MATERIAL PARA REFLEXÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA A PARTIR DE FONTES SOBRE ESCRAVIDÃO NA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO

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1 MATERIAL PARA REFLEXÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA A PARTIR DE FONTES SOBRE ESCRAVIDÃO NA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO Tatiana Adas GALLO 1 Dr. Carlo Guimarães MONTI 2 APRESENTAÇÃO A escravidão na região de Ribeirão Preto é tema que comporta amplos estudos. A primeira parte da pesquisa para o Projeto Teorias Científicas e bases epistemológicas das Ciências Humanas, realizada por outra bolsista no ano de 2014, observou uma mudança de posicionamento entre os exemplares das revistas pesquisadas (Revista Brasileira de História, que foi pesquisada em dois números especiais que tratam da História da Escravidão). Desta pesquisa, verificou-se que a referência ao escravo era feita pautada em uma historiografia clássica, caracterizada por ser paternalista ao considerar o escravo como elemento do processo de produção. Esta coisificação do escravo perdeu força no exemplar da revista analisada uma década depois, a qual abriu espaço para uma análise de viés cultural. Já em outra frente de estudo, verificou-se que os manuais didáticos utilizados na área de história não acompanharam esta mudança, vale dizer, a visão historiográfica clássica ainda neles prevalece. Ademais, verificou-se que desde 2013 o Município de Ribeirão Preto alterou conteúdo a ser lecionado para os alunos do 2º ciclo do Ensino Fundamental, exigindo a inserção de conteúdos relativos à história local e dos afrodescendentes, entretanto, inexiste material didático que contemple a referida mudança. Neste sentido, buscando abarcar tanto a produção cultural mais recente, assim como a falta desta produção junto aos materiais didáticos, as bases empíricas deste trabalho foram reorientadas para a criação de um material didático que contemple a história cultural sobre a região e sobre o cotidiano dos afrodescendentes que viveram na região de Ribeirão Preto. Assim, passamos a trabalhar para a construção e organização de um material didático que futuramente será aplicado junto aos alunos do 2º ciclo do Ensino Fundamental do Município. O objetivo deste estudo, portanto, consiste na análise da produção acadêmica acerca do tema para a transformação em material didático voltado para o Ensino Fundamental 2, tendo em vista essa produção historiográfica que segue uma nova vertente culturalista. Pretende-se gerar um material que aborde o cotidiano, a vivência e as experiências dos escravos na região e as relações desenvolvidas por eles em meio ao processo escravista. Para a organização e análise dos dados coletados, foi desenvolvido um modelo de ficha. Estas fichas têm caráter auxiliar na organização dos temas e dos dados a eles pertinentes, bem como na aplicação de todos eles no decorrer da elaboração do texto. Cumpre destacar que as fichas foram desenvolvidas focando partes de trabalhos acadêmicos que foram produzidos em pesquisas das faculdades de História do Estado 1 Graduanda em História do Centro Universitário Barão de Mauá 2 Doutor em História, professor do curso de História do Centro Universitário Barão de Mauá

2 de São Paulo e algumas de outros estados que abordam a escravidão e os afrodescendentes que viveram no Nordeste paulista. A partir das pesquisas feitas em nível de graduação e pós-graduações em História, coletamos suas informações com o auxílio das fichas que compreendem: 1) resumo geral dos trabalhos; 2) recorte espacial e temporal; 3) objetivos; 4) resultados; 5) fontes; 7) considerações finais. Ademais, a partir das referências coletadas, percebemos a necessidade de se trabalhar a cidade de Ribeirão Preto juntamente com outras cidades da região, como São Simão, Batatais, Franca, entre outras, visto que a formação dos Municípios no século XIX era distinta da que temos atualmente. DESENVOLVIMENTO Com os dados coletados temos retirado das pesquisas acadêmicas um conjunto de informações, as quais serão reelaboradas segundo o repertório conceitual dos alunos do segundo ciclo do Ensino Fundamental que a partir daí poderão ter contato com uma produção histórica atual que versa sobre temas que devem ser ministrados a estes alunos, mas que não o são por falta de um material didático específico. Algumas fontes já foram analisadas e adaptadas ao modelo de ficha desenvolvido, restando, ainda, outras a serem analisadas. Até o presente momento, algumas informações já foram pesquisadas e fazem parte da estrutura que se pretende aplicar no material a ser construído. Vejamos. Com relação à família escrava, conforme analisa Osmar David Júnior, em algumas localidades, como Batatais, a sua constituição oficial teve grande importância na reprodução cativa, principalmente após a abolição do tráfico em Já em Ribeirão Preto, 46,6% dos casais legalmente constituídos não tiveram nenhum filho, ou seja, os cativos que mantinham um Estado Conjugal Não Identificado e as famílias matrifocais desempenharam papel fundamental para a reprodução (2006, p. 168). A reestruturação da escravidão a partir da proibição do tráfico em 1850 ocorreu, portanto, de formas distintas em cada localidade. Maísa Faleiros da Cunha, ao analisar a Lista Nominativa de Habitantes de 1835 e registros paroquiais em Franca, identifica o estabelecimento de famílias cativas na cidade, ressaltando que a constituição dessas famílias era palco de dificuldades, inclusive porque elas estavam sujeitas ao ciclo de vida de seu senhor, ao panorama econômico, ao tamanho da posse, entre outros fatores, o que gerava instabilidade para os cativos (2005, p.13). Por outro lado, As relações familiares dos escravos conferiam ao senhor vantagens políticas, como a pacificação das senzalas, uma vez que o escravo pertencente a uma família teria menos razões para fugir ou se rebelar. Ao mesmo tempo, a família escrava permitia ao escravo melhores condições materiais e psicossociais de suportar o cativeiro. (CUNHA, 2005, p. 10) No tocante à estrutura da posse cativa, Luciana Suarez Lopes, ao analisar a Lista Nominativa da Freguesia de São Simão de 1835 e inventários post-mortem dos Primeiro e Segundo Ofícios de São Simão e Ribeirão Preto, identificou que Batatais era a comarca com maior numero de cativos de habitantes, eram escravos

3 sendo em sua maioria, homens (2012, p. 372). Além disso, em São Simão, no ano de 1835, a população era formada por 891 habitantes livres (75,3%) e 293 cativos (24,7%), sendo que quatro quintos dos escravos eram negros, além da maioria também ser formada por homens (LOPES, 2012, p. 375). Já Carlo Guimarães Monti afirma, com base em inventários post-mortem que a divisão dos sexos nesses documentos era equilibrada. Esse equilíbrio pode demonstrar que nem todas as atividades estavam ligadas à grande lavoura, mas a participação feminina indica a economia de subsistência e pode indicar a utilização das mulheres para fins de procriação (2005, p ). Outro indício de que as mulheres escravas tinham por função a reprodução é a queda da proporção de crianças, principalmente a partir de 1879, após a Lei do Ventre Livre, de 1871 (2005, p. 193). Quanto aos proprietários, ressalte-se que a maioria dos chefes de fogos era formada por homens brancos; as mulheres chefes de fogo eram em grande parte viúvas (LOPES, 2012, p. 377). Do total dos 206 fogos, apenas 52 (25,5%) possuíam escravos, sendo esses senhores, em sua maioria, homens (92,3%), brancos (82,7%) e casados (84,6%), havendo somente quatro mulheres, todas viúvas, proprietárias de cativos (LOPES, 2012, p. 378). Esses dados são compatíveis com os de Franca, onde a maioria dos proprietários também eram homens brancos, sendo que os dados apontam que a maior parte era composta por [...] mineiros, casados com até 50 anos. As mulheres chefes e proprietárias eram em geral brancas, viúvas, mineiras e com mais de 60 anos (CUNHA, 2005, p ). A maioria eram lavradores (sete em cada dez chefes) e possuíam entre 1 a 8 escravos, um número pequeno se comparado a outras regiões. A posse de escravos era voltada para o abastecimento interno, por isso eram pequenas na sua maior parte. A maioria dos escravos era formada por nacionais, sendo que os africanos se casavam mais e a probabilidade de casamentos aumentava em maiores posses. Esses dados sugerem um comportamento da população escrava que variava. (CUNHA, p ) No que se refere à busca por liberdade, Carlo Guimarães Monti e Antonio C. S. Faria, no artigo Ação e resistência dos cativos em Ribeirão Preto (1850 a 1888), aduzem que os cativos, mesmo submetidos à violência e exclusão social, não deixaram de lutar e buscar sua liberdade, conforme os processos-crimes e ações de liberdade que analisaram. A busca pela liberdade ocorria por meio de revoltas, fugas e cartas de alforria. A respeito das manumissões, Alessandra Caetano Gomes conclui que após 1850, com a crise da mão-de-obra, os senhores preferiram conceder mais alforrias condicionais não-pagas para aproveitar por mais tempo do trabalho cativo. As alforrias gratuitas também aumentaram, principalmente com o aumento do movimento abolicionista. Neste contexto, a família escrava se destacou, pois formulavam estratégias de resistência passiva e com relação ao compadrio para buscarem a liberdade (2008, p ). Com relação à análise a partir do sexo, antes de 1850 os homens pagavam mais por sua liberdade. As mulheres também pagavam, mas quando não conseguiam dinheiro para tanto, [...] apelavam para a ajuda de terceiros, por isso estabeleciam relacionamentos com homens livres e forros que pudessem comprar a liberdade delas e dos filhos que advinham desses relacionamentos (GOMES, 2008, p. 161).

4 A respeito das ações de liberdade, Fernando Nogueira de Paula demonstra que a liberdade perante a Justiça não significava a liberdade na prática, pois os escravos continuavam dependentes dos antigos senhores: Quanto às tutelas, possibilitaram constatar a dificuldade da vida pós-cativeiro das mulheres libertas. A obtenção da alforria não garantia melhoria nas condições de vida. Diante da impossibilidade de sustentar os filhos ingênuos, recorriam a seus antigos senhores, em muitos casos, para que fossem tutores e sustentassem aqueles. (PAULA, 2009, p. 128) Cumpre mencionar, ainda, que foi possível notar a mobilidade dos escravos, que contavam em alguns casos com a proximidade com relação a seu senhor, permitindo sua circulação e o estabelecimento de relacionamentos junto a terceiros, conforme concordam Alessandra Caetano Gomes e Ricardo Alexandre Ferreira. Todavia, discordam em outro aspecto: Ferreira aduz que Mesmo com um cotidiano marcadamente ligado à pecuária, não foi possível perceber a presença de escravos curraleiros em Franca (2003, p. 113), dizendo que a eles não era permitido pelos senhores se especializarem em alguma atividade. Esta afirmação contrapõe-se com a informação trazida por Alessandra Caetano Gomes, a qual sustenta que a criação de gado permitia ao escravo juntar uma quantia para comprar sua liberdade, traz à baila a brecha camponesa, que era um pedaço de terras concedida pelo senhor ao cativo para que ele se auto-sustentasse. Esta brecha camponesa trazia benefícios tanto para o senhor, que diminuía as despesas com a escravaria e diminuía as chances de fugas, já que o escravo passada a sentir-se ligado à terra, quanto para o escravo, que com a sua renda, conseguia juntar pecúlio para comprar a liberdade e sentia-se mais livre (2008, p. 81). No tocante à mobilidade escrava, Ricardo Alexandre Ferreira conclui que o cotidiano ampliou a autonomia dos escravos, pois estes tinham mobilidade, permitida pelas atividades que desempenhavam e que, por vezes, quando os senhores interferiam nesta mobilidade que conferia certa autonomia, os escravos reagiam e acabavam por cometer crimes (2003, p ). No que se refere aos crimes, em Franca, Ricardo Alexandre Ferreira identificou que os crimes contra a pessoa também conhecidos como crimes de sangue predominaram, o que permitiu notar o viés violento da sociedade da época. Os proprietários e outras pessoas livres mantinham um contato diário próximo com cativos, o que estimulou a ausência de cuidado por parte dos senhores, que puniam seus escravos pessoalmente e, por vezes, ensejavam delitos. Frise-se que, de forma geral, a condição social da maioria das vítimas de escravos e também dos réus em crimes contra escravos eram pessoas livres (FERREIRA, 2003, p. 94). Em Ribeirão Preto, os crimes de ofensas físicas, homicídios e tentativas de homicídio foram os mais frequentemente encontrados nas ações criminais analisadas por Fernando Nogueira de Paula, tanto quando se tratava de crimes envolvendo população livre quanto crimes envolvendo a população cativa incluindo libertos o que demonstra o recurso do confronto violento na resolução de conflitos. Não havia um padrão social para réus e vítimas, havendo pessoas de todas as camadas sociais e profissões envolvidas. O único padrão identificado foi relativo ao sexo dos envolvidos:

5 tanto réus quanto vítimas eram homens quase que na totalidade (PAULA, 2009, p. 126). Dentre os processos analisados pelo autor, contudo, a maioria não teve uma conclusão. As punições para os crimes não fugiram a esta regra. As ações de liberdade, todavia, obtiveram desfecho. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da pesquisa das referências historiográficas, verificamos que há um leque bastante amplo de temas que permitem uma análise do cotidiano dos afrodescendentes que viveram na região de Ribeirão Preto, como demografia, questões de família, trabalho, violência a que eram submetidos, inserção social, entre outros. Junto a isso, somam-se as questões econômicas, políticas e sociais do século XIX, as quais se relacionam intrinsecamente ao tratamento conferido aos escravos e à estrutura da sociedade, como exemplo, o advento da Lei Eusébio de Queiroz e da Lei do Ventre Livre. A regra, conforme foi possível perceber, era a propriedade escrava por parte de pessoas brancas. Para os não brancos era uma possibilidade mais restrita e mais difícil de ser alcançada. Ademais, a sociedade se caracterizava por uma violência recorrente, em locais diversos ambiente doméstico, de trabalho etc. Muitos dos conflitos ocorriam por desavenças anteriores, que somente chegavam à Justiça quando tomavam proporções exacerbadas. Isto tudo, juntamente com informações ainda a serem colhidas, demonstram a importância e a necessidade de se elaborar um material para divulgar a história dos afrodescendentes e seu papel na história local para que seus descendentes possam reconhecer a história de seu povo dentro de um recorte espacial. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CUNHA, Maísa Faleiros da. Senhores e escravos: uma análise transversal. VI Jornada Setecentista. Centro de Documentação e Pesquisa da História dos Domínios Portugueses (CEDOPE). p , Disponível em < Acesso em 15 mar Uma tentativa de reconstituição de famílias escravas: Franca (SP) Século XIX. II Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional. Porto Alegre. Outubro, DAVID JUNIOR, Osmar. A população escrava de Ribeirão Preto de 1870 a Dialogus, Ribeirão Preto, v.1, n.2, p , FERREIRA, Ricardo Alexandre. Escravidão, criminalidade e cotidiano: Franca Dissertação de Mestrado Faculdade de História, Direito e Serviço Social da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Franca, GOMES, Alessandra Caetano. Em busca da liberdade: as alforrias em duas regiões do Sudeste Escravista, Dissertação de Mestrado. Departamento de História Econômica da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2008.

6 LOPES, Luciana Suarez. Os proprietários de escravos e a estrutura da posse na antiga Freguesia de São Simão, Estudos Econômicos, São Paulo, vol. 42, n.2, p , abr.-jun MONTI, Carlo G.; FARIA, Antonio C. S. Ação e resistência dos cativos em Ribeirão Preto (1850 a 1888). Dialogus, Ribeirão Preto, v.6, n.1, p.27-48, MONTI, Carlo G.. Os escravos pertencentes à comarca de São Simão: 1861/1887. Dialogus, Ribeirão Preto, v.1, n.1, p , PAULA, Fernando Nogueira de. Violência na Vila de São Sebastião do Ribeirão Preto ( ): livres e escravos na barra da Justiça p. Dissertação de Mestrado em História Faculdade de História, Direito e Serviço Social da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Franca, 2009.

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