um vigésimo do total. Logo, em Palmeira onde havia mais livres pardos, a família mista também era majoritariamente parda. E também em Curitiba, com menos pardos na população livre não só a família mista era majoritariamente parda, como a escrava também o era na faixa de tamanho de escravaria onde se concentravam os escravos com familiares livres. Do exposto, fica a impressão de que os escravos pardos eram privilegiados no acesso à formação de famílias com livres em Palmeira, e com livres e escravos em Curitiba, apesar de constituírem pouco menos que a maioria dos escravos em Curitiba, e de serem em Palmeira apenas 2% mais numerosos que os pretos (tabela 13). Tabela 13 Cor dos escravos de Curitiba (1875) e Palmeira (1873) Cor Curitiba Palmeira** Parda 43,6 51,3 Preta 48,1 48,7 Outras* 8 - Não consta 0,3 - Total *branca, clara, fula, mulata. ** escravos acima de 11 anos. Fonte: Arquivo Público do Paraná. Lista de classificação dos escravos da Capital. 1875; Lista dos escravos a serem libertados pelo fundo de emancipação. Palmeira, Para Palmeira, a significativa presença de livres de cor, aliada à participação dos escravos pardos na população cativa, inseridos em um contexto marcadamente rural, poderiam ser elementos a influenciar a existência da família mista parda na localidade nas maiores escravarias. Para Curitiba, o acesso privilegiado dos escravos pardos à laços familiares fica ainda mais evidente quando constatamos que estes não são maioria entre os cativos, e que os pardos têm participação reduzida entre os livres. A concentração nas menores escravarias talvez possa ser explicada devido ao caráter urbano do município, que fazia destas a maioria das escravarias. 12

13 Analisando a outra fonte anunciada no início deste texto, o processo criminal de 1874, voltando-nos para os escravos mencionados, Miguel, o acusado e condenado, Clara, a vítima, e Ignácio, seu filho, temos a partir do depoimento de Miguel, a informação de que era filho de liberta, e do depoimento das testemunhas que Clara era mãe de Ignácio. Temos então, no mesmo plantel, escravos pertencentes à família mista e escrava. Quanto aos livres, além da família nuclear do senhor, sua esposa e filho, aparece ainda um agregado, que em seu depoimento afirmava ter entre 23 e 24 anos, ser natural de Portugal e solteiro. A intenção frustrada de Miguel de união com Clara, devido ao envolvimento da escrava com um livre, o agregado português José Coelho, dada como motivo do crime pode conter outros significados. Esta situação poderia significar para ele o fim da possibilidade de estabelecer laços familiares que significavam certo grau de autonomia dentro da condição escrava, e uma aproximação com a experiência de liberdade. Por outro lado, a suposta relação consensual entre Clara e José Coelho nos aponta para algo que pode ser uma característica importante daquela sociedade, a incorporação de dependentes para reforçar o poder senhorial em uma região caracterizada por pequena parcela de escravos na população. Cacilda Machado notou este arranjo para a primeira metade do século XIX, também entre pequenos senhores, na região de São José dos Pinhais (MACHADO, 2008). Além disso, o fato de ser português e estar agregado podem indicar estratégia de incorporação, talvez de um recém-chegado devido sua idade, à comunidade. Neste caso a agregação podia ser uma primeira forma de enraizamento, um caminho para a condição de proprietário, com família e moradia próprias, e o envolvimento com uma escrava poderia ajudar a compor esta estratégia. Ao mesmo tempo, estaria promovendo a mestiçagem, um dos elementos característico da interação entre livres e escravos. Cacilda Machado e Manolo Florentino em estudo sobre migração portuguesa, mestiçagem e alforria no Rio de Janeiro imperial, afirmam que chegaram ao Brasil após a independência mais de 2 milhões de portugueses. Partindo dos registros de Batismos de Inhaúma, os autores trazem à tona, o padrão de comportamento dos portugueses no Brasil, afirmando que este contribuiu para a estruturação e a dinâmica de nossa miscigenação, pois muitas vezes pela falta de esposas descendentes de portugueses ou mesmo portuguesas, que estavam dentre as preferidas, os lusitanos, principalmente os menos abastados que não conseguiam manter contatos estreitos com a família de além- 13

14 mar, acabaram por se relacionar com mulheres de cor, escravas e forras. Tratava-se da mestiçagem em sua expressão mais contundente, pois, prisioneira de suas próprias idiossincrasias. Por isto mesmo as mulheres forras e os homens portugueses acabavam por transformar-se em meios de circulação e amálgama de práticas, de símbolos e de valores verdadeiramente brasileiros. (FLORENTINO, M. & MACHADO, C., 2005). Clara, não era forra, e sim escrava, o peso da relação com José Coelho, poderia significar para este pertencimento, e para Clara proximidade com uma experiência de liberdade. Clara é denominada na fonte como mulata ou parda, e seu filho como crioulinho. Miguel, figura como negro. Estas formas de denominação podem ir além da expressão da cor do indivíduo. Negro no caso de Miguel pode conter a intenção de afastá-lo ao máximo da comunidade cativa ou da interação com os livres, pois sua condição a todo momento é reiterada no processo pela fala dos depoentes e informantes, além disso não há menção à sua família por parte das testemunhas, e considerando que nasceu na região, esta ausência nos parece mais intencional do que devida à falta de conhecimento. Clara, ao ser denominada às vezes de parda, outras de mulata, nos faz supor que além da cor, esta pode ser uma menção à sua origem mestiça, e também à sua relativa proximidade com seus senhores e demais livres que a ela se referiram no processo. Seu filho cujo nome Ignácio, sempre vem precedido do adjetivo crioulinho, é certamente um escravo nascido no Brasil, talvez até naquela propriedade onde se deu o homicídio, e pela forma como é tratado faz-nos supor, assim como para sua mãe, certa proximidade deste com a família do senhor e os livres com os quais convivia. As relações que se descortinam no desenrolar do processo, nos indicam possibilidades de arranjos entre livres e escravos, não acessíveis através dos dados quantitativos das listas de Classificação acima abordadas. Os dados, de extrema importância, nos indicam tendências que derivavam de escolhas possíveis que se apresentavam aos cativos, influenciadas pelo contexto no qual viviam, marcado pelo fim do tráfico atlântico, pelo recrudescimento do tráfico interprovincial, pela maior intervenção do Estado na relação senhor escravo via legislação, pela migração, mas também informadas pelas expectativas destes agentes com relação à família e à liberdade. 14

15 Fontes: Arquivo Público do Paraná. Lista de classificação dos escravos da Capital AP 0471, vol. 16. Arquivo Público do Paraná. Lista dos escravos a serem libertados pelo fundo de emancipação. Palmeira AP 0423, vol. 25. Arquivo Público do Paraná. Translado da apellação crime em que é apellante o Juiz o Doutor Juiz de Direito da Comarca e apellado o réo Miguel, escravo de Joaquim Alves dos Santos. Curitiba P3045.PI (65 fls). IBGE. Recenseamento Geral do Brazil em Disponível em: ulo=recenseamento%20geral%20do%20brasil%201872%20- %20Imp%C3%A9rio%20do%20Brazil&link=Imperio%20do%20Brazil#. Referências: BALHANA, Altiva P.; MACHADO, Brasil P.; WESTPHALEN, Cecília M. História do Paraná. Vol. 1. Curitiba: Grafipar, GOLDSCHMIDT, Eliana R. Casamentos mistos - liberdade e escravidão em São Paulo Colonial. São Paulo: Annablume; Fapesp, GRAF, Márcia E. de Campos. População escrava da Província do Paraná a partir das listas de classificação para emancipação Curitiba. Universidade Federal do Paraná Dissertação de mestrado. FLORENTINO, Manolo & GÓES, José Roberto. A paz das senzalas: famílias escravas e tráfico atlântico, Rio de Janeiro, c c Rio de Janeiro: Civilização Brasileira., FLORENTINO, Manolo & MACHADO, Cacilda. Migrantes portugueses, mestiçagem e alforrias no Rio de Janeiro imperial. In: FLORENTINO, M. (org.) Tráfico, cativeiro e liberdade (Rio de Janeiro, séculos XVII XIX). Rio de janeiro: civilização Brasileira, LIMA, Carlos A. M. Tráfico de escravos, carreiras de padrinhos livres e escravos: registros de batismo ( ) Disponível em: MACHADO, Cacilda. A Trama das Vontades. Negros, pardos e brancos na produção da hierarquia social do Brasil escravista. Rio de Janeiro: Apicuri, MARCONDES, Renato L. & MOTTA, José F. A família escrava em Lorena e Cruzeiro (1874) Disponível em: MATTOS, Hebe Maria. Das cores do silêncio: os significados da liberdade no Sudeste escravista, Brasil Século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

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