Curso/Disciplina: Direito Ambiental Aula: 37 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): Cristiane Gregory Klafke. Aula nº. 37
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1 Página1 Curso/Disciplina: Direito Ambiental Aula: 37 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): Cristiane Gregory Klafke Aula nº. 37 Resíduos Perigosos. Resíduos Radioativos. A lei dedica um capítulo a matéria, capitulo IV, art. 37 ao 40 da Lei /2010. Art. 35. Sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e na aplicação do art. 33, os consumidores são obrigados a: I - acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados; II - disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis pa ra coleta ou devolução. Parágrafo único. O poder público municipal pode instituir incentivos econômicos aos consumidores que participam do sistema de coleta seletiva referido no caput, na forma de lei municipal. Art. 38. As pessoas jurídicas que operam com resíduos perigosos, em qualquer fa s e do seu gerenciamento, são obrigadas a se cadastrar no Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos. 1 o O cadastro previsto no caput será coordenado pelo órgão federal competente do Sisnama e implantado de forma conjunta pelas autoridades federais, estaduais e municipais. 2 o Para o cadastramento, as pessoas jurídicas referidas no caput necessitam contar com responsável técnico pelo gerenciamento dos resíduos perigosos, de seu próprio quadro de funcionários ou contratado, devidamente habilitado, cujos dados serão mantidos atualizados no cadastro.
2 Página2 3 o O cadastro a que se refere o caput é parte integrante do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambienta i s e do Sistema de Informações previsto no art. 12. O art. 41 prevê as Áreas órfãs. Art. 41. Sem prejuízo das iniciativas de outras esferas governamentais, o Governo Federal deve estruturar e manter instrumentos e atividades voltados para promover a descontaminação de áreas órfãs. Parágrafo único. Se, após descontaminação de sítio órfão realizada com recursos do Governo Federal ou de outro ente da Federação, forem identificados os responsáveis pela contaminação, estes ressarcirão integralmente o valor empregado ao poder público. Áreas órfãs são aquelas que não se sabe quem é o causador, por isso o governo federal assume. Não se sabe quem fez a contaminação, mas não se pode permitir que ela continue contaminada, então cabe ao poder público, de preferência a União tomar as providencias para recuperar a área, e buscar os responsáveis, uma vez identificados cabe ação regressiva. Cabe observar que nas ações regressivas pelo ente público tem-se ainda o entendimento da imprescritibilidade, especialmente nos casos em que resta evidenciado o dolo. Há uma especialidade ainda maior quando o resíduo solido por radioativo. Não se aplica a lei /2010, a lei expressamente refere, no art. 1º Art. 1 o Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre s eus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. 2 o Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por legislaç ão específica.
3 Página3 A Lei /2001 dispõe sobre os rejeitos nucleares, especificamente o art. 36, fala sobre a importação dos rejeitos radioativos vedando expressamente a importação. Identificação do local, art. 5º ao 7º, da Lei /2001: Art. 5 o A seleção de locais para depósitos iniciais obedecerá aos critérios estabelecidos pela CNEN para a localização das atividades produtoras de rejeitos radioativos. Art. 6 o A seleção de locais para instalação de depósitos intermediários e finais obedecerá aos critérios, procedimentos e normas estabelecidos pela CNEN. Parágrafo único. Os terrenos selecionados para depósitos finais serão dec l a rados de utilidade pública e desapropriados pela União, quando já não forem de sua propriedade. Art. 7 o É proibido o depósito de rejeitos de quaisquer naturezas nas ilhas oceânicas, na plataforma continental e nas águas territoriais brasileiras. Variações dos depósitos art. 3º: Art. 3 o São permitidas a instalação e a operação dos seguintes tipos de depósitos de rejeitos radioativos: I depósitos iniciais; II - depósitos intermediários; III - depósitos finais. É proibida a colocação de rejeitos em ilhas oceânicas, plataforma continental e águas territoriais, conforme art. 7º. Em tratando-se de rejeito nuclear, chama sempre atenção a responsabilidade civil, a Lei dedica um capítulo para o assunto, capitulo VIII, art. 19 a 22. Art. 19. Nos depósitos iniciais, a responsabilidade civil por danos radiológicos pessoais, patrimoniais e ambientais causados por rejeitos radioati vos neles depositados, independente de culpa ou dolo, é do titular da autorização para operação daquela instalação. Art. 20. Nos depósitos intermediários e finais, a responsabilidade civil por danos radiológicos pessoais, patrimoniais e ambientais causados por rejeitos radioativos neles depositados, independente de culpa ou dolo, é da CNEN. Art. 21. No transporte de rejeitos dos depósitos iniciais para os depósitos intermediários ou de depósitos iniciais para os depósitos finais, a responsabilidade civil po r danos radiológicos pessoais, patrimoniais e ambientais causados por rejeitos radioativos é do titular da autorização para operação da instalação que contém o depósito inicial. Art. 22. No transporte de rejeitos dos depósitos intermediários para os depósi tos finais, a responsabilidade civil por danos radiológicos pessoais, patrimoniais e a mbi enta i s causados por rejeitos radioativos é da CNEN. Parágrafo único. Poderá haver delegação do serviço previsto no caput a terceiros, mantida a responsabilidade integral da CNEN.
4 Página4 O art. 33 prevê o direito de regresso: Art. 33. É assegurado à CNEN o direito de regresso em relação a prestadores de serviço na hipótese de culpa ou dolo destes. O art. 19 permite enxergar uma variação da teoria objetiva. Teoria objetiva como gênero, variação a teoria do risco, do risco integral e a teoria do risco suscitado. O dispositivo legal fala em teoria objetiva, mas posso até defender que para os danos pessoais eu tenho uma teoria, para os danos patrimoniais eu tenha uma outra teoria, para os danos ambientais outra teoria, sendo todas elas variação da teoria objetiva. O Decreto Federal nº 911/93, internaliza a convenção de Viena de La se encontra as mesmas excludentes. Assim, municípios que receberem rejeitos radioativos, receberão compensação financeira, conforme art. 34. Art. 34. Os Municípios que abriguem depósitos de rejeitos radioativos, sejam inic iais, intermediários ou finais, receberão mensalmente compensação financeira. 1 o A compensação prevista no caput deste artigo não poderá ser inferior a 10% (dez por cento) dos custos pagos à CNEN pelos depositantes de rejeitos nucleares.
5 Página5 2 o Caberá à CNEN receber e transferir aos Municípios mensalmente os valores previstos neste artigo, devidos pelo titular da autorização para operação da instalação geradora de rejeitos. 3 o Nos depósitos iniciais e intermediários, onde não haja pagamentos previstos no 1 o deste artigo, o titular da autorização da operação da instalação geradora de rejeitos pagará diretamente a compensação ao Município, em valores estipulados pela CNEN, levando em consideração valores compatíveis com a atividade da geradora e os parâmetros estabelecidos no 1 o do art. 18 desta Lei. Compensação financeira, art. 20 CF. Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a s ede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Consti tucional nº 46, de 2005) V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteira s terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
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