Segunda-Feira, 24 de outubro de 2016

Transcrição

1 Segunda-Feira, 24 de outubro de 2016 Bom dia, IPC-S apresenta elevação. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) continua aumentando, apresentando alta de 0,24% na terceira quadrissemana de outubro, após também elevação de 0,14% na leitura anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Além de vir bem acima das perspectivas de mercado que apontavam para uma alta de 0,10%. Dos componentes do índice, as oito classes de despesa registraram aumento, com a maior contribuição do grupo transporte (0,31% para 0,49%), onde se destacou o comportamento da gasolina.

2 Sondagem da Indústria mostra leve piora frente setembro. O Índice de Confiança da indústria (ICI) reduziu 1,3 ponto, ficando em 86,9 pontos, após subir 2,1 pontos no mês de setembro. Este resultado reflete a queda de 1,5 ponto do Índice de Expectativas (IE), ficando em 88,3 pontos, após ter apresentado elevação de 2,5 pontos em setembro. E da mesma forma a previa do Índice da Situação Atual (ISA) reduziu 1 ponto, para 85,7 pontos, ante alta de 1,5 ponto na mesma base de comparação. Na comparação anual o índice de confiança apresentou aumento de 10,8 pontos, com o ISA elevando-se 11,6 pontos e o de IE registrando crescimento de 9,1 pontos. Com estas amostras nota-se que a indústria está mais ociosa em outubro. Onde o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) reduziu 0,6 pontos, ficando em 74,1%. O foco do mercado no Boletim Focus. Depois do Banco Central ter reduzido a taxa básica de juros, a atualização das projeções de inflação pelo mercado tem maior destaque na identificação dos próximos passos da política monetária. O relatório veio com a mediana das expectativas para o IPCA se reduzindo de 7,01% para 6,89%, já a projeção para o índice no ano de 2017 saiu de 5,04% para 5,00%. A Selic segundo as previsões chega ao final de 2016 em 13,50%, se isso se confirmar, é esperado um corte de 0,50% na próxima reunião e para 2017, a projeção do Focus permanece em 11% ao ano. Já ao câmbio as perspectivas para 2016 saíram de uma previsão de R$ 3,25 para R$ 3,20 e para 2017 as apostas ficaram estáveis em R$ 3,40. Japão negativo, mas animador e China "comportada". As exportações do Japão caíram pelo 12º mês consecutivo, em setembro, ainda sob efeitos da valorização do iene, que novamente prejudicou o setor manufatureiro. Informações do Ministério de Finanças mostraram que as exportações por lá apresentaram redução anual de 6,9% em setembro. Ainda assim, as expectativas eram de uma queda da ordem de 10,6%, ou seja, a intensidade da redução das exportações veio melhor que as estimativas e animou os mercados. Levandose em conta que em agosto o recuo das exportações foi de 9,6%, evidenciando a redução da intensidade de queda das vendas ao exterior. O Japão ainda apresentou superávit comercial em razão de uma contração de 16,3% de importações. Reduções em termos de fluxo de comércio não são favoráveis, principalmente quando tal constatação se dá por tantos meses seguidos, contudo, os números têm mostrado alguns sinais interessantes de recuperação. Na China, não esperamos surpresas negativas com a divulgação do indicador de atividade econômica a ser divulgado às 11h e que deve acompanhar a tendência da divulgação recente de PIB do gigante asiático. Atenção hoje voltada para os membros do Fed. A semana começa com poucos indicadores econômicos nos EUA, tendo destaque apenas o PMI industrial, a ser divulgado às 11h45. A mediana de mercado aponta que o indicador prévio de outubro deverá registrar 51,5, mesmo patamar apurado no mês passado, sustentando a visão de recuperação paulatina na atividade industrial dos EUA. Já ao longo do dia, teremos os discursos de quatro

3 presidentes regionais do Fed que devem reforçar a sinalização de um ajuste na taxa básica de juros em dezembro, ainda que pese o crescimento morno da atividade, sugerindo que o processo de normalização da política monetária norte-americana continuará a ser conduzido em ritmo bastante cauteloso. De qualquer maneira, as falas dos representantes do Fed certamente devem influenciar os mercados. Indicadores da Zona do Euro surpreendem. Hoje, foram divulgados vários indicadores de atividades na Zona do Euro e na sua maior economia, a Alemanha. Referente ao bloco, foi divulgada a prévia do PMI Industrial que avançou para 53,3 pontos, ante expectativa de 52,6; o PMI de Serviços do bloco também ficou em 53,3 pontos, diante de uma expectativa de 52,4, e por fim o PMI composto ficou em 53,7, vindo acima da expectativa, que era de 52,8 pontos. Também foram divulgados indicadores homônimos da Alemanha; o PMI de serviços ficou em 54,1, bem acima da expectativa média de 54,5 pontos; o PMI industrial se apresentou em 55,1, ante projeção média de 54,1. Os resultados em média vieram acima do projetado pelo mercado para a atividade econômica em outubro, sobretudo pelos possíveis impactos do "Brexit", que vem se tornando mais amenos do que o esperado até o momento. Bolsas no campo positivo nesta segunda-feira. A semana iniciou com ganhos mundo afora repercutindo os dados econômicos vindos da Zona do Euro e do Japão (vide textos acima). Na China, o índice acionário de Shanghai avançou 1,21%. Já o de Hong Kong subiu 0,98% em meio às especulações de que governo chinês poderá aumentar os investimentos em infraestrutura, bem como acelerar as reformas em empresas estatais. O contexto externo sugere abertura no campo positivo na Bovespa, porém os discursos de membros do Fed (também com texto acima) hoje deverão balizar as negociações por aqui.

4 Prumo (PRML3) fecha mais um contrato. A operadora do mega porto de Açu a Prumo Logística anunciou hoje pela manhã que assinou mais um contrato, desta vez com a GranEnergia Navegação. O contrato prevê a criação de uma parceira comercial direcionada a oferecer serviços logísticos, de reparo naval, manutenção de embarcações, tratamento de resíduos e outros serviços. A parceria será instalada em uma área de 47 mil metros quadrados, sendo que 17 mil metros serão instalados em prédios já construídos pela Prumo. Como o ambiente físico já se encontra avançado, o valor total dos investimentos da operação deve ser próximo dos R$ 10 milhões, sendo divididos igualmente entre as partes. Apesar da atratividade da operação, a companhia ainda não contempla nenhum cliente de navios de grande porte, ou seja, para alavancar o projeto, a companhia depende da adesão de clientes que gerem receita. Vale lembrar, que o Porto de Açu ainda detém enorme capacidade ociosa, neste sentido implementar novos serviços a serem ofertados no porto é essencial para elevar sua atratividade e consequentemente atrair empresas, na última semana a companhia já havia firmado outra parceria para oferecer estrutura para os funcionários do local, como farmácias, restaurantes e etc. Como reflexo do anúncio, seus papéis devem corresponder de forma positiva no pregão de hoje. Petrobras (PETR4) celebra acordos e Moody's parece gostar do que vê. A companhia informou na sexta feira, a celebração de acordos para encerrar quatro ações individuais propostas junto à Corte Federal de Nova York, por PIMCO Total Return Fund, Dodge&Cox, International Stock Fund, Janus Overseas Fund e Al Shams Investments. A

5 estatal também já reconhecerá provisões no 3º trim/16 da ordem de US$ 353 milhões. Ainda segundo o comunicado, tais acordos não constituem reconhecimento de responsabilidade por parte da Petrobras, sendo apenas fatores de mitigação de incertezas, ônus e custos associados a tais disputas. Também foi divulgado no dia 21, que por conta de menor risco de liquidez, mudanças no marco regulatório no Brasil e expectativa de melhor desempenho operacional no médio/longo prazo, a Moody's elevou a classificação de risco (rating) da dívida da Petrobras, alterando inclusive a perspectiva de "negativa" para "estável". Notícias interessantes, que reforçam a tendência de recuperação de confiança na companhia principalmente após a troca de gestão. Papéis podem continuar movimento positivo. Segundo o Valor Econômico, PDG (PDGR3) estaria próxima de pedir recuperação judicial. O jornal traz hoje matéria, não confirmada por nenhuma das partes envolvidas, que discorre sobre o atual momento da companhia, que fechou em agosto um acordo formalizando o alongamento de boa parte de suas dívidas até Mas, segundo o jornal, esse acordo não seria suficiente para a companhia manter sua operação enquanto tenta equalizar seu endividamento. Dessa forma, a PDG já teria comunicado aos credores que nas condições atuais não teria outra saída a não ser a recuperação judicial. A companhia ainda estaria em vias de contratar uma consultoria para ajudar na sua reestruturação. Vale lembrar, mais uma vez, que nenhuma das partes envolvidas confirmou as informações do jornal. Nossa visão sobre a companhia continua negativa, na medida em que entendemos que o retorno potencial do papel não justifica a exposição em um ativo com risco tão elevado. AGENDA DE DIVIDENDOS Bons negócios.

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