Mecânica dos Sólidos I Parte 5 Tensões de Flexão

Documentos relacionados
Departamento de Engenharia Mecânica ENG Mecânica dos Sólidos II. Teoria de Vigas. Prof. Arthur Braga

Mecânica dos Sólidos II Parte 1 (Revisão)

Mecânica dos Sólidos I Parte 3 Estado Plano de Tensão

Curso de Engenharia Civil. Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil CAPÍTULO 3: FLEXÃO

Sumário. Introdução O conceito de tensão 1. Tensão e deformação Carregamento axial 49

Resistência dos. Materiais. Capítulo 3. - Flexão

3. IDEALIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE BARRAS

1 Introdução 3. 2 Estática de partículas Corpos rígidos: sistemas equivalentes SUMÁRIO. de forças 67. xiii

Resistência dos Materiais

Mecânica dos Sólidos I Parte 2

SOLICITAÇÕES COMBINADAS (FLEXÃO COMPOSTA)

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL MECÂNICA DOS SÓLIDOS II

Seção 7 (Flexão) - Exemplos dados em aula

Teoria Clássica das Placas

Efeitos de 2ª 2 Ordem

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II FLEXÃO PARTE II

Programa. Centroide Momentos de Inércia Teorema dos Eixos Paralelos. 2 Propriedades Geométricas de Áreas Planas

5 CISALHAMENTO SIMPLES

MAC-015 Resistência dos Materiais Unidade 03

Exercícios do item 1.5: 1) Calcule a força de tração nas duas barras da estrutura abaixo.

CAPÍTULO VII FLEXÃO PURA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA. ) uma base ortonormal positiva de versores de V. Digamos que a lei de transformação do operador T seja dada por:

Resistência dos Materiais I

VIGAS. Figura 1. Graus de liberdade de uma viga no plano

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. PME3210 Mecânica dos Sólidos I Primeira Prova 07/04/2015. Resolução. 50 N(kN)

A B. P/l. l l l. a a a B 2P. Articulação ideal A B. a/2 a/2

Problema resolvido 4.2

CONTEÚDOS PROGRAMADOS. (Análise Computacional de Tensões EEK 533)

Equações diferenciais

São as vigas que são fabricadas com mais de um material.

CAPÍTULO VII FLEXÃO PURA

Resistência dos Materiais

TENSÕES DE FLEXÃO e de CISALHAMENTO EM VIGAS

Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias. Resistência dos Materiais I. Capítulo 6 Flexão

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

SUMÁRio ,. PARTE - CONCEITOS BÁSICOS SOBRE CISALHAMENTO. CAPíTULO 1 TENSÕES DE CISAlHAMENTO NA FlEXÃO EM REGIME ELÁSTICO 12

Carregamentos Combinados

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

Cisalhamento transversal

Carregamentos Combinados Mecânica Dos Materiais II

Resistência dos Materiais - Revisão. Introdução à Teoria da Elasticidade

Construções Metálicas I AULA 6 Flexão

LOM Introdução à Mecânica dos Sólidos. Parte 3. Estado plano de tensão. Tensões em tubos e vasos de pressão de parede fina

Sistemas Reticulados

PME-2350 MECÂNICA DOS SÓLIDOS II AULA #7: VASOS DE PRESSÃO DE PAREDE ESPESSA 1

Método dos Elementos Finitos Aplicado à Problemas Planos

Tensões associadas a esforços internos

MECSOL34 Mecânica dos Sólidos I

Elasticidade aplicada à Infraestrutura de Transportes

Deflexão em vigas e eixos

LOM Introdução à Mecânica dos Sólidos

Sumário e Objectivos. Setembro. Elementos Finitos 2ªAula

MÉTODOS DE ENERGIA 1 INTRODUÇÃO

23.(UNIFESPA/UFPA/2016) A viga de madeira de seção I composta da Figura 5 é constituída por três peças de madeira de 6 x 16 centímetros.

Sergio Persival Baroncini Proença

Prof. José Wallace B. do Nascimento. Capítulo 4

Universidade de São Paulo Escola Politécnica - Engenharia Civil PEF - Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações PECE ES025

TORÇÃO. Prof. Dr. Carlos A. Nadal

Torção de uma Barra Prismática

O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS APLICADO A PROBLEMAS PLANOS

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II CISALHAMENTO TRANSVERSAL PARTE I

Resistência dos materiais 1

Resistência dos Materiais I - Caderno de Consultas

RESERVATÓRIOS DOS EDIFÍCIOS

Tensões associadas a esforços internos

ESTRUTURAS METÁLICAS VIGAS DE ALMA CHEIA. Prof. Alexandre Augusto Pescador Sardá

Momento torsor. Torção em Eixos de Seção Retangular. 26 de setembro de 2016

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-Rio NECE. Experimento de ensino baseado em problemas. Módulo 01: Análise estrutural de vigas

CAPÍTULO 3: DIMENSIONAMENTO DE VIGAS

6. Esforço normal, tensão normal e extensão

APRESENTAÇÃO TÓPICOS FUNDAMENTAIS HIPÓTESES ADMITIDAS COMPONENTES DE TENSÃO Componentes de tensão médias...

MECÂNICA DO CONTÍNUO. Tópico 3. Método dos Trabalhos Virtuais

Tensões de Flexão nas Vigas

Capítulo 7 Cisalhamento

Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias. Resistência dos Materiais II. Capítulo 2 Torção

Resistência dos Materiais

ES013. Exemplo de de um Projeto Completo de de um de deconcreto Armado

Flexão Vamos lembrar os diagramas de força cortante e momento fletor

PME Mecânica dos Sólidos I 4 a Lista de Exercícios

FLEXÃO DE PLACAS SEMI-ESPESSAS

MECÂNICA DOS SÓLIDOS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS. Prof. Dr. Daniel Caetano

LISTA DE EXERCÍCIOS ÁREA 1. Disciplina: Mecânica dos Sólidos MECSOL34 Semestre: 2016/02

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-Rio. CIV 1111 Sistemas Estruturais na Arquitetura I

Torção em eixos de seção circular Análise de tensões e deformações na torção Exercícios. Momento torsor. 26 de setembro de 2016.

Resistência dos Materiais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II TORÇÃO PARTE I

teóricos necessários para se calcular as tensões e as deformações em elementos estruturais de projetos mecânicos.

7. Análise de tensões em laminados

ESTRUTURAS METÁLICAS E DE MADEIRAS PROF.: VICTOR MACHADO

Conceito de tensões Exercícios O Tensor de tensões Exercício. Tensões. 24 de agosto de Profa. Patrícia Habib Hallak Prof Afonso Lemonge.

Interação da Alvenaria com Estruturas de Concreto Armado

Resistência dos Materiais Teoria 2ª Parte

Pressão Interna + Momento Fletor e Esforço Axial.

4 ENSAIO DE FLEXÃO. Ensaios Mecânicos Prof. Carlos Baptista EEL

Estruturas de Aço e Madeira Aula 15 Peças de Madeira em Flexão

Transcrição:

Departamento de Engenharia ecânica Parte 5 Tensões de Fleão Prof. Arthur. B. Braga 8.1

ecânica dos Sólidos Problema F 1 Corpo sujeito a ação de esforços eternos forças, momentos, etc. F 7 F 8 F F 3 Determinar F 4 Esforços internos tensões F 6 Deformações F 5 Deslocamentos

Determinação da Distribuição de Tensão no Corpo Sujeito à Ação de Forças Eternas F 1 F 8 F F 7 F 3 P,,z F 4 z zz z z,, z z F 6 F 5 z

Barras Carregadas Aialmente F [ ] F A F z

Eios Sujeitos a Carregamentos de Torção φ 1 τ r r T J T φ φ TL GJ T

Eios Sujeitos a Carregamentos de Torção A z τ z > z T A T [ ] z z z τ D TD J

Vasos de Pressão de Paredes Finas D>>t Vasos cilíndricos θθ PD t PD 4t p θθ

Vasos de Pressão de Paredes Finas D>>t Vasos esféricos θθ PD 4t ϕϕ ϕϕ PD 4t p θθ

Tensões de Fleão em Barras vigas z omento fletor e esforço cortante atuando na seção transversal de uma viga carregada no plano

Tensões de Fleão em Barras vigas Seção tranversal simétrica em relação ao plano z

Tensões de Fleão em Barras vigas Fleão Pura

Tensões de Fleão em Barras vigas Fleão Pura viga de seção transversal simétrica A B C D E F

Tensões de Fleão em Barras vigas Fleão Pura O φ φ A B C D E F

Tensões de Fleão em Barras vigas Curvatura O O A curvatura no ponto B é definida como: dφ φ 1 1 k lim lim ds s s s O B ρ φ ρ B s C φ φ

Tensões de Fleão em Barras vigas Fleão Pura O φ φ A B C D E F

Tensões de Fleão em Barras vigas Deformação do segmento IJ I J N

Tensões de Fleão em Barras vigas Deformação do segmento IJ ε I J IJ IJ I J N N Compresão ρ ρ I J N Eio Neutro deformação nula Tração

Tensões de Fleão em Barras vigas Deformação do segmento IJ N ρ φ I J ρ φ Compresão ρ ρ I J N Eio Neutro deformação nula Tração

Tensões de Fleão em Barras vigas Deformação longitudinal ε I J IJ N ρ φ I J ρ φ ε ρ IJ I J N N dφ d Deformação cisalhante 1 ε γ Simetria fleão pura

Tensões de Fleão em Barras vigas Relação tensão vs. deformação ε ε ε z 1 E 1 γ 1 γ [ ν + ] z G z G zz ρ Tensões cisalhantes são nulas no caso de fleão pura

Tensões de Fleão em Barras vigas Equilíbrio F z A A A da z da da z A z

Tensões de Fleão em Barras vigas Hipótese: zz z E ρ E dφ ds Balanço de forças na direção longitudinal F E da E da A A ρ ρ A da Eio neutro está localizado sobre o centróide da área da seção transversal

Tensões de Fleão em Barras vigas Balanço de momentos na direção E z da E z da A A ρ ρ A z da Simetria da seção transversal em relação ao plano da z A

Tensões de Fleão em Barras vigas Balanço de momentos na direção z E z da E da da A A ρ ρ A I A omento de inércia da área da seção da transversal dφ 1 ds ρ EI ε EI I

Tensões de Fleão em Barras vigas [ ],, z I Tensões Normais de Fleão

Tensões de Fleão em Barras vigas F [ ],,, z I, Tensões Normais de Fleão

Fleão de Vigas Tensões de Cisalhamento devido à fleão

Fleão de Vigas Tensões de Cisalhamento devido à fleão P Lâminas Coladas

Fleão de Vigas Tensões de Cisalhamento devido à fleão P Lâminas Independentes

Fleão de Vigas Tensões de Cisalhamento devido à fleão P

Fleão de Vigas Tensões de Cisalhamento devido à fleão Tensões de cisalhamento horizontais impedem o deslizamento entre as lâminas Lâminas deslizam umas sobre as outras Lâminas Coladas Lâminas Independentes

Fleão de Vigas Tensões de Cisalhamento devido à fleão Forças de cisalhamento horizontal Tensões Cisalhantes

Tensões cisalhantes em vigas sob carregamentos de fleão q V

Tensões cisalhantes em vigas sob carregamentos de fleão q V

Tensões cisalhantes em vigas sob carregamentos de fleão V q + V +

Tensões cisalhantes em vigas sob carregamentos de fleão Equilíbrio horizontal direção z, +,

Tensões cisalhantes em vigas sob carregamentos de fleão Equilíbrio horizontal direção V H c 1 < c < ξ < c < c, ξ da + c +, ξ +, da, V H ξ c c 1

Tensões cisalhantes em vigas sob carregamentos de fleão Equilíbrio horizontal direção, V H +, V H c, ξ da + c +, ξ da V H b, ξ ξ I + +, ξ ξ I

Tensões cisalhantes em vigas sob carregamentos de fleão Equilíbrio horizontal direção + + c c da I da I b ξ ξ definindo c da Q ξ b I Q b I Q + fazendo e recordando que d d V I b Q V, +, V H

Tensões cisalhantes em vigas sob carregamentos de fleão Eemplo: Viga de seção retangular z h b b dξ da bh I h h b b < <, 1,, 3 4 1 8 h bh d b Q h ξ ξ I b Q V 4 1 3 h bh V

Tensões cisalhantes em vigas sob carregamentos de fleão Viga de seção retangular: 3 V bh 1 4 h ma{ } 3 V bh

Tensões cisalhantes em vigas sob carregamentos de fleão Viga de seção Circular: V Q b I ma{ } 4 3 V A