NÚMEROS COMPLEXOS. z = a + bi,

Documentos relacionados
RESUMO E EXERCÍCIOS NÚMEROS COMPLEXOS ( )

PLANO PROBABILIDADES Professora Rosana Relva DOS. Números Inteiros e Racionais COMPLEXOS NÚMEROS COMPLEXOS NÚMEROS COMPLEXOS NÚMEROS COMPLEXOS

Números Complexos Sumário

Números Complexos. 2. (IME) Seja z um número complexo de módulo unitário que satisfaz a condição z 2n 1, onde n é um número inteiro positivo.

NÚMEROS COMPLEXOS. Podemos definir o conjunto dos números complexos como sendo o conjunto dos números escritos na forma:

QUESTÕES DISCURSIVAS Módulo

NÚMEROS COMPLEXOS (C)

Matemática C Extensivo V. 4

CADERNO 1 (É permitido o uso de calculadora gráfica.)

{ } Matemática Prof.: Joaquim Rodrigues 1 NÚMEROS COMPLEXOS. Questão 06 Para que valor de x o número complexo + 8i é imaginário puro?

PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO. Capítulo 8

e represente as no plano Argand-Gauss.

06) (PUC-MG) O número complexo z tal que 5z + z = i é igual a: a) 2 + 2i b) 2 3i c) 1 + 2i d) 2 + 4i e) 3 + i

EXERCÍCIOS DE MATEMÁTICA Prof. Mário

Oitava Lista de Exercícios

Exercícios - Sequências de Números Reais (Solução) Prof Carlos Alberto S Soares

MATEMÁTICA LISTA DE EXERCÍCIOS NÚMEROS COMPLEXOS

01) (Insper) A equação x 5 = 8x 2 possui duas raízes imaginárias, cuja soma é: a) 2. b) 1. c) 0. d) 1. e) 2.

MA12 - Unidade 4 Somatórios e Binômio de Newton Semana de 11/04 a 17/04

tica Professor Renato Tião

Números Complexos. Conceito, formas algébrica e trigonométrica e operações.

FORMA TRIGONOMÉTRICA. Para ilustrar, calcularemos o argumento de z 1 i 3 e w 2 2i AULA 34 - NÚMEROS COMPLEXOS

Interpolação. Exemplo de Interpolação Linear. Exemplo de Interpolação Polinomial de grau superior a 1.

Professor Mauricio Lutz REGRESSÃO LINEAR SIMPLES. Vamos, então, calcular os valores dos parâmetros a e b com a ajuda das formulas: ö ; ø.

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 2

CADERNO 1 (É permitido o uso de calculadora gráfica.)

Introdução à Teoria dos Números Notas 1 Os Princípios da Boa Ordem e de Indução Finita Prof Carlos Alberto S Soares

Atividades Práticas Supervisionadas (APS)

Álgebra ( ) ( ) Números complexos.

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. Prova 3 Matemática QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 4

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Potências e raízes Propostas de resolução

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. Prova 3 Matemática QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 1

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. Prova 3 Matemática QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 2

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. Prova 3 Matemática QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 3

CPV O cursinho que mais aprova na FGV

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 4

Como CD = DC CD + DC = 0

Elementos de Matemática

n. A densidade de corrente associada a esta espécie iônica é J n. O modelo está ilustrado na figura abaixo.

AULA Produto interno em espaços vectoriais reais ou complexos Produto Interno. Norma. Distância.

Mas, a situação é diferente quando se considera, por exemplo, a

Fundamentos de Matemática I FUNÇÕES POLINOMIAIS4. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques

SUBSTITUIÇÕES ENVOLVENDO NÚMEROS COMPLEXOS Diego Veloso Uchôa

Proposta de teste de avaliação

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 22 DE JULHO 2016 GRUPO I

Estabilidade no Domínio da Freqüência

( )( ) ( ) 2 2 ( ) ( ) 2. Questões tipo exame. Pág θ =. θ =, logo. Portanto, 1.1. ( ) 2. = θ 4.º Q, ou. = θ, tem-se.

Matemática C Semiextensivo V. 2

CAPÍTULO 3 MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL E VARIABILIDADE PPGEP Medidas de Tendência Central Média Aritmética para Dados Agrupados

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 12.º Ano Versão 3

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 11.º Ano Versão 5

Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da UFBA Departamento de Engenharia Agrícola

Aplicações Diferentes Para Números Complexos

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 22 DE JULHO 2016 GRUPO I

ELETROTÉCNICA (ENE078)

Capítulo 5: Ajuste de curvas pelo método dos mínimos quadrados

Tabela 1 Números de acidentes /mês no Cruzamento X em CG/07. N de acidentes / mês fi f

Em muitas situações duas ou mais variáveis estão relacionadas e surge então a necessidade de determinar a natureza deste relacionamento.

TRANSFORMAÇÕES LINEARES

Faculdade de Tecnologia de Catanduva CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

MATEMÁTICA II. 01. Uma função f, de R em R, tal. , então podemos afirmar que a, b e c são números reais, tais. que. D) c =

Distribuições de Probabilidades

a) 3 c) 5 d) 6 b) i d) i

Construção e Análise de Gráficos

Í N D I C E. Séries de Pagamentos ou Rendas Renda Imediata ou Postecipada Renda Antecipada Renda Diferida...

MAE0229 Introdução à Probabilidade e Estatística II

n. A densidade de corrente associada a esta espécie iônica é J n. O modelo está ilustrado na figura abaixo.

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL I

MEDIDAS DE DISPERSÃO:

Difusão entre Dois Compartimentos

Aplicações lineares. Capítulo Seja T: a) Quais dos seguintes vectores estão em Im( T )? 1 i) 4. 3 iii) ii)

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Números Complexos na Forma Algébrica

Números Complexos. David zavaleta Villanueva 1

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Capítulo 5 CINEMÁTICA DIRETA DE ROBÔS MANIPULADORES

Prof. Janete Pereira Amador 1

Capítulo V - Interpolação Polinomial

Lista de Matemática ITA 2012 Números Complexos

Questão 02. Resolução: Sejam r e s as retas suportes de AB e BC, respectivamente. Equações de r e s. Da figura 1, temos: b + = + = + + = 4 ) 2.

MEDIDAS DE POSIÇÃO: X = soma dos valores observados. Onde: i 72 X = 12

d s F = m dt Trabalho Trabalho

Exame Nacional de Matemática A 1 a Fase 2017

Matemática. B) Determine a equação da reta que contém a diagonal BD. C) Encontre as coordenadas do ponto de interseção das diagonais AC e BD.

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. Prova 3 Matemática QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 4

Cursos de Licenciatura em Ensino de Matemática e de EGI. Teoria de Probabilidade

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. Prova 3 Matemática QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 1

Novo Espaço Matemática A 12.º ano Proposta de Teste [março ]

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. Prova 3 Matemática QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 2

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. Prova 3 Matemática QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 3

Proposta de teste de avaliação

1 Números Complexos. Seja R o conjunto dos Reais. Consideremos o produto cartesiano R R = R 2 tal que:

Sumário. Mecânica. Sistemas de partículas

4/10/2015. Física Geral III

Aula 5 Forma polar dos números complexos

Números Complexos na Forma Algébrica

TE210 FUNDAMENTOS PARA ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

( ) 4. Novo Espaço Matemática A 12.º ano Proposta de Teste de Avaliação [maio 2015] GRUPO I. f x

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 12º Ano de Matemática A Tema I Probabilidades e Combinatória. Tarefa nº 1 do plano de trabalho nº 5

Prof. Eugênio Carlos Stieler

Transcrição:

NÚMEROS COMPLEXOS. DEFINIÇÃO No cojuto dos úmeros reas R, temos que a = a. a é sempre um úmero ão egatvo para todo a. Ou seja, ão é possível extrar a ra quadrada de um úmero egatvo em R. Dessa mpossbldade surge o cojuto dos úmeros complexos C. Para defrmos tal cojuto calmete, assummos a exstêca de um úmero complexo tal que = -. Assummos também que as operações de adção (+) e multplcação estão defdas em C, e que essas operações satsfaem as mesmas propredades fudametas o cojuto dos úmeros reas (falaremos sobre essas operações mas adate). Podemos agora defr o cojuto dos úmeros complexos como sedo o cojuto dos úmeros escrtos a forma: = a + b, ode a e b são reas, sedo a chamado de parte real e b de parte magára. Smbolamos as partes real e a magára com a segute otação: a = () e b = (). Desta forma: = ( ) + ( ) Defmos ada que dos úmeros complexos = a + b e = c + d, serão guas quado a = c e b = d.. OPERAÇÕES ELEMENTARES As operações de adção, subtração e multplcação são fetas de maera atural, cosderado-se o úmero complexo como um bômo. Exemplo. Sejam = + e = + 5. Etão, + = ( + ) + ( + 5) = 4 + 7 - = ( + ) - ( + 5) =. = ( + ). ( + 5) = 6 +5 + + 0 = 6 + 7 0 = - 4 + 7 Chamamos de cojugado de um úmero complexo = a + b ao úmero = a b. Desta forma, para efetuar a dvsão basta multplcarmos os membros da fração pelo cojugado do deomador. Por exemplo, usado e dados acma, temos: + ( 5) = = = + 5 ( 5) 6. PLANO DE ARGAND-GAUSS Gauss assocou a cada úmero complexo a+b um par ordeado (a,b) com a,b R e represetou cada úmero como um poto o plao. Essa represetação recebe o ome de Plao de Argad- Gauss ou Plao Complexo : b P(a,b) a

Exercíco. Utlado as déas de Gauss represete os segutes úmeros o plao: a) P = + b) P = 4- c) P = --4 P 4 = -+ e) P 5 = - Obs.: Smbolamos por o exo dos reas, por o exo dos magáros e chamamos de afxo o poto que represeta o úmero. Chamamos de módulo do complexo a dstâca do afxo de até a orgem e o represetamos por ou ρ. Chamamos de argumeto do úmero complexo = a + b, com 0, ao âgulo θ, 0 θ < π, que o exo real forma uma sem-reta de orgem O e que cotém P. O ρ θ P Exercíco. Determe o módulo e o argumeto dos segutes complexos: a) 4+ b) - c) + e) f) a+b 4. POTENCIAÇÃO cordemos as fórmulas de adção e subtração de arcos trgoométrcos: cos( a ± b) = cosa cosb se a seb se( a ± b) = se a cosb ± seb cosa Tedo em mãos estas fórmulas, as operações de multplcação, dvsão, potecação e radcação de úmeros complexos a forma trgoométrca são faclmete efetuadas. Em prmero lugar, cosderemos os úmeros complexos = r (cos a + se a) e = r (cos b + se b) Calcule., colocado r.r em evdêca e agrupado os termos semelhates (lembre-se que = ). Agora, utlado as fórmulas de soma e subtração de arcos dadas acma, observe que podemos escrever. de uma forma mas sucta:

. = r r [cos(a+b) + se(a+b)] Note que o módulo do produto é o produto dos módulos dos fatores e o argumeto é a soma dos argumetos dos fatores. Utlado um processo chamado Idução Matemátca podemos provar que, se = r(cosθ + se θ ), etão, para todo Ν, [ cos ( θ ) +. se( θ )] = ρ, ode 0 θ < π Esta fórmula é cohecda como Fórmula de Movre. 5. RADICIAÇÃO Chamamos de ra -ésma de um úmero complexo o úmero complexo k Por exemplo, é ra quadrada de pos =. é ra cúbca de pos =. é ra quarta de 6 pos ( ) 4 = 6. tal que ( ) k =. A operação de radcação é uma forma de potecação, ode os expoetes são úmeros racoas ão teros. Desta forma, podemos utlar a fórmula de Movre para calcular também as raíes eésmas de um úmero complexo: = r θ + kπ θ + kπ θ + kπ cos +. se, ode 0 < π e 0 k < Exemplo. Ecotre as raíes quadradas de = 4 + 4 º. Passo: calcular o módulo de : 4 ( 4 ) 8 = + = 4 seθ = = π º. Passo: determar o argumeto de : 8 θ = + kπ 4 cosθ = = 8 º. Passo: usar a Fórmula de Movre: π π + kπ + kπ = 8 cos +. se π π = 8 cos + kπ +. se + kπ 6 6 π π Ou seja, para k = 0, = cos + se = 6 + 6 6 7 7 π π e para k =, = cos + se = 6 6 6

6. EXERCÍCIOS. Obteha o produto w =.. ode a) = (cos45 + se 45 ) = (cos5 + se 5 ) c) = 6(cos60 + se 60 ) = 5(cos5 + se 5 ) = cos08 + se 08 b) = (cos4 = 4(cos + se ) = 6(cos 4 + se4 + se 4 ) ) R. a) w= (cos60 + se 60 ) b) w = 7(cos88 + se88 ) c) w = 80(cos7º + se7º) π π. Sedo = (cos + se ) e utlado a multplcação defda acma, deteme, e 4. 4 4. Determe o módulo e o argumeto do úmero 4 para os complexos a) = (cos5 +se5 ) b) = (cos00º + se00º) R. a) ρ = 8 e θ = 40 b) ρ = 6 e θ = 0 4. Calcule as potêcas, dado a resposta a forma algébrca a) ( ) 8 6 b) ( + ) R. a) -8-8 b) -64 5. Dado o úmero complexo = cos 45 + se 45, calcule w = + + + 4 + 5 + 6 R. w = (- - ) + 6. Escreva as expressões abaxo a forma a + b : a) ( 4 ) + (6 + ) b) ( ) c) ( 4 ).( 4) ( + ) 4 + 5 7 9 R. a) 7 6 b) c) 7 4 4 5 7. Calcule,,, e observe que as potêcas começam a se repetr depos de 4. Comprove 4+ r r este fato, mostrado que = e aplque este resultado para calcular: 0 a) 0 b) ( + ) + 99 c) + + + + R. a) b) -64 c) - 8. Sedo um tero, que valores podem ter +? R. 0, ou - 9. Determe a real para que R. ± a + + a seja real. 4

+ a 0. Determe a real para que seja um magáro puro. R.. solva em C as segutes equações: a) = b) = + c) = + + 6 = + + ± R. a) { +, } b) {, } c). presetar a forma trgoométrca: a) + b) + c) 5 seθ cosθ ± 7 R.a) π π cos + s b) π π cos + s 4 4 c) ( cos0 s 0). Para que valores de tero postvo ( + ) é real? R. múltplo de 4. + π π cos θ + + s θ + 4. Qual é a forma algébrca do úmero complexo represetado a fgura abaxo? R. + 5. A fgura abaxo represeta um octógoo regular scrto uma crcuferêca. Sabedo-se que BF = 8, determe as formas algébrca e trgooétrca dos úmeros complexos cujos afxos são os potos B e D. R. B : + ; D : + 6. Calcule, dado a resposta a forma algébrca: a) ( + ) 6 b) ( + ) 8 5 5 c) + R. a) 8 b) 56 c) 5 + + 00 7. Ecotre as raíes sextas de 8. presete seus afxos o plao. Qual a medda de cada um dos arcos determados pelos afxos? Qual é a coclusão? 5