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ANO 1 NÚMERO 07 MAIO 2012 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO

São Paulo (SP), 20 de julho de 2015.

Transcrição:

Edição 050/13 Consumo de plástico cresce 8,5% em 2012...pág 02 Economistas e empresários não acompanham otimismo de Mantega...pág 03 Elevação de tarifas não causou alta de preços, mostram IGPs...pág 04 INDICADORES Expectativas para Economia Brasileira e para o Setor de Transformados Plásticos...pág 06 INFORMES 1 Workshop de Plásticos nos Medidores A SABESP possui um projeto para produção e reciclagem de hidrômetros em plásticos e contatou a ABIPLAST para auxiliar na produção de um Workshop com empresas fabricantes de matérias-primas e aditivos, empresas transformadoras interessadas nesta oportunidade de negócio e recicladores bem como associações ligadas ao setor e entidades de certificação e normatização. Os hidrômetros possuem muitos tipos de materiais plásticos em sua composição, tais como PA com fibra de vidro, ABS, PP, PE, POM e PC. A quantidade de hidrômetros no Estado de São Paulo situa-se próximo a 700.000 (setecentos mil ) e 1/5 destes são trocados anualmente e vão para a reciclagem.

Consumo de plástico cresce 8,5% em 2012 Fonte: IstoÉ Dinheiro O consumo de transformados plásticos chegou a R$ 59 bilhões em 2012, representando um crescimento de 8,5% em relação aos R$ 54,4 bilhões somados no ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Plástica (Abiplast). A entidadetambém confirma a queda de 0,43% na produção no ano passado, impactado especialmente pelo resultado negativo no segmento de laminados plásticos (-6,71%). O segmento de embalagem de material plástico recuperou-se no último trimestre, fechando o ano com alta de 0,43%. Já o de artefatos plásticos diversos foi o que apresentou melhor resultado no ano, com crescimento de 1,88%. No acumulado do ano, os preços do setor aumentaram 5,75%, ficando abaixo dos índices de preços ao consumidor - IPCA e INPC. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) identifica que os empresários do setor de transformados plásticos estão otimistas, porém em menor grau que os da indústria em geral. É uma situação atípica, uma vez que na maior parte da série histórica o setor plástico é mais positivo em relação ao ambiente de negócios, afirma o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho. Espera-se um resultado bom em relação à demanda para os próximos meses, mas sem muita euforia. A produtividade do setor também encerrou o ano em baixa de 4,9% em relação a janeiro. O indicador apresentou tendência de alta até meados de setembro. Com isso, houve um aumento na contratação em agosto, mas sem a contrapartida da elevação da produção nos meses seguintes. No acumulado do ano, o setor gerou 3.744 novos empregos formais, agregando um total de 355 mil trabalhadores, alta de 1% em relação a 2011. Com esse número, a indústria de transformados plásticos representa 12% de todo o emprego criado no Brasil em 2012. Balança comercial O resultado da balança comercial foi bastante negativo para o setor, com queda de 20% sobre 2011, acumulando um deficit de US$ 2,25 bilhões. As exportações tiveram redução de 11%, caindo de US$ 1,5 bilhão para R$ 1,3 bilhão. As importações, por sua vez, tiveram elevação de 6%, totalizando US$ 3,6 bilhões, cerca de US$ 200 milhões a mais que em 2011.

Economistas e empresários não acompanham otimismo de Mantega Fontes: Sites Exame, Correio Braziliense,Terra, IG, Diário de São Paulo, A Tarde/BA, entre outros. O desempenho da economia será melhor neste ano do que em 2012, segundo Mantega Brasília O desempenho da economia será melhor neste ano do que em 2012, mas o Produto Interno Bruto (PIB) não deve crescer a uma taxa alta, de até 4%, como prevê o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Assim entende o professor de Economia da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP) Emerson Marçal, para quem o cenário do momento não permite projetar uma evolução acima de 2,5% a 3% em 2013. Coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da FGV-SP, Marçal diz que o baixo patamar de investimentos, de 18,1% em 2012, não estimula a retomada da economia. Para ele, se o governo quer um crescimento mais robusto, preciso acelerar uma agenda de reformas e de ações de longo prazo para racionalizar o sistema tributário e melhorar a infraestrutura do país, além de investir mais em capital humano e na busca de acordos comerciais. Essas ações, na avaliação do economista Vagner Jaime Rodrigues, da Trevisan Gestão & Consultoria (TG&C) ajudarão a reduzir o custo Brasil, que reduz em torno de 34% a competitividade dos preços de produtos brasileiros lá fora, de acordo com cálculos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Também contribuirão para melhorar a baixa produtividade média da mão de obra nacional, segundo ele. Rodrigues ressalta que o baixo crescimento de 0,9% do PIB em 2012 se contrapõe à pequena taxa de desemprego, e diz que há uma aparente incoerência nesses indicadores: Felizmente, o país trabalha praticamente em pleno emprego, mas a baixa performance de parcela expressiva dos recursos humanos limita as possibilidades de crescimento da produção e de expansão do PIB. Como exemplo, ele diz que a produtividade nos serviços caiu 9% entre 1950 e 2005. Por isso, o Brasil tem mais pessoas trabalhando para produzir o mesmo volume, o que explica, em grande parte, a estagnação do PIB. O economista ressalva que, além de mitigar a produção e os resultados das empresas, a baixa produtividade eleva os custos operacionais, que são transferidos para o preço final dos produtos e serviços, com reflexos negativos na inflação e na competitividade externa. Por essas razões, o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, enfatiza que "baixar o custo de se produzir no Brasil é imperativo, e tem que ser rápido". Ele elogia "algumas iniciativas importantes e corajosas" do governo, como a desoneração da folha de pagamento em quase 40 setores da atividade econômica, mais acesso ao crédito, queda dos juros, estímulos tributários em alguns segmentos do comércio e redução dos preços de energia elétrica. Coelho lembra, porém, que a efetiva implementação das medidas leva tempo. "Corremos o risco de perder o ano de 2013. Além da redução dos investimentos, os analistas veem com preocupação adicional a desaceleração das atividades da construção civil. Números do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) mostram que, depois do crescimento de 11,6% em 2010, o desempenho do setor caiu para 3,6% em 2011 e encerrou 2012 com aumento de apenas 1,4%. Como se isso não bastasse, o valor adicionado da construção registrou retração de 0,5% no último trimestre do ano passado, comparado ao trimestre anterior.

Elevação de tarifas não causou alta de preços, mostram IGPs Fonte: Valor Econômico Os Índices Gerais de Preços (IGPs) da Fundação Getulio Vargas (FGV) não mostram evidências de abuso no reajuste de preços dos produtos industriais que estão entre os cerca de cem itens que tiveram aumento da alíquota do imposto de importação desde outubro. Segundo representantes de fabricantes de setores com produtos que tiveram a elevação, como o químico e o papeleiro, outros fatores resultaram em reajuste de preço, mas não de forma exagerada. Nesta semana o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo reduzirá alíquotas do imposto de importação de produtos que tiveram elevações de preços exageradas após a elevação de tarifas. O ministro não especificou quais insumos poderão sofrer o corte. Entre alguns dos produtos que tiveram elevação do imposto estão ferro e aço, resinas plásticas, papel e materiais elétricos. Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da FGV, diz que o governo causa instabilidade ao anunciar que pode retirar essa medida diante de possíveis altas inflacionárias, considerou. "O que estava por trás dessa medida não era a questão inflacionária, era a defesa de mercado. O empresário pode ter ficado mais forte e até aumentado seu preço, mas não percebemos abuso nenhum", disse. Segundo Quadros, quando o governo toma uma medida com um determinado objetivo, há sempre um efeito colateral, mas não faria sentido voltar atrás no aumento de alíquotas devido a esse efeito secundário. "O objetivo principal dessa política continua sendo necessário. Se você tem um instrumento só, é preciso priorizá- lo", comentou o economista da FGV. Quadros afirmou que pode haver "um produto ou outro" com aumento de alíquotas cujos preços subiram nos IGPs, mas a alta não necessariamente está relacionada a essa medida. "Todos os insumos da indústria química e siderúrgica são commodities." Na passagem de janeiro para fevereiro, os bens intermediários, que compõem o IPA industrial, avançaram de 0,29% para 0,73%, puxados principalmente pelo reajuste de combustíveis da Petrobras. O item combustíveis e lubrificantes para produção deixou queda de 0,27% para alta de 4,48% no período. Já o subgrupo materiais e componentes para manufatura, no qual, segundo Quadros, estão grande parte dos insumos industriais, desacelerou de 0,36% pra 0,08% na passagem mensal, influenciado por queda de 7,97% do farelo de soja, ante recuo de 3,56% no mês anterior. Segundo Quadros, como a tendência é que esse insumo diminua sua deflação, em linha com o movimento do grão, os materiais e componentes para manufatura devem subir um pouco mais em março. "Talvez também tenha algum impacto do aço", disse, diante do anúncio de reajustes por parte das siderúrgicas. A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) diz não ter receio da medida comentada por Mantega. "Se há setores abusando na elevação de preços, o governo está correto em fazer isso. Mas essa lista de redução do imposto de importação não deverá incluir itens do setor químico", diz Fernando Figueiredo, presidente da entidade. As alíquotas de importação foram elevadas, diz Figueiredo, porque o setor vinha sofrendo concorrência desleal de produtos químicos originados dos países asiáticos e do Oriente Médio. O que aconteceu, diz ele, é que as indústrias químicas do setor ganharam maior competitividade por conta da Resolução 13, que ao estabelecer a alíquota única de ICMS para importados, acabou com a chamada "guerra dos portos". Sem os incentivos do

Edição 050/13 imposto para os importados, diz, aumentou a competitividade e a indústria nacional conseguiu recuperar um pouco da margem. Não há, porém, defende, aumento de preço exagerado no setor. José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast, associação que reúne as indústrias de plásticos, diz que a elevação de alíquotas do imposto de importação propiciou o repasse integral da desvalorização cambial nos preços em reais das resinas. Sem a elevação de tarifa, estima ele, não aconteceria o repasse integral. Ele calcula que uma eventual redução de tarifa de importação das resinas que tiveram elevação de alíquota no ano passado teria efeito em dois ou três meses. "Isso vai fazer com que as resinas da indústria doméstica baixem de preço", argumenta. Para Figueiredo, da Abiquim, as indústrias de plásticos foram atingidas pelo fim da guerra dos portos. "Essa indústria estava importando muito pelos Estados que concediam incentivos na importação. Com o fim da guerra dos portos, eles estão sofrendo com o aumento de seus custos. Segundo fonte da indústria papeleira, o aumento da alíquota de importação de determinados tipos de papel - a maior parte de cuchê, usado na impressão de material gráfico - desde outubro também não se refletiu no aumento dos preços domésticos desses produtos. Desde meados do segundo semestre, quando houve melhora nas vendas internas de papel, houve rumores de reajuste nos segmentos de papel para embalagem (kraft) e absorvente (tissue). Esses papéis não estão no elenco dos produtos cujas tarifas de importação foram elevadas. Conforme a fonte, os preços do cuchê no mercado interno continuam pressionados, uma vez que a importação desse tipo de produto é crescente, a despeito do aumento da tarifa. Dados da indústria indicam que 90% do cuchê importado entra no país com benefício fiscal (o chamado papel imune, que somente pode ser usado para fins didáticos e culturais). "Como há o benefício, a alíquota mais elevada não pesa no fim das contas." Após entrar no país com o benefício, muito vezes esse papel acaba desviado da finalidade original, provocando distorções nos preços domésticos. Para coibir o desvio, a indústria defende a manutenção das tarifas mais altas de importação.

INDICADORES ECONÔMICOS Economia - Projeções 2012 2013 PIB - % crescimento 0,90 3,00 Taxa Selic - % a.a. 7,25 7,25 Inflação (IPCA) - % 5,6 5,68 Câmbio - R$/US$ 1,96 2,03 Investimento (FBKF) - % -4,0 4,0 Exportações - US$ bilhões 242,4 258,0 Importações - US$ bilhões 220,8 239,1 Balança Comercial - US$ bilhões 21,6 18,9 PIB Indústria - % -0,5 2,8 Produção Industrial - % -2,5 2,0 Emprego Industrial - % -1,6 1,2

EXPEDIENTE Presidente: José Ricardo Roriz Coelho Diretor Superintendente: Paulo Henrique Rangel Teixeira Equipe: Antonio Orlando Kumagai Júnior Eliane Pereira da Silva Greyce Sacramento dos Reis Juliana Freitas da Silva Júlio Cesar da Silva Ferreira Marcos Ferreira do Nascimento Milene Simone Tessarin Natalia Mielczarek Pamela Giordano Nogueira Schmidt Dias Paulo Sercundes da Silva Simone Carvalho Levorato Fraga Suzete Martucci Gabos Naal Teresinha Vera Torres ABIPLAST A Casa do Plástico Av. Paulista, 2439-8ºandar cj 81 e 82 CEP 01311-936, São Paulo - SP Tel. (11) 3060-9688 Fax. (11) 3060-9686 Site: www.abiplast.org.br E-mail: abiplast@abiplast.org.br