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Transcrição:

Comitê de Investimentos 07/12/2010 Robério Costa Roberta Costa Ana Luiza Furtado

Experiências Internacionais de Quantitative Easing Dados do Estudo: Doubling Your Monetary Base and Surviving: Some International Experience Fed of St. Louis (nov-dez 2010)

Conclusões do estudo Para a política monetária, o estudo sugere: Durante as últimas duas décadas, houve diversas experiências de grandes incrementos ou reduções do balanço dos bancos centrais ao redor do mundo; A teoria econômica e a experiência empírica (segundo o Fed) sugerem que tais ações são instrumentos úteis de política, se o público os entende como temporários e se o BC tem credibilidade sobre seu objetivo de manter uma taxa de inflação estável; São encontrados poucos casos de altas de inflação advindas de tais expansões monetárias; Um grande incremento nos balanços dos BCs por um período curto pode ser estimulante para a economia; As razões para a ação devem ser bem comunicadas. Expectativas de inflação não se movem se consumidores e empresas entenderem a razão (ou razões) para tais ações. Os BCs com credibilidade podem retirá-las quando apropriado; Expectativas de inflação bem ancoradas são cruciais para o sucesso de políticas monetárias não convencionais; Quando a crise passa, o balanço deve ser trazido à normalidade rapidamente. Fonte: Fed St. of Louis Review

Taxa de juros dos países selecionados O primeiro instrumento clássico de expansão monetária é a redução da taxa nominal de juros para um nível próximo de zero. Isso ocorreu na crise de 2008 com a maioria dos países estudados, com exceção da Austrália e Finlândia; Diferentemente da crise de 2008, na crise dos países nórdicos (anos 1990), houve elevações de taxas de juros (e.g. Suécia e Finlândia) por conta da inflação elevada. Fonte: Fed St. of Louis Review

Expansão monetária dos países selecionados Depois de a taxa de juros ser levada a zero, os Bancos Centrais deram início à uma forte expansão da base monetária; Os gráficos ao lado ilustram a magnitude dessa expansão ocorrida em 9 países. Para tanto, os gráficos são indexados a uma base 100 na primeira observação; As escalas horizontais refletem 4 diferentes episódios: 1) EUA, UK, Suécia e Suíça: crise de 2008; 2) Suécia e Finlândia: na década de 1990; 3) Japão*: Quantitative Easing de 2001-2006; 4) Nova Zelândia: aumento permanente da base monetária para melhorar o sistema de pagamentos, em 2006. (*) A expansão monetária feita pelo Japão em 2008 é considerada irrelevante frente ao tamanho do balanço do BoJ e, por isso, não foi considerada nesse estudo. Fonte: Fed St. of Louis Review

Inflação atual e esperada dos países selecionados Como mostram os gráficos, o início da crise financeira (e da recessão) tipicamente reduz a inflação corrente e as expectativas. No momento em que a expansão monetária é antecipada, no sentido de impulsionar a economia, os agentes esperam que a inflação atual retorne para sua tendência de longo prazo em um futuro próximo. Ou seja, enquanto a inflação corrente continua caindo, as expectativas se estabilizam em torno do patamar desejado pelos Bancos Centrais. Fonte: Fed St. of Louis Review

Dados macroeconômicos - EUA

Atividade Out.10/2007: -6% Out.10/2009: +6% Out.10/2007: -8% Out.10/2009: +7% -12% -14% Out.10/2007: +0,5% Out.10/2009: +8% Produção industrial americana se recuperou a partir de meados de 2009, mas está há 5 meses estagnada num nível inferior ao pré-crise. -7% Ainda há, portanto, certa capacidade ociosa, o que deve desestimular os investimentos por enquanto. O consumo, no entanto, continua a subir, já ultrapassando a média de 2007. Contudo, os gastos das famílias estão sendo sustentados por transferências governamentais e cortes de impostos. Fonte: Bloomberg

Housing - Construction O mercado imobiliário é o que tem tido o pior desempenho desde a crise. Ao contrário da produção de bens, a construção de casas continua no seu nível mais baixo desde o início da série, sem sinal de melhoras no curto prazo. Out.10/2007: -61% Out.10/2009: -6% -59% Set.10/2007: -52% Set.10/2009: -5% Set.10/2007: -30% Set.10/2009: -12% -21% -49% Fonte: Bloomberg

Housing Vendas e Estoque Out.10/2007: -63% Out.10/2009: -24% Out.10/2007: -22% Out.10/2009: -14% +9% -51% Estoque Out.10/2007: -7% Out.10/2009: +4% -11% Vendas de casas (novas e usadas) também no nível mais baixo desde o início das séries. No caso das casas já existentes as vendas aumentaram no final de 2009/início de 2010 devido a incentivos do governo à compra de casas, mas logo depois voltaram para um nível 22% menor que a média de 2007. Com as vendas sem sinal de recuperação, os estoques continuam muito altos (o dobro do que foram em 2000 e 2004). Fonte: Bloomberg

Housing Preços Out.10/2007: -20% Out.10/2009: -9% Out.10/2007: -21% Out.10/2009: -1% -12% -20% Set.10/2007: -25% Set.10/2009: +2% -27% Estoques altos e vendas fracas seguram o preço num nível cerca de 20% mais baixo que a média de 2007. Fonte: Bloomberg

Mercado de Trabalho Nov.10: 9,8% Média 07: +90 Média 09: 9,3% Média 07: 4,6% Média 09: -395 Nov.10: +39 O desemprego continua a ser um problema, com a taxa de desemprego a quase 10%. Embora as empresas norte-americanas tenham tido um desempenho positivo em 2010, isto ainda não se refletiu num nível significativo de contratações. Durante o período mais crítico da crise (2008/2009) ocorreram mais de 7 milhões de demissões, e em 2010 o resultado líquido de contratações não chega a 1 milhão de contratos (até novembro). 05 06 07 08 09 10 Fonte: Bloomberg

Indicadores de confiança e atividade A confiança do consumidor se recuperou um pouco mas ainda está no nível de 2008, bastante abaixo do patamar pré-crise. Enquanto o mercado de trabalho continuar contraído é pouco provável que a confiança volte a subir. Os indicadores de atividade (ISM) voltaram a sinalizar otimismo (nível acima de 50). Contudo, por serem resultado de uma pesquisa qualitativa, podem indicar um percepção distorcida em um cenário turbulento. A melhora nos lucros das empresas, sem significar uma melhora nos níveis de produção e emprego, por exemplo, pode ser um possível viés do indicador. Nov.10/2007: -48% Nov.10/2009: +20% -56% Nov.10/2007: +11% Nov.10/2009: +22% Nov.10/2007: +19% Nov.10/2009: +3% -10% -14% Fonte: Bloomberg

Inflação (YoY) A inflação cheia tem permanecido num nível próximo a 1% a.a., abaixo da meta implícita de 2% a.a.. No entanto, a preocupação com uma possível de deflação parece ter sido postergada. Na outra ponta, o risco de um descontrole para cima dos preços, como conseqüência das injeções de dinheiro que o Fed tem feito no mercado, também não tem aparecido como motivo de apreensão para as autoridades monetárias dos EUA. Fonte: Bloomberg

Setor Externo Após uma melhora de cerca de $ 300 bilhões nas balança comercial de bens e serviços norte-americana, conseqüência de uma forte queda nas importações, o saldo comercial voltou a se deteriorar. O principal efeito da diminuição do déficit comercial foi uma melhora na conta corrente do país, que tem permanecido próxima a -3% do PIB. Fonte: Bloomberg

Fiscal Despesas Out.10/2007: +26% Out.10/2009: +1% +25% Receitas Out.10/2007: -15% Out.10/2009: -1% -13% O déficit fiscal, que aumentou significativamente em 2008 e 2009, permaneceu estável em 2010, próximo a 9% do PIB, mas sem previsão de melhora. A recente aprovação de continuação dos estímulos fiscais sinalizou para o mercado que a melhora do resultado fiscal não é foco de preocupação do atual governo. Fonte: Bloomberg

Algumas questões em aberto no cenário internacional Há algum motor autônomo de recuperação das economias centrais em 2011? O consumo pós-2008 foi sustentado por transferências governamentais e renúncia fiscal. Mas não houve reativação de investimentos ou exportações líquidas. Há esperança de ser diferente em 2011 com prorrogação das medidas emergenciais no Congresso norte-americano? Política monetária: mais QEs, sugere o paper de St Louis, deve desentupir os canais de crédito. Segundo Bernanke, o Fed promoverá mais relaxamento monetário, se necessário; Política fiscal: embora o governo possa manter os estímulos anteriores, isso não deverá ser suficiente para conduzir o aumento de demanda agregada; Até quando os Estados Nacionais europeus e os organismos multilaterais (FMI/BCE/FEF) irão absorver dívidas privadas e soberanas? Os limites não são só econômicos, mas também de tolerância política; Guardadas as devidas proporções, a dívida dos Estados e Municípios americanos ($ 4 a 5 trilhões) reserva desafios semelhantes, talvez com menos instrumentos de socorro; Dá para acreditar que 2011 será a transição para a normalidade, qual seja, de crescimento de 2% a 2,5% na Europa e 3% a 3,5% nos EUA, diante dos desafios? Quais os potenciais novos eventos que podem trazer nova ruptura no cenário global, em termos de grandes movimento no preço de ativos? Candidatos: breakdown da União Monetária Européia, corrida bancária ou outra surpresinha (e.g. problemas na China), tão a gosto de quadros de ruptura.

Cenário básico para os ativos externos No atual contexto de armadilha da liquidez (taxa de juros não ativando investimentos e, portanto, o crescimento) e desalavancagem do crédito, injeções adicionais de moeda nas economias dos EUA e da Europa não devem surtir o efeito desejado pelos Bancos Centrais; Nos países desenvolvidos, a continuidade da estagnação econômica deve segurar inflação baixa; Efetividade de um aumento da política fiscal expansionista é limitada, devido à magnitude do impulso exigido pelos países desenvolvidos; Cenário de crise de dívida soberana dos ricos é inflacionária e destruiria valor dos títulos públicos. Haveria fuga para ativos reais; Mesmo com um decoupling entre as economias centrais e emergentes, o crescimento dos países em desenvolvimento deve ser insuficiente para sustentar uma recuperação dos países desenvolvidos; Ativos reais (ouro, bolsas, commodities) tendem a atrair o fluxo financeiro e seus preços devem continuar a subir gradualmente.