MANUTENÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL



Documentos relacionados
5. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO:

3. TIPOS DE MANUTENÇÃO:

Vensis PCP. Rua Américo Vespúcio, 71 Porto Alegre / RS (51) comercial@vensis.com.br

Vensis Manutenção. Rua Américo Vespúcio, 71 Porto Alegre / RS (51) comercial@vensis.com.br

GESTÃO DE PROJETOS. Uma visão geral Baseado nas diretrizes do PMI

Projetos, Programas e Portfólios

Anexo V. Software de Registro Eletrônico em Saúde. Implantação em 2 (duas) Unidades de Saúde

REGULAMENTO DE ESTÁGIO DE INICIAÇÃO PROFISSIONAL

Código: Data: Revisão: Página: SUMÁRIO

3 Formulação da Metodologia 3.1. Considerações Iniciais

Nos últimos 20 anos a atividade de manutenção tem passado por mais mudanças do que qualquer outra. Dentre as principais causas, podemos citar:

SMART CONTROLE DO ESTOQUE DE GONDOLA

III.3. SISTEMAS HÍBRIDOS FIBRA/COAXIAL (HFC)

Transformadores. Transformadores 1.1- INTRODUÇÃO 1.2- PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

CONCORRÊNCIA AA Nº 05/2009 BNDES ANEXO II PROJETO BÁSICO: JORNADA AGIR

Agenda. A interface de Agendamento é encontrada no Modulo Salão de Vendas Agendamento Controle de Agendamento, e será apresentada conforme figura 01.

TESTE DE SOFTWARE (Versão 2.0)

ALTERAÇÕES NO SISTEMA ORION

Capítulo VII Projetos de eficiência energética em iluminação pública Por Luciano Haas Rosito*

Aula 11 Bibliotecas de função

Gestão do Escopo 1. Planejamento da Gestão do Escopo: 2. Definição do Escopo: 3. Elaboração da EDT(EAP): 4. Verificação do Escopo:

Manual. Autorizador da UNIMED

PIM TECNOLOGIA EM GERENCIAMENTO DE REDES DE COMPUTADORES (GR3P30)

Universidade Luterana do Brasil Faculdade de Informática. Disciplina de Engenharia de Software Professor Luís Fernando Garcia

DIRETRIZES PARA APRESENTAÇÃO DE REDES E CRONOGRAMAS SUMÁRIO 1 OBJETIVO ELABORAÇÃO PLANEJAMENTO...2

Plano de curso Planejamento e Controle da Manutenção de Máquinas e Equipamentos

ISO 9001:2008 alterações à versão de 2000

Novas Salvaguardas Ambientais e Sociais

Regulamento para realização do Trabalho de Conclusão de Curso

Gerenciamento do Escopo

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS Cidade Universitária de Limeira

OBJECTIVO. Ligação segura às redes públicas de telecomunicações, sob o ponto de vista dos clientes e dos operadores;

SEGURANÇA NO TRABALHO CONTRATADOS E TERCEIROS DO CLIENTE

PROCESSO EXTERNO DE CERTIFICAÇÃO

é a introdução de algo novo, que atua como um vetor para o desenvolvimento humano e melhoria da qualidade de vida

Versões Todos os módulos devem ser atualizados para as versões a partir de 03 de outubro de 2013.

PM 3.5 Versão 2 PdC Versão 1

Novo Sistema Almoxarifado

Relatório de Gerenciamento de Riscos

HARDWARE e SOFTWARE. O Computador é composto por duas partes: uma parte física (hardware) e outra parte lógica (software).

XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica

INTRODUÇÃO A LOGICA DE PROGRAMAÇÃO

PROJETO 22ª MOSTRA ESTUDANTIL TECNOLÓGICA Dias 22 e 23 DE OUTUBRO DE 2014 CURSO: GESTÃO EMPRESARIAL

Os novos usos da tecnologia da informação nas empresas Sistemas de Informação

A atuação do Síndico Profissional é a busca do pleno funcionamento do condomínio. Manuel Pereira

Relatório de Gerenciamento de Riscos

DISCIPLINA: Matemática. MACEDO, Luiz Roberto de, CASTANHEIRA, Nelson Pereira, ROCHA, Alex. Tópicos de matemática aplicada. Curitiba: Ibpex, 2006.

Passo 1 - Conheça as vantagens do employeeship para a empresa

Novas Salvaguardas Ambientais e Sociais

Sistema de Gestão de BPM

Boletim Comercial. Tema: BC003 Plano de Disponibilidade Ilimitada de Recursos UV. Introdução

Principais Informações

Workflow. José Palazzo Moreira de Oliveira. Mirella Moura Moro

Manual do Novo Pátio. Revenda. Versão 2.0

Operação Metalose orientações básicas à população

Unidade 7: Sínteses de evidências para políticas

Matemática / 1ª série / ICC Prof. Eduardo. Unidade 1: Fundamentos. 1 - Introdução ao Computador

GESTÃO DE LABORATÓRIOS

Florianópolis, 25 de janeiro de 2016 EDITAL PARA CANDIDATURA À SEDE DO 6º ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE ENGENHARIA CIVIL 2017

12. PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE ENERGIA

Glossário das Metas Prioritárias 2010 Versão Agosto/2010

Pessoal, vislumbro recursos na prova de conhecimentos específicos de Gestão Social para as seguintes questões:

Nome do programa, pesquisa ou produto: Projeto Censo GIFE 2005/2006

MANUAL DO USUÁRIO FINANCEIRO

Exercícios de Java Aula 17

METAS DE COMPREENSÃO:

Boletim Técnico. CAGED Portaria 1129/2014 MTE. Procedimento para Implementação. Procedimento para Utilização

AUTOR NICOLAU BELLO 1. N I c o b e l h o t m a I l. C o m

Roteiro de Implantação Estoque

Academia FI Finanças

Cursos Profissionais de Nível Secundário (Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março)

Processos de Apoio do Grupo Consultivo 5.5 Suporte Informático Direito de Acesso à Rede

táxis compartilhados Shared-transport / Shared-taxi

APLICAÇÃO DO SOFTWARE ELIPSE E3 NAS USINAS HIDRELÉTRICAS ILHA SOLTEIRA E ENGENHEIRO SOUZA DIAS (JUPIÁ)

WORKSHOPS SOBRE AS POSSIBILIDADES DE COOPERAÇÃO / CONCENTRAÇÃO NO SECTOR AUXILIAR NAVAL

DIRETORIA DE UNIDADE COORDENAÇÃO DE CURSOS

Aplicações Clinicas. Patologia Clínica. Luís Lito

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

MASTERCOMP ESCOLA DE INFORMÁTICA


PLATAFORMA EMPRESAS PELO CLIMA

Proposta. Projeto: VENSSO. Data 25/05/2005. Andrade Lima Damires Fernandes Andrade Lima Damires Fernandes. Responsável. Autor (s)

CLIENTE: CYRELA COMMERCIAL PROPERTIES

TECNOLOGIAS DE MICRO-GERAÇÃO E SISTEMAS PERIFÉRICOS. 6 Painéis Solares Fotovoltaicos

2º Passo Criar a conexão via ODBC (Object DataBase Conection)

O projeto Key for Schools PORTUGAL

MANUAL dos LABORATÓRIOS De INFORMÁTICA

Modelagem, qualificação e distribuição em um padrão para geoinformações

CERTIFICAÇÃO DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Supply Chain Game. EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS Autor: Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ. PROJETO OTIMIZAR Plano do Programa

Apresentação do Curso

Supply Chain Game. EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS Autor: Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves

EIXO 3 CONECTIVIDADE E ARTICULAÇÃO TERRITORIAL AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO N.º 2

PM 3.5 Versão 2 PdC Versão 1

REGULAMENTO CONCURSO DE IDEIAS OESTECIM A MINHA EMPRESA

PM 3.5 Versão 2 PdC Versão 1

Pontifícia Universidade Católica do RS Faculdade de Engenharia

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Requerimentos de Energia Temporária: Requerimentos Mandatórios:

Transcrição:

MANUTENÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL 1. INTRODUÇÃO: O nível da rganizaçã da manutençã reflete as particularidades d estági de desenvlviment industrial de um país. A partir d mment em que cmeça a crrer envelheciment ds equipaments e instalações, surge a necessidade de uma racinalizaçã das técnicas e ds prcediments de manutençã. Fi ns países eurpeus e nrte-americans nde a idéia da rganizaçã da manutençã iniciu, devid à mair antiguidade d seu parque industrial. Surgiu entã a palavra: MAINTENANCE MANUTENTION MANUTENÇÃO De uma frma geral, a manutençã cnstitui-se na cnservaçã de tds s equipaments, de frma que tds estejam em cndições ótimas de peraçã quand slicitads u, em cas de defeits, estes pssam ser reparads n menr temp pssível e da maneira tecnicamente mais crreta. A partir de entã, tdas as grandes e médias empresas na Eurpa e América d Nrte dedicaram grande esfrç a treinament d pessal nas técnicas de rganizaçã e gerenciament da manutençã. N Brasil, n iníci d seu desenvlviment industrial, a baixa prdutividade industrial, baixa taxa de utilizaçã anual e s alts custs de peraçã e de prduçã, refletiam justamente um baix nível u até inexistência quase ttal de rganizaçã na manutençã. N entant, cm passar ds ans e amadureciment industrial, fez-se sentir a pesada necessidade de reestruturaçã n nível e na filsfia da rganizaçã da manutençã, de md que hje, já tems um esfrç mair nesse sentid, e pdems até dizer, que a manutençã ganha seu destaque n prcess prdutiv, cm nã pderia deixar de crrer, em benefíci própri das empresas e indústrias. Ns últims 20 ans a atividade de manutençã tem passad pr mais mudanças d que qualquer utra. Dentre as principais causas, pdems citar: a. aument, bastante rápid, d númer e diversidades ds itens físics (instalações, equipaments e edificações) que têm que ser mantids; b. prjets muit mais cmplexs; c. nvas técnicas de manutençã;

d. nvs enfques sbre a rganizaçã da manutençã e suas respnsabilidades. A tabela 1.1 ilustra a evluçã da manutençã, que pde ser dividida em 3 gerações: A idéia básica pr detrás d destaque cnferid à manutençã é que nã basta investir e implantar um sistema prdutiv; é necessári que temp de utilizaçã anual d sistema em cndições de prduçã próximas da máxima seja mair pssível e simultaneamente sejam timizads a duraçã de vida útil e s custs. A cnsecuçã desta timizaçã da prduçã de um sistema requer a existência de um grup frtemente especializad na manutençã da empresa e implantad, dentr d rgangrama, num nível adequad de chefia que lhe permita plenas cndições de trabalh. UMA BREVE VISÃO DA FUNÇÃO DA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

Apresentams, abaix, um breve diagrama ds principais prcesss que integram a funçã Manutençã: A - Gerenciar Equipaments Este prcess é bem abrangente, e englba desde cntrle ds equipaments industriais até máquinas e ferramentas utilizadas pela manutençã. Existem sftwares de pequen prte que atendem smente a ferramentaria, até sftwares médis que gerenciam ttalmente s equipaments, bem cm utrs mais abrangentes em que prcess Gerenciar Equipaments é um módul ds mesms. B - Tratar Slicitações de Serviçs Este prcess trata das slicitações que chegam à manutençã. Estas slicitações incluem s pedids da área peracinal, as recmendações de inspeçã, s pedids da preventiva e da preditiva. A prgramaçã de preventiva e/u preditiva pde ser tratada cm slicitaçã de serviçs. N entant existem sftwares que já registram a carteira de preventivas e preditivas cm serviç planejad e na fila de execuçã. É desejável realizar estatísticas de velcidade de atendiment de Slicitações pr priridade e área (u utr grup qualquer). C - Planejar Serviçs Este prcess é quase instantâne para serviçs simples, mas pde demandar até meses, n cas de planejament de uma cmplexa parada de manutençã. Assim, para melhr entendê-l, cnvém

analisarms s prcesss interns de que ele é cmpst. Mas antes, vejams significad da palavra "serviç" n cntext aqui expst: Um "serviç" é um cnjunt de atividades interrelacinadas, cm um bjetiv bem definid, e que, cm um td, incrpra um benefíci de valr e para qual se deseja um cntrle de recurss cnsumids (também denminad Empreendiment). Assim um Serviç pde ser uma Ordem de Trabalh u muitas Ordens de Trabalh cm um dad fim. C-1) Definir as tarefas de um Serviç - Um serviç, numa visã macr, é cmpst de váris serviçs menres, até que, na menr unidade de serviç tenhams a "tarefa" (em alguns sftwares denminada de item u etapa). Uma tarefa é caracterizada cm uma atividade cntínua, executada pr uma mesma equipe, cm iníci e fim definids n temp. Em sftwares de planejament de paradas, pr exempl, cnceit de Wrk Breakdwn Structure (WBS) é uma espécie de subdivisã de serviçs até chegar a cnceit de tarefa. Existem sftwares que cntém Serviçs Padrões (u Ordens de Serviç Padrões). Estes sftwares, neste prcess, permitem gerar as tarefas a partir de ítens ds serviçs padrões. Cnvém avaliar a facilidade/dificuldade para realizar esta peraçã. C-2) Definir interdependência entre tarefas - Para a execuçã de serviçs mais cmplexs, é necessári um númer razável de tarefas. Trna-se também necessári definir a seqüência que as tarefas devem ser executadas. Para ist, é necessári definir quais etapas devem ser executadas primeir, e qual tip de vinculaçã entre elas. As vinculações pssíveis entre duas tarefas sã: Términ-Iníci - Uma tarefa só inicia quand sua antecessra é cncluída. Iníci-Iníci - Uma tarefa só pde iniciar quand utra a ela vinculada também inicia. Términ-Iníci/retard - Uma tarefa só inicia após X intervals de temp d términ de utra etapa (u antes de utra terminar em X intervals de temp). Iníci-iníci/retard - Uma tarefa só inicia após ter decrrid X intervals de temp d iníci de utra tarefa. Os sistemas que gerenciam s serviçs d dia a dia nrmalmente usam apenas a vinculaçã términ/iníci. Já, s mais mderns sistemas de gerência de serviçs de parada (e/u prjets) usam s 4 tips de vinculações acima. Naturalmente, estruturas simples de manutençã, nde há pucs

serviçs cmplexs, pdem cnviver sem necessidade de definir interdependência entre tarefas. A interdependência entre tarefas já está, cm experiência de trabalh, na cabeça ds executantes. C-3) Micrplanejar Tarefas - Pr micrplanejar tarefas entendese definir cm antecedência (e registrar num sistema mecanizad) s materiais que serã utilizads n serviç, as ferramentas, s recurss humans, duraçã estimada, detalhar instruções, assciar prcediments. Obviamente, para assciar estas facilidades a serviç planejad, sistema deverá dispr de um módul de material (u uma interface cm um sistema extern de materiais), um banc de prcediments (separads pr categria de serviçs u classe de equipaments para facilitar a pesquisa), algum cadastr de ferramentas e pssibilidade de assciar às tarefas um text livre (para instruções) que pssa ser listad junt cm s serviçs prgramads. Abaix, na Figura 4.12, apresentams uma tela ilustrativa de uma Ordem de Serviç cm micrplanejament de etapa. C-4) Determinar níveis de recurs d Serviç - Este prcess implica em determinar cm quants recurss e em quant temp um u mais serviçs pdem ser executads. É muit usad n planejament de paradas e denmina-se "nivelament de recurss". Cnsiste em calcular, dad um determinad nível de recurss, em quant temp serviç pderá ser executad u, alternativamente, dad temp, qual a quantidade mínima de recurss necessáris. As técnicas mais usadas para este calcul sã PERT e/u CPM. Existem sistemas que determinam nível de recurss (u histgrama de recurss) também na prgramaçã de serviçs rtineirs. Outrs sistemas executam apenas a "prgramaçã mecanizada" de serviçs em funçã de recurss definids. C-5) Orçar Serviçs - Um prcess útil à manutençã é que permitiria uma rçamentaçã prévia ds serviçs sem maires dificuldades. Para viabilizar este prcess pr cmputadr, é necessári que as tabelas de recurss (humans e de máquinas) tenham s custs (facilmente atualizáveis) pr hra (u pel mens que permitam facilmente levantar cust unitári). As tabelas de materiais também devem ter seus custs atualizads, bem cm deve-se ter acess a custs de execuçã pr terceirs. Cnvém nã esquecer que a estrutura tem um cust chamad "indiret" que é cust da flha das chefias, d staff técnic e administrativ, e que se deve ter uma nçã d percentual de acréscim as custs direts que este cust indiret representa. D - Gerenciar Recurss

Este prcess cntempla cntrle de dispnibilidade de recurss humans e sua distribuiçã pelas diversas plantas da fábrica. Pr cntrle de dispnibilidade significa saber quantas pessas de cada funçã estã dispníveis a cada dia nas diversas plantas. Significa também cntrlar quem está afastad e pr que mtivs, além d cntrle da quantidade e especializaçã de equipes cntratadas. O prcess abrange também cntrle de ferramentaria e de máquinas especiais. O cntrle de materiais é bjet de um utr prcess, aqui denminad "Administrar Estques". Este prcess é especialmente imprtante quand se utiliza sistemas que façam a prgramaçã mecanizada de serviçs pis a mesma depende da exatidã da tabela de recurss dispníveis. E - Prgramar Serviçs A prgramaçã de serviçs significa definir diariamente que tarefas ds serviçs serã executadas n dia seguinte, em funçã de recurss dispníveis e da facilidade de liberaçã ds equipaments. Se s serviçs tiverem priridades definidas em funçã de sua imprtância n prcess ( mais usual é atribuir quatr priridades - A = Emergência, B = Urgência, C = Nrmal Operacinal, D = Nrmal nã peracinal), fica fácil prgramar. Primeir prgrama-se s serviçs cm priridade mais alta, depis s da segunda priridade e assim pr diante, até esgtar a tabela de recurss. Cabe lembrar que muits serviçs pderã ter data marcada para sua execuçã, e utrs nã pderã ser prgramads pr impediments (u blqueis) diverss (falta material, falta ferramentas, necessita de mais planejament, nã pde liberar). Esta é a teria adtada pels prgramas que determinam a prgramaçã mecanizada de serviçs. Outrs prgramas nã calculam a prgramaçã mecanizada, mas frnecem subsídis para usuári mntar rapidamente uma prgramaçã de ba qualidade. Frnecem tabelas cm s serviçs classificads em rdem decrescente de priridade, e usuári rapidamente assinala quais serviçs serã feits n dia seguinte. Cas usuári assinale mais serviçs d que s recurss dispníveis, sistema emite um alerta. Outrs sistemas simplesmente nã fazem nada relativ a este prcess. O usuári marca dia que deseja s serviçs sejam prgramads, e, chegad dia, sistema simplesmente lista estes serviçs. Se usuári prgramu mais serviçs d que a dispnibilidade de recurss, na hra de executá-ls, descbrirá que muits nã fram iniciads pr absluta falta de recurss. Agra cabe uma pergunta: - Qual melhr sistema, que tem prgramaçã mecanizada u que usuári define tds s

serviçs? A experiência tem mstrad que nde há pucas pessas para gerenciar muits serviçs, ideal é um sistema cm prgramaçã mecanizada. De preferência que permita fazer pequens ajustes manuais na prgramaçã. Já, para estruturas simples de manutençã, u estruturas ttalmente descentralizadas, cm vlume de serviçs (e equipes) pequenas em cada pst (ate umas 15 a 20 pessas n ttal), nã há necessidade de prgramaçã mecanizada. Um sistema semi-mecanizad cm descrit acima facilita bastante. Em estruturas muit enxutas u cm pequena diversidade de serviçs nem há necessidade de api de infrmática para definir a prgramaçã. E nas estruturas que ba parte da manutençã fi terceirizada? Aí depende de cm funcina a terceirizaçã. Se a cntratada respnsável pela manutençã elabra a sua própria prgramaçã, prblema passa a ser dela. Cas cntrári, dependend d prte da estrutura, pde até ser recmendável a prgramaçã de serviçs mecanizada. F - Gerenciar Andament ds Serviçs Neste ítem se analisa prcess de acmpanhament da execuçã de serviçs a lng d dia a dia. A lng d dia cnstata-se que determinads serviçs nã pderã ser executads. Estes serviçs deverã ser cnsiderads cm "impedids". Paralelamente, é necessári verificar se há serviçs que estavam "impedids" mas que já pdem ser executads. Além dist, é necessári avaliar, se, em funçã da quantidade de serviçs, as equipes definidas estã n tamanh adequad (pdem estar super-dimensinadas u subdimensinadas). Além dist, é necessári saber que serviçs estã send cncluíds para fazer a "Aprpriaçã de Serviçs". G - Registrar serviçs e recurss Neste prcess estã cmpreendidas a "aprpriaçã" de serviçs e recurss e registr de infrmações sbre que fi feit e em que equipament. Existem várias frmas de se "aprpriar" serviçs. A aprpriaçã mais simples é a que infrma tip de executante utilizads, quants HH fram utilizads n serviç e se mesm fi cncluíd u nã. Se tiverms valr d cust unitári d HH, pdems levantar cust real de mã de bra.

Numa "aprpriaçã" detalhada, infrma-se códig d serviç e etapa, as matrículas ds executantes e hra de iníci e fim d trabalh de cada executante. Indica-se que materiais fram utilizads, valr gast cm subcntratadas e utras infrmações relevantes para serviç. É interessante também a existência de uma interface cm prcess "Gerenciar Equipaments" para registr de infrmações úteis para históric de manutençã, quand fr cas. Aqui é crucial a facilidade de peraçã cm a tela (acess a instruções, rientaçã quant a códigs a preencher, cnsistência de valres, devid a grande númer de pessas que registrará infrmações nesta tela. H - Administrar Cntrats / Carga de Serviçs Este prcess abrange desde prcess de elabraçã, fiscalizaçã e cntrle de qualidade ds cntrats até acmpanhament rçamentári da manutençã; a análise ds desvis em relaçã a previst; temps médis para iniciar atendiment e para atender, pr priridade, pr planta, etc.; e a quantificaçã de benefícis incrprads à rganizaçã em funçã da execuçã de serviçs. Este prcess também é chamad de "infrmações gerenciais". Para que este prcess funcine adequadamente, trnam-se necessárias as seguintes atividades: Acmpanhament rçamentári - previst x realizad (pr cnta, área, etc.) Durações prevista x executada ds serviçs (pr tarefa / OT, pr área, pr planta e utras categrias) Temp médi entre pedid e iníci d atendiment das Ots pr priridade Duraçã média ds serviçs Carga de serviçs futurs (backlg independente e cndicinad) Estatísticas variadas (Percentual de serviçs pr priridade, pr área, pr planta, etc.) Alguns utrs indicadres de manutençã I - Cntrlar Padrões de Serviçs Este prcess abrange cntrle de serviçs padrões (Ordens de Trabalh Padrã), cadastr de prcediments e utrs padrões pertinentes à manutençã. A criar uma Ordem de Trabalh, as suas tarefas pdem ser geradas a partir de uma OT padrã específica, bem cm cada tarefa pde ser

assciada a um determinad prcediment. Para minimizar temp na frente d cmputadr, é recmendável que a manutençã crie um cnjunt de Ots padrões que abranja s serviçs mais repetitivs de manutençã. E para assegurar qualidade em serviçs mais cmplexs, necessári se faz assciar prcediments as mesms. J - Administrar Estques O cntrle de Estques, na mairia das empresas, fi infrmatizad antes que restante da manutençã. Adicinalmente, em muitas rganizações, a área de Estques, é rganizacinalmente desvinculada da manutençã. Pel fat de númer de itens a cntrlar ser significativ e de s algritms lógics relativs a este prcess serem mais simples, desde há muit temp existem sistemas mecanizads de ba qualidade que atendem a estques. CAP.2- O CONCEITO ATUAL DE MANUTENÇÃO: TEROTECNOLOGIA Ainda hje, numa grande mairia ds empreendiments tecnlógics, s respnsáveis pela manutençã se encntram ausentes ds grups que cncebem, prjetam e mntam as usinas e as instalações industriais e serviçs. Prjetar e erigir uma instalaçã sem que ninguém, até n mment de partida, trate da rganizaçã e da sistematizaçã prévias das atividades de manutençã, cnstitui uma grande falha.nestes cass, ns primeirs meses de funcinament é nrmal acumularem-se prblemas graves e multiplicarem-se e alngarem-se as paradas pr defeits devid às seguintes insuficiências: Ausência de pessal de manutençã cm cnheciment inicial prfund das instalações; Escassez de dads de cnsulta necessáris para a crreta pesquisa de anmalias e para referência ds prcediments e peças de substituiçã a usar, ist é, má rganizaçã da bibliteca de manuais técnics e de manuais de manutençã; Escassez de desenhs de prjet detalhad crrespndend crretamente as equipaments instalads e às cnexões efetuadas; Ausência de "stcks" crrets de peças de repsiçã, n que se refere à qualidade u à quantidade ds itens de almxarifad;

Inexistência de rtinas de manutençã preventiva e de diagnóstic previamente estruturadas e racinalizadas; Inexistência de prcediments nrmalizads e racinalizads para a manutençã periódica, prgramada de grandes equipaments; Inexistência de ficháris histórics para registr de temps e crrências,etc.; Esclha incrreta ds equipaments e sluções; Negligência de aspects de grande imprtância tais cm: "cnservabilidade" u mantenabilidade ds equipaments, temp médi entre falhas, vida útil d equipament, temp médi de repar ds equipaments, e existência de meis lcais humans e materiais para a manutençã ds equipaments. A TEROTECNOLOGIA é uma cncepçã é uma cncepçã glbal e integrada d md cm deve ser estudada, esclhida e cnstruída uma nva instalaçã tecnlógica. Os cnceits básics sã s seguintes: Os pnts de vista sciais, ecnômic-financeirs, tecnlógics, de peraçã e prduçã e de manutençã de um nv empreendiment sã igualmente imprtantes; especialistas destas várias disciplinas devem fazer parte da equipe de cncepçã e acmpanhament, desde as fases iniciais (plan diretr, prjet básic, ante-prjet, prjet detalhad) e durante a instalaçã de partida. Os pareceres da manutençã estarã sempre presentes em tda a fase de cncepçã, esclha de equipaments e esclha de sluções de instalaçã. A manutençã deve ser previamente rganizada e estruturada antes d dia da partida da instalaçã; nesse dia a manutençã deve ser uma "máquina" prnta a partir. O pessal básic de manutençã, que ficará adstrit a sistema, deve acmpanhar tdas as fases d prjet e instalaçã de md a cnhecer em detalhe tdas as minúcias ds equipaments e das instalações lg de iníci. A chefia da manutençã deverá cupar um nível hierárquic n rgangrama idêntic a da chefia de peraçã. TIPOS DE MANUTENÇÃO: 3.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA A manutençã crretiva é a frma mais óbvia e mais primária de manutençã; pde sintetizar-se pel cicl "quebra-repara", u seja, repar ds equipaments após a avaria. Cnstitui a frma mais cara de manutençã quand encarada d pnt de vista ttal d sistema. Pura e simples, cnduz a: Baixa utilizaçã anual ds equipaments e máquinas e, prtant, das cadeias

prdutivas; Diminuiçã da vida útil ds equipaments, máquinas e instalações; Paradas para manutençã em mments aleatóris e muitas vezes, inprtuns pr crrespnderem a épcas de pnta de prduçã, a períds de crngrama apertad, u até a épcas de crise geral; É clar que se trna impssível eliminar cmpletamente este tip de manutençã, pis nã se pde prever em muits cass mment exat em que se verificará um defeit que brigará a uma manutençã crretiva de emergência. Apesar de rudimentar, a rganizaçã crretiva necessita de: Pessal previamente treinad para atuar cm rapidez e prficiência em tds s cass de defeits previsíveis e cm quadr e hráris bem estabelecids; Existência de tds s meis materiais necessáris para a açã crretiva que sejam: aparelhs de mediçã e teste adaptads as equipaments existentes e dispníveis, rapidamente, n própri lcal; Existência das ferramentas necessárias para tds s tips de intervenções necessárias que se cnvencinu realizar n lcal; Existência de manuais detalhads de manutençã crretiva referentes as equipaments e às cadeias prdutivas, e sua fácil acessibilidade; Existência de desenhs detalhads ds equipaments e ds circuits que crrespndam às instalações atualizads; Almxarifad racinalmente rganizad, em cntat íntim cm a manutençã e cntend, em tds s instantes, bm númer de itens acima d pnt crític de encmenda; Cntrats bem estudads, estabelecids cm entidades nacinais u internacinais, n cas de equipaments de alta tecnlgia cuja manutençã lcal seja impssível; Reciclagem e atualizaçã periódicas ds chefes e ds técnics de manutençã; Registrs ds defeits e ds temps de repar, classificads pr equipaments e pr cadeias prdutivas (nrmalmente assciadas a cadeias de manutençã); Registr das perdas de prduçã (efetuad de acrd cm a peraçã-prduçã) resultantes das paradas devidas a defeits e a parada para manutençã;

3.2 MANUTENÇÃO PREVENTIVA A Manutençã Preventiva, cm própri nme sugere, cnsiste em um trabalh de prevençã de defeits que pssam riginar a parada u um baix rendiment ds equipaments em peraçã. Esta prevençã é feita baseada em estuds estatístics, estad d equipament, lcal de instalaçã, cndições elétricas que suprem, dads frnecids pel fabricante (cndições ótimas de funcinament, pnts e peridicidade de lubrificaçã, etc.), entre utrs. Dentre as vantagens, pdems citar: Diminuiçã d númer ttal de intervenções crretivas, aligeirand cust da crretiva; Grande diminuiçã d númer de intervenções crretivas crrend em mments inprtuns cm pr ex: em períds nturns, em fins de semana, durante períds crítics de prduçã e distribuiçã, etc; Aument cnsiderável da taxa de utilizaçã anual ds sistemas de prduçã e de

distribuiçã. A rganizaçã preventiva --> Para que a manutençã preventiva funcine é necessári: Existência de um escritóri de planejament da manutençã (Gabinete de Métds) cmpst pelas pessas mais altamente capacitadas da manutençã e tend funções de preparaçã de trabalh e de racinalizaçã e timizaçã de tdas as ações. Daqui advém uma manutençã de mair prdutividade e mais eficaz. Existência de uma bibliteca rganizada cntend: manuais de manutençã, manuais de pesquisas de defeits, catálgs cnstrutivs ds equipaments, catálgs de manutençã (dads pels fabricantes) e desenhs de prjet atualizads (as-built). Existência de ficháris cntend as seguintes infrmações: Fichas históricas ds equipaments cntend registr das manutenções efetuadas e defeits encntrads; Fichas de temps de repar, cm cálcul atualizad de valres médis; Fichas de planejament prévi nrmalizad ds trabalhs repetitivs de manutençã. Nestas fichas cntém-se: cmpsiçã das equipes de manutençã, materiais, peças de repsiçã e ferramentas, PRRT, cm a seqüência lógica das várias atividades implicadas; Existência de plannings ns quais se mstram s trabalhs em curs e a realizar n próxim futur. Devem existir plannings lcais nas ficinas; Existência de um serviç de emissã de requisições u pedids de

trabalh, cntend a descriçã d trabalh, s temps prevists, a lista de itens a requisitar e a cmpsiçã da equipe especializada; Emissã de mapas de rtinas diárias; Existência de um serviç de cntrle, habilitad a calcular dads estatístics destinads à cnfiabilidade e à prduçã; Existência de um serviç de emissã de relatóris resumids das grandes manutenções periódicas; Existência de interações rganizadas cm almxarifad e s serviçs de prduçã. 3.3 MANUTENÇÃO PREDITIVA Manutençã preditiva é a atuaçã realizada cm base em mdificaçã de parâmetr de CONDIÇÃO u DESEMPENHO, cuj acmpanhament bedece a uma sistemática. O bjetiv deste tip de manutençã é prevenir falhas ns equipaments u sistemas através de acmpanhament de parâmetrs diverss, permitind a peraçã cntínua d equipament pel mair temp pssível. É a primeira grande quebra de paradigma na manutençã, e tant mais se intensifica quant mais cnheciment tecnlógic desenvlve equipaments que permitam avaliaçã cnfiável das instalações e sistemas peracinais em funcinament. A figura 03 ilustra prcess de manutençã preditiva: quand grau de degradaçã se aprxima u atinge limite estabelecid, é tmada a decisã de intervençã. Nrmalmente esse tip de acmpanhament permite a preparaçã prévia d serviç, além de utras decisões e alternativas relacinadas cm a prduçã. fig. 03 - Gráfic ilustrativ da manutençã preditiva. cndições básicas: O equipament, sistema u a instalaçã devem permitir algum tip de

mnitrament/mediçã; O equipament, sistema u a instalaçã devem merecer esse tip de açã, em funçã ds custs envlvids; As falhas devem ser riundas de causas que pssam ser mnitradas e ter sua prgressã acmpanhada; Deve ser estabelecid um prgrama de acmpanhament, análise e diagnóstic, sistematizad; É fundamental que a mã-de-bra da manutençã respnsável pela análise e diagnóstic seja bem treinada. Nã basta medir; é precis analisar s resultads e frmular diagnóstics. 3.4 MANUTENÇÃO DETECTIVA Manutençã detectiva é a atuaçã efetuada em sistemas de prteçã buscand detectar FALHAS OCULTAS u nã-perceptíveis a pessal de peraçã e manutençã. Ex.: btã de lâmpadas de sinalizaçã e alarme em painéis. A identificaçã de falhas cultas é primrdial para garantir a cnfiabilidade. Em sistemas cmplexs, essas ações só devem ser levadas a efeit pr pessal da área de manutençã, cm treinament e habilitaçã para tal, assessrad pel pessal de peraçã. É cada vez mair a utilizaçã de cmputadres digitais em instrumentaçã e cntrle de prcess ns mais diverss tips de plantas industriais. Sã sistemas de aquisiçã de dads, cntrladres lógics prgramáveis, sistemas digitais de cntrle distribuíds - SDCD, multi-lps cm cmputadr supervisóri e utra infinidade de arquiteturas de cntrle smente pssíveis cm advent de cmputadres de prcess. A principal diferença, é nível de autmatizaçã. Na manutençã preditiva, faz-se necessári diagnóstic a partir da mediçã de parâmetrs; na manutençã detectiva, diagnóstic é btid de frma direta a partir d prcessament das infrmações clhidas junt a planta. Há apenas que se cnsiderar, a pssibilidade de falha ns própris sistemas de detecçã de falhas, send esta pssibilidade muit remta. De uma frma u de utra, a reduçã ds níveis de paradas indesejadas pr manutenções nã prgramadas, fica extremamente reduzida.

3.5 ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO É uma nva cncepçã que cnstitui a segunda quebra de paradigma na manutençã. Praticar engenharia de manutençã é deixar de ficar cnsertand cntinuadamente, para prcurar as causas básicas, mdificar situações permanentes de mau desempen, deixar de cnviver cm prblemas crônics, melhrar padrões e sistemáticas, desenvlver a manutenibilidade, das feedback a prjet, interferir tecnicamente nas cmpras. Ainda mais: aplicar técnicas mdernas, estar nivelad cm a manutençã de primeir mund. O gráfic acima mstra a melhria de resultads, à medida que se evlui dentre s tips de manutençã. As duas mudanças de inclinaçã representam as quebras de paradigma. Observe salt significativ quand se adta engenharia de manutençã. Em seguida tems alguns gráfics cmparativs cm relaçã as diverss tips de manutençã: fig. 05 - Cmparaçã de custs (1998)

fig. 06 - Evluçã ds tips de manutençã. 4. NOÇÕES SOBRE ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO (PREVENTIVA): Uma vez alcançad bjetiv da manutençã elétrica, que é, manter sb cntrle tdas as paradas ds equipaments, de frma que estas nã prejudiquem a prduçã desejada, pdems cncluir que sua imprtância reside em uma mair garantia de cumpriments ds prazs cntratuais assumids e um auments cnsiderável da vida útil destes equipaments e, cnseqüentemente, um cust menr para prdut final. Devems acrescentar, ainda, que uma manutençã elétrica bem feita, além de reduzir a níveis diminuts as avarias ds equipaments e instalações industriais, pr cnseqüência, reduz, também, sensivelmente, s riscs de acidentes de trabalh que traz mair cnfiança e satisfaçã para s peráris e refrça s lucrs da empresa pis terems mens mã-de-bra inativa. 4.1 ROTEIRO PRÁTICO PARA CRIAÇÃO DO SETOR DE MANUTENÇÃO ELÉTRICA Nenhum rteir deve ser seguid de frma rígida; deve-se levar em cnsideraçã as particularidades de cada indústria, de md a permitir uma adaptaçã gradual entre mdel a ser implantad e ritm nrmal da empresa, n entant, sugerims aqui alguns detalhes prátics sbre a criaçã de um setr de manutençã elétrica. MÃO-DE-OBRA:

O Númer exat de cmpnentes para que um setr de manutençã elétrica alcance seus bjetivs é extremamente difícil de precisar, pis é funçã d prte, ram, equipaments existentes, grau de autmaçã, etc, da indústria. Apenas em caráter infrmativ, direms que para uma indústria e prte médi, um númer razável seria de 1 a 1,5 % d pessal ttal da indústria. A cmpsiçã d grup de manutençã varia cnfrme a indústria send, n entant, acnselhável que seja cmpst pr: Um engenheir eletricista e/u técnic em eletricidade cm larga experiência em manutençã elétrica (5 a 10 ans); Alguns eletricistas experientes (1 a 5 ans); Um arquivista; Alguns aprendizes u estagiáris. O pessal selecinad ficará subrdinad a engenheir u técnic cm larga experiência. TREINAMENTO: É extremamente imprtante prpiciar as funcináris d setr de manutençã elétrica, sempre que pssível, prtunidades de aperfeiçament técnic através de, pr exempl, palestras dadas pr elements mais experientes da própria empresa u cntratads fra, facilidades de hrári e/u reembls parcial em curss de interesse d setr, assinatura de revistas e jrnais técnics, enfim, tud que puder cntribuir para um melhr desenvlviment da capacidade prdutiva ds funcináris. DOCUMENTAÇÃO: N capítul III, bservams as requisits básics para a rganizaçã da manutençã elétrica, dentre s quais, fichas ds equipaments. A figura 07 ilustra um tip padrã de ficha de equipament:

É necessári estabelecer um critéri e priridade de manutençã, de acrd cm s níveis de imprtância assciads a cada equipament. Uma vez estabelecid este critéri, é necessári prever a duraçã de cada serviç para ser pssível traçar mapa de manutençã preventiva. Esse temp, cnhecid cm temp padrã, serve para, cmparad cm temp real, avaliar desempenh da equipe de manutençã. A seguir ilustrams, em caráter infrmativ, tempspadrões para a manutençã preventiva de alguns equipaments e instalações elétricas:

Equipaments Temp (minuts) Geradres 360 Transfrmadres 15 Bmbas 20 Elevadres e Platafrmas Móveis 160 Ar cndicinad / Refrigeraçã até 3 t 30 Ar cndicinad / Refrigeraçã entre 3 e 5 t 60 Ar cndicinad / Refrigeraçã entre 5 e 15 t 120 Instalações Elétricas Luz (inst. aérea, 300 m) 30 Luz (inst. subterrânea, 300 m) 60 Rede de alimentaçã de ficinas (1000 m 2 ) 60 Rede de alimentaçã de escritóris (1000 m 2 ) 40 Para cncluir mapa de manutençã preventiva deve-se estabelecer a peridicidade da mesma, que deve ser estimada de frma a assegurar a prduçã nrmal da fábrica. A tabela a seguir é um exempl da peridicidade utilizada em algumas fábricas, para alguns equipaments e instalações elétricas: PERIODICIDADE Diária Semanal (u 200 hras de us) Mensal (u 1000 hras de us) Trimestral (u 2500 hras de us) Semestral (u 4500 hras de us) Anual (u 8000 hras de us) EQUIPAMENTOS OU INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Inspeçã visual ds equipaments em geral, fiaçã elétrica, sinalizaçã. Ventiladres e mtres. Elevadres, painéis de subestações, transfrmadres, máquinas de slda. Túneis de cab, geradres, etc. Instruments de mediçã, subestaçã, trafs, disjuntres a óle, relés, etc. Fis e cabs, chaves, ligações à terra, cntats, mtres (desmntar), etc. A seguir sã apresentads s mdels de frmuláris, utilizads durante desenvlviment das atividades: O primeir é a "Slicitaçã de Manutençã" send emitid pel setr elétric em três vias, send que a primeira ficará cm requisitante, a segunda

seguirá cm respnsável pel repar na hra de sua execuçã e a terceira permanecerá arquivada n própri setr. Setr de Manutençã Elétrica Slicitaçã de Manutençã n.º.../(an) Equipament... N.º Patrimnial:... Lcalizaçã:... Departament:... Requisitante:... Matrícula:... Data... /... /... Hra... Para que haja cntrle de tds s serviçs executads pel setr é necessári que este utilize um utr frmulári denminad "Ordem de Serviç", mdel a seguir, que deve ser emitid um para cada serviç a executar, também em três vias, cm n cas anterir:

De uma frma geral, é pssível resumir as atividades n fluxgrama simplificad:

5. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: 5.1 INTRODUÇÃO A rganizaçã da manutençã era cnceituada, até há puc temp, cm planejament e administraçã ds recurss para a adequaçã à carga de trabalh esperada. A cnceituaçã, n entant, trnu-se mais ampla: a. A rganizaçã da manutençã de qualquer empresa deve estar vltada para a gerência e a sluçã ds prblemas na prduçã, de md que a empresa seja cmpetitiva n mercad. b. A Manutençã é uma atividade estruturada da empresa, integrada às demais atividades, que frnece sluções buscand maximizar s resultads. O gráfic da figura 5.1 ilustra aument d percentual efetiv da manutençã em decrrência direta ds cnceits acima: Fig. 5.1 - Evluçã d percentual da Manutençã. Nta-se pel gráfic acima, uma mair participaçã de pessal cntratad n efetiv ttal da manutençã, funçã d desenvlviment das frmas de cntrataçã de empresas vltadas para a atividade. 5.2 CUSTOS Antigamente, quand se falava em custs de manutençã a mairia ds gerentes achava que: nã havia meis de cntrlar s custs da manutençã; a manutençã, em si, tinha um cust muit alt; s custs e manutençã neravam, e muit, prdut final.

N Brasil, cust da manutençã em relaçã a faturament das empresas vem apresentand uma tendência de queda, situand-se em 1997 em 4,39%. O gráfic a seguir mstra essa evluçã (Fnte: ABRAMAN - Assciaçã Brasileira de Manutençã): Fig. 5.2 - Custs da Manutençã n Brasil. A cmpsiçã s custs de manutençã, para an e 1995 está mstrada n gráfic 5.3, a seguir. Fig. 5.3 - custs de manutençã para 1995. Para fins de cntrle, pdems classificar s custs de manutençã em três grandes famílias: CUSTOS DIRETOS CUSTOS DE PERDA Sã aqueles necessáris para manter s equipaments em peraçã. Neles se incluem: manutençã preventiva, inspeções regulares, manutençã preditiva, detectiva, custs de repars u revisões e manutençã crretiva de uma maneira geral. Sã s custs riunds de perda de prduçã,

causads: pela falha d equipament principal sem que equipament reserva, quand existir, estivesse dispnível para manter a unidade prduzind; pela falha d equipament, cuja causa determinante tenha sid açã imprópria da manutençã. CUSTOS INDIRETOS Sã aqueles relacinads cm a estrutura gerencial e de api administrativ, custs cm análises e estuds e melhria, engenharia de manutençã, supervisã, dentre utrs. O acmpanhament de custs, um ds itens de cntrle na manutençã, deve ser clcad na frma de gráfic para fácil visualizaçã, mstrand pel mens: previsã de custs mês a mês; realizaçã - quant fi efetivamente gast em cada mês; realizad n an anterir (u ans anterires); benchmark - qual a referência mundial, ist é, valres da empresa que tem menr cust de manutençã nesse tip de instalaçã. É fundamental que cada especialidade da manutençã faça um cntrle e custs, independente d md que a estrutura rganizacinal as agrupa u divide. Outr aspect imprtantíssim ns custs de manutençã é: O gráfic 5.4 representa bem esta afirmaçã, e mstra que existe um cmprmiss entre nível de manutençã, a dispnibilidade peracinal e s custs. Desse md pde-se estabelecer um nível ótim de intervençã que varia para cada tip de instalaçã u equipament.

Fig. 5.4 - Relaçã Custs - Dispnibilidade - Nível de Manutençã. 5.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA MANUTENÇÃO SUBORDINAÇÃO De um md geral, gerente da manutençã se reprta diretamente à gerência, superintendência u diretria da planta, unidade peracinal u unidade rganizacinal, u seja, está ligad a primeir escalã gerencial. FORMAS DE ATUAÇÃO

CENTRALIZADA O própri nme sugere: a manutençã é centralizada em trn de uma equipe. Vantagens: A eficiência glbal é mair d que na descentralizada, pela mair flexibilidade na alcaçã da mã-de-bra em váris lcais da planta, s quais acabam desenvlvend maires habilidades. O efetiv de manutençã tende a ser bem menr. A utilizaçã de equipaments e instruments é mair e nrmalmente pdem ser adquirids em menr númer. A estrutura de manutençã é muit mais enxuta. Desvantagens: A supervisã ds serviçs cstuma ser mais difícil, pela necessidade de deslcaments a várias frentes de serviç, pr vezes distantes umas das utras. O desenvlviment de especialistas que entendam s equipaments cm a prfundidade necessária demanda mais temp d que na descentralizada. Maires custs cm facilidades cm transprte em plantas que cupam maires áreas. Favrece a aplicaçã da plivalência. DESCENTRALIZADA MISTA Ocrre cntrári d cas anterir, de md que as vantagens de uma passam a ser desvantagens na utra e vice-versa. A principal vantagem é a cperaçã entre peraçã e manutençã, de md que exista espírit de equipe. Cmbina as duas frmas anterires. É muit bem aplicada em plantas grandes u muit grandes, prprcinand as vantagens da manutençã centralizada e descentralizada. N Brasil, a frma de atuaçã é mstrada n gráfic da figura 5.6:

Fig. 5.6 - Evluçã das Frmas e Atuaçã da Manutençã n Brasil. ESTRUTURAS DE MANUTENÇÃO A estrutura rganizacinal da manutençã pde apresentar-se e três frmas: a. Em linha direta, numa estrutura cnvencinal (Fig. 5.5). b. Em estrutura matricial; c. Em estrutura mista, a partir da frmaçã de times. 5.4 PRIORIDADE DA MANUTENÇÃO Tabela de Classificaçã de Priridades para Manutençã Impact da Falha PRIORIDADE Equipaments s/ reserva cujas falhas prvcam parada geral da refinaria, 10 Tcha cnstante,agressã 90 80 70 60 50 40 30 20 10 severa d M. Amb. Ou riscs graves Equipaments s/ reserva cujas falhas prvcam paradas de unidades de prcess, vazaments, agressã a M.Amb., Perda de Qualidade, Nã atendiment a cliente Equipaments s/ reserva cujas falhas prvcam paradas de sistemas imprtantes das unidades de prcess, Perda de qualidade de prduts n prcess 9 81 72 63 54 45 36 27 18 9 8 72 64 56 48 40 32 24 16 8 URGENTE Prgramaçã imediata

Equipaments c/ reserva perand em cndições precárias, cujas falhas prvquem; Paradas de sistemas u unidades de prcess, Perda de qualidade de prduts, Agressã a mei ambiente, Nã atendiment a clientes. Equipaments c/ reserva perand em bas cndições, cujas falhas prvquem ; Paradas de sistemas u unidades de prcess, Perda de qualidade de prduts, Agressã a mei ambiente, Nã atendiment a clientes. Equipaments s/ reserva cujas falhas nã prvquem nã cnfrmidades ns prduts, perda de prduçã, risc às pessas e a mei Ambiente prém apresentem alts custs Equipaments s/ reserva cujas falhas nã prvquem nã cnfrmidades ns prduts, perda de prduçã, risc às pessas e a mei Ambiente prém apresentem custs relevantes Equipaments c/ reserva perand em cndições precárias, cujas falhas nã prvquem nã cnfrmidades ns prduts, Perda de prduçã, Risc às pessas e a Mei Ambiente, prém apresentem custs alts u relevantes. Equipaments c/ reserva perand em bas cndições, cujas falhas nã prvquem nã cnfrmidades ns prduts, Perda de prduçã, Risc às pessas e a Mei 7 63 56 49 42 35 28 21 14 7 6 54 48 42 36 30 24 18 12 6 5 45 40 35 30 25 20 15 10 5 4 36 32 28 24 20 16 12 8 4 3 27 24 21 18 15 12 9 6 3 2 18 16 14 12 10 8 6 4 2 PRIORITÁRIO Prgramaçã em 48 hras IMPORTANTE Prgramaçã em 7 dias

Ambiente, prém apresentem custs alts u relevantes. Outrs equipaments que nã prvquem perdas de prduçã, qualidade, M.Ambiente, riscs u custs relevantes 1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Tips de intervençã 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Trabalhs assciads cm a eliminaçã de perig iminente, fg e ameaça à vida. Trabalhs para eliminaçã de vazaments, emissões e riscs ambientais. Trabalhs para eliminaçã de utrs tips de riscs. Trabalhs para manter s sistemas perand (manter a funçã). Manutençã Preventiva/Preditiva. Manutençã Crretiva de equipaments islads. Trabalhs para implementaçã de melhrias n prcess. Manutençã de equipaments auxiliares nã relacinads a prcess. Limpeza, pintura e arrumaçã. NORMAL Prgramaçã em 30 dias 6. INFORMATIZAÇÃO DO SETOR DE MANUTENÇÃO: 6.1 INTRODUÇÃO: OS SISTEMAS DE CONTROLE Para harmnizar tds s prcesss que interagem na manutençã, é fundamental a existência e um Sistema de Cntrle da Manutençã. Ele permitirá, entre utras cisas, identificar claramente: que serviçs serã feits; quand s serviçs serã feits; que recurss serã necessáris para a execuçã ds serviçs; quant temp será gast em cada serviç; qual será cust de cada serviç, cust pr unidade e cust glbal; que materiais serã aplicads; que máquinas, dispsitivs e ferramentas serã necessáris. Além diss, sistema pssibilitará: nivelament de recurss - mã-de-bra;

prgramaçã e máquinas peratrizes u de elevaçã e carga; registr para cnslidaçã d históric e alimentaçã de sistemas especialistas; pririzaçã adequada ds trabalhs. 6.2 ESTRUTURA DOS SISTEMAS DE CONTROLE Cm base nas estruturas da manutençã, discutidas n capítul anterir, fi desenvlvid Diagrama de Flux e dads da fig. 6.1. O diagrama apresentad permite visualizar, de md glbal, s prcesss que cmpõem a estrutura d cntrle e planejament da manutençã. Fig. 6.1 - Diagrama de Flux de Dads A seguir estã detalhads s principais prcesss, cnstantes diagrama, que cstumam ser referids ns sftwares dispníveis n mercad cm "móduls".

7. SISTEMA DE MANUTENÇÃO PLANEJADA O sistema de Manutençã Planejada (SMP), cnstituíd pr instruções, listas e detalhament de tarefas e de recurss necessáris a seu cumpriment, cnstitui-se em uma sistemática dentr d escp da manutençã preventiva. 7.1 CONCEITOS O Sistema de Manutençã Planejada é um métd que tem cm prpósit permitir a máxima dispnibilidade, cnfiabilidade e desempenh ds equipaments e sistemas pr ele abrangids, através da timizaçã ds recurss dispníveis para a manutençã. As avarias u degradações de desempenh d material pdem crrer basicamente pr duas razões: a) Desgaste u Deteriraçã; b) Falhas aleatórias. Os sinais de desgaste u deteriraçã pdem ser identificads através de testes e verificações, realizads em intervals adequads, de md a permitir as cmpetentes ações de manutençã crretiva. Tais atividades de manutençã, de caráter preventiv, permitirã aumentar a dispnibilidade d material, reduzind s riscs de falhas decrrentes de desgastes u defeits prgressivs. As falhas aleatórias, pr sua própria natureza, nã pdem ser previstas, e Sistema de Manutençã Planejada nã se prpõe a eliminar cmpletamente as avarias d material. O sistema, n entant, deve prprcinar as infrmações necessárias para iníci das atividades de manutençã crretiva. O Sistema de Manutençã Planejada cnsiste, essencialmente, na cnslidaçã ds prcediments de manutençã preventiva ds diverss equipaments e sistemas de várias rigens existentes na rganizaçã, de frma padrnizada e eficiente, e cm a máxima ecnmia de meis. 7.2 CARACTERÍSTICAS As principais características de um SMP típic sã: a. As atividades de manutençã sã cnduzidas através de uma estrutura rganizacinal cm váris níveis de peraçã. Pr exempl: Departaments, Divisões, Seções, etc. b. As atividades de manutençã sã planejadas para cada nível de peraçã, cnsiderand as demais atividades da rganizaçã; c. A execuçã das tarefas de manutençã é descentralizada, cabend a cada indivídu a respnsabilidade pel cumpriment da tarefa que lhe fi atribuída; d. As atividades de cada nível de peraçã d sistema sã cntrladas, de frma a

assegurar a realimentaçã da infrmaçã; e. O funcinament d SMP é basead na existência, em níveis estabelecids pel própri sistema, ds seguintes requisits: Dcumentaçã; Equipaments e Ferramental de Teste; Sbressalentes; Qualificaçã d Pessal. f. Um sistema de Manutençã Planejada nã entra em funcinament pr si só, nem prduz resultads autmaticamente. É indispensável a existência, em tds s níveis de peraçã d sistema, de uma atitude mental psitiva, de crença e cnfiança na eficiência d SMP; g. Um SMP deve ter cndições para permitir iníci imediat das atividades de manutençã crretiva, a ser identificada avaria durante a execuçã de rtinas de manutençã preventiva; h. A existência de elements para uma cntínua avaliaçã da eficiência d sistema, e de instruments para seu aperfeiçament, sã brigatóris para um SMP. 7.3 ORGANIZAÇÃO DO SMP A rganizaçã de um Sistema de Manutençã Planejada pde ser visualizada, preliminarmente, através da descriçã das etapas d sistema e da dcumentaçã envlvida. 7.3.1 AS ETAPAS DO SISTEMA O funcinament de um Sistema de Manutençã Planejada é cmpst das seguintes etapas: a) PLANEJAMENTO b) PROGRAMAÇÃO c) EXECUÇÃO d) REGISTRO e) CONTROLE f) ACESSÓRIOS Cnsiste na distribuiçã das atividades de manutençã (rtinas de manutençã) a lng de um períd cnsiderad cm cicl para a rganizaçã. Trata-se da prgramaçã, dentr d períd básic estabelecid para a rganizaçã, das tarefas de manutençã, a partir d planejament realizad. É a realizaçã, prpriamente dita, das tarefas de manutençã prgramadas. Cnsiste n lançament, em registrs própris, das infrmações relevantes btidas durante a execuçã das atividades de manutençã. Inclui acmpanhament das atividades, em cada nível de peraçã d sistema; a análise ds resultads btids; e a apresentaçã das cnclusões decrrentes dessa análise. Sã s arquivs, caixas, etiquetas e demais materiais utilizads na peraçã d SMP.

7.4 O PROJETO DE UM SMP O Prjet de um SMP deverá seguir a seguinte seqüência: a. Definiçã da Lista de Equipaments a serem incluíds n Sistema; b. Estabeleciment d Cicl Operativ da Organizaçã; c. Estabeleciment d períd básic u de referência d SMP; d. Definiçã da Hierarquia d Material; e. Definiçã ds níveis de Operaçã d SMP; f. Caracterizaçã da Peridicidade das Rtinas; g. Definiçã da Dcumentaçã Básica (Plan Mestre, Prgramas, Tabelas, Quadrs, etc.); h. Definiçã das Saídas d Sistema; i. Elabraçã das Instruções para funcinament. 1.5 A DOCUMENTAÇÃO DO SMP Os dcuments básics para a peraçã de um sistema de Manutençã Planejada sã s seguintes: PLANO MESTRE DE MANUTENÇÃO PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO TABELAS E CARTÕES DE MANUTENÇÃO REGISTROS DIVERSOS QUADROS DIVERSOS INSTRUÇÕES PARA O FUNCIONAMENTO Cntém a distribuiçã de tdas as rtinas de manutençã a lng d cicl determinad. Cnstam de dcuments que permitem a prgramaçã, para cada dia d períd básic da rganizaçã, da manutençã preventiva cnstante d planejament estabelecid para cicl. Sã dcuments em frmat padrnizad, extremamente detalhads, e que cnsistem s instruments para a execuçã de rtinas de manutençã. Permitem registrar cumpriment u nã das rtinas de manutençã; as infrmações relevantes para históric ds sistemas e equipaments; e demais dads de interesse par a SMP. Têm a finalidade de permitir a prgramaçã, divulgaçã e acmpanhament da manutençã planejada, através da apresentaçã visual e de fácil acess as interessads. Estas instruções estabelecem cicl de peraçã e períd básic d SMP; s níveis de peraçã; a cmpsiçã hierárquica das rtinas de manutençã; descriçã d sistema; e finalmente as instruções e fluxgrama de funcinament. CAP5. - MANUTENÇÃO EM MOTORES ELÉTRICOS, TRANFORMADORES E DISJUNTORES 5.1 MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS 5.1.1 INTRODUÇÃO

Os mtres elétrics sã respnsáveis pr grande parte da energia cnsumida ns segments nde seu us é mais efetiv, cm nas indústrias, nde representam em média mais de 50% d cnsum de eletricidade dessas instalações. Sã, prtant, equipaments sbre s quais é precis buscar, priritariamente, a ecnmia de energia. Ns mtres elétrics as perações de cntrle de materiais e equipaments têm na sua mairia um efeit diret sbre estud mecânic e elétric destes equipaments, agind direta u indiretamente sbre seus rendiments. Neste capítul sã apresentadas ações que, se adtadas pels técnics de manutençã, resultarã na melhria d rendiment ds mtres existentes em suas instalações, prprcinand ecnmia de energia elétrica. Cabe ainda bservar que 90% ds mtres elétrics instalads sã assíncrns cm rtr em curt-circuit, send prtant este tip de equipament bjet da análise a seguir apresentada. A figura abaix mstra as principais perdas que crrem ns mtres elétrics assíncrns: 5.1.2 CARREGAMENTO CONVENIENTE DOS MOTORES Um mtr elétric é dimensinad para frnecer um cnjugad nminal C n, a uma velcidade nminal N n. Ist é, para uma ptência nminal P n, tems: P n = C n x N n As perdas elétricas (u perdas térmicas) variam cm quadrad d cnjugad resistente (carga). Num mtr bem dimensinad, cnjugad resistente deve ser menr que cnjugad nminal. Se fr igual u ligeiramente superir, aqueciment resultante será cnsiderável. Pr utr lad, um mtr "sub-carregad" apresente uma sensível reduçã n rendiment. O carregament ideal deveria crrespnder à carga d trabalh a ser efetuad, que nem sempre é fácil de determinar. Se trabalh exigid da máquina acinada apresente sbrecargas temprárias, a ptência d mtr deve ser ligeiramente superir à ptência necessária. É imprtante limitar cresciment das perdas, realizand adequada manutençã das máquinas e cmpnentes mecânics de acinament, cm pr

exempl: regulagem das flgas, lubrificaçã adequada, verificaçã ds alinhaments, etc. Finalmente, devems lembrar que mtres individuais sã geralmente mais ecnômics em energia d que as transmissões múltiplas. A títul de ilustraçã, apresentams n quadr a seguir a diminuiçã d rendiment de um mtr assíncrn trifásic de 75 CV, 4 póls, em funçã d carregament apresentad em regime nrmal de peraçã. VARIAÇÃO DO RENDIMENTO DE MOTORES DE 75 CV Carregament (%) Diminuiçã d Rendiment (%) 70 1 50 2 25 7 3. VENTILAÇÃO ADEQUADA Ns mtres aut-ventilads, ar de resfriament é frnecid pr um ventiladr intern u extern acinad pel eix d mtr. O flux de ar arrasta cnsig peira e materiais leves que bstruem as pucs as aberturas u canais e impedem a passagem d ar e a dispersã nrmal de calr, que aumenta frtemente aqueciment d mtr. Pr utr lad, é cmum encntrar nas indústrias mtres instalads em espaçs exígus que limitam a circulaçã d ar, prvcand aqueciments excessivs. Ns mtres que utilizam ventilaçã frçada externa, a parada d grup mt-ventiladr pde causar s mesms prblemas. Prtant, para assegurar bm funcinament das instalações, devem ser tmadas as seguintes precauções: limpar cuidadsamente s rifícis de ventilaçã; limpar as aletas retirand a peira e materiais fibrss; cuidar para que lcal de instalaçã d mtr permita livre circulaçã de ar; verificar funcinament d sistema de ventilaçã auxiliar e a livre circulaçã d ar ns duts de ventilaçã. 3. CONTROLE DA TEMPERATURA AMBIENTE De frma geral, a temperatura limite suprtada pels islantes d mtr é calculada para funcinament num ambiente cm temperatura de 40ºC. Prtant, é imprtante verificar e cntrlar a temperatura ambiente para nã ultrapassar s valres para s quais mtr fi prjetad.

4. CUIDADO COM AS VARIAÇÕES DE TENSÃO O equilíbri térmic de um mtr é mdificad quand a tensã de alimentaçã varia. Uma queda de tensã limita flux d circuit magnétic, reduzind as perdas n ferr e a crrente em vazi. Prém, cnjugad mtr deve superar cnjugad resistente, para impedir aument excessiv d escrregament. Cm cnjugad mtr é funçã d prdut entre flux e a intensidade da crrente absrvida, se flux diminui a intensidade da crrente aumenta. Cm a crrente em carga aumentada pela queda de tensã, mtr se aquecerá, aumentand as perdas. Um aument de tensã de alimentaçã terá efeits mais limitads, uma vez que a crrente em vazi aumenta enquant a crrente em carga diminui. 5.1.6 OPERAÇÃO COM PARTIDAS E PARADAS BEM EQUILIBRADAS Devem ser evitadas as partidas muit demradas que crrem quand cnjugad mtr é apenas ligeiramente superir a cnjugad resistente: a sbreintensidade de crrente absrvida, enquant a velcidade nminal nã é atingida, aquece perigsamente mtr. Da mesma frma, uma frenagem pr cntra-crrente, u seja, através de inversã d mtr, representa, a grss md, cust equivalente a três partidas. Em tds s cass, é fundamental assegurar-se que cnjugad de partida seja suficiente: através da esclha de um mtr adequad; verificand se a linha de alimentaçã pssui características necessárias para limitar a queda da tensã na partida; mantend a carga acplad a mtr em cndições adequadas de peraçã, de frma a nã apresentar um cnjugad resistente anrmal. 7. PARTIDAS MUITO FREQÜENTES Quand prcess industrial exige partidas freqüentes, essa característica deve ser prevista n prjet d equipament e mtr deve estar adaptad para trabalhar desta frma. Prém, em cnseqüência de reguladres de algumas máquinas, pde ser necessári prceder a várias partidas num temp relativamente curt, nã permitind que mtr esfrie adequadamente.a figura abaix mstra que entre cada partida a curva de aqueciment tem