Março Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de março/18.

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1 Março EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em março/18 apresenta variação positiva de 2,0% em relação ao valor verificado no mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de fevereiro/18, verifica-se uma variação positiva de 2,7%, contrariando a sazonalidade típica que sinaliza um valor da carga no mês de março inferior ao de fevereiro. Isso foi resultado, principalmente, da ocorrência de temperaturas muito amenas para a época do ano em fevereiro/2018, sobretudo na região Sudeste, mas também no Sul. No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN apresentou uma variação positiva de 0,6% em relação ao mesmo período anterior. A Tabela 1, a seguir, apresenta os dados de carga, assim como seus valores ajustados, visando a exclusão dos efeitos de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga, como o efeito calendário (diferença no número de dias úteis), variações de temperatura diferentes das esperadas e perdas na Rede Básica. Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de março/18. O comportamento da carga de energia é afetado diretamente pelo desempenho da economia, que vem mantendo uma trajetória de recuperação, ainda que modesta. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas avançou 1,3 ponto em março de 2018, para 101,7 pontos, o maior desde agosto de 2013 (101,9 pontos). Com o resultado, o ICI médio do primeiro trimestre fechou em 100,5 pontos, 2,9 pontos acima do trimestre imediatamente anterior. Ressalta-se que a alta da confiança industrial em março de 2018 ocorreu em 9 dos 19 segmentos industriais pesquisados.

2 Outro ponto de destaque da pesquisa é a continuidade do processo de recuperação da demanda no mercado interno e do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) que aumentou 0,5 ponto percentual (p.p.) entre fevereiro e março, para 76,1%, o maior desde maio de 2015 (76,6%). Na métrica trimestral, o NUCI avançou 0,9 p.p. no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre do ano anterior, para 75,5%. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getúlio Vargas, caiu 1,9 ponto, em março, para 107,7 pontos, devolvendo a alta do mês anterior. Mesmo com este recuo, em médias móveis trimestrais, o indicador manteve a tendência ascendente (0,2 ponto). Este índice antecedente de emprego mostra-se em um nível bastante elevado refletindo uma grande confiança quanto a retomada da economia e, com isso, uma contratação mais forte ao longo dos próximos meses. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getúlio Vargas avançou 1,3 ponto em março, para 96,8 pontos, sétima alta consecutiva e o maior nível desde abril de 2014 (97,8). Em médias móveis trimestrais, o índice também avançou pelo sétimo mês consecutivo (0,6 ponto), reforçando o quadro de recuperação das vendas que vinha se desenhando desde o ano passado. Apesar do bom desempenho dos indicadores, o posicionamento do vórtice ciclônico de altos níveis favoreceu o aumento de nebulosidade e precipitação em toda costa leste do Nordeste e a atuação da zona e convergência intertropical favoreceu aumento e nebulosidade e precipitação no subsistema norte, resultando em diminuição significativa da carga nessas regiões. O resultado da carga ajustada indica que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram positivamente com 0,8% para a taxa de variação da carga do SIN em março/18. O Gráfico 1, a seguir, apresenta uma comparação entre as taxas de variação da Carga Verificada e da Carga Ajustada do SIN.

3 O comportamento da carga de energia do SIN ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 2, a seguir Subsistema Sudeste/Centro-Oeste Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a carga de energia verificada em março/18 apresentou uma variação positiva de 3,1% em relação à carga verificada no mesmo mês do ano anterior. Apesar do menor número de dias úteis, a melhora de alguns indicadores da economia, associada à ocorrência de temperaturas dentro da normalidade para a época do ano e superiores às verificadas no mesmo período do ano anterior, explica o desempenho positivo da carga durante o mês de março. O resultado da carga ajustada corrobora a afirmação acima, indicando que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram positivamente com 1,4% para a taxa de variação da carga do Sudeste/Centro-Oeste em março/18. Com relação ao mês de fevereiro/18, verifica-se uma variação positiva de 4,7%. No acumulado dos últimos 12 meses, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresentou uma variação positiva de 0,4% em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Sudeste/Centro-Oeste ao longo do ano pode ser observado no gráfico a seguir.

4 1.3. Subsistema Sul A carga de energia verificada em março/18 no subsistema Sul indica variação positiva de 0,7%, em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. A variação positiva de 0,9% da carga ajustada mostra que os fatores fortuitos contribuíram negativamente com apenas 0,2% em março/18. O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS), divulgado pela FIERGS, ficou praticamente estável entre fevereiro e março. Ao passar de 61,6 para 61,7 pontos, interrompeu a sequência inédita de altas, iniciada julho do ano passado. O ICEI/RS continua no maior nível desde junho de A evolução da confiança entre fevereiro e março reproduziu o padrão mostrado por todos os componentes: relativa estabilidade nas avaliações da situação atual e das expectativas. Os resultados da confiança industrial em março são compatíveis com o desempenho do setor no estado. As condições atuais confirmam a tendência de recuperação moderada, enquanto as expectativas em patamar elevado indicam a sua continuidade, com possibilidade de alguma aceleração nos próximos meses. Em relação a março/18, verifica-se uma variação negativa de 2,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Sul apresentou um crescimento de 1,2%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Sul ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 4, a seguir.

5 1.4. Subsistema Nordeste No subsistema Nordeste, a carga de energia verificada em março/18 indica decréscimo de 0,8% em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. No mês de março/18, o comportamento da carga do subsistema Nordeste é explicado, principalmente, pela redução temporária do consumo de um consumidor industrial conectado na Rede Básica, que manteve seu consumo de energia zerado ao longo de praticamente todo o mês, e pela ocorrência de chuvas no litoral. Além disso, ocorreu aumento de nebulosidade e precipitação em toda costa leste do Nordeste em parte do mês, decorrente do posicionamento do vórtice ciclônico de altos níveis. A variação negativa de 0,1% na carga ajustada do subsistema Nordeste em março/18, quando comparada ao mesmo mês do ano anterior, implica dizer que os fatores fortuitos contribuíram negativamente com 0,7%. Com relação a fevereiro/18, verifica-se uma variação positiva de 1,3%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Nordeste apresentou uma variação positiva de 0,2%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Nordeste ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 5, a seguir.

6 1.5. Subsistema Norte No subsistema Norte, o valor da carga de energia verificado em março/18 indica uma variação positiva de 2,4% em relação ao valor do mesmo mês do ano anterior. Esse resultado deve-se, em parte, à variação da carga dos consumidores livres da Rede Básica, cuja participação na carga desse subsistema é de cerca de 30%. A carga dos consumidores industriais eletrointensivos do subsistema Norte conectados à Rede Básica, que passou por expressiva contração ao longo dos últimos anos, mantém-se em patamar bastante reduzido desde meados do ano de Com relação ao mês de fevereiro/18, verifica-se uma variação positiva de 2,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Norte apresentou uma variação positiva de 1,9% em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Norte ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 6, a seguir. Observação: Carga Ajustada Os ajustes realizados de forma a excluir o efeito de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga são: Temperaturas atípicas - a carga ajustada é estimada utilizando as temperaturas típicas para a época do ano em cada subsistema e não as temperaturas efetivamente verificadas. Assim, em um mês excepcionalmente quente a carga ajustada é menor que a carga verificada, o oposto ocorrendo em um mês com temperaturas atipicamente amenas. No momento o efeito da temperatura ainda não está sendo expurgado do Subsistema Norte. Calendário - a carga ajustada é estimada usando um calendário normalizado. Isto permite compensar as variações no número de dias de carga normalmente baixa (sábados, domingos e feriados) ao longo dos meses, tornando os dados mais facilmente comparáveis. Perdas na rede básica - as perdas na rede básica são calculadas pelo ONS, decorrem da forma como o sistema é operado, e não têm qualquer implicação econômica. Por isso são excluídas da carga ajustada.