CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 52

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1 CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 52 DATA 16/10/15 DISCIPLINA DIREITO CONSTITUCIONAL (NOITE) PROFESSOR PAULO NASSER MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 06/09 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes pontos: Federação e organização do Estado. Contrabando legislativo. Federação e Organização do Estado A ideia de federação é uma ideia de descentralização de poder. Quando federaliza, descentraliza. Não é um instrumento que deve ser usado em estados pequenos. É usado em estados territorialmente grandes. São estados federativos EUA, Canadá, Brasil... A descentralização do poder se torna importante para fazer uma gestão mais próxima do cidadão. O federalismo surgiu nos EUA. Henrique VIII, rei da Inglaterra, para desfazer seu casamento e casar-se com outra rompe com a igreja católica da época e cria o Anglicanismo, igreja protestante. Henrique VIII confisca todas as terras da igreja católica e começa uma perseguição, a perseguição puritana. Dessa forma as pessoas fugiram para a América (grande parte), para Oceania e para o Norte da Irlanda. O povo inglês queria construir um lar na América porque sabiam que não voltariam para Inglaterra. Era colônia de povoamento.

2 Para o Brasil as pessoas vinham como punição ou pessoas mal sucedidas. Era colônia de exploração. Na América se formou 13 colônias inglesas. Era colônia inglesa porque era colonizada por ingleses. França e Inglaterra começaram uma guerra entre si para abastecer as colônias inglesas. Os colonos ingleses ganham a guerra contra a França e posteriormente contra a Inglaterra na guerra de independência da América. Nesse momento as 13 colônias se tornaram 13 estados independentes da América. Os 13 estados tinham seus elementos constitutivos: povo, território e soberania. Uniram-se em uma Confederação, a Confederação dos Estados Unidos da América. Cada um dos entes federativos mantém seus elementos constitutivos. Porém, o problema é que só se conseguia aprovar algo por unanimidade. Decidiram se unir em um único estado, abrindo mão do elemento soberania. O ente União só poderia fazer o que estivesse delimitado em um documento escrito, chamado de Constituição. Todo o resto, que não estiver na competência taxativa da União pertenceria aos Estados, residualmente. No Brasil: Graças a Napoleão, Dom João fugiu para o Brasil. Quando chega, o Brasil deixa a categoria de colônia e se torna reino unido a Portugal. Dom João se aproxima da burguesia local e faz com que, ao construir o exército que ficava no Brasil, desse as patentes militares a essas pessoas. Inglaterra queria terminar com a escravidão no Brasil para surgir mais mercado consumidor. Dom Pedro II vai acabando aos poucos com a escravidão. Se terminasse com a escravidão quebrava a oligarquia. Assim Dom Pedro vai para a França e pede para sua filha, Princesa Isabel, assinar a Lei Áurea. Em 15 de novembro de 1889 Marechal Deodoro e Marechal Floriano Peixoto, chefes do exército, instituem a República. Destituindo a imperador. Marechal Deodoro assume o poder. Éramos uma monarquia, parlamentarista e estado unitário. O assessor jurídico de Marechal Deodoro, Rui Barbosa, copia o modelo dos EUA e institui a república presidencialista federativa.

3 Um ano e meio depois surge o Decreto que transforma as províncias em estados da federação. Os coronéis viraram os governadores e o poder de fato virou poder de direito. Percebeu-se que Minas Gerais e São Paulo tinha o maior colégio eleitoral e fizeram um trato, conhecido como período café com leite. De 1851 ate Em 1930 ocorre a revolução de Getúlio Vargas. Marca o fim da República velha e o início da República nova. Getúlio Vargas muda as características da federação. Incha a competência da União e esvazia a dos Estados. Intenção de quebrar os Estados. Quebrar o poder político e econômico dos Estados. Assim de 1934 até a Constituição de Em 1988 os municípios foram alçados à condição de entes federativos. Parcela de poder grande para a União, outra parte para os Municípios e tudo que não for da União ou Município residualmente pertence aos Estados. Estado começa a quebrar. Poder constituinte adota a seguinte tese: O que for interesse nacional Pertence ao este União O que for interesse regional Pertence aos estados O que for interesse local Pertence aos municípios. Princípio da supremacia dos interesses o poder constituinte estabelece o quê cabe a quem. Não existe hierarquia entre os entes da federação. Consegue isso com a repartição de competências. Na CF/88: Rol taxativo de competências da união no art. 21, CF Competências administrativas. Art. 21. Compete à União: I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; VII - emitir moeda; VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;

4 c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão; XVII - conceder anistia; XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; (Regulamento) XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. Rol do art. 22, CF Competências legislativas taxativas União. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX - sistemas de consórcios e sorteios; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares; XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; XXIII - seguridade social; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, 1, III;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; XXIX - propaganda comercial. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

5 Rol de competências no art. 30, CF, I e II, CF Competências legislativas do município. Rol do art. 30, III ao IX, CF Competências administrativas do município. Rol do art. 30 é taxativo. Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Cabe aos estados o que não estiver no art. 21, 22 ou 30 Art. 25, 1º, CF Competências administrativas e legislativas residuais. Art º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. Os estados só possuem duas competências expressas Art. 25, 2º e 3º, CF. Art º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. No que tange à competência legislativa, o art. 22, parágrafo único, CF, autoriza que legislação delegue aos Estados parte dessa competência legislativa. A União não pode delegar a competência material, poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas. Ex.: lei complementar que autoriza aos Estados criar piso salarial. Art. 22, Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Nosso federalismo não é dual, como ocorre nos EUA, em que cada competência é fixamente separada. Art. 23, CF Competências administrativas que a própria Constituição batiza de competência comum. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

6 III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Para os Estados e União ainda tem as competências legislativas concorrentes, art. 24, CF. Não trata de competências municipais. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos serviços forenses; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. Art. 23, parágrafo único, CF O federalismo brasileiro cria mecanismo de cooperação e equilíbrio entre os entes. É chamado de Federalismo cooperativo. Art. 23. Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Art. 24, 1º, CF A União trata apenas de normas gerais. Objetivo de equilíbrio e cooperação entre os estados. Toda a legislação estadual é feita de acordo com as peculiaridades dessa legislação. Art. 24, 2º, CF Os estados podem legislar de acordo com suas especialidades, guardadas as regras gerais. Art. 24, 3º, CF Sem norma geral os estados podem legislar livremente. Art. 24, 4º, CF Suspende a eficácia da norma estadual que for contrária. Se a norma geral superveniente for revogada a norma estadual, que estava com a eficácia suspensa, volta a produzir efeitos. Não se trata de repristinação.

7 Art º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Características da federação: a) Descentralização política. b) Repartição de competências. c) Inexistência do direito de secessão (que é direito previsto na Confederação, direito de separar). d) Soberania do estado federal e autonomia dos entes federativos. e) Possibilidade de intervenção da União nos Estados e dos Estados nos Municípios para manutenção da federação. f) Auto-organização, auto administração e autofinanciamento dos entes federativos. O autofinanciamento se dá por meio da repartição de competência tributária. Cada ente federativo tem uma arrecadação tributária distinta. Nessa questão não se aplica a regra clássica de separação. A CF estabelece quais impostos devem ser de cada ente. A competência residual na espécie tributária do imposto é da União. Classificação dos tipos de federalismo: a) Federalismo no que tange à formação da Federação: Brasileiro Federalismo cooperativo Existe as competências comuns e concorrentes, a busca de uma cooperação e equilíbrio para melhor desenvolvimento da federação. Federalismo centrífugo. Americano Federalismo dual Separação rígida de competências. Federalismo centrípeto. b) No que tange a distribuição de competência: Brasileiro Centrípeto. Concentração de competências para a União. Americano Centrífugo. Competências distribuídas para cada ente. c) No que tange a homogeneidade cultural:

8 Simétrico Os estados da federação compartilham de uma homogeneidade cultural. Ex.: Brasil e americano. Assimétrico Aquele que não tem a homogeneidade cultural, não tem identidade única para o povo. Ex.: Suíça. Distrito Federal: Não é estado ou município, é um ente federativo com características próprias. Art. 32, CF. Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. Tem como função sediar o governo federal. Ente neutro na federação. Vedada sua divisão em municípios. Existem cidades. Quem governa todo o DF é o governador do DF. Existe lei orgânica. A única lei orgânica que tem natureza de constituição. Pode ser feito controle de constitucionalidade. Qualquer outra lei orgânica seria controle de legalidade, de acordo co o STF. Parágrafos do art. 32, CF: Art º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. Algumas competências que seriam estaduais são atribuídas à União. Ex.: Art. 32, 4º, CF. São polícias federais, não distritais. E a lei que regulamenta é feita pelo Congresso Nacional. Art. 22, CF Competências legislativas da União. Inciso XVII O TJ é do DF, mas a lei que organiza é lei federal, e não distrital. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XVII organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)

9 Art. 18, CF: Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 1º Brasília é a Capital Federal. 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Quem deu qualidade a Brasília de capital federal foi a CF de 88. Art. 18, 2º, CF. Não tem território no Brasil atualmente. Requisito para criar: Lei complementar federal. Território tem natureza jurídica de autarquia federal. Art. 18, 3º, CF Para criar outro Estado no Brasil: Plebiscito tem que ocorrer antes do projeto de lei Lei complementar federal Criação de novo Estado Art. 235, CF. Art Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as seguintes normas básicas: I - a Assembleia Legislativa será composta de dezessete Deputados se a população do Estado for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro, se igual ou superior a esse número, até um milhão e quinhentos mil; II - o Governo terá no máximo dez Secretarias; III - o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador eleito, dentre brasileiros de comprovada idoneidade e notório saber; IV - o Tribunal de Justiça terá sete Desembargadores; V - os primeiros Desembargadores serão nomeados pelo Governador eleito, escolhidos da seguinte forma: a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco anos de idade, em exercício na área do novo Estado ou do Estado originário; b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e advogados de comprovada idoneidade e saber jurídico, com dez anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecido o procedimento fixado na Constituição; VI - no caso de Estado proveniente de Território Federal, os cinco primeiros Desembargadores poderão ser escolhidos dentre juízes de direito de qualquer parte do País; VII - em cada Comarca, o primeiro Juiz de Direito, o primeiro Promotor de Justiça e o primeiro Defensor Público serão nomeados pelo Governador eleito após concurso público de provas e títulos; VIII - até a promulgação da Constituição Estadual, responderão pela Procuradoria-Geral, pela Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral do Estado advogados de notório saber, com trinta e cinco anos de idade, no mínimo, nomeados pelo Governador eleito e demissíveis "ad nutum"; IX - se o novo Estado for resultado de transformação de Território Federal, a transferência de encargos financeiros da União para pagamento dos servidores optantes que pertenciam à Administração Federal ocorrerá da seguinte forma: a) no sexto ano de instalação, o Estado assumirá vinte por cento dos encargos financeiros para fazer face ao pagamento dos servidores públicos, ficando ainda o restante sob a responsabilidade da União; b) no sétimo ano, os encargos do Estado serão acrescidos de trinta por cento e, no oitavo, dos restantes cinquenta por cento; X - as nomeações que se seguirem às primeiras, para os cargos mencionados neste artigo, serão disciplinadas na Constituição Estadual; XI - as despesas orçamentárias com pessoal não poderão ultrapassar cinquenta por cento da receita do Estado. Art. 18, 4º, CF: Criação de município. Quatro requisitos: Lei estadual

10 Lei complementar federal Plebiscito Estudo de viabilidade. Com a emenda constitucional 15 de 1996 se tornou uma norma de eficácia limitada. Art. 96, ADCT Convalida os municípios criados cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 57, de 2008). Art. 19, CF Vedação. Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. Art. 19, I, CF: Regra que determina a laicidade do estado. Estado laico, leigo ou não confessional. Estado laico é aquele que entende que estado e religião não se misturam e garante a livre manifestação de qualquer religião existente, da livre manifestação do pensamento. Parte da ideia republicana de isonomia. Não relaciona símbolos religiosos ao Estado. Art. 210, 1º, CF Ensino religioso nas escolas. Horários normais, de matrícula facultativa. Não pode ser conteúdo confessional. Art º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. Art. 19, II: Qualquer documento público tem fé em todo território nacional. Vale em todo território nacional como documento público. Art. 19, III: Não pode ter distinção entre brasileiro. Contrabando legislativo STF A Medida Provisória tem rito especial. Não passa pelas comissões.

11 Presidente edita, passa por uma comissão mista de deputados e senadores pra isso. Já vai para o Plenário da Câmara e para o Plenário do Senado. O Plenário que aprova ou rejeita. Toda votação de mudança, aprovação ou rejeição é do Plenário da Câmara e do Senado. Contrabando legislativo Ao invés do parlamento apresentar um projeto de lei, passar pelas comissões que devem passar (não por essas da MP), ser votado na Câmara e no Senado, eles incluem algum item dentro da MP que tem tramitação especial para aprovar. O STF entendeu que isso é inconstitucional. As leis que foram aprovadas com esse tipo de técnicas se mantêm, por segurança jurídica. As leis que vierem a ser aprovadas serão declaradas inconstitucionais. Fiscalização do Tribunal de Contas nos Municípios Art. 31, 1º, CF Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal. 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Tribunal de contas municipais Quando a CF foi aprovada já havia municípios em que existiam Tribunais de Contas (RJ e SP, capitais) e permanecerão com os Tribunais fiscalizando suas contas, auxiliando o controle externo. Os que não têm não podem cria-los. Art. 31, 2º, CF Tribunal de Contas emite parecer. Quem decide pela aprovação ou rejeição é o Congresso Nacional.

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