GESTÃO TECNOLÓGICA E INOVAÇÃO TEORIA COMPORTAMENTAL

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Transcrição:

GESTÃO TECNOLÓGICA E INOVAÇÃO MODELOS ORGANIZACIONAIS COMTEMPORÂNEOS Curso: Engenharia de Produção Prof. Adalberto J. Tavares Vieira

Origens e Caraterísticas Oposição à Teoria Clássica, à Teoria das Relações Humanas e à Burocracia Enfoque: Ciências do Comportamento Adoção de posições explicativas e descritivas Marco (1947): lançamento do livro O Comportamento Administrativo de Simon A inter-relação e a interdependência é uma característica da sociedade moderna, e as organizações refletem-na em suas estruturas Preocupação com ética e responsabilidade social Novo conceito de organização baseado em colaboração e consenso

Destaques Herbert Alexander Simon 1916- Abraham Maslow 1908-1970 Henry Mintzberg 1987 Frederick Herzberg 1923- Douglas McGregor 1906-1964 Outros Autores Chester Barnard 1886-1961 Rensis Likert 1903-1981 Chris Argyris

Simon O homem econômico, esse ambíguo maximizador invariavelmente escolhe a melhor entre as alternativas possíveis, seu primo, o homem administrativo contentase com a alternativa satisfacente. Herbert Simon

Simon Psicólogo Cognitivo e Economista Prêmio Nobel de Economia em 1978 Ministrou as seguintes disciplinas: Ciências Sociais, Ciências de Computação Eletrônica, Pesquisa Operacional, Estatística e Filosofia. Atualmente está desenvolvendo pesquisa na área de Inteligência Artificial em Carnegie.

Simon PROCESSO DECISÓRIO Percepção da situação Busca de alternativas de solução Definição dos objetivos Análise e definição do problema Avaliação e comparação das alternativas Escolha da alternativa mais adequada Implementação da alternativa escolhida

Simon Considerações acerca do Processo de TD Racionalidade limitada Imperfeição das decisões Relatividade das decisões Hierarquização das decisões Racionalidade administrativa Influência organizacional

Simon Comportamento Organizacional Homem Administrativo Processo de reciprocidade Teoria do equilíbrio organizacional Consumidor Empresa Empregado

McGrego r A motivação, o potencial para desenvolvimento, a capacidade para assumir responsabilidades [...] estão todos presentes nas pessoas. Não são os dirigentes que os incutem nelas. Douglas McGregor

McGrego r Nascido em Detroit Filho de clérigo Graduado pelo City College of Detroit (Universidade de Wayne), em 1932 Ph.D. em Harvard Instrutor e orientador em Psicologia Social em Harvard Professor assistente de Psicologia no MIT Reitor do Antioch College, em Yellow Springs, Ohio, em 1948 Professor de Administração Industrial no MIT, a partir de 1954

McGrego r THE HUMAN SIDE OF ENTERPRISE (1960) Autoridade - coerção física, persuasão, assistência Limitações à eficácia da autoridade como meio de controle: menor dependência na relação de emprego (leis sociais, limitações das demissões) possibilidade de contramedidas (operação tartaruga, baixo padrão de desempenho)

McGrego r TEORIA X Tradicional pensamento da coerção psicológica, escorado na premissa da mediocridade das massas.

McGrego r TEORIA X Premissas o indivíduo médio possui um desapreço inerente pelo trabalho e irá evitá-lo caso lhe seja possível as pessoas precisam, portanto, ser forçadas, controladas, dirigidas e ameaçadas com punição para realizar um esforço adequado tendo em vista as metas da organização o ser humano típico prefere ser dirigido, deseja evitar responsabilidades, possui pouca ambição e quer, acima de tudo, segurança.

McGrego r TEORIA Y As pessoas querem e precisam trabalhar.

McGrego r TEORIA Y Premissas o esforço físico e mental no trabalho é tão natural como no divertimento ou no descanso - o ser humano típico não detesta o trabalho o controle externo e a ameaça de punição não são as únicas formas de incentivar o esforço para atingir as finalidades da empresa o compromisso com os objetivos surge da recompensa associada ao prazer de cumprir uma meta - o mais importante é a satisfação do ego e isto pode ocorrer quando o esforço individual caminha na mesma direção dos propósitos da organização

McGrego r TEORIA Y Premissas o ser humano médio aprende, sob condições adequadas, não somente a aceitar, mas procurar responsabilidades a capacidade de exercitar um grau relativamente elevado de imaginação, engenhosidade e criatividade para a solução de problemas organizacionais está distribuída de forma ampla pela população

TEORIA Z McGrego r William Ouchi - 1981 - pensamento incompleto de McGregor sobre a teoria que viria complementar as Teorias X e Y Premissas (também encontradas na prática japonesa): emprego vitalício preocupação pelos empregados, incluindo sua vida social controle informal decisões por consenso promoções lentas transmissão de informações de alto a baixo auxílio da gerência média compromisso com a empresa grande preocupação com a qualidade

Maslow Hierarquia das Necessidades Necessidades Fisiológicas Necessidades de Segurança Necessidades Sociais Necessidades de Estima Necessidades de Auto-Realização

Herzberg Teoria dos dois fatores NÃO-SATISFAÇÃO (neutros) Motivacionais + SATISFAÇÃO INSATISFAÇÃO Higiênicos + NÃO-SATISFAÇÃO

Apreciação Crítica é uma escola formada por psicólogos e demonstra um alto grau de manipulação das pessoas meios alternativos de controle na organização que não os coercitivos (fatores psicológicos) pouca ênfase na organização informal análise comportamental a partir de vários enfoques

Questões para debate

Se o McGregor não tivesse morrido em 1964, a administração japonesa seria americana? As categorias de necessidades são etapas distintas, como colocou Maslow, ou acontecem simultaneamente com diferentes intensidades? Se Simon levasse em consideração a organização informal, seu modelo de tomada de decisão seria o mesmo? É possível ou não a auto-realização no trabalho como previu Herzberg?

Dúvidas?