Ano IV Nº 159, De 8 a 14 de agosto de 2013 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA



Documentos relacionados
Boletim Econômico Edição nº 77 julho de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

Relatório Econômico Mensal Agosto 2011

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO

5 ECONOMIA MONETÁRIA E FINANCEIRA

Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança. 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança?

ECONOMIA BRASILEIRA DESEMPENHO RECENTE E CENÁRIOS PARA Prof. Antonio Lanzana Dezembro/2014

CENÁRIOS ECONÔMICOS O QUE ESPERAR DE 2016? Prof. Antonio Lanzana Dezembro/2015

X SEMINÁRIO SUL BRASILEIRO DE PREVIDÊNCIA PÚBLICA. BENTO GONÇALVES / RS / Maio 2012

Os fundos de pensão precisam de mais...fundos

ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

EconoWeek Relatório Semanal. EconoWeek 18/05/2015

Com tendência de alta do juro, renda fixa volta a brilhar nas carteiras

CENÁRIO ECONÔMICO E PERSPECTIVAS PARA A POLÍTICA MONETÁRIA DOS EUA?

RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2012 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL

A economia brasileira em transição: política macroeconômica, trabalho e desigualdade

Relatório Econômico Mensal Março de Turim Family Office & Investment Management

Perspectivas da Economia Brasileira

Boletim de Conjuntura Econômica Outubro 2008

Maxi Indicadores de Desempenho da Indústria de Produtos Plásticos do Estado de Santa Catarina Relatório do 4º Trimestre 2011 Análise Conjuntural

Consultoria. Crise econômica - o que ainda está por vir e os impactos na hotelaria. Novembro/2015. Juan Jensen jensen@4econsultoria.com.

RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2011 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL

Red Econolatin Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008

SINCOR-SP 2015 JULHO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

Impacto sobre os rendimentos dos títulos públicos

Pela revogação das Medidas Provisórias 664 e 665

DIREÇÃO NACIONAL DA CUT APROVA ENCAMINHAMENTO PARA DEFESA DA PROPOSTA DE NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, DAS APOSENTADORIAS E DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

Recessão e infraestrutura estagnada afetam setor da construção civil

Cenário Econômico para 2014

Classificação da Informação: Uso Irrestrito

Dólar sem freios. seu dinheiro #100. Nem intervenções do BC têm sido capazes de deter a moeda americana

Ano I Boletim II Outubro/2015. Primeira quinzena. são específicos aos segmentos industriais de Sertãozinho e região.

Perspectivas da economia em 2012 e medidas do Governo Guido Mantega Ministro da Fazenda

Saiba o que vai mudar no seu bolso com as novas medidas econômicas do governo

SINCOR-SP 2015 JUNHO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

Extrato de Fundos de Investimento

Nota de Crédito PJ. Janeiro Fonte: BACEN Base: Novembro de 2014

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor?

Discurso do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco. Central do Brasil, na Comissão Mista de Orçamento do. Congresso Nacional

Especial Lucro dos Bancos

Discussões sobre política fiscal e política monetária

Extrato de Fundos de Investimento

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO

NOTAS ECONÔMICAS. Regimes cambiais dos BRICs revelam diferentes graus de intervenção no câmbio

Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011

Evolução Recente das Principais Aplicações Financeiras

Relatório Econômico Mensal JANEIRO/13

Palestra: Macroeconomia e Cenários. Prof. Antônio Lanzana 2012

ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS - COMIN COMIN - Nº 08/2014

SINCOR-SP 2016 ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

Extrato de Fundos de Investimento

Panorama Econômico. Principais Fatos da Semana. 04 de Maio de Sumário. Acompanhamento De 27 de Abril a 01 de Maio

ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS - COMIN COMIN - Nº 20/2013

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou com o governador Paulo Hartung no 27º Encontro Econômico Brasil-Alemanha.

Espaço para expansão fiscal e PIB um pouco melhor no Brasil. Taxa de câmbio volta a superar 2,30 reais por dólar

Os fatos atropelam os prognósticos. O difícil ano de Reunião CIC FIEMG Econ. Ieda Vasconcelos Fevereiro/2015

ECONOMIA A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015

Fase 2 (setembro 2012) Sondagem: Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário

Síntese dos resultados

Brasil não pode emperrar pré-sal, diz presidente do World Petroleum Council Qua, 19 de Setembro de :08

Boletim Econômico Edição nº 89 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

RELATÓRIO TESE CENTRAL

China: crise ou mudança permanente?

Estrutura Produtiva BOLETIM. Ribeirão Preto/SP. Prof. Dr. Luciano Nakabashi Rafael Lima

Perspectivas 2014 Brasil e Mundo

Perfil de investimentos

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 %

A PROBLEMÁTICA DO COPOM

Relatório de Análise dos Investimentos. da OABPREV SP. Maio de 2015

Não existe previsão de tempo bom para o Brasil nos próximos meses, mas um acordo político e a aprovação dos ajustes no Congresso podem evitar o pior

Baixa do dólar e recuo das Treasuries corroboram para fechamento dos juros futuros; Fatores domésticos levam a depreciação do dólar frente ao real;

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS:

Cenários. Plano Milênio. Ano II SETEMBRO/2012 Nº 26

Rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV no 1º Trimestre de 2014

Relatório Econômico Mensal Agosto de Turim Family Office & Investment Management

Boletim Econômico. Federação Nacional dos Portuários. Sumário

Decomposição da Inflação de 2011

Extrato de Fundos de Investimento

Fundo GBX Viena FIC de FIA Carta Mensal do Gestor/ Junho 2013

Indicadores da Semana

PARECER MENSAL - 4/ /05/2015. Regime Próprio de Previdência Social do município de Sorriso - MT PREVISO

Relatório Mensal Março. Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio de Janeiro - PREVI-RIO DIRETORIA DE INVESTIMENTOS

Pesquisa FEBRABAN de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado

INVESTIMENTOS FEDERAIS EM TRANSPORTE

Boletim de Conjuntura Econômica Dezembro 2008

Boletim Econômico Edição nº 66 agosto de 2015 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor Econômico

ANÁLISE DA INFLAÇÃO, JUROS E CRESMENTO NO CENÁRIO ATUAL: Mundial e Brasil RESUMO

Desemprego, salário menor e inflação devem reduzir rendimento médio real

Tabela 1 - OPERACOES DE CREDITO (milhões de R$) Ano I Nov/13. Fonte: ESTBAN, Banco Central do Brasil

Março / Cenário Econômico Bonança e Tempestade. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Informe Econômico SEFAZ/RJ

Relatório Econômico Mensal. Abril

Crescimento Econômico Brasileiro e o temor da Inflação

Red Econolatin Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

Retornos % Dia % Mês % Ano PREFIXADO IDkA Pré 2A 3.117,66 0,2326 0,0484 2,2339 IPCA IDkA IPCA 2A 3.361,41 0,0303 1,1342 4,33

ANO % do PIB (Aproximadamente) % do PIB mundial % do PIB mundial % do PIB mundial 2013/ % do PIB mundial

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) NOVEMBRO/2013

Relatório Mensal - Junho de 2013

NOTA CEMEC 03/2015 FATORES DA QUEDA DO INVESTIMENTO

Transcrição:

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA Fundos dizem que vão apoiar leilão do TAV Embora praticamente adiado para um eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV) ganhou um apoio de peso nesta semana. O governo formalizou e tornou público o apoio dos fundos de pensão de estatais federais ao projeto. Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa), além do Banco do Brasil Investimentos e da própria Caixa, assinaram uma carta na qual informam que poderão ser sócios com até 49% do capital do futuro administrador do serviço. Para tanto, podem disponibilizar no máximo R$ 620 milhões a preços de 2008, o que dá quase R$ 900 milhões hoje. A carta dos fundos segue manifestação semelhante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos Correios. Elas são uma resposta a uma queixa unânime dos potenciais interessados no projeto: a inexistência de sócios brasileiros de peso. A manifestação dos fundos produziu um fenômeno: os japoneses, que nem eram mais considerados como parte da disputa, procuraram o governo em busca de mais detalhes. Assim, o leilão prossegue numa situação surreal. Enquanto no escalão mais alto do governo a informação é que ele não deve ocorrer, na área técnica os preparativos seguem normalmente. A expectativa é de que a presidente Dilma Rousseff decida a questão ainda esta semana. Participantes - Na noite de terça-feira, 7, reunida com ministros e assessores envolvidos no leilão, ela foi informada de que se a disputa for mantida na data atual, com a entrega de propostas em 16 de agosto e abertura de envelopes em 19 de setembro, a tendência seria de só os franceses participarem. Há, porém, pedidos dos alemães e dos espanhóis por mais tempo para organizar suas propostas. Por isso foi proposto um adiamento de 90 dias. (...) (Agência Estado, 09/08/13) Fundos: Cade - Investidor de Guarulhos não deve gerir o Galeão A permissão para que investidores, que já entraram em consórcios vencedores no setor aeroportuário, tenham até 15% participação nos aeroportos de Galeão (Rio) e Confins (Belo Horizonte), precisa ter condições bem claras. O alerta é do ex-presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Gesner Oliveira. "É preciso que essa participação seja passiva e apenas financeira. Os fundos de pensão não deveriam ter poder de decisão na política comercial a ser adotada pelo segundo consórcio do qual façam parte", diz Gesner Oliveira. "Se os fundos de pensão das estatais que já participam da gestão de Guarulhos, vencerem novamente e ficarem com o Galeão, terão cerca de 90% do tráfego de passageiros do país." O edital está em fase final de redação pelos órgãos do governo federal. "O governo achou uma solução ao liberar a participação de até 15% dos atuais controladores no próximo leilão, desde que esses 15% sejam equivalentes a zero na ingerência comercial e no acesso à informação privilegiada. Esses limites, porém, não foram ainda especificados. "A expectativa sob a ótica da concorrência é que o governo faça essas restrições." Foi a solução dada na Austrália, onde jamais o mesmo grupo controla vários aeroportos, diz ele. (...) (Folha de São Paulo, 11/08/13)

PREVIDÊNICA COMPLEMENTAR ABERTA Regras de alongamento da previdência aberta Depois do cenário de maior volatilidade do mercado financeiro no primeiro semestre deste ano, o governo prepara uma flexibilização nas regras de alongamento dos prazos dos investimentos das carteiras dos fundos de previdência aberta, os chamados PGBL e VGBL. Aprovadas há apenas sete meses, as novas regras criaram um prazo médio mínimo para as carteiras dos fundos com objetivo de desestimular as aplicações atreladas à taxa Selic. Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) estipulou um período de transição até 2015 para adaptação às mudanças, mas determinou que os gestores dos fundos não poderiam reduzir o prazo da carteira em relação à situação verificada na data de publicação da medida, em 2 de janeiro deste ano. A resolução também impediu, a partir de 31 de maio de 2013, novos investimentos que reduzissem os prazos médios verificados em janeiro. Mas, com o aumento da taxa de juros e as turbulências no mercado, ficou mais difícil para os fundos cumprirem a resolução. (...) (Cruzeiro do Sul, 12/08/13) ECONOMIA Receita de concessões ajuda a fechar contas em julho O governo contou com a ajuda da receita de concessões e permissões dos serviços públicos para fechar as contas no mês passado. Em julho, ingressaram nos cofres do Tesouro Nacional cerca de R$ 3,3 bilhões por conta das concessões, de acordo com dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Desse total, R$ 2 bilhões foram referentes ao pagamento de bônus de assinatura das áreas para exploração de petróleo e gás licitadas em maio pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). O restante veio do pagamento de parcela do valor de outorga das concessões dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos, feitas em 2012. O Tesouro arrecadou também pequenos valores com outras concessões. O Decreto 8.062/2013, que estabelece a programação orçamentária e financeira da União neste ano, prevê uma receita de R$ 4,4 bilhões com concessões e permissões no quarto bimestre. Assim, falta entrar nos cofres públicos R$ 1,1 bilhão no mês de agosto, caso a previsão do decreto orçamentário seja confirmada. Se a arrecadação com as concessões ficou dentro do previsto, a receita tributária administrada pela Receita Federal não foi boa em julho, tendo ficado um pouco abaixo ao projetado pelo governo. Em junho deste ano, a receita tributária pela Receita já tinha registrado uma pequena queda real em relação ao mesmo mês de 2012 e, em termos líquidos de restituições e transferências, ficando abaixo do estimado pelo governo no decreto de programação orçamentária e financeira. (Valor Econômico, 09/08/13)

O mundo não explica o freio do Brasil A desaceleração brasileira não foi compartilhada pelos demais países da AL nem pelo resto do mundo O crescimento da economia brasileira tem se desacelerado acentuadamente desde 2009. A forte expansão de 7,5% de 2010 foi, na verdade, uma recuperação do crescimento negativo do ano anterior. No biênio 2009-10, o crescimento médio da economia foi de 3,5% ao ano, ou 0,5 ponto percentual abaixo da média do governo Lula. Ou seja, a desaceleração da economia já vem de muitos anos. Essa é uma situação em que o economista tipicamente fica em dúvida sobre até que ponto o processo é cíclico --fruto, por exemplo, da desaceleração da economia global em razão da crise de 2008. É possível também que haja um componente a mais na história, ligado especificamente ao país. A dificuldade é que, como geralmente acontece nas questões econômicas, temos de lidar com o complexo problema da inexistência de um experimento controlado. Em outras palavras, a crise global não aconteceu sozinha. Outros fatores condicionantes do crescimento do Brasil também mudaram desde a sua eclosão. Logo, é muito difícil associar a desaceleração, de forma conclusiva, a esta ou aquela causa. (Folha de São Paulo,11/08/13) Portugal vive sua maior crise demográfica Queda na taxa de fecundidade e emigração podem tirar cerca de 1 milhão de habitantes do país em 10 a 20 anos 'Primeira, segunda e terceira opção de nossos melhores alunos é emigrar', diz diretor de incubadora de Lisboa Portugal vive a crise demográfica mais grave de sua história. O país pode perder 1 milhão de habitantes em 10 a 20 anos --quase 10% de sua população de 10,6 milhões. "É catastrófico", diz João Peixoto, professor da Universidade de Lisboa. "A crise demográfica em Portugal é muito grave, porque junta motivos estruturais, como a queda da taxa de fecundidade, e conjunturais, as emigrações por causa da crise." Cerca de 100 mil portugueses emigram por ano desde 2010, segundo o governo. São os mais qualificados e mais jovens que deixam o país. Gente como o economista Alexandre Abreu, 34, que vai trabalhar em Timor Leste por dois anos. Ele fez faculdade e mestrado na Universidade de Lisboa e doutorado na Universidade de Londres, estudando migrações e a crise do euro. Grande parte dos seus estudos foi custeada por bolsas do governo português. Há dois anos voltou da Inglaterra, mas não consegue emprego fixo em Portugal, porque as vagas foram congeladas no plano de austeridade. Com contrato de meio período, ganhava 1.000 por mês (cerca de R$ 3.000). "Tentei ficar, mas, com esse contexto de crise, não consegui. Fomos subsidiados pelo governo para atingir essa formação avançada e agora não há empregos aqui." O declínio da natalidade é antigo na Europa, mas era parcialmente compensado pelos imigrantes, que têm número maior de filhos. (...) (Folha de São Paulo, 11/08/13) Rússia cresce no menor ritmo em quase 4 anos A economia russa cresceu no segundo trimestre no mais baixo ritmo em quase quatro anos, em um indício de que a desaceleração pode levar mais tempo que o esperado. Com crescimento de 1,2% em relação ao segundo trimestre de 2012, o PIB da Rússia desapontou o mercado, que previa expansão de cerca de 2%, e o próprio ministro da Economia, que havia estimado o número em

1,9%. Foi o menor ritmo desde o quarto trimestre de 2009. Membros da equipe econômica do país preveem uma retomada no terceiro trimestre, em razão de uma safra agrícola forte, mas os dados de ontem devem fazer analistas revisarem suas expectativas para o desempenho. (...) A desaceleração da Rússia também é sentida por seus pares de Brics, como a China, o Brasil, a Rússia e a África do Sul. (Folha de São Paulo, 10/08/13) EUA em reconstrução Retomada é recebida com receio por mercados, que temem perder estímulos Dados econômicos melhoram e mostram vigor, mas autoridades ainda veem fragilidade no mercado de trabalho A recente leva de dados positivos na economia dos EUA criou um paradoxo: quanto melhores os números, mais receoso o mercado fica. Isso porque em junho Ben Bernanke, o presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), deu sinais de que a instituição poderia começar a retirar já neste ano os estímulos que injeta na economia, por meio da recompra de títulos da dívida. Bernanke hesitaria depois, mas ficou entre investidores e analistas o temor de pedalar sem rodinhas, apesar do caminho mais limpo. Os pareceres do próprio Fed e do Fundo Monetário Internacional indicam que a recuperação tomou rumo e, aos poucos, vai ganhando fôlego. O mercado imobiliário mostra vigor inédito no póscrise, o PIB cresce há nove trimestres, consumidor e empresariado começam a ganhar confiança e gastar mais. Mas, ressaltam, nenhum desses indicadores avança com força suficiente para dissipar todos os riscos e reverter o maior estrago deixado pela crise que estourou em 2008, o alto desemprego. (...) (Folha de São Paulo, 11/08/13) Inflação de julho: 'melhor momento' e não se repetirá O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, acredita que a inflação de julho não se repetirá nos próximos meses. A previsão é de índices mensais mais fortes, mas com números menores para os acumulados em 12 meses, que passarão a incorporar dados mais favoráveis. "De janeiro a julho, de um modo geral, nós tivemos a inflação mensal recuando e, de agora em diante, é plausível afirmar que a inflação mensal teve o melhor momento em julho e que tenda a ser maior", afirmou. Hamilton acredita que o nível de julho da inflação oficial, de 0,03%, deve ser a menor do ano. A variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi a menor desde julho de 2012 graças aos alimentos e transportes. Em 12 meses, o índice acumula alta de 6,27% até julho, próximo do teto de 6,5% da meta de inflação do governo, de 4,5% com banda de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A declaração do diretor ocorre a duas semanas da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, marcada para os dias 27 e 28, quando será definido o novo patamar para a taxa Selic. O Copom começou a elevar o juro básico em abril para segurar a escalada de preços, quando a taxa Selic passou de 7,25% para 7,5% ao ano e, após mais duas altas de 0,5 ponto percentual, está atualmente em 8,5%. O mercado acredita que o BC continuará com seu ciclo de aperto monetário e vê a Selic a 9,25% no final do ano, segundo pesquisa Focus. A expectativa é que uma nova alta de 0,50 ponto percentual na taxa seja anunciada na reunião do Copom de agosto. Acumulado - O diretor também reforçou que a inflação em 12 meses deverá entrar em declínio neste segundo semestre.

"Tivemos inflação muito elevada no final do ano passado, então esses números, à medida que o tempo passa, vão sendo substituídos", afirmou o diretor. Hamilton reconheceu que há repasse cambial para os preços e reforçou que a "condução adequada da política monetária" ajuda a mitigar esse movimento. Desde maio, o dólar acumula valorização superior a 14% ante o real, refletindo uma maior desconfiança com a economia brasileira e a expectativa de que o Federal Reserve, o banco central norteamericano, irá reduzir o seu programa de estímulo monetário, que tem garantido alta liquidez internacional. O diretor negou que a autoridade monetária tenha mudado sua atuação no mercado cambial e acrescentou que a ação do BC continua "a mesma desde sempre", reforçando que não há compromisso com taxas de câmbio. (Reuters, 13/08/13)