Considera-se praticado o crime no momento do resultado.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Considera-se praticado o crime no momento do resultado."

Transcrição

1 TEMPO DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE TEORIA DO RESULTADO TEORIA MISTA / UBIQUIDADE Considera-se praticado o crime no momento da conduta (A/O) teoria adotada pelo CP (art. 4 ). Art. 4º C.P. - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Considera-se praticado o crime no momento do resultado. Considera-se praticado o crime no momento da conduta (A/O) ou do resultado. LUGAR DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE TEORIA DO RESULTADO TEORIA MISTA / UBIQUIDADE O crime considera-se praticado no lugar da conduta. O crime considera-se praticado no lugar do resultado. o crime considera-se praticado no lugar da conduta ou do resultado. Adotada. Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (a circunstância alheia à vontade do agente que impediu o resultado deve ocorrer no território nacional). TEORIA TRIPARTITE Crime = fato típico + ilicitude + culpabilidade CRIME TEORIA BIPARTITE Crime = fato típico + ilicitude * Culpabilidade como pressuposto para aplicação da pena TEORIA CAUSALISTA (CAUSAL-NATURALISTA/ CLÁSSICA/NATURALÍSTICA/MECANICISTA) TEORIA NEOKANTISTA (CAUSAL-VALORATIVA/NEOCLÁSSICA/NORMATIVISTA) TEORIA FINALISTA CONDUTA Idealizada por Von Liszt, Beling, Radbruch. Início do século XIX. Marcadas pelos ideais positivistas. Segue o método empregado pelas ciências naturais Crime: (Teoria tripartite) - Fato típico (conduta), Ilicitude e Culpabilidade Conduta: movimento corporal voluntário que produz uma modificação no mundo exterior, perceptível pelos sentidos. Experimentação Idealizada por Edmund Mezger. Desenvolvida nas primeiras décadas do século XX. Tem base causalista Fundamenta-se em uma visão neoclássica, marcada pela superação do positivismo, introduzindo a racionalização do método Valoração Conduta: Comportamento humano voluntário causador de um resultado. Criada por Hans Welzel. Meados do século XX ( ). Percebe que o dolo e a culpa estavam inseridos no substrato errado (não devem integrar a culpabilidade). Conduta: Comportamento humano voluntário psiquica-

2 TEORIA FINALSITA (ÔNTICO-FENOMENOLÓGICA) TEORIA SOCIAL DA AÇÃO mente dirigido a um fim (toda conduta é orientada por um querer). OBS: Para Welzel, toda consciência é intencional. OBS: Retira do dolo seu elemento normativo (consciência da ilicitude). OBS: Culpabilidade formada apenas por elementos normativos (potencial consciência da ilicitude, exigibilidade de conduta diversa, imputabilidade). OBS: Dolo normativo (consciência da ilicitude) passa a ser dolo natural/valorativamente neutro (dolo sem consciência da ilicitude). Dica: supera-se a cegueira do causalismo com um finalismo vidente. Desenvolvida por Wessels, tendo como principal adepto Jescheck. A pretensão desta teoria não é substituir as teorias clássica e finalista, mas acrescentar-lhes uma nova dimensão, qual seja, a relevância social do comportamento. Conduta: Comportamento humano voluntário psiquicamente dirigido a um fim, socialmente reprovável. ATENÇÃO: para esta teoria, o dolo e a culpa integram o fato típico (finalismo), mas são novamente analisados no juízo da culpabilidade (causalismo). FUNCIONALISMO (TEORIAS FUNCIONALISTAS) Ganham força e espaço na década de 1970, discutidas com ênfase na Alemanha. Buscam adequar a dogmática penal aos fins do Direito Penal. Percebem que o Direito Penal tem necessariamente uma missão e que seus institutos devem ser compreendidos de acordo com essa missão (edificam o Direito Penal a partir da função que lhe é conferida). Conclusão: a conduta deve ser compreendida de acordo com a missão conferida ao direito penal. Roxin (Escola de Munique) CRIME: fato típico (conduta), ilícito e reprovável (imputabilidade, potencial consciência da ilicitude, exigibilidade de conduta diversa e necessidade da pena). FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO / DUALISTA / MODERA- DO / DA POLÍTICA CRIMINAL / VALORATIVO OBS: Roxin busca a reconstrução do Direito Penal com base em critérios político-criminais. FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / RADICAL Missão do Direito Penal: proteção de bens jurídicos. Proteger os valores essenciais à convivência social harmônica. Conduta: Comportamento humano voluntário causador de relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. Jakobs (Escola de Bonn) CRIME: fato típico (conduta), ilícito e culpável (imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa). OBS: Para Jakobs, o Direito Penal deve visar primordialmente à reafirmação da norma violada e ao fortalecimento das expectativas de seus destinatários. FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / RADICAL Missão do Direito Penal: Assegurar a vigência do sistema. Está relativamente vinculada à noção de sistemas sociais (Niklas Luhmann). Conduta: Comportamento humano voluntário causador de um resultado violador do sistema, frustrando as ex-

3 pectativas normativas. OBS: Ação é produção de resultado evitável pelo indivíduo (teoria da evitabilidade individual). OBS: O agente é punido porque violou a norma e a pena visa reafirmar a norma violada. TEORIAS DO DOLO TEORIA DA VONTADE TEORIA DA REPRESENTAÇÃO TEORIA DO CONSENTIMENTO/ ASSENTIMENTO Dolo é a vontade consciente de querer praticar a infração penal. Dolo = previsão (consciência) + querer OBS: Adotada pelo CP em relação ao dolo direto. #Quais destas teorias foram adotadas pelo Brasil? - Teoria da vontade: dolo direto - Teoria do consentimento: dolo eventual Fala-se em dolo sempre que o agente tiver a previsão do resultado como possível e, ainda assim, decidir prosseguir com a conduta. Dolo = previsão ( consciência) + prosseguir com a conduta ATENÇÃO: Esta teoria acaba abrangendo no conceito de dolo a culpa consciente. Fala-se em dolo sempre que o agente tiver a previsão do resultado como possível e, ainda assim, decide prosseguir com a conduta, assumindo o risco de produzir o evento. Dolo = previsão (consciência) + prosseguir com a conduta assumindo o risco do evento OBS: Esta teoria, diferente da anterior, não mais abrange no conceito de dolo a culpa consciente. OBS: Adotada pelo CP em relação ao dolo eventual. INDEPENDÊNCIA (BELING) CARÁTER INDICIÁRIO DA ILICITUDE (RATIO COGNOSCENDI) (MAYER) FASES DA TIPICIDADE ESSÊNCIA DA ILICITUDE ( RATIO ESSENDI ) (MEZGER) TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO (ILICITUDE SEM AUTONO- MIA) Não há ligação do fato típico com a ilicitude e com a culpabilidade. Ocorrendo o fato típico há um indício de ilicitude, que poderá ser afastada se ocorrer alguma de suas excludentes. Adotada pelo CP. Todas as condutas típicas são ilícitas. Tipicidade e ilicitude não são institutos distintos. Todas as condutas típicas são ilícitas. No entanto, para essa teoria, as causas de exclusão da ilicitude integram a tipicidade. TEORIA DA AUTONOMIA OU ABSOLUTA INDEPEN- DÊNCIA RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE TEORIA DA INDICIARIEDA- DE OU RATIO COGNOS- CENDI TEORIA DA ABSOLUTA DEPENDÊNCIA OU RATIO ESSENDI TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO VON BELING (1906). A tipicidade não tem qualquer relação com a ilicitude. CUIDADO: excluída a ilicitude o fato permanece típico. Ex: Fulano mata Beltrano temos um fato típico. Comprovado que Fulano agiu em legítima defesa, exclui a ilicitude, mas permanece o fato típico. MAYER (1915). A existência de fato típico gera presunção de ilicitude. - Relativa dependência. CUIDADO: excluída a ilicitude, o fato permanece típico. Ex: Fulano mata Beltrano. Comprova a tipicidade, presume-se a ilicitude. Fulano tem que provar que agiu em legítima defesa. Comprovando, desaparece MEZGER (1930) A ilicitude é essência da tipicidade, numa relação de absoluta dependência. CUIDADO: excluída a ilicitude, exclui-se o fato típico (tipo total injusto). Chega no mesmo resultado da 3ª teoria, mas por outro caminho. De acordo com essa teoria, o tipo penal é composto de elementos positivos (explícitos) e elementos negativos (implícitos). ATENÇÃO: para que o fato seja típico, é preciso praticar os elementos positivos do tipo, e não praticar os elementos negativos do tipo.

4 a ilicitude, mas o fato continua típico. De acordo com a maioria da doutrina, o Brasil seguiu a TEORIA DA INDICIARIE- DADE, isto é, provada a tipicidade, presume-se relativamente a ilicitude, provocando inversão do ônus da prova nas descriminantes. Ex: matar alguém. Elementos positivos: matar alguém. Elementos negativos: estado necessidade/legítima defesa. TEORIA DIFERENCIADORA CPM arts. 39 e 45 Estado de necessidade justificante Exclui a ilicitude Bem jurídico: vale + ou = (vida) Bem sacrificado: vale ou + (patrimônio) Estado de necessidade exculpante Exclui a culpabilidade Bem jurídico: vale - (patrimônio) Bem sacrificado: vale + (vida) ESTADO DE NECESSIDADE TEORIA UNITÁRIA CP art. 24, 2 Estado de necessidade justificante Exclui a ilicitude Bem jurídico: vale + ou = (vida) Bem sacrificado: vale ou + (patrimônio) #E no caso do bem protegido valer menos que o bem sacrificado? Pode servir como diminuição de pena. OBS: Para a Teoria Diferenciadora o Estado de Necessidade pode ser ou causa de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade (considera a variação de valor dos bens em conflito). Para a Teoria Unitária o Estado de Necessidade será sempre causa de exclusão da ilicitude (estado de necessidade justificante). TEORIA LIMITADA DA CULPABILIDA- DE (prevalece no Brasil) ERRO SOBRE OS PRESSUPOSTOS FÁTICOS TEORIA EXTREMADA DA CULPABILI- DADE TEORIA EXTREMADA SUI GENERIS DA CULPABILIDADE O erro sobre os pressupostos fáticos deve equiparar-se a erro de tipo. Se inevitável, exclui dolo e culpa; se evitável, pune a culpa. Prevista na exposição de motivos do CP. Apesar de previso no art. 20, 1 que o agente fica isento de pena, a consequência será a exclusão da tipicidade (ausência de dolo e culpa). Equipara-se a erro de proibição. Se inevitável, isenta o agente de pena; se evitável, diminui a pena. De acordo com essa teoria, o art. 20, 1, CP, reúne as duas teorias anteriores, seguindo a extremada, quando o erro é inevitável, e a limitada, quando o erro é evitável. TEORIA PSICOLÓGICA CULPABILIDADE FRANZ VON LISZT E BELING A culpabilidade seria constituída pelo elemento psicológico dolo ou culpa. A imputabilidade não é elemento da culpabilidade. A imputabilidade é considerada como um pressuposto para análise da culpabilidade e não elemento constitutivo dela. O dolo é normativo (consciência da ilicitude). EDMUND MEZGER, BERTOLD FREUDENTHAL, GOLDS- CHIMITD E FRANK. A culpabilidade seria constituída pelos elementos psico-

5 TEORIA PSICOLÓGICO-NORMATIVA TEORIA NORMATIVA OU TEORIA NORMATIVA PURA lógicos/subjetivos (dolo e culpa), além dos elementos normativos: imputabilidade e exigibilidade de conduta diversa. Para esta segunda teoria a consciência da ilicitude estava embutida no dolo. Atualmente, o dolo é o binômio consciência e vontade, sendo que a consciência não é da ilicitude, mas sim a consciência de saber o que se está fazendo. Não rompe com o causalismo, mas é influenciada pelo neokantismo. HANS WELZEL Toda conduta humana é destinada a um fim, portanto, toda conduta humana é dolosa ou culposa, necessariamente. Welzel retirou o dolo e a culpa da culpabilidade e os colocou na conduta humana, elemento do fato típico. Ao fazer isso, retira a consciência da ilicitude do dolo (aspecto normativo), para entender que culpabilidade é imputabilidade, exigibilidade de conduta diversa e a potencial consciência da ilicitude. Este é o atual estágio da culpabilidade culpabilidade normativa. Dolo e culpa fazem parte da conduta humana penalmente relevante, ao passo que a culpabilidade é constituída de elementos normativos. Dolo deixa de ser normativo e passa a ser natural. TEORIA DA HOSTILIDADE AO BEM JURÍDICO/CRITÉRIO MATERIAL Consideram-se atos executórios aqueles que atacam o bem jurídico, criando-lhe concreta situação de perigo. Nélson Hungria. TEORIAS SOBRE O MOMENTO DE INÍCIO DA EXECUÇÃO TEORIA OBJETIVO-FORMAL Entende-se como ato executório aquele que inicia a realização do núcleo do tipo. Frederico Marques. TEORIA OBJETIVO-INDIVIDUAL Consideram-se atos executórios aqueles que, de acordo com o plano do agente, ocorrem no período imediatamente anterior ao começo da realização do núcleo. STJ. Maioria da doutrina moderna. Zaffaroni. TEORIA OBJETIVA/REALÍSTICA PUNIÇÃO DA TENTATIVA TEORIA SUBJETIVA/VOLUNTARÍSTICA/MONISTA Observa o aspecto objetivo do delito (sob a perspectiva dos atos praticados pelo agente). A punição se fundamenta no perigo de dano acarretado ao bem jurídico, verificado na realização de parte do processo executório. Conclusão: por ser objetivamente incompleta, a tentativa merece pena reduzida. A tentativa é chamada de tipo manco. Quanto maior a proximidade da consumação menor será a diminuição, e vice-versa (leva-se em conta o iter criminis percorrido pelo agente). Adotado pelo CP. Observa o aspecto subjetivo do delito (sob a perspectiva do dolo). Conclusão: sob a perspectiva subjetiva (dolo), a consumação e a tentativa são idênticas, logo, a tentativa deve ter a mesma pena da consumação, sem redução. Regra: Teoria objetiva (pune-se a tentativa com a pena da consumação reduzida de 1/3 a 2/3). Exceção: Teoria subjetiva (pune-se a tentativa com a mesma pena da consumação sem redução). São os crimes de atentado ou empreendimento.

6 CRIME IMPOSSÍVEL / QUASE-CRIME / CRIME OCO / TENTATIVA INIDÔNEA / TENTATIVA INADEQUADA / TENTATIVA INÚTIL TEORIA SINTOMÁTICA TEORIA SUBJETIVA TEORIA OBJETIVA Com a sua conduta, demonstra o agente ser perigoso, razão pela qual deve ser punido, ainda que o crime se mostre impossível de ser consumado. Por ter como fundamento a periculosidade do agente, esta teoria se relaciona diretamente com o direito penal do autor. Sendo a conduta subjetivamente perfeita (vontade consciente de praticar o delito), deve o agente sofrer a mesma pena cominada à tentativa, sendo indiferente os dados (objetivos) relativos à impropriedade do objeto ou ineficácia do meio, ainda quando absolutas. O agente deve ser punido porque revelou vontade de praticar o crime. Crime é conduta e resultado. Este configura dano ou perigo de dano ao bem jurídico. A execução deve ser idônea, ou seja, trazer a potencialidade do evento. Caso inidônea, temos configurado o crime impossível. O agente não deve ser punido porque não causou perigo aos bens penalmente tutelados. A teoria objetiva subdivide-se: 1) TEORIA OBJETIVA PURA: não há tentativa, mesmo que a inidoneidade seja relativa, considerando-se, neste caso, que não houve conduta capaz de causar lesão. 2) TEORIA OBJETIVA TEMPERADA OU INTERMEDIÁRIA: a ineficácia do meio e a impropriedade do objeto devem ser absolutas para que não haja punição. Sendo relativas, punese a tentativa. É a teoria adotada pelo Código Penal. TEORIA MONISTA (UNITÁRIA OU IGUALITÁRIA) CONCURSO DE AGENTES TEORIA PLURALISTA TEORIA DA CUMPLICIDADE-DELITO DISTINTO TEORIA DA AUTONOMIA DA CON- CORRÊNCIA TEORIA DUALISTA O crime é único para todos os concorrentes. Regra no CP. A pena será aplicada na medida da culpabilidade de cada agente. O juiz fixará a pena levando em consideração circunstâncias relacionadas ao fato, à vítima e ao agente. Segundo Luiz Regis Prado, o CP adotou a teoria monista de forma matizada ou temperada, já que estabeleceu certos graus de participação e um verdadeiro reforço do princípio constitucional da individualização da pena. A cada um dos agentes se atribuem conduta, razão pela qual cada um responde por delito autônomo. Haverá tantos crimes quanto sejam os agentes que concorrem para o fato. Cada um responde pelo seu crime. Adotada pelo CP em casos excepcionais. Tem-se um crime para os executores do núcleo e outro aos que não o realizam, mas concorrem de qualquer modo. Divide a responsabilidade dos autores e dos partícipes. Crime único para autores principais (participação primária) e outro crime único para os autores secundários/partícipes (participação secundária). O CP adotou como regra a TEORIA MONISTA: Art. 29 C.P. - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na me - dida de sua culpabilidade. Excepcionalmente, no que tange à infração penal, o CP adotou ora o DUALISMO, ora o PLURALISMO. Exemplo - dualismo: art. 29, 1 e 2, CP. Exemplos - pluralismo: no aborto, o agente provocador responde pelo art. 126, CP e a gestante pelo art. 124, CP. TEORIA SUBJETIVA TEORIA UNITÁRIA TEORIA EXTENSIVA (Mezger) AUTORIA TEORIA OBJETIVA TEORIA DUALISTA TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO

7 não existe distinção entre autor e partícipe. Conclusão: todo aquele que de alguma forma contribui para a produção do resultado é autor. OBS: Tem como fundamento a teoria da equivalência dos antecedentes causais. não distingue autor do partícipe, mas permite o estabelecimento de graus diversos de autoria. Conclusão: todos aqueles que concorrem para o mesmo evento são autores. No entanto, a depender da contribuição temos graus diversos de autoria. OBS: Tem como fundamento a teoria da equivalência dos antecedentes causais. Estabelece clara distinção entre autor e partícipe. Conceito restritivo de autor. Esta teoria divide-se em: 1. TEORIA OBJETIVO FOR- MAL: Autor: realiza o núcleo do tipo. Executa, total ou parcialmente, a conduta que realiza o tipo. Partícipe: concorre sem realizar o núcleo do tipo. Coautoria: conjuntamente realizam o núcleo do tipo princípio da imputação recíproca. Concepção majoritariamente adotada. OBS: não explica as questões que envolvem a autoria mediata. 2. TEORIA OBJETIVO MA- TERIAL: Autor: contribui de forma mais efetiva para a concorrência do resultado (sem necessariamente praticar o núcleo do tipo) Partícipe: concorre de forma menos relevante Exposição de motivos do Código Penal item 25 (adotou teoria objetivo formal) OBS: na concepção de Roxin, o domínio do fato pode se dar de 3 formas: - Domínio da ação (autor imediato): o autor realiza pessoalmente os elementos do tipo. - Domínio da vontade (autor mediato): é autor aquele que domina a vontade de um terceiro que é utilizado como instrumento. - Domínio funcional do fato (autor funcional): em uma atuação conjunta (divisão de tarefas) para a realização de um fato, é autor aquele que pratica um ato relevante na execução (não na fase preparatória) do plano delitivo global. #Autor: é quem controla finalisticamente o fato, ou seja, quem decide a sua forma de execução, seu início, cessação e demais condições. Ex.: Mensalão : José Dirceu era quem controlava os eventos, apesar de não ter realizado os núcleos dos tipos. #Partícipe: será aquele que, embora colabore dolosamente para o alcance do resultado, não exerce domínio sobre a ação. ATENÇÃO: Podemos afirmar que tem o controle final do fato: a) Aquele que, por sua vontade, executa o núcleo do tipo (autor propriamente dito) b) Aquele que planeja o crime para ser executado por outras pessoas (autor intelectual) c) Aquele que se vale de um não culpável ou de pessoa que age sem dolo ou culpa para executar o tipo (autor mediato) OBSERVAÇÃO IMPORTAN- TE: a teoria do domínio do fato tem aplicação apenas nos crimes dolosos, única forma em que se admite o controle finalístico sobre o fato criminoso. Nos crimes culposos, o autor não possui o domínio do fato, pois

8 não quer a produção do resultado. TEORIA DA ACESSORIEDA- DE MÍNIMA Para punir o partícipe, basta que o fato principal seja típico. Crítica: é uma teoria injusta, pois se o partícipe induzir alguém a matar outrem em legítima defesa, só o partícipe será punido. TEORIA DA ACESSORIEDA- DE MÉDIA / LIMITADA (prevalece) Para punir o partícipe, basta que o fato principal seja típico e ilícito, independentemente da culpabilidade e da punibilidade do agente. Ex.: Fulano participa de fato praticado por menor. ATENÇÃO: Fulano é partícipe (e não autor mediato). Não se confunde o partícipe de um fato previsto com crime praticado por um menor com o autor mediato que se vale de um menor para praticar um fato. PARTÍCIPE TEORIA DA ACESSORIEDA- DE MÁXIMA (EXTREMADA) Para punir o partícipe, basta que o fato principal seja típico, ilícito e culpável. Ex.: Fato praticado por menor com auxílio de um maior imputável, este agente não será punível. TEORIA DA HIPERACESSO- RIEDADE Para punir o partícipe, o fato principal deve ser típico, ilícito, culpável e punível. CORRENTE ABSOLUTISTA FINALIDADES DA PENA CORRENTE UTILITARISTA/RELATI- VAS/PREVENTIVAS CORRENTE ECLÉTICA (TEORIA MISTA) A pena tem como objetivo retribuir o mal causado. A pena não possui nenhum fim socialmente útil. Kant e Hegel. A pena atua como instrumento de prevenção. A pena objetiva retribuição + prevenção. Adotada pelo nosso CP (art. 59). Art O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. SISTEMA DO CÚMU- LO MATERIAL Cada delito corresponde a uma pena, que será somada com as demais. É adotado pelo CP nos arts. 69 (concurso material), 70, caput, 2 a parte (concurso formal impróprio/imperfeito) e na aplicação das penas de multa. SISTEMA DO CÚMU- LO JURÍDICO Não há cumulação de panas. Aplica-se uma única pena, mas com severidade suficiente para atender a gravidade dos crimes praticados. SISTEMA DA APLICAÇÃO DA PENA ABSORÇÃO EXASPERAÇÃO RESPONSABILIDADE ÚNICA E DA PENA PROGRESSIVA ÚNICA A pena a ser aplicada deve ser a do delito mais grave. A pena a ser aplicada deve ser a do delito mais grave, mas aumentada em certa quantidade. Adotado pelo CP nos arts. 70, caput, 1 a parte (concurso formal próprio/perfeito) e 71 (crime continuado). Não há cumulação de penas, mas deve-se aumentar a responsabilidade do agente à medida que aumenta o número de infrações.

Direito Penal. Infração Penal: Teoria geral

Direito Penal. Infração Penal: Teoria geral Direito Penal Infração Penal: Teoria geral Sistemas de Classificação a) Sistema tripartido: Crimes, delitos e contravenções. Ex: França e Espanha. b) Sistema bipartido: Crimes ou delitos e contravenções.

Leia mais

Direito Penal - Professor Sandro Caldeira. Concurso de Pessoas

Direito Penal - Professor Sandro Caldeira. Concurso de Pessoas Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Concurso de Pessoas Art. 29 CP - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade Conceito: Configura-se

Leia mais

TEORIA DO DELITO parte 02

TEORIA DO DELITO parte 02 TEORIA DO DELITO parte 02 Resultado Desistência voluntária Art. 15 do CP Arrependimento eficaz Art. 15 do CP Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste

Leia mais

EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL

EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL 1) O Código Penal Brasileiro estabelece, em seu artigo 137, o crime de rixa, especificamente apresentando os elementos a seguir. Participar de rixa, salvo para separar os contendores:

Leia mais

Teorias da Conduta/Omissão

Teorias da Conduta/Omissão Teorias da Conduta/Omissão Teoria Normativa juizo post facto Teoria Finalista (Não) fazer com um fim a ser atingido (Johannes Welzel e Francisco Muñoz Conde) Dever/Poder de agir AUSÊNCIA DE CONDUTA - Movimentos

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Teoria Geral do Crime Militar Parte 6 Prof. Pablo Cruz Desistência voluntária e arrependimento eficaz Teoria Geral do Crime Militar Art. 31. O agente que, voluntariamente, desiste

Leia mais

3º CURSO POPULAR DE FORMAÇÃO DE DEFENSORAS E DEFENSORES PÚBLICAS

3º CURSO POPULAR DE FORMAÇÃO DE DEFENSORAS E DEFENSORES PÚBLICAS 3º CURSO POPULAR DE FORMAÇÃO DE DEFENSORAS E DEFENSORES PÚBLICAS AULAS 3 E 4 - TEORIA DO CRIME - AÇÃO 26.01.2019 1) Conceito de Crime: a) Formal: crime é o ilícito seguido de pena. Conceito cientificamente

Leia mais

Teoria geral do crime

Teoria geral do crime CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 48 DATA 09/10/15 DISCIPLINA DIREITO PENAL (NOITE) PROFESSOR CHRISTIANO GONZAGA MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 06/08 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes

Leia mais

Direito Penal. Concurso de Pessoas

Direito Penal. Concurso de Pessoas Direito Penal Concurso de Pessoas Introdução - Concurso de agentes ou concurso de delinquentes ou codelinquência ou concursus delinquentium; - Concorrência de duas ou mais pessoas para o cometimento de

Leia mais

Direito Penal. Tipicidade. Professor Adriano Kot.

Direito Penal. Tipicidade.  Professor Adriano Kot. Direito Penal Tipicidade Professor Adriano Kot www.acasadoconcurseiro.com.br www.estudaquepassa.com.br DIREITO PENAL TEORIA GERAL DO DELITO CONCEITO ANALÍTICO DIVIDE O CRIME EM TRÊS ELEMENTOS. SISTEMA

Leia mais

Série Resumos. Direito Penal Parte Geral FORTIUM. Brasília, DF (81) G971d

Série Resumos. Direito Penal Parte Geral FORTIUM. Brasília, DF (81) G971d Série Resumos VYVYANY VIANA NASCIMENTO DE AZEVEDO GULART Promotora de Justiça do Distrito Federal; Professora universitária; Professora de cursos preparatórios para concursos; Ex-Delegada da Polícia Civil

Leia mais

ILICITUDE PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

ILICITUDE PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES ILICITUDE PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Ilicitude ou antijuridicidade? Conceito. Há doutrina ensinando que os termos são sinônimos. Ocorre que o CP apenas fala em ilicitude. Isto se dá, pois o FT é um

Leia mais

Causas Supralegais de exclusão da culpabilidade

Causas Supralegais de exclusão da culpabilidade REVISÃO: Causas Supralegais de exclusão da culpabilidade a. Cláusula de consciência: muito invocada no caso das testemunhas de Geová, com fundamento na CRFB, art. 5º, inciso VI. b. Desobediência civil:

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Magistratura Estadual 9ª fase. Direito Penal. Concurso de Pessoas. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Magistratura Estadual 9ª fase. Direito Penal. Concurso de Pessoas. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Magistratura Estadual 9ª fase Período 2007-2016 1) CESPE Juiz Estadual TJ/PI - 2012 Em relação ao concurso de pessoas, assinale a opção correta. a) Segundo a jurisprudência

Leia mais

Concurso de Pessoas. 4. Requisitos do concurso de agentes:

Concurso de Pessoas. 4. Requisitos do concurso de agentes: Concurso de Pessoas 1. Conceito: ocorre quando um crime unissubjetivo é praticado por mais de uma pessoa. Tratando-se de crime plurissubjetivo (ou de concurso necessário), a participação de mais de uma

Leia mais

Conteúdo Edital PMGO

Conteúdo Edital PMGO Direito Penal Parte Geral Professor Samuel Silva Conteúdo Edital PMGO 1. Princípios constitucionais do Direito Penal. 2. A lei penal no tempo. A lei penal no espaço. Interpretação da lei penal. 3. Infração

Leia mais

Conceito de Erro. Falsa representação da realidade.

Conceito de Erro. Falsa representação da realidade. ERRO DE TIPO Conceito de Erro Falsa representação da realidade. Existem dois tipos de erros: ERRO DE TIPO art. 2O (exclui a tipicidade) ERRO DE PROIBIÇÃO art. 21 (exclui a culpabilidade) ERRO DE TIPO O

Leia mais

TEORIA JURÍDICA DO DELITO

TEORIA JURÍDICA DO DELITO PEDRO KREBS Mestre em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), é professor de Direito Penal nessa universidade, na Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do

Leia mais

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 1 Evolução Histórica

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 1 Evolução Histórica Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 1 Evolução Histórica 1. Considerações Gerais Acerca da Evolução História da Teoria do Delito Considerações Gerais A teoria do delito constitui suporte imprescindível

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Penal Teoria do Crime. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Penal Teoria do Crime. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Teoria do Crime Promotor de Justiça Período 2010 2016 1) COMISSÃO EXAMINADORA PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE SP (2015) Após a leitura dos enunciados abaixo, assinale a alternativa

Leia mais

1º HORÁRIO Título da co-autoria (isso porque o CP 1940 confundia co-autoria com concurso.

1º HORÁRIO Título da co-autoria (isso porque o CP 1940 confundia co-autoria com concurso. Assuntos Tratados 1ª Horário Concurso de Pessoas Paralelo entre CP de 1940 e 1980 Requisitos Natureza Jurídica 2º Horário Concurso de Pessoas (continuação) Natureza Jurídica Crime Próprio, Comum e de Mão

Leia mais

PONTO 1: Potencial Consciência da Ilicitude PONTO 2: Exigibilidade de Conduta Diversa PONTO 3: Concurso de Pessoas

PONTO 1: Potencial Consciência da Ilicitude PONTO 2: Exigibilidade de Conduta Diversa PONTO 3: Concurso de Pessoas 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Potencial Consciência da Ilicitude PONTO 2: Exigibilidade de Conduta Diversa PONTO 3: Concurso de Pessoas Conforme a teoria normativa pura a culpabilidade apresenta a seguinte

Leia mais

TEORIA GERAL DO ERRO NO DIREITO PENAL

TEORIA GERAL DO ERRO NO DIREITO PENAL Sumário Nota explicativa da 6ª edição... 13 Parte I TEORIA GERAL DO ERRO NO DIREITO PENAL Considerações iniciais... 17 Capítulo I Erro de tipo... 23 1. Conceito... 23 2. Espécies de erro de tipo... 25

Leia mais

1. CRIMES QUALIFICADOS OU AGRAVADOS PELO RESULTADO. Art. 19 do CP Agente deve causar pelo menos culposamente.

1. CRIMES QUALIFICADOS OU AGRAVADOS PELO RESULTADO. Art. 19 do CP Agente deve causar pelo menos culposamente. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Crimes Qualificados ou Agravados pelo Resultado PONTO 2: Erro de Tipo PONTO 3: Erro de Tipo Essencial PONTO 4: Erro determinado por Terceiro PONTO 5: Discriminantes Putativas PONTO

Leia mais

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 2 Teorias da Conduta Humana

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 2 Teorias da Conduta Humana Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 2 Teorias da Conduta Humana 1. Fase Causal-Naturalista Características Fase Causal-Naturalista Desenvolve-se a partir de 1880 e domina a doutrina por 30 anos.

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Evolução da teoria da tipicidade penal Luiz Flávio Gomes * Primeira etapa: causalismo O tipo penal, no tempo do causalismo de von Liszt e de Beling (final do século XIX e começo

Leia mais

ÍNDICE 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ERRO DO TIPO ERRO DE TIPO ESSENCIAL ERRO DO TIPO ACIDENTAL... 12

ÍNDICE 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ERRO DO TIPO ERRO DE TIPO ESSENCIAL ERRO DO TIPO ACIDENTAL... 12 TEORIA DO ERRO ÍNDICE 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS...4 2. ERRO DO TIPO... 7 3. ERRO DE TIPO ESSENCIAL...9 4. ERRO DO TIPO ACIDENTAL... 12 Erro sobre a pessoa...12 Descriminantes putativas...12 Erro determinado

Leia mais

CRIME = FT + A + C AULA 16. Vamos agora dar prosseguimento, já que falamos do primeiro elemento que foi

CRIME = FT + A + C AULA 16. Vamos agora dar prosseguimento, já que falamos do primeiro elemento que foi Turma e Ano: Master A (2015) 13/05/2015 Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 16 Professor: Marcelo Uzeda de Farias Monitor: Alexandre Paiol AULA 16 CONTEÚDO DA AULA: - Ilicitude, exclusão de ilicitude

Leia mais

Super Receita 2013 Direito Penal Teoria Geral do Crime Emerson Castelo Branco

Super Receita 2013 Direito Penal Teoria Geral do Crime Emerson Castelo Branco Super Receita 2013 Direito Penal Teoria Geral do Crime Emerson Castelo Branco 2013 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. TEORIA GERAL DO CRIME CONCEITO DE CRIME O conceito

Leia mais

Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar:

Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar: PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PENAL P á g i n a 1 Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar: a) O fato punível praticado sob coação irresistível é capaz de excluir

Leia mais

AULA 05. Dando prosseguimento a Teoria do Crime. Breve explicação extraclasse. Culpabilidade. Ilícitude. Tipicidade. Ação

AULA 05. Dando prosseguimento a Teoria do Crime. Breve explicação extraclasse. Culpabilidade. Ilícitude. Tipicidade. Ação Turma e Ano: Master A (2015) 04/03/2015 Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 05 Professor: Marcelo Uzeda de Farias Monitor: Alexandre Paiol AULA 05 CONTEÚDO DA AULA: - Teoria do crime Dando prosseguimento

Leia mais

1. REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS 2) RELEVÂNCIA CAUSAL DE CADA UMA DAS AÇÕES 3) LIAME SUBJETIVO ENTRE OS AGENTES

1. REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS 2) RELEVÂNCIA CAUSAL DE CADA UMA DAS AÇÕES 3) LIAME SUBJETIVO ENTRE OS AGENTES 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Requisitos do Concurso de Pessoas PONTO 2: Autoria PONTO 3: Autoria Mediata ou Indireta PONTO 4: Formas de Concurso de Pessoas PONTO 5: Punibilidade no Concurso de Pessoas PONTO

Leia mais

1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO FATO TÍPICO

1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO FATO TÍPICO 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Teoria Constitucionalista do Delito PONTO 2: Legítima Defesa PONTO 3: Exercício Regular de Direito PONTO 4: Estrito Cumprimento do Dever Legal 1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO

Leia mais

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO Erro de tipo é o que incide sobre s elementares ou circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificação ou dados secundários da norma

Leia mais

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei LEGALE Tipo Penal Tipo Penal Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei Tipo Penal Dessa forma, o tipo penal: - do homicídio é MATAR ALGUÉM - do furto é SUBTRAIR PARA SI OU PARA OUTREM COISA

Leia mais

Direito Penal. Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal ERRO DE TIPO, ERRO DE PROIBIÇÃO E ERRO SOBRE A PESSOA TÍTULO II

Leia mais

Direito Penal Promotor de Justiça - 4ª fase

Direito Penal Promotor de Justiça - 4ª fase CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Promotor de Justiça - 4ª fase Iter Criminis Período 2004-2016 1) FCC Técnico - MPE SE (2013) Por si própria, a conduta de premeditar um crime de homicídio

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR: CONCEITO E PRINCÍPIOS...

DIREITO PENAL MILITAR: CONCEITO E PRINCÍPIOS... Sumário Capítulo I DIREITO PENAL MILITAR: CONCEITO E PRINCÍPIOS... 25 1. Conceito... 25 2. Princípio da legalidade (ou da reserva legal) e da anterioridade... 26 3. Princípio da Intervenção Mínima (ou

Leia mais

Direito Penal. Consumação e Tentativa

Direito Penal. Consumação e Tentativa Direito Penal Consumação e Tentativa Crime Consumado Quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal (art. 14, I, CP); Realização plena dos elementos constantes do tipo legal; Crime Consumado

Leia mais

Sumário COLEÇÃO SINOPSES PARA CONCURSOS GUIA DE LEITURA DA COLEÇÃO PREFÁCIO... 19

Sumário COLEÇÃO SINOPSES PARA CONCURSOS GUIA DE LEITURA DA COLEÇÃO PREFÁCIO... 19 Sumário COLEÇÃO SINOPSES PARA CONCURSOS... 15 GUIA DE LEITURA DA COLEÇÃO... 17 PREFÁCIO... 19 Capítulo I DIREITO PENAL MILITAR: CONCEITO E PRINCÍPIOS... 21 1. Conceito... 21 2. Princípio da legalidade

Leia mais

STJ ANDRÉ LUíSCALLEGARI TEORIA GERAL DO E DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA. TERCEIRA EDiÇÃO REVISTA E AMPLIADA

STJ ANDRÉ LUíSCALLEGARI TEORIA GERAL DO E DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA. TERCEIRA EDiÇÃO REVISTA E AMPLIADA ANDRÉ LUíSCALLEGARI TEORIA GERAL DO E DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA TERCEIRA EDiÇÃO REVISTA E AMPLIADA SÃO PAULO EDITORA ATLAS S.A. - 2014 2013 by Editora Atlas S.A. As primeiras edições deste livro foram publicadas

Leia mais

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei LEGALE Tipo Penal Tipo Penal Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei Tipo Penal Dessa forma, o tipo penal: - do homicídio é MATAR ALGUÉM - do furto é SUBTRAIR PARA SI OU PARA OUTREM COISA

Leia mais

CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 15

CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 15 CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 15 DATA 21/08/15 DISCIPLINA DIREITO PENAL (NOITE) PROFESSOR CHRISTIANO GONZAGA MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 03/08 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes

Leia mais

CONCEITO DE DIREITO PENAL. Prof. Wilson Lopes

CONCEITO DE DIREITO PENAL. Prof. Wilson Lopes CONCEITO DE DIREITO PENAL Prof. Wilson Lopes Cesare de Beccaria: Dos Delitos e das Penas As vantagens da sociedade devem ser igualmente reparbdas entre todos os seus membros. No entanto, entre os homens

Leia mais

DUCTOR ONLINE DIREITO PENAL

DUCTOR ONLINE DIREITO PENAL ONLINE CONCURSO PARA CARTÓRIOS EXTRAJUDICIAIS DIREITO PENAL DO (CP, artigos 13 a 25) O QUE É? Conceito analítico ANTIJURÍDICO ou ILÍCITO CULPÁVEL TIPICIDADE ANTIJURIDICIDADE ou ILICITUDE CULPABILIDADE

Leia mais

Direito Penal. Tentativa. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Tentativa. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Tentativa Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal TENTATIVA Art. 14. Diz-se o crime: Crime consumado TÍTULO II Do Crime I consumado, quando nele se reúnem todos

Leia mais

SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL

SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL CAPÍTULO 1 DIREITO PENAL: NOÇÕES INTRODUTÓRIAS PARTE 1 Noções introdutórias 1 PARTE 2 Noções introdutórias 2 PARTE 3 Noções introdutórias 3 CAPÍTULO 2 PRINCÍPIOS

Leia mais

A pessoa que possui apenas o desejo de praticar um fato típico. criminosa, motivo pelo qual não são punidos os atos preparatórios do crime.

A pessoa que possui apenas o desejo de praticar um fato típico. criminosa, motivo pelo qual não são punidos os atos preparatórios do crime. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA A pessoa que possui apenas o desejo de praticar um fato típico não pode ser considerada criminosa, motivo pelo qual não são punidos os atos preparatórios do crime. Excepcionalmente,

Leia mais

Resultado. Conceito: Lesão ou perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal (Mirabete)

Resultado. Conceito: Lesão ou perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal (Mirabete) LEGALE RESULTADO Resultado Conceito: Lesão ou perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal (Mirabete) Resultado Dessa forma, o resultado pode ser: - Físico (externo ao homem) - Fisiológico

Leia mais

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29 Sumário Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 1. Introdução... 1 2. Princípios... 4 2.1. Princípio da legalidade... 5 2.2. Princípio da anterioridade da lei penal... 5 2.3. Princípio da irretroatividade

Leia mais

SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes

SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal CÓDIGO PENAL TÍTULO II Do Crime Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Art.

Leia mais

Sumário FUNDAMENTAIS DO DIREITO ... PENAL ...

Sumário FUNDAMENTAIS DO DIREITO ... PENAL ... Sumário CAPITULO 1 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PENAL... 1 1.1. Princípio da Legalidade - art. l fi do CP e art. 5 Q, inc. XXXIX, CF... 1 1.1.1. Funções e princípios decorrentes da legalidade ou

Leia mais

Direito Penal. Crime Doloso

Direito Penal. Crime Doloso Direito Penal Crime Doloso Conceito Doutrinário: dolo como a vontade livre e consciente de realizar a conduta objetiva descrita no tipo penal, desejando ou assumindo o risco de produzir certo resultado.

Leia mais

Aula 19. O sujeito ativo exercita uma faculdade que lhe é conferida pelo ordenamento.

Aula 19. O sujeito ativo exercita uma faculdade que lhe é conferida pelo ordenamento. Turma e Ano: Master A 2015 Matéria / Aula: Direito Penal Aula 19 Professor: Marcelo Uzêda Monitor: Yasmin Tavares Aula 19 6 - Exercício regular do direito Não existe um conceito legal. Direito compreende

Leia mais

Aula 20. O erro de direito já foi falado e é previsto no art. 35 do Código Penal Militar.

Aula 20. O erro de direito já foi falado e é previsto no art. 35 do Código Penal Militar. Página1 Curso/Disciplina: Direito Penal Militar Aula: Erros de fato e erros acidentais. Professor (a): Marcelo Uzêda Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 20 - Erro de fato: O erro de direito já foi falado

Leia mais

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. 1) art. 1º, CP : princípio da anterioridade da lei penal e princípío da legalidade ou da reserva legal

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. 1) art. 1º, CP : princípio da anterioridade da lei penal e princípío da legalidade ou da reserva legal Direito Penal ROTEIRO DE ESTUDO Prof. Joerberth Pinto Nunes DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1) art. 1º, CP : princípio da anterioridade da lei penal e princípío da legalidade ou da reserva legal 2) art. 2º,

Leia mais

PONTO 1: Excesso Punível PONTO 2: Culpabilidade PONTO 3: Institutos da emoção e da paixão PONTO 4: 1. EXCESSO PUNÍVEL. Art. 23, parágrafo único do CP.

PONTO 1: Excesso Punível PONTO 2: Culpabilidade PONTO 3: Institutos da emoção e da paixão PONTO 4: 1. EXCESSO PUNÍVEL. Art. 23, parágrafo único do CP. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Excesso Punível PONTO 2: Culpabilidade PONTO 3: Institutos da emoção e da paixão PONTO 4: 1. EXCESSO PUNÍVEL Art. 23, parágrafo único do CP. Cabe em quaisquer das quatro excludentes.

Leia mais

DA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal

DA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal DA NORMA PENAL Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal Teoria do Delito TEORIA DO DELITO Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio)

Leia mais

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 3 Teoria do Tipo Penal Objetivo

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 3 Teoria do Tipo Penal Objetivo Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 3 Teoria do Tipo Penal Objetivo 1. Conceito De Tipo Penal Conceito de Tipo Penal O tipo é ferramenta fundamental para limitar o poder punitivo do Estado e

Leia mais

DA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal

DA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal DA NORMA PENAL Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal Teoria do Delito TEORIA DO DELITO NEXO CAUSAL Teoria da Conditio sine qua non NEXO

Leia mais

1 Grupo CERS ONLINE

1 Grupo CERS ONLINE www.adverum.com.br 1 APRESENTAÇÃO Caro(a) Aluno(a), A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e estratégia. Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação

Leia mais

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Nota do Autor. Parte I Prolegômenos. Capítulo I Controle Social Capítulo II O Poder-Dever de Punir

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Nota do Autor. Parte I Prolegômenos. Capítulo I Controle Social Capítulo II O Poder-Dever de Punir ÍNDICE SISTEMÁTICO Nota do Autor Parte I Prolegômenos Capítulo I Controle Social Capítulo II O Poder-Dever de Punir 2.1. O poder-dever do Estado 2.2. Fundamentos do poder-dever de punir 2.3. Limites do

Leia mais

Tipicidade e Resultado

Tipicidade e Resultado CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Período 2010 2016 1) CESPE Auditor - TCU (2011) Acerca da tipicidade, da culpabilidade e da punibilidade, julgue o item a seguir. Se o juízo de adequação

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Parte 7 Prof. Pablo Cruz Estado de Necessidade Estado de Necessidade Justificante Diz o CPM: Estado de necessidade, como excludente do crime Estado de Necessidade Exculpante Diz o

Leia mais

3- Qual das seguintes condutas não constitui crime impossível?

3- Qual das seguintes condutas não constitui crime impossível? 1- Maria de Souza devia R$ 500,00 (quinhentos reais) a José da Silva e vinha se recusando a fazer o pagamento havia meses. Cansado de cobrar a dívida de Maria pelos meios amistosos, José decide obter a

Leia mais

Aula nº 07. Direito Penal (Parte Especial) Perdão Judicial no Homicídio, Induzimento ao Suicício

Aula nº 07. Direito Penal (Parte Especial) Perdão Judicial no Homicídio, Induzimento ao Suicício Página1 Curso/Disciplina: Direito Penal Aula: Direito Penal (Parte Especial) - 07 Professor(a): Marcelo Uzeda Monitor(a): Marianna Dutra de M. F. Peregrino Aula nº 07 Direito Penal (Parte Especial) Perdão

Leia mais

CURSO PREPARATÓRIO. RIO Polícia Rodoviária Federal DIREITO PENAL CONCEITO DE CRIME EXCLUDENTES DE CONDUTA. b) Vis absoluta

CURSO PREPARATÓRIO. RIO Polícia Rodoviária Federal DIREITO PENAL CONCEITO DE CRIME EXCLUDENTES DE CONDUTA. b) Vis absoluta CURSO PREPARATÓRIO RIO Polícia Rodoviária Federal CONCEITO DE CRIME CH DIREITO PENAL T A Professora Lidiane Portella C EXCLUDENTES DE CONDUTA a) Coação física f irresistível b) Vis absoluta c) Movimentos

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Parte 8 Prof. Pablo Cruz Exercício regular de direito. É o desempenho de uma atividade ou prática de uma conduta autorizada por lei, penal ou extrapenal, que torna lícito um fato

Leia mais

Direito Penal. Teoria do Erro no

Direito Penal. Teoria do Erro no Direito Penal Teoria do Erro no Direito Penal Noção Geral: Erro: Falsa representação da realidade; Introdução Distinção: Irrelevante distinção conceitual entre erro e ignorância (no direito penal); Espécies

Leia mais

CONDUTA INTRODUÇÃO (TEORIA GERAL DO CRIME) INTRODUÇÃO (TEORIA GERAL DO CRIME)

CONDUTA INTRODUÇÃO (TEORIA GERAL DO CRIME) INTRODUÇÃO (TEORIA GERAL DO CRIME) TEORIA GERAL DO CRIME TEORIA GERAL DO CRIME DIREITO PENAL Prof. Marcelo André de Azevedo INTRODUÇÃO FATO TÍPICO RESULTADO TEORIAS a) causal b) causal valorativa (neoclássica) c) finalista d) social e)

Leia mais

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s)

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s) Programa de DIREITO PENAL I 2º período: 80 h/a Aula: Teórica EMENTA Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. OBJETIVOS Habilitar

Leia mais

1 - Conceito de Crime

1 - Conceito de Crime 1 - Conceito de Crime A doutrina do Direito Penal tem procurado definir o ilícito penal sob três aspectos diversos. Atendendo-se ao Aspecto Externo, puramente nominal do fato, obtém-se um Conceito Formal;

Leia mais

DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu

DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu www.eduardofernandesadv.jur.adv.br CONCEITO: ANTIJURIDICIDADE OU ILICITUDE é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento

Leia mais

Reparação de Dano. A reparação do dano sempre beneficia o agente

Reparação de Dano. A reparação do dano sempre beneficia o agente LEGALE Reparação de Dano Reparação de Dano A reparação do dano sempre beneficia o agente Reparação de Dano Se o agente voluntariamente reparar o dano ou restituir a coisa, antes do recebimento da denúncia

Leia mais

sumário 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO TEORIA GERAL DO CRIME...

sumário 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO TEORIA GERAL DO CRIME... sumário 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL... 12 1.1 Princípios Constitucionais do Direito Penal... 12 1.2 Princípios Modernos do Direito Penal... 15 1.3 Características Gerais do Direito

Leia mais

Parte Geral ALEXANDRE ARARIPE MARINHO ANDRÉ GUILHERME TAVARES DE FREITAS. 3. a edição revista, atualizada e ampliada STJ

Parte Geral ALEXANDRE ARARIPE MARINHO ANDRÉ GUILHERME TAVARES DE FREITAS. 3. a edição revista, atualizada e ampliada STJ ALEXANDRE ARARIPE MARINHO ANDRÉ GUILHERME TAVARES DE FREITAS I Parte Geral 3. a edição revista, atualizada e ampliada THOMSON REUTERS REVISTADOS TRIBUNAIS'" MANUAL DE DIREITO PENAL PARTE GERAL 3. a edição

Leia mais

Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança.

Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança. DIREITO PENAL Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança. I N F R A Ç Ã O P E N A L INFRAÇÃO PENAL Existe diferença entre

Leia mais

CRIME E SEUS VÁRIOS CONCEITOS

CRIME E SEUS VÁRIOS CONCEITOS CRIME E SEUS VÁRIOS CONCEITOS Dara Graziele SILVA¹ RESUMO: O seguinte artigo falará sobre os conceitos de crime, passando pelo conceito formal, material e analítico, dentro do conceito analítico de crime

Leia mais

MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG

MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n. 16 - CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG À DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS CENTRO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO Recurso relativo a questão n. 16 (caderno A ) da prova de

Leia mais

TEORIA DO DELITO parte 3

TEORIA DO DELITO parte 3 TEORIA DO DELITO parte 3 EXCLUDENTES DE ILICITUDE Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Legítima defesa Art. 25 CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal Crime consumado (art. 14, I, CP) O crime será consumado quando nele se reunirem todos os elementos de sua definição legal, p.ex.: o crime de homicídio se consuma com a morte da vítima, pois é um crime

Leia mais

Sumário PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL NORMA PENAL... 33

Sumário PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL NORMA PENAL... 33 CAPÍTULO 1 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL... 13 1. Noções preliminares...13 2. Peculiaridades dos princípios do Direito Penal...13 3. Princípio da legalidade ou da reserva legal...14 3.1 Abrangência do princípio

Leia mais

DIREITO PENAL TEORIA DO CRIME. Prof. Ricardo Antonio Andreucci

DIREITO PENAL TEORIA DO CRIME. Prof. Ricardo Antonio Andreucci DIREITO PENAL TEORIA DO CRIME 1 O crime pode ser conceituado sob o aspecto material (considerando o conteúdo do fato punível), sob o aspecto formal e sob o aspecto analítico. CONCEITO DE CRIME 2 Conceito

Leia mais

Direito Penal. Concurso de Crimes

Direito Penal. Concurso de Crimes Direito Penal Concurso de Crimes Distinções Preliminares Concurso de crimes ou delitos X Concurso de pessoas ou agentes X Concurso de normas ou conflito aparente de normas penais - Concurso de crimes ou

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19 SUMÁRIO Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19 1. Noções preliminares... 19 2. Peculiaridades dos princípios do direito penal... 20 3. Princípio da legalidade ou da reserva legal... 20 3.1. Abrangência

Leia mais

Capítulo 1 Introdução ao Direito Penal...1

Capítulo 1 Introdução ao Direito Penal...1 S u m á r i o Capítulo 1 Introdução ao Direito Penal...1 1.1. Conceito de Direito Penal...1 1.2. As Fontes do Direito Penal...3 1.3. As Funções do Direito Penal...4 1.4. Objeto do Direito Penal...5 1.5.

Leia mais

Iter Criminis. Teorias que explicam a transição dos atos preparatórios para os atos executórios:

Iter Criminis. Teorias que explicam a transição dos atos preparatórios para os atos executórios: Iter Criminis São fases pelas quais passa o delito. 1. Cogitação (fase interna): é subjetiva, sendo impunível no Brasil. 2. Preparação (fase externa): em regra, no Brasil também é impunível. Por vezes,

Leia mais

Culpabilidade. Culpabilidade é sinônimo de responsabilidade. Em direito penal, cada um receberá uma pena na medida da sua culpabilidade.

Culpabilidade. Culpabilidade é sinônimo de responsabilidade. Em direito penal, cada um receberá uma pena na medida da sua culpabilidade. LEGALE Culpabilidade Culpabilidade Culpabilidade é sinônimo de responsabilidade. Em direito penal, cada um receberá uma pena na medida da sua culpabilidade. Culpabilidade Foi muito responsável Foi pouco

Leia mais

Grupo CERS ONLINE.

Grupo CERS ONLINE. 1 APRESENTAÇÃO Caro(a) Aluno(a), A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e estratégia. Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação direcionada, focada

Leia mais

PONTO 1: Ilicitude PONTO 2: Das Causas Legais de Exclusão da Ilicitude

PONTO 1: Ilicitude PONTO 2: Das Causas Legais de Exclusão da Ilicitude 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Ilicitude PONTO 2: Das Causas Legais de Exclusão da Ilicitude OBS: ADPF 130 revogou totalmente a Lei 5.250/67 (Lei de Imprensa). Hoje aplica-se o CC e o CP nesses casos. STF, HC

Leia mais

TEORIA DO CRIME. Prof: Luís Roberto Zagonel. Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal Academia Brasileira de Direito Constitucional

TEORIA DO CRIME. Prof: Luís Roberto Zagonel. Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal Academia Brasileira de Direito Constitucional TEORIA DO CRIME Advogado Criminalista Prof: Luís Roberto Zagonel Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal Academia Brasileira de Direito Constitucional Bacharel em Direito Universidade Tuiuti do

Leia mais

FATEB Faculdade de Telêmaco Borba

FATEB Faculdade de Telêmaco Borba PROGRAMA DE DISCIPLINA Curso: DIREITO Ano: 2016 Período: 3º Disciplina: Direito Penal I Aulas Teóricas: 108 h Aulas Práticas: 0h Carga Horária: 108h Docente: Introdução ao Direito Penal. Fontes do Direito

Leia mais

Aula Culpabilidade Imputabilidade

Aula Culpabilidade Imputabilidade Turma e Ano: Master A 2015 Matéria / Aula: Direito Penal Aula 20 Professor: Marcelo Uzêda Monitor: Yasmin Tavares Aula 20 10 Culpabilidade Conceito de culpabilidade (segundo a teoria finalista): é o juízo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ESTE DOCUMENTO NÃO SUBSTITUI O ORIGINAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ESTE DOCUMENTO NÃO SUBSTITUI O ORIGINAL 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Direito - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Número de créditos: Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 0 Períodos

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Parte 5 Prof. Pablo Cruz Para se configurar um crime culposo deve se observar os seguintes requisitos: Conduta humana voluntária (descuidada); Inobservância de um dever objetivo de

Leia mais

7.3 Crime doloso Teorias sobre o dolo Espécies de dolo Outras categorias Mais classificações 7.4 Crime culposo 7.4.

7.3 Crime doloso Teorias sobre o dolo Espécies de dolo Outras categorias Mais classificações 7.4 Crime culposo 7.4. Sumario CAPÍTULO 1 DIREITO PENAL CAPÍTULO 2 DIREITOS DE PROTEÇÃO: EXCESSO E PROIBIÇÃO DE INSUFICIÊNCIA CAPÍTULO 3 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 3.1 Princípios da Legalidade e da Anterioridade da Lei Penal 3.2 Garantismo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ESTE DOCUMENTO NÃO SUBSTITUI O ORIGINAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ESTE DOCUMENTO NÃO SUBSTITUI O ORIGINAL 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Direito - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Número de créditos: Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 0 Períodos

Leia mais