PSICOLOGIA DA COMUNICAÇÃO Ciências da Comunicação COMUNICAÇÃO EM ACÇÃO COMPETÊNCIA COMUNICATIVA Aspectos gerais Mitos sobre competência comunicativa Dimensões da competência comunicativa O comunicador competente A relação competente Melhorar a competência comunicativa Copyright, 2014 José Farinha, ESEC Aspectos gerais O sucesso ou fracasso das relações sociais significativas depende largamente da competência comunicativa individual 3 RAZÕES: 1. A competência enquanto habilidade pode promover directamente o desenvolvimento e a gestão das relações sociais; 2. As percepções de competência dos parceiros numa relação podem influenciar a forma como cada um responde aos comportamentos outro; 3. As auto-percepções da competência podem influenciar a motivação para procurar alcançar metas relacionais. 2 1
Definição de competência comunicativa É mais fácil de reconhecer do que definir... Algumas definições que partem de diferentes bases: 1. Capacidade individual = posse de uma característica individual 2. Objectivos individuais = controle para atingir objectivos 3. Comportamentos instrumentais = selecção de comportamentos adequados 4. Adaptação = sensibilidade p/ adaptação a situações relacionais 3 Mitos sobre competência comunicativa O mito da abertura As prescrições relativas à abertura num processo de comunicação não estão fundamentalmente erradas, mas esta atitude deve ser gerida de acordo com a relação em si; 4 2
O mito da objectividade O processo de percepção humana é essencialmente subjectivo por isso pretender ser objectivo é pretender algo que não pode ser atingido 5 O mito das técnicas de audição A atitude de disponibilidade para ouvir os outros é mais do que a prática de um conjunto de técnicas aprendidas, mas depende de características que têm a ver com a qualidade da relação em si. 6 3
O mito das fórmulas de resposta Fórmulas do tipo pensar antes de falar, descontrair etc.. São bons conselhos, mas não são suficientemente específicos para terem uma utilidade real em circunstâncias comunicativas concretas. 7 Dimensões da competência comunicativa Adequação Não são violadas as regras e normas da interacção; Eficácia Consecução dos objectivos desejados ou preferenciais; Flexibilidade Adaptação do repertório de comportamentos às exigências das situações, relações e parceiros sociais. 8 4
Conclusão A competência na CI não é uma qualidade única ou uma lista de coisas que se devem fazer quando se comunica, mas envolve uma variedade de dimensões que vão desde ter comportamentos adequados até escolher os parceiros adequados, ter objectivos realistas, etc.. 9 O comunicador competente Estratégias relacionais Características primárias: Controlo e empatia; Características secundárias: afiliação/suporte, flexibilidade comportamental, descontracção, consecução de objectivos. 10 5
A relação competente Questões de base Competência relacional diferente de competência individual; A percepção de competência resulta de uma avaliação retrospectiva. Regras da relação As regras de uma relação são os padrões sequenciais que são identificados com a relação em si e que a tornam única relativamente a outras relações. 11 6 características associadas às regras: 1. As regras não podem transcender a situação na qual são aplicadas; 2. Todas as regras têm excepções; 3. As regras mudam com o tempo e com a situação; 4. As regras são negociadas; 5. As regras servem de justificativos aos comportamentos; 6. A principal punição pela quebra de uma regra é a consciência dessa mesma falta. 12 6
Características da relação competente Tem uma certa duração no tempo; Tem uma certa continuidade; Vai ao encontro das expectativas dos parceiros; Serve várias funções. 13 Melhorar a competência comunicativa Estas recomendações servem essencialmente como princípios e não como receitas. 1. Evitar generalizar de uma relação interpessoal para outra o que faz uma relação ter sucesso pode ser o faz outra falhar; 14 7
2. Desenvolver e praticar uma larga variedade de estratégias relacionais aumenta a probabilidade de sucesso; 3. Evitar confundir resultados relacionais (interpessoal) com resíduos emocionais (intrapessoal) a emoção não é a relação! 4. Conhecer as regras da relação e segui-las ter uma relação dinâmica com as regras; 5. Ser um jogar relacional saber o que conservar e saber o que terminar. 15 6. Participar numa variedade de relações diferentes. 7. Gerir a tensão gerada pela existência de forças opostas numa relação aprender a superar os problemas criados pela tensão. 8. Parar e cheirar as rosas aproveitar e saborear as boas relações sem as analisar demasiado. 16 8