Outubro Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de outubro/17.
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- Gustavo Ribeiro
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1 1. EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em outubro/17 apresenta variação positiva de 3,0% em relação ao valor verificado no mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de setembro/17, verifica-se uma variação positiva de 1,7%. No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN apresentou uma variação positiva de 1,1% em relação ao mesmo período anterior. Apresentam-se na tabela a seguir os dados de carga, assim como seus valores ajustados, visando a exclusão dos efeitos de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga, como o efeito calendário (diferença no número de dias úteis), variações de temperatura diferentes das esperadas e perdas na Rede Básica. Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de outubro/17. Os sinais mais consistentes de recuperação da economia, já podem ser observados no comportamento da carga do SIN. Fatores como a queda nos juros, a safra agrícola, a geração de empregos e o aumento das exportações industriais, estão influenciando positivamente o desempenho da carga de energia. Além disso, a forte queda na taxa de inflação e a redução das taxas de juros amplia a renda disponível e ajuda a recuperar o consumo, efeito já sentido, ainda que lentamente, no comércio. Essa afirmação pode ser confirmada pelo resultado do Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getúlio Vargas que subiu 3,3 pontos em outubro, atingindo 92,5 pontos. A expressiva alta do ICOM nos últimos dois meses e o registro de seu maior nível desde 2014 reforçam a percepção de que o efeito da crise política de maio passou completamente e de que os indicadores de confiança do setor retomam a tendência de alta do início do ano.
2 O resultado da carga ajustada ratifica a observação acima, indicando que os fatores fortuitos contribuíram positivamente com apenas 0,6% para a taxa de crescimento da carga do SIN em outubro/17. O resultado da Sondagem da Indústria de outubro, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas FGV, confirma o retorno à fase de recuperação da confiança industrial que havia sido interrompida em maio. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas avançou 2,6 pontos em outubro de 2017, para 95,4 pontos, o maior desde abril de 2014 (97,0 pontos). A alta da confiança do setor alcançou 10 dos 19 segmentos industriais em outubro. Principal responsável pela melhora da confiança, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 4,9 pontos, para 95,5 pontos, uma alta que se estendeu a 14 dos 19 segmentos. Para as expectativas, a evolução foi menos expressiva e mais concentrada. O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,3 ponto, para 95,2 pontos, com alta em 7 dos 19 segmentos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) avançou 0,4 ponto percentual (p.p.) entre setembro e outubro, para 74,3%. Apesar do avanço no mês, o NUCI inicia o quarto trimestre apenas 0,1 p.p. acima da média no trimestre anterior (74,2%). Merece destaque, o avanço da indústria automotiva, que com recorde de exportações, apresenta crescimento acumulado de 28,5% no ano. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em outubro a produção de veículos no Brasil subiu 42,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado e 5,3% em comparação a setembro/17. A indústria de veículos pesados também apresentou números positivos. Em outubro, a produção de caminhões teve alta de 77,8% ante igual mês de 2016 e expansão de 8,4% sobre o volume de setembro. O segmento acumula elevação de 31,9% no ano até outubro. O gráfico a seguir apresenta uma comparação entre as taxas de variação da Carga Verificada e da Carga Ajustada do SIN.
3 O comportamento da carga de energia do SIN ao longo do ano pode ser observado no gráfico a seguir. 2. SUBSISTEMA SUDESTE/CENTRO-OESTE Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a carga de energia verificada em outubro/17 apresentou uma variação positiva de 3,3% em relação à carga verificada no mesmo mês do ano anterior. O desempenho da carga do subsistema Sudeste/Centro-Oeste observada em outubro/17, relativamente ao mesmo mês do ano anterior, deve-se principalmente à melhora de alguns indicadores da economia e à ocorrência de temperaturas elevadas superiores às verificadas em outubro/16. Ressalta-se que a carga desse subsistema é fortemente influenciada pelo desempenho da indústria cuja participação na carga industrial do SIN é de cerca de 60%. Desta forma, pode-se afirmar que melhoria da confiança da indústria explica uma parcela significativa do desempenho da carga desse subsistema. O resultado da carga ajustada indica que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram positivamente com 1,3% para a taxa de crescimento da carga do Sudeste/Centro-Oeste em outubro/17. Com relação ao mês de setembro/17, verifica-se uma variação positiva de 1,8%. No acumulado dos últimos 12 meses, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresentou uma variação negativa de 0,4%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Sudeste/Centro-Oeste ao longo do ano pode ser observado no gráfico a seguir.
4 3. SUBSISTEMA SUL A carga de energia verificada em outubro/17 no subsistema Sul indica variação positiva de 4,1%, em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. Essa variação é explicada principalmente pela ocorrência de temperaturas superiores às verificadas no mesmo mês do ano anterior. O aumento do índice de confiança do empresário industrial gaúcho em outubro, medido pelo ICEI/RS1, consolida a percepção do setor na retomada do crescimento econômico. De julho passado, quando o empresário gaúcho retomou a confiança, para outubro o índice cresceu 8 pontos e acumula alta de 18 pontos desde que encontrou seu piso em janeiro de 2009 quando então refletia os efeitos mais imediatos da crise internacional. O ICEI/RS de outubro alcançou 63 pontos, o mais alto desde abril de O aumento da confiança foi disseminado pelas empresas de todos os portes. As grandes empresas estão mais confiantes e já demonstravam algum otimismo desde abril, o índice aumentou 10,3 pontos em relação a julho e alcançou 65,8 pontos. Para os empresários de pequenas e médias empresas, o índice situou-se próximo aos 60 pontos, o que não ocorria desde janeiro de O índice relativo às pequenas empresas cresceu 4,9 pontos passando de 56,3 para 61,1 pontos, enquanto o referente às médias empresas aumentou 6,8 pontos, de 54,6 para 61,4 pontos, o mais alto da série. A elevada confiança dos empresários industriais em outubro corrobora a solidificação da reversão das perspectivas negativas dos empresários e anuncia a expansão da atividade industrial. Mais importante ainda, no entanto, é o indicativo de que as empresas retomem investimentos e aumentem a produção o que significa crescimento da indústria gaúcha. Ressalta-se que como a atividade industrial está muito baixa e disseminada, qualquer alteração para melhor atinge a ampla maioria dos empresários. A variação positiva de 3,6% da carga ajustada, em relação ao mesmo período do ano anterior, demonstra que os fatores fortuitos contribuíram positivamente com apenas 0,5% em setembro/17. Em relação a setembro/17, verifica-se uma variação negativa de 1,5%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Sul apresentou um crescimento de 3,1%, em relação ao mesmo período anterior.
5 O comportamento da carga de energia do Sul ao longo do ano pode ser observado no gráfico a seguir. 4. SUBSISTEMA NORDESTE No subsistema Nordeste, a carga de energia verificada em outubro/17 indica acréscimo de 1,3% em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. A variação positiva de 2,8% na carga ajustada do subsistema Nordeste em outubro/17, quando comparada a outubro/16, demonstra que os fatores fortuitos contribuíram negativamente com 1,5%. A ocorrência de nebulosidade e chuva na região litorânea acompanhadas de temperaturas máximas inferiores às verificadas no mesmo período do ano anterior e a redução de carga de um consumidor industrial conectado na Rede básica contribuíram para o resultado da carga. Com relação a setembro/17, verifica-se uma variação positiva de 5,5%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Nordeste apresentou uma variação positiva de 1,4%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Nordeste ao longo do ano pode ser observado no gráfico a seguir.
6 5. SUBSISTEMA NORTE No subsistema Norte, o valor da carga de energia verificado em outubro/17 indica uma variação positiva de 2,3% em relação ao valor do mesmo mês do ano anterior. Essa variação é explicada principalmente pela ocorrência de temperaturas máximas inferiores às do mesmo período do ano anterior e à média dos últimos anos. A carga dos consumidores industriais eletrointensivos do subsistema Norte conectados à Rede Básica, que passou por expressiva contração ao longo dos últimos anos, mantém-se em patamar bastante reduzido desde meados do ano de Com relação ao mês de setembro/17, verifica-se uma variação negativa de 0,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Norte apresentou uma variação positiva de 1,7% em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Norte ao longo do ano pode ser observado no gráfico a seguir. (1) Carga Ajustada Os ajustes realizados de forma a excluir o efeito de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga são: Temperaturas atípicas. A carga ajustada é estimada utilizando as temperaturas típicas para a época do ano em cada subsistema e não as temperaturas efetivamente verificadas. Assim, em um mês excepcionalmente quente a carga ajustada é menor que a carga verificada, o oposto ocorrendo em um mês com temperaturas atipicamente amenas. No momento o efeito da temperatura ainda não está sendo expurgado do Subsistema Norte. Calendário. A carga ajustada é estimada usando um calendário normalizado. Isto permite compensar as variações no número de dias de carga normalmente baixa (sábados, domingos e feriados) ao longo dos meses, tornando os dados mais facilmente comparáveis. Perdas na rede básica. As perdas na rede básica são calculadas pelo ONS, decorrem da forma como o sistema é operado, e não têm qualquer implicação econômica. Por isso são excluídas da carga ajustada. Obs: O Boletim com os valores definitivos será disponibilizado no site do ONS.
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