Turma e Ano: Estado Federal Brasileiro 2016 Matéria / Aula: Estado Federal Brasileiro 08 Professor: Marcelo Tavares Monitor: Laura de Almeida Campos
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1 Turma e Ano: Estado Federal Brasileiro 2016 Matéria / Aula: Estado Federal Brasileiro 08 Professor: Marcelo Tavares Monitor: Laura de Almeida Campos Aula 08 Exercícios 1 Tendo em vista o dispositivo no artigo 29, VIII da Constituição Federal, a quem compete julgar os Prefeitos: nos crimes de responsabilidade? Resposta justificada. No crime de responsabilidade, cabe ao tribunal de justiça julgar os prefeitos. Isso porque, fazendo uma comparação com o presidente da república: O presidente da república é julgado pelo STF por crime comum, é julgado por crime de responsabilidade, que tem natureza politica, pelo senado. O prefeito em crime comum é julgado pelo Tribunal de Justiça. O crime de responsabilidade do prefeito é crime comum, porque ele está tipificado no art. 1º, do DL 201/67, portanto é julgado no Tribunal de Justiça. O que é crime de responsabilidade para o presidente, para o prefeito recebe o nome de infração político-administrativa, tipificado no art. 4º, DL 201/67, e esse sim será julgado pela câmara dos vereadores, e essa matéria é hoje considerada matéria de interesse local, nada impede que a lei orgânica disponha sobre a infração político-administrativa, mas o município não tem atribuição para dispor sobre o crime de responsabilidade do art. 1º, isso porque a partir do momento em que o DL impõe sanção privativa de liberdade essa matéria tem natureza penal. Então aquilo que é denominado crime de responsabilidade do prefeito, no fundo é crime comum vinculado ao exercício do cargo. A reposta, então, é que cabe ao Tribunal de Justiça julgar o prefeito nos crimes de responsabilidade. Vimos que o TJ, internamente, pode dar essa competência ao órgão fracionário e não necessariamente ao plenário ou ao órgão especial. 2 No sistema federativo brasileiro, os Estados membros: a) Têm capacidade de auto-organização e de autogoverno, mas não podem estabelecer regras concernentes à organização dos municípios; FALSA. Os estados membros podem estabelecer regras concernentes à organização dos municípios, desde que não disponham contra a Constituição da República. b) Podem organizar-se, obedecidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal, podendo exercer os poderes taxativamente elencados pela Constituição Federal; FALSA. Em princípio os poderes dos estados são residuais.
2 c) Têm capacidade de auto-organização e de autogoverno, devendo observância aos princípios estabelecidos na Constituição Federal, sendo-lhes reservadas as competências que não lhes sejam vedadas no texto fundamental; Por força do 1º do art. 25, CRFB. d) Não dispõem de capacidade de auto-organização, pois as regras de sua organização são estabelecidas na própria Constituição Federal, mas dispõem de capacidade de autogoverno. FALSA. O art. 25, CRFB. 3 Considere as seguintes assertivas: I. São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição Federal brasileira. VERDADEIRA. II. Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. VERDADEIRA. Veremos no art. 25, há um parágrafo prevendo isso. III. Os Estados poderão, mediante lei ordinária, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. FALSA. Mediante lei complementar. O art. 25, 3º. IV. Incluem-se entre os bens dos Estados, dentre outros, as terras devolutas não compreendidas entre as da União. VERDADEIRA. Nos termos da Constituição Federal brasileira, está correto o que consta APENAS em: a) II e III. b) I e II. c) III e IV. d) I, II e IV. A opção correta é a da letra d). 4 - A respeito da repartição, entre os entes federados, de competências legislativas, judiciais ou materiais, assinale a opção correta de acordo com o disposto na CF e o entendimento do STF. a) Em razão de foro especial por prerrogativa da função, compete ao tribunal de justiça o julgamento dos prefeitos, assim como dos ex-prefeitos. O STF declarou a inconstitucionalidade a previsão do art. 84, CPP, que previa que mesmo quando a autoridade deixasse de exercer o cargo público, continuaria com o foro de prerrogativa de função. A jurisprudência é que o foro por prerrogativa de função se refere
3 ao interesse da administração publica, existindo enquanto aquele agente ocupar o cargo da administração. Se houver o termino do mandato, o processo será remetido ao juiz natural. Sendo assim, a primeira parte da assertiva está correta, mas a segunda parte está errada. b) A competência para legislar sobre o estatuto do MP é da União e dos estados-membros, facultada a iniciativa da lei aos procuradores-gerais. Art. 61, 1º, II, d). Cabe ao presidente da república a lei complementar, lei de organização do MPU, bem como ao MPE as normas gerais são de atribuição à iniciativa do presidente da república (Lei 8.625). Não cabe ao presidente da república, então por simetria o que se refere a normas específicas caberá ao governador, segundo o mesmo art. 61, 1º, II, d). O procurador geral da república, por força do art. 128, 5º, tem iniciativa concorrente facultada aos procuradores, sendo assim por simetria o procurador de justiça também tem essa atribuição para organizar o MP. Portanto para organização do MP estadual há a norma geral de iniciativa do presidente da república, Lei 8.625, e a Lei Complementar que dirá as normas especiais tem iniciativa concorrente do governador ou do Procurador Geral de Justiça. c) Incide competência concorrente entre a União, os estados e o DF para legislar sobre trânsito e transporte. Não, essa competência é privativa da União no art. 22, CRFB. Tentativas de estado de instituir uso de determinados equipamentos de transporte de transito foram declaras inconstitucionais pelo STF. d) Compete ao ente municipal legislar sobre crime de responsabilidade de prefeito e de vereador. Não, o crime de responsabilidade tem natureza de crime comum para o prefeito, art. 1º, DL 201, cabe à União. e) É de competência do estado-membro legislar sobre a criação de varas da justiça estadual especializadas em processos relativos a delitos praticados por organizações criminosas. Não é competência do estado-membro, é competência sobre varas, na previsão do art. 125, CRFB, que tratem de matéria da parte rural e não de organização criminosa. 5 - Quanto à organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, é correto afirmar que: a) Para fins de desmembramento de um Estado, deve haver consulta prévia à população diretamente interessada, compreendendo esta somente a população da área a ser destacada. Não, nós vimos que é necessária da área destacada e da área remanescente. b) O Poder Constituinte derivado-decorrente deve respeitar os princípios constitucionais sensíveis, os princípios federais extensíveis e os princípios constitucionais estabelecidos. VERDADEIRA. Além disso, as cláusulas pétreas também.
4 c) As competências administrativas dos Municípios são residuais, ou seja, lhes compete aquilo que não for das áreas administrativas dos Estados e da União. Os estados que tem competência residual, o município é estabelecida. d) A competência da União para legislar sobre normas gerais e dos Estados e do Distrito Federal para legislar sobre normas específicas é chamada competência legislativa concorrente e compreende, entre outras matérias, orçamento, juntas comerciais, direito tributário e registros públicos. Aí tem matéria de natureza privativa também. e) A União poderá, por meio de lei ordinária, delegar aos Estados e ao Distrito Federal questões específicas acerca de legislação. Aqui é da lei complementar, na forma do parágrafo único do art De acordo com a Constituição Federal brasileira, os Estados poderão instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, desde que a) O façam mediante Lei Complementar, versando sobre agrupamentos de Municípios limítrofes. VERDADEIRA. b) O façam mediante Lei Ordinária, de iniciativa do Governador do Estado. Não é por lei ordinária. c) Seja previamente ouvida a população dos Municípios envolvidos, mediante plebiscito. Não é necessária a oitiva da população. d) Sejam criadas no período previsto em Lei Complementar Federal. Não é necessário. e) Seja facultado a todos os Municípios do Estado o direito de integrar o agrupamento. 7 - O eventual desmembramento de um Estado da Federação brasileira do qual resulte a redução de seu território atual e a criação de um novo Estado a) Está sujeito à prévia realização de Estudos de Viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei, consoante expressa determinação constitucional. b) É proibido pela Constituição da República, que estabelece que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal. c) Pode ser efetuado por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, dependendo de consulta prévia às populações dos Municípios envolvidos.
5 d) Depende de aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. É a previsão do art. 18, 3º. e) Deve ser regulado por lei complementar federal, uma vez que os Estados integram a União. 8 - É INCORRETO afirmar: a) Os Territórios Federais integram a União. b) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios depende de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal. c) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. d) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por Lei Complementar Federal. IN É por lei complementar estadual. 9 - Assinale a opção correta acerca da União, dos estados federados, dos municípios e dos territórios na organização político- administrativa brasileira. a) De acordo com a CF, os territórios federais, uma vez criados, não elegem representantes para o Senado Federal, mas sua população tem a prerrogativa de eleger quatro deputados para representá-la na Câmara dos Deputados. No art. 45, CRFB, há essa previsão. b) O patrimônio da União é formado por bens indicados exemplificativamente na CF, incluídas todas as ilhas fluviais e lacustres em zonas limítrofes com outros países, praias marítimas e ilhas oceânicas e costeiras. O que está errado é o termo exemplificativamente, o correto é taxativamente. c) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formar novos estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, estando o Congresso Nacional vinculado ao resultado da consulta popular. O congresso não está vinculado ao resultado da consulta popular.
6 d) A CF veda a criação de tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais, salvo em municípios que tiverem mais de vinte mil habitantes. Não há o salvo, a constituição só permitiu que se mantivessem os tribunais de contas criados antes. e) Diferentemente do que ocorre com o julgamento das contas dos governadores, o parecer prévio emitido pelos tribunais de contas estaduais ou municipais acerca das contas dos prefeitos vincula os membros das câmaras municipais. Estados e municípios têm tratamento igual aqui A regra constitucional que admite o desmembramento de Estados depende da aprovação da população diretamente interessada, entendida como tal a população: a) Tanto da área desmembrada do Estado-membro como a da área remanescente, mediante referendo; b) Da área desmembrada do Estado-membro, mediante referendo; c) Da área desmembrada do Estado-membro, mediante referendo, bem como de lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional; d) Tanto da área desmembrada do Estado-membro como a da área remanescente, mediante plebiscito, bem como de lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional; e) Da área desmembrada do Estado-membro, mediante plebiscito, bem como de lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional.
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