A importância da doença periodontal na Inflamação subclínica
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- Osvaldo Oliveira Lacerda
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1 A importância da doença periodontal na Inflamação subclínica
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3 Fumo Diabetes Osteoporose AIDS Fatores de risco Fatores genéticos Síndrome de Down Doença Periodontal Prematuros de baixo peso DII Homeostasia sistêmica Doenças coronarianas Artrite reumatóide
4 Inflamação subclínica Pode ser mensurada pela presença de biomarcadores que incluem as citocinas, adipocinas, chemocinas, marcadores de inflamação derivados de hepatócitos, marcadores de conseqüência da inflamação e enzimas. 08/10/2011 4
5 Inflamação subclínica Tais biomarcadores podem influenciar inflamações co-existentes, podendo ser o elo entre as doenças periodontais e as alterações sistêmicas. 08/10/2011 5
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7 Doença periodontal Sobre qual doença periodontal estamos falando?????? Gengivite Periodontite agressiva crônica
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10 CONSULTA INICIAL 08/10/
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12 EXAME RADIOGRÁFICO 08/10/
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15 Periodontite faz mal para a saúde? A infecção ou a reação inflamatória? 08/10/
16 Uma doença do hospedeiro? Definições: Em ecologia, chama-se hospedeiro a um organismo que se encontra ou que pode ser infectado por um parasita. Doença é a perda da homeostasia corporal, total ou parcial, estado este que pode cursar devido a infecções, inflamações, etc. 16
17 Definições Infecção é todo processo inflamatório no qual exista um agente infeccioso. Os agentes infecciosos, na maioria das vezes, são seres microscópicos tais como vírus, bactérias, fungos, parasitas(muitos macroscópicos), virions e prions. Desta definição conclui-se que toda infecção possui uma inflamação, mas nem toda inflamação contém uma infecção. 17
18 Definições Sendo assim, microbiologia e imunologia se completam na tentativa de explicar a patogenia da periodontite na sua forma severa. 18
19 Microbiologia
20 COMPLEXOS MICROBIANOS (agressão bacteriana) A. naeslundii 2 (Socransky et al., 1998) V.parvula A.odontolyticus C. gracilis C. rectus P. gingivalis S.mitis S.sanguis S.oralis P. intermedia P. nigrescens T. denticola B.forsythus S. gordonii P. micros S.intermedius S. constellatus F. nuc vincentii E.nodatum Streptococcus sp. F. nuc nucleatum F. nuc polymorphum F. periodonticum A.actino a E.corrodens C.concisus Capnocytophaga sp A. actino b C. showae S. noxia 08/10/
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22 Perfis Microbianos Médios (níveis x 10 5 ) das 40 Espécies Testadas nas 2 Categorias de Sítios do Grupo Saudável e nas 3 Categorias de Sítios do Grupo Periodontite Níveis x 10 5 A, gerencseriae A, israelii A, naeslundii 1 A, naeslundii 2 A, odontolyticus V, parvula S, gordonii S, intermedius S, mitis S, oralis S, sanguis A, actinomycetemcomitans C, gingivalis C, ochracea C, sputigena E, corrodens C, gracilis C, rectus C, showae E, nodatum F, nucleatum ss nucleatum F, nucleatum ss polymorphum F, nucleatum ss vincentii F, periodonticum P, micros P, intermedia P, nigrescens S, constellatus T, forsythensis P, gingivalis T, denticola E, saburreum G, morbillorum L, buccalis N, mucosa P, acnes P, melaninogenica S, anginosus S, noxia T, socranskii Saudáveis Actinos Roxo Amarelo Verde Laranja Vermelho Outros Periodontite *** * * *** * *** ** *** * *** *** *** *** *** Saudável Gengivite Periodontite *** *** ***
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29 Penetrabilidade/Invasão
30 Invasão tecidual Bacteremia Endocardite Infecciosa
31 Bacteremia A bacteriemia (a presença de bactérias na corrente sanguínea) é uma situação freqüente e normalmente não provoca sintomas. As bactérias que entram na corrente sanguínea são, em geral, rapidamente eliminadas pelos glóbulos brancos.
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34 Bacteremia Raspagem ultrasônica: Cultura: 13% PCR: 23% Sondagem periodontal: Cultura: 20% PCR: 16% Escovação dentária: Cultura: 3% PCR: 13% Kinane et al. 2005
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37 Loos 2006 Existe a hipótese de que episódios diários de bacteremia originários de uma lesão periodontal são a causa das alterações dos marcadores sistêmicos da periodontite. 08/10/
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39 Endocardite infecciosa
40 Endocardite infecciosa É o acometimento infeccioso do endocárdio, causado por bactérias (>95% da vezes) ou fungos. Principais causadores: Staphylococcus aureus, streptococci viridans, Streptococcus bovis e enterococos. Bactérias gram negativas periodontais raramente causam endocardite. Lokchart 2000
41 Tabela 1 - Prevalência aproximada dos vários microorganismos causadores de endocardite em valvas nativas, próteses valvares e viciados em drogas MICROORGANISMOS EVN EPV precoce EPV tardia EVD Estreptococos Viridans, alfa hemolítico 35 < S.bovis 15 <5 <5 <5 Outros estreptococos <5 <5 <5 <5 Estafilococos Coagulase-positivo Coagulase-negativo < <5 Enterococos 10 <5 <5 8 Bacilos aeróbicos Gram negativos < Fungos < Outros microrganismos <1 <5 <10 <20 Infecção polimicrobiana < Endocardite com cultura negativa 5 <5 <5 <5 *EVN - Endocardite em valva nativa; EPV - Endocardite em prótese valvar, precoce ou tardia - até 2 meses ou após 2 meses da troca da valva respectivamente; EVD - Viciado em drogas intravenosas. Modificado de David T. Durack:Infective and Noninfective Endocarditis. In:R.C. Schlant & R.W.Alexander(eds): Hurt's The Heart, 8*edition, New York, Mac-Graw Hill, 1994:1684.
42 O papel da cavidade oral A incidência de casos associados a procedimentos orais é extremamente baixo. Mais de 40% dos casos ocorrem em pacientes sem nenhum fator de risco prévio. A incidência de endocardite infecciosa não diminuiu desde o início da era dos antibióticos. Lokchart 2000
43 Staphylococcus aureus Uma pesquisa realizada pela Dial-a-Phone, loja especializada em celulares, revelou que foi encontrada a bactéria staphylococcus aureus, que normalmente vive na pele, em celulares, teclados, trincos de portas e assentos sanitários. 08/10/
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45 Conclusão 08/10/
46 Reação a infecção Periodontal: Efeito apenas local ou sistêmico?
47 Efeito local 08/10/
48 Loos 2006 O tamanho médio de uma lesão periodontal severa em pacientes não tratados é de mm 2. 08/10/
49 Periodontite Abundância de espécies Gram negativas. Um pesado infiltrado inume e inflamatório. Níveis elevados de citoquinas próinflamatórias. Extensão e cronicidade da doença. 08/10/
50 Quais substâncias poderiam causar efeitos maléficos durante uma resposta inflamatória? 50
51 Citoquinas Pró-inflamatórias Anti-inflamatórias IL1β, IL-18, TNF-α IL-4, IL-10, IL-13, IL-1RA 51
52 Como ocorre o processo de destruição tecidual na periodontite?
53 Patógenos periodontais Invasão bacteriana Neutrófilos Monócitos Linfócitos Epitélio Endotélio Fibroblastos Proteases bacterianas RLO Proteases MMP Sinais próinflamatórios IL-1 TNF Ativação de osteoclastos Destruição tecidual 53
54 Efeito Sistêmico 08/10/
55 Análise sanguínea de um paciente com periodontite Hemograma Resposta de fase aguda 08/10/
56 Hemograma
57 Hemograma É um exame realizado que avalia as células sanguíneas de um paciente, ou seja, as da série branca e vermelha, contagem de plaquetas, reticulócitos e índices hematológicos. A expressão "Hemograma Completo" é redundante, já que todo hemograma, exceto por erro do laboratório, é completo 08/10/
58 Citoquinas: do tecido ao sangue
59 Efeito supressor de citoquinas pró-inflamatórias Diminuição da Eritropoietina Medula óssea Anemia
60 Sistema Hematopoiético Efeito ativador de citoquinas pró-inflamatórias CFU - Meg Trombocitose
61 Efeito ativador de citoquinas pró-inflamatórias CFU - GM Neutrofilia
62 Resposta de fase aguda Modulação hepática pela doença periodontal 08/10/
63 Modulação hepática IL-6 IFN- IL-11 TGF- Proteínas da fase aguda
64 Resposta de fase aguda Após o estimulo inflamatório local, esta resposta é caracterizada por febre, produção de diversos hormônios, leucocitose e produção de proteínas de fase aguda pelo fígado. 08/10/
65 Resposta da fase aguda Pode ocorrer frente aos seguintes estímulos inflamatórios: Trauma Tumores Auto-imunidade Infecções Doenças crônicas
66 Proteínas da fase aguda Proteína Principal: Proteína C-reativa Complemento: C2, C3, C5, fator B, C4-binding protein Coagulação: Fibrinogênio Inibidores de protease: A1AT, A2MG, A1-antiquimotripsia, Inibidor I do ativador plasminogênico
67 Proteína C-reativa Entre as proteínas de fase aguda, destaca-se a proteína C-reativa (PCR), uma vez que seu nível sérico é aumentado aproximadamente vezes durante a inflamação aguda.
68 Proteína C-reativa Apresenta ligeira especificidade Opsoniza células cobertas por C- polissacarídeos Considerado uma forma primitiva de anticorpo Pode ativar o complemento
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70 PROTEÍNA C REATIVA - Ultra-sensível Inferior a 0,80 mg/dl: quando > 0,80 são interpretados como proteína de fase aguda (avaliação de processos inflamatórios e ou infecciosos) Inferior a 0,21 mg/dl: quando > 0,21 são interpretados como indicador de risco de doença vascular. Limite de detecção da técnica : 0,01 mg/dl 08/10/
71 Tabela 1 - Valores de referência de PCR na avaliação de risco de doença cardiovascular e do processo inflamatório ou infeccioso Quadro clínico Valores de PCR (mg/dl) Risco de doença vascular 0,3 Processo inflamatório ou infeccioso 0,5 08/10/
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73 Proteína C-reativa e a Periodontite Wu et al. (2000) Os resultados mostram uma significante relação entre indicadores de um pobre estado periodontal e os níveis séricos de PCR e fibrinogênio. Os autores sugerem que a periodontite altera fatores como a PCR, o fibrinogênio e o colesterol, podendo ser a ponte entre a associação da DP com as doenças cardiovasculares.
74 Proteína C-reativa e a Periodontite Christodoulides et al. 2007: Os autores demonstram um aumento significante nos níveis da CRP em pacientes com periodontite quando comparados a indivíduos sadios.
75 Exemplos da aplicação clínica das proteínas de fase aguda
76 Aplicação clínica Paciente do sexo M - 52 anos Controle razoável de placa 2 molares com exo indicada por lesão periodontal Exudato abundante Relato de febre e mal-estar Diagnóstico: Periodontite crônica generalizada
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79 Proteína C- reativa Exame inicial: 96 mg/dl Exame intermediário: 12 mg/dl Exame final: reação negativa
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81 Parâmetros laboratoriais VHS: 24 mm C-reativa: 4.5 mg/dl Após tratamento: VHS: > 9 mm C-reativa: reação negativa
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