Informativo Semanal de Economia Bancária



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5 MOEDA E CRÉDITO. ipea SUMÁRIO

Transcrição:

Comentário Semanal Como abordamos no informativo anterior, na análise do Relatório de Inflação, a despeito dos últimos indicadores de inflação terem correspondido mais aos cenários do BC, sobretudo com a descompressão nos preços no atacado, isso ainda não estava se refletindo nas projeções para a inflação oficial, que permaneciam congeladas no patamar em torno de 5,3%. Nesse sentido, o IPCA de Março abaixo da expectativa do mercado parece ter ativado as revisões. A estimativa do IPCA para 2012 (mediana), na pesquisa Focus divulgada hoje, recuou de forma importante, para 5,06%, de 5,27% na semana anterior, na direção dos cenários do BC, que comtemplam previsões de 4,4% (referência) a 4,5% (mercado) para o IPCA de 2012. E, embora um pouco prematura, já se começa a discutir a possibilidade da taxa Selic fechar 2012 abaixo dos 9% a.a. que ainda parece ser o piso das estimativas, com base na Ata da última reunião do Copom. De todo modo, com menores riscos para o cumprimento da meta nesse ano, a dúvida fica mesmo para 2013, especialmente se o governo for bem sucedido na sua tentativa de acelerar a recuperação da economia doméstica e não surgirem novas surpresas (muito) negativas no front internacional. Nesse caso, um recrudescimento das pressões inflacionárias obrigaria o BC a promover novo aperto na politica monetária. O tamanho do aperto, porém, tem relação com a inflação desse ano, além é claro, do ritmo que essa recuperação terá. Nesse sentido, a convergência da inflação para o cenário do BC seria uma boa notícia, pois reduz o ponto de largada da inflação em caso de retomada do crescimento. De todo modo, independentemente dessas questões, é provável que o BC recorra ao todo ou em parte à utilização das medidas macro prudenciais para promover esse ajuste, reduzindo ao mínimo necessário um eventual ajuste para cima da taxa Selic. Nesse contexto, cresce a importância de se promover uma alteração nas regras das cadernetas de poupança. A conta é simples: com a Selic na faixa de 8,75%, um fundo DI com uma taxa de administração de 1% e rendendo algo como 98% do CDI, teria uma taxa de rendimento anualizada na faixa de 5,85% (líquida de IR, nesta caso à alíquota de 20%). Mesmo sem considerar a TR (já com uma taxa baixa a essa altura) o cupom fixo de 6% da caderneta de poupança (já liquido de IR) seria superior ao rendimento do Fundo DI. Não é difícil imaginar o desequilíbrio potencial desse cenário, que poderia levar a um fluxo significativo de recursos para as cadernetas e ao mesmo tempo escassez de funding em outros segmentos do mercado. Teríamos excesso de exigibilidade, e com base em recursos de curto prazo, de um lado e escassez em outro. Certamente um desequilíbrio que precisa ser corrigido para viabilizar a continuidade da queda dos juros. E quanto antes melhor. Índice Indicadores Nacionais e Internacionais... pág. 2 Destaques da Semana... pág. 3 a 10 Indicadores Úteis... págs. 11 e 12 Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 1

Indicadores Nacionais Dia Indicadores Nacionais Período Consenso de Mercado Anterior 09/04 (seg) FGV: IGP-DI Mar/12 0,56% (efetivo) 0,07% 09/04 (seg) FGV: IPC-S Abr/12 0,58% (efetivo) 0,60% 09/04 (seg) MDIC: Balança comercial semanal Abr/12 - $ 372 M 10/04 (ter) CNI: Utilização da capacidade instalada Fev/12-81,9% 11/04 (qua) FIPE: IPC Abr/12 0,21% 0,10% 11/04 (qua) FGV: IGP-M (previsão) Abr/12 0,40% 0,35% 11/04 (qua) BCB: Índice de atividade econômica (M/M e A/A) Fev/12 - -0,13% e 1,44% 13/04 (sex) IBGE: Vendas a varejo (M/M e A/A) Fev/12-0,2% e 9,4% 2,6% e 7,3% Indicadores Internacionais Dia Indicadores Internacionais Período Consenso de Mercado Anterior 09/04 (seg) Z.Euro: Índice de preços ao consumidor (A/A) Mar/12 1,7% (efetivo) 2,1% 09/04 (seg) Z.Euro: Produção industrial (A/A) Fev/12-8,3% (efetivo) -5,0% 09/04 (seg) Z.Euro: Balança comercial Fev/12-720 M - 1.091 M 09-12/04 Z.Euro: Índice de preços no atacado (M/M e A/A) Mar/12-1,0% e 2,6% 10/04 (ter) EUA: Estoques no atacado Fev/12 0,5% 0,4% 10/04 (ter) Z.Euro: Taxa de desemprego Mar/12-7,6% 10/04 (ter) China: Balança comercial Mar/12 -$ 3,15 B -$ 31,48 B 11/04 (qua) EUA: Índice de preços de importação (M/M e A/A) Mar/12 0,9% e 3,4% 0,4% e 5,5% 11/04 (qua) EUA: Livro Bege - Fed - - - 11/04 (qua) EUA: Orçamento mensal Mar/12 -$ 200,0 B 12/04 (qui) EUA: Balança comercial Fev/12 -$ 51,7 B -$ 52,6 B 12/04 (qui) EUA: Índice de preços do produtor (M/M e A/A) Mar/12 0,3% e 3,1% 0,4% e 3,3% 12/04 (qui) EUA: Novos pedidos de seguro-desemprego Abr/12 357 mil 357 mil 13/04 (sex) EUA: Índice de preços ao consumidor (M/M e A/A) Mar/12 0,3% e 2,7% 0,4% e 2,9% 13/04 (sex) EUA: Confiança da universidade de Michigan Abr/12 76,5 76,2 Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 2

Destaques da Semana BNDES Crédito e Bancos Promoveu na semana passada uma série de revisões nas suas linhas de crédito, como parte das medidas de estímulo aos investimentos anunciada pelo Governo Federal. Em geral reduziu as taxas de juros de seus financiamentos, ampliou os prazos e aumentou os níveis máximos de participação do banco nos projetos. O BNDES PSI (programa de Sustentação do Investimento), que financia máquinas e equipamentos, foi prorrogado até dezembro de 2013, com redução de taxas, aumento de prazos e dos níveis de participação máxima. Veja abaixo as principais mudanças: Máquinas e equipamentos: Prazo mantido em 120 meses. Grandes Empresas: juros caíram de 8,7% ao ano para 7,3 % e Participação Máxima do BNDES no projeto passa de até 70% para até 90%; Micro, Pequenas e médias empresas (MPMEs): juros recuam de 6,5% para 5,5% a.a. e participação máxima no projeto passa de até 90% para até 100%; Ônibus e caminhões: Juros reduzidos de 10% para 7,7%, prazo máximo de amortização foi estendido de 96 meses para 120 meses. O nível máximo de participação do BNDES foi elevado de 80% para 100% (MPMEs) e de 70% para 90% (Grandes Empresas). BNDES Pro Caminhoneiro: Financiamento para o caminhoneiro autônomo. Taxa reduzida de 7% para 5,5%; Exportação (Pré embarque): Prazo ampliado de 24 para 36 meses. Taxa de juros permanece em 9% para Grandes Empresas e 7% para MPMEs. Participação Máxima do BNDES nos projetos passar de até 90% para até 100% nas MPMEs; Inovação: Todas as linhas (Inovação Tecnológica, Capital Inovador e Inovação Produção) foram unificadas, com taxa de 4% ao ano. Antes as taxas iam de 4% a 7% a.a., conforme as modalidades. Prazo de carência passa de 36 meses para 48 meses; BNDES Proengenharia: Destinado ao desenvolvimento da engenharia nacional, teve vigência ampliada até o final de 2013 e taxa reduzida de 7% para 6,5% a.a.; BNDES Revitaliza: Apoio à inovação. Inclusão de novos setores no acesso à linha, sobretudo os prejudicados pelo câmbio: Calçados, Instrumentos médicos e odontológicos, Equipamentos de informática, Material eletrônico e de comunicações, Brinquedos, Móveis, Artefatos de madeira, palha, cortiça, vime e material trançado e Transformados de plástico. Valor disponível de R$ 4,7 bilhões. Prazo de amortização de seus financiamentos ampliado de até 18 meses para até 24 meses na modalidade Exportação; BNDES PSI Projetos Transformadores: Valor disponível de R$ 8 bilhões para financiar investimentos que criem capacidade tecnológica e produtiva em setores de alta intensidade de conhecimento e engenharia. O foco é a produção de bens que ainda não são fabricados no País e que possam induzir encadeamentos e ganhos de produtividade e qualidade. Taxa de juros de 5% a.a., prazo de até 144 meses e carência de até 48 meses; BNDES Progeren: Fornece Capital de Giro. Abrangência também para Grandes empresas (Receita Operacional Bruta (ROB) superior R$ 300 milhões), com limite de R$ 50 milhões por grupo econômico. MPMEs (ROB de até R$ 300 milhões) continuam com limite de até R$ 20 milhões. Os juros foram reduzidos da faixa de 10,5% a 13% a.a. para 9% a 11,5% a.a.; Banco do Brasil Já o Banco do Brasil anunciou um conjunto de medidas para reduzir as taxas de juros das principais linhas de crédito para pessoas físicas e micro e pequenas empresas, também no contexto do estímulo à economia pelo Governo Federal. Em volume de crédito, o BB vai elevar em R$ 26,8 bilhões os limites para micro e pequenas empresas e em R$ 16,3 bilhões os limites para pessoas físicas. Pessoas Físicas Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 3

Veículos: Crédito pré-aprovado e sem tarifas embutidas. Taxa de juros de 0,99% a 2,65% a.m., de 1,24% a 3,79% a.m., anteriormente. Financiamento de consumo: Taxa de juros de 2,26% a 4% a.m., para 1,60% a 1,98% a.m., anteriormente. Consignado para aposentados e pensionistas do INSS: Taxas de 0,85% a 1,80% ao mês, de 0,85% a 2,04% a.m., anteriormente. Na antecipação do 13º salário juros passam de 3,21% para 2,34% a.m.. No crédito pessoal, juros passam de 2,27% a 3,89% a.m., para 2,27% a 2,34% a.m. Crédito rotativo do cartão: Para assalariados que recebem por meio do BB e optarem por aderir aos pacotes de serviços. Taxa de juros passa a 3% a.m., de 3,96% a.m. a 12,25% a.m.. Terão 10 dias sem juros no cheque especial. Micro e pequenas empresas CAIXA Capital de giro: Taxa de juros passam de 0,96% a.m. a 1,98%, para 0,96% a 1,58% a.m.. Antecipação de Recebíveis (cheques prédatados, duplicatas e cartões de crédito): Taxa passam de 1,26% a 1,88% a.m., para 1,26% a 1,58% a.m.; Nessa segunda-feira a Caixa Econômica Federal também anunciou um pacote de redução das taxas cobradas e de estímulo ao crédito. Pessoas Físicas Veículos: Taxa de juros de 0,98% a 2,25% a.m., conforme o tipo de veículo, entrada e cliente. Crédito Pessoal: Taxa de juros passa de 5,4% a.m. para 3,88%. Para clientes com conta salário, a taxa do CDC foi reduzida de 4,65% a.m. para 2,39% a.m. Consignado para aposentados e pensionistas do INSS: Taxas recuam de 1,29% a 2,82% a.m. para 1,20% a 1,95% a.m. Crédito rotativo do cartão: Redução de 40% nas taxas de juros anuais no rotativo para os clientes dos cartões Nacional, Internacional e Gold. Para assalariados que recebem por meio da Caixa, taxa de juros passa a 2,85% a.m., de 12,86% a.m.. Cheque Especial: Taxa de juros caem de 8,18% a.m. para até 3,50% a.m. no caso dos clientes com crédito salário. Para os demais clientes, a taxa será 1,35% a 4,27% a.m.. Micro e pequenas empresas Capital de giro: Taxa de juros passam de 2,72% a.m., para 0,94% a.m., prazo foi ampliado de 18 meses, para 40 meses, e limite de contratação subiu de R$ 60 mil para até R$ 1 milhão. Desconto de cheques e recebíveis: Taxa média passa de 1,72% a.m. para 1,25% a.m.; De acordo com as declarações das autoridades, expectativa go governo é que essa redução das taxas estimule o crédito e o consumo contribuindo para a recuperação da atividade econômica. Basileia O Banco de Compensações Internacionais (BIS) publicou na semana passada o segundo relatório com o status da implementação das regras de Basiléia nos diversos países signatários do acordo. O documento também visa assegurar que as determinações de Basiléia III, que passa a englobar as determinações de Basiléia II e Basiléia 2.5, sejam incluídas na regulamentação de cada país e dentro do cronograma inicialmente estipulado na legislação internacional. Com relação as regras de Basileia II, não houve grande alteração em relação ao documento levantado em setembro de 2011. Em quase todos os países signatários, inclusive o Brasil, a implementação das regras está completa. Apenas na Argentina e Rússia, a implementação está mais atrasada e na Indonésia, China, Turquia e EUA, está em processo final. Em relação às regras de Basiléia 2.5, que dizem respeito mais aos riscos relacionados às operações de securitização e de mercado, houve um maior avanço em relação ao documento de set/11 e agora a maior parte dos países já está com implementação completa O Brasil começou a implementação das regras em janeiro de 2012. Aqui, há diversos países sem qualquer implementação, como Argentina, México, Indonesia, Russia, Turquia e EUA. Na China e Arábia Saudita, a implementação está em processo. Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 4

Em relação ao estágio atual de Basiléia III, também houve uma evolução desde setembro e no final de março apenas 8 países não haviam publicado o draft da minuta de resolução, de 16 países em set/11. A maior parte está nesse estágio de publicação do esboço da minuta. Apenas a Arábia Saudita já enviou as regras finais aos bancos. No Brasil, o BC publicou em fevereiro o Edital de audiência pública nº 40, com as minutas de Resoluções sobre as novas regras. O documento ficará em audiência pública até dia 17 de maio e deverá ser publicado de forma definitiva no segundo semestre. Atualmente, as regras estão mais relacionadas à questão do capital, novos índices, colchões, ajustes prudenciais, definição dos instrumentos de captação subordinados e a composição do RWA (Ativos ponderados pelo risco). A agenda é extensa e diversos pontos carecem de definição, como a questão do consolidado prudencial, que passará a ser referência para a nova base do capital dos bancos, o que deve ocorrer apenas no início do segundo semestre. Ainda no decorrer desse ano, o BC deve abordar a questão da padronização da divulgação das informações sobre Basileia e possivelmente definições acerca do índice de Alavancagem e do LCR (Índice de Liquidez de curto prazo) em Basileia III, deixando o NFSR (Índice de Liquidez de prazo mais longo), para 2013. Ainda em relação ao cronograma das regras, além dos países signatários, não vemos muito avanço por parte dos países latino americanos na implementação de Basileia III. O Brasil está bem mais avançado que os demais países da região. Veja abaixo o status de implementação nos diversos países ou acesse o link: http://www.bis.org/publ/bcbs215.pdf Calendário Semanal: Destaques O destaque da semana será a divulgação da Pesquisa Mensal do Comércio que traz os dados de volume de Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 5

jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 0,47 0,15 0,16 0,52 0,50 0,21 0,37 0,43 0,53 0,56 0,45 0,79 0,77 Federação Brasileira de Bancos vendas no varejo, receita nominal, entre outros. A expectativa é de uma acomodação na variação mensal, com recuo de 0,2% no mês, após o forte desempenho de janeiro. Contudo, na comparação anual, o ritmo deve acelerar, para 9,4%, de 7,3% em janeiro, mostrando ainda desempenho importante. Também são esperados dados de inflação como o IGP- DI, IPC-S, IPC e uma prévia do IGP-M, além do índice de atividade econômica do Banco Central do Brasil. 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 6,30 IPCA (%) 7,31 5,24 Nos EUA, destaque para a divulgação dos estoques no atacado de fevereiro, que deverá vir mais forte (0,5%) que no mês anterior (0,4%), do relatório mensal do orçamento, cuja expectativa rodeia os - US$ 196,0 bilhões, da balança comercial, com saldo pouco melhor na margem, e do índice de preços ao consumidor, cuja projeção é de desaceleração (0,3%) em relação ao resultado de fevereiro (0,4%). Na Zona do Euro foi divulgado hoje o índice de preços ao consumidor de março que recuou para 1,7%, de 2,1% em fevereiro. Ainda hoje, a variação da produção industrial registrou queda de 8,3% para fevereiro, de -5,0% de janeiro. Inflação Semana Passada: Destaques Na semana passada, a divulgação do índice de inflação (IPCA) trouxe resultado abaixo do esperado, seguindo a linha da surpresa positiva do IPCA-15. O resultado surpreendeu os analistas cujo consenso Bloomberg era de 0,37% (mediana) no mês (máxima; 0,40%; mínima: 0,30%). O IPCA fechou março com variação de 0,21%, de 0,45% registrado em fevereiro de 2012, e ante os 0,79% referente ao mesmo mês em 2011. Os dados acumulados em 12 meses continuaram em trajetória de queda, com 5,24% em março, de 5,85% de fevereiro. A inflação para o primeiro trimestre de 2012 ficou em 1,22%, metade da variação registrada no mesmo período do ano anterior (2,44%). A tendência de recuo demonstrada pela série ao longo dos últimos meses denota um perfil diferente da inflação de 2011, com uma pressão menor dos grupos de alimentos, dada a relativa estabilidade das commodities. Mensal Acum. 12 meses A forte redução do IPCA deve-se em boa parte a desaceleração do grupo Educação, que em fevereiro teve variação de 5,62%, gerando impacto de 0,25 p.p. no resultado. Em março tal grupo reduziu sua variação para 0,54% impactando em 0,02 p.p.. Não apenas o grupo Educação, mas, com exceção aos grupos de Alimentos e bebidas (de 0,19% para 0,25%) e Transportes (de-0,33% para 0,16%), os demais apresentaram resultados inferiores aos de fevereiro. Destaque ainda para o grupo Habitação (de 0,60% para 0,48%) que teve seu resultado influenciado significativamente pela redução nas taxas de aluguéis, de 1,19% para 0,45%. Em Saúde e cuidados pessoais (de 0,70% para 0,38%), o segmento de remédios puxou a variação para baixo passando de 0,57% para 0,02%, bem como o item de Higiene pessoal de 0,89% para 0,34%. Nos Artigos de residência (0,06% para -0,40%) a trajetória de queda também persistiu, com os Eletrodomésticos passando de -0,38% para -1,50%. Os únicos grupos com variação acima do resultado de fevereiro foram Transportes e Alimentos e apresentaram, com destaque em Passagens aéreas (de -8,84% para 1,34%) e Alimentos de consumo no domicílio (de -0,03% para 0,21%), respectivamente. 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 Setores IPCA (% 12 meses) Alimentação (no Domicílio a partir de 2012) Monitorados Serviços Produtos Industriais Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 6

jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 Federação Brasileira de Bancos Em análise aos núcleos de inflação, todos os quatro apresentaram redução significativa. O IPCA-EX1 (exclui alimentos no domicílio e monitorados) recuou de 0,65% para 0,22%. O IPCA-EX2 (exclui 10 itens de alimentos e combustíveis) passou de 0,60% para 0,21%. O IPCA-MS e o IPCA-DP também recuaram de 0,41% para 0,28% e de 0,47% para 0,26%, respectivamente. No acumulado em 12 meses os núcleos EX1 (6,24% para 5,75%) e EX2 (6,12% para 5,61%) já estão rodando abaixo de 6,0%, enquanto os outros dois seguem acima (MS, 6,38% e DP, 6,02%). 8,00 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 4,00 Para abril, mais confirmações de queda para o IPCA são esperadas. A pesquisa FOCUS projeta um IPCA de 5,06% para o final de 2012 e 5,50% para 2013. Balança comercial Acum. 12 meses (%) IPCA IPCA-EX1 IPCA-EX2 O superávit comercial brasileiro em março foi de US$ 2,019 bilhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O resultado superou as estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, de US$ 794 milhões a US$ 1,6 bilhão, com mediana de US$ 1,404 bilhão. No mês, as exportações somaram US$ 20,911 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 18,892 bilhões. No ano, a balança comercial brasileira acumula superávit de US$ 2,440 bilhões. As exportações somaram US$ 55,080 bilhões no primeiro trimestre de 2012, e as importações chegaram a US$ 52,640 bilhões. 0,4 Fluxo Comercial Balança Comercial (US$) O fluxo cambial encerrou março com superávit de US$ 5,740 bilhões, patamar ligeiramente superior ao registrado em fevereiro, quando US$ 5,705 bilhões ingressaram no Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. A entrada de dólares no mês passado, porém, teve perfil diferente do visto nos dois primeiros meses do ano. Em março, a conta financeira registrou saída líquida de US$ 291 milhões, após ingresso de US$ 9,086 bilhões no primeiro bimestre por essa via. As saídas somaram US$ 32,830 bilhões e superaram os ingressos de US$ 32,538 bilhões. A saída de dólar pela via financeira coincide com a adoção de medidas mais fortes pela equipe econômica para conter a valorização do real. Movimento Câmbio (US$ milhões) 20.000 15.000 10.000 5.000 0-5.000 Fonte: BCB; Elaboração: FEBRABAN 1,2 1,7 1,6 2011 2012 2,0 Fonte: MDIC Elaboração: FEBRABAN -1,3 jan fev mar Comercial Financeiro Total O BC também informou que a conta comercial acumulou entrada líquida de US$ 6,032 bilhões no mês passado, quase o dobro do que o resultado de Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 7

Fev Jun Out Fev Jun Out Fev Jun Out fev/11 jun/11 out/11 fev/12 25,5% 32,4% 39,4% 35,5% 30,4% 30,5% 26,5% 20,1% 23,3% 13,8% 4,7% -0,3% -4,5% -12,7% -9,3% fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 Federação Brasileira de Bancos fevereiro, de US$ 3,520 bilhões. Em março, as exportações alcançaram US$ 22,719 bilhões e superaram a saída de US$ 16,687 bilhões para pagamento das importações. No primeiro trimestre de 2012, o Brasil recebeu US$ 18,728 bilhões, sendo US$ 8,795 bilhões pela conta financeira e US$ 9,933 bilhões pela conta comercial. Índice Commodities Brasil (IC-Br) O índice Commodities Brasil (IC-Br) de março foi de 2,7%, ante queda de 3,0% em fevereiro e -1,1% em março de 2011. No acumulado de 12 meses índice continua sinalizando sua contribuição para o arrefecimento da inflação, principalmente de alimentos. Em 12 meses o IC-Br registrou queda de 9,3% ante recuo de 12,7% em fevereiro e elevação de 39,4% em março de 2011. 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 Índice Commodities Brasil (IC-Br) Fonte: BCB; Elaboração: FEBRABAN Produção industrial Var. 12 meses (%) Índice Os dados de atividade econômica divulgados na semana passada mostraram uma parcial recuperação da produção industrial em fevereiro, após forte queda em janeiro. Ademais, outros dados de atividade sinalizam recuperação na produção de veículos em março. Ante fevereiro de 2011 a produção industrial recuou 3,9%. No acumulado dos últimos 12 meses a produção industrial continua recuando, sendo -1,0% em fev/12, de -0,1% em jan/12 e vindo de +8,7% em fev/11. 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% -2,0% -4,0% 8,7% 2,2% 0,1% -1,6% Produção Industrial (%) 1,3% -1,3% 0,3% Variação M/M (c/ajuste) -0,2% -0,6% -1,8% 0,5% -1,5% 1,3% -1,0% Acu. 12 meses Por categoria de uso, na comparação ante o mês anterior, na série com ajuste, apenas os bens duráveis apresentaram retração (-4,3%). As demais categorias, de bens de capital (5,7%), intermediários (2,3%) e semi e não duráveis (1,1%), registraram avanço. Em janeiro todas as categorias haviam apresentado contração. No acumulado dos últimos 12 meses, todas as categorias acumulam retração, sendo bens de capital -1,0%, intermediários -0,3%, duráveis -6,1% e semi e não duráveis -0,5%. A figura abaixo descreve o momento da indústria desde a crise de 2008. Todas as categorias de uso estão patinando desde 2010. Para 2012, a perspectiva é de moderado crescimento em todos os segmentos. Prod. Industrial - Categoria (c/ajuste) 230 130 200 170 140 110 80 120 110 100 90 A produção industrial cresceu 1,3% em fevereiro ante janeiro, série com ajuste sazonal, após recuar 1,5% (revisado de -2,1% M/M) em janeiro ante ao mês anterior. O resultado ficou acima do consenso do mercado, que projetava alta de 0,6% (min=-1,0%, max=3,5%). A alta em fevereiro decorreu da recuperação do setor automobilístico (+13,1% ante - 31,2% em janeiro) e extrativista, que cresceu 9,3% após contração em janeiro, por motivos pontuais. Capital (esq) Intermediários (dir) Duráveis (esq) Semi e Não Duráveis (dir) A confiança dos empresários do setor industrial em alta sinaliza recuperação da produção industrial em 2012. Dados da ANFAVEA indicam nova alta no índice do setor automobilístico em março, elevando a chance de novo crescimento na próxima pesquisa. Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 8

jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 Federação Brasileira de Bancos Anfavea A produção de veículos no Brasil totalizou 308.494 unidades em março, alta de 41,6% em relação a fevereiro (217.848 unidades) e 4,5% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Considerando a média diária da produção, há uma elevação de 22,3% em relação a fevereiro (fevereiro foram 19 dias úteis, em março, 22). Em março, as vendas totais de veículos no mercado interno foram 300.574 unidades, +20,5% ante fevereiro e -1,8% ante mar/11. Quanto aos importados, as vendas em março somaram 70.886, o crescimento de 15,8% ante fevereiro. Com base na média diária as vendas totais cresceram apenas 4% no mês e recuaram 6,3% ante mar/11. 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 Produção e Vendas p/ dia útil Produção Vendas No primeiro trimestre de 2012 a produção de veículos atingiu 738.106 unidades, -10,9% ante o 1T11 (828.089 unidades). As vendas de importados acumularam 200.003 unidades, +10% em relação ao mesmo período do ano anterior (181.887). Já o acumulado das vendas totais demonstrou queda de 0,8% (825.161) em relação a 2011(818.364). Cenário Internacional e Mercados O destaque na semana passada no cenário internacional ficou por conta dos dados do mercado de trabalho e de atividade industrial. Nos EUA, a taxa de desemprego recuou para 8,2% em março ante os 8,3% registrados no mês anterior. A trajetória da taxa segue em queda já que em março de 2011 o desemprego estava em 8,9%. O resultado de março de 2012 veio abaixo do previsto pelos analistas cujo consenso era de manutenção em 8,3%. Apesar do resultado positivo, a taxa de desemprego recuou pela menor procura por vagas e não pelo aumento da ocupação, o que gerou forte pessimismo. O número de criação de postos (Payroll) desacelerou para 120 mil, enquanto a previsão dos analistas era a criação de 205 mil vagas (máx: 250 mil, mín:175 mil). O dado ratifica as afirmações do Federal Reserve de uma provável moderação na expansão do mercado de trabalho em 2012, dada a demanda que seguia fraca, os preços da gasolina que caminhavam em trajetória de alta e do esfriamento da Europa. Na Zona do Euro, a quantidade de pessoas sem emprego subiu para um novo recorde em fevereiro, segundo dados da Eurostat. O número aumentou 162 mil e somou 17,134 milhões, o mais alto da série, em jan/95. A taxa de desemprego atingiu 10,8%, de 10,7% em janeiro - a maior desde junho de 1997. Há grande disparidade entre os mercados de trabalho dos países que integram a zona do euro, com os que enfrentam problemas de dívida e implementam programas de austeridade sofrendo mais. Enquanto na Alemanha a taxa de desemprego ficou estável em 5,7%, na Espanha subiu de 23,3% para 23,6% e na Grécia está em 21,0%. Outros destaques foram os dados de atividade industrial nos EUA, na Zona do Euro e na China. Nos Eua, o índice de atividade industrial nacional (gerente de compras) avançou para 53,4 em março, de 52,4 em fevereiro, melhor que as estimativas dos economistas, de 53,0. Na Zona do Euro, a atividade manufatureira confirmou as expectativas e teve a maior contração em três meses, à medida que a produção em países periféricos, como Espanha e Grécia, diminuiu em consequência das medidas de austeridade implementadas para conter a crise de dívida. O índice dos gerentes de compra (PMI) industrial caiu para 47,7 em março, de 49,0 em fevereiro. Esse foi o oitavo mês seguido de leitura abaixo de 50, que sinaliza contração da atividade. A atividade manufatureira está especialmente fraca nos países que estão no centro da crise de dívida soberana. O PMI industrial da Espanha caiu em março para a mínima em três meses de 44,5. Na China, o índice oficial de atividade de manufatura dos gerentes de compras da China (PMI) subiu para 53,1 em março, de 51 em fevereiro, melhor nível em 12 meses, e acima das estimativas de 50,5 dos analistas, o que reduz os temores com relação ao desaquecimento da economia local. Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 9

jan/00 out/00 jul/01 abr/02 jan/03 out/03 jul/04 abr/05 jan/06 out/06 jul/07 Apr 08 jan/09 Oct 09 jul/10 Apr 2011 jan/12 Federação Brasileira de Bancos Por fim, nos EUA, o crédito ao consumidor cresceu menos em fevereiro, em US$ 8,73 bilhões, de US$ 18,6 bilhões revisados para janeiro deste ano, -53% no período. Ante fev/12 o crédito total ao consumidor teve alta de 6,7% (US$ 8,2 bilhões). O crédito rotativo, como cartão de crédito, recuou novamente passando de US$ 2,95 bilhões em janeiro para US$ 2,21 bi em fevereiro. O crédito nãorotativo, responsável pelos empréstimos feitos pelo governo para automóveis e para estudantes, somou US$ 10,94 bilhões em fevereiro, de US$ 21,6 bilhões em janeiro. O total de financiamento ao consumidor está em US$ 2,52 trilhões. 14,0% 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% -2,0% -4,0% -6,0% -8,0% -10,0% -12,0% Credito Total Rotativo Não Rotativo Credito EUA - Var 12 Já as encomendas à indústria nos EUA avançaram 1,3% em fevereiro, para US$ 468,41 bilhões, mas abaixo do consenso, de 1,5% (máxima: 2,6%, mínima: 0,5%). Apesar de sinais de um crescimento mais lento, o setor manufatureiro as encomendas gerais de bens de capital aumentaram 2,7% em fevereiro, após uma queda de 3,4% em janeiro. Os dados negativos do mercado de trabalho americano foram determinantes para o desempenho das bolsas na semana passada. No Brasil, as medidas de redução de taxas de juros pelos bancos públicos repercutiram negativamente sobre os papéis do setor. Empresa Código Variação (%) Semanal Mensal Acumulado (%) Anual Ibovespa IBOV -1,3-2,2-7,7 Petrobras PETR4-5,8-7,2-21,5 Vale VALE5-0,8 3,0-11,2 BANCOS Santander SANB11-5,6-15,2-15,4 Itaú Unibanco ITUB4-5,5-14,1-12,4 Bradesco BBDC4-3,7-5,7-5,4 Bco. Do Brasil BBAS3-7,0-16,0-17,9 BIC BICB4-4,2-6,3-41,8 Banrisul BRSR6-1,0-7,4-0,1 Daycoval DAYC4-3,5-7,9-20,5 Panamericano BPNM4 0,7 4,9 20,4 ABC ABCB4-4,7-13,7-2,7 Cruzeiro do Sul CZRS4 0,1 0,2-10,1 Sofisa SFSA4-3,9 6,2-27,9 Pine PINE4-2,0-0,1 11,3 Paraná Banco PRBC4 2,5 1,6 11,7 Indusval IDVL4-1,3 5,6-5,7 Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 10

Indicadores Úteis Semana de 02 a 06 de abril - Ano 4, no. 135 Indicadores do Mercado 05/04/12 30/03/12 05/03/12 Var. (p.p.) semanal e mensal Meta Selic (% a.a.) 9,75 9,75 10,50 0,00 p.p./ -0,75 p.p. Juros DI de Janeiro de 2013 (%a.a.) 8,73 8,91 9,03-0,18 p.p./ -0,30 p.p. Juros DI de Janeiro de 2014 (%a.a.) 9,27 9,53 9,59-0,26 p.p./ -0,32 p.p. Juros US$ 180 dias (Swap cambial taxa % anualizada) 1,40 1,16 1,68 0,24 p.p. / -0,28 p.p. Juros US$ 360 dias (Swap cambial taxa % anualizada) 1,87 1,75 2,12 0,12 p.p. / -0,25 p.p. Taxa de câmbio (Ptax) 1,83 1,82 1,73 0,55% / 5,78% Fed Funds (%) 0,25 0,25 0,25 0,00 p.p./0,00 p.p. T-BOND (10 anos - %) 2,18 2,21 2,01-0,03 p.p./ 0,17 p.p. T-BOND (30 anos - %) 3,33 3,34 3,15-0,01 p.p./ 0,18 p.p. Fonte: Bloomberg e Banco Central do Brasil FOCUS Indicadores Selecionados 2012 2013 05/04/12 30/03/12 05/03/12 Tendência* 05/04/12 30/03/12 05/03/12 Tendência* IPCA (%) 5,06 5,27 5,27 5,50 5,50 5,50 = PIB (% de crescimento) 3,20 3,20 3,30 = 4,20 4,20 4,20 = Meta Selic (%a.a.) 9,00 9,00 9,00 = 10,00 10,00 10,00 = Fonte: Banco Central do Brasil * comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado do Bacen. Pesquisa FEBRABAN de Projeções e Expectativas 2012 2013 Saldo das Operações de Crédito Dez/11 Jan/12 Mar/12 Jan/12 Mar/12 Operações de Crédito Total (% crescimento) 16,1 16,5 16,6 15,8 16,0 Operações de Crédito - PF (% crescimento) 15,0 15,5 15,6 14,8 15,0 Operações de Crédito - PJ (% crescimento) 15,2 15,3 15,4 14,9 15,1 Taxa Média de Inadimplência Total (%) 5,1 5,3 5,3 5,1 5,1 Fonte: Pesquisa FEBRABAN de Projeções e Expectativas de Mercado Indicadores de Crédito Evolução Recente Fev/12 Jan/12 Fev/11 Var. (mensal e 12 meses) Saldo Total das Operações de Crédito (R$ bi) 2.034,8 2.027,6 1.735,3 0,36% e 17,26% Saldo das Operações de Crédito com PF (CRTJ R$ bi) 521,0 514,3 437,0 1,30% e 19,22% Saldo das Operações de Crédito com PJ (CRTJ R$ bi) 548,3 547,9 471,0 0,07% e 16,41% Taxa Média de Inadimplência Total (%) 5,8 5,8 4,7 0,0 p.p. e 1,1 p.p. Taxa Média de Inadimplência PF (%) 7,6 7,6 5,8 0,0 p.p. e 1,8 p.p. Taxa Média de Inadimplência PJ (%) 4,1 4,1 3,6 0,0 p.p. e 0,5 p.p. Fonte: Banco Central do Brasil Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 11

Spread Bancário Fev/12 Jan/12 Fev/11 Var.(p.p.)Mensal Spread Bacen Total (p.p.) 28,4 27,8 26,1 0,6 Spread FEBRABAN Total (p.p.) 20,2 19,9 18,9 0,3 Spread Bacen PF (p.p.) 35,8 34,9 31,2 0,9 Cheque Especial pré 173,2 176,0 158,0-2,8 Crédito Pessoal pré 41,0 40,1 35,3 0,9 Aquisição de Veículos pré 17,5 16,6 14,6 0,9 Aquisição de Outros Bens pré 48,7 52,1 38,7-3,4 Spread FEBRABAN PF (p.p.) 28,2 27,7 25,4 0,5 Spread Bacen PJ (p.p.) 18,8 18,5 19,2 0,3 Desconto de Duplicatas pré 32,6 30,5 33,0 2,1 Capital de Giro pré 16,8 16,1 18,1 0,7 Conta Garantida pré 95,2 99,2 91,8-4,0 Aquisição de Bens pré 5,8 4,7 5,4 1,1 Spread FEBRABAN PJ (p.p.) 13,5 13,3 13,7 0,2 Fonte: FEBRABAN e Banco Central do Brasil Diretoria de Assuntos Econômicos economia@febraban.org.br Rubens Sardenberg Economista-chefe Jayme Alves Economista sênior Rachel Peixoto Economista júnior Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País 12