Direito Constitucional Prof. Giuliano Tamagno

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1 Analista Direito Constitucional Prof. Giuliano Tamagno

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3 Direito Constitucional Professor Giuliano Tamagno

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5 Edital DIREITO CONSTITUCIONAL: Organização do Estado: União, Estados, Municípios e Distrito Federal. BANCA: CESPE CARGO: Analista

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7 Introdução O objetivo da presente apostila é trazer de forma prática, didática e simples a matéria que será cobrada na prova do Banco Central, mais especificamente o tópico de Organização Político Administrativa Organização do Estado, que abrange os artigos 18 à 36 da Constituição Federal. De acordo com o edital, a matéria é cobrada da seguinte maneira Organização do Estado: União, Estados, Municípios e Distrito Federal. A matéria que será abordada nesta apostila é recorrente em concursos, como pode ser observado nas questões trazidas ao final do material, as quais se encontram comentadas no site Por se tratar de um assunto com um grau de dificuldade significativo, buscaremos apresentar esquemas e formas de memorização que suavizem o impacto da matéria. Ainda, para uma perfeita compreensão da matéria, colaciono no corpo da presente apostila todos os artigos que iremos trabalhar, a fim de que anotações e observações sejam feitas neste próprio caderno de estudos. Dúvidas, críticas ou sugestões me mandem por que tento resolver no menor prazo possível. giuliano@silveiraetamagno.com.br Abraços a todos, e bons estudos. Prof. Giuliano Tamagno

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9 Direito Constitucional 1. CONCEITOS INICIAIS FORMA DE GOVERNO: Entende-se por forma de governo (ou sistema político) o conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade. Tais instituições têm por objetivo regular a disputa pelo poder político e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que o detêm (a autoridade) e os demais membros da sociedade (os administrados). A forma de governo adotada por um Estado não deve ser confundida com a forma de Estado nem com seu sistema de governo. Se a forma de governo for caracterizada pela eletividade e pela temporariedade dos mandatos do Chefe do Executivo, teremos a República; caso estejamos diante de um governo caracterizado por sua hereditariedade e vitaliciedade, teremos a Monarquia. Memorizar: Relação entre Governo e Governados Tendo em mente a dificuldade em classificar-se as formas de governo, estas são tradicionalmente categorizadas em: Monarquia; República; Anarquia; SISTEMA DE GOVERNO: A forma com que se dá a relação entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo no exercício das funções governamentais consubstancia outro importante aspecto da organização estatal. A depender do modo como se estabelece esse relacionamento, se há uma maior independência ou maior colaboração entre eles, teremos dois sistemas (ou regimes) de governo: o sistema presidencialista e o sistema parlamentarista. O Brasil adota o regime presidencialista. Memorizar: Relação entre Executivo e Legislativo FORMAS DE ESTADO: A forma de Estado é a maneira pela qual o Estado organiza sua população, o território e estrutura o seu poder relativamente a outros de igual espécie, que a ele ficarão coordenados ou subordinados. A posição recíproca em que se encontram os elementos do Estado (povo, território e poder político) caracteriza a forma de Estado (Unitário, Federado ou Confederado). 9

10 De acordo com a classificação doutrinária, existem três formas de Estado, quais sejam o Estado Federal, o Estado Unitário e o Estado Confederado. O Brasil adotou a forma de Estado Federado e, por essa razão, iremos aprofundar os nossos estudos nesta modalidade, obviamente traçando um paralelo com as outras formas. Estado Unitário O Estado Unitário é relativamente descentralizado; ao invés de Estados, possui províncias, que,por sua vez, não possuem autonomia constitucional. A pedra fundamental desse tipo de Estado é prescrita pela constituição do Estado Unitário como um todo e só pode ser alterada por meio de uma modificação nessa constituição. As unidades possuem apenas competência para a legislação provincial, dentro do que a constituição do Estado unitário prescrever. A legislação em matérias da constituição é totalmente centralizada, ao passo que, no Estado federal, ela é centralizada apenas de modo incompleto, ou seja, até certo ponto, ela é descentralizada. Mas será que podemos afirmar que não existe qualquer tipo de descentralização? Essa conclusão, embora possa parecer lógica, é, sem dúvida, equivocada. Isso porque apesar de o Estado Unitário não possuir uma distribuição geográfica do poder político, haverá descentralização, pois seria inviável, em sociedades altamente complexas, termos um Estado no qual não existisse qualquer descentralização. A necessidade de desburocratização e democratização (aproximação entre polo central e população) é os responsáveis pela descentralização, que será intitulada de descentralização administrativa, ou seja, o polo central vai criar regiões ou departamentos ou distritos ou municípios ou outra forma de descentralização. Essas vão se colocar e se afirmar como braços da administração, dotados personalidade jurídica própria, e irão desenvolver a aproximação entre o polo central e a sociedade com os objetivos já citados de desburocratização e democratização. Como exemplo de Estados Unitários, temos Uruguai, Espanha e Brasil até Estado Federado e Confederado Origem O Federalismo tem origem na revolução e na independência dos Estados Unidos. Os líderes coloniais norte-americanos deram início a confronto armado contra a Inglaterra em 1776 porque estavam descontentes com as políticas adotadas pelo Parlamento Inglês entre as décadas de 1760 e 1770 e também porque não admitiam mais que o este possuísse autoridade para determinar e executar em suas colônias tudo que desejasse. Para recusar o poder exercido pela Inglaterra sobre as colônias norte-americanas, os colonos passaram a questionar a origem da soberania. Na concepção dos ingleses, a soberania pertencia ao Estado Inglês e as únicas limitações a ela seriam determinadas por critérios do próprio soberano. Em contrapartida, os colonos defendiam que a soberania possuia origem na população e seria exercida pelo Estado nos limites do poder que lhe foi delegado. 10

11 Bacen (Analista) Direito Constitucional Prof. Giuliano Tamagno A partir desse embate, foi declarada a independência das Colônias Americanas em Elas passaram a enfrentar o desafio de elaborar um novo regime constitucional para dar lugar ao espaço antes preenchido pela Lei Britânica. Em 1777, foi estabelecido o Pacto Confederativo, que criava um Estado Confederado, uma unidade frágil entre os Estados autônomos norte-americanos para fazer frente à Europa. Em 1787, enfraquecidos pela forma de estado adotada, pois a liberdade trazia sérias consequências, doze delegados dos Estados Norte Americanos reuniram-se na Convenção de Filadélfia para repensar o arranjo confederativo. Percebam o tamanho do problema!! Havia treze estados independentes, autônomos e livres, que, em tese, pelo pacto confederativo, precisam se unir para fazer frente à Europa. Ocorre que, na hora de enviar soldados, mantimentos, verbas, etc., para a Confederação, os estados simplesmente não mandavam, sob o argumento de que eram livres e independentes, de que não precisavam mandar se não quisessem, ou seja, a Confederação tinha fracassado pela ausência de poder centralizador capaz de manter uma unidade entre os Estados. Assim, dessa reunião na Filadélfia, com duas formas de Estados fracassadas na mão, os doze delegados abriram mão de suas liberdades e deram origem ao primeiro Estado Federado (detentor de soberania e composto por diversas entidades territoriais autônomas dotadas de governo próprio). Ou seja, a Constituição Federativa Americana nasceu de Estado que eram livres e se tornaram únicos movimento que pode cair na prova com a denominação Centrípeta (de fora para dentro). PERCEBAM QUE ESTAVA FALANDO DOS ESTADOS UNIDOS!!! No Brasil, tínhamos um Estado Unitário e esse bloco se difundiu e criou estados autônomos, então, foi o contrário dos EUA por isso a nomenclatura é centrífuga. Principais Diferenças FEDERAÇÃO Estados autônomos Constituição Federal Vedado direito de secessão CONFEDERAÇÃO Estados soberanos Tratado internacional Autorizado direito de secessão 11

12 Geralmente a Confederação é governada por uma Assembleia dos Estados Confederados, que tem direitos e deveres idênticos. A Confederação tem personalidade jurídica, mas a sua capacidade internacional é limitada. Do ponto de vista histórico, costuma ser uma fase de um processo que leva à Federação, como nos casos dos Estados Unidos e da Suíça. Características Comuns a Toda Federação Descentralização política: Na Constituição Federal, existem núcleos de poderes políticos, referendando autonomia para os seus entes. Constituição rígida como base jurídica: visa garantir a distribuição de competências entre os entes autônomos, criando uma estabilidade institucional. Inexistência do direito de secessão: não é autorizado o direito de retirada. Uma vez que o ente adere ao pacto federativo, não pode mais sair, sob pena de INTERVENÇÃO. Esta característica dá luz ao princípio da indissolubilidade do vínculo federativo lembrando que a forma federativa é um dos limites materiais ao poder de emenda. Soberania do Estado Federal: ao ingressar na Federação, os Estados perdem a Soberania, passando a ser autônomos. A soberania é uma característica do todo, do país, do Estado Federal República Federativa do Brasil. Auto-organização dos Estados membros: através de suas constituições estaduais (art. 25 CF/88) Órgão representativo dos Estados membros: a representação dá-se através do Senado Federal Art. 46 CF. Guardião da Constituição: toda federação tem um protetor/tradutor da Constituição, no Brasil é o Supremo Tribunal Federal. 2. Entes Federados A CF prevê a existência de quatro entes federativos, que são a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos eles autônomos e com autogoverno, auto-governo, autoadministração. É importante ressaltar que autonomia não se confunde com soberania. O termo soberania que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da República Federativa do Brasil, irá se manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, entendida como um grande bloco, no qual está a união de todos os entes internos, representando todo o povo brasileiro, que é o verdadeiro titular da soberania. O ente federativo União não possui soberania, apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federativa do Brasil é a única soberana e que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. Assim, embora a União (e somente a União) possa representar o Brasil externamente, lá fora ninguém sabe que não está "tratando com a União", mas sim com a República Federativa do Brasil. Somente esta (República Federativa do Brasil) é que é pessoa jurídica de direito público externo. 12

13 Bacen (Analista) Direito Constitucional Prof. Giuliano Tamagno Vedações Constitucionais O art. 19 contém vedações gerais dirigidas à União, Estados, Distrito Federal e Municípios; visam o equilíbrio federativo; a vedação de criar distinções entre brasileiros coliga-se com o princípio da igualdade; a paridade federativa encontra apoio na vedação de criar preferência entre os Estados. UNIÃO União é o ente que se relaciona INTERNAMENTE, é uma pessoa jurídica de direito público interno (CC art. 41,I), formada pela reunião das partes componentes. Iniciamos o nosso estudo da União apresentando os seus bens, que estão indicados no Art. 20 da CF, onde, entre outros, estão incluídos os recursos minerais, inclusive os do subsolo, e os potenciais de energia hidráulica (art. 20, VIII a X CF). Bens da união A Constituição da República, por sua vez, arrola os bens da União no art.20. Contudo, tal rol não é exaustivo, mas exemplificativo, pois o inciso I do citado dispositivo constitucional generaliza e ressalva a possibilidade de novos bens serem atribuídos à União. Embora o artigo seja autoexplicativo, alguns conceitos merecem destaque... Terras devolutas: Terras devolutas são aquelas que não se encontram afetadas por uma utilização pública e que se afastam do patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, sem se incorporarem, por qualquer título, ao patrimônio de particulares. Tratam-se de áreas originariamente pertencentes à Coroa Portuguesa, que as doou, em parte, aos particulares, mas que não foram transferidas sob qualquer forma às pessoas privadas. Com a declaração da independência do Brasil, tais terras foram legalmente caracterizadas como bens públicos, inviabilizando os particulares a provarem sua propriedade através dos títulos hábeis. Lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais: A redação extremamente ampla do texto constitucional quanto à dominialidade das águas (arts. 20, inciso III e 26, inciso I, da Constituição Federal) acaba por dificultar a gestão dos recursos hídricos no nosso país. Ocorre que, na prática, considerando-se da nascente até o mar, praticamente todos os rios e correntes d água brasileiros ou banham mais de um Estado, ou servem de limites com outros países ou se estendem a território estrangeiro ou dele provêm. 13

14 Além disso, a redação do art. 26, inciso I, da Constituição Federal também é extremamente ampla quanto ao domínio estadual das águas, impondo como pertencente à União apenas as águas em depósito decorrentes de obras da União. Ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no art.26, II: O art. 10, parágrafo terceiro, da Lei nº 7.661/88 conceitua praia como sendo a área coberta e descoberta periodicamente pelas águas, acrescida da faixa subsequente de material detrítico, tal como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos até o limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em sua ausência, onde comece outro ecossistema. O caput do dispositivo supracitado, combinado com o art.225 da Constituição Federal, classifica as praias marítimas como bens de uso comum do povo e, por fazerem parte da zona costeira, também são consideradas patrimônio nacional. Igualmente, cumpre ressaltar que as praias marítimas sempre estão situadas em terrenos de marinha e por consequência pertencem à União conforme disposto no art. 20, inciso VII, da Constituição Federal. Já as ilhas costeiras resultam do relevo continental ou da plataforma submarina e as ilhas oceânicas encontram-se afastadas da costa e nada têm a ver com o relevo continental ou com a plataforma submarina. Como se não bastasse, ao utilizar o termo terceiros, o legislador constitucional ainda deixou clara a possibilidade de apropriação das ilhas oceânicas ou costeiras por pessoas de direito privado, advertindo-se, entretanto, que tal apropriação privada não inclui o mar e as praias que as contornam, pois estes são bens públicos de uso comum do povo, nos termos do próprio Código Civil. Recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva: O art.11 da Lei Federal n º 8.617, de 4 de janeiro de 1993 conceitua a plataforma continental como o leito e o subsolo das áreas submarinas, que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas de base, a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância. Do mar territorial: O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular brasileiro, como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil (art.1 º da Lei Federal n º 8.617, de 04 de janeiro de 1993), sendo que a soberania do Brasil estende-se ao leito, ao subsolo e ao espaço aéreo subjacente ao mar territorial. Trata-se de bem de uso comum do povo sob o domínio da União e também abrange as chamadas águas interiores salgadas das reentrâncias do litoral como baías e enseadas. 14

15 Bacen (Analista) Direito Constitucional Prof. Giuliano Tamagno COMPETÊNCIAS Repartição de competências é a técnica que a Constituição utiliza para partilhar entre os entes federados as diferentes atividades do Estado Federal. Tal repartição é o ponto nuclear do Estado Federado, visto que a autonomia dos entes federativos pressupõe a existência de competências que lhes são atribuídas como próprias diretamente pela CF. Técnica Repartição Horizontal É a técnica na qual há uma distribuição estanque (fechada) de competência entre os entes, ou seja, cada ente terá suas competências definidas de forma enumerada e específica, não as dividindo com nenhum outro ente. Temos que origem da repartição horizontal está situada na Constituição dos EUA de Nos EUA, existem competências enumeradas para a União e remanescentes para os Estados. Atualmente ela também é adotada em nosso ordenamento constitucional de Sem dúvida, seguimos a lógica norte-americana na Constituição de 1988, porém acrescentamos os Municípios como entes federativos. Assim sendo, as competências são enumeradas para a União e também para os Municípios e as remanescentes são direcionadas para os Estados-membros (esses continuam com competências remanescentes seguindo a tradição norte-americana). Técnica Repartição Vertical É aquela técnica na qual dois ou mais entes vão atuar conjunta ou concorrentemente para uma mesma matéria. A repartição vertical surge na Constituição Alemã de Weimar de No Brasil, aparece pela primeira vez na Constituição de Atualmente, ela existe na Constituição de Existe uma subordinação entre os entes federativos quanto às matérias situadas em seu campo de atuação. Essa relação de subordinação é fruto das competências nas quais os entes federados possuem competências para atuar acerca das mesmas matérias. Trata-se da competência concorrente estabelecida no art. 24 da CF, essas competências descritas no referido art. 24 da CR/88 devem ser classificadas como competências concorrentes. Nesses termos, existem limites previamente definidos para o exercício das competências concorrentes acima citadas. Assim sendo, a União edita normas gerais e os Estados e o Distrito Federal deverão suplementar essas normas gerais para atender aos seus interesses regionais. No entanto, pode ser que a União não edite as normas gerais. Nesse caso, os Estados e o Distrito Federal poderão exercer competência legislativa plena. Essa está alocada no art. 24 3º da CR/88 nos seguintes termos: inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Nesse sentido, a doutrina chama o exercício dessa competência de suplementar supletiva. Então existem dois tipos de competência suplementar. Portanto, ela é um gênero que apresenta duas espécies: a suplementar complementar e a suplementar supletiva. Assim sendo, se a União edita normas gerais (exercendo o interesse nacional), os Estados e o DF irão suplementar de forma complementar essas normas da União para atender suas pecu- 15

16 liaridades regionais. Porém, se a União não edita as normas gerais (como já explicitado), os Estados e o DF irão exercer competência legislativa plena intitulada de competência suplementar supletiva. Obviamente devemos registrar que eles irão editar toda a normatividade, pois não há como editarem só a complemetação. Não como complementar o que não existe! Portanto, eles editam a geral e complementam sua própria geral (que eles editaram). A legislação do Estado ou DF então irá ter validade apenas no âmbito do Estado ou no âmbito do DF. Ainda temos que acrescentar que, se existir, por parte dos Estados e DF, o exercício da competência suplementar supletiva e posteriormente a União vier a editar normas gerais (que eram até então inexistentes!), essas irão suspender as normas estaduais ou distritais no que lhes forem contrárias. Esse, alias, é o teor do art.24 4º da CR/88 que preleciona que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Por que se trata de suspensão e não de revogação? Como salientado na omissão de normas gerais da União, os Estados-membros exercem competência legislativa plena. Ou seja, eles editam toda a normatividade (normas gerais e suplementares) visto que não tem como eles apenas suplementarem na medida em que não há como suplementar o que não existe! No entanto, a União pode resolver editar as normas gerais (inexistentes). Com isso, essas suspendem as normas estaduais que lhes forem contrárias. Porém, pode acontecer o seguinte: a União posteriormente poderá editar outras normas gerais que, obviamente, irão revogar as primeiras normas gerais por ela (União) editadas. Nesse contexto, pode ocorrer que as novas normas gerais editadas pela União não mais contrariam as normas editadas pelos Estados ou DF que estavam suspensas, então, temos que: se a segunda norma geral editada pela União não contrariar aquelas normas editadas pelos Estados ou DF (que estavam suspensas!), elas vão voltar a vigorar. A CF enumera os poderes da União (art. 21 e 22), dos Estados (Art. 25 1º) e dos Municípios (art. 30) combinando possibilidades de delegação. A competência material pode ser exclusiva (art. 21) e comum (art. 23); a competência legislativa pode ser privativa (art. 22) e concorrente (art. 24). No tocante às competências, podemos elaborar o seguinte quadro esquemático. Art. 21 Art. 22 Art. 23 Art. 24 Competência Exclusiva da União Matéria Administrativa Indelegável. Atos de gestão iniciam por verbos Competência Privativa da União Matéria legislativa Delegável aos estados por lei complementar. Competência Comum da União, Estados, DF e Municípios. Matéria Administrativa Competência concorrente da União Estados e DF União cria norma geral e Estados suplementam estados detém competência legislativa plena em caso de ausência de norma da União. 16

17 Bacen (Analista) Direito Constitucional Prof. Giuliano Tamagno ESTADOS MEMBROS Os Estados Federados tem autonomia político-administrativa, frente aos demais entes federativos, regendo-se por suas próprias Constituições. Ressalvando-se o que estiver vedado na Constituição Federal, os Estados não podem se contrapor àquilo reservado à competência de outro ente, sob pena de intervenção. Os Estados Membros, nos termos do Art. 25, organizam-se e regem-se por sua própria constituição, observados os princípios da Constituição Federal. Sobre os bens do Estado, dispõe o Art. 26 quais pertencem aos Estados, e, por óbvio, são aqueles que não pertencem a União. É importante frisar que os Estados detém algumas competências que lhes são exclusivas, tais como explorar serviço de gás instituir. Instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões. Ademais, devemos ressaltar a importância dos Estados na divisão de competências, exercendo este a chamada competência RESIDUAL, ou seja, São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. No tocante ao Poder Legislativo Estadual Assembleia Legislativa, a Constituição Federal regula a quantidade de integrantes da Assembleia Legislativa, para auxiliar nos estudos elaboramos o seguinte quadro: Cálculo do Número de Deputados Federais e Estaduais Estado Federais (x) Estaduais (y) Fórmula Acre 8 24 O triplo Alagoas 9 27 O triplo Paraíba O triplo Santa Catarina y = (x-12) /36 Rio de Janeiro y = (x-12) /36 São Paulo y = (x-12) /36 O Art. 28 da CF, dispões sobre o Poder Executivo Estadual Governador, vice-governador, secretários de Estado. Traz regras para eleição de Governador e de Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores. MUNICÍPIOS Os Municípios tem autonomia político-administrava em relação aos demais entes federados. REGE-SE PELA SUA LEI ORGÂNICA, e não uma Constituição. Esta lei deverá observar o disposto na Constituição Federal e Estadual (art. 29). Assim, a Lei orgânica deve guardar relação de correspondência com o modelo federal acerca das proibições e incompatibilidades dos 17

18 vereadores por esse motivo (separação dos poderes) que não se admite a cumulação de funções de vereador e secretário municipal. Outro ponto interessante é que os municípios tem poder Executivo (prefeito) e Legislativo (Vereadores) apenas, não possuindo poder judiciário. No regime constitucional brasileiro, a autonomia municipal não é resultado de eventual delegação do Estado-membro em que o Município se situa, mas da própria Constituição brasileira. Os seguintes princípios asseguram a mínima autonomia municipal: a) poder de auto-organização (elaboração de lei orgânica própria); b) poder de autogoverno (eleição do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores); c) poder normativo próprio ou auto legislação (elaboração de leis municipais dentro dos limites de atuação traçados pela Constituição da República); d) poder de auto-administração (administração própria para criar, manter e prestar os serviços de interesse local, bem como legislar sobre os tributos e suas rendas). A autonomia política compreende os poderes de auto-organização, de autogoverno e normativo. O primeiro corresponde à capacidade de elaborar sua própria lei orgânica, conforme autorização do artigo 29 da Constituição brasileira. A lei orgânica municipal equivale à Constituição Municipal, pois deverá ser votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos. O segundo, isto é, o autogoverno, corresponde à eleição do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores, nos ditames do artigo 29 da Constituição brasileira. O governo local próprio exige governantes próprios eleitos pelos cidadãos locais, fomentando a democracia representativa e o contato mais direto com a população. A atual Constituição brasileira de 1988 extirpou totalmente a nomeação de prefeito em qualquer municipalidade, fato que ocorreu frequentemente no período da ditadura militar ( ). A eleição do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores ocorre simultaneamente em todo o Brasil para o mandato de quatro anos, permitida a reeleição para os dois primeiros e eleição ilimitada para os terceiros. Na eleição para prefeito e vice-prefeito (Poder Executivo municipal) prevalece o princípio majoritário e os dois concorrem numa mesma chapa. Já a eleição para as Câmaras Municipais (Poder Legislativo municipal) obedece ao sistema de representação proporcional e partidária, sendo o número de vereadores proporcional à população e devendo ser fixado pela lei orgânica de cada Município. A terceira faceta da autonomia política municipal diz respeito ao poder normativo próprio ou de autolegislação. No tocante à legislação sobre assuntos de interesse local, a competência do Município se caracteriza pela predominância do interesse, e não pela exclusividade, porque não existe assunto municipal que não seja de interesse estadual ou nacional reflexo. Portanto, nas palavras de Hely Lopes Meirelles, a diferença é de grau, e não de substância. Meirelles cita, ainda, como exemplos típicos o trânsito, a saúde pública, os serviços públicos, o urbanismo, o 18

19 Bacen (Analista) Direito Constitucional Prof. Giuliano Tamagno poder de polícia, a regulamentação estatutária de seus servidores, a educação e a recreação dos munícipe. O Supremo Tribunal Federal também já se manifestou sobre a competência do Município para legislar sobre assuntos de interesse local na Súmula de Jurisprudência Predominante nº 645: É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial. DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS Conceituada como uma unidade federativa atípica, o DF é a sede do governo federal. Possui autonomia idêntica aos outros entes federados. É organizado por Lei Orgânica Merece destaque alguns pontos sobre o DF: O Distrito federal é a capital da república É vedada sua divisão em Municípios Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios, ou seja, tanto as competências concorrentes que aparecem no Art. 24 da CF quanto aquelas de interesse local (art. 30, I CF) são atribuídas ao DF. Tem o Poder Judiciário e o Ministério Público mantidos pela União. União legisla sobre organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal. 19

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21 Questões 1. (20507) CESPE 2012 DIREITO CONSTI- TUCIONAL Do Distrito Federal e dos Territórios (Art. 032 a 033), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) Os territórios federais, entidades federativas ligadas à União, não detêm capacidade política. 2. (37905) CESPE 2013 DIREITO CONSTI- TUCIONAL Do Distrito Federal e dos Territórios (Art. 032 a 033), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) Acerca da organização do Estado e da organização do poder estabelecida na CF, julgue o seguinte item. Brasília está localizada no Distrito Federal, mas não se confunde com ele. A capital federal não possui autonomia. De acordo com a CF, a autonomia é uma característica do Distrito Federal, dos municípios, dos estados-membros e da União. 3. (75475) CESPE 2014 DIREITO CONSTITU- CIONAL Da Organização Político-Administrativa (Art. 018 a 019), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) A respeito da organização do Estado brasileiro e do federalismo, julgue o item que se segue. No federalismo orgânico, há uma presença marcante do ente federal, em detrimento das unidades federadas. 4. (75471) CESPE 2014 DIREITO CONSTITU- CIONAL Da Organização Político-Administrativa (Art. 018 a 019), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) A respeito da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, julgue o próximo item O princípio da simetria relativiza a autonomia dos estados, do Distrito Federal e dos municípios ao fixar, ainda que de maneira não absoluta, a obrigação, para esses entes, de reprodução do modelo de organização e de relação entre poderes estabelecidos pela CF em âmbito federal. 5. (75469) CESPE 2014 DIREITO CONSTITU- CIONAL Da Organização Político-Administrativa (Art. 018 a 019), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) Acerca da organização político-administrativa do Estado e da administração pública, julgue o item a seguir. A forma federativa de Estado adotada pela CF consiste na descentralização política e na soberania dos estados-membros, os quais são capazes de se auto-organizar mediante a elaboração de constituições estaduais. 6. (37909) CESPE 2013 DIREITO CONSTITU- CIONAL Da União (Art. 020 a 024), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) Acerca dos serviços públicos, julgue o item que se segue. É da competência dos estados-membros explorar os serviços de energia elétrica. 21

22 7. (37908) CESPE 2013 DIREITO CONSTITU- CIONAL Da União (Art. 020 a 024), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) Compete privativamente à União legislar sobre contratos privados referentes à prestação de assistência suplementar à saúde. 8. (37907) CESPE 2013 DIREITO CONSTI- TUCIONAL Do Distrito Federal e dos Territórios (Art. 032 a 033), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) A respeito da organização politico-administrativa do Estado e da administração pública, julgue o item que se segue. O Distrito Federal (DF) é ente federativo autônomo, pois possui capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração, sendo vedado subdividi-lo em municípios. 9. (37906) CESPE 2013 DIREITO CONSTITU- CIONAL Da Organização Político-Administrativa (Art. 018 a 019), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) A respeito da organização político-administrativa do Estado, julgue o item subsequente. Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, ficando dispensada a atuação do Congresso Nacional. 10. (37903) CESPE 2013 DIREITO CONSTI- TUCIONAL Do Distrito Federal e dos Territórios (Art. 032 a 033), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) A respeito do Ministério Público e da defensoria pública, julgue o item seguinte. Organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal são competências da União. 11. (20511) CESPE 2008 DIREITO CONSTITU- CIONAL Da União (Art. 020 a 024), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) A organização e a manutenção dos serviços locais de segurança pública do DF (Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros) são de competência privativa do próprio DF. 12. (37902) CESPE 2013 DIREITO CONSTITUCIO- NAL Dos Municípios (Art. 029 a 031), Do Distrito Federal e dos Territórios (Art. 032 a 033), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) No que tange à organização político-administrativa do Estado brasileiro, julgue o item que se segue. A CF inovou ao elevar os municípios e os territórios à condição de entes federativos dotados de autonomia político-administrativa. 13. (37894) CESPE 2014 DIREITO CONSTITU- CIONAL Dos Municípios (Art. 029 a 031), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) A respeito da organização políticoadministrativa brasileira, da administração pública e do Poder Executivo, julgue o item subsequente. A União, os estados, o Distrito Federal (DF) e os municípios compõem a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, cabendo aos municípios promover, no que couber, o adequado ordenamento territorial, mediante, por exemplo, planejamento e controle do parcelamento do solo urbano. 22

23 BACEN (Analista) Gestão Pública Prof. Rafael Ravazolo 14. (37891) CESPE 2014 DIREITO CONSTITU- CIONAL Da União (Art. 020 a 024), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) No que diz respeito à organização do Estado brasileiro, julgue o item que se segue. Conforme dispositivo da CF, as terras ocupadas, em passado remoto, por população indígena são bens da União. 15. (37885) CESPE 2014 DIREITO CONSTI- TUCIONAL Da União (Art. 020 a 024), Dos Municípios (Art. 029 a 031), Da Organização Político-Administrativa (Art. 018 a 019), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) Assinale a opção correta no que se refere à organização político-administrativa. a) São bens dos estados-membros os recursos minerais, inclusive os do subsolo, localizados em seus respectivos territórios. b) Com o advento da CF ficou proibida a criação de novos territórios federais. c) São bens dos municípios os sítios arqueológicos localizados em seus territórios. d) A criação de conselhos de contas municipais depende de autorização legal específica. e) Segundo a CF, a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, é considerada essencial para a defesa do território nacional. 16. (37884) CESPE 2014 DIREITO CONSTI- TUCIONAL Da União (Art. 020 a 024), Dos Estados Federados (Art. 025 a 028), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) Acerca da organização político-administrativa, assinale a opção correta. a) É competência comum da União e do Distrito Federal exercer a classificação de diversões públicas para efeito indicativo. b) Compete privativamente à União legislar sobre orçamento. c) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente a respeito de comércio interestadual. d) Compete privativamente à União legislar a respeito de direito econômico. e) Incumbe aos estados explorar os serviços locais de gás canalizado. 17. (37882) CESPE 2014 DIREITO CONSTITU- CIONAL Da Organização Político-Administrativa (Art. 018 a 019), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) Julgue o item seguinte, em relação à organização político-administrativa da República Federativa do Brasil. A despeito de serem entes federativos, os territórios federais carecem de autonomia. 18. (37881) CESPE 2014 DIREITO CONSTITU- CIONAL Dos Estados Federados (Art. 025 a 028), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) Julgue o item seguinte, em relação à organização político-administrativa da República Federativa do Brasil. O poder constituinte dos estados, dada a sua condição de ente federativo autônomo, é soberano e ilimitado. 19. (20516) CESPE 2010 DIREITO CONSTITU- CIONAL Da Organização Político-Administrativa (Art. 018 a 019), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) Os territórios integram a União, e sua criação ou transformação em estado ou ainda a sua reintegração ao estado de origem serão reguladas por lei delegada. 23

24 20. (75476) CESPE 2014 DIREITO CONSTITU- CIONAL Da Organização Político-Administrativa (Art. 018 a 019), Da Organização do Estado (Art. 018 a 043) A respeito da organização do Estado brasileiro e do federalismo, julgue o item que se segue. Entre as características comuns do Estado Federal incluem-se a representação das unidades federativas no poder legislativo central, a existência de um tribunal constitucional e a intervenção para a manutenção da federação. Acesse o link a seguir ou baixe um leitor QR Code em seu celular e fotografe o código para ter acesso gratuito aos simulados on-line. E ainda, se for assinante da Casa das Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor. Gabarito: 1. (20507) Certo 2. (37905) Certo 3. (75475) Certo 4. (75471) Certo 5. (75469) Errado 6. (37909) Errado 7. (37908) Certo 8. (37907) Certo 9. (37906) Errado 10. (37903) Errado 11. (20511) Errado 12. (37902) Errado 13. (37894) Certo 14. (37891) Certo 15. (37885) E 16. (37884) E 17. (37882) Errado 18. (37881) Errado 19. (20516) Errado 20. (75476) Certo 24

25 Bacen (Analista) Direito Constitucional Prof. Giuliano Tamagno DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 1º Brasília é a Capital Federal. 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II recusar fé aos documentos públicos; III criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. CAPÍTULO II DA UNIÃO Art. 20. São bens da União: I os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; V os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI o mar territorial; 25

26 VII os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII os potenciais de energia hidráulica; IX os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Art. 21. Compete à União: I manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; II declarar a guerra e celebrar a paz; III assegurar a defesa nacional; IV permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; V decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; VI autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; VII emitir moeda; VIII administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; IX elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; X manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; XII explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra- -estrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; XIII organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; 26

27 Bacen (Analista) Direito Constitucional Prof. Giuliano Tamagno XIV organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; XV organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; XVI exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão; XVII conceder anistia; XVIII planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; XX instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; XXI estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; XXII executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; XXIII explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; XXIV organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; XXV estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II desapropriação; III requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V serviço postal; VI sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII comércio exterior e interestadual; IX diretrizes da política nacional de transportes; X regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI trânsito e transporte; XII jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV populações indígenas; 27

28 XV emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; XVI organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; XVII organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; XVIII sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XIX sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX sistemas de consórcios e sorteios; XXI normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares; XXII competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; XXIII seguridade social; XXIV diretrizes e bases da educação nacional; XXV registros públicos; XXVI atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, 1º, III; XXVIII defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; XXIX propaganda comercial. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; III proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; VI proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 28

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