ISSN PAE B E S Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ISSN PAE B E S Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo"

Transcrição

1 ISSN PAE B E S Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista do Professor Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto

2

3 ISSN PAEBES Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista do Professor Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 2017

4 FICHA CATALOGRÁFICA ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo. PAEBES 2017 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd. v. 1 (jan./dez. 2017), Juiz de Fora, 2017 Anual. Conteúdo: Revista do Professor Língua Portuguesa. ISSN CDU :371.26(05)

5 Paulo César Hartung Gomes Governador do Estado do Espírito Santo César Roberto Colnaghi Vice Governador do Estado do Espírito Santo Haroldo Corrêa Rocha Secretário de Estado da Educação Andressa Buss Rocha Subsecretária de Estado de Planejamento e Avaliação Paulo Cesar Possato Aragão Gerente de Informação e Avaliação SUBGERÊNCIA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL Fabíola Mota Sodré (Subgerente) Claudia Lopes de Vargas Denise Moraes e Silva Rafael Benetti Costa SUBGERÊNCIA DE ESTATÍSTICA EDUCACIONAL Denise Pereira da Silva (Subgerente) Andressa Mara Malagutti Assis

6 Sumário 6 APRESENTAÇÃO 8 LINHA DO TEMPO 12 RESULTADOS DA SUA ESCOLA EM LÍNGUA PORTUGUESA 13 ROTEIRO DE LEITURA E ANÁLISE 25 COMO UTILIZAR OS RESULTADOS

7 28 PERFIS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 32 PERCURSO DA AVALIAÇÃO 34 COLOCANDO EM PRÁTICA 39 ANEXO I 106 ANEXO II

8 Apresentação Monitorar para avançar AVALIAÇÃO EXPRESSA COMPROMISSO COM O DIREITO DE APRENDER E PERMITE A CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS COM BASE EM EVIDÊNCIAS Pesquisar a qualidade da educação da rede pública de ensino, a fim de que políticas públicas sejam elaboradas com base em evidências, expressa o compromisso com o direito de aprender de toda criança e todo jovem brasileiros em idade escolar. Esse direito está sustentado em dispositivos legais, como a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Lei nº de 20 de dezembro de 1996 (LDB/96), e representa não apenas esforços voltados ao acesso e à permanência de estudantes na escola, mas a garantia de padrões que combinem qualidade com equidade na oferta educacional. O direito de aprender tem natureza social e é dever do Estado e da família, sendo promovido e incentivado com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa para o exercício da cidadania e a sua qualificação ao trabalho. Mas como saber se esse direito vem sendo atendido na prática? A avaliação educacional externa em larga escala produz informação que viabiliza o monitoramento do direito à educação nas escolas do Espírito Santo, permitindo um acompanhamento periódico de indicadores referentes às instituições e aos estudantes individualmente. O Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo PAEBES busca, então, observar o desempenho de estudantes por meio de testes padronizados, cujo objetivo é aferir o que eles sabem e são capazes de fazer, a partir da identificação do desenvolvimento de habilidades e competências consideradas essenciais para que consigam avançar no processo de escolarização. 6 PAEBES 2017

9 O PAEBES pretende observar o desempenho de estudantes por meio de testes padronizados, com o objetivo de verificar o que eles sabem e são capazes de fazer 01 Para conhecer melhor o PAEBES, acompanhe a linha do tempo que abre este volume. Em seguida, você pode conferir um roteiro para apoiar a leitura e a análise dos resultados da sua escola em língua portuguesa, com algumas orientações em relação aos usos possíveis e adequados desses resultados. Além dos resultados gerais, um novo indicador está sendo apresentado nas revistas de língua portuguesa: os perfis de alfabetização e letramento para o 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental. Esse indicador auxilia na compreensão do desenvolvimento dos estudantes no que se refere ao domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais, fundamental para a formação escolar e o prosseguimento dos estudos no ensino médio. O percurso da avaliação e uma sugestão para atividade pedagógica também integram esta publicação, que apresenta, em seu Anexo, as descrições dos níveis de desempenho referentes à disciplina em foco, acompanhadas por exemplos de itens. Boa leitura! REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 7

10 Linha do tempo Trajetória evidencia avanços e desafios INFORMAÇÕES DÃO SUPORTE À ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS COERENTES COM A REALIDADE PERCEBIDA POR MEIO DA AVALIAÇÃO O Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (PAEBES) foi criado em 1990 e reformulado em 2008, com o objetivo de produzir diagnósticos precisos das redes de ensino e, assim, identifi car avanços e difi culdades nas escolas da rede estadual, redes municipais e escolas particulares participantes (EPP) Participação Previstos: não disponível Efetivos: estudantes Etapas 1ª série EM Disciplinas Língua Portuguesa e Matemática 79,7% Participação Previstos: estudantes Efetivos: estudantes Etapas 4ª série/5 ano EF, 8ª série/ 9 ano EF e 1ª série EM Disciplinas Língua Portuguesa e Matemática 8 PAEBES 2017

11 02 Com ampla cobertura, percorrendo desde a alfabetização PAE BES ALFA até os anos fi nais do ensino fundamental 5º e 9º anos e do ensino médio (3ª série), o programa avalia várias disciplinas, com o intuito de medir com maior precisão a qualidade do ensino ofertado. Com calendário fi xo anual em língua portuguesa (leitura e escrita), produção de texto e matemática, e cronograma alternado em ciências da natureza (biologia, física e química) e ciências humanas (história e geografi a), oferece uma visão ampla e rica acerca da realidade educacional das redes avaliadas ,5% Participação 82,1% Participação 84,7% Participação Previstos: estudantes Efetivos: estudantes Previstos: estudantes Efetivos: estudantes Previstos: estudantes Efetivos: estudantes Etapas 4ª série/5 ano EF, 8ª série/9 ano EF, 1ª série EM e 3ª série EM Etapas 4ª série/5 ano EF, 8ª série/9 ano EF, 1ª série EM e 3ª série EM Etapas 4ª série/5 ano EF, 8ª série/9 ano EF, 2ª série EM e 3ª série EM Disciplinas Língua Portuguesa e Matemática Disciplinas Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Física e Química Disciplinas Língua Portuguesa, Matemática, geografi a e História REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 9

12 Com base nesse modelo, o crescimento do PAEBES tem sido constante. Desde 2016, vale ressaltar, a participação de estudantes vem registrando aumento, com presença acima de 80% na rede estadual e nas redes municipais e de 90% na rede particular conveniada. Essa representatividade permite reconhecer o programa como ferramenta para o monitoramento da aprendizagem dos estudantes ,7% Participação 84,6% Participação Previstos: estudantes Efetivos: estudantes Previstos: estudantes Efetivos: estudantes Etapas 4ª série/5 ano EF, 8ª série/9 ano EF, 3ª série EM, 3º ano EMI, 4º ano EMI Etapas 4ª série/5 ano EF, 8ª série/9 ano EF, 3ª série EM Disciplinas Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Física, Química e Ciências da Natureza (EF) Disciplinas Língua Portuguesa, Matemática, geografi a, História, Produção de Texto 10 PAEBES 2017

13 02 Em 2017, o programa avaliou os estudantes do 5 e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio. Os estudantes das escolas estaduais, municipais e das escolas particulares participantes (EPP) do estado realizaram testes nas disciplinas de língua portuguesa, matemática e ciências da natureza, além de produção de texto (nesse último caso, somente para o 5º ano do ensino fundamental) ,7% Participação 88,3% Participação 87,9% Participação Previstos: estudantes Efetivos: estudantes Previstos: estudantes Efetivos: estudantes Previstos: estudantes Efetivos: estudantes Etapas 4ª série/5 ano EF, 8ª série/9 ano EF, 3ª série EM Disciplinas Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Física, Química, Ciências da Natureza (EF), Produção de Texto Etapas 4ª série/5 ano EF, 8ª série/9 ano EF, 3ª série EM Disciplinas Língua Portuguesa, Matemática, geografi a, História, Produção de Texto Etapas 5 ano EF, 9 ano EF, 3ª série EM Disciplinas Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Física, Química, Ciências da Natureza (EF), Produção de Texto REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 11

14 Resultados da sua escola em língua portuguesa Desempenho revela qualidade da oferta INDICADORES DE DESEMPENHO E PARTICIPAÇÃO NA AVALIAÇÃO SÃO DIVULGADOS POR ETAPA DE ESCOLARIDADE Os resultados alcançados pela sua escola em língua portuguesa, nos testes de desempenho aplicados aos estudantes de cada etapa avaliada no PAEBES 2017, estão disponíveis no endereço: Esses resultados informam a qualidade e a equidade da oferta educacional, de acordo com o aferido pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que se avalia o desenvolvimento de habilidades e competências por meio de testes padronizados de proficiência, e pela Teoria Clássica dos Testes (TCT), que aponta o percentual de acertos de itens no teste. Com o intuito de orientálo na apropriação de todas as informações apresentadas, estão presentes neste volume um roteiro de leitura e análise dos resultados e instruções para seus melhores usos. A interpretação pedagógica dos resultados As proficiências obtidas pelos estudantes nos testes aplicados precisam ser interpretadas à luz da escala de proficiência. Para analisála, acesse A escala é um instrumento que contém a descrição pedagógica das habilidades avaliadas. Ela orienta o trabalho do professor, apresentando os resultados em uma espécie de régua na qual os valores obtidos são categorizados em intervalos que indicam o grau de desenvolvimento das habilidades pelos estudantes que alcançaram determinado padrão de desempenho. No site, você também encontrará as matrizes de referência da avaliação, que apresentam as habilidades e competências esperadas para cada etapa avaliada e orientam a produção dos itens que compõem os testes. 12 PAEBES 2017

15 Roteiro de leitura e análise Orientações auxiliam na interpretação de resultados 04 INFORMAÇÕES CONTEXTUAIS, PROJETO PEDAGÓGICO E RESULTADOS DA AVALIAÇÃO INTERNA DEVEM SER CONSIDERADOS Perfis de alfabetização e letramento Indicador de participação Indicadores de desempenho estudantil A avaliação externa é ferramenta valiosa para a melhoria do ensino e da aprendizagem na escola, podendo servir de apoio ao planejamento pedagógico dos professores em sala de aula. Para a efetivação do trabalho comprometido com a garantia do direito a uma educação de qualidade, é necessário saber ler e analisar os resultados dessa avaliação, a fim de construir um diagnóstico substantivo da aprendizagem na escola. Lembrese: os resultados devem ser analisados em conjunto com as informações contextuais da escola e, principalmente, com o projeto pedagógico e os resultados da avaliação interna, de aprendizagem, conduzida por você e seus pares durante o ano letivo. As orientações quanto à leitura e à análise dos resultados da avaliação externa, no âmbito da sua escola, apresentadas a seguir, vão ajudálo a compreender melhor como utilizálos, de maneira que você possa organizar seu trabalho, considerando as informações ora produzidas. O exercício proposto neste roteiro deve ser realizado por etapa de escolaridade avaliada nesta disciplina. Ao final, sugerese a sistematização da sua análise com o olhar para todas as etapas desta disciplina oferecidas por sua escola. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 13

16 Perfis de alfabetização e letramento Este dado informa o percentual de estudantes que se encontram em situação de aprendizagem, considerada inadequada para a etapa de ensino, que sinalize alfabetização incompleta no 5º ano e letramento insuficiente no 9º ano do ensino fundamental. Cabe ressaltar que o desenvolvimento dessas habilidades, requeridas ainda no ensino fundamental, é importante e essencial para que os estudantes concluam essa etapa com sucesso e tenham condições de prosseguir, com êxito, no ensino médio. Observe os resultados da sua escola e organize sua leitura e análise. Na seção Perfis de alfabetização e letramento, você encontrará um detalhamento sobre esse novo indicador. Na sua escola, 70% 1 ou mais dos estudantes do 5º ano do ensino fundamental apresentam alfabetização incompleta? Sim Não Na sua escola, 70% ou mais dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental apresentam letramento insuficiente? Sim Não 70% Se 70% ou mais dos estudantes apresentam alfabetização incompleta, eles não alcançaram nível suficiente de aprendizado nessa etapa de escolaridade, não atendendo à meta estabelecida pelo PNE % Se 70% ou mais dos estudantes apresentam letramento insuficiente, eles não alcançaram nível suficiente de aprendizado nessa etapa de escolaridade, não atendendo à meta estabelecida pelo PNE % Caso o percentual registrado seja igual ou menor do que 30%, sua escola alcançou essa meta. Porém, é importante ressaltar que o compromisso pactuado para a educação é de alfabetização plena de todos os estudantes até o 3º ano do ensino fundamental. 30% Caso o percentual registrado seja igual ou menor do que 30%, sua escola alcançou essa meta, o que assegura o desenvolvimento humano e social na formação escolar de nível fundamental, com o domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais, preparando esses estudantes para prosseguir em direção ao ensino médio. 1 A marca de 70% obedece às estratégias da Meta 7 do Plano Nacional de Educação , Lei Nº , de 25 de junho de 2014 (PNE/ ). Especialmente, a estratégia 7.2 visa assegurar, no quinto ano de vigência do PNE, que pelo menos 70% dos alunos do ensino fundamental e médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo. 14 PAEBES 2017

17 Identifique, neste quadro, os resultados escolhidos para o exercício a seguir. Repita esse exercício para cada etapa de escolaridade avaliada nesta disciplina. Disciplina: Língua Portuguesa Etapa: 04 Indicador de participação Observe os resultados da sua escola na etapa em foco e organize sua leitura e análise. Nesta edição, a participação registrada é de: %. Esse indicador de participação retrata a média de frequência de estudantes no decorrer do ano letivo? Sim Não O percentual de participação, ao longo do tempo: aumentou. diminuiu. mantevese estável. oscilou. A avaliação no Espírito Santo é censitária, logo, deve incluir todos os estudantes matriculados na rede de ensino. Cada escola deve certificarse de que os estudantes previstos estejam presentes no momento da aplicação e respondam aos testes de proficiência e questionários, quando houver. Importa destacar que os indicadores de desempenho da escola só podem ser generalizados quando o percentual de participação for igual ou maior do que 80% 2. Liste algumas hipóteses para explicar a participação da sua escola na avaliação externa. 2 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) divulgou recentemente a adoção desse percentual para divulgação dos resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). O percentual foi adotado para a representatividade dos resultados. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 15

18 Considerando as hipóteses levantadas, quais estratégias podem ser adotadas, para aumentar ou manter (se acima de 80%) o indicador de participação de estudantes na avaliação externa? Indicadores de desempenho estudantil Observe os resultados da sua escola nesta disciplina e organize sua leitura e análise. Importa, nesse momento, que você faça reflexões de ordem qualitativa sobre os resultados da avaliação. Proficiência média Proficiência referese ao conhecimento ou à aptidão demonstrados por estudantes avaliados em determinada disciplina e etapa de escolaridade. Considere agora a proficiência média nesta disciplina. Identifique a média de proficiência dos estudantes e localize em que padrão de desempenho ela está alocada: Esse padrão é o mesmo em que se encontra o maior percentual de estudantes? Sim Não 16 PAEBES 2017

19 Utilize os espaços das margens para suas reflexões e anotações. Em geral, a proficiência média retrata o desempenho da maioria dos estudantes, mas nem sempre essas informações coincidem. A divergência sinaliza os riscos de se adotar única e exclusivamente a proficiência média da escola para informar a qualidade da oferta educacional. Essa proficiência média pode mascarar uma situação de desigualdade educacional entre os estudantes, pois aqueles com maior desempenho, embora em menor quantitativo, elevam a média da escola. O contrário também é possível: estudantes com proficiência muito baixa podem diminuir essa média. É importante observar, na série histórica da avaliação, se a média vem aumentando a ponto de avançar nos padrões de desempenho, ou se está ocorrendo estagnação, queda ou oscilação desses padrões. O grande desafio é garantir que todos os estudantes alcancem padrões de desempenho adequados à etapa de escolaridade em que se encontram. Isso demonstra que a escola está conseguindo melhorar a qualidade da educação que oferece com garantia de equidade: todos os estudantes aprendendo. 04 Observe se isso ocorre e reflita sobre as principais razões para o cenário identificado. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 17

20 Padrões de desempenho estudantil Padrões de desempenho estudantil são definidos a partir de intervalos da escala de proficiência em que há estudantes com desempenho semelhante, compondo agrupamentos com desenvolvimento similar de habilidades e competências. Você agora será convidado a olhar a distribuição dos estudantes por padrão de desempenho, uma vez que a análise isolada da proficiência média pode direcionar o seu olhar a comparações inadequadas em relação aos resultados de edições anteriores. Identifique o padrão de desempenho estudantil em que se encontra o maior percentual de estudantes dessa etapa de escolaridade: Abaixo do básico. Proficiente. Básico. Avançado. Qual é a sua percepção sobre a distribuição dos estudantes por padrão de desempenho? Observe se há concentração de estudantes em um ou mais padrões e se esses padrões são aqueles que denotam maiores dificuldades de aprendizagem. Idealmente, esperase que todos os estudantes alcancem os padrões mais avançados de aprendizagem, ou seja, os padrões de desempenho Proficiente e Avançado, aqueles considerados adequados para sua etapa de escolaridade. 18 PAEBES 2017

21 É possível afirmar que a distribuição dos estudantes por padrão de desempenho no ciclo 2017, com relação às edições anteriores, é: semelhante. diferente. 04 Se a distribuição é semelhante, o quadro é de estabilidade. Se a distribuição é diferente, o quadro pode ser de crescimento, queda ou oscilação. Reflita e liste as possíveis causas desses resultados, que demonstram um quadro de estabilidade ou de crescimento/queda/oscilação. Considere o trabalho docente, o projeto políticopedagógico, os programas e os projetos institucionais presentes no cotidiano escolar. Informe o quantitativo de estudantes, em números absolutos, em cada padrão de desempenho, nas últimas edições da avaliação: EDIÇÃO 2015 Abaixo do básico Básico Proficiente Avançado REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 19

22 Quais estratégias podem ser adotadas para melhorar o desempenho dos estudantes alocados nos padrões que caracterizam maiores dificuldades de aprendizagem? Reflita sobre o desenvolvimento da proposta curricular, sua implementação na escola, o projeto políticopedagógico, os programas e os projetos institucionais presentes no cotidiano escolar. Consulte a seção Como utilizar os resultados para complementar a análise dos indicadores apresentados até aqui. Para estudantes com maiores dificuldades, a intervenção pedagógica deve ser orientada no sentido de auxiliálos no desenvolvimento das habilidades e competências esperadas e ainda não desenvolvidas até a etapa de escolaridade avaliada. Já para os estudantes com melhor desempenho, os esforços podem ser dirigidos ao aprofundamento dessas habilidades e competências. 20 PAEBES 2017

23 Percentuais de acerto por descritor Observe agora os percentuais de acerto por descritor, nos resultados por aluno disponíveis no site do programa. Atenção: esses resultados são provenientes da Teoria Clássica dos Testes (TCT) e, por isso, não são dados comparáveis ano a ano. 04 Analise a proficiência média e o padrão de desempenho dos alunos de determinada turma da disciplina e etapa escolhida. Há grandes diferenças de desempenho entre os alunos dessa turma? E entre esses alunos e os de outras turmas da mesma disciplina e etapa, há diferenças significativas? Registre suas conclusões e dialogue com seus pares, levantando possíveis hipóteses para esses resultados. Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência e o padrão de desempenho dos estudantes, por turma, é hora de analisar as habilidades avaliadas e verificar quais apresentaram maiores dificuldades para os alunos. Identifique, em cada turma, as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto na disciplina e etapa em análise. Registre a habilidade nos quadros a seguir e escreva, à frente de cada turma, o percentual de acerto referente a ela 3. No site do programa, observe quantos itens cada estudante acertou em relação a cada descritor/habilidade. Observe em quais habilidades o estudante não obteve nenhum acerto. 3 Caso seja necessário, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todas as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 21

24 Discuta com as equipes gestora e pedagógica quais são as melhores estratégias para auxiliar os estudantes no desenvolvimento das habilidades relacionadas. DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMA PERCENTUAL DE ACERTO DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMA PERCENTUAL DE ACERTO DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMA PERCENTUAL DE ACERTO DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMA PERCENTUAL DE ACERTO DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMA PERCENTUAL DE ACERTO DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMA PERCENTUAL DE ACERTO DESCRIÇÃO DA HABILIDADE TURMA PERCENTUAL DE ACERTO 22 PAEBES 2017

25 Conclusão Com os seus pares, discuta a percepção geral a respeito dos resultados da sua escola em língua portuguesa. Sistematize suas análises, indicando os destaques positivos e/ou negativos em relação a esses resultados, nesta disciplina. 04 Com base em suas análises, quais são os principais desafios a serem superados durante este ano letivo (2018)? A participação da escola. O percentual de estudantes no perfil de alfabetização e letramento adequado. O número de estudantes nos padrões de desempenho considerados adequados para a etapa. A média de proficiência da escola. O desenvolvimento das habilidades mínimas esperadas para a etapa de escolaridade avaliada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 23

26 As demandas priorizadas devem ser compartilhadas coletivamente, para que possam compor o plano de ação da escola, que deve ser de responsabilidade de todos. Para aprofundar as análises iniciadas por este roteiro, consulte, no Anexo, a descrição pedagógica dos padrões/níveis de desempenho e os exemplos de itens referentes a cada um. Neste volume, são apresentadas, ainda, sugestões para a prática pedagógica pautadas nos resultados da avaliação. Para refletir: Leia mais sobre A avaliação de desempenho e a proposta de competências na organização da aprendizagem dos estudantes, no site do PAEBES. 24 PAEBES 2017

27 Como utilizar os resultados Atenção aos usos possíveis e adequados dos dados 05 TCT IDENTIFICA PERCENTUAIS DE ACERTO NO TESTE E TRI POSSIBILITA COMPARABILIDADE DE RESULTADOS AO LONGO DO TEMPO. Na avaliação educacional externa em larga escala do Espírito Santo, os dados são produzidos por metodologia específi ca utilizandose a Teoria Clássica dos Testes (TCT) e a Teoria de Resposta ao Item (TRI). Os resultados baseados na Teoria Clássica dos Testes (TCT) apresentam o percentual de acertos em relação ao total de itens do teste, bem como a relação de acerto para cada descritor avaliado. A Teoria de Resposta ao Item (TRI), por sua vez, atribui ao desempenho dos estudantes uma profi ciência (e não uma nota). Essa metodologia leva em consideração uma modelagem estatística capaz de determinar um valor/peso diferenciado para cada item que o estudante respondeu no teste de profi ciência; desse modo, é possível estimar o que o estudante é capaz de fazer, de acordo com os itens respondidos corretamente. A profi ciência é determinada considerando o padrão de respostas dos estudantes, de acordo com o grau de difi culdade e demais parâmetros dos itens. Cada item possui um grau de difi culdade próprio e parâmetros diferenciados, atribuídos por meio do processo de calibração dos itens, o que permite a comparabilidade ao longo do tempo. Os itens que compõem os testes da avaliação educacional em larga escala são elaborados a partir das matrizes de referência. Cabe destacar que as matrizes não englobam todo o currículo. A partir de um recorte das diretrizes curriculares, são defi nidas as habilidades passíveis de serem avaliadas em testes padronizados de desempenho, constituindo as referidas matrizes de referência para a avaliação. Tendo em vista essas características da avalição, é necessário ter atenção aos usos possíveis e adequados de seus resultados. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 25

28 Participação O que fazer Acompanhar o percentual de participação, ano a ano, com o objetivo de atingir a participação total, visto que a avaliação é censitária. Entender que uma participação maior ou igual a 80% contribui para mensurar a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem. O que não fazer Supor que, uma vez elevado o percentual de participação, não se faz necessário promover ações que possam aumentar esse percentual. generalizar os resultados da avaliação se o percentual de participação não for representativo, ou seja, maior ou igual a 80%. Proficiência média O que fazer Comparar os resultados da escola ano a ano, para a mesma etapa. Comparar os resultados de diferentes etapas, com a mesma escala de profi ciência, para a mesma disciplina. Analisar os resultados a partir da leitura e interpretação pedagógica da escala de profi ciência, observando o desenvolvimento de habilidades e competências. O que não fazer Ler os resultados como dados longitudinais, quando a avaliação não tiver essa fi nalidade. Comparar os resultados da escola em diferentes disciplinas. Considerar a profi ciência média isoladamente, sem analisála com a ajuda da escala. 26 PAEBES 2017

29 O que fazer Padrões de desempenho estudantil O que não fazer 05 Identifi car, em cada etapa e disciplina, os estudantes com mais difi culdades de aprendizagem. Reconhecer que cada padrão de desempenho corresponde a diferentes níveis de aprendizagem, o que requer planejamento específi co para cada um deles. Acompanhar, a cada ano, se a escola apresenta resultados semelhantes para cada etapa e disciplina (se a sua profi ciência média está alocada no mesmo padrão de desempenho). Entender que a melhora de profi ciência média corresponde imediatamente à melhora de padrão de desempenho. Entender que os estudantes alocados em um padrão de desempenho em uma disciplina estão no mesmo padrão em outra disciplina. Entender que os intervalos dos padrões são os mesmos para cada etapa e disciplina avaliadas. Supor que estudantes alocados em padrões de desempenho cujos intervalos estão no início da escala de profi ciência não são capazes de aprender e, por isso, têm baixo desempenho. Ignorar as demandas de estudantes alocados nos intervalos mais altos da escala, pressupondo que eles não requerem atenção docente. Metas de aprendizagem O que fazer Entender que o estabelecimento de metas auxilia no monitoramento da oferta educacional e, consequentemente, dos resultados alcançados a cada ano. Orientarse a partir das metas pactuadas para defi nir ações pedagógicas e de gestão capazes de provocar mudanças positivas e substantivas. O que não fazer Atribuir a difi culdade na melhoria dos resultados apenas às ações de gestores e professores. Comparar os próprios resultados com os de outras escolas, ignorando os contextos. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 27

30 Perfis de alfabetização e letramento Novo indicador evidencia desafio CORREÇÃO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS É NECESSÁRIA PARA ENFRENTAR ABANDONO DA SALA DE AULA ATÉ 2016 A PARTIR DE 2017 D1 D2 D3 100% 33% 90% Proficiência média Participação Distribuição de estudantes por padrão de desempenho Percentual médio de acerto por descritor Perfis de alfabetização e letramento Os resultados do PAEBES são divulgados com o uso de indicadores específi cos, sendo eles a profi ciência média, a taxa de participação na avaliação, a distribuição de estudantes por padrão de desempenho e o percentual médio de acerto por descritor. No ciclo 2017, um novo indicador está sendo apresentado: o perfi l de alfabetização e letramento, para o 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental, em língua portuguesa. A intenção é divulgar um dado que sintetize o tamanho do desafi o a ser enfrentado no ensino fundamental brasileiro, assim como fez o Inep/MEC na última edição da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA 2016). 28 PAEBES 2017

31 O perfi l de alfabetização e letramento é um instrumento que ajuda a compreender o desenvolvimento dos estudantes com relação ao domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais, habilidades importantes em toda a formação escolar do ensino fundamental ao ensino médio. 06 Nos últimos anos, os resultados das avaliações da educação básica têm apontado, de modo geral, para a baixa qualidade do ensino oferecido nas escolas brasileiras. Observase, além do baixo desempenho demonstrado pelos alunos nas competências básicas necessárias para a continuidade dos estudos, a existência de grandes contingentes de crianças e adolescentes que, em decorrência das difi culdades de aprendizagem e do pouco incentivo para os estudos, terminam por desistir da escola, abandonando a sala de aula por motivos variados. Para enfrentar esse problema, é preciso corrigir a tempo as difi culdades de aprendizagem, especialmente nos anos iniciais. Os perfi s de alfabetização e letramento identifi cam os estudantes com desempenho inadequado nos três anos escolares considerados conclusivos de etapas importantes da educação básica: 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental. Esses perfi s identifi cam estudantes ainda: não alfabetizados no 3º ano do ensino fundamental; com alfabetização incompleta no 5º ano do ensino fundamental; com letramento insuficiente no 9º ano do ensino fundamental. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 29

32 Para entender Entendendo que a avaliação externa tem o propósito de investigar o que os estudantes aprenderam, com base na aplicação de conhecimentos a situações reais e resolução de problemas cotidianos, o desempenho adequado pode ser traduzido, por exemplo, na capacidade de usar as habilidades de leitura desenvolvidas para compreensão de informações encontradas em diferentes gêneros e, posteriormente, para expressão e posicionamentos perante o mundo. Estudantes com o perfi l de desempenho considerado inadequado evidenciam, portanto, o descumprimento do que está pactuado para a qualidade da oferta educacional. Com a sistematização do quantitativo de estudantes não alfabetizados no 3º ano, com alfabetização incompleta no 5º ano e com letramento insufi ciente no 9º ano do ensino fundamental, buscase tratar das difi culdades de aprendizagem dos estudantes das escolas públicas, registradas a cada etapa escolar avaliada, a fi m de desvendar os caminhos necessários para a melhoria das habilidades requeridas por esses perfi s. Os perfi s de desempenho para a alfabetização e o letramento, descritos a seguir, foram construídos com essa intenção. Não alfabetizados No perfi l não alfabetizado, encontramse estudantes que conseguem identifi car que as letras representam sons da fala, reconhecendo letras ou mesmo lendo palavras em diferentes padrões silábicos, sem, todavia, conseguirem ler textos, mesmo os de pequena extensão e com vocabulário pouco complexo. Nesse mesmo perfi l, também, estão estudantes que começam a localizar informações em textos curtos e comuns no ambiente escolar, além de reconhecer a fi nalidade de textos como receitas, convites e bilhetes. Apesar disso, esses estudantes ainda não podem ser considerados alfabetizados, pois mesmo em se tratando de habilidades tão básicas, elas exigem desses alunos um grande esforço para a decodifi cação. Para o PAEBES, são considerados estudantes com alfabetização incompleta, no 5º ano do ensino fundamental, aqueles cuja profi ciência em leitura é igual ou inferior a 175 pontos. Já os estudantes do 9º ano do ensino fundamental apresentam letramento insufi ciente se não alcançaram, no teste de leitura, mais de 225 pontos na escala de profi ciência. 30 PAEBES 2017

33 06 Alfabetização incompleta 175 Pontos Letramento insuficiente 225 Pontos Estudantes com alfabetização incompleta demonstram domínio em relação às habilidades descritas no perfi l anterior; porém, ainda apresentam difi culdade para ler, com autonomia, textos comuns às situações cotidianas externas ao ambiente escolar, como notícias, cartas ou mesmo textos literários. Alguns desses estudantes são capazes de ler frases e localizar informações em textos curtos, ao passo que outros já conseguem realizar inferências, mas em tirinhas ou histórias em quadrinhos. Isto é, as operações de leitura que são capazes de realizar são pautadas em processos cognitivos principalmente relacionadas ao lembrar, orientadas por textos frequentes no contexto escolar. Os estudantes devem, ainda, consolidar os processos associados ao reconhecimento de palavras, pois a leitura hesitante decorre dessa difi culdade e o esforço para a decodifi cação compromete a compreensão de textos mais longos e, consequentemente, de inferências mais complexas. Esse perfi l de desempenho é delineado ao se analisar o desempenho de estudantes do 5º ano do ensino fundamental nos testes de profi ciência. Para caracterizar o letramento insuficiente, considerase o desempenho de estudantes do 9º ano do ensino fundamental. É esperada, minimamente, desses estudantes, a alfabetização plena, visto que as aprendizagens em curso não prescindem da leitura e da escrita, e buscase identifi car se estão inseridos na sociedade, gozando com legitimidade direitos e exercendo com responsabilidades deveres, a partir dos usos sociais inerentes à capacidade de ler e escrever. Porém, a insufi ciência é notada porque não há domínio de habilidades que permitem o desenvolvimento de estratégias reguladoras da leitura. Há, nesse perfi l, estudantes os quais conseguem realizar leitura, localização de informações e inferências, bem como retomadas por meio de pronomes e relações lógicodiscursivas em texto predominantemente narrativos, em sua maioria, com temas familiares e estruturas linguísticas mais simples e familiares. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 31

34 Percurso da avaliação Confira as principais etapas da avaliação externa RESULTADOS POSSIBILITAM DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO E CONTRIBUEM PARA REDEFINIÇÃO DE RUMOS NA GESTÃO PEDAGÓGICA Planejamento da avaliação Construção de instrumentos Nesta etapa, é realizado o planejamento da avaliação, quando são definidos passos importantes para que ela cumpra seu objetivo. De acordo com a finalidade, são definidos: públicoalvo a ser avaliado (estudantes e etapas); o que será avaliado (disciplinas); data e logística da aplicação; resultados a serem produzidos; forma de divulgação e estratégias de apropriação dos resultados (materiais impressos e/ou online, capacitação de gestores, professores etc.). Cada um desses passos respeita técnicas de segurança e qualidade, requeridas pela avaliação externa, com o objetivo de garantir a isonomia e a responsabilidade necessárias para que as informações produzidas sejam relevantes e representem a realidade. A segunda etapa consiste na definição da matriz de referência e na montagem de testes de proficiência e questionários contextuais. As matrizes organizam as habilidades e competências a serem avaliadas por meio dos testes, compostos por itens elaborados a partir dos descritores da matriz. Também são produzidos questionários para capturar informações do contexto dos estudantes, a fim de complementar as informações produzidas pelos testes cognitivos. Os testes são montados de acordo com metodologia específica a Teoria da Resposta ao Item (TRI). Após sua montagem, os instrumentos impressos são distribuídos para aplicação nas escolas. Os testes podem ser disponibilizados, ainda, em formato digital. 32 PAEBES 2017

35 A avaliação educacional em larga escala é uma importante ferramenta para gestores, de rede e das escolas, e para os profissionais da educação em geral, pois, a partir das informações por ela produzidas, é possível obter um diagnóstico sobre a qualidade da educação ofertada e, com isso, realizar intervenções no processo de ensino, implementar políticas educacionais e redefinir rumos na gestão pedagógica, de acordo com as necessidades dos estudantes de uma escola, de uma rede ou de todo um país. Entretanto, para que os resultados da avaliação cheguem a todas as escolas de todo o país e ela cumpra o seu papel, há um longo caminho percorrido, desde a definição do que será avaliado até o momento em que os resultados se traduzem em informações úteis para gestores, professores, famílias e estudantes. A seguir, são apresentadas, de forma sucinta, as principais etapas desse processo. 07 Produção de resultados Materiais de divulgação de resultados Desenvolvimento profissional Após a aplicação dos instrumentos da avaliação externa e o seu recolhimento em cada escola, é iniciada a etapa que culmina com a produção dos resultados. Diferentes ações estão envolvidas nessa etapa, cada uma delas executadas com critérios técnicos e metodologia adequados. Essa etapa inclui a triagem e o processamento dos testes: separação e processamento dos instrumentos; constituição de base de respostas dos estudantes e demais respondentes dos questionários; análise das respostas e produção de medidas; análise e produção dos resultados, propriamente proficiência dos estudantes, das turmas, das escolas e das redes. Os resultados da avaliação externa e as informações necessárias para sua leitura e interpretação são divulgados no portal do PAEBES e em revistas destinadas aos professores e gestores. Nessas publicações, é possível conferir dados sobre o programa e indicadores de participação e desempenho da escola, por disciplina e etapa. No portal, também estão disponíveis materiais de apoio matrizes de referência, padrões e níveis de desempenho, oficinas de resultados etc. Nas revistas, são disponibilizados, ainda, conteúdos de suporte para a interpretação dos resultados e para a prática pedagógica. A equipe gestora da rede de ensino conta com apresentações específicas dos resultados. O percurso da avaliação externa não se encerra na apropriação dos resultados, mas em seus usos na prática cotidiana da escola e/ou da rede. A melhoria da qualidade da oferta educacional depende da ação de professores e gestores e, para auxiliálos, são disponibilizadas ferramentas de desenvolvimento profissional: cursos online e oficinas de apropriação de resultados, que apresentam os conceitos básicos da avaliação externa e discutem os resultados dos testes e dos questionários contextuais; e protocolos de gestão, que consistem em uma orientação de trabalho direcionado aos gestores. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 33

36 Colocando em prática Atividades pedagógicas baseadas nos resultados HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DA MATRIZ DE REFERÊNCIA DEVEM DIALOGAR COM PLANEJAMENTO ESCOLAR Para que os dados da avaliação externa sejam utilizados no dia a dia da sua escola, é imprescindível que você conheça melhor as características desse tipo de avaliação. Ao chegar a este ponto, você pôde perceber as particularidades de cada indicador e se preparar para a apropriação correta das informações. Após sistematizar o diagnóstico sobre a aprendizagem dos estudantes da sua escola, por meio do Roteiro de leitura e análise, é preciso relacioná lo aos materiais de orientação para o trabalho em sala de aula, como as diretrizes curriculares e os recursos didáticos, e verificar as possíveis associações entre esses materiais e as competências e habilidades elencadas nas matrizes de referência da avaliação externa. Realizado esse processo, é hora de rever o plano de curso e os planos de aula, verificando se o planejamento escolar estabelece um diálogo efetivo com as questões levantadas pela análise dos resultados da avaliação. A seguir, você encontra sugestões para a prática pedagógica pautadas nesses resultados. 34 PAEBES 2017

37 EM AÇÃO Estudo dos materiais de orientação para a sala de aula Reflita sobre os tópicos abaixo, de modo que o estudo seja dirigido ao aprimoramento do instrumento avaliativo interno e às percepções apontadas pelo instrumento externo. 08 Há currículo próprio ou em elaboração na rede de ensino? O currículo é amplamente conhecido e divulgado? Está acessível? Como e quando são previstas as atividades em sala para o ano letivo? Ou seja, como e quando é elaborado o plano de curso? Há clareza nos objetivos gerais e específicos do plano de curso? Os conteúdos e procedimentos detalhados no plano de curso dialogam com os planos de aula definidos para esta disciplina? Qual é a orientação compartilhada para a avaliação na sua escola, especialmente, nesta disciplina? Orientações curriculares Recursos didáticos Matriz de referência da avaliação Plano de curso e plano de aula Depois de estudar os materiais de orientação disponíveis, retome as análises sobre as habilidades que os estudantes ainda não desenvolveram, considerando os resultados das avaliações externa e interna, identificando se há semelhanças ou divergências entre eles. O objetivo é verificar se as habilidades e competências detalhadas na matriz de referência fazem parte daquelas abordadas na prática pedagógica em sala de aula, ou seja, se os estudantes estão aptos a responder com êxito ao teste de proficiência de cada etapa de escolaridade. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 35

38 E agora, como posso fazer uso dos resultados em sala de aula para que os estudantes alcancem o desempenho esperado? Não existe apenas uma resposta para essa pergunta. Além da análise dos resultados da avaliação à luz das orientações curriculares e materiais didáticos, sugerese uma atividade para desenvolvimento em sala de aula, a fim de que você possa lidar com os dados da avaliação como parte do projeto pedagógico da escola e para que, com o tempo, esse exercício possa fazer parte do cotidiano escolar. EM AÇÃO Atividade para desenvolvimento em sala de aula 1 Selecione um texto e solicite sua leitura aos alunos. Promova resumos orais e/ou escritos sobre a leitura realizada ou a leitura pública integral do texto pelos estudantes. Prepare atividades de compreensão/interpretação para investigar habilidades contidas em um mesmo tópico da matriz de referência, como, por exemplo, no tópico Implicações do suporte, do gênero e/ou enunciador na compreensão do texto. Tópico Descritores Implicações do suporte, do gênero e/ou enunciador na compreensão do texto D5 Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, fotos etc.). D9 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. 1 Para a atividade, utilizouse a matriz de referência de língua portuguesa do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para a 8ª série/9º ano do ensino fundamental. No caso de outras etapas, é preciso adaptar essa atividade às habilidades elencadas nas respectivas matrizes. 36 PAEBES 2017

39 Exemplo: Apresente um texto, como a tirinha a seguir. 08 Disponível em Acesso em 15/12/2017. Promova a leitura pública de modo que alguns estudantes representem os personagens, no exemplo Calvin (menino) e a sua mãe. Faça os questionamentos a seguir e solicite as respostas orais e/ou por escrito. No primeiro quadrinho, há algo de incomum na atitude de Calvin? O que sugere a expressão de Calvin em relação à resposta da sua mãe no segundo quadrinho? Em relação ao terceiro quadrinho, podese constatar que ocorreu uma dificuldade na comunicação? Qual foi ela? Note que as respostas obtidas podem indicar o desempenho de estudantes em relação à habilidade Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). Com o mesmo texto, a depender do desempenho de estudantes até a aplicação da atividade, busque informações sobre o desenvolvimento de outras habilidades, como a de Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão, do tópico Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido. Tópico Descritores Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido D16 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. D17 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações. D18 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. D19 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 37

40 No trecho do último quadrinho: Embora usemos o mesmo idioma, não falamos a mesma língua, qual é o efeito de sentido provocado pelo uso dos sinônimos idioma e língua? Você pode, ainda, buscar informações sobre o desenvolvimento de outra habilidade, como Estabelecer relações lógicodiscursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc., do tópico Coerência e coesão no processamento do texto. Tópico Descritores Coerência e coesão no processamento do texto D2 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. D7 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa. D8 Estabelecer a relação causa/consequência entre partes e elementos do texto. D12 Estabelecer relações lógicodiscursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. No último quadrinho, qual a função desempenhada pela conjunção embora, na fala de Calvin? Como você percebeu, uma mesma atividade é capaz de apoiar o desenvolvimento de diferentes habilidades. É importante que você esteja atenta(o) ao desempenho de cada um dos estudantes, para que possa, inclusive, trabalhar atividades como a exemplificada nesta seção, levando em conta a heterogeneidade da turma. Neste momento, importa perceber se os resultados estão de acordo com as expectativas de aprendizagem para a etapa avaliada. Também é relevante entender que os instrumentos de avaliação devem sempre servir ao propósito da formação escolar, e não ao contrário. Tão importante quanto alinhar os instrumentos internos e externos entre si é alinhálos aos processos de ensino e de aprendizagem. Garantir a qualidade da educação exige compromissos de ação. Bom trabalho! 38 PAEBES 2017

41 Anexo I Leitura e seus níveis de desempenho 09 INTERPRETAÇÃO PEDAGÓGICA DOS ITENS É NECESSÁRIA PARA ENTENDER O QUE SIGNIFICA ESTAR ALOCADO EM DETERMINADO PADRÃO DE DESEMPENHO As devolutivas pedagógicas correspondentes aos resultados decorrem da análise do teste de proficiência. Os itens que compõem os cadernos buscam medir o que os estudantes são capazes de fazer; logo, para entender o que significa estar alocado em dado padrão de desempenho estudantil, é preciso interpretar pedagogicamente os itens da avaliação. Essa interpretação está contida nas sentenças descritoras dos itens que, por sua vez, estão reunidas nos intervalos de níveis de desempenho, ou seja, agrupamentos menores do que os de padrões, que podem ser encontrados nesta seção. A análise pedagógica dos resultados da avaliação cabe a você e a seus pares, a partir da leitura dos níveis de desempenho e da autoavaliação do processo de ensino e aprendizagem. Sentença descritora do item: operação mental associada ao objeto do conhecimento contextualizado. Exemplo: Localizar informações explícitas em um texto, habilidade presente na matriz de referência, corresponde à operação mental localizar associada ao texto (objeto do conhecimento). Já Localizar informação explícita em contos e reportagens, sentença descritora do item, também corresponde à operação mental mencionada, mas associada ao gênero conto e reportagem (objeto do conhecimento contextualizado). REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 39

42 5º ano do ensino fundamental Abaixo do básico ATÉ 150 PONTOS NÍVEL 1. ATÉ 125 PONTOS Ler frases. Localizar informações em frases, em bilhetes curtos e em versos. Reconhecer gênero e finalidade de receitas. Interpretar textos curtos com auxílio de elementos não verbais, como tirinhas e cartuns. Identificar o personagem principal em contos. 40 PAEBES 2017

43 Leia o texto abaixo. 5 Ingredientes 3 xícaras de casca de manga picada; 1 xícara de água; 2 xícaras de açúcar; 3 gemas; 2 xícaras de leite; 1 lata de creme de leite; baunilha a gosto. Sorvete de casca de manga Modo de preparar Cozinhe as cascas na água com açúcar. Depois de cozidas, junte os demais ingredientes, menos o creme de leite. Bata tudo no liquidifi cador e leve ao fogo para cozinhar. Retire do fogo, acrescente o creme de leite, deixe esfriar e leve ao freezer por quatro horas. Prove! Ciência Hoje da Criança, ano 23, n (P050137C2_SUP) (P050138C2) Esse texto foi escrito para A) apresentar um produto. B) ensinar uma receita. C) fazer uma propaganda. D) listar alguns produtos. Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem o objetivo comunicativo de um texto. Esse conhecimento consiste em reconhecer que cada gênero textual constitui uma prática comunicativa diferente e, a partir disso, apontar a finalidade do texto utilizado como suporte. O texto utilizado como suporte, uma receita, é muito comum no ambiente familiar e no escolar. Logo, para identificar o gabarito, os respondentes deveriam perceber as características próprias da receita, como a lista de apresentação dos ingredientes e o modo de preparo. Dessa forma, os estudantes que assinalaram a alternativa B como resposta perceberam que a função comunicativa de uma receita é ensinar a fazer um prato. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 41

44 5º ano do ensino fundamental Abaixo do básico NÍVEL 2. DE 125 A 150 PONTOS Localizar informações em poemas narrativos. Realizar inferência em textos não verbais e que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tirinhas. Identificar expressões próprias da oralidade e marcas de informalidade na fala de personagem em histórias em quadrinhos. Reconhecer os gêneros receita e adivinha e a finalidade de textos informativos. Identificar o personagem principal em narrativas simples. 42 PAEBES 2017

45 Leia o texto abaixo. 09 Disponível em: < Acesso em: 4 jan (P050482H6_SUP) (P050482H6) De acordo com o último quadrinho desse texto, o menino A) achou ruim o chá. B) piorou do resfriado. C) sentiu um calafrio. D) tomou todo o chá. Esse item avalia a habilidade de os estudantes interpretarem textos que articulam elementos verbais e não verbais. O texto utilizado para avaliar essa habilidade, uma tirinha, apresenta uma sequência narrativa e a ilustração de elementos e personagens que compõem a cena. Nesse caso, os respondentes precisariam acompanhar a sequência dos quadrinhos e perceber que esse suporte exige uma leitura não linear. Para a realização dessa tarefa, os estudantes deveriam retornar ao primeiro quadrinho da tirinha, associar a fala da mulher... vê se faz algum efeito! ao gesto de oferecer uma xícara de chá ao menino, pois é dito por ela que o chá é uma forma de tratamento para resfriados. No segundo quadrinho, os respondentes deveriam reconhecer os elementos da cena que reforçam a expectativa da mulher sobre a melhora do menino, já que ele confirma estar sentido um efeito imediato após a ingestão do chá. Finalmente, no último quadrinho, os estudantes deveriam perceber que o efeito causado pelo chá é a careta feita pelo menino como sinal de reprovação ao sabor da bebida. Assim, aqueles que marcaram a alternativa A, o gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada, pois foram capazes de inferir a informação solicitada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 43

46 5º ano do ensino fundamental Básico DE 150 A 200 PONTOS NÍVEL 3. DE 150 A 175 PONTOS Localizar informação explícita em contos, em receitas e textos informativos curtos. Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas. Reconhecer a finalidade de receitas, manuais e regulamentos. Inferir características de personagem em fábulas. Interpretar linguagem verbal e não verbal em tirinhas e inferir o sentido de expressão em tirinhas. Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários e em lendas. 44 PAEBES 2017

47 Leia o texto abaixo de novembro Dia do Café Hummm... cheirinho de café! O café durante muito tempo foi o principal produto agrícola do Brasil. Ainda hoje é um produto bastante representativo na produção agrícola. O Brasil é o maior exportador de café do mundo! O café é de origem africana e foi trazido para o Brasil pelo Sargentomor Francisco de Melo Palheta no início do século XVIII. Você nunca ouviu falar de café Palheta? Rapidamente o café espalhouse pelas terras do Paraná, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. Mas foi nas terras férteis de São Paulo (conhecidas como terra roxa ) que o café mostrou todo o seu potencial econômico. Já em meados do século XIX, o estado estava entre os primeiros produtores do país. Os Barões do café, donos das grandes fazendas de café, além de deterem poderes econômicos, ocupavam cargos importantes na política brasileira. [...] Durante muito tempo, o nosso cafezinho ficou esquecido. Mas de dez anos para cá, os produtores se uniram e revitalizaram a bebida. O que antes não tinha muita opção, hoje conta com muitas variedades como: forte, suave, orgânico, torrado, moído, solúvel e etc. [...] Disponível em: < Acesso em: 23 nov Fragmento. (P050669H6_SUP) 09 (P050851H6) De acordo com esse texto, a terra roxa está localizada A) em Goiás. B) em São Paulo. C) no Paraná. D) no Rio de Janeiro. Esse item avalia a habilidade de os estudantes localizarem uma informação que está explícita na superfície textual. Para realizar essa tarefa, o suporte apresenta um texto informativo sobre a origem, o cultivo, os tipos e o consumo do café no Brasil. Esse texto, que apresenta uma linguagem simples, foi extraído de uma página eletrônica voltada para crianças. Para identificar o gabarito, os respondentes deveriam realizar uma leitura atenta do texto, reconhecendo que vários estados brasileiros em que o café é cultivado são citados nesse suporte, porém a informação específica sobre o local que apresenta a terra roxa, conhecimento solicitado pelo comando para a resposta, está presente no início do quarto parágrafo do texto nas terras férteis de São Paulo (conhecidas como terra roxa ). Nesse sentido, aqueles estudantes que marcaram a alternativa B o gabarito provavelmente observaram atentamente a sequência textual, e, portanto, demonstraram a capacidade de localizar informações explícitas no contexto avaliado. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 45

48 5º ano do ensino fundamental Básico NÍVEL 4. DE 175 A 200 PONTOS Localizar informação explícita em contos, reportagens e fábulas. Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em instruções de jogo. Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas. Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão ou o assunto em cartas, contos, poemas, tirinhas e histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal. Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos e pelo travessão em fábulas. Reconhecer o gênero fábula. Identificar a finalidade de textos informativos. 46 PAEBES 2017

49 Leia o texto abaixo De bem com a vida Filó, a joaninha, acordou cedo. Que lindo dia! Vou aproveitar para visitar minha tia. [...] Filó colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, passou batom corderosa, calçou os sapatinhos de verniz, pegou o guardachuva preto e saiu pela floresta: plecht, plecht... Andou, andou... e logo encontrou Loreta, a borboleta. Que lindo dia! E pra que esse guardachuva preto, Filó? É mesmo! pensou a joaninha. E foi para casa deixar o guardachuva. De volta à floresta: Sapatinhos de verniz? Que exagero! disse o sapo Tatá. Hoje nem tem festa na floresta. É mesmo! pensou a joaninha. E foi para casa trocar os sapatinhos. De volta à floresta: Batom corderosa? Que esquisito! disse Téo, o grilo falante. É mesmo! disse a joaninha. E foi para casa tirar o batom. Vestido amarelo com bolinhas pretas? Que feio! Por que não usa o vermelho? disse a aranha Filomena. É mesmo! pensou Filó. E foi para casa trocar de vestido. Cansada de tanto ir e voltar, Filó resmungava pelo caminho. O Sol estava tão quente que a joaninha resolveu desistir do passeio. Chegando em casa, ligou para tia Matilde. Titia, vou deixar a visita para outro dia. O que aconteceu, Filó? Ah! Tia Matilde! Acordei cedo, me arrumei bem bonita e saí andando pela floresta. Mas no caminho... Lembrese, Filozinha... gosto de você do jeitinho que você é. Venha amanhã, estarei te esperando com um almoço bem gostoso. No dia seguinte, Filó acordou de bem com a vida. Colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, amarrou a fita na cabeça, passou batom corderosa, calçou seus sapatinhos de verniz, pegou o guardachuva preto, saiu andando apressadinha pela floresta, plecht, plecht, plecht... e só parou para descansar no colo gostoso da tia Matilde. RIBEIRO, Nye. Disponível em: < Acesso em: 15 dez Fragmento. (P050116E4_SUP) 09 (P050116E4) Esse texto é uma A) carta. B) fábula. C) lenda. D) notícia. Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o gênero de diferentes textos. Essa habilidade possibilita que os estudantes identifiquem diferentes propósitos comunicativos dos diversos gêneros textuais presentes nas esferas sociais de interação. Nesse caso, o texto utilizado como suporte é uma fábula sobre as críticas recebidas por uma Joaninha a respeito de sua aparência. Esse texto mostrase adequado à etapa avaliada, mesmo com 30 linhas de extensão, por possuir uma linguagem fácil. Para identificar o gabarito desse item, os respondentes deveriam perceber as características do gênero em análise: uma narrativa alegórica, na qual as personagens são animais que possuem características humanas (como a fala e as atitudes) e que apresenta um ensinamento moral. Nessa história, a lição de moral está implícita na fala da tia Matilde a respeito do julgamento dos animais sobre os trajes escolhidos por Filó, no trecho da linha gosto de você do jeitinho que você é. Dessa forma, a escolha pela alternativa B revela que os estudantes reconheceram as características comuns ao gênero fábula e desenvolveram a habilidade avaliada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 47

50 5º ano do ensino fundamental Proficiente DE 200 A 250 PONTOS NÍVEL 5. DE 200 A 225 PONTOS Identificar informação explícita em sinopses e receitas culinárias. Identificar assunto principal e personagem em contos e letras de música. Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens. Identificar assunto comum a duas reportagens. Identificar o efeito de humor em piadas. Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos e poemas. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábulas, poemas, contos, tirinhas e textos didáticos, além de reconhecer o referente de expressão adverbial em contos. Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas, fábulas e contos. Inferir efeito de humor em tirinhas e em histórias em quadrinhos. Estabelecer relação lógicodiscursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos e em contos. Reconhecer marcas características da linguagem científica em textos didáticos. 48 PAEBES 2017

51 Leia o texto abaixo Estratégias para a vida noturna Trocar o dia pela noite pode parecer estranho para nós, mas faz parte do estilo de vida de algumas espécies. À noite, há alguns animais que podem surpreender. Os animais noturnos têm uma série de características especiais para viver à noite. Por exemplo, o loboguará enxerga muito bem, mesmo sem luminosidade. Seu olfato fi ca melhorado e sua audição é uma poderosa aliada, devido às grandes orelhas que ele tem. Além disso, ele tem as patas acolchoadas para não fazer barulho e, assim, chegar bem pertinho da presa sem assustála. Diferentemente de outros lobos, ele também se alimenta de frutas. A audição é um dos sentidos fundamentais para as corujas, assim como a visão perfeita. Além disso, elas têm penas especiais que permitem voar sem fazer barulho nenhum uma boa estratégia para pegar a presa de surpresa! O morcego, por sua vez, não faz questão de ser silencioso. Pelo contrário, para poder se guiar na noite, ele emite um barulho e, pelo eco que o som faz, descobre onde estão os obstáculos e alimentos que procura. Essa estratégia, chamada ecolocalização, é usada por outros animais como o boto que, apesar de não ser considerado noturno, é um mamífero que vive em um ambiente de águas muito escuras, o rio Negro, na Amazônia. No leito dos rios amazônicos, também vive o poraquê, peixe de hábitos noturnos que usa descargas elétricas para capturar outros peixes para comer. 09 Ciência Hoje. Ano 22. n Out p. 5. Fragmento. (P050738ES_SUP) (P050740ES) De acordo com esse texto, a coruja consegue pegar a presa de surpresa porque A) emite um barulho. B) tem o olfato desenvolvido. C) tem penas especiais. D) troca o dia pela noite. Esse item avalia a habilidade de os estudantes estabelecerem relações de causa e consequência entre partes e elementos de um texto. Nesse caso, o suporte do item apresenta um texto informativo, que expõe sobre os artifícios utilizados pelos animais para se localizarem em ambientes com pouca luminosidade. Um ponto de dificuldade para resolução desse item pode ser o fato de essa relação causal ocorrer de forma implícita no texto, ou seja, sem marcas linguísticas evidentes, o que exige do estudante refinamento da leitura. Para identificar o gabarito do item, seria necessário que os discentes atentassem ao que foi solicitado pelo comando, ou seja, que fosse determinada a razão pela qual a coruja consegue pegar a presa de surpresa, estabelecendo, assim, uma relação de causa e consequência. Para tanto, os estudantes deveriam retornar ao texto, especificamente ao terceiro parágrafo, localizar a informação presente no comando para resposta e reconhecer a relação estabelecida entre as sentenças. Dessa forma, os respondentes que acertaram o item, marcando a alternativa C, conseguiram compreender que o trecho elas têm penas especiais que permitem voar sem fazer barulho nenhum oferece a causa de a coruja surpreender a presa. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 49

52 5º ano do ensino fundamental Proficiente NÍVEL 6. DE 225 A 250 PONTOS Identificar assunto e informação principal em reportagens e contos. Identificar assunto comum a cartas e poemas e a poemas e notícias. Identificar informação explícita em letras de música e contos. Reconhecer assunto em poemas e tirinhas. Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos. Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas, contos e reportagens. Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas. Inferir a finalidade de fábulas e de resenhas. Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas. Inferir informação em poemas, reportagens, cartas e fábulas. Diferenciar opinião de fato em reportagens e em contos. Interpretar efeito de humor e inferir sentido de palavra em piadas e tirinhas. Inferir sentido de palavra ou expressão em reportagens. 50 PAEBES 2017

53 Leia o texto abaixo O ouriço viajante Pipo era um ouriço jovem, desesperado para conhecer a cidade. Tanto que, um dia, ele foi para a estação comprar uma passagem. No dia da partida, com a sua malinha, ele aguarda calmamente sobre a plataforma quase deserta. Mas quando o trem fi nalmente chega, que horror! Os vagões estão cheios de pessoas. Mas como conseguir um lugar? Pipo se pergunta. O jeito é forçar um caminho no meio da multidão, mas, ao tentar isso, ele machuca sem querer todos os passageiros que se aproximam. Os passageiros começam a reclamar, a gritar e, então, Pipo acaba expulso do trem! Pacientemente, o ouriço espera o segundo trem, que chega tão lotado quanto o primeiro e Pipo resolve esperar o próximo. Isso é demais! disse ele Já que é assim, não vou mais para a cidade, é isso aí!. Irritado, Pipo se prepara para sair da estação, quando ouve um grito: Ei, Pipo! Aquele é o maquinista do próximo trem. Ele se aproxima e descobre que o maquinista não é outro senão seu primo Pipoca. Pipo, meu primão! Há quanto tempo, hein? Estou indo para a cidade, você quer vir junto? E Pipo, todo feliz, senta confortavelmente ao lado de seu primo. Há muito espaço na locomotiva e o melhor é que ali ele não machuca ninguém. O trem apita e lá vai Pipo a caminho da cidade. MURAT. D Annie. 365 histórias uma para cada dia do ano! Martim G. Wollstein (Trad.). Blumenau: Blu editora p (P050035F5_SUP) 09 (P050039F5) No trecho... ele aguarda calmamente sobre a plataforma... (l. 23), a palavra destacada indica A) o lugar onde o ouriço aguardava o trem. B) o modo como o ouriço esperou. C) o motivo de o ouriço aguardar o trem. D) o tempo que o ouriço esperou. Esse item avalia a habilidade de os estudantes estabelecerem relações lógicodiscursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc. Para a construção do item, foi selecionado um conto, gênero textual familiar aos alunos do 5 ano do ensino fundamental, uma vez que eles já estão habituados a ler esse tipo de história. Além disso, a temática e o léxico apresentados pelo texto são adequados a essa etapa de referência, visto que se trata da história de um ouriço que não consegue viajar devido ao fato de que os seus espinhos incomodam os demais viajantes do trem. O grau de dificuldade do item manifestase no desenvolvimento da habilidade em si, pois o marcador lógicodiscursivo elegido para análise é relativamente mais complexo do que outros a que os estudantes podem estar mais familiarizados, como os marcadores de tempo e de lugar, por exemplo. Dessa forma, para responder corretamente ao item, seria necessário que os estudantes soubessem que um dos sentidos do advérbio mente é a atribuição da maneira como determinadas ações ocorrem. No item em análise, os estudantes deveriam ter compreendido que o estado de espírito do personagem Pipo, ao aguardar a chegada do trem na estação, era tranquilo, ou seja, Pipo aguardava a chegada do trem pacientemente, calmamente. Os estudantes que souberam conferir o significado correto ao advérbio calmamente, identificando que este foi o modo como o ouriço esperou o trem na plataforma, marcaram a alternativa B como gabarito. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 51

54 5º ano do ensino fundamental Avançado ACIMA DE 250 PONTOS NÍVEL 7. DE 250 A 275 PONTOS Identificar opinião em biografias e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e reportagens. Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos. Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges e reportagens. Reconhecer relação de causa e consequência em reportagens e relação entre pronomes e seus referentes em poemas, fábulas e contos. Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens e tirinhas. Inferir informação em contos e reportagens. Inferir moral e efeito de humor em piadas, fábulas e em histórias em quadrinhos. 52 PAEBES 2017

55 Leia o texto abaixo. Existem outros animais que têm a capacidade de camuflagem, como o camaleão? Há muitas variedades de camufl agem no mundo dos invertebrados: os insetos são os vencedores. Inúmeras espécies de borboletas e gafanhotos imitam folhas, tanto secas quanto verdes, e se confundem com o ambiente, na forma e na cor. Há também os famosos bichospau, que se parecem com gravetos secos, e lagartas pequenas que, quando estão nas folhas, se passam por excrementos de pássaros. CAMPAGNER, Carlos (biólogo do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo). CHC, s. d. (P050125ES_SUP) 09 (P050143ES) Nesse texto, a palavra camufl agem signifi ca A) disfarce. B) fantasia. C) imaginação. D) transformação. Esse item pretende avaliar se os estudantes do 5 ano do ensino fundamental são capazes de inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Para tanto, foi utilizado um texto de curta extensão e de fácil compreensão, mas que pode levar os estudantes a apresentarem dificuldades em seu desenvolvimento devido ao vocabulário de cunho científico, específico da área das ciências da natureza. A palavra escolhida para que seu sentido seja inferido, camuflagem, também pode ser um fator de complicação para a construção do significado, uma vez que a maioria dos estudantes dessa etapa podem não conhecêla. No entanto, os estudantes que souberam interpretar corretamente o sentido de camuflagem no contexto em que essa palavra foi apresentada e compreenderam que seu significado é o mesmo que disfarce, assinalaram a alternativa A, o gabarito. Portanto, esses estudantes demonstram que já consolidaram essa habilidade. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 53

56 5º ano do ensino fundamental Avançado NÍVEL 8. DE 275 A 300 PONTOS Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música. Identificar opinião em poemas, crônicas, cartas pessoais e notícias. Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e o assunto comum a duas reportagens. Inferir informação comum na comparação entre reportagens e charges. Reconhecer elementos da narrativa em fábulas e em contos. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábulas, contos, crônicas e em textos didáticos. Inferir informação em fábulas, efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em reportagens e em letras de música e o significado de palavra em textos didáticos. Interpretar efeito de humor em piadas e contos. Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos. Identificar marcas da linguagem formal/padrão em reportagens e as marcas linguísticas que caracterizam o públicoalvo de textos de orientação. Reconhecer a finalidade de textos didáticos. 54 PAEBES 2017

57 Leia os textos abaixo. Texto 1 Reinações de Narizinho Numa casinha branca, lá no Sítio do Picapau Amarelo, mora uma velha de mais de sessenta anos. Chamase Dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz, segue seu caminho pensando: Que tristeza viver assim tão sozinha neste deserto... Mas enganase. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em companhia da mais encantadora das netas Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho como todos dizem. 09 Texto 2 LOBATO, Monteiro. Disponível em: < _Reinacoes_de_Narizinho.htm>. Acesso em: 31 mar Fragmento. Sítio do Picapau amarelo Marmelada de banana, bananada de goiaba, goiabada de marmelo... Na TV, essa era a senha para o início da diversão. O mundo mágico de Monteiro Lobato e o seu Sítio do Picapau Amarelo era presença constante nas fantasias de milhares de crianças (e muitos adultos também!). Eu adorava! Não queria perder nem a abertura ficava fascinada com a estrada que virava arcoíris... O difícil era esperar o dia seguinte pra ver o resto! Disponível em: < Acesso em: 31 mar (P050231CE_SUP) (P050231CE) Esses dois textos têm em comum A) a vida de Monteiro Lobato. B) as histórias de Narizinho. C) o lugar onde as histórias acontecem. D) os programas infantis na TV. Esse item avalia a habilidade de reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema. Como suporte para o desenvolvimento do item, foram selecionados dois textos: o primeiro é um fragmento de reportagem que introduz a história criada por Monteiro Lobato e seus personagens, e o segundo é o trecho de um artigo de opinião no qual a autora expressa seu saudosismo à época em que o programa Sítio do Picapau Amarelo era transmitido pelas emissoras de televisão nacionais. Essa habilidade apresenta um grau de complexidade um pouco mais alto do que as demais, pois exige que os estudantes tenham muita atenção ao ler e compreender não só um, mas dois textos e, ainda, requer a depreensão do assunto em comum entre ambos. Portanto, os estudantes que realizaram a leitura e a compreensão corretas dos textos apresentados como suporte e identificaram que o tema em comum entre eles é o lugar onde as histórias acontecem, ou seja, o Sítio do Picapau Amarelo, possuem essa habilidade consolidada e marcaram corretamente o gabarito, a alternativa C. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 55

58 5º ano do ensino fundamental Avançado NÍVEL 9. DE 300 A 325 PONTOS Identificar assunto principal e opinião em contos e em cartas do leitor. Identificar o trecho que apresenta uma opinião em reportagens. Reconhecer sentido de locução adverbial e conjunção aditiva em notícias e elementos da narrativa em fábulas e contos. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábulas e reportagens. Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes. Inferir informações e o sentido de expressão em poemas narrativos e em fábulas. Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas, piadas e tirinhas. 56 PAEBES 2017

59 Leia o texto abaixo. Mata Atlântica A floresta densa e úmida que você vê, quando vai a muitas de suas praias preferidas é a Mata Atlântica. Quando o Brasil foi descoberto, ela margeava todo o litoral, desde o Nordeste até o Sul do país. Hoje, restam apenas 7% da vegetação, abrigo de mais de 20 mil espécies de plantas, 261 espécies de mamíferos, 340 de anfíbios, 192 de répteis e de pássaros. Boa parte dessas espécies só existe na Mata Atlântica. 09 (P050270B1) Qual é o assunto desse texto? A) A constituição da Mata Atlântica. B) A extensão do litoral brasileiro. C) O desaparecimento da floresta. D) O descobrimento do Brasil. A habilidade avaliada por esse item consiste em identificar o assunto de um texto. Para tanto, foi disponibilizado como suporte um fragmento de reportagem de curta extensão, o que facilita a leitura do texto. No entanto, a habilidade pode ser considerada complexa, pois o assunto que permeia o suporte, provavelmente, oferece dificuldades quanto à compreensão aos estudantes que pertencem a essa etapa de avaliação, uma vez que são apresentados dados numéricos e termos específicos de espécies de animais. Para responder corretamente ao item, os estudantes deveriam observar as informações apresentadas no texto e identificar que o assunto nele tratado é o desaparecimento da floresta que ocupa a Mata Atlântica. É possível que esse seja mais um fator que influencia o nível de dificuldade do item, visto que os estudantes precisam reconhecer que a palavra floresta, presente na alternativa C, referese à Mata Atlântica. Portanto, os estudantes que optaram pela alternativa C, o gabarito, demonstraram a consolidação da habilidade avaliada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 57

60 5º ano do ensino fundamental Avançado NÍVEL 10. ACIMA DE 325 PONTOS Identificar o trecho que apresenta uma opinião em fábulas, resenhas e notícias. Reconhecer sentido de advérbios em cartas do leitor e textos didáticos. Reconhecer a informação comum em duas reportagens. Inferir o efeito de espanto sugerido pelo uso de exclamação na fala de personagem em tirinhas. Identificar marcas da linguagem informal em trecho de reportagens e de contos. Identificar o fato gerador do enredo em contos. 58 PAEBES 2017

61 Leia o texto abaixo Os indígenas podem nos ensinar muito! A vida desse grupo indígena, os arawetés, é bem diferente do que se conhece nas grandes cidades e para viver numa aldeia você teria de descobrir coisas novas. Já pensou se tivesse de andar pelo mato sozinho? Como saberia por onde é mais seguro passar? Como escolheria o que se pode comer ou não? Isso você poderia aprender com qualquer araweté. Eles desde cedo descobrem para onde ir, onde ficar, onde nadar, o que se pode usar para fazer instrumentos e o que comer ou beber. Em casa, você encontraria objetos como panelas, facões e espelhos. Mas não haveria ruas nem lojas, feiras ou supermercados. E nada de eletricidade, chuveiro quente, lâmpadas ou televisão. Aos poucos, você notaria como eles plantam o milho, que é um de seus principais alimentos, como fazem comidas e constroem casas de palha e barro. Poderia tomar banho no rio, criar seus próprios brinquedos e ainda pintálos com tintas feitas de substâncias retiradas de plantas. Depois de alguns meses com os arawetés, você perceberia que, por mais sabida que uma pessoa seja, sempre terá o que aprender, pois existem jeitos diferentes de viver e muitos tipos de conhecimento. Disponível em: < Acesso em: 11 abr (P050381E4_SUP) 09 (P050384E4) Nesse texto, há uma opinião no trecho: A) A vida desse grupo indígena, os arawetés, é bem diferente do que se conhece nas grandes cidades.... (l. 12) B) Já pensou se tivesse de andar pelo mato sozinho? Como saberia por onde é mais seguro passar?. (l. 23) C) E nada de eletricidade, chuveiro quente, lâmpadas ou televisão.. (l. 8) D)... por mais sabida que uma pessoa seja, sempre terá o que aprender,.... (l. 1213) Esse item avalia a habilidade de os estudantes distinguirem um fato de uma opinião entre fragmentos de um texto. Para isso, eles deveriam ser capazes de identificar marcas de posicionamento, nas quais o locutor deixa transparecer sua opinião, em contraposição aos trechos do texto que representam fatos, os quais não expressam juízos de valor ou julgamentos. Para avaliar essa habilidade, foi utilizado como suporte um texto didático, veiculado no portal eletrônico da revista infantojuvenil Recreio, que traz informações a respeito da forma de vida do grupo indígena arawetés. Nesse item, os respondentes deveriam, após realizar uma leitura global do texto, reconhecer que o autor, além de descrever objetivamente como os índios arawetés vivem, também revela seu ponto de vista e sua impressão pessoal acerca dos ensinamentos passados pelos arawetés após um período de convivência. Portanto, os estudantes que assinalaram a alternativa D, o gabarito, demonstraram reconhecer, no último parágrafo, no trecho... você perceberia que, por mais sabida que uma pessoa seja, sempre terá o que aprender..., que a opinião expressa pelo autor revelase no uso do verbo modal que transmite a probabilidade. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 59

62 9º ano do ensino fundamental Abaixo do básico ATÉ 200 PONTOS NÍVEL 1. ATÉ 175 PONTOS Localizar informação explícita em contos, fábulas e reportagens. Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários e em cartuns e realizar inferência em textos não verbais. Reconhecer a finalidade de receitas. 60 PAEBES 2017

63 Leia o texto abaixo O tempo não apaga Há alguns anos, quase todo dia de manhã, quando eu abria o portão para ir ao trabalho, via um garotinho sorridente que passava por mim, a caminho da escola, e eu correspondia o sorriso sem palavras. Certo dia muito frio, percebi que ele estava de tênis, mas sem meias, apenas com uma calça curta e uma blusinha de uniforme. Perguntei se poderia lhe dar algumas roupas dos meus filhos, e ele, todo feliz, disse que precisava apenas de meias, mas que seu irmão precisava do restante. Combinei que no dia seguinte, quando ele passasse, lhe entregaria o material. Juntei todas as meias que pude, de todos os tamanhos e cores e dito e feito: com um muito obrigado, senhora, ele se foi. De vez em quando, ainda o via, mas com o passar do tempo não o vi mais... Até que certo dia a campainha soou e fui atender. Era um rapaz alto, mas aquele sorriso era o mesmo, me agradecendo mais uma vez pelas meias e, com um cesto de verduras verdinhas, me fez chorar... Ele me contou que as meias duraram muitos anos e em momento algum esqueceu o meu gesto. Às vezes, uma atitude tão simples faz toda a diferença na vida de alguém. Seleções. Jan p. 60. (P070350C2_SUP) 09 (P070353C2) No final desse texto, o rapaz demonstrou ser A) agradecido. B) debochado. C) divertido. D) orgulhoso. Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferirem informações implícitas em um texto verbal, a partir do entendimento dos elementos dispostos no texto. O texto utilizado como suporte é um conto, gênero textual que tem como objetivo narrar, em prosa, uma experiência ou um acontecimento vivido por personagens, de forma concisa e breve, em determinado tempo e lugar. O comando desse item requer que os respondentes façam inferências sobre a principal característica do rapaz que interage com a narradora. Para a realização dessa tarefa, os estudantes necessitariam reconhecer os elementos que compõem uma narrativa, para um domínio interpretativo, e identificar o menino/rapaz como personagem central. Eles deveriam perceber a maneira positiva de a personagemnarradora pontuar sua visão a respeito do menino ao longo da narrativa como nas passagens garotinho sorridente e ele, todo feliz e o desejo que ela teve de doar roupas ao menino e ao seu irmão. Os estudantes, então, deveriam observar que a atitude do rapaz de retornar anos mais tarde e oferecer um presente à narradora reflete um traço da sua personalidade: a gratidão. Com base nesses dados, os respondentes deveriam extrair a característica implícita do personagem, informação trazida pela alternativa A, o gabarito. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 61

64 9º ano do ensino fundamental Abaixo do básico NÍVEL 2. DE 175 A 200 PONTOS Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em instruções de jogo. Identificar o assunto principal em reportagens, cartas, contos, tirinhas e histórias em quadrinhos. Inferir informações e características de personagem e do narrador e a personagem principal em fábulas e piadas; elementos do cenário em fragmentos de romances; o desfecho em lendas. Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tirinhas e charges. Reconhecer a finalidade de manuais, regulamentos e textos de orientação. Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música, cartas, contos, tirinhas e histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal. Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários. Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas. Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em conto e em textos de orientação. 62 PAEBES 2017

65 Leia o texto abaixo. 09 Disponível em: < Acesso em: 4 mar (P090341G5_SUP) (P090341G5) Esse texto tem a finalidade de A) conscientizar sobre a limpeza das ruas. B) criticar a falta de recolhimento do lixo. C) divulgar ações de combater à dengue. D) orientar a formação de equipes esportivas. Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem o objetivo comunicativo de um gênero textual com base em sua estrutura e em seu conteúdo. O texto utilizado como suporte para a resolução desse item é um cartaz, gênero textual comumente encontrado no dia a dia, afixado nos mais variados ambientes sociais. Nesse cartaz, especificamente, a função da linguagem predominante é a apelativa, uma vez que o objetivo do locutor é influenciar o interlocutor por meio da mensagem transmitida. Para a realização da tarefa solicitada, os estudantes deveriam observar e relacionar as pistas linguísticas e paralinguísticas que compõem o texto. O cartaz usado como suporte nesse item tem como tema o combate à dengue. Os estudantes deveriam depreender o tema a partir da imagem, em que são retratadas pessoas uniformizadas, portando um balde, um rodo e uma prancheta, em um espaço residencial, e das palavraschave presentes no texto verbal, como dengue, água, locais, limpos e fechados. Uma vez tendo identificado o tema, os estudantes deveriam observar que a mensagem principal a ser transmitida pelo locutor foi escrita com letras maiores e que a maioria dos verbos que estruturam o texto verbal estão no modo imperativo ( monte, vá, dê, fique e mantenhaos ). O modo imperativo dos verbos, dessa maneira, caracteriza o ato de fala como sendo diretivo, uma vez que o locutor tem a intenção de levar o interlocutor a realizar algo nesse caso, combater a dengue. Sendo assim, os estudantes que entenderam que a alternativa C é o gabarito, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 63

66 9º ano do ensino fundamental Básico DE 200 A 275 PONTOS NÍVEL 3. DE 200 A 225 PONTOS Localizar informação explícita em sinopses e receitas culinárias. Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas, contos e letras de música. Inferir ação de personagem em crônicas e em sinopses. Inferir informação a respeito do eu lírico em letras de música e de personagem em tirinhas. Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos, fábulas e poemas. Inferir efeito de humor em piadas, tirinhas e histórias em quadrinhos. Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas, fábulas e contos. Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens. Identificar o assunto comum a duas reportagens, o assunto comum a duas notícias, o assunto comum a poemas e crônicas e a semelhança entre cartas de leitor e cartuns. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábulas, poemas, contos, tirinhas e reportagens. Reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.), termos característicos de contextos informais e a relação entre expressão e seu referente em reportagens, artigos de opinião e crônicas. Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens. Inferir o efeito de sugestão pelo uso da forma verbal imperativa em cartas de leitor e de orientação em manuais de instruções e o efeito do uso de diminutivo em contos. 64 PAEBES 2017

67 Leia o texto abaixo. Joãozinho e os pronomes Na escola: Joãozinho! Sim, professora! Por favor, digame dois pronomes. Quem, eu? Muito bem, garoto! Disponível em: < Acesso em: 3 dez (P091384H6_SUP) 09 (P091384H6) O humor desse texto está A) na forma como o Joãozinho atende a professora. B) na maneira como a professora faz o pedido ao Joãozinho. C) no fato de Joãozinho responder corretamente sem intenção. D) no jeito como a professora faz um elogio ao Joãozinho. Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o fato que gera humor em um texto. Essa habilidade é de difícil domínio, porque exige que o leitor identifique o trecho que subverte a sequência lógica dos acontecimentos e infira o efeito de humor criado. O gênero textual utilizado nesse item é a piada, narrativa curta, geralmente com poucos personagens e cuja finalidade é contar um fato divertido ou espirituoso que possa desencadear o efeito de humor e o riso. Os estudantes que acertaram o item, possivelmente, conseguiram inferir que o efeito de humor é provocado pela frase final da professora, a qual é contrária às expectativas do leitor. Essa quebra de expectativa ocorre pelo fato de Joãozinho responder ao questionamento da professora com uma pergunta, sugerindo que ele não compreendeu esse questionamento e, portanto, não seria esperado que ele acertasse a resposta. Assim, aqueles que marcaram a alternativa C, o gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada, pois foram capazes de identificar o humor do texto. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 65

68 9º ano do ensino fundamental Básico NÍVEL 4. DE 225 A 250 PONTOS Identificar assunto e opinião em reportagens e contos. Identificar tema e assunto em poemas, tirinhas e charges, relacionando elementos verbais e não verbais, e textos informativos. Identificar assunto comum a cartas e poemas. Identificar informação explícita em letras de música, contos, fragmentos de romances, crônicas e em textos didáticos. Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos. Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, de pontuação e de conjunções em poemas, charges e fragmentos de romances. Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes. Reconhecer o gênero biografia, mesmo quando apresentado em uma comparação de dois textos. Reconhecer o gênero artigo. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas, contos e reportagens. Reconhecer relações de causa e consequência e características de personagens em lendas e fábulas. Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas. 66 PAEBES 2017

69 09 Inferir finalidade e efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas. Inferir informação em poemas, reportagens e cartas. Diferenciar fato de opinião em reportagens. Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião. Interpretar efeito de humor e sentido de palavra em piadas e tirinhas. Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas. Inferir o efeito de sentido provocado pela escolha de expressão em guias de viagem e em romances e o efeito de sentido provocado pelo uso de recursos ortográficos em fábulas. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 67

70 Leia o texto abaixo. Quando eu chegar ao Céu! Quando eu chegar ao Céu, de manhã, de tarde ou de noite, não sei ainda, pedirei para ir à biblioteca, onde curiosamente bisbilhotarei com respeito algumas obras. Quero reler a Invenção de Orfeu, de nosso Jorge de Lima, sofredor, telúrico 1 e místico, homem bom, cirenaico 2, assim lhe chamou Rachel de Queiróz, quando ele morreu, novembro, 15, do ano de E pedirei, sim, para conversar com Manu, Manuel Bandeira, que se chamava Neném. Matarei saudades do dentuço Manuel, que foi o melhor ser humano que conheci, neste mundo. E gostaria de conhecer Chiquita do Rio Negro, que recusou casarse com Ataulfo Nápoles de Paiva, conviva do baile da Ilha Fiscal. Escrevi sobre Chiquita. Li a sua biografia, escrita por GarrigouLagrange. Meu Deus, convocaria Jaime Ovalle, o tio Nhonhô, que morreu com a idade de Jorge de Lima. Ali, na biblioteca do Céu, conheceria o estupendo Ovalle, o do Azulão [...], o amigo de Manuel, íntimo de Londres e de Nova York. Por fim, suplicaria para falar com João Guimarães Rosa, poliglota, com quem tão poucas vezes falei. E evocaria a posse do seu sucessor, na Casa de Machado. Esquecime completamente dessa posse, ai de mim. E fui. Lá estava eu, Um ano depois da morte de Rosa. Mário Palmério falou sobre ele, como seu herdeiro. E gostei tanto do discurso, equilibrado, lúcido, original. Se me lembro. Foi procurar cartas íntimas de Rosa para grande amigo, médico e fazendeiro em Minas, Moreira Barbosa. Cartas de outrora. Deliciosas, fraternais, confiantes, de pura entrega. Reveladoras do ser complexíssimo, fechado, carente, que gostava de disfarçar, despistar, ir e vir, comensal 3 do mistério. Saudarei a uns e outros na largueza dadivosa do Céu, turbilhão de amor, como dizia o insaciável Léon Bloy. *Vocabulário: 1 Telúrico: relativo ao que pertence à Terra. 2 Cirenaico: relativo aos que entendem o prazer como fim principal da vida. 3 Comensal: alimentado de; nutrido de. VILLAÇA, Antônio Carlos. Disponível em: < Acesso em: 26 maio Fragmento. (P090373C2_SUP) (P090380C2) De acordo com esse texto, o amigo de Manuel, íntimo de Londres e de Nova York, era A) Jorge de Lima. B) Ataulfo Nápoles. C) Jaime Ovalle. D) Moreira Barbosa. Esse item avalia a habilidade de os estudantes localizarem uma informação que está explícita em um texto. Essa é uma competência básica no processo de leitura e de letramento escolar, pois exige que os estudantes retornem ao texto para localizar a informação pedida no comando, sem demandar inferências ou operações mentais muito complexas. Para avaliar essa habilidade, foi utilizada uma crônica literária, na qual o narrador descreve, em primeira pessoa, as atitudes que tomará quando chegar ao céu. O narrador destaca vários poetas e artistas com os quais gostaria de se encontrar, relembra fatos que viveu e cita alguns eventos que gostaria de ter vivido. Para executar com êxito a tarefa solicitada, os estudantes deveriam realizar a leitura do texto, percebendo que, no terceiro parágrafo, o narrador qualifica Jaime Ovalle como amigo de Manuel, íntimo de Londres e de Nova York. A complexidade dessa tarefa reside no fato de o texto apresentar linguagem metafórica e estrutura sintática complexa. Dessa forma, aqueles que marcaram a alternativa C o gabarito demonstraram ser capazes de localizar informações explícitas no contexto avaliado. 68 PAEBES 2017

71 9º ano do ensino fundamental Básico NÍVEL 5. DE 250 A 275 PONTOS 09 Localizar informações explícitas em crônicas e fábulas. Identificar opinião e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e reportagens. Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos. Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges, reportagens e abaixoassinados e o gênero sinopse. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em poemas, fábulas e contos. Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em fragmentos de romances, diários, crônicas, reportagens e máximas (provérbios). Interpretar sentido de conjunções e de advérbios e relações entre elementos verbais e não verbais em tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas. Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens e tirinhas. Inferir informação em contos e reportagens. Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas. Inferir o sentido de palavra ou expressão em histórias em quadrinhos, poemas e fragmentos de romances. Inferir efeito de humor em piadas e a moral em fábulas. Inferir o efeito de sentido do uso de expressão popular em artigos de opinião. Identificar os elementos da narrativa em letras de música e fábulas. Comparar textos de gêneros diferentes que abordem o mesmo tema. Reconhecer o assunto comum entre textos informativos. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 69

72 Leia o texto abaixo. Bucolismo Bucolismo é o termo utilizado para designar uma espécie de poesia pastoral, que descreve a qualidade ou o caráter dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre e da natureza, característica do Arcadismo. A base material do progresso consubstanciavase nas cidades. Mudava o mundo, modernizavamse as cidades e, consequentemente, redobravam os problemas dos conglomerados urbanos. A natureza acenava com a ordem nos prados e nos campos, os indivíduos resgatavam sentimentos corroídos pelo progresso. Os árcades buscavam uma vida simples, bucólica, longe do burburinho citadino. Eles tinham preferência pela vida nos campos, próxima à natureza. Disponível em: < Acesso em: 6 abr Fragmento. (P090283G5_SUP) (P090284G5) Nesse texto, no trecho Os árcades buscavam uma vida simples, bucólica, longe do burburinho citadino., a palavra destacada tem o sentido de A) agitação. B) buzina. C) cansaço. D) sussurro. Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferirem o sentido de uma palavra em um texto verbal. Essa é uma importante habilidade de leitura, uma vez que os estudantes precisam retornar ao texto e relacionar o sentido da palavra destacada no comando do item ao contexto linguístico e social em que ela está inserida. O suporte utilizado para a realização do item é um verbete enciclopédico, que expõe conhecimentos relativos ao termo bucolismo. Desse suporte, foi selecionado um trecho que apresenta a palavra burburinho. O comando solicita a atividade de inferência do sentido da palavra burburinho nesse texto. Para responder ao item, os estudantes deveriam acionar seu conhecimento prévio a respeito dos possíveis significados da palavra burburinho e relacionar tais possibilidades de significados ao contexto sintático, semântico, pragmático e discursivo em que a palavra aparece. Portanto, os estudantes que optaram pela alternativa A como sendo o gabarito, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada. 70 PAEBES 2017

73 9º ano do ensino fundamental Proficiente DE 275 A 325 PONTOS NÍVEL 6. DE 275 A 300 PONTOS Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música. Localizar informações explícitas em artigos de opinião e crônicas. Identificar opinião em poemas e crônicas e o trecho que apresenta uma opinião em sinopses e em reportagens. Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e assunto comum a duas reportagens. Reconhecer elementos da narrativa em fábulas e contos. Identificar a finalidade em fábulas e contos. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábulas, contos, crônicas, fragmentos de romances, artigos de opinião e reportagens. Inferir informação e efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em reportagens e em letras de música. Inferir informações em fragmentos de romances. Interpretar efeito de humor em piadas, contos e em crônicas. Inferir o efeito de sentido da pontuação, da polissemia como recurso para estabelecer humor e da ironia em tirinhas, anedotas e contos. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 71

74 Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos. Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e histórias em quadrinhos. Inferir o sentido de expressão em letras de música, tirinhas, poemas, fragmentos de romances e o sentido de palavra em cartas de leitor. Inferir o sentido de expressão característica da área da informática em textos jornalísticos. Reconhecer o uso de variantes linguísticas em letras de música, tirinhas, poemas e fragmentos de romances. Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas e artigos. Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes 72 PAEBES 2017

75 Leia o texto abaixo Luz no fim do túnel Graças a Ricão, minhas dúvidas sobre ser igual ou diferente, original ou copiado viraram secundárias. Num minuto súbito, deixei de me sentir perdido, foi incrível! Tinha agora um rumo na vida, enxergava luz no fi m do túnel. A meta era ser escritor de comediante, aprender a ser engraçado, bolar um monte de frases espertas e situações hilárias para Rogério apresentar em espetáculos de ventríloquo pelo país, operando um boneco de mão. A gente estrearia na tevê, num show de talento. Faria o maior sucesso. Seria convidado para outros programas. Ganharia uma grana fi rme e alcançaria fama talvez até mesmo antes dos 15 anos. Com o primeiro dinheiro fi rme que entrasse, eu compraria um barraco para o Ricão. Ou melhor, barraco não, casinha decente. Depois mandaria pôr dessas mãos postiças supermaneiras no braço dele. Ricão trabalharia com a gente de secretário, colaborador, cobrador, sei lá, até ator, em certos números. Quem sabe se, um dia, além de Ricão, não seria ricaço também. Planejar como gastar altas granas era mais gostoso do que decidir como usar os caraminguás do aumento da mamãe. E se alguém, naquele instante, me perguntasse na bucha: Ser gêmeo idêntico é bom ou é ruim?, ouviria de resposta certa: É ótimo! Ótimo para criar confusão no palco e botar o auditório rindo. As ideias foram tantas, que mal guardei metade delas. Uma das boas, que retive, era Rogério comandar, em vez de um boneco, um dinossauro chamado Grumbs. Imaginei o nome da dupla: Roger and Grumbs. Em inglês soava bem, o que era meio caminho andado. Aí, nosso programa de televisão se chamaria Planeta Grumbs e o título do primeiro fi lme nacional que a gente faria, poderia ser Rogério e Grumbs na Bogúncia. Enfi m, na possibilidade de ser em breve rico e famoso, todos os meus problemas pareceram resolvidos. PATRIOTA, Margarida. Luz no fi m do túnel. In: Uma voz do outro mundo. Belo Horizonte: Dimensão, p (P090587ES_SUP) 09 (P090590ES) Nesse texto, o narrador expressa sua opinião em relação ao fato de suas dúvidas terem virado secundárias no trecho: A)... deixei de me sentir perdido, foi incrível!. (l. 2) B) A meta era ser escritor de comediante,.... (l. 4) C) Ser gêmeo idêntico é bom ou é ruim?,.... (l. 17) D)... o que era meio caminho andado.. (l. 2122) Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem marcas de opinião acerca de um fato apresentado em um texto narrativo. Essa importante habilidade de leitura aciona operações mentais complexas, haja vista que é necessário reconhecer marcas de subjetividade materializadas em construções linguísticas que compõem um discurso opinativo. Para a realização dessa tarefa, foi utilizada como suporte uma crônica narrativa de Margarida Patriota, intitulada Luz no fim do túnel. No comando, foi solicitado aos estudantes que identificassem a opinião do narrador em relação ao fato de suas dúvidas terem virado secundárias. A dificuldade desse item reside no fato de os distratores apresentarem expressões subjetivas (na alternativa B, aparece a palavra meta, que se encontra no campo da volição; na alternativa C, aparecem os adjetivos qualificativos bom e ruim ; na alternativa D, há uma construção predicativa composta pelo verbo ser e por uma expressão informal meio caminho andado ), embora estas não configurem opinião relativa ao fato apontado no comando. Desse modo, aqueles que marcaram a alternativa A, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada, pois perceberam que o trecho apresentado nessa alternativa traz a opinião do narrador ( foi incrível! ) a respeito da situação vivida: a sensação de ter um rumo na vida após ter as dúvidas esclarecidas por Ricão. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 73

76 9º ano do ensino fundamental Proficiente NÍVEL 7. DE 300 A 325 PONTOS Localizar a informação principal em reportagens. Identificar ideia principal e finalidade em notícias, reportagens e resenhas. Identificar assunto principal em notícias e opinião em contos e cartas do leitor. Reconhecer sentido de locução adverbial e elementos da narrativa em fábulas e contos. Reconhecer relação de causa e consequência, entre pronomes e seus referentes e entre advérbio de lugar e o seu referente em fábulas e reportagens e o sentido de conjunção proporcional em textos expositivos. Reconhecer características da linguagem (científica, jornalística, padrão) em reportagens e crônicas. Reconhecer elementos da narrativa em crônicas. Reconhecer argumentos e opiniões em notícias, artigos de opinião e fragmentos de romances. Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes. Inferir aspecto comum na comparação de cartas de leitor. Diferenciar abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos. Inferir informação em contos, crônicas, notícias e charges. Inferir sentido de palavras, da repetição de palavras, de expressões, de linguagem verbal e não verbal e de pontuação em charges, tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de romances e reportagens. Inferir informações e efeito de sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas e piadas. Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de diminutivo em crônicas. 74 PAEBES 2017

77 Leia o texto abaixo. Bucolismo Bucolismo é o termo utilizado para designar uma espécie de poesia pastoral, que descreve a qualidade ou o caráter dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre e da natureza, característica do Arcadismo. A base material do progresso consubstanciavase nas cidades. Mudava o mundo, modernizavamse as cidades e, consequentemente, redobravam os problemas dos conglomerados urbanos. A natureza acenava com a ordem nos prados e nos campos, os indivíduos resgatavam sentimentos corroídos pelo progresso. Os árcades buscavam uma vida simples, bucólica, longe do burburinho citadino. Eles tinham preferência pela vida nos campos, próxima à natureza. Disponível em: < Acesso em: 6 abr Fragmento. (P090283G5_SUP) 09 (P090283G5) Nesse texto, uma relação de causa e efeito está em: A)... o caráter dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre [...], característica do arcadismo.. B) Mudava o mundo, [...] consequentemente, redobravam os problemas dos conglomerados urbanos.. C) Os árcades buscavam uma vida simples, bucólica, longe do burburinho citadino.. D)... tinham preferência pela vida nos campos, próxima à natureza.. Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a relação lógicodiscursiva de causa e consequência, marcada por conectivo, entre partes de um texto. Para a realização dessa tarefa, foi utilizado como suporte um verbete enciclopédico que expõe conhecimentos relativos à palavra bucolismo. Nesse contexto, os estudantes deveriam compreender que a consequência ou o efeito da mudança do mundo é o aumento dos problemas dos aglomerados urbanos. Uma marca linguística dessa relação lógicodiscursiva é o termo consequentemente. Logo, aqueles que marcaram a alternativa B, o gabarito, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 75

78 9º ano do ensino fundamental Avançado ACIMA DE 325 PONTOS NÍVEL 8. DE 325 A 350 PONTOS Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crônicas. Identificar argumento em reportagens e crônicas. Reconhecer o efeito de sentido da repetição de expressões e palavras, do uso de pontuação, de variantes linguísticas e de figuras de linguagem em poemas, contos e fragmentos de romances. Reconhecer a relação de causa e consequência em contos. Reconhecer diferentes opiniões entre cartas do leitor que abordam o mesmo tema e entre artigos de opinião. Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunções em crônicas, contos e cordéis. Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos. Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de figuras de linguagem e de recursos gráficos em poemas e fragmentos de romances. Diferenciar fato de opinião em artigos, reportagens e crônicas. Identificar opinião em fábulas e reconhecer sentido de advérbios em cartas de leitor. Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em tirinhas. Reconhecer a finalidade de textos informativos com linguagem científica. Reconhecer a ideia defendida em artigos de opinião. Reconhecer o trecho retomado por pronome demonstrativo em textos de orientação e o termo retomado por pronome relativo em reportagens. Inferir informação em crônicas. 76 PAEBES 2017

79 Leia os textos abaixo. Texto 1 Felicito o sueco Nuno Cotter pelo belo artigo Conversa de português (Língua 40, fevereiro), em que mostra com bom humor e inteligência as diferenças idiomáticas entre Portugal e Brasil. Como engenheiro, trabalhei [...] em Moçambique e sofri com a variação do vocabulário: encofrado para betão, por exemplo, é forma para concreto. Aldo Dórea Mattos, São Paulo (SP) Texto 2 Na crônica Conversa de português, achei estranho ler palavras grafadas no português de Portugal, como reacção, facto, saxónica e cómica. Não estou a par das mudanças que o novo acordo provocou em Portugal, mas [...] reacção e facto agora se escrevem reação e fato. Se eu estiver certa, a revista ignora as novas normas ao publicar essa grafia. [...] Num momento em que nós [...] recorremos à revista Língua para entender as novas regras ortográficas, deparar com essas palavras é desconcertante. Regina Giannetti Dias Pereira, por . Língua Portuguesa. n 42. ano 3. Abr p. 6. Fragmentos. (P090431F5_SUP) 09 (P090431F5) Esses textos apresentam opiniões A) complementares. B) confusas. C) opostas. D) semelhantes. Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem posições distintas relativas ao mesmo tema na comparação entre textos. Nesse item, foi utilizado como suporte duas cartas de leitores veiculadas na revista Língua Portuguesa, nas quais os leitores apresentam seus pontos de vista acerca da crônica, já publicada, Conversa de português. A carta de leitor consiste em um gênero textual de importante relevância nos meios de comunicação, uma vez que, por meio dela, o jornal ou a revista consegue ter uma resposta de como os leitores têm recebido o conteúdo veiculado. O comando desse item solicita que os estudantes confrontem as opiniões apresentadas nas duas cartas de leitor. Sendo assim, para realizar a atividade, os estudantes deveriam, inicialmente, identificar o alvo da exposição das opiniões: nesse caso, a crônica Conversa de português. Por conseguinte, os estudantes deveriam reconhecer, a partir de marcas linguísticas de opinião, que o ponto de vista de Aldo Dórea Mattos, em relação à crônica, é positivo ( Felicito, belo artigo, bom humor, inteligência ), enquanto o ponto de vista de Regina Gianetti Dias Pereira é negativo ( estranho, Não estou a par das mudanças..., mas, Se eu estiver certa, a revista ignora ). Desse modo, aqueles que marcaram a alternativa C entendendo que as opiniões dos leitores são opostas, possivelmente, desenvolveram a habilidade avaliada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 77

80 9º ano do ensino fundamental Avançado NÍVEL 9. DE 350 A 375 PONTOS Localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa humor em contos, crônicas e artigos de opinião. Distinguir o trecho que apresenta a informação principal em reportagens. Identificar variantes linguísticas em letras de música e marcas da linguagem informal em trecho de reportagens, contos e crônicas. Reconhecer a finalidade, o gênero e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas, crônicas, poemas e reportagens. Inferir o sentido de palavra em reportagens e inferir informação em poemas. Reconhecer a ideia defendida pelo autor em artigos de opinião. 78 PAEBES 2017

81 Leia o texto abaixo Alimentação na infância afeta a saúde até a vida adulta Biscoitos, bolachas e bolos fazem parte da alimentação de mais da metade dos bebês brasileiros, com menos de dois anos. Já os refrigerantes e sucos artificiais estão no cardápio de um terço das crianças da mesma faixa etária. É o que indicam os dados da última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ainda nesse ano. O endocrinologista Sérgio Vêncio [...] alerta sobre o consumo destes produtos com alto teor de açúcar e gorduras. Este tipo de alimento deve ser evitado em qualquer fase da vida, mas os efeitos podem ser ainda mais devastadores se consumido desde cedo. Pesquisas demonstram que o peso do indivíduo até os 5 primeiros anos de vida tem grande influência sobre o peso na vida adulta, explica. De acordo com o especialista, o consumo desse tipo de alimento nesta idade parte da própria família, já que o bebê não sabe ainda discernir entre as comidas. A criança não conhece o doce ou a gordura, nunca sentiu o gosto, então não tem porque os pais iniciarem este hábito. Assim, quando começarem a socializar com crianças da mesma idade, terão menor fascínio pelo lanche com baixo teor nutritivo do amigo, exemplifica o médico. O problema é que o sobrepeso é um fator de risco para diversas doenças como diabetes, hipertensão e doença cardiovascular. Alterações que por muitos anos eram essencialmente do adulto, e mais comumente do idoso, estão afetando também as crianças. É o caso da diabetes tipo II, por exemplo., lamenta Dr. Sérgio. [...] Disponível em: < Acesso em: 16 dez Fragmento. (P090771H6_SUP) 09 (P090771H6) Nesse texto, o trecho que traz a informação principal é: A) Biscoitos, bolachas e bolos fazem parte da alimentação de mais de metade dos bebês brasileiros,.... (l. 12) B) Pesquisas demonstram que o peso do indivíduo até os 5 primeiros anos de vida tem grande influência sobre o peso na vida adulta,.... (l. 810) C) A criança não conhece o doce ou a gordura, nunca sentiu o gosto, então não tem porque os pais iniciarem este hábito.. (l. 1214) D) O problema é que o sobrepeso é um fator de risco para diversas doenças como diabetes, hipertensão e doença cardiovascular.. (l. 1617) Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a informação principal de um texto. A compreensão em relação à organização do texto é condição essencial para a construção da coerência textual. Como suporte para a tarefa, utilizouse uma reportagem que versa sobre a influência dos hábitos alimentares, adquiridos na infância, na saúde dos adultos. Para realizar a atividade, seria necessário que os respondentes identificassem o trecho que apresenta a informação que se configura como eixo central do texto, em torno da qual os dados acessórios se organizam. Sendo assim, aqueles que assinalaram a alternativa B o gabarito demonstraram ter desenvolvido a habilidade proposta nesse item. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 79

82 9º ano do ensino fundamental Avançado NÍVEL 10. ACIMA DE 375 PONTOS Reconhecer a ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses. Identificar os elementos da narrativa em contos e crônicas. Diferenciar fato de opinião e opiniões diferentes em artigos e notícias. Inferir o sentido de palavras em poemas e em contos. Inferir o efeito de sentido provocado pela repetição de formas verbais em fábulas. Reconhecer o tema comum entre textos do gênero poema. Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunção adversativa em sinopses. Inferir o efeito de sentido causado pelo uso do recurso estilístico da rima e por escolha de expressão em poemas. 80 PAEBES 2017

83 Leia o texto abaixo Uma vida melhor que a encomenda [...] Domingo passado, comentei sobre o documentário Eu Maior, em que Rubem Alves também participou [...]. Entre outras coisas, ele contou que certa vez um garoto se aproximou dele para perguntar como havia planejado sua vida para chegar onde chegou, qual foi a fórmula do sucesso. Rubem Alves respondeu que chegou onde chegou porque tudo que havia planejado deu errado. Planejar serve para colocar a pessoa em movimento. Se não houver um objetivo, um desejo qualquer, ela acabará esperando sentada que alguma grande oportunidade caia do céu, possivelmente por merecimento cósmico. É preciso querer alguma coisa já alcançar é facultativo, explico por quê. Uma vez determinado o rumo a seguir, entra a melhor parte: abrirse para os acidentes de percurso. Você que sonha em ser um Rubem Alves, é possível que já tenha começado a escrever num blog (parabéns, pôsse em ação). No entanto, esses escritos podem conduzilo a um caminho que não estava nos planos. Dependendo do conteúdo, seus posts podem leválo a um convite para lecionar no interior, [...] a estagiar com um tio engenheiro, a fazer doce pra fora, a pegar a estrada com um amigo e acabar na Costa Rica, onde conhecerá a mulher da sua vida e com ela abrirá uma pousada, transformandose num empresário do ramo da hotelaria. Não é assim que as coisas acontecem, emendando uma circunstância na outra? A vida está repleta de exemplos de arquiteta que virou estilista, [...] estudante de Letras que virou maquiadora, publicitário que virou chef de cozinha, professor que virou dono de pet shop, economista que virou fotógrafo. Tem até gente que almejava ser economista, virou economista, fez uma bela carreira como economista e morreu economista. A vida é surpreendente. Ariano Suassuna largou a advocacia aos 27 anos, João Ubaldo também se formou em Direito, mas nem chegou a exercer o ofício, e Rubem Alves teve até restaurante. Tudo que dá errado pode dar muito certo. A vida joga os dados, dá as cartas, gira a roleta: a nós, cabe apenas continuar apostando. MEDEIROS, Martha. Disponível em: < Acesso em: 22 jul Fragmento. (P090472H6_SUP) 09 (P090476H6) Nesse texto, a expressão caia do céu (l. 78) foi usada para A) ironizar o comportamento das pessoas sonhadoras. B) mostrar a mudança repentina de atitude das pessoas. C) reforçar o sentimento de passagem repentina do tempo. D) sugerir a inércia das pessoas para atingir um objetivo. Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o efeito de sentido decorrente do emprego de recursos estilísticos. A fim de realizar essa tarefa, os estudantes precisaram realizar a leitura de uma crônica argumentativa que discorre sobre os planejamentos pessoais e as eventuais reformulações de planos, na qual o narrador elenca exemplos reais de poetas e situações hipotéticas em que as mudanças de objetivos ocorreram ou podem ocorrer. Para identificar o gabarito, os estudantes deveriam realizar uma leitura atenta do texto e inferir sobre a temática abordada. Além disso, os respondentes deveriam perceber que o viés argumentativo do texto é permeado pela linguagem figurada, utilizada inclusive no título. No trecho em análise no item, presente no segundo parágrafo do texto, seria necessário que os respondentes reconhecessem a crítica do narrador em relação à falta de atitude das pessoas que desejam mudanças, mas que não se colocam em ação. A expressão caia do céu aparece como estratégia para caracterizar a inércia daqueles que não agem. Desse modo, aqueles estudantes que percorreram esse caminho cognitivo, marcando a alternativa D, o gabarito, provavelmente desenvolveram essa habilidade. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 81

84 3ª série do ensino médio Abaixo do básico ATÉ 250 PONTOS NÍVEL 1. ATÉ 200 PONTOS Localizar informação explícita a respeito da ação de personagem em crônicas e em fragmentos de romances. Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos, em instruções de jogo e em notícias. Inferir efeito do uso da exclamação em textos de orientação. Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal. Reconhecer a finalidade de cartazes. 82 PAEBES 2017

85 Leia o texto abaixo. 09 Disponível em: < Acesso em: 2 ago (P100071F5_SUP) (P100091F5) De acordo com esse texto, são necessários 70 litros de água para A) fazer meio quilo de plástico. B) fazer um quilo de carne bovina. C) fazer uma calça jeans. D) produzir uma folha de papel. E) produzir uma maçã. Esse item avalia a habilidade de os estudantes localizarem informações explícitas em um texto. Para tanto, escolheuse um cartaz, que anuncia a Semana Mundial da Água e orienta sobre o uso da água, além de fazer um alerta sobre o seu desperdício. Para identificar o gabarito, os estudantes deveriam ler com atenção o texto, percebendo que as informações estão dispostas em tópicos, e compreender o contexto ao qual o cartaz se refere. Também seria necessário que os respondentes atentassem ao comando para resposta e às alternativas, selecionando aquela que traz uma informação compatível com a tarefa solicitada. Dessa forma, os estudantes que escolheram a alternativa E como resposta conseguiram reconhecer que a informação 70 litros de água corresponde a produzir uma maçã. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 83

86 3ª série do ensino médio Abaixo do básico NÍVEL 2. DE 200 A 225 PONTOS Reconhecer a causa de ação de personagem em fragmentos de romances. Inferir características de personagem em fábulas e ação de personagem em crônicas. Inferir informação a respeito do eu lírico em letras de música. Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música. Identificar o assunto principal em reportagens. Reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.) e a relação entre expressão e seu referente em reportagens e artigos de opinião. Estabelecer relação lógicodiscursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos e em contos e por advérbio de modo em poemas. Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens. Inferir o efeito do uso de notação e do uso da exclamação na fala de personagem em tirinhas. Inferir o trecho que provoca efeito de humor em piadas e o fato que gera humor em histórias em quadrinhos. Identificar o públicoalvo de cartazes. Inferir a crítica apresentada em cartuns. 84 PAEBES 2017

87 Leia o texto abaixo Crônica sem jabuticabas Estava sentado no fundo do ônibus vazio. Dia ensolarado, trânsito livre, uma brisa amena e improvável lambia a cidade de São Paulo. Férias, dentro e fora de mim. Meus pensamentos iam tão soltos e distantes que já haviam rompido o fino fio que os ligava à minha cabeça: se me perguntassem por onde andavam, não saberia dizer. Foi então que surgiu diante de mim a ideia, nítida e apetitosa: jabuticaba. Há quanto tempo eu não comia uma jabuticaba? Em poucos quarteirões, passei da distração à obsessão: tinha que comer jabuticabas. Fiquei lembrando da infância na fazenda de um amigo, tardes e tardes no pomar, a árvore cada vez mais branca e o chão cada vez mais preto com as dezenas de cascas espalhadas... Desci do ônibus na frente de um supermercado. Entrei na enorme loja fazendo um discurso interno sobre as maravilhas da modernidade, todos aqueles itens à minha disposição, num único local: pasta de dentes, suco de caju, tampa de privada, moela de frango, pilhas alcalinas, bacias coloridas, maracujás... morangos... mangas... e as jabuticabas??? Pedi ajuda a um funcionário que passava por ali. Ele me olhou como se meu pedido fosse absurdo, uma excentricidade. Pegou então um radinho e, depois de um breve chiado, soltou: ô Anderson, você sabe se a gente tem jabuticaba?. Do outro lado o tal do Anderson respondeu, depois de algum suspense: Negativo, Jailson, negativo. Jailson olhou para mim, com certa consternação (não sei se calculada ou sincera) e repetiu, como se eu não tivesse ouvido: Negativo, senhor. Supermercado inútil, repleto de coisas inúteis, nenhuma delas jabuticaba. Saí. Andei alguns quarteirões, achei uma quitanda. Nada por ali também. Você sabe se eu encontro em algum lugar por aqui? Sabe se é época? Se tem algum mês do ano, assim, que tem jabuticaba e outros que não tem?. Olha moço, sei lá, comecei a trabalhar aqui anteontem... Fui para casa. Já mais movido pela birra que pelo desejo, vasculhei na internet as prateleiras de todas as redes de supermercados da cidade. Nada. Não havia, na quarta maior metrópole do mundo, na cidade mais rica da América do Sul, uma única, uma mísera jabuticaba. [...] Naquele instante, o homem ter ido à Lua. Ter clonado uma ovelha, pintado a Capela Cistina, inventado a penicilina, o avião, a pipoca de microondas e todas outras conquistas da civilização... não me valiam de nada, na monumental e incontornável ausência da jabuticaba. PRATA, Antônio. Disponível em: < Acesso em: 2 jul Fragmento. (P120204G5_SUP) 09 (P120204G5) De acordo com esse texto, o narrador desceu do ônibus em frente a um supermercado porque queria A) andar alguns quarteirões. B) comprar jabuticabas. C) encontrar um amigo de infância. D) pedir ajuda a um funcionário. E) pegar um radinho emprestado. Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem a relação lógicodiscursiva de causa e consequência em um texto. Para tanto, como suporte, utilizouse uma crônica do escritor Antônio Prata, cujo assunto é o desejo do narrador de comer jabuticaba e a dificuldade de encontrar a fruta na cidade em que vive. Para que o gabarito seja identificado, é necessário que os estudantes leiam o texto, identifiquem a temática e compreendam o encadeamento de acontecimentos apresentados no enredo. Além disso, é preciso que os respondentes observem que o comando do item apresenta uma consequência: a atitude do narrador de ir a um supermercado. A sentença apresentada no comando deve ser completada com a alternativa que indique a causa dessa ação, ou seja, o desejo de comprar jabuticabas. Portanto, os estudantes que assinalaram a alternativa B, o gabarito, reconheceram a relação lógicodiscursiva apresentada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 85

88 3ª série do ensino médio Abaixo do básico NÍVEL 3. DE 225 A 250 PONTOS Localizar informações explícitas em fragmentos de romances, crônicas, textos didáticos e artigos. Identificar tema e assunto em poemas e charges, relacionando elementos verbais e não verbais. Identificar elementos da narrativa em histórias em quadrinhos. Reconhecer a finalidade de recurso gráfico em artigos. Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, de pontuação, de conjunções em poemas, charges, fragmentos de romances, anedotas e contos. Inferir o sentido de palavra em letras de música, reportagens e artigos. Reconhecer relações de causa e consequência em lendas e fábulas. Reconhecer relação entre pronome e seu referente em manuais de instruções. Inferir características de personagens em lendas e fábulas e inferir sentimento expresso pelo narrador em contos. Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião. Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas. Inferir causa da ação de um personagem e interpretar expressão de personagem em tirinhas. Reconhecer o objetivo comunicativo de reportagens. Reconhecer aspecto comum na comparação de letras de música e poemas e entre textos jornalísticos e charges. Identificar a tese defendida pelo autor em artigos. 86 PAEBES 2017

89 Leia o texto abaixo As corcovas dos camelos armazenam água? Na realidade, uma corcova de camelo é um monte de gordura. Em um camelo saudável e bem alimentado, a corcova pode pesar até 35 Kg! Seres humanos e a maioria dos animais armazenam suas gorduras misturadas com o tecido muscular ou em uma camada logo abaixo da pele. Camelos são os únicos animais que possuem corcova. A corcova permite que o camelo possa sobreviver por um período bem longo de até duas semanas sem precisar se alimentar. Devido ao fato de normalmente os camelos viverem no deserto, onde a comida é escassa em longas distâncias, isso é importante. Um camelo precisa de cerca de 20 litros de água por dia no verão. Entretanto, um camelo pode perder até 100 litros de água de seus tecidos corporais sem efeitos adversos. Uma coisa que um camelo pode fazer para conservar água é suportar grandes oscilações de temperaturas do corpo. Um camelo pode começar o dia a 35ºC e deixar que sua temperatura suba até 40ºC. Somente no final dessa faixa de temperatura máxima é que ele precisará suar para evitar superaquecimento. Quando você compara essa faixa de temperatura com a faixa do corpo humano, em que meros 2 graus de aumento indicam uma doença, você percebe a vantagem. [...] Disponível em: < Acesso em: 10 mar Fragmento. (P120203ES_SUP) 09 (P120204ES) Esse texto tem por finalidade A) dar uma informação. B) expor uma opinião. C) narrar acontecimentos. D) orientar procedimentos. E) persuadir o leitor. Nesse item, a habilidade avaliada é identificar a finalidade de um texto. Essa tarefa consiste em medir a habilidade de os estudantes atribuírem ao texto uma finalidade comunicativa com base na análise do modo de organização discursiva predominante (narração, exposição, descrição, argumentação ou injunção) e nas informações nele veiculadas. Para isso, é preciso analisar, com base na construção do sentido do texto, as intenções comunicativas manifestadas em seu interior. Nesse caso, o item traz um fragmento de texto jornalístico do gênero reportagem, cujo objetivo é apresentar informações, o que fica evidente a partir da observação de que há predominância no uso da tipologia expositiva e também dos recursos linguísticos utilizados: vocabulário objetivo, verbos no presente do indicativo e ausência de adjetivos opinativos. Para executar essa tarefa, os estudantes deveriam realizar a leitura do texto integralmente, observando as características do gênero e o tema abordado pelo texto, para, então, compreender que seu objetivo é dar uma informação, conforme apresentado na alternativa A o gabarito. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 87

90 3ª série do ensino médio Básico DE 250 A 300 PONTOS NÍVEL 4. DE 250 A 275 PONTOS Localizar informações explícitas em crônicas, fábulas e reportagens. Identificar os elementos da narrativa em letras de música, fábulas e contos e o narrador em primeira pessoa em fragmentos de romances. Reconhecer a finalidade de abaixoassinado e verbetes. Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em fragmentos de romances, contos, diários, crônicas, reportagens, máximas (provérbios) e artigos. Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas. Inferir o sentido de palavra ou expressão em histórias em quadrinhos, poemas e fragmentos de romances. Comparar textos de gêneros diferentes para reconhecer a ideia comum entre eles. Interpretar o sentido de conjunções, de advérbios e as relações entre elementos verbais e não verbais em tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas. Reconhecer relações de sentido estabelecidas por conjunções ou locuções conjuntivas em letras de música e crônicas. 88 PAEBES 2017

91 09 Reconhecer o uso de expressões características da linguagem (científica, profissional etc.), marcas linguísticas que evidenciam o locutor em reportagens e a relação entre pronome e seu referente em artigos e reportagens. Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal em notícias e charges. Reconhecer o trecho que caracteriza uma opinião em entrevistas e em reportagens. Inferir efeito de humor e de ironia em tirinhas. Inferir efeito do uso de letras maiúsculas em artigos. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 89

92 Leia o texto abaixo. Dr. Google e seus bilhões de pacientes Regina Elizabeth Bisaglia, em mais uma consulta de rotina, indicava ao paciente a melhor maneira de cuidar da pressão. Ao mesmo tempo, observava a expressão introspectiva do homem a sua frente. A cardiologista não entendia ao certo a desconfiança em seu olhar, mas começava a presumir o motivo. Logo, entenderia o porquê. Depois de uma explicação um pouco mais técnica, o senhor abriu um sorriso e o olhar tornouse mais afável. A médica acabara de falar o que o paciente queria ouvir e, por isso, passava a ser merecedora de sua confiança. Entendi. O senhor andou consultando o doutor Google, certo?, disse, de modo espirituoso, Bisaglia. A médica atesta: muitas vezes os pacientes chegam ao consultório com o diagnóstico já pronto e buscam apenas uma confirmação. Ou mais: vão ao médico dispostos a testar e aprovar (ou não) o especialista. Não adianta os médicos reclamarem. Os pacientes vão à internet pesquisar e isso é um caminho sem volta. Informação errada existe em todos os meios, mas eu diria que muitas vezes é interessante que a pessoa procure se informar melhor, diz a cardiologista, com mais de 30 anos de profissão. Há momentos em que o paciente não confia no que o médico diz ou se faz de desentendido. Nessas horas, é muito importante que ele perceba que existem mais pessoas falando a mesma coisa e passando pelo mesmo problema e que, portanto, é fundamental se cuidar. Nada melhor do que a conversa na rede para isso, completa a médica. CAMELO, Thiago. Disponível em: < Acesso em: 16 fev (P120150EX_SUP) (P120153EX) No trecho... portanto, é fundamental se cuidar. (l. 1920), a conjunção destacada introduz uma informação A) comparativa. B) conclusiva. C) condicional. D) conformativa. E) contraditória. Nesse item, foi aferida a habilidade de os estudantes identificarem uma relação lógicodiscursiva presente no texto. Para avaliar essa habilidade, foi utilizada uma reportagem a respeito da busca de informações na internet sobre questões de saúde. Para o domínio efetivo da habilidade requerida, é exigida uma inferência que vai além da classificação do conector. É necessário que os respondentes percebam que a construção dos sentidos de um texto se faz por meio do emprego de elementos gramaticais e lexicais, sendo, portanto, fundamental o desenvolvimento da habilidade de reconhecer esses elementos e inferir o tipo de relação lógicosemântica que eles estabelecem em contextos variados. Os respondentes deveriam compreender que a conjunção em análise, portanto, resume, marca o desfecho, conclui o aconselhamento dado pela profissional entrevistada, uma vez que o trecho introduzido pela conjunção referese ao caráter global do texto. Desse modo, a conjunção portanto é responsável por arrematar as informações anteriormente mencionadas. Dessa forma, aqueles que compreenderam essa relação de conexão textual escolheram a alternativa B conclusiva demonstrando ter desenvolvido a habilidade avaliada. 90 PAEBES 2017

93 3ª série do ensino médio Básico NÍVEL 5. DE 275 A 300 PONTOS 09 Localizar informações explícitas em artigos de opinião e crônicas. Identificar finalidade e elementos da narrativa em fábulas e contos. Identificar a finalidade de relatórios científicos e reportagens. Determinar informação comum entre artigos de opinião e tirinhas. Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes. Reconhecer opiniões divergentes sobre o mesmo tema em diferentes textos. Distinguir o trecho que apresenta opinião do narrador em crônicas. Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunções, a relação de causa e consequência e entre pronomes e seus referentes em fragmentos de romances, fábulas, crônicas, contos, artigos de opinião, reportagens e entrevistas. Reconhecer o sentido de expressão e de variantes linguísticas em letras de música, tirinhas, poemas e fragmentos de romances. Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas, artigos, resenhas e entrevistas. Reconhecer o tema de crônicas e assunto em reportagens. Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e histórias em quadrinhos. Inferir informações em fragmentos de romances e em poemas e ação de personagem em histórias em quadrinhos e em tirinhas. Inferir o efeito de sentido da pontuação e da polissemia como recurso para estabelecer humor ou ironia em tirinhas, anedotas e contos e o trecho que apresenta ironia em crônicas. Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos em contos, artigos, crônicas e romances. Inferir informação e o efeito de sentido produzido por expressão em reportagens e tirinhas. Reconhecer variantes linguísticas em artigos. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 91

94 Leia o texto abaixo. Disponível em: < Acesso em: 28 dez (P121137H6_SUP) (P121137H6) Nesse texto, o menino deseja A) encontrar alguém para brincar. B) fi car escondido dos pais. C) passear pela neve. D) provocar uma briga. E) vencer seu medo. Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferirem informações em textos que mesclam linguagem verbal e não verbal. Para avaliar essa habilidade, o suporte apresenta uma tirinha do personagem Calvin, na qual é possível inferir que o menino convida outras crianças para brincar de batalha na neve, porém fica decepcionado com a ausência de resposta ao seu chamado. As tirinhas são caracterizadas por narrar uma história, de modo sintético, em uma sequência de quadrinhos. Por explorar recursos verbais e não verbais, a interpretação desses textos exige inferências mais sofisticadas por parte do leitor. Para identificar o gabarito, os estudantes promoveram a inferência das informações implícitas e foram capazes de acompanhar a progressão textual, estabelecendo relações entre os recursos verbais (as falas do personagem) e não verbais (as expressões de Calvin, modificadas no decorrer dos quadrinhos). Dessa forma, os estudantes que escolheram a alternativa A conseguiram perceber adequadamente a intenção do garoto, de encontrar companhia para brincar na neve. 92 PAEBES 2017

95 3ª série do ensino médio Proficiente DE 300 A 350 PONTOS NÍVEL 6. DE 300 A 325 PONTOS Localizar informações explícitas em infográficos, reportagens, crônicas e artigos. Localizar a informação principal em reportagens. Identificar ideia principal e finalidade em notícias, reportagens e resenhas. Identificar a finalidade e a informação principal em notícias. Reconhecer características da linguagem (científica, jornalística, coloquial) em reportagens, marcas da oralidade em entrevistas e da linguagem coloquial em contos. Reconhecer variantes linguísticas em contos, notícias, reportagens e crônicas. Reconhecer elementos da narrativa em crônicas e em resenhas. Reconhecer argumentos e opiniões em notícias, artigos de opinião e fragmentos de romances. Identificar o argumento em contos. Diferenciar abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos. Inferir informação em contos, crônicas, notícias e charges. Inferir sentido de palavras, da repetição de palavras, de expressões, de linguagem verbal e não verbal e de pontuação em charges, tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de romances e artigos de opinião. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 93

96 Inferir informação, sentido de expressão e o efeito de sentido decorrente da escolha de expressão e do uso de recursos morfossintáticos em crônicas. Inferir o sentido decorrente do uso de recursos gráficos em poemas. Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal e o efeito de humor em tirinhas. Inferir informação a respeito de personagem em tirinhas e em manuais de instruções com apoio de recursos visuais. Reconhecer a relação entre os pronomes e seus referentes em contos e o referente de pronome relativo em artigos de opinião. Reconhecer elementos da narrativa em contos. Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos e pelo uso dos recursos estilísticos da antítese e da ironia em poemas. Reconhecer ideia comum e opiniões divergentes sobre o mesmo tema na comparação entre diferentes textos. Reconhecer ironia e efeito de humor em crônicas, entrevistas e tirinhas. Reconhecer a relação de causa e consequência em piadas e fragmentos de romances. Comparar poemas que abordem o mesmo tema. Diferenciar fato de opinião em contos, artigos, reportagens e crônicas. Diferenciar tese de argumentos em artigos, entrevistas e crônicas e reconhecer um argumento utilizado para defender uma ideia em entrevistas. 94 PAEBES 2017

97 Leia o texto abaixo Cães imitam os donos Ah, olha só, isso não é só coisa de gato. Os cachorros também imitam o que os donos fazem. Um grupo de pesquisadores da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, treinou oito cachorros para ver mesmo se eles imitam ou não o que a gente faz. Primeiro, os donos tiveram de ensinar: fizeram algo (tipo enfiar a cabeça num balde que estava no chão, ou andar em volta de um cone) e, alguns segundos depois, deram a ordem faça como eu. Fizeram o teste 19 vezes, com tarefas diferentes e em intervalos maiores (os cães tinham de imitar a ação até 10 minutos depois que os donos haviam feito). Em algumas situações, até levavam o cachorro para longe do cone (ou do balde). E, em todas as tentativas, os bichinhos refizeram os passos do dono. Segundo a pesquisa, isso mostra que os cães têm memória declarativa memória de longo prazo sobre fatos e eventos que podem ser relembrados conscientemente. Eles fazem isso [nos imitar] naturalmente, porque são predispostos a aprender socialmente com a gente, explica Ádám Miklós, um dos pesquisadores. Espertinhos, não? Vai ver é por isso que eles gostam tanto de dormir na sua cama. Só estão te imitando Disponível em: < Acesso em: 24 fev (P120241G5_SUP) 09 (P120242G5) Qual passagem desse texto expressa uma opinião do autor? A) Primeiro os donos tiveram de ensinar:.... (l. 45) B)... faça como eu.. (l. 6) C)... os cães têm memória declarativa.... (l. 11) D) Eles fazem isso [nos imitar] naturalmente,.... (l. 1213) E) Espertinhos, não?. (l. 15) Esse item avalia a habilidade de os estudantes diferenciarem opiniões de fatos em uma reportagem. Como suporte, foi utilizado um texto jornalístico que apresenta os resultados de uma pesquisa científica realizada em uma universidade da Hungria. O experimento apresenta como conclusão o fato de os cães imitarem ações de seus donos. Por ser uma reportagem, o texto em questão apresenta informações factuais, além de apresentar opiniões expressas pelo redator. O comando desse item solicita que os respondentes identifiquem, dentre as alternativas apresentadas, a passagem que apresenta uma marca opinativa, presente na alternativa E, em que o autor do texto emite a opinião de que os cães são espertos por conseguirem imitar seus donos. Logo, os estudantes que assinalaram essa alternativa o gabarito consolidaram a habilidade avaliada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 95

98 3ª série do ensino médio Proficiente NÍVEL 7. DE 325 A 350 PONTOS Localizar informação explícita em resenhas. Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crônicas. Identificar a informação principal em reportagens. Identificar argumento em reportagens e crônicas e o trecho que comprova a tese defendida em artigos de opinião. Reconhecer o efeito de sentido da repetição de expressões e palavras, do uso de pontuação, de variantes linguísticas e de figuras de linguagem em poemas, contos, fragmentos de romances e artigos. Reconhecer variantes linguísticas e o efeito de sentido de recursos gráficos em crônicas, artigos, letras de música e fábulas. Inferir o efeito do uso das aspas em crônicas. Reconhecer a relação de causa e consequência e relações de sentido marcadas por conjunções em reportagens, artigos, ensaios, crônicas, contos, cordéis e poemas. Reconhecer diferentes opiniões entre cartas de leitor que abordam o mesmo tema. Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos. Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de figuras de linguagem e de recursos gráficos em poemas e fragmentos de romances. Diferenciar fato de opinião em artigos, reportagens e resenhas. Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal e o efeito da escolha de palavra em tirinhas. 96 PAEBES 2017

99 09 Identificar elementos da narrativa e a relação entre argumento e ideia central em crônicas e em fragmentos de romances. Reconhecer o gênero reportagem e a finalidade de propagandas e de entrevistas. Reconhecer o tema em poemas e em reportagens. Inferir o sentido de palavras e expressões em piadas e letras de música. Inferir informação em artigos. Inferir o sentido de expressão em fragmentos de romances. Recuperar o referente do pronome demonstrativo lá em reportagens, o trecho retomado por pronome demonstrativo em crônicas e por pronome relativo em artigos. Inferir o trecho que apresenta ironia em histórias em quadrinhos. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 97

100 Leia o texto abaixo. Cães imitam os donos Ah, olha só, isso não é só coisa de gato. Os cachorros também imitam o que os donos fazem. Um grupo de pesquisadores da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, treinou oito cachorros para ver mesmo se eles imitam ou não o que a gente faz. Primeiro, os donos tiveram de ensinar: fizeram algo (tipo enfiar a cabeça num balde que estava no chão, ou andar em volta de um cone) e, alguns segundos depois, deram a ordem faça como eu. Fizeram o teste 19 vezes, com tarefas diferentes e em intervalos maiores (os cães tinham de imitar a ação até 10 minutos depois que os donos haviam feito). Em algumas situações, até levavam o cachorro para longe do cone (ou do balde). E, em todas as tentativas, os bichinhos refizeram os passos do dono. Segundo a pesquisa, isso mostra que os cães têm memória declarativa memória de longo prazo sobre fatos e eventos que podem ser relembrados conscientemente. Eles fazem isso [nos imitar] naturalmente, porque são predispostos a aprender socialmente com a gente, explica Ádám Miklós, um dos pesquisadores. Espertinhos, não? Vai ver é por isso que eles gostam tanto de dormir na sua cama. Só estão te imitando Disponível em: < Acesso em: 24 fev (P120241G5_SUP) (P120241G5) No trecho... isso mostra que os cães têm memória declarativa... (l. 11), o termo destacado retoma A)... tipo enfiar a cabeça num balde.... (l. 5) B)... tarefas diferentes e em intervalos maiores.... (l. 7) C)... os cães tinham de imitar a ação.... (l. 78) D)... os bichinhos refizeram os passos do dono.. (l. 910) E)... eventos que podem ser relembrados.... (l.12) Esse item avalia a habilidade de os estudantes recuperarem o referente do pronome demonstrativo isso a partir da leitura de uma reportagem que apresenta os resultados de uma pesquisa científica. O pronome anafórico em questão retoma a informação de que os cães refizeram os passos do dono, o que demonstra que esses animais têm a chamada memória declarativa. Desse modo, os estudantes que assinalaram a alternativa D, o gabarito, identificaram o referente do pronome demonstrativo em destaque, demonstrando que desenvolveram a referida habilidade. 98 PAEBES 2017

101 3ª série do ensino médio Avançado ACIMA DE 350 PONTOS NÍVEL 8. DE 350 A 375 PONTOS Localizar informações explícitas, ideia principal e trecho que causa humor em contos, crônicas e artigos de opinião. Identificar variantes linguísticas em letras de música e em reportagens. Reconhecer efeitos estilísticos em poemas. Reconhecer ironia e efeitos de sentido decorrentes da repetição de palavras em sinopses e em poemas. Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo tema, na comparação entre diferentes textos. Reconhecer o gênero carta de leitor a partir da comparação entre dois textos. Reconhecer a finalidade e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas e crônicas. Reconhecer finalidade e traços de humor em reportagens. Reconhecer o efeito de sentido do humor em tirinhas. Reconhecer o tema em contos e fragmentos de romances. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 99

102 Reconhecer relação de sentido marcada por conjunção em crônicas e circunstância de lugar marcada por adjunto adverbial de lugar em resenhas. Inferir informação e tema em reportagens, poemas, histórias em quadrinhos e tirinhas. Inferir o sentido e o efeito de sentido de palavras ou de expressão em poemas, crônicas, fragmentos de romances e reportagens. Reconhecer a ideia defendida pelo autor em artigos de opinião. Inferir característica do eu lírico em letras de música. Inferir o efeito do uso das aspas em resenhas. 100 PAEBES 2017

103 Leia o texto abaixo Inés Bortagaray capta singularidade de relações familiares em livro A escritora uruguaia Inés Bortagaray (1975), nascida em Salto Oriental a mesma cidade do contista Horacio Quiroga ( ), acaba de fazer sua estreia no Brasil. Um, Dois e Já guarda com o conterrâneo a preferência pela brevidade e a oscilação entre o realismo e o devaneio. Bortagaray conta a história de uma viagem de férias em família, na virada dos anos 70 para os 80, no Uruguai, numa perspectiva infantil. No banco da frente, o pai e a mãe; atrás, os quatro filhos ainda pequenos, disputando o direito à janela. A narradora do relato é personagem secundária da história que conta: entre os irmãos, ela é a segunda mais jovem. A particularidade está no modo de narrar. O livro é composto de uma série de episódios ou quadros entrecortados pelo adormecimento da menina [...], por uma lembrança. Tudo contado com delicadeza e lirismo. [...] Em meio aos devaneios da garota, o leitor percebe os ecos da história da época: a guerra das Malvinas, a ditadura uruguaia e o gosto do irmão mais velho pela política. Tudo dito de modo sutil, como se houvesse no livro não apenas uma linguagem e um olhar infantis, mas também uma escuta de criança, com o que isso implica de astúcia e ingenuidade. Ao terminar as breves páginas que compõem o relato, fica a imagem da jovem se confrontando com o mundo com os recursos de que dispõe: sua imaginação, sua capacidade de negociação, suas pernas feias e sua família. [...] A autora capta das relações familiares o que elas têm de singular: o afeto que se manifesta como zelo ou agressividade, de modo imprevisível. O episódio que melhor demonstra isso é quando todos se reúnem para uma foto, e para tanto testam o disparo automático da câmera. Depois de ficarem tensos diante do olho eletrônico, se dispersam: Todos respiramos e nos soltamos rapidamente e vamos andando para o carro com algo de pudor e algo de carinho. BEZERRA, Wilson Alves. Disponível em: < Acesso em: 15 fev *Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P120138G5_SUP) 09 (P120142G5) No último parágrafo desse texto, as aspas foram usadas para A) apresentar uma transcrição. B) expressar um comentário. C) indicar uma explicação. D) marcar uma crítica. E) reforçar um conceito. Esse item tem por finalidade avaliar a habilidade de os estudantes inferirem o efeito de sentido decorrente do uso de sinais de pontuação. Nesse caso, as aspas presentes em uma resenha de um livro. Para que o gabarito seja identificado, é necessária a leitura atenta do texto, bem como a compreensão do direcionamento apresentado pelo comando, que solicita a inferência do efeito de sentido do uso das aspas no último parágrafo do texto. Nessa passagem, o trecho compreendido entre as aspas apresenta a transcrição de uma parte do livro, portanto, os estudantes que assinalaram a alternativa A, o gabarito, consolidaram a habilidade avaliada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 101

104 3ª série do ensino médio Avançado NÍVEL 9. DE 375 A 400 PONTOS Diferenciar fatos de opiniões e opiniões diferentes em artigos e notícias. Inferir o sentido de palavras em poemas. Localizar ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses. Identificar a ideia central e o argumento em apresentações de livros, reportagens, editoriais, crônicas e artigos de opinião. Inferir o assunto tratado em artigos de opinião. Identificar elementos da narrativa em crônicas, contos e fragmentos de romances. identificar ironia e tema em poemas e artigos. Inferir efeito de humor e ironia em tirinhas e charges. Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunção em artigos, reportagens e fragmentos de romances. Reconhecer a relação de causa e consequência em reportagens e fragmentos de romances. Reconhecer o efeito de sentido de recursos gráficos em artigos e do uso de expressão metafórica caracterizadora de personagem em fragmentos de romances. Inferir recurso estilístico utilizado em crônicas. Reconhecer variantes linguísticas em letras de música e piadas. Reconhecer o gênero resenha e a finalidade de reportagens, resenhas e artigos. Reconhecer a tese defendida pelo autor em artigos de opinião em forma de paráfrase. 102 PAEBES 2017

105 Leia o texto abaixo. Dente de coelho Quando um problema é muito intrincado, exige habilidade para ser solucionado e parece esconder alguma artimanha, dizse que ali tem dente de coelho. A expressão lembra o que acontece com os dentes desse animal: por mais que tente, não os consegue esconder. Aparecem, mesmo estando o bicho de boca fechada e lábios cerrados. O coelho é um mamífero roedor. Como tal, os dentes lhe são essenciais para subsistência e também notório símbolo de identificação. Esperteza e espírito arguto também o caracterizam. Essa sugestiva condição inspirou a criação de desenhos animados no cinema celebrando as façanhas de coelhos. Dentre eles, o Pernalonga, que, desde os anos 50, nos quadrinhos publicados pela revista Mindinho, tem encantado adultos e crianças. Sempre na dianteira de quem o persegue, a natureza dotou o coelho de orelhas grandes e olhos aguçados que o ajudam a distinguir o inimigo com facilidade e necessária antecedência, e ao correr em ziguezague desequilibra o perseguidor. [...] COTRIM, Márcio. Língua Portuguesa. Ano 3, nº 43, maio 2009, p. 62. Fragmento. (P120129A9_SUP) 09 (P120129A9) Esse texto tem como tema A) a transmissão de informações científicas sobre os coelhos. B) a explicação da etimologia da expressão dente de coelho. C) a descrição dos coelhos como animais muito inteligentes. D) a caracterização do coelho a partir de uma expressão popular. E) a criação de desenhos animados com protagonistas coelhos. Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem o tema ou o assunto de um texto. Como suporte para a tarefa, foi utilizado um texto informativo que apresenta a explicação para o uso da expressão dente de coelho. O texto é curto, claro, direto e objetivo. A linguagem referencial é predominante, o que o torna de fácil compreensão, e a temática é interessante para o público participante da prova. O assunto de um texto é o eixo sobre o qual este se estrutura; portanto, sua percepção é uma das habilidades mais essenciais para a leitura. Nesse caso, os estudantes deveriam atentar para a forma como as informações estão organizadas, o que os permitirá, assim, inferir que o texto traz a origem e os contextos de uso de uma expressão da língua portuguesa. Outro aspecto importante para a resolução do item é a compreensão do vocabulário do próprio gabarito, uma vez que os estudantes precisariam conhecer o significado da palavra etimologia. Nesse sentido, a escolha pela alternativa B sugere que, provavelmente, os estudantes procederam corretamente à leitura do texto, inferindo seu assunto. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 103

106 3ª série do ensino médio Avançado NÍVEL 10. ACIMA DE 400 PONTOS Reconhecer o efeito de sentido resultante do uso de recursos morfossintáticos e ortográficos em artigos e letras de música. Inferir efeito de ironia na fala do narrador em fragmentos de romances. Inferir informação sobre o entrevistado em entrevistas. Inferir o sentido de uma expressão popular em resenhas e o sentido de expressão em crônicas. Reconhecer o conflito gerador do enredo em fábulas. Reconhecer a finalidade de cartas de leitor. Reconhecer os gêneros crônica e editorial. Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunção adversativa em artigos. 104 PAEBES 2017

107 Leia o texto abaixo Língua 100 Chegar ao número 100 é um marco para qualquer publicação pública periódica. Não é mero sinal de vitalidade que bem poderia passar apenas por comercial o desempenho felizardo num dado mercado editorial. Se houve alguma proeza ao longo destas cem edições, foi a de Língua ter aberto espaço a um painel de diversidade sobre a linguagem cotidiana, de temas, formas de escrita, perspectivas sobre o idioma e autores representantes das mais distintas correntes. Por ser uma revista que aborda a linguagem como fato jornalístico, sempre buscamos dosar as referências, da linguística textual à retórica e à semiótica, da crítica literária à etimologia, da antropologia filosófica aos estudos semânticos, da pesquisa gramatical funcionalista à descritiva e à normativa, e até as críticas a essas correntes. Buscamos acima de tudo, os discursos legitimados no ramo, sejam eles de linguistas e pesquisadores universitários a gramáticos da velha escola, de professores de ponta a professores da ponta do ensino, e a quem quer que faça de algum aspecto da linguagem a sua razão de ser. Acreditamos que acertamos mais do que erramos nestes nove anos de edições. O que não seria pouco: em língua, é muito fácil ver constatações revelaremse equívocos: seu campo de debates é um terreno movediço de certezas provisórias e convicções antigas que sobreviveram à própria utilidade e contra as quais ainda lutamos. [...] Alguns dos mitos mais resistentes ao tempo tomam as páginas que seguem, um balanço do que já se discutiu ao longo da existência de Língua. [...] PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. Língua. Ano ed. São Paulo: Segmento, p. 4. Disponível em: < Acesso em: 9 mar Fragmento. (P120234G5_SUP) 09 (P120235G5) Qual é o gênero desse texto? A) Artigo de opinião. B) Carta do leitor. C) Editorial. D) Reportagem. E) Resenha. Esse item avalia a habilidade de estudantes reconhecerem o gênero textual editorial a partir da leitura de um texto. Gêneros textuais apresentam padrões sociocomunicativos definidos por suas composições funcionais (forma e conteúdo) e contextos de uso. Para que o gabarito seja identificado, os estudantes, ao realizar a leitura, devem reconhecer as características funcionais do texto, que, nesse caso, apresenta e comemora a publicação da edição de número 100 de uma revista especializada em linguagem. Portanto, os respondentes que assinalaram a alternativa C, o gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 105

108 Anexo II Produção de Texto e seus níveis de desempenho PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL AVALIA HABILIDADES COMUNICATIVAS POR MEIO DE TEXTO NARRATIVO O teste de produção textual do PAEBES solicitou a elaboração de texto narrativo, com base em uma situação que delimitava o tema por meio de um contexto a partir do qual a narrativa deveria ser desenvolvida pelo estudante. 106 PAEBES 2017

109 10 Como se pôde observar, o estudante deveria narrar uma experiência fictícia na qual teria liberdade de explorar diversas áreas de sua imaginação, como ação, suspense, humor etc. Além disso, era possível o estudante utilizar sequências textuais características dos textos de relato, uma vez que a tipologia narrativa permite esse hibridismo textual. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 107

110 5º ano do ensino fundamental ABAIXO DO BÁSICO DE 1,0 A 2,0 PONTOS ABAIXO DO BÁSICO 0,1 a 2,0 O estudante cuja escrita encontrase no nível de desempenho abaixo do básico revela já ter conseguido compreender como funciona o sistema de escrita da língua portuguesa, percebendo que, para grafar uma sílaba, são necessárias duas ou mais letras, compreendendo a escrita como transcrição fonética da sua fala. No entanto, ele ainda não possui domínio adequado da escrita, apresentando muitos desvios ortográficos e de segmentação de palavras, além da ausência ou escassez de sinais de pontuação. Ao elaborar um texto, apresenta ideias desconexas (soltas, sem progressão) acerca do tema ou o desenvolve de forma tangencial (superficial), porém com certa progressão. Contudo, essas ideias não se articulam de forma coerente, uma vez que se observa o predomínio de frases soltas, listas de palavras e/ou de frases pela escassez ou ausência dos recursos coesivos ou quase total inadequação quando os emprega. 108 PAEBES 2017

111 REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto

112 Observase nesse texto uma escrita que aborda o tema, como se nota pela presença de palavras e situações suscitadas pela proposta de produção textual. No entanto, mesmo o estudante tendo composto um texto com o limite máximo de linhas, seu desempenho linguístico encontrase aquém do esperado para um estudante que se encontra em fase de conclusão do 5º ano do ensino fundamental, uma vez que sua escrita é desconexa, truncada, na qual ele replica passagens da situação motivadora com sugestões de outras ações, sem desenvolvêlas. A desorganização linguística de seu texto impede a delimitação das etapas da narrativa (situação inicial, central e desfecho), sendo possível captar apenas algumas informações que impedem a classificação do texto como fuga ao tema ou à tipologia textual, mas ainda não permitem a atribuição de uma avaliação superior à delimitada por este nível de desempenho. Em relação ao registro formal, notase que os desvios ortográficos são relativamente poucos, porque predomina a reprodução de fragmentos extraídos da proposta. No entanto, a desestruturação sintática do texto afeta significativamente a sua inteligibilidade. Destacamse os seguintes aspectos linguísticos: presença de sinal de pontuação, vírgula, apenas no trecho introdutório do texto, copiado da proposta de produção textual (l. 04); acentuação da conjunção aditiva e é (no título e na linha 04); supressão da vogal e na terceira sílaba do adjetivo surpreendidos surprendidos (l. 14); segmentação do pronome possessivo tua, no trecho para tu a terra (l. 20); inversão na posição das vogais em mues meus (l. 21); concorrência entre o s e o dígrafo ss no pronome essa esa (l. 28); omissão da partícula de na locução adverbial de tempo de repente repente (l. 12 e 30). 110 PAEBES 2017

113 5º ano do ensino fundamental BÁSICO DE 2,1 A 4,0 PONTOS BÁSICO 10 2,1 a 4,0 O estudante cuja escrita encontrase no nível básico elabora textos com graves e frequentes desvios na escolha de registro (marcas de oralidade e emprego de coloquialismos, principalmente) e/ou de convenções da escrita, os quais prejudicam a inteligibilidade de seu texto por ocorrerem de forma sistemática, acompanhados, geralmente, de muitas inadequações na utilização dos recursos coesivos. Do ponto de vista do desenvolvimento temático dentro da estrutura narrativa, limitase a meras apresentações de acontecimentos, eventos e/ou cenas, omitindo fatos importantes de sua narrativa. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 111

114 112 PAEBES 2017

115 Analisando esse texto, notase uma escrita, predominantemente, em nível alfabético, no qual o estudante comete desvios, como troca de letras concorrentes, nasalizações equivocadas e presença de estruturas que sugerem a reprodução da fala em sua escrita. A presença desses desvios é constante e se dá ao longo de todo o seu texto, cabendo, aqui, destacar: substituição da sílaba final na palavra alienígena por uma estrutura ditongada anexada à penúltima sílaba alienigia (l. 01); 10 troca do ch pelo j jegaram ( chegaram l. 02); uso do n nos verbos com estruturadas silábicas nasalizadas pela consoante m pegaran ( pegaram l. 02) / mataran ( mataram l. 03) / votaran ( voltaram l. 04 e 08 que incluem, ainda, a supressão do l encerrando a primeira sílaba ) / ficaran ( ficaram l. 05) / fizeran ( fizeram l. 07); cenanha ao invés de semana (l. 04); ausência de segmentação na expressão com medo e trocas de letras ( conedo l. 05); gingante no lugar de gigante (l. 08); influência da linguagem oral na escrita de quase ( quais l. 08); concorrência do ç com o s em espaso ( espaço l. 10); ausência da consoante h em humanos ( umanos l. 14); ditongação da palavra paz e concorrência entre o s e o z ( pais l. 14). No entanto, apesar dos excessivos desvios ortográficos, o estudante demonstra conhecimento acerca de questões como concordância, pontuação (mesmo empregando apenas o ponto final), emprego de letras maiúsculas e minúsculas, translineação e separação de sílabas, além de paragrafação. Além disso, essa produção textual apresenta os fatos de forma linear, sequenciada (com situação inicial, central e desfecho), mesmo contendo uma narrativa com ações relativamente previsíveis e, em algumas partes, desconexas do ponto de vista da história contada pelo estudante e do linguístico também (repetição da conjunção aditiva e ), apesar do emprego de recursos de referenciação e substituição, como o pronome ele. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 113

116 5º ano do ensino fundamental INTERMEDIÁRIO DE 4,1 A 6,0 PONTOS INTERMEDIÁRIO 4,1 a 6,0 O estudante com escrita alocada no nível intermediário ainda mistura as hipóteses alfabética e ortográfica, mesmo com predomínio desta, apresentando eventuais desvios de registro, ou seja, aspectos gramaticais e de convenções da escrita que ainda influenciam na inteligibilidade de seu texto. Sua narrativa é desenvolvida de forma contínua, mas com fatos pouco organizados e relacionados de forma pouco consistente em relação ao tema da proposta de produção textual, com algumas inadequações na utilização dos recursos coesivos, que ainda afetam a continuidade do texto. 114 PAEBES 2017

117 REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto

118 Ao analisar esse texto, observase que o estudante busca iniciálo com um título no qual se explicita sua concepção fictícia da narrativa. Feito isso, ele recorre a uma citação direta da introdução já fornecida pela tarefa de produção de texto da avaliação para narrar um encontro vivenciado por ele (o narrador) e seus amigos (sendo nomeado apenas o personagem Arthur) com um extraterrestre. Ao desenrolar dos fatos, observase a presença da criatividade do estudante ao inserir situações como o beliscão do amigo para proválo de que a visão do alienígena era real, a criatura dirigindo um carro e o ataque com um raio sofrido por eles. No entanto, essas ações foram postas de maneira um pouco desconexa, por vezes incoerente e contraditória, como ao dizer que o extraterrestre se aproximou dirigindo um carro, quando ele estava em outro meio de locomoção, a nave espacial (falta uma transição entre a descida da nave e a entrada no carro). Essa falta de clareza em suas ideias também se dá no trecho proposto pelo autor como conclusão (l. 21 a 28), em que ele retoma o beliscão, sugerindo que tudo havia sido um sonho, mas isso não foi posto de modo explícito, uma vez que se dá de maneira abrupta, mesclandose com a inserção da queda sobre um brinquedo e a briga com o amigo. Dessa forma, a coerência temática e o atendimento da estrutura narrativa se dão de forma inadequada, afetando até mesmo a coesão textual, uma vez que as diversas ideias são postas sem o devido encaixamento, apesar do emprego de elementos diversos, tais como: então, ele, o que, quando, isso etc. Cabe destacar que o emprego do i na conjunção mas ( mais l. 12 e 20), formando um ditongo, não suprimiu seu valor de conjunção adversativa (que exprime oposição), classificandoo como aditiva. Esse tipo de desvio é muito comum na escrita e sugere uma interferência da fala na escrita. Observandose, ainda, o texto pelo ponto de vista de seu registro formal, destacase: uso correto do discurso direto indicado pelos dois pontos e iniciado pelo travessão (l. 0708); emprego adequado da letra maiúscula no início de parágrafo e nomes próprios ao longo de todo o texto; paragrafação adequada; colocação correta da vírgula (l. 06, 10, 12). Contudo, destacamse os seguintes desvios: ausência de acentuação em alienígena alienigena (no título e na linha 18); bilisca no lugar de belisca (l. 08) e biliscou ao invés de beliscou (l. 10); troca do porque pelo por que (l l. 09, 26). 116 PAEBES 2017

119 5º ano do ensino fundamental ADEQUADO DE 6,1 A 8,0 PONTOS ADEQUADO 10 6,1 a 8,0 Após cinco anos de escolarização, esperase que o estudante já tenha domínio sobre o código alfabético da escrita, identificando as relações entre grafemas e fonemas, pois os desvios eventuais de registro que ele apresenta referemse, em sua maioria, a questões relacionadas à ortografia oficial da língua portuguesa e a interferências da oralidade e poucas inadequações na utilização dos recursos coesivos, que ainda afetam a continuidade do texto. Na produção de textos narrativos, o estudante no nível adequado já é capaz de compreender o tema delimitado pelas tarefas de produção textual, elaborando narrativas coerentes, apresentando os fatos de forma contínua, com eventuais supressões de elementos da tipologia textual avaliada. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 117

120 118 PAEBES 2017

121 Nesse texto, o estudante consegue elaborar uma narrativa contendo uma situação inicial (desencadeando um conflito gerador a partir da introdução já fornecida pela tarefa da avaliação: o encontro com o extraterrestre que capturou o narrador e seus amigos), uma situação central (a ida ao planeta de origem do alienígena) e um desfecho (o retorno ao planeta de origem, contando para outro amigo sobre a experiência vivenciada). No entanto, o texto ainda se prende à descrição das ações, o que compromete a criação de um clímax, não identificável de maneira explícita. 10 Do ponto de vista linguístico, observase na escrita do estudante diversos desvios relacionados à concordância verbal e nominal, principalmente ocorrência identificada em seu texto: ficaram no lugar de ficamos (l. 06); começaram ao invés de começamos (l. 07); naves espacial ao invés naves espaciais (l. 14) e muitos extraterreste quando deveria ser muitos extraterrestres (l. 15); viu no lugar de viram (l. 18). Notamse, ainda, alguns desvios de ortografia (majoritariamente por troca de letras concorrentes ou com articulação sonora próxima) e separação silábica. Exemplos: fisitas para visitas (l. 20); sonhol para sonhou (l. 27); difisio para difícil (l. 30), no qual também se dá a omissão do acento na vogal i, na segunda sílaba; extraterrestre (transição da linha 27 para a 28). Quanto à coesão, notase o emprego de recursos variados de referenciação, que evitam a repetição de termos, assim como de conjunções, pronomes e advérbios, tais como: e, depois, que, ele/ eles, nós, deles, mas, esse. REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto 119

122 5º ano do ensino fundamental AVANÇADO DE 8,1 A 10,0 PONTOS AVANÇADO 8,1 a 10,0 Ao elaborar textos, o estudante que apresenta uma escrita em nível avançado não apresenta desvios de registro e coesão ou apresenta ocorrências que não afetam a inteligibilidade do texto, por não serem reincidentes e/ou revelarem desconhecimento. Além disso, sua produção apresenta todos os elementos da estrutura prototípica da tipologia textual e a unidade temática mantémse coerente ao longo de todo o texto, revelando domínio da habilidade de produzir texto dentro do que se espera para um estudante do 5º ano do ensino fundamental, mostrando que ele transporta para a escrita suas práticas de leitura e conhecimentos linguísticos adquiridos ao longo dos anos iniciais da educação básica. 120 PAEBES 2017

123 REVISTA DO PROFESSOR Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto

ISSN X. Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

ISSN X. Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ISSN 1948560X S A E P E 20 17 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco Revista do Professor Língua Portuguesa ISSN 1948560X SAEPE Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco Revista do Professor

Leia mais

ISSN PAEBES Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Revista do Gestor Escolar

ISSN PAEBES Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Revista do Gestor Escolar ISSN 22378324 PAEBES 2017 Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista do Gestor Escolar ISSN 22378324 PAEBES Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista do

Leia mais

ISSN SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás. Revista do Professor Língua Portuguesa

ISSN SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás. Revista do Professor Língua Portuguesa ISSN 22380086 SAEGO 2017 Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás Revista do Professor Língua Portuguesa ISSN 22380086 SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás Revista do Professor

Leia mais

ISSN PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Revista do Gestor Escolar

ISSN PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Revista do Gestor Escolar ISSN 22378324 PAEBES ALFA 2017 Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista do Gestor Escolar ISSN 22378324 PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo

Leia mais

ISSN PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Revista do Sistema. Rede estadual

ISSN PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Revista do Sistema. Rede estadual ISSN 22378324 PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista do Sistema Rede estadual ISSN 22378324 PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo

Leia mais

AVALIAÇÃO ORATÓRIO SÃO JOÃO BOSCO. Revista do Gestor Escolar

AVALIAÇÃO ORATÓRIO SÃO JOÃO BOSCO. Revista do Gestor Escolar 2017 AVALIAÇÃO ORATÓRIO SÃO JOÃO BOSCO Revista do Gestor Escolar AVALIAÇÃO ORATÓRIO SÃO JOÃO BOSCO Revista do Gestor Escolar 2017 Sumário 4 APRESENTAÇÃO 6 A AVALIAÇÃO NO ORATÓRIO SÃO JOÃO BOSCO 16 RESULTADOS

Leia mais

ISSN SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás. Revista do Gestor Escolar

ISSN SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás. Revista do Gestor Escolar ISSN 22380086 SAEGO 2017 Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás Revista do Gestor Escolar ISSN 22380086 SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás Revista do Gestor Escolar

Leia mais

ISSN PAE B E S Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo

ISSN PAE B E S Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo ISSN 22378324 PAE B E S 2 017 Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista do Professor Ciências da Natureza ISSN 22378324 PAEBES Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito

Leia mais

ISSN PAE B E S Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo

ISSN PAE B E S Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo ISSN 22378324 PAE B E S 2 017 Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista do Professor Matemática ISSN 22378324 PAEBES Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo

Leia mais

ISSN X SAE PE Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco. Revista do Gestor Escolar

ISSN X SAE PE Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco. Revista do Gestor Escolar ISSN 1948560X SAE PE 2 01 7 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco Revista do Gestor Escolar ISSN 1948560X SAEPE Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco Revista do Gestor Escolar 2017 FICHA

Leia mais

REVISTA DO PROFESSOR SOMA LÍNGUA PORTUGUESA. Pacto pela Aprendizagem na Paraíba

REVISTA DO PROFESSOR SOMA LÍNGUA PORTUGUESA. Pacto pela Aprendizagem na Paraíba LÍNGUA PORTUGUESA REVISTA DO PROFESSOR SOMA 2017 Pacto pela Aprendizagem na Paraíba SOMA Pacto pela Aprendizagem na Paraíba Revista do Professor Língua Portuguesa 2017 FICHA CATALOGRÁFICA PARAÍBA. Secretaria

Leia mais

SIMAIS Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC. Revista do Gestor Escolar

SIMAIS Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC. Revista do Gestor Escolar SIMAIS 20 1 7 Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC Revista do Gestor Escolar SIMAIS Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC Revista do Gestor

Leia mais

ISSN S AE THE Revista do Gestor Escolar. Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

ISSN S AE THE Revista do Gestor Escolar. Sistema de Avaliação Educacional de Teresina ISSN 23595426 S AE THE 2 01 7 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina Revista do Gestor Escolar ISSN 23595426 SAETHE Sistema de Avaliação Educacional de Teresina Revista do Gestor Escolar 2017 FICHA

Leia mais

Sistema de Avaliação Educacional do Piauí

Sistema de Avaliação Educacional do Piauí ISSN 2238-0574 SA E P I 20 1 7 Sistema de Avaliação Educacional do Piauí Revista do Gestor Escolar ISSN 2238-0574 SAEPI Sistema de Avaliação Educacional do Piauí Revista do Gestor Escolar 2017 FICHA CATALOGRÁFICA

Leia mais

ISSN SAEP2017 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ. Revista do Gestor Escolar

ISSN SAEP2017 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ. Revista do Gestor Escolar SAEP2017 ISSN 23167602 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ Revista do Gestor Escolar ISSN 23167602 SAEP Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná Revista do Gestor Escolar 2017 FICHA

Leia mais

ISSN PAEBES Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Revista do Sistema. Rede estadual

ISSN PAEBES Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Revista do Sistema. Rede estadual ISSN 22378324 PAEBES 2017 Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista do Sistema Rede estadual ISSN 22378324 PAEBES Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista

Leia mais

Paulo César Hartung Gomes Governador do Estado do Espírito Santo. César Roberto Colnaghi Vice Governador do Estado do Espírito Santo

Paulo César Hartung Gomes Governador do Estado do Espírito Santo. César Roberto Colnaghi Vice Governador do Estado do Espírito Santo Paulo César Hartung Gomes Governador do Estado do Espírito Santo César Roberto Colnaghi Vice Governador do Estado do Espírito Santo Haroldo Corrêa Rocha Secretário de Estado da Educação Eduardo Malini

Leia mais

ISSN SAE P I Sistema de Avaliação Educacional do Piauí

ISSN SAE P I Sistema de Avaliação Educacional do Piauí ISSN 2238-0574 SAE P I 20 1 7 Sistema de Avaliação Educacional do Piauí Revista do Sistema Rede estadual ISSN 2238-0574 SAEPI Sistema de Avaliação Educacional do Piauí Revista do Sistema Rede estadual

Leia mais

ISSN Sistema de Avaliação Educacional do Piauí

ISSN Sistema de Avaliação Educacional do Piauí ISSN 2238-0574 SA E P I 20 1 7 Sistema de Avaliação Educacional do Piauí Revista do Professor Língua Portuguesa ISSN 2238-0574 SAEPI Sistema de Avaliação Educacional do Piauí Revista do Professor Língua

Leia mais

SAEP2017. Revista do Professor Língua Portuguesa SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ. revista do Professor Língua Portuguesa

SAEP2017. Revista do Professor Língua Portuguesa SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ. revista do Professor Língua Portuguesa SAEP2017 ISSN 23167602 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ revista do Professor Língua Portuguesa Revista do Professor Língua Portuguesa ISSN 23167602 SAEP Sistema de Avaliação da Educação

Leia mais

PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo ISSN Língua Portuguesa e Matemática. Revista do Professor

PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo ISSN Língua Portuguesa e Matemática. Revista do Professor ISSN 22378324 PAEBES ALFA 2017 Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista do Professor Língua Portuguesa e Matemática 1º ano do ensino fundamental ISSN 22378324 PAEBES ALFA Programa

Leia mais

ISSN SPAECE SISTEMA PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO CEARÁ. Boletim do Gestor Escolar

ISSN SPAECE SISTEMA PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO CEARÁ. Boletim do Gestor Escolar ISSN 19827644 SPAECE SISTEMA PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO CEARÁ 2017 Boletim do Gestor Escolar ISSN 19827644 SPAECE Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará Boletim

Leia mais

ISSN X S A EP E Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

ISSN X S A EP E Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ISSN 1948560X S A EP E 20 17 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco Revista do Professor Matemática ISSN 1948560X SAEPE Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco Revista do Professor Matemática

Leia mais

Paulo César Hartung Gomes Governador do Estado do Espírito Santo. César Roberto Colnaghi Vice Governador do Estado do Espírito Santo

Paulo César Hartung Gomes Governador do Estado do Espírito Santo. César Roberto Colnaghi Vice Governador do Estado do Espírito Santo Paulo César Hartung Gomes Governador do Estado do Espírito Santo César Roberto Colnaghi Vice Governador do Estado do Espírito Santo Haroldo Corrêa Rocha Secretário de Estado da Educação Eduardo Malini

Leia mais

ISSN X. Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

ISSN X. Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco ISSN 1948560X S A EPE 2 0 1 7 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco Revista do Professor Língua Portuguesa e Matemática Alfabetização ISSN 1948560X SAEPE Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

Leia mais

SIMAIS Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC

SIMAIS Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC SIMAIS 20 1 7 Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC Revista do Sistema Rede estadual SIMAIS Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC Revista

Leia mais

ISSN Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

ISSN Sistema de Avaliação Educacional de Teresina ISSN 23595426 S A ET H E 2 0 17 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina Revista do Sistema Rede municipal ISSN 23595426 SAETHE Sistema de Avaliação Educacional de Teresina Revista do Sistema Rede

Leia mais

ISSN SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás. Revista do Professor Matemática

ISSN SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás. Revista do Professor Matemática ISSN 22380086 SAEGO 2017 Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás Revista do Professor Matemática ISSN 22380086 SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás Revista do Professor

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados. Paebes 2013

Oficina de Apropriação de Resultados. Paebes 2013 Oficina de Apropriação de Resultados Paebes 2013 Oficina de Apropriação de Resultados de Língua Portuguesa Dinâmica Conhecendo o outro. Objetivos: Interpretar os resultados da avaliação do Programa de

Leia mais

ISSN SAET H E Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

ISSN SAET H E Sistema de Avaliação Educacional de Teresina ISSN 23595426 SAET H E 2 0 17 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina Revista do Professor Matemática 7º ano do ensino fundamental ISSN 23595426 SAETHE Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

Leia mais

ISSN SAEP2017 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ. revista do Professor Matemática. Revista do Professor Matemática

ISSN SAEP2017 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ. revista do Professor Matemática. Revista do Professor Matemática SAEP2017 ISSN 23167602 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ revista do Professor Matemática Revista do Professor Matemática ISSN 23167602 SAEP Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados de Matemática. Paebes 2013

Oficina de Apropriação de Resultados de Matemática. Paebes 2013 Oficina de Apropriação de Resultados de Matemática Paebes 2013 Paebes 2013 Conhecendo o outro.. Expectativas... Paebes 2013 OBJETIVOS DA OFICINA Objetivo geral: Analisar e interpretar resultados da avaliação

Leia mais

ISSN SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás. Revista do Sistema

ISSN SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás. Revista do Sistema ISSN 22380086 SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás Revista do Sistema ISSN 22380086 SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás Revista do Sistema Rede estadual FICHA

Leia mais

ISSN SAE THE Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

ISSN SAE THE Sistema de Avaliação Educacional de Teresina ISSN 23595426 SAE THE 20 17 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina Revista do Professor Língua Portuguesa 7º ano do ensino fundamental ISSN 23595426 SAETHE Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

Leia mais

OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011

OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011 OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011 Objetivo Analisar e interpretar os resultados do SAEPI para (re)planejamento das ações pedagógicas implementadas em sala de aula, a serem definidas pelas escolas

Leia mais

ISSN Sistema de Avaliação Educacional do Piauí

ISSN Sistema de Avaliação Educacional do Piauí ISSN 2238-0574 SA E P I 20 1 7 Sistema de Avaliação Educacional do Piauí Revista do Professor Matemática ISSN 2238-0574 SAEPI Sistema de Avaliação Educacional do Piauí Revista do Professor Matemática

Leia mais

Divulgação de Resultados

Divulgação de Resultados Oficina Divulgação de Resultados Língua Portuguesa Professor Luís Cláudio R. Carvalho Objetivos da oficina Apresentar a Matriz de Referência, analisando os descritores que norteiam a elaboração dos itens

Leia mais

ISSN SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás. Revista do Professor Língua Portuguesa Alfabetização

ISSN SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás. Revista do Professor Língua Portuguesa Alfabetização ISSN 22380086 SAEGO 2017 Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás Revista do Professor Língua Portuguesa Alfabetização ISSN 22380086 SAEGO Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás

Leia mais

OFICINA DE APROPRIAÇÃO. Roberta Fulco Calzavara

OFICINA DE APROPRIAÇÃO. Roberta Fulco Calzavara OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011 Roberta Fulco Calzavara Objetivo Analisar e interpretar os resultados do PAEBES para (re)planejamento das ações pedagógicas implementadas em sala de aula, a serem

Leia mais

SIMAIS Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC

SIMAIS Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC SIMAIS 20 1 7 Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC Revista do Professor Matemática SIMAIS Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação Institucional da SEEC Revista do

Leia mais

AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO (ANA) Profa. Ivana de Oliveira Carvalho FaE/UEMG

AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO (ANA) Profa. Ivana de Oliveira Carvalho FaE/UEMG AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO (ANA) Profa. Ivana de Oliveira Carvalho FaE/UEMG PAUTA Apresentação geral. Concepções de alfabetização e letramento. Detalhamento dos procedimentos avaliativos. Análise

Leia mais

Oficina de divulgação e apropriação dos resultados do PAEBES ALFA

Oficina de divulgação e apropriação dos resultados do PAEBES ALFA Oficina de divulgação e apropriação dos resultados do PAEBES ALFA Objetivos Realizar a análise pedagógica dos resultados das avaliações de desempenho, aplicadas no estado do Espírito Santo, na etapa de

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados para Professores PAEBES Matemática

Oficina de Apropriação de Resultados para Professores PAEBES Matemática Oficina de Apropriação de Resultados para Professores PAEBES 2014 Matemática Momentos de formação 1º Momento: Avaliação Externa e em Larga Escala. 2º Momento: Resultados. 2 1º Momento Avaliação Externa

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados para Professores PAEBES Língua Portuguesa

Oficina de Apropriação de Resultados para Professores PAEBES Língua Portuguesa Oficina de Apropriação de Resultados para Professores PAEBES 2014 Língua Portuguesa Momentos de formação 1º Momento: Avaliação Externa e em Larga Escala. 2º Momento: Resultados. 2 1º Momento Avaliação

Leia mais

Apresentar a Matriz de Referência, analisando os descritores que norteiam a elaboração dos itens presentes nos testes de Língua Portuguesa.

Apresentar a Matriz de Referência, analisando os descritores que norteiam a elaboração dos itens presentes nos testes de Língua Portuguesa. Objetivo geral Analisar e interpretar os resultados do Areal para (re)planejamento das ações pedagógicas implementadas em sala de aula, a serem definidas pelas unidades escolares envolvidas no processo

Leia mais

AVALIA MACEIÓ Oficina de Apropriação de Resultados

AVALIA MACEIÓ Oficina de Apropriação de Resultados AVALIA MACEIÓ 2015 Oficina de Apropriação de Resultados Objetivos Específicos 1. Apresentar os conceitos e as características da avaliação educacional externa. 2. Apresentar os canais de divulgação de

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados

Oficina de Apropriação de Resultados SAEPE 2018 Oficina de Apropriação de Resultados Língua Portuguesa Avaliação ORIENTAÇÕES CURRICULARES MATRIZES DE REFERÊNCIA SAEB MATRIZES DE REFERÊNCIA SAEPE PLANOS DE CURSO/AULAS ITENS TESTES DE DESEMPENHO

Leia mais

ISSN SAETH E Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

ISSN SAETH E Sistema de Avaliação Educacional de Teresina ISSN 23595426 SAETH E 20 17 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina Revista do Professor Língua Portuguesa 2º período da educação infantil ISSN 23595426 SAETHE Sistema de Avaliação Educacional de

Leia mais

ISSN SAEMS Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de Mato Grosso do Sul

ISSN SAEMS Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de Mato Grosso do Sul ISSN 22380590 SAEMS 2017 Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de Mato Grosso do Sul Relatório Pedagógico Língua Portuguesa Leitura e Produção de Texto ISSN 22380590 SAEMS Sistema de Avaliação

Leia mais

ISSN S AEMS Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de Mato Grosso do Sul. Relatório Geral do SAEMS

ISSN S AEMS Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de Mato Grosso do Sul. Relatório Geral do SAEMS ISSN 22380590 S AEMS 2 0 1 7 Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de Mato Grosso do Sul Relatório Geral do SAEMS ISSN 22380590 SAEMS Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de Mato

Leia mais

ISSN SA ETHE Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

ISSN SA ETHE Sistema de Avaliação Educacional de Teresina ISSN 23595426 SA ETHE 2 0 1 7 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina Revista do Professor Matemática 2º e 3º anos do ensino fundamental ISSN 23595426 SAETHE Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

Leia mais

A AVALIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA DO SAETHE JOSIANE TOLEDO

A AVALIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA DO SAETHE JOSIANE TOLEDO A AVALIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA DO SAETHE JOSIANE TOLEDO SAETHE Matriz de Referência SAEB Matriz Curricular Municipal Questionários Matriz de Referência Itens Testes Fatores contextuais Padrões de Desempenho

Leia mais

Oficina de divulgação. Educacional do Estado de Goiás. Mirian Carvalho

Oficina de divulgação. Educacional do Estado de Goiás. Mirian Carvalho Oficina de divulgação de resultados do Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás Mirian Carvalho O CAEd CAEd - O Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados para Professores PAEBES Geografia

Oficina de Apropriação de Resultados para Professores PAEBES Geografia Oficina de Apropriação de Resultados para Professores PAEBES 2014 Geografia Momentos de formação 1º Momento: Avaliação Externa e em Larga Escala. 2º Momento: Resultados. 2 1º Momento Avaliação Externa

Leia mais

01. B 07. B 13. C 19. A 02. C 08. A 14. C 20. B 03. D 09. D 15. D 21. A 04. D 10. D 16. D 22. D 05. A 11. B 17. B 06. C 12. A 18.

01. B 07. B 13. C 19. A 02. C 08. A 14. C 20. B 03. D 09. D 15. D 21. A 04. D 10. D 16. D 22. D 05. A 11. B 17. B 06. C 12. A 18. SISTEMA ANGLO DE ENSINO PROVA ANGLO P-1 G A B A R I T O Tipo D-6-05/2012 01. B 07. B 13. C 19. A 02. C 08. A 14. C 20. B 03. D 09. D 15. D 21. A 04. D 10. D 16. D 22. D 05. A 11. B 17. B 06. C 12. A 18.

Leia mais

As Avaliações externas e o acompanhamento pedagógico utilizando indicadores e a as bases do SIGA e do INEP

As Avaliações externas e o acompanhamento pedagógico utilizando indicadores e a as bases do SIGA e do INEP As Avaliações externas e o acompanhamento pedagógico utilizando indicadores e a as bases do SIGA e do INEP VAMOS FALAR DE QUALIDADE DA EDUCAÇÃO? Falar de qualidade da educação é falar de IDEB ...o que

Leia mais

ISSN SAE MS Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de Mato Grosso do Sul

ISSN SAE MS Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de Mato Grosso do Sul ISSN 22380590 SAE MS 20 17 Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de Mato Grosso do Sul Relatório Pedagógico Matemática ISSN 22380590 SAEMS Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados Professores PAEBES 2015

Oficina de Apropriação de Resultados Professores PAEBES 2015 Oficina de Apropriação de Resultados Professores Organização da Oficina 1 MOMENTO: As avaliações externas do Espírito Santo: vantagens e possibilidades do PAEBES, PAEBES ALFA e PAEBES TRI; 2 MOMENTO: Os

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados. Saepi 2013

Oficina de Apropriação de Resultados. Saepi 2013 Oficina de Apropriação de Resultados Saepi 2013 Oficina de Apropriação de Resultados de Língua Portuguesa por Thenner Freitas da Cunha e-mail: thenner@caed.ufjf.br Objetivos: Interpretar os resultados

Leia mais

SISTEMA ANGLO DE ENSINO. Tipo D4-08/2010 G A B A R I T O

SISTEMA ANGLO DE ENSINO. Tipo D4-08/2010 G A B A R I T O Prova Anglo P-01 Tipo D4-08/2010 G A B A R I T O 01. D 07. A 13. D 19. C 02. B 08. B 14. A 20. D 03. C 09. C 15. B 21. A 04. A 10. A 16. D 22. C 05. C 11. D 17. B 00 06. B 12. B 18. D DESCRITORES, RESOLUÇÕES

Leia mais

OFICINA DE DIVULGAÇÃO E APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS SAEPI 2016

OFICINA DE DIVULGAÇÃO E APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS SAEPI 2016 OFICINA DE DIVULGAÇÃO E APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 1 MOMENTO Atividade 1 Quais são as principais características das avaliações externas? 1 2 3 4 5 6 Quais são as principais vantagens dos SISTEMAS PRÓPRIOS

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados. Paebes 2013

Oficina de Apropriação de Resultados. Paebes 2013 Oficina de Apropriação de Resultados Paebes 2013 Oficina de Apropriação de Resultados de Alfabetização Objetivos: Interpretar os resultados da avaliação do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados PAEBES 2013

Oficina de Apropriação de Resultados PAEBES 2013 Oficina de Apropriação de Resultados PAEBES 2013 Oficina de Apropriação de Resultados de BIOLOGIA Dinâmica Eu não sou eu.sou o momento:passo. Mario Quintana Objetivos: Interpretar os resultados da avaliação

Leia mais

ISSN PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Revista do Sistema. Redes municipais

ISSN PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Revista do Sistema. Redes municipais ISSN 22378324 PAEBES ALFA 2017 Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista do Sistema Redes municipais ISSN 22378324 PAEBES ALFA Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito

Leia mais

Governador de Pernambuco Paulo Câmara. Vice-governador de Pernambuco Raul Henry. Secretário de Educação Frederico Amancio

Governador de Pernambuco Paulo Câmara. Vice-governador de Pernambuco Raul Henry. Secretário de Educação Frederico Amancio Governador de Pernambuco Paulo Câmara Vice-governador de Pernambuco Raul Henry Secretário de Educação Frederico Amancio Secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação Ana Selva Secretário Executivo

Leia mais

Esse dado informa o percentual de estudantes que se encontram nos diferentes níveis de desempenho para cada etapa e disciplina avaliadas:

Esse dado informa o percentual de estudantes que se encontram nos diferentes níveis de desempenho para cada etapa e disciplina avaliadas: ROTEIRO DE ANÁLISE E APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS Objetivos da avaliação diagnóstica no PMALFA A avaliação diagnóstica do PMALFA, de caráter formativo, tem por objetivo produzir informações sobre o desempenho

Leia mais

Avaliação da Educação Básica em Nível Estadual

Avaliação da Educação Básica em Nível Estadual Avaliação da Educação Básica em Nível Estadual Avaliação da Educação Básica em Nível Estadual. SARESP Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo Avaliação de Aprendizagem em Processo

Leia mais

por Gabriela Antônia da Silva Leão Especialista Matemática

por Gabriela Antônia da Silva Leão Especialista Matemática por Gabriela Antônia da Silva Leão Especialista Matemática Objetivos da Oficina Realizar a análise pedagógica dos resultados das avaliações de desempenho, aplicada no estado do Alagoas AREAL, para o (re)

Leia mais

OFICINA DE DIVULGAÇÃO E APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS AREAL 2016

OFICINA DE DIVULGAÇÃO E APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS AREAL 2016 OFICINA DE DIVULGAÇÃO E APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 1 AVALIAÇÃO CONHECENDO A AVALIAÇÃO EXTERNA CITE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO EXTERNA: QUAIS SÃO AS VANTAGENS DO SISTEMA PRÓPRIO DE AVALIAÇÃO PARA

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados Diretores e Pedagogos PAEBES 2015

Oficina de Apropriação de Resultados Diretores e Pedagogos PAEBES 2015 Oficina de Apropriação de Resultados Diretores e Pedagogos Organização da Oficina 1 MOMENTO: As avaliações externas do Espírito Santo: vantagens e possibilidades do PAEBES, PAEBES ALFA e PAEBES TRI; 2

Leia mais

OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS SAEMS Leila Martins Roberta Fulco

OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS SAEMS Leila Martins Roberta Fulco Leila Martins Roberta Fulco Objetivo Analisar e interpretar os resultados do SAEMS para (re)planejamento das ações pedagógicas implementadas em sala de aula, a serem definidas pelas escolas envolvidas

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DOS DESCRITORES NA PROVINHA BRASIL

A ORGANIZAÇÃO DOS DESCRITORES NA PROVINHA BRASIL 00604 Resumo A ORGANIZAÇÃO DOS DESCRITORES NA PROVINHA BRASIL Célia Aparecida Bettiol Arliete Socorro Da Silva Neves O presente texto faz parte de um trabalho em andamento e se constitui em pesquisa documental,

Leia mais

OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011

OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011 OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011 AVALIAR É refletir sobre uma determinada realidade, a partir de dados e informações, e emitir um julgamento que possibilite uma ação. O CAEd Centro de Políticas

Leia mais

REVISTA DO PROFESSOR SOMA MATEMÁTICA ALFABETIZAÇÃO. Pacto pela Aprendizagem na Paraíba

REVISTA DO PROFESSOR SOMA MATEMÁTICA ALFABETIZAÇÃO. Pacto pela Aprendizagem na Paraíba ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA REVISTA DO PROFESSOR SOMA 2017 Pacto pela Aprendizagem na Paraíba SOMA Pacto pela Aprendizagem na Paraíba Revista do Professor Matemática Alfabetização 2017 FICHA CATALOGRÁFICA

Leia mais

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA AVALIA BH 1º, 2º E 3º CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA AVALIA BH 1º, 2º E 3º CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA AVALIA BH 1º, 2º E 3º CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Na realização de uma avaliação educacional em larga escala, é necessário que os objetivos da

Leia mais

Portuguesa 3º 3 ano EF. O que sabem as crianças ao final do Ciclo Inicial de Alfabetização?

Portuguesa 3º 3 ano EF. O que sabem as crianças ao final do Ciclo Inicial de Alfabetização? Aprender a aprender Oficina de Língua L Portuguesa 3º 3 ano EF O que sabem as crianças ao final do Ciclo Inicial de Alfabetização? Oficina de Língua L Portuguesa 3º 3 ano EF Por que essa é uma questão

Leia mais

SAEGO Análise, interpretação e utilização dos. re(planejamento) das ações pedagógicas implementadas em sala de aula.

SAEGO Análise, interpretação e utilização dos. re(planejamento) das ações pedagógicas implementadas em sala de aula. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO SAEGO 2011 Ailton Resende de Paula Objetivo Análise, interpretação e utilização dos resultados do SAEGO 2011 para re(planejamento) das ações pedagógicas implementadas em sala de

Leia mais

O CAEd está organizado em cinco unidades:

O CAEd está organizado em cinco unidades: O Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd), da Universidade Federal de Juiz de Fora, é uma instituição que operacionaliza (elabora e desenvolve) programas estaduais e municipais destinados

Leia mais

OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011

OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011 OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011 O CAEd Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, da UFJF, é uma instituição que elabora e desenvolve programas de avaliação sobre o rendimento escolar

Leia mais

AVALIA MACEIÓ Oficina de Apropriação de Resultados

AVALIA MACEIÓ Oficina de Apropriação de Resultados AVALIA MACEIÓ 2015 Oficina de Apropriação de Resultados OBJETIVO Promover a compreensão e a interpretação de resultados da avaliação educacional externa, com foco na escola. PARTE 1 Objetivos Específicos

Leia mais

Governador de Pernambuco Paulo Câmara. Vice-governador de Pernambuco Raul Henry. Secretário de Educação Frederico Amancio

Governador de Pernambuco Paulo Câmara. Vice-governador de Pernambuco Raul Henry. Secretário de Educação Frederico Amancio Governador de Pernambuco Paulo Câmara Vice-governador de Pernambuco Raul Henry Secretário de Educação Frederico Amancio Secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação Ana Selva Secretário Executivo

Leia mais

OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011

OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011 OFICINA DE APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS 2011 O CAEd Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, da UFJF, é uma instituição que elabora e desenvolve programas de avaliação sobre o rendimento escolar

Leia mais

Alessandra Mara Sicchieri Pedagoga e Psicopedagoga, Formada em Letras. Tutora de Pró-Letramento-MEC. 02/04/2011

Alessandra Mara Sicchieri Pedagoga e Psicopedagoga, Formada em Letras. Tutora de Pró-Letramento-MEC. 02/04/2011 Alessandra Mara Sicchieri Pedagoga e Psicopedagoga, Formada em Letras. Tutora de Pró-Letramento-MEC. 02/04/2011 O QUE É A PROVINHA BRASIL? A Provinha Brasil é um instrumento elaborado para oferecer aos

Leia mais

Padrões de Desempenho Estudantil

Padrões de Desempenho Estudantil Padrões de Desempenho Estudantil Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado Os Padrões de Desempenho são categorias definidas a partir de cortes numéricos que agrupam os níveis da Escala de Proficiência,

Leia mais

SisPAE 2015 BREVES METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS OFICINA DE DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS DO SISPAE 2015

SisPAE 2015 BREVES METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS OFICINA DE DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS DO SISPAE 2015 SisPAE 2015 OFICINA DE DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS DO SISPAE 2015 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS BREVES SisPAE: Sistema Paraense de Avaliação Educacional Avaliação externa da Educação Básica. Fornece informações

Leia mais

Saen1i. Saemi ISSN

Saen1i. Saemi ISSN ISSN 2318-7263 2015 Saen1i SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL MUNICIPAL DO IPOJUCA ESCOLA À VISTA ENCARTE REVISTA PEDAGÓGICA LÍNGUA PORTUGUESA - LEITURA E ESCRITA 4 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL PR.EFEITURAOO....

Leia mais

MATRIZ DE REFERÊNCIA LÍNGUA PORTUGUESA SADEAM 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

MATRIZ DE REFERÊNCIA LÍNGUA PORTUGUESA SADEAM 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA LÍNGUA PORTUGUESA SADEAM 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS DESCRITORES D01 Distinguir letras de outros sinais gráficos. Reconhecer as convenções da escrita. D02 Reconhecer

Leia mais

Oficina de Apropriação de Resultados Professores. SPAECE e SPAECE-Alfa 2014

Oficina de Apropriação de Resultados Professores. SPAECE e SPAECE-Alfa 2014 Oficina de Apropriação de Resultados Professores SPAECE e SPAECE-Alfa 2014 Momentos de formação 1º Momento: Avaliação e Fatores Contextuais 2º Momento: Resultados Gerais - o trabalho da equipe pedagógica

Leia mais

MATRIZ DE REFERÊNCIA SAEB FONTE:INEP/MEC

MATRIZ DE REFERÊNCIA SAEB FONTE:INEP/MEC MATRIZ DE REFERÊNCIA SAEB FONTE:INEP/MEC Matriz de Referência Língua Portuguesa 9 ano Ensino Fundamental Em Língua Portuguesa (com foco em leitura) são avaliadas habilidades e competências definidas em

Leia mais

GOVERNADOR DE ALAGOAS José Renan Calheiros Filho. SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO José Luciano Barbosa da Silva

GOVERNADOR DE ALAGOAS José Renan Calheiros Filho. SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO José Luciano Barbosa da Silva Secretaria de Estado da Educação GOVERNADOR DE ALAGOAS José Renan Calheiros Filho SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO José Luciano Barbosa da Silva SECRETÁRIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO Laura Cristiane de Souza

Leia mais

ISSN SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO RIO GRANDE DO SUL REVISTA DO SISTEMA REDE ESTADUAL REVISTA DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA

ISSN SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO RIO GRANDE DO SUL REVISTA DO SISTEMA REDE ESTADUAL REVISTA DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA ISSN 1983-0149 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO RIO GRANDE DO SUL REVISTA DO SISTEMA REDE ESTADUAL REVISTA DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA ISSN 1983-0149 SAERS 2018 Sistema de Avaliação do

Leia mais

GOVERNADOR DE MINAS GERAIS FERNANDO DAMATA PIMENTEL SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO MACAÉ MARIA EVARISTO DOS SANTOS

GOVERNADOR DE MINAS GERAIS FERNANDO DAMATA PIMENTEL SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO MACAÉ MARIA EVARISTO DOS SANTOS GOVERNADOR DE MINAS GERAIS FERNANDO DAMATA PIMENTEL SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO MACAÉ MARIA EVARISTO DOS SANTOS SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO ANTÔNIO CARLOS RAMOS PEREIRA CHEFE DE GABINETE

Leia mais

PREFEITO DE TERESINA Firmino da Silveira Soares Filho. VICE-PREFEITO DE TERESINA Ronney Wellington Marques Lustosa

PREFEITO DE TERESINA Firmino da Silveira Soares Filho. VICE-PREFEITO DE TERESINA Ronney Wellington Marques Lustosa PREFEITO DE TERESINA Firmino da Silveira Soares Filho VICE-PREFEITO DE TERESINA Ronney Wellington Marques Lustosa SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Kleber Montezuma Fagundes dos Santos SECRETÁRIA EXECUTIVA

Leia mais