AS MARGENS DO CAMINHO DOS GOYAZES: ECONOMIA E DEMOGRAFIA DO NORDESTE PAULISTA ( ) Marina Costa de OLIVEIRA 1

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1 AS MARGENS DO CAMINHO DOS GOYAZES: ECONOMIA E DEMOGRAFIA DO NORDESTE PAULISTA ( ) Marina Costa de OLIVEIRA 1 No contexto de ocupação da capitania de São Paulo, a pesquisa que se encontra em andamento pretende recuperar informações que visam ampliar o conhecimento sobre a Capitania/Província de São Paulo, mais especificamente sobre o sertão do Rio Pardo, a Freguesia e depois Vila Franca 2, no período de 1800 a O termo de Franca, espaço desta pesquisa, está localizado no Nordeste Paulista, entre os rios Pardo e Grande. Essa região teve o seu povoamento entre finais do século XVIII 4 e início do XIX, ligado ao Caminho dos Goyazes, que iniciava em Mogi-Mirim e ligava a Capitania de São Paulo às minas de Goiás 5. O povoamento dessa região no século XVIII estava ligado aos pousos destinados ao abastecimento dos viandantes e de suas tropas na Estrada dos Goyazes, tratando-se a princípio de uma população pequena e dispersa pelo caminho, com domicílios compostos de uma família, poucos escravos e alguns agregados (na maioria dos casos parentes dos chefes do fogo). A economia era voltada para a produção de bens, principalmente gêneros 6, destinados aos mercados locais e regionais. No final do século XVIII e início do século XIX, temos a ocupação efetiva do Nordeste Paulista com migrantes mineiros que buscavam novas áreas para a ampliação da produção de gêneros para o mercado interno. Essa afluência de mineiros para o Sertão do Rio Pardo (termo de Franca) foi em decorrência de diversos fatores 1 (Mestranda em História UNESP/Franca. Bolsista CNPQ). 2 Em 1804 por obra de mineiros novos entrantes é criada a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Franca. Em 1821, Franca foi elevada a categoria de Vila Franca d El Rey, no entanto a Câmara foi instalada apenas em 1824, quando seu nome é alterado para Vila Franca do Imperador. Bacellar, C. A. P. e Brioschi, L. R. Na estrada do Anhanguera. Uma visão regional da história paulista. São Paulo: Humanitas FFLCH/USP, p.81, O recorte temporal escolhido leva em consideração que em um período de um pouco mais de trinta anos temos a possibilidade de analisar e cruzar mais de três tipos de fontes e com elas fazer uma reconstrução populacional mais completa. Também foram consideradas as futuras divisões no território e outros trabalhos já existentes para a região em períodos posteriores como os de Cunha, M. F. Fogos e escravos da Franca do Imperador no século XIX. Tese (Mestrado) Instituto de Filosofia de Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Cunha, M F. Demografia e Família Escrava. Franca SP, século XIX. Tese (Doutorado) Instituto de Filosofia de Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, No inicio do século XVIII o território do Nordeste Paulista era terra de Cayapós. Ravagnane, Z. P. O. Dados históricos e arqueológicos dos primeiros habitantes do Nordeste Paulista. Boletim Histórico de ciências correlatas, Franca, Ano II, nº 4, p , Chiachiri, J. F. Do sertão do rio pardo a vila Franca do Imperador Franca. Tese (Doutorado). Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista,1973 p Gêneros de subsistência são os bens de consumo destinados ao auto-consumo do domicílio em que foi produzido e a venda de excedentes para comercialização.

2 como: abundância de terras em condições favoráveis, atividades agropastoris da bacia do Rio Grande e mercado interno para o consumo dos excedentes 7. Com uma economia de subsistência e abastecimento interno, o Termo de Franca possuía atividades econômicas com um certo dinamismo que justificava a presença de uma população considerável, tanto de livres como de escravos e que foi se modificando, paulatinamente, no decorrer do tempo 8. Pretende-se, no decorrer da pesquisa em andamento, compreender o ritmo de povoamento, bem como a caracterização detalhada da população do território citado acima, especificando a origem dos indivíduos e sua condição social dividida entre livres e escravos. Devido às especificidades dos segmentos livres e escravos as análises serão realizadas, inicialmente, de forma conjunta e, depois, de forma distinta. Assim, será possível esclarecer com maior propriedade, por exemplo, os movimentos migratórios espontâneos e/ou condicionados, migração forçada como no caso dos escravos e as taxas de natalidade e mortalidade 9. Os livres também devem ser analisados em duas categorias: os proprietários de escravos e os não-proprietários, pois a presença do elemento cativo no domicílio modificava a composição familiar como também a riqueza do chefe do fogo, já que a posse de cativos apresentava papel decisivo na produção e acumulação de bens, sendo a principal forma de estoque de riqueza no Nordeste Paulista. 10 O desenvolvimento dessa pesquisa justifica-se como forma de realçar os aspectos regionais, complementando com propriedade os trabalhos já existentes 11 sobre a ocupação, o povoamento e a população do Nordeste Paulista. Dessa maneira, poderemos favorecer comparações com outros trabalhos de outras localidades na Capitania/Província de São Paulo que tenham como enfoque os escravistas, seus escravos e os chefes de domicílios não proprietários de escravos Oliveira L. L. (a), Economia e História. Franca século XIX. Franca: UNESP/FHDSS: Amazonas Produto Calçados S/A, Ibidem 9 Botelho. T. R. Famílias e escravarias. Demografia e família escrava no Norte de Minas Gerais no século XIX. Dissertação (Mestrado). São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, Oliveira. L. L. Economia e História. Franca século XIX. Franca: UNESP-FHDSS: Amazonas Prod. Calçados S/A, Chiachiri,José Filho.Do Sertão do rio pardo a vila Franca do imperador. Franca,1973 Tese (Doutorado).Faculdade de Filosofia Ciência e Letras, Universidade Estadual Paulista. Brioschi, L. R. Entrantes no sertão do Rio Pardo: o povoamento da Freguesia de Batatais século XVIII e XIX. São Paulo: CERU, Bacellar, C. A. P. Viver e sobreviver em uma vila colonial. Sorocaba, séculos XVIII e XIX. São Paulo: Annablume/Fapesp, Costa, I. D. N. e Nozoe, N. H. Elementos da estrutura da posse de escravos em Lorena no alvorecer do século XIX. Estudos econômicos, São Paulo, v.19, nº2, p , mai/ago

3 Os trabalhos de história demográfica podem ser divididos em períodos distintos segundo a documentação. Para Marcílio 13 a documentação brasileira proporciona os seguintes períodos: o primeiro qualificado como pré-estatístico, começa com a colonização e vai até o início do século XVIII que é caracterizado por poucas fontes e algumas estimativas gerais da população brasileira. O segundo momento, denominado como proto-estatístico, irá até o Recenseamento Geral do Império em Nesta fase, temos uma maior quantidade de dados que nos permitem estudos regionalizados. A terceira fase é a estatística, que vai do Recenseamento do Império até os dias atuais, havendo recenseamentos a cada dez anos. Segundo estas categorias nosso estudo é proto-estatístico, tendo como fontes principais de informações estatísticas as Listas Nominativas de Habitantes para o Termo de Franca de 1800 a 1832, Registros Paroquiais, Inventários post-morten e Testamentos. As Listas Nominativas de Habitantes são uns dos principais corpos documentais para a pesquisa demográfica, e para a Capitania/Província de São Paulo, foram constituídas de 1765 a Estas listas eram elaboradas pelos membros das Companhias de Ordenanças e, em geral, continham os fogos (domicílios) e seus respectivos moradores, sendo livres, agregados e escravos. As informações contidas nesses documentos variam de acordo com a localidade e o ano; mas, em geral, temos: nome, sexo, idade, cor, estado conjugal, naturalidade e ocupação (na maioria dos casos consta a atividade exercida apenas para os chefes dos fogos como, por exemplo, agricultores, negociantes e jornaleiros). O emprego desta documentação em nossa pesquisa consiste em um levantamento das informações demográficas e econômicas para o conjunto dos domicílios e seus moradores do Termo da Franca para os anos de 1800 a Para cada domicílio das Listas será feito uma ficha de levantamento de dados conforme modelo de Henry 15, contendo ano do recenseamento, nº. do domicílio, nome e sobrenome do chefe do domicílio, de sua esposa; nome dos filhos do casal que Motta, J. F.Corpos escravos, vontades livres: estrutura da posse de cativos e família escrava em núcleo cafeeiro. Bananal, São Paulo: FAPESP: Annablume, Soares, L. O. No caminho dos Goiases: formação e desenvolvimento da economia escravista na Mogi-Mirim do século XIX. Dissertação (Mestrado). São Paulo: FFLCH/USP, Marcílio, M. L. A população do Brasil em perspectiva histórica, in: Costa, I. D N. (org), Brasil: história econômica e demográfica, São Paulo: IPE/USP, Marcondes, R. L A arte de acumular na gestação da economia cafeeira: formas de enriquecimento no Vale do Paraíba Paulista durante o século XIX. Tese (Doutorado). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, Henry, L. Técnicas de análise em Demografia Histórica. Trad: Altiva Pilatti Balhana e Jayme Antonio Cardoso. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1977.

4 residem no domicílio, nome dos agregados, idade, sexo e cor de todos os livres, naturalidade e ocupação do chefe do domicílio. Dos escravos será anotado nome, idade, sexo, estado civil, e naturalidade, visto que para estes é mencionada sua origem como crioula, ou vindo de regiões africanas. Quando necessários serão feitas adaptações como no caso, da produção do domicílio em que serão contabilizados os seus itens e suas quantidades, visto que a maioria da população retirava o seu sustento de atividades agrícolas. Essas fichas serão trabalhadas com o auxílio de programas de computadores. Por meio deles, cada domicílio terá uma pasta com uma ficha para cada ano analisado, as informações dos domicílios serão relacionadas para cada ano em análise. Os dados levantados das Listas Nominativas de Habitantes serão cruzados com os Inventários e Testamentos disponíveis para o período para termos uma amostra mais completa e dessa maneira poderemos acompanhar alguns indivíduos ao longo de todo o período em que estiverem presentes na documentação. Os Inventários 16 eram decorrências do processo que se abria com o falecimento de uma pessoa possuidora de bens. No geral, compunham-se de: local do processo, data da abertura, nome do falecido e do inventariante, herdeiros, avaliação dos bens, das dívidas e a partilha dos bens. Quando não havia herdeiros, o inventariado poderia nomear em seu Testamento amigos, parentes ou escravos. Devido aos altos custos de um inventário e à necessidade de se possuir bens, esta documentação não é encontrada para boa parte da população, porém os Inventários e Testamentos são importantes, pois nos permitem conhecer com detalhes a composição de uma família e suas relações com as demais em um determinado momento e a posses destes indivíduos. Os dados dos Inventários serão coletados em fichas anexas as pastas dos domicílios das famílias e/ou pessoa falecida (quando presentes na Listas Nominativas), quando não estiverem presentes, serão criadas novas fichas para essas famílias com as informações presentes na documentação. Os registros paroquiais são de grande importância para o estudo demográfico, pois até a proclamação da República, em 1889, os atos referentes ao nascimento, casamento e óbito estavam sob responsabilidade do clero. 16 Marcondes, R. L A arte de acumular na gestação da economia cafeeira: formas de enriquecimento no Vale do Paraíba Paulista durante o século XIX. Tese (Doutorado). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, 1998.

5 Para conhecermos a estrutura e dinâmica da população faz-se necessária uma análise dos registros paroquiais que expõe de formas diversas o contexto social, econômico e religioso de uma sociedade. No geral, os registros de batismo compunham-se de data do batismo, nome do batizado, nome dos pais, condição social e filiação. Os de casamento eram compostos de data do casamento, nome dos cônjuges, filiação e condição social. E, por ultimo, nos registros de óbito tínhamos a data da morte, a idade e a condição social. 17 Com a análise desses documentos será possível observar as taxas de natalidade, nupcialidade e mortalidade desta população no período em questão, como também, para nossa amostra, observar os laços de compadrio. Os dados presentes nos registros paroquiais serão coletados por meio de fichas conforme, modelo de Henry 18 devendo-se anotar data, ata, sexo, legitimidade, estado civil, idade, origem, profissão, cor e condição social. Com o auxilio de softwares estes dados serão cruzados para observarmos desde as flutuações às médias de nascimentos, casamentos e óbitos no Termo da Franca no período em questão. Com o cruzamento da documentação será possível observar a ascensão ou decadência econômica e social entre os escravistas e não-escravistas e a participação do escravo em uma sociedade de economia voltada para o mercado interno, em que a posse de cativos era a melhor forma de capital e diferenciava os proprietários dos homens livres comuns, por menor que fossem os seus plantéis. Como demonstra Luna o escravo esteve presente em todas as áreas da colônia gerando uma sociedade mais intricada do que se imaginava: Não só os plantéis foram pequenos, mas também a própria posse de escravos distribui-se mais amplamente pela sociedade do que antes se supôs. A profunda dicotomia que existiria entre uma minoria de senhores de engenhos, que concentravam seus cativos nas culturas de exportação, e a maioria de brancos, pretos e pardos livres que não possuíam escravos foi também questionada pelos novos estudos. Evidenciou-se que a mão-de-obra escrava esteve presente em todas as áreas da economia, quer orientadas para o mercado interno, quer para a exportação. Os estudos recentes indicam uma sociedade mais complexa, com um mercado interno ativo no qual gêneros básicos eram comercializados para suprir esse mercado, e também identificam um amplo sistema de comércio regional e ofícios artesanais. E todas essas atividades agricultura, comércio e artesanato encontramos proprietários e não-proprietários de escravos, bem como trabalhadores livres e cativos Cunha, M. F. Fogos e escravos da Franca do Imperador no século XIX. Dissertação de Mestrado, Instituto de Filosofia de Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Henry, L. Técnicas de análise em Demografia Histórica. Trad: Altiva Pilatti Balhana e Jayme Antonio Cardoso. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, Luna, F. V. e Klein, H. S Economia e sociedade escravista: Minas Gerais e São Paulo em In: Escravismo em São Paulo e Minas Gerais. São Paulo: Edups/Imesp, 2009.

6 A análise das informações presentes nas Listas Nominativas, nos Inventários/Testamentos e nos Registros Paroquiais, tendo, como base, na maioria das vezes, os chefes dos fogos, proprietários ou não-proprietários de escravos aprimoraram a análise demográfica e nos auxiliarão no conhecimento sobre uma população que se baseava em uma economia de abastecimento interno dentro de um contexto regido pela economia voltada para a exportação.

7 Referências Bibliográficas. 1. Documentação Primária: a)centro de Documentação e Apoio à Pesquisa Histórica CEDAPH/Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho b)listas Nominativas de Habitantes da Freguesia e Termo de Franca referente aos anos de 1800 a c)arquivo da Cúria Diocesana de Franca/SP d)registros de nascimento, casamento e óbito e)arquivo Histórico Municipal Capitão Hipólito Antônio Pinheiro (MHMF) Franca/SP f)testamentos post-morten. g)inventários 2. Obras Gerais. Bacellar, C. A.P. e Brioschi, L. R. Na estrada do Anhanguera. Uma visão regional da história paulista. São Paulo:Humanitas FFLCH/USP, Bacellar, C. A. P. Viver e sobreviver em uma vila colonial. Sorocaba, séculos XVIII e XIX. São Paulo: Annablume/Fapesp, Chiachiri, J. Vila Franca do Imperador: subsídios para a história de uma cidade. Franca: O Aviso da Franca, Costa, I. N. Arraia-Miúda. Um estudo sobre os não proprietários de escravos no Brasil. São Paulo: MGSP, Henry, L. Técnicas de análise em Demografia Histórica. Trad: Altiva Pilatti Balhana e Jayme Antonio Cardoso. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, Luna, F. V. e Klein, H. S Economia e sociedade escravista: Minas Gerais e São Paulo em In: Escravismo em São Paulo e Minas Gerais. São Paulo: Edups/Imesp, Motta, J. F.Corpos escravos, vontades livres: estrutura da posse de cativos e família escrava em núcleo cafeeiro. Bananal, São Paulo: FAPESP: Annablume, Oliveira. L. L. Economia e História. Franca século XIX. Franca: UNESP-FHDSS: Amazonas Prod. Calçados S/A, 1997 Costa, I. D. N. e Nozoe, N. H. Elementos da estrutura da posse de escravos em Lorena no alvorecer do século XIX. Estudos econômicos, São Paulo, v.19, nº2, p , mai/ago Ravagnane, Z. P. O. Dados históricos e arqueológicos dos primeiros habitantes do Nordeste Paulista. Boletim Histórico de ciências correlatas, Franca, Ano II, n 4, P , Teses. Botelho. T. R. Famílias e escravarias. Demografia e família escrava no Norte de Minas Gerais no século XIX. Dissertação (Mestrado). São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 1994.

8 Chiachiri, José Filho. Do Sertão do rio pardo a vila Franca do Imperador. Franca, 1973 Tese (Doutorado). Faculdade de Filosofia Ciência e Letras, Universidade Estadual Paulista. Cunha, M. F. Fogos e escravos da Franca do Imperador no século XIX. Tese (Mestrado) Instituto de Filosofia de Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Cunha, M F. Demografia e Família Escrava. Franca SP, século XIX. Tese (Doutorado) Instituto de Filosofia de Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Marcondes, R. L A arte de acumular na gestação da economia cafeeira: formas de enriquecimento no Vale do Paraíba Paulista durante o século XIX. Tese (Doutorado). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, Marcílio, M. L. A população do Brasil em perspectiva histórica, in: Costa, I. D N. (org), Brasil: história econômica e demográfica, São Paulo: IPE/USP, Soares, L. O. No caminho dos Goiases: formação e desenvolvimento da economia escravista na Mogi-Mirim do século XIX. Dissertação (Mestrado). São Paulo: FFLCH/USP, 2003.

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