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AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Outubro de 2014 Panorama Macroeconômico A divergência entre o crescimento econômico norte-americano e a desaceleração de outros países desenvolvidos tem levado ao fortalecimento do dólar frente às principais moedas. Enquanto os EUA estão removendo estímulos monetários, a Área do Euro tem seguido os passos do Japão ao ampliar substancialmente as medidas para impulsionar a recuperação da atividade, através da gradual compra de ativos de crédito, que poderá alcançar 1 trilhão. A melhora da economia dos EUA, por sua vez, favorece a expectativa de aproximação da normalização da política monetária do país. De fato, o mercado de trabalho segue em gradual recuperação, com queda da taxa de desemprego para 5,9% em setembro. A expansão do PIB neste segundo semestre deverá ficar próxima de 3% em termos anualizados. Na China, os dados de setembro, conhecidos até agora, apontaram para a estabilização da economia após desaceleração verificada em julho e agosto. Projetamos crescimento do PIB de 7,3% neste ano e expansão mais próxima de 6,5% em 2015. Por fim, entendemos que a queda recente dos preços de commodities também pode ser estar parcialmente refletindo a apreciação da moeda norte-americana. Após a contração do PIB observada no primeiro semestre, os sinais mais recentes são de estabilidade da atividade econômica. O nível da produção de importantes setores, como a indústria automobilística, foi ajustado ao volume de vendas. Ainda que permaneçam acima do ideal, está havendo gradual redução dos estoques industriais. De outro lado, não há evidências de retomada do dinamismo na construção civil e o setor de serviços exibe alguma moderação. O IPCA deverá apresentar altas de 6,3% e de 6,0% em 2014 e 2015, nessa ordem, como reflexo da descompressão lenta dos preços de serviços e capturando os efeitos da depreciação da taxa de câmbio em parte compensados pela queda dos preços em dólares das commodities e da alta dos preços administrados. Diante disso e levando em conta a ausência de sinalização do Banco Central de mudança de rumo, não alteramos a nossa percepção em torno da manutenção da taxa Selic, em 11% a.a., por um período prolongado. Além disso, a evolução da política fiscal ao longo dos próximos trimestres será um elemento importante a ser levado em conta na condução da taxa de juros. Sumário Executivo Soja Expectativa de recorde de produção global, principalmente dos EUA e do Brasil, deverá manter a tendência de baixa para as cotações globais. Nos meses à frente, a volatilidade dos preços deve aumentar, refletindo as preocupações com a colheita nos EUA e o desenvolvimento do clima durante o plantio no Brasil e na Argentina. Milho As cotações nacionais e internacionais, que já recuaram de forma acentuada nos últimos meses, devem mostrar alta moderada nos meses à frente, refletindo o recuo de área plantada nos EUA e no Brasil em favor da soja. Mas o recorde de produção global deverá impedir altas relevantes dos preços. Café Cotações tendem a adotar uma tendência de alta nos próximos meses, com aumento da volatilidade e com as atenções voltadas para os efeitos da estiagem no Sudeste do Brasil sobre a florada da safra 2015/16. Boi Preços do boi devem continuar em alta, impulsionados pela demanda doméstica firme e pela expansão das exportações. A oferta justa de animais prontos para abate também continuará dando sustentação aos preços. Açúcar e Etanol Preços do açúcar e do etanol devem seguir em elevação, refletindo a menor estimativa para a produção brasileira, a demanda firme por combustíveis no País e a entressafra mais longa. O limite de alta para os preços de açúcar será dado pelo superávit global da commodity.

Soja Expectativa de recorde de produção global, principalmente dos EUA e do Brasil, deverá manter a tendência de baixa para as cotações globais. Nos meses à frente, a volatilidade dos preços deve aumentar, refletindo as preocupações com a colheita nos EUA e o desenvolvimento do clima durante o plantio no Brasil e na Argentina SOJA Fundamentos O primeiro levantamento da intenção de plantio da safra 2014/15, divulgado pela Conab na semana passada, indicou incremento de 3,5% da área plantada com soja, podendo chegar a uma safra recorde de 90,6 milhões de toneladas, o que representa uma ampliação de 5,2%. O USDA, por sua vez, estimou que a próxima safra de soja no Brasil chegará a 94 milhões de toneladas, o que implica uma alta mais forte, de 8,4%. O relatório mensal divulgado pelo USDA para a safra 2014/15, que está em início de plantio no Brasil e início de colheita nos EUA, apontou recorde global de produção de soja, com destaque para os três maiores exportadores: EUA, Brasil e Argentina. O relatório não trouxe revisões significativas comparativamente ao mês anterior. A produção global está estimada em 311,2 milhões de toneladas, com alta de 9,2% em relação à safra anterior. Para os EUA, a estimativa é de uma safra recorde de 106,9 milhões de toneladas, avançando 19,4%. Na Argentina, a estimativa é de incremento de 2% da produção, devendo alcançar 55 milhões de toneladas. Refletindo a produção recorde nos maiores exportadores, a relação estoque consumo global de soja está estimada em 31,9%, ante 24,8% da safra passada. Assim, as cotações de soja devem continuam com tendência de baixa. A volatilidade dos preços também tende a aumentar até dezembro, refletindo as preocupações com o período de colheita nos EUA (que se estende até o final de novembro) e o desenvolvimento do clima durante o plantio no Brasil e na Argentina (que vai até dezembro). Produção Nacional de soja (em mil toneladas) 1991 2015 98.000 89.000 80.000 71.000 62.000 53.000 52.018 49.989 55.027 68.688 60.018 57.162 75.324 66.383 90.620 86.121 81.499 44.000 41.917 Fonte e projeção: Conab Elaboração: BRADESCO 35.000 26.000 17.000 8.000 19.419 15.394 31.370 32.345 25.934 26.160 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* 2

3.300 3.100 2.900 2.700 2.751 2.567 2.816 2.816 2.629 2.927 3.115 2.651 2.938 2.854 2.903 Produtividade da lavoura de soja (em kg por ha) 1991 2015 2.500 2.300 2.100 2.027 2.150 2.221 2.175 2.299 2.367 2.395 2.419 2.339 2.245 1.900 1.700 1.580 1.500 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração: BRADESCO Preço de soja em grão ao produtor Praça Paraná - (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 80,0 70,0 60,0 73,92 61,83 50,0 43,93 48,15 44,37 45,68 50,53 53,38 40,0 39,81 40,14 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 1.800,0 1.600,0 1.400,0 1.515 1.674 1.525 1.486 Soja - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents/bushel) 2000 2015 1.200,0 1.000,0 989 1.211 1.143 1.287 1.178 963 Projeção de preço: média dos preços futuros 800,0 600,0 546 491 400,0 507 436 632 567 689 526 757 542 908 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 30,0 26,63 32,42 28,62 27,03 30,59 20,0 18,04 19,98 22,57 10,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 dez/14 3

Milho As cotações nacionais e internacionais, que já recuaram de forma acentuada nos últimos meses, devem mostrar alta moderada nos meses à frente, refletindo o recuo de área plantada nos EUA e no Brasil em favor da soja. Mas o recorde de produção global deverá impedir altas relevantes dos preços MILHO Fundamentos O primeiro levantamento da intenção de plantio da safra 2014/15, divulgado pela Conab na semana passada, apontou recuo de 7,5% da área plantada com milho da 1ª safra, cedendo área para a soja. Para a 2ª safra, que começará a ser plantada a partir de janeiro, ainda não há prognóstico, sendo que a Conab manteve a mesma área da safra anterior. Dessa forma, é estimada uma queda de 10,4% da produção de milho da 1ª safra e estabilidade da 2ª, chegando a um total produzido de 77,8 milhões de toneladas do grão. Assim, essa será a sétima safra consecutiva marcada pelo recuo da área plantada com milho na 1ª safra, que vem cedendo área para soja. Em sentido contrário, a 2ª safra vem ganhando relevância. Em 2008, a área plantada com milho na 1ª safra era de 9,3 milhões de hectares, ao passo que na 2ª safra era de 5,1 milhões. Hoje essa posição se inverteu: a área destinada à 1ª safra é de 6,1 milhões de hectares, enquanto que a 2ª safra ocupa 9,2 milhões de hectares. O relatório mensal divulgado pelo USDA para a safra 2014/15, que está em início de plantio no Brasil e início de colheita nos EUA, apontou recorde global da produção de milho, oriundo principalmente dos EUA, que responde por 40% das exportações mundiais. O relatório não trouxe revisões significativas comparativamente ao mês anterior. A safra global está estimada em 990,7 milhões de toneladas, o que representa alta de 0,2% em relação à safra anterior. Para os EUA, a estimativa é de uma safra recorde de 367,7 milhões de toneladas, com ampliação de 3,9%. As cotações de milho tanto no mercado doméstico como no internacional já registraram recuo acentuado nos últimos meses. Mas nos meses à frente, as cotações futuras estão apontando alta, refletindo o recuo de área plantada nos EUA e no Brasil em favor da soja. Ainda assim, entendemos que o recorde da produção global deverá impedir altas relevantes dos preços. Produção Nacional de milho (em mil toneladas) 1991 2015 90.000 80.000 70.000 72.980 81.506 79.906 77.779 60.000 50.000 47.411 51.370 58.652 56.018 57.407 51.004 42.290 42.129 42.515 Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração : BRADESCO 40.000 37.442 35.716 30.771 33.174 32.393 30.000 24.096 20.000 35.281 35.007 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* 4

5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.260 3.585 3.296 3.279 3.655 3.972 3.599 4.311 4.158 4.808 5.149 5.057 5.082 Produtividade milho (em kg por ha) 1991 2015 3.000 2.864 2.867 2.500 2.622 2.588 2.650 2.589 2.480 2.3492.344 2.356 2.194 2.000 1.791 1.500 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* Fonte: Conab Elaboração : BRADESCO Preço de milho ao produtor Praça Paraná (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 30,0 25,0 20,0 15,0 11,95 10,0 22,28 11,40 18,96 16,26 10,44 24,94 14,14 13,07 26,92 23,29 19,96 17,82 17,26 7,05 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 5,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 dez/14 860 760 660 711 753 763 662 Milho - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por bushel) 2000 2015 560 460 360 260 235 217 160 jan/00 jan/01 316 267 215 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 237 jan/06 493 413 326 jan/07 jan/08 546 418 347 322 jan/09 jan/10 jan/11 603 jan/12 jan/13 502 439 335 jan/14 jan/15 dez/15 399 Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 5

Café Cotações tendem a adotar uma tendência de alta nos próximos meses, com aumento da volatilidade e com as atenções voltadas para os efeitos da estiagem no Sudeste do Brasil sobre a florada da safra 2015/16 CAFÉ Fundamentos A estimativa do USDA para a produção global de café na safra 2014/15 é de 148,7 milhões de sacas, recuando 1% em relação à produção anterior, que totalizou 150,1 milhões de sacas. A queda esperada para a produção mundial tem origem principalmente na safra brasileira, estimada pelo USDA em 49,5 milhões de sacas, ante as 53,7 milhões de sacas produzidas na temporada anterior. A próxima estimativa do USDA para a safra global será divulgada em dezembro. A Conab divulgou em meados de setembro o 3º levantamento da safra 2014/15 de café. A estimativa é que a colheita atinja 45,1 milhões de sacas, o que representa um recuo de 8,2% comparativamente à safra passada e de 6,6% ante a primeira estimativa realizada em janeiro, refletindo os efeitos da seca no Sudeste do País. Em Minas Gerais, principal estado produtor e mais afetado pela estiagem, a estimativa de produção de arábica foi ajustada para baixo em 1,7% ante o levantamento anterior, divulgado em maio. No Paraná, estado que responde por 4% da produção brasileira, a estimativa de produção de arábica também foi reduzida em 6,4%, por conta das geadas ocorridas sobre o cafezal. Em sentido contrário, a estimativa para o café conilon, no Espirito Santo, foi revisada para cima em 6,4%, refletindo a renovação dos cafezais e as boas condições climáticas da região norte do Estado, segundo a Conab. A safra 2014/15 está em processo final de colheita no Brasil e em início de colheita nos demais países produtores. Para a safra 2015/16, a ser colhida no Brasil a partir de maio do próximo ano, são crescentes as preocupações relacionadas aos efeitos da estiagem no Sudeste do País, durante a florada que ocorre entre setembro e outubro. Vale lembrar que a atual safra é de alta bienalidade, mas os efeitos da seca levaram a estimar que a produção colhida será 8,2% menor ante o ano passado. Já para a próxima safra de 2015/16, de baixa bienalidade, a estiagem poderá potencializar a queda, além do que os efeitos da bienalidade podem causar. Refletindo as preocupações com os efeitos da estiagem sobre a florada da próxima safra brasileira, a volatilidade das cotações deve aumentar nos meses à frente, com tendência de alta dos preços, em razão da menor safra brasileira. 61.000 51.000 41.000 31.000 26.000 Safra 14/15 Mil sacas 60 kg Var. % 1º Levantamento Jan/14 48.343 2º Levantamento Mai/14 44.566-7,8% 3º Levantamento Set/14 45.141 1,3% 4º Levantamento Dez/14 27.500 34.547 31.100 27.170 28.137 48.480 28.820 39.272 32.944 42.512 36.070 45.992 39.470 48.095 43.484 50.826 49.152 45.141 Produção Nacional de Café (em mil sacas de 60 kg) 1994 2014 21.000 16.800 18.860 11.000 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 6

690,0 590,0 530,76 629,65 Preço Café Arábica (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 490,0 390,0 290,0 223,6 190,0 239,8 337,0 230,4 291,4 245,8 269,8 247,51 327,99 282,2 457,81 387,53 408,59 247,73 366,32 455,34 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF 90,0 jan/00 jan/01 104,4 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 dez/14 Fonte: CEPEA ESALQ Elaboração: Bradesco Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por libra peso) 2000 2015 Projeção de preço: média dos preços futuros 325,0 275,0 225,0 175,0 125,0 115,06 75,0 63,07 65,95 99,48 127,53 96,55 131,18 152,04 272,07 204,99 142,45 108,67 197,02 180,03 150,03 117,62 227,95 67,78 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 25,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 7

Boi Preços do boi devem continuar em alta, impulsionados pela demanda doméstica firme e pela expansão das exportações. A oferta justa de animais prontos para abate também continuará dando sustentação aos preços BOI Fundamentos Até setembro, as exportações de carne bovina tinham crescido 5,7% em volume em relação ao mesmo período do ano passado. A Rússia, que vinha diminuindo suas compras do Brasil, retornou ao mercado em julho, ampliando fortemente suas importações. Com isso, no acumulado do ano até setembro, os embarques para a Rússia subiram 5,2% em volume e 12,3% em valor, indicando que o país está aceitando preços mais elevados. O governo da Rússia habilitou pouco mais de 80 unidades produtoras de carnes brasileiras para exportação ao país lembrando que antes eram 31 unidades habilitadas. A liberação ocorreu depois que a Rússia anunciou embargos às importações de alimentos e outros produtos dos EUA, da União Europeia, do Canadá e da Austrália. O Brasil atende a 30% das importações russas de carne bovina. Diante desse cenário, as exportações brasileiras de carne bovina deverão crescer 9,8% em volume neste ano, segundo o USDA, sendo que no ano passado as exportações já tinham avançado 21%. A oferta de animais prontos para abate não vem crescendo no mesmo ritmo da demanda, em razão do abate de fêmeas ocorrido em anos anteriores. Até agosto, os abates mostraram alta de 0,9% ante o mesmo período do passado. Os preços do bezerro subiram 25,3% neste ano até o início de outubro, após a alta de 10% na média de 2013 ante o ano anterior. Os preços do boi tendem, portanto, a continuar em alta, como resultado das demandas doméstica e externa firmes, principalmente com as compras da Rússia, e da oferta apertada de boi pronto para abate. Exportações brasileiras de carne bovina (em mil toneladas) 2011 2014 150.000 2011 2012 2013 140.000 2014 130.000 120.000 120.133 110.000 104.974 139.110 127.236 100.000 101.746 90.000 90.893 80.000 80.613 70.893 70.000 FONTE: SECEX ELABORAÇÃO: BRADESCO 64.794 60.000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 8

Abate de bois em mil cabeças 2011-2014 2.600 2.500 2.457 2.400 2.300 2.295 2011 2012 2013 2014 2.200 2.197 2.100 2.000 1.900 1.836 1.800 1.792 1.893 1.865 1.700 FONTE: MAPA ELABORAÇÃO: BRADESCO 1.600 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 160,0 140,0 120,0 109,6 106,9 135,1 135,5 125,2 123,6 108,4 Boi Gordo Preço ao Produtor Praça São Paulo (em R$ por arroba) 2002 2015 100,0 80,0 60,0 61,8 93,3 74,5 90,8 97,0 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA 51,7 40,0 42,2 20,0 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 FONTE: CEPEA ELABORAÇÃO: BRADESCO 9

Açúcar e Etanol Preços do açúcar e do etanol devem seguir em elevação, refletindo a menor estimativa para a produção brasileira, a demanda firme por combustíveis no País e a entressafra mais longa. O limite de alta para os preços de açúcar será dado pelo superávit global da commodity. Fundamentos AÇÚCAR E ETANOL A 1ª revisão de produção divulgada pela Unica em agosto estima produção de 545,9 milhões de toneladas de cana, o que representa um recuo de 8,6% ante a safra passada e uma queda de 5,9% ante a estimativa divulgada em abril, como resultado dos efeitos da estiagem. O processamento da safra está adiantado. De fato, até o início de outubro, 81% da safra já estava processada, ao passo que no mesmo período do ano passado, essa taxa era de 74%. Isso significa que a entressafra será mais longa na atual temporada. Em agosto, a Conab divulgou o 2º Levantamento da safra 2014/15 de cana-de-açúcar, apontando revisão para baixo da estimativa de produção de cana em 1,9% ante o levantamento de abril, refletindo a estiagem do início do ano. A próxima avaliação da safra será divulgada em dezembro. As vendas de etanol hidratado cresceram 11,1% no ano até agosto, enquanto as vendas de gasolina subiram 7,2%. As exportações de etanol para os EUA caíram pela metade neste ano, mostrando retração de 57% de janeiro a setembro, ante o mesmo período do ano passado. Isso reflete: (i) a menor disponibilidade interna neste ano e (ii) a melhora da produção dos EUA, com ampliação de 8,6% neste ano até agosto, ante o mesmo período do ano passado. Com isso, o país deverá comprar apenas a quantidade necessária para preencher a cota de combustíveis avançados. A possibilidade de elevação dos preços da gasolina abre perspectivas para a elevação dos preços do etanol e, consequentemente, do açúcar. Isso porque na próxima safra, 2015/16 (que começará a ser colhida a partir de maio do próximo ano), o aumento de preços do combustível pode elevar a destinação da cana para a produção do etanol, em detrimento do açúcar, impulsionando os preços dessa commodity. Os preços do açúcar e do etanol devem seguir em alta nos meses à frente, refletindo: (i) a menor safra brasileira, influenciada pela estiagem, (ii) a firme demanda doméstica pelo etanol, impulsionada pelo crescimento da frota nos últimos anos, (iii) a entressafra mais longa, uma vez que o processamento da safra está adiantado. Contudo, entendemos que o limite de alta para os preços do açúcar será dado pela existência de superávit global da commodity. 650.000 550.000 450.000 Safra 14/15 Mil ton Var. Abs. Var. % 1º Levantamento Abr/14 671.690 2º Levantamento Ago/14 659.099-12.591-1,9% 3º Levantamento Dez/14 4º Levantamento Abr/15 431.413 658.822 659.099 604.514 623.905 588.916 559.432 560.364 474.800 Produção nacional de cana-de-açúcar em mil toneladas 1991 2015 350.000 314.969 287.810 250.000222.429 223.460 240.944 257.592 359.316 320.650 150.000 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 10

Produção nacional de açúcar (em mil toneladas) Produção nacional de etanol (em mil litros) 1993 2015 43.000 36.000 29.000 AÇÚCAR ÁLCOOL 27.500 38.168 27.595 35.968 37.878 27.957 38.253 27.623 25.763 22.000 19.380 23.640 15.00012.692 16.020 23.007 FONTE: CONAB ELABORAÇÃO: BRADESCO 11.700 8.000 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 13.078 98/99 10.518 99/00 00/01 01/02 14.640 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* 1.610 1.510 1.410 1.354 Preço de Etanol Hidratado (em R$ por metro cúbico) 2011-2015 1.310 1.210 1.291 1.225 1.146 1.136 1.270 1.245 Projeção de preço: preços futuros BMF BOVESPA 1.110 1.010 1.062 1.025 1.150 1.085 910 810 710 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 FONTE: BMF BOVESPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Preços internacionais de açúcar (em US$ cents por bushel) 2000 2015 33,0 27,0 28,4 32,1 29,5 24,9 Projeção de preço: média dos preços futuros 21,0 15,0 17,9 13,1 14,6 21,9 17,7 17,0 15,4 18,5 FONTE: BLOOMBERG ELABORAÇÃO: BRADESCO 9,0 5,6 3,0 jan/00 10,7 jan/01 9,0 8,8 jan/02 jan/03 9,0 8,4 6,3 jan/04 jan/05 jan/06 8,9 jan/07 jan/08 11,3 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 11

Acompanhamento das posições não comerciais Posições não comerciais e preços internacionais de café 2007-2014 US$ c / libra 350 300 250 posição não comercial Café 304,9 em número de contratos 70.000 60.000 46.478 50.000 40.000 200 150 139,70 211,8 30.000 193,35 20.000 10.000 100 0-10.000 50-20.000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 0 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14-30.000 16-jun-09 US$ c / bushel 1.980 posição não comercial 1.780 preço soja 1.628 1.580 203.215 260.845 em número de contratos 260.000 220.000 1.613 168.209 180.000 Posições não comerciais e preços internacionais de soja 2007-2014 1.380 140.000 1.180 980 46.808 100.000 913,25 60.000 20.000 780 580 380 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08-16.898 dez/08 mar/09 jun/09 set/09-56.797 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11-28.178 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13-20.000-60.000-79.927-100.000 mar/14 jun/14 set/14 16-jun-09 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO US$ cents por bushel Posições não comerciais e preços internacionais de milho 2007-2014 850 750 650 posição não comercial preço milho 413.915 764 790 704 500000 400000 300000 200000 550 113.201 515 100000 80.111 450 0 350 320-100000 250 312-119.389-200000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 150 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14-300000

Retrato do mercado SOJA Complexo Soja Da soja em grão produzida no Brasil, o volume de 43% é exportado e 57% são destinados à moagem. O processo de moagem resulta em 72% farelo e 18% óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados. A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos. Países de destino Grão: 75% China, 25% Europa, 10% outros países asiáticos. Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos. Óleo: 50% China, 20% Índia. Sazonalidade Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio. Regionalização Centro-Oeste: 49%; Sul 33%; 8% Nordeste; 6% Sudeste Ranking O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 30,8%, atrás dos EUA, com 31,5%, mas é o maior exportador, com 40,7% do total, seguido pelos EUA, com 39,3%. 13

Retrato do mercado MILHO O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto representa: 64% da avicultura 65% da suinocultura 23% da pecuária de leite Países de destino As exportações de milho respondem por 28% do volume produzido. Os principais mercados de destino são: 14% Japão, 13% Coréia do Sul, 8,5% Taiwan. Sazonalidade O milho tem duas safras: Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 10% Centro-Oeste; 15% Nordeste. Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro. Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64,3% Centro-Oeste; 23% Sul (somente Paraná); 6% Nordeste (somente Bahia); 5% Sudeste. Ranking O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 7% de participação no mercado e o segundo maior exportador, com 18% de participação. 14

Retrato do mercado CAFÉ O Brasil exporta 67% do café produzido, sendo 90% de café verde e 10% de café solúvel A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos totais, pois a maior parte da colheita é manual. Países de destino Café verde: 19,3% EUA; 18,8% Alemanha; 10% Japão. Café solúvel: 16,3% EUA; 13,5% Rússia; 6,4% Ucrânia. Regionalização Distribuição regional da produção de café arábica: 71,5% Minas Gerais 10,5% São Paulo 9,1% Espírito Santo 4,3% Paraná 2,8% Bahia Distribuição regional da produção de café robusta: 75,6% Espírito Santo 12,5% Rondônia 6,7% Bahia 2,6% Minas Gerais Sazonalidade A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se estende até setembro. Ranking O Brasil é o maior player global, com participações de 37% na produção e de 27% na exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que responde por 15% do consumo mundial. 15

Retrato do mercado BOI O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro. As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina. Países de destino A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com participação de 22%. Hong Kong responde por 18%. Regionalização Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,4% Centro-Oeste; 20,4% Sudeste; 20,1% Norte; 12,3 Sul; 10,8% Nordeste. Ranking O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,9% de participação, antecedido pelos EUA, que representam 19,1%. O Brasil é o maior exportador mundial, com 21% do mercado. Sazonalidade O ciclo da pecuária bovina é longo 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do animal com aproximadamente 15 arrobas. O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto, alimentado à base de capim. O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde por apenas 5% do total de abates. A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores. A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado. Nos confinamentos há dois turnos: 1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro 2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro 16

Retrato do mercado AÇÚCAR E ETANOL Complexo Sucroalcooleiro Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destinam à produção de açúcar e 54% à produção de etanol. O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a seguinte destinação: 10% exportação e 90% mercado interno. Do total de etanol produzido, o hidratado representa 55% (usado como combustível nos carros flex fuel) e o anidro 45% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%). O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. Países de destino Açúcar Bruto (73% da produção) : 15% China; 8% Bangladesh; Açúcar Refinado (27% da produção): Principais países: Países árabes e africanos; Etanol: 60% EUA; Coreia do Sul 13%. Sazonalidade A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da canaé de 18 meses, e da mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média. O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção. O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre. Regionalização 65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul. Ranking O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 22,2%. Os demais players são: Índia 15%; União Europeia 9,2%; China 8,5%; Tailândia 6,2%. O Brasil é o maior exportador, com participação de 46% no mercado global. Os demais exportadores são: Tailândia 15%; Austrália 5,4%. Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57% EUA e 27% Brasil. 17

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