A Cafeicultura em Minas Gerais: Uma Análise da Lista Nominativa de 1831 e do Censo de 1872 (Juiz de Fora e Mar de Espanha) Thiago Firmino de Souza *

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1 A Cafeicultura em Minas Gerais: Uma Análise da Lista Nominativa de 1831 e do Censo de 1872 (Juiz de Fora e Mar de Espanha) Thiago Firmino de Souza * Introdução Este trabalho é um desdobramento da minha pesquisa de mestrado, ainda em andamento, acerca da formação e consolidação do sistema agrário cafeicultor em Mar de Espanha ( ). É um estudo ainda em fase muito inicial e neste momento nos deteremos principalmente em duas fontes que trazem dados quantitativos em relação à população: A Lista Nominativa de e o Censo de Essa documentação abarca dois importantes períodos do desenvolvimento econômico da Zona da Mata Mineira: um é a década de 1830, momento de existência de uma economia mercantil de subsistência; o outro é a década de 70, quando um complexo sistema agroexportador já está consolidado na Zona da Mata (OLIVEIRA, 2005). De certa forma, essas fontes se referem ao marco inicial e final da pesquisa que estamos desenvolvendo, residindo aí sua importância. Nosso objetivo aqui é, portanto, apresentar alguns dados demográficos desses dois distintos e importantes momentos da formação da cafeicultura em Mar de Espanha. Para melhor analisar esses dados, uma comparação com as mesmas informações para a localidade de Juiz de Fora se torna bastante interessante. Dois importantes pólos da Zona da Mata Mineira: Juiz de Fora e Mar de Espanha A ocupação da Zona da Mata Mineira remonta a segunda década do século XIX, quando principalmente proprietários de outras regiões de Minas Gerais ligadas principalmente a produção para o mercado interno migraram para essa região, onde viriam a estabelecer a cafeicultura de base escravista (CARRARA, 1999; OLIVEIRA, 2005; GUIMARÃES, 2007). Ao estudar a ocupação dessa região, Ângelo Carrara aponta que há significativas diferenças regionais na Mata Mineira. Dessa forma, ele trabalha com a existência de três sub-regiões: Zona da Mata Norte, Central e Sul. Juiz de Fora, Mar de * Mestrando em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora (bolsista CAPES). 1 Transcritas e disponibilizadas pelo CEDEPLAR em 2 Disponibilizado pelo IBGE em sua página.

2 2 Espanha e outros importantes municípios cafeicultores do século XIX e início do século XX se encontram na Zona da Mata Sul. É bem verdade que já no início do século XVIII a atual região do município de Juiz de Fora vinha sendo ocupada em razão da abertura do Caminho Novo (OLIVEIRA, 2005). Contudo, como nos mostra Carrara, essa ocupação destinara-se à produção de mantimentos para os passageiros que transitavam entre as minas e o Rio de Janeiro. Propriedades destinadas a produção de café em Juiz de Fora só aparecem no primeiro quartel do século XIX. Uma boa parte dos proprietários que receberam sesmarias e ocuparam essa região provinha de São João Del Rei, Barbacena e Campo das Vertentes. A ocupação de Mar de Espanha, por sua vez, se dá a partir de 1817 por meio de sesmarias. Já nos anos 40 essa região possuía fazendas de café consolidadas em enormes unidades de produção voltadas para a exportação. Os irmãos Custódio Leite Ribeiro futuro Barão de Aiuruoca e Francisco Leite Ribeiro, oriundos de São João Del Rei, merecem destaque nesse processo (CARRARA, 1999). George Gardner, viajante que passou pela Zona da Mata, visitou as fazendas desses irmãos em 1841 e afirmou que eles produziam mais de vinte mil arrobas de café, além de queijo, açúcar e aguardente (GARDNER, 1849). O inventário dos bens de Francisco Leite Ribeiro 3 mostra o tamanho de sua propriedade: 228 escravos e mais de mil contos de réis em seu monte líquido. Segundo Carrara, essa era uma das maiores fortunas da província, senão a maior. Enquanto existem diversas pesquisas que se debruçaram sobre Juiz de Fora, estudando a formação, a consolidação, o auge e a crise de seu sistema agrário cafeicultor, outras localidades da Zona da Mata Mineira permanecem ainda pouco visitadas por historiadores. Contudo, como nos mostrou Carrara, esses dois municípios aparentemente remontam a um mesmo movimento de ocupação. Dessa forma, acreditamos ser pertinente a um estudo inicial da cafeicultura em Mar de Espanha a comparação com o que aconteceu em Juiz de Fora, município vizinho e já bastante estudado. Assim sendo, pretendemos nesse trabalho comparar as informações que encontramos na Lista Nominativa de 1831 e no Censo de 1872 para essas duas regiões. 3 O maior proprietário da Lista Nominativa de 1831.

3 3 A Lista Nominativa de 1831 As Listas Nominativas se constituem em uma importante fonte para o estudo em questão. São censos demográficos e socioeconômicos do período proto-estatístico brasileiro, entre meados dos séculos XVIII e XIX (PAIVA; RODARTE; GODOY, 2010). Nelas, é possível visualizarmos os proprietários da região, sua família, agregados e escravaria. Encontramos informações também sobre a idade, o estado civil e a ocupação dessas pessoas. Essa documentação é bem mais abrangente que os inventários, que tratam apenas da parcela mais abastada da população. O CEDEPLAR transcreveu e disponibilizou online todas as listas nominativas de Minas Gerais referentes ao ano de 1831 em uma enorme base de dados. Essa documentação trata de cerca de meio milhão de indivíduos, distribuídos em 85 mil domicílios. Estima-se que cubra de 60% a 65% da população de Minas Gerais na época (PAIVA; RODARTE; GODOY, 2010). Acessando essa documentação, encontramos as listas nominativas das regiões que irão se tornar os distritos sede dos municípios de Mar de Espanha e Juiz de Fora: Capela Nova de Nossa Senhora das Mercês do Cágado e Santo Antonio do Juiz de Fora 4. Nossa Senhora das Mercês do Cágado possuía 90 fogos em Neles residiam 1186 pessoas, das quais 461 eram livres e 725 eram escravos. Escravos esses que estavam concentrados nas mãos dos proprietários mais abastados: Os nove maiores proprietários da região possuíam juntos 408 escravos. Ou seja, 10% dos proprietários concentravam 56% de toda a escravaria da localidade. Escravaria essa constituída por 65% de africanos (471 exatamente), o que revela que já no início de sua formação, Mar de Espanha estava capitalizada o suficiente para ter acesso ao tráfico atlântico de escravos. Mais acesso inclusive do que a região que iria se tornar o principal pólo cafeicultor de Minas Gerais, Juiz de Fora. Santo Antonio do Juiz de Fora era um pouco maior que Nossa Senhora das Mercês do Cágado em 1831: possuía uma quantidade de domicílio quase 25% maior (118 no total) e uma população de 1422 habitantes, 16% a mais que Mar de Espanha. Essa população era constituída por 461 livres e 589 escravos. Dessa forma, as duas localidades possuíam uma proporção bem próxima de escravos no total da população, algo em torno de 60%. Contudo, o total de africanos em Santo Antonio do Juiz de Fora era de 473. Isso significa 57% do total de 4 Utilizamos os nomes exatamente como são colocados nas Listas Nominativas de 1831.

4 escravos, um pouco menos que o encontrado em Nossa Senhora das Mercês do Cágado, como podemos perceber no gráfico abaixo. 4 Gráfico 1: Origem dos escravos das Listas Nominativas de Santo Antonio do Juiz de Fora e Nossa Senhora das Mercês do Cágado (1831). Nossa Senhora das Mercês do Cágado Santo Antonio do Juiz de Fora 35% Africanos 43% Africanos 65% Criolos 57% Criolos Em 1831, as regiões que iriam se tornar Mar de Espanha e Juiz de Fora tinham quase o mesmo número de escravos africanos: 471 na primeira e 473 na última. Contudo, como vimos acima, Santo Antonio do Juiz de Fora era maior que Nossa Senhora das Mercês do Cágado, o que resultou nessa diferença de proporção. Talvez isso seja explicado por uma maior capacidade de recorrer ao tráfico naquele período por parte dos proprietários de Mar de Espanha. Há ainda a possibilidade de que, como Juiz de Fora tem uma povoação que remonta ao século XVIII e a abertura do Caminho Novo, como vimos acima, a reprodução natural da escravaria já ocorresse a mais tempo, aumentando a quantidade de crioulos na região. Analisando a hierarquia de posse das duas localidades chegamos também há algumas observações importantes. Podemos observar no gráfico abaixo que as regiões aparentam ter significativas diferenças em sua estrutura de posse e distribuição da propriedade escrava.

5 Gráfico 2: Hierarquia da posse de escravos do domicílios das Listas Nominativas de Santo Antonio do Juiz de Fora e Capela Nova de Nossa Senhora das Mercês do Cágado (1831). 5 2% Juiz de Fora Nenhum escravo 3% 1% 0% 1-5 escravos 4% 5% 6-10 escravos 7% escravos 45% escravos escravos escravos 33% escravos escravos Mais de 100 escravos 4% 15% 6% Mar de Espanha 0% 0% 1% 1% 8% 33% 32% Nenhum escravo 1-5 escravos 6-10 escravos escravos escravos escravos escravos escravos Mais de 100 escravos Juiz de Fora apresenta uma quantidade de pobres bem maior que Mar de Espanha. Enquanto para Santo Antônio do Juiz de Fora 44% dos proprietários não possuem escravos em suas propriedades, em Nossa Senhora das Mercês do Cágado encontramos apenas 33%.

6 6 Isso talvez seja explicado por outra informação que pudemos tirar das listas nominativas: a cor das pessoas. Dos 52 chefes de fogo que não possuíam escravos em Juiz de Fora, apenas 10 eram brancos. Essa informação pode ser importante se levarmos em conta que a cor representa também uma posição social das pessoas (MATTOS, 1998; GUEDES, 2007). Enquanto em Juiz de Fora apenas 44% da população livre é declarada branca, Mar de Espanha possuí 69% de seus livres brancos. Esses números são explicados provavelmente pela atração que a proximidade da primeira com o Caminho Novo possa ter exercido sobre pobres dos arredores. Tanto que essa região tinha cinco casos de proprietários não brancos com cinco ou mais escravos. Mar de Espanha não possuía nenhum, parecendo ser muito mais hostil as pessoas livres de cor. Isso refletia, claro, na cor dos chefes de domicílio. Apenas 28% deles em Nossa Senhora das Mercês do Cágado não são brancos. Para Santo Antonio do Juiz de Fora, esses números chegam a 55%. Portanto, resolvemos fazer um novo gráfico com a hierarquia de posse da região, mas retirando da amostragem todos os proprietários não brancos. Gráfico 3: Hierarquia da posse de escravos dos domicílios chefiados por proprietários brancos das Listas Nominativas de Santo Antonio do Juiz de Fora e Capela Nova de Nossa Senhora das Mercês do Cágado (1831). Juiz de Fora 2% 6% 4% 2% 19% Nenhum escravo 1-5 escravos 6-10 escravos 9% escravos 2% escravos 9% escravos escravos 9% 38% escravos escravos Mais de 100 escravos

7 7 0% 0% Mar de Espanha 1% 2% Nenhum escravo 8% 11% 14% 1-5 escravos 6-10 escravos escravos 6% escravos escravos 20% 38% escravos escravos escravos Mais de 100 escravos Esses gráficos já apresentam uma estrutura de posse mais semelhante para as duas regiões, que aparecem com um número bem aproximado de despossuídos e proprietários com poucos cativos. As duas localidades também possuem um único proprietário com mais de 100 escravos Antonio Dias Tostes, com 147 escravos, para Santo Antonio do Juiz de Fora e Francisco Leite Ribeiro, com 205 escravos, para Nossa Senhora das Mercês do Cágado. A principal diferença reside nos médios proprietários: enquanto Mar de Espanha não possuía nenhum proprietário que tenha entre 40 e 100 escravos, Juiz de Fora possuía três. Talvez isso que explique o fato de Juiz de Fora apresentar uma maior concentração da escravaria na mão de poucos proprietários: os 12 maiores proprietários, aproximadamente 10% do total, concentravam 561 escravos, 67% de toda a escravaria da região. Números esses um pouco superiores aos de Mar de Espanha, como já vimos: os nove maiores proprietários 10% do total tinham juntos 408 escravos, o que correspondia a 56% do total de escravos da localidade. O Censo de 1872 O censo realizado pelo Império em 1872 nos fornece algumas informações acerca da população das duas regiões 40 anos após as listas nominativas de Ele abarca justamente o período final da nossa pesquisa em curso. Contudo, o censo é uma fonte com

8 8 bem menos informações qualitativas. Ainda assim, podemos retirar dele alguns dados interessantes. Em 1872 já estão formados os municípios de Juiz de Fora e Mar de Espanha. Desde a década de 50, na verdade. São respectivamente a maior e terceira maior concentração de escravos da província (CARRARA, 1999). O município de Juiz de Fora era formado pela sede, Santo Antônio de Juiz de Fóra, e pelos distritos N. S. da Gloria de São Pedro de Alcantara (sem dados no censo), N. S. de Assumpção do Chapéu d Uvas, S. José do Rio Preto e S. Francisco de Paula do Monte Verde. Já o município de Mar de Espanha se constituía pela sede, N. S. das Mercês de Mar de Hespanha, S. José do Além Parahyba, Divino Espírito Santo do Mar de Hespanha (curato), Santo Antônio do Aventureiro (curato) e N. S. das Dôres do Monte Alegre. Comparando as informações do censo de 1872 para as sedes de cada município com as mesmas informações para a Lista Nominativa de 1831 nós podemos perceber o quanto cada localidade cresceu. Optamos comparar apenas as sedes, pois as informações que temos nas listas de 1831 se referem exclusivamente as freguesias que em 1872 se constituíam enquanto sede dos municípios, e não o município inteiro. Em 1831, Nossa Senhora das Mercês do Cágado possuía 1186 habitantes, dos quais 461 eram livres e 589 eram escravos. Já em 1872, sua população passa a ser de pessoas, o que representa um aumento de quase 11 vezes. Santo Antonio do Juiz de Fora, por sua vez, contava com pessoas, o que significa um aumento de mais de 13 vezes em relação a Essa diferença de crescimento talvez explique a diferença de população entre as duas localidades: Santo Antonio do Juiz de Fora possuía quase 50% de habitantes a mais que Nossa Senhora das Mercês do Cágado. Contudo, essa diferença de tamanho não aparece em todo o município, apenas na sede. Juiz de Fora (exceto o distrito de N. S. da Gloria de São Pedro de Alcantara, para o qual não temos dados) contava com habitantes, dos quais eram escravos. Mar de Espanha possuía, no mesmo momento habitantes. Desses, eram escravos. Portanto, em 1872, Juiz de Fora se mostra como um município um pouco maior, tal como já se mostrava em Apenas na sede do município percebemos uma diferença de tamanho considerável, talvez fruto do desenvolvimento urbano da região.

9 9 Considerações Finais Estamos iniciando o desenvolvimento de uma pesquisa acerca da cafeicultura em Mar de Espanha e para tal, temos estabelecido comparações com Juiz de Fora, o principal pólo da cafeicultura na Zona da Mara Mineira. Tentamos apresentar aqui algumas informações demográficas dessas duas localidades através das listas nominativas de 1831 e do censo de 1872, documentação que abarca os períodos inicial e final de nossa pesquisa. As listas nominativas nos permitiram avançar inclusive em algumas análises mais qualitativas. Concluímos que as duas regiões se assemelham muito, embora apresentem algumas diferenças relevantes. Portanto, é necessário avançar a pesquisa no sentido de identificar o significado dessas semelhanças e diferenças. Pretendemos agora, então, trabalhar com fontes de caráter mais qualitativo, como os inventários post mortem. Referências Bibliográficas CARRARA, Angelo Alves. Estruturas agrárias e capitalismo; contribuição para o estudo da ocupação do solo e da transformação do trabalho na zona da Mata mineira (séculos XVIII e XIX). Mariana: Editora da UFOP, MATTOS, Hebe Maria. Das Cores do Silêncio: os significados da liberdade no Sudeste escravista, Brasil século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, GARDNER, George. Travels in the interior of Brazil, principally through the northern provinces, and the gold and diamond districts, during the years London: Reeve, Benham, and Reeve, GUEDES, Roberto. De ex-escravo à elite escravista: a trajetória de ascensão social do pardo alferes Joaquim Barbosa Neves (Porto Feliz, São Paulo, Século XIX). In: FRAGOSO; João; ALMEIDA, Carla Maria Carvalho de; SAMPAIO Antonio Carlos Jucá (Orgs.). Conquistadores e negociantes: história de elites no Antigo Regime nos trópicos, América Lusa, Séculos XVI a XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007

10 10 GUIMARÃES, Elione S. Experiências Econômica de Cativo (Zona da Mata de Minas Gerais, segunda metade do oitocentos). In: GUIMARÃES, Elione S. (org.); MOTTA, Márcia M. M. (org.). Campos em disputa: história agrária e companhia. São Paulo: Annablume, OLIVEIRA, Mônica Ribeiro de. Negócios de Famílias: Mercado, Terra e Poder na Formação da Cafeicultura Mineira, Bauru: EDUSC; Juiz de Fora: FUNALFA, 2005.

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