Abril EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS Sistema Interligado Nacional
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- Martim Anjos
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1 Abril EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em abril/18 apresenta variação positiva de 4,1% em relação ao valor verificado no mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de março/18, verifica-se uma variação negativa de 4,8. No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN apresentou uma variação positiva de 1,4% em relação ao mesmo período anterior. A Tabela 1, a seguir, apresenta os dados de carga, assim como seus valores ajustados, visando a exclusão dos efeitos de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga, como o efeito calendário (diferença no número de dias úteis), variações de temperatura diferentes das esperadas e perdas na Rede Básica. Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de maio/18. O comportamento da carga em abril/18 pode ser explicado principalmente pelo efeito calendário e temperatura. A taxa de crescimento da carga do SIN de 4,1% foi influenciada pela ocorrência de temperaturas superiores ao mesmo mês do ano anterior e 3 dias úteis a mais, uma vez que no ano de 2017 os feriados de Tiradentes e Paixão de Cristo ocorreram em sextas-feiras do mês de abril. O comportamento da carga de energia é afetado diretamente pelo desempenho da economia, que vem mantendo uma trajetória de recuperação, ainda que modesta. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas recuou 0,7 ponto em abril de 2018, para 101,0 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice segue em alta, atingindo 101,0 pontos, 0,5 ponto acima do observado em março. Em abril, a confiança industrial recuou em 9 dos 19 segmentos industriais. Após acumular alta de 4,8 pontos nos dois meses anteriores, o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,3 ponto, para 101,5 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,1 ponto em abril, para 100,5 pontos.
2 Na terceira alta consecutiva, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) aumentou 0,4 ponto percentual (p.p.) entre março e abril, para 76,5%, o maior desde maio de 2015 (76,6%). Na métrica trimestral, o NUCI avançou 0,9 p.p. no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre do ano anterior, para 75,5%. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getúlio Vargas, recuou 4,1 pontos, entre março e abril, para 103,6 pontos. Após a segunda queda consecutiva do IAEmp, o indicador de médias móveis trimestrais também cedeu (1,2 ponto), após sete altas seguidas. O movimento sinaliza uma desaceleração no ritmo de recuperação do mercado de trabalho. Após um período de alta consistente da confiança do Comércio, a acomodação de abril parece refletir a incerteza em relação ao ritmo futuro da economia. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getúlio Vargas ficou relativamente estável em abril, ao variar -0,1 ponto, passando a 96,7 pontos. Essa foi a primeira queda depois de sete altas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou pelo oitavo mês consecutivo (0,5 ponto). O resultado da carga ajustada indica que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram positivamente com 2,9% para a taxa de variação da carga do SIN em abril/18. O Gráfico 1, a seguir, apresenta uma comparação entre as taxas de variação da Carga Verificada e da Carga Ajustada do SIN. O comportamento da carga de energia do SIN ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 2, a seguir.
3 1.2. Subsistema Sudeste/Centro-Oeste Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a carga de energia verificada em abril/18 apresentou uma variação positiva de 4,3% em relação à carga verificada no mesmo mês do ano anterior. O maior número de dias úteis, a ocorrência de temperaturas superiores às verificadas no mesmo período do ano anterior e a melhoria de alguns indicadores da economia, explicam o desempenho positivo da carga durante o mês de abril. O resultado da carga ajustada corrobora a afirmação acima, indicando que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram positivamente com 3,2% para a taxa de variação da carga do Sudeste/Centro-Oeste em abril/18. Com relação ao mês de março/18, verifica-se uma variação negativa de 5,8%. No acumulado dos últimos 12 meses, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresentou uma variação positiva de 1,3% em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Sudeste/Centro-Oeste ao longo do ano pode ser observado no gráfico 3 a seguir.
4 1.3. Subsistema Sul A carga de energia verificada em abril/18 no subsistema Sul indica variação positiva de 9,4%, em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. A variação positiva de 3,9% da carga ajustada mostra que os fatores fortuitos (maior número de dias úteis e temperaturas superiores às verificadas no mesmo período do ano anterior), contribuíram positivamente com 5,5% em abril/18. A expressiva taxa de crescimento da carga apresentada pelo subsistema Sul pode ser explicada principalmente pela ocorrência de temperaturas superiores às verificadas no mesmo período do ano anterior, durante o mês de abril/18, associada ao efeito calendário já mencionado. Em abril de 2018, O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), calculado pela Fiergs, caiu 2,3 pontos em relação a março, atingindo 59,4 pontos. Essa foi a primeira queda desde junho de 2017, quando acumulou 9,0 pontos e levou o índice do mês anterior ao maior nível desde junho de A escala do indicador vai de zero a 100, e indica confiança quando o resultado fica acima de 50 pontos. Entre março e abril de 2018, todos os indicadores que compõem o ICEI/RS caíram, mas permaneceram acima dos 50 pontos. Ou seja, apesar das quedas, os indicadores revelam que os empresários gaúchos percebem, assim como projetam, melhora da economia brasileira e de suas empresas. Em relação a março/18, verifica-se uma variação negativa de 3,7%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Sul apresentou um crescimento de 2,7%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Sul ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 4, a seguir Subsistema Nordeste No subsistema Nordeste, a carga de energia verificada em abril/18 indica decréscimo de 0,4% em relação à carga do mesmo mês do ano anterior.
5 No mês de abril/18, o comportamento da carga do subsistema Nordeste é explicado, principalmente, pela ocorrência de chuvas acompanhadas de temperaturas médias inferiores às verificadas em abril/17. A variação negativa de 0,7% na carga ajustada do subsistema Nordeste em abril/18, quando comparada ao mesmo mês do ano anterior, indica que, a contribuição dos fatores fortuitos no período (maior número de dias úteis e temperaturas amenas) foi de apenas 0,3%, uma vez que o efeito calendário foi compensado pela maior incidência de chuvas acompanhadas de temperaturas amenas. Com relação a março/18, verifica-se uma variação negativa de 3,0%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Nordeste apresentou uma variação positiva de 0,1%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Nordeste ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 5, a seguir Subsistema Norte No subsistema Norte, o valor da carga de energia verificado em abril/18 indica uma variação positiva de 0,4% em relação ao valor do mesmo mês do ano anterior. A taxa de crescimento do mês de abril pode ser explicada, principalmente, pela redução da carga de um Consumidor livre da Rede Básica a partir de meados do mês e pelo nível de precipitação superior ao verificado no mesmo período do ano anterior. A carga dos consumidores industriais eletrointensivos do subsistema Norte conectados à Rede Básica, que passou por expressiva contração ao longo dos últimos anos, mantém-se em patamar bastante reduzido desde meados do ano de Com relação ao mês de março/18, verifica-se uma variação negativa de 4,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Norte apresentou uma variação positiva de 2,2% em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Norte ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 6, a seguir.
6 Observação: Carga Ajustada Os ajustes realizados de forma a excluir o efeito de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga são: Temperaturas atípicas - a carga ajustada é estimada utilizando as temperaturas típicas para a época do ano em cada subsistema e não as temperaturas efetivamente verificadas. Assim, em um mês excepcionalmente quente a carga ajustada é menor que a carga verificada, o oposto ocorrendo em um mês com temperaturas atipicamente amenas. No momento o efeito da temperatura ainda não está sendo expurgado do Subsistema Norte. Calendário - a carga ajustada é estimada usando um calendário normalizado. Isto permite compensar as variações no número de dias de carga normalmente baixa (sábados, domingos e feriados) ao longo dos meses, tornando os dados mais facilmente comparáveis. Perdas na rede básica - as perdas na rede básica são calculadas pelo ONS, decorrem da forma como o sistema é operado, e não têm qualquer implicação econômica. Por isso são excluídas da carga ajustada.
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