Fundamentos de Matem[atica I LIMITES. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques

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Transcrição:

LIMITES Gil da Costa Marques. O cálculo. Definição de limite. Funções contínuas e descontínuas.4 Limites quando a variável independente cresce indefinidamente em valor absoluto.5 Limites infinitos.6 Limites laterais.7 Alguns Teoremas sobre limites Teorema Teorema Teorema Teorema 4 Teorema da conservação do sinal Teorema 5 Limite da função composta Teorema 6 Teorema do Confronto Teorema 7 Consequência do Teorema do Confronto Teorema 8 Propriedades dos limites Teorema 9.8 Uma observação adicional.9 Propriedade da substituição direta. Outros limites de interesse. Calculando limites Licenciatura em Ciências USP/ Univesp

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo. O Cálculo Cálculo é uma palavra que deriva da palavra grega calculus. Essa palavra era empregada antigamente para designar uma pedra utilizada para contar, para efetuar cálculos, portanto. Hoje em dia ela tem muitos significados, pois eistem muitas formas de efetuar contas, de calcular. Tendo isso em vista, a rigor, o Cálculo discutido a seguir deve ser entendido como uma abreviação para Cálculo Infinitesimal e ser subdivido em Cálculo Diferencial e Cálculo Integral. Trata-se de um ramo da Matemática no qual lidamos com grandezas que variam. Nesse sentido, o cálculo pode ser definido como a forma científica de lidar com as transformações que ocorrem no mundo físico. O Cálculo tem evoluído significativamente desde as primeiras ideias envolvendo a determinação de áreas, a partir da divisão do todo em porções cuja área seja conhecida. Assim, suas origens remontam a séculos antes de Cristo. Newton e Leibniz recebem o crédito pela formulação original do Cálculo Infinitesimal. A formulação rigorosa do Cálculo recebe o nome de Análise Matemática. Os conceitos mais importantes do Cálculo, além do de função, são os de limite, derivada e integral. O estudo de séries infinitas é, igualmente, um dos objetos de estudo dessa ciência. Esse tema, no entanto, será abordado apenas de passagem neste teto. Neste teto, abordaremos o conceito de limite, que para alguns se origina no método de eaustão, formulado com um grau de precisão bastante alto por Eudóio de Cnido (48 a.c. 47 a.c.). Para entender o conceito de limite, consideremos o problema da determinação da área do círculo delimitado por uma circunferência de raio R. Podemos resolver esse problema considerando polígonos regulares de n lados inscritos na circunferência. Para cada n, seja A n a área do correspondente polígono. Como resultado temos, como entendera Arquimedes (87 a.c. a.c), que a área do círculo pode ser aproimada pela epressão: πr A n. Figura.: Para cada circunferência, o polígono inscrito e o polígono circunscrito para alguns valores de n. com um resultado cada vez melhor à medida em que o número n cresce indefinidamente.

4 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo O mesmo problema também pode ser resolvido considerando os polígonos regulares circunscritos à mesma circunferência, chegando-se evidentemente a resultados análogos. O valor da área do polígono se aproima do resultado eato para a área do círculo à medida que aumentamos paulatinamente o número de lados do polígono inscrito ou circunscrito. Assim, definimos um processo limite, mediante o qual, à medida que o número de lados dos polígonos cresce indefinidamente, obtemos o resultado procurado, o resultado eato. Uma vez resolvido o problema da determinação da área do círculo, o número π pode ser definido, por eemplo, como o limite, quando o número de lados do polígono inscrito tende a infinito, da área desse polígono, dividido pelo quadrado do raio da circunferência: π R lim A n n. A rigor, o tratamento proposto por Arquimedes para determinar o número π envolvia considerações sobre polígonos inscritos bem como circunscritos à circunferência, utilizando o método da eaustão. O número π é um número irracional, ou seja, é um número que não é racional. Isto é, não pode ser escrito na forma de um quociente de dois números inteiros, sendo o divisor diferente de zero. A representação decimal de π é não periódica e possui um número infinito de casas decimais. O número e, outro número fundamental da Matemática e da Física, também é irracional e é igualmente definido como um limite: e lim + n n, 7888845 onde n é um número natural, isto é, a sequência de números + n n número e. Pode-se provar que o mesmo número também pode ser escrito como n n. converge para o e lim + onde é um número real. Limites

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5. Definição de limite O conceito de limite ocupa um papel central no Cálculo Infinitesimal. Isso ocorre porque, como se verá a seguir, no Cálculo Diferencial, a derivada de uma função, de acordo com a definição de Cauchy, é introduzida por meio de um processo limite e, no Cálculo Integral, para introduzir a integral de uma determinada função num dado intervalo, considera-se o limite de uma soma de Riemann. Limite é, portanto, um conceito básico do Cálculo e da Análise Matemática. Para entender tal conceito, consideremos o eemplo de um objeto atirado a partir do chão na direção vertical com uma velocidade de m/s. Adotando-se para a aceleração da gravidade local o valor de m/s, sua altura, h, epressa em metros e determinada a partir da superfície, como função do tempo t, epresso em segundos, é dada por: h() t 5t + t.4 enquanto sua velocidade, na unidade m/s, será dada por: V t t ().5 Da epressão acima, concluímos que, depois de segundo, o objeto para instantaneamente no ar, retornando em seguida. Podemos agora considerar uma situação em que gostaríamos de saber qual a tendência da altura quando consideramos valores do tempo cada vez mais próimos de um determinado valor. Consideremos, por eemplo, o caso em que esse valor seja igual a segundo. Como sabemos, esse tempo é aquele em que o objeto atinge a sua altura máima para perceber tal fato, basta eaminar o vértice da parábola, que é o gráfico da função h. Anotando-se os valores da altura, para valores cada vez mais próimos de segundo, notamos que eles se aproimam cada vez mais do valor 5 metros. Dizemos que esse valor é o limite da altura quando o tempo tende ao valor segundo, e escrevemos: limh t t () 5.6

6 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Assim, considerando-se uma função arbitrária f (), quando escrevemos: lim f ( ) f.7 que se lê: o limite da função f () quando tende a é f isso significa que f () pode ser feita tão próima de f quanto desejarmos, tomando valores de suficientemente próimos de (mas, em geral, diferentes de ). Uma definição mais rigorosa de limite será apresentada a seguir. Para isso, no entanto, devemos recapitular o conceito de intervalo aberto. Dados dois números a e b sobre o eio real, sendo a < b, considerando-se o conjunto de números reais compreendidos entre eles, podemos definir quatro tipos de conjuntos, aos quais damos o nome de intervalos. Cada um deles se diferencia pela inclusão ou não desses números no referido conjunto. No caso do ponto a, a inclusão é representada pelo símbolo [ sucedido pela letra a e a eclusão é representada pelo símbolo ] sucedido pela letra a. Para o ponto b, a convenção se inverte. Definimos, assim, o intervalo fechado como o conjunto que inclui os números a e b e o representamos por: [ ab, ].8 O intervalo aberto é um conjunto do qual os pontos a e b estão ecluídos. Ele é representado por: ] ab, [.9 Definimos de forma análoga os intervalos semiabertos ou semifechados: [a,b[ e ]a,b]. Limites

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Definimos também a distância entre dois números e como o módulo da sua diferença: 7 d(, ). sendo que o módulo de um número foi definido no primeiro teto, no qual tratamos da Introdução à teoria dos conjuntos. No caso de uma função, definimos, analogamente, a distância entre os números associados às respectivas imagens: ( ( ) ( ) ) ( ) ( ) d f, f f f. Definição Seja uma função f () definida num intervalo aberto que contém o número (admitimos a possibilidade de que ela não seja definida para ele). Dizemos que o limite da função f () é f, quando tende a, e representamos tal fato por: lim f ( ) f. se e somente se para todo número ε > houver um número δ > tal que d ( f (), f ) < ε sempre que < d (, ) < δ. Essa definição é conhecida popularmente como definição ε δ. Pode-se definir limite, alternativamente, a partir do conceito de vizinhança. Assim, dizer que o limite de f () é f significa que f () pode ser feito tão próimo de f quanto quisermos, fazendo suficientemente próimo de (sem, contudo, fazê-lo igual a esse valor). Verifique 9 lim( + ) e lim 6 Gráfico.: Gráfico com a definição ε δ de limite.

8 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Vamos determinar alguns limites: a. lim Eemplos resolvidos O gráfico da função f ( ) é eibido no Gráfico.. Gráfico.: Gráfico de f ( ). Observamos que a função f está definida no ponto e f (). Portanto, lim. Limites

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 9 9 9 9 + b. lim lim 9 lim lim 9 + 6 O gráfico da função f 9 ( ) é eibido no Gráfico.. 9 Gráfico.: Gráfico de f ( ). Observamos que o Gráfico. de f é uma reta sem o ponto de coordenadas, 6. De fato, a função f não está definida no ponto.

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo ( ) ( ) + 4 c. lim lim lim 4 ( )( + ) 4 4 4 4 O gráfico da função f( ) : ( ) ( 4) + 4 lim( + ) 4 4 4 Gráfico.4: Gráfico de f( ). Observamos que o Gráfico.4 de f coincide com o gráfico da função g( ) + eceto no ponto 4, onde f não está definida, mas g está definida e g(4) 4. Nos eemplos b e c, convém observar que o cálculo do limite não é tão direto como no eemplo a. Ocorre que, em b e c, para poder calcular o limite, é preciso sair da situação incômoda que é o quociente da forma para o qual a fração dada tende.. Funções contínuas e descontínuas Para introduzir o conceito de função contínua, vamos partir da análise dos gráficos de algumas funções. No Gráfico.5, apresentamos gráficos de funções contínuas no intervalo eibido em cada caso. Limites

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Gráfico.5: Gráficos de funções contínuas. Entretanto, uma função do tipo f( ), que não está definida em, é contínua em todo o seu domínio, isto é, no conjunto *, isto é, {}, apesar de não ser contínua no intervalo [, ], eibido no Gráfico.6, pois não é contínua em, onde não está definida. A definição de função contínua num ponto envolve três condições. Dizemos que uma função f é contínua no ponto se e somente se: i. Dom f, isto é, eiste o valor f ( ) ii. Eiste o lim f( ) iii. lim f( ) f( ) Gráfico.6: Gráfico de f( ). Convém tecer algumas observações a respeito da definição acima. Em primeiro lugar, se uma função não é definida num determinado ponto, não tem sentido questionar sua continuidade nesse ponto. É o caso, por eemplo, da função f( ) e o ponto. Agora, considerando a função se g ( ) se que está definida em, satisfaz a primeira condição da definição, mas não a segunda e, consequentemente, nem a terceira. Logo, não é contínua em.

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Em segundo lugar, vale a pena observar o caso da função: 9 se h ( ) + se e o ponto. Nesse caso, a primeira condição da definição de função contínua está satisfeita, pois h eiste em ; a segunda condição da definição também está satisfeita, pois 9 lim lim ( ).( + ) lim( ) 6 + + mas a terceira não, uma vez que o valor desse limite não é igual ao valor da função no ponto. De fato, se Gráfico.7: Gráfico de g( ). se 9 lim 6 e h( ). + Logo, a função h não é contínua no ponto. 9 se Gráfico.8: Gráfico de h( ) +. se Limites

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo No Gráfico.9, observamos uma função que é descontínua no ponto. Convém notar que ela está definida nesse ponto, mas que, mesmo visualmente, se percebe que não eiste o limite quando tende a. No Gráfico., observamos outra função que não é contínua em. Nesse caso também, ela está definida nesse ponto, mas não eiste o limite quando tende a. Gráfico.9: Gráfico de função descontínua no ponto. Gráfico.: Gráfico de função descontínua no ponto. Finalmente, uma observação importante é a seguinte: a continuidade de uma função é um conceito local. Dizemos que uma função é contínua num dado conjunto quando ela é contínua em cada ponto desse conjunto. E dizemos simplesmente que uma função é contínua quando ela é contínua em cada ponto de seu domínio. Eemplos resolvidos. Vamos verificar, pela definição, que as seguintes funções são contínuas no ponto indicado. a. f( ) em : pertence ao domínio da função e f () lim f( ) lim( ) Consequentemente, lim ( ) f(). Assim, estando satisfeitas as três condições da definição, temos que f é contínua em. ln b. g ( ) no ponto : ln pertence ao domínio da função e g( )

4 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo lim ( ) lim ln g Consequentemente, lim g ( ) g(). Assim, estando satisfeitas as três condições da definição, temos que g é contínua em. 6 se 4. Dada a função f( ) 4 L se 4 determine o valor de L a fim de que a função f seja contínua em 4. Observamos que a função f no ponto 4 tem valor L. A fim de que f seja contínua nesse ponto, 6 basta tomarmos lim L f( 4 ). 4 4 6 Como lim lim ( + 4 )( 4 ) lim( + 4) 8 4 4 4 4 4 Assim L 8..4 Limites quando a variável independente cresce indefinidamente em valor absoluto Adotamos o símbolo.4 que se lê infinito, para representar valores de grandezas que não sejam superados por outros. Dizer que o valor de algo tende a infinito significa que estamos considerando valores dessa grandeza superiores a qualquer outro que possamos imaginar. Vamos analisar o caso do limite de uma função em que a variável independente tende a + ou a. Limites

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 Definição Seja f uma função definida em ]a, + [. Dizemos que o limite da função f () é L, quando tende a +, e representamos tal fato por: lim f ( ) L +.5 se e somente se para todo número ε > houver um número δ > com δ > a tal que > δ L ε < f () < L + ε. Analogamente, seja f uma função definida em ], a[. Dizemos que o limite da função f () é L, quando tende a, e representamos tal fato por: lim f ( ) L se e somente se para todo número ε > houver um número δ > com δ < a tal que < δ L ε < f () < L + ε. Gráfico.: O limite dessa função eiste no infinito. Eemplo fundamental e muito útil para o cálculo de diversos limites é o lim ou o lim

6 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Graficamente, ambos os limites podem ser visualizados no Gráfico.. Gráfico.: A função f( ). Eemplos resolvidos Podemos observar o cálculo dos limites seguintes: 4 + 4 + 4 4 4 a. lim lim 4 4 + 9 + 5 4 9 5 + + 4 uma vez que lim e lim 4 7 + 4 + 4 7 b. lim lim + + 4 9 4 9 + + 4 ( )( + + ) ( ) + 4 4 ( + 4) 4 c. lim ( + 4) lim lim lim + + 4 + + + + 4 4 ( ) Limites

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 7.5 Limites infinitos Os valores da variável dependente podem crescer indefinidamente. Agora estamos falando de limites para os quais, quando a variável se aproima de um valor, digamos, a função cresce em valor absoluto, tendendo a + ou a. Se uma função f é bem definida numa vizinhança que contenha o valor (definida em ambos os lados de ), eceto possivelmente em, então, a epressão lim f ( )+.6 significa que podemos fazer os valores de f () ficarem arbitrariamente grandes (tão grandes quanto quisermos) tomando suficientemente próimo de, mas não igual a. Analogamente, considerando f uma função definida numa vizinhança de, eceto possivelmente no valor, então, quando escrevemos: lim f ( ).7 isso significa que os valores de f () podem ser arbitrariamente grandes, porém negativos, ao tomarmos valores de suficientemente próimos de, mas não iguais a. Como eemplo, podemos considerar a função eponencial f () e e a função logarítmica g() ln, para as quais temos: ou lim e + + e lim e lim e + e lim e + bem como lim ln + + Verifique!

8 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo.6 Limites laterais Ao eaminar uma função numa vizinhança de um ponto, ocorre que, em alguns casos, o comportamento da função quando está próimo de, mas assume valores menores que, é completamente diferente do comportamento da mesma função, quando está próimo de, mas assume valores maiores do que. Por eemplo, a função 5 se < f( ) se se > A função f não é contínua em. Observamos que, para valores próimos de, mas menores do que, os correspondentes valores da função são próimos de 4, menores do que 4; para valores próimos de, mas maiores do que, os correspondentes valores da função são próimos de, menores do que. Nesse caso, dizemos que o limite à esquerda da função f para tendendo a, por valores menores do que, difere do limite à direita da função f para tendendo a, por valores maiores do que. Dizemos que o limite à esquerda da função f () é L, quando tende a, por valores menores do que indicando tal fato por 5 se < Gráfico.: Gráfico de f( ) se se > e representamos tal operação por: lim f ( ) L.8 se e somente se para todo número ε > houver um número correspondente δ > tal que se δ < <, então, f () L < ε. Limites

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Analogamente, dizemos que o limite à direita da função f () é L quando tende a, por valores maiores do que indicando tal fato por 9 + e representamos tal operação por: lim f ( ) L.9 se e somente se para todo número ε > houver um número δ > tal que, se < < + δ, então, f () L < ε. Um eemplo em que os limites laterais da função, quando tende a, são diferentes é o caso de: f ( ) + Analisemos o que ocorre com essa função quando nos aproimamos do valor de pela direita. Encontramos para esse limite à direita o seguinte valor:. lim f ( ) lim + + +. Gráfico.4: Gráfico de f ( ) +

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo De fato, e de onde lim + + No entanto, o limite à esquerda é dado por: lim lim + + pois e de onde lim f ( ) lim + lim + lim + + lim +. Limites

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo + Outro eemplo interessante é o caso da função f( ) +. Em primeiro lugar, a função f não está definida no ponto. Observamos que f também pode ser escrita de outra maneira: + + + f( ) + ( + ) + se > se < ou seja, se > f( ) se < Convém observar que não eiste lim f( ), mas / que lim f( ), ao passo que lim f( ). Evidentemente, f não é contínua no ponto / + / /..7 Alguns Teoremas sobre limites A seguir, apresentaremos alguns teoremas úteis para o cálculo de limites. As demonstrações podem ser encontradas em livros de Análise Matemática. Teorema + Gráfico.5: Gráfico de f( ) +. Se uma função tem limite num ponto, então, ele é único. Teorema O limite de uma constante é a própria constante.

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Teorema Eiste o limite finito de uma função se e somente se os limites laterais são iguais. Convém observar que o fato de o limite no ponto eistir não garante que a função seja contínua nesse ponto. É o caso, por eemplo, de: 6 se 4 f( ) 4 se 4 para a qual temos que lim f( ) 8, mas f (4) e, portanto, f não satisfaz a terceira condição 4 da definição de função contínua num ponto. Teorema 4 Teorema da conservação do sinal Sendo lim f( ) L, então, para valores de suficientemente próimos de, f () tem o mesmo sinal que L. Teorema 5 Limite da função composta Sejam f e g duas funções tais que eista a função composta g f, isto é, (g f )() g( f ()). Se lim f( ) a e g é uma função contínua em a, então, lim g( f( )) lim g( u). u a Esse teorema é muito útil e convém notar que, sendo a função g contínua em a e lim f( ) a, então, lim g( f( )) g( a) g lim f( ). ( ) Por eemplo, a fim de calcular lim + 8, observamos inicialmente que: + + 8 ( + )( + 4) Limites

Logo, Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo lim + 8 + lim + 4 Como a função raiz cúbica é contínua, então, e, portanto, lim + 8 +. lim Teorema 6 Teorema do Confronto + 4 Se f () g() h() numa vizinhança de, eceto eventualmente em, e se as funções f e h têm o mesmo limite quando tende a : lim ( ) ( ) f lim h L. então, o limite de g quando tende a é o mesmo que o das funções f e h, ou seja, lim g( ) L.4 Gráfico.6: Gráfico alusivo ao teorema do confronto. Por meio do Teorema do Confronto provam-se resultados importantes e um deles, o chamado limite fundamental, que é o seguinte: lim sen

4 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Teorema 7 Consequência do Teorema do Confronto Sejam f e g duas funções tais que lim f( ) e g é limitada. Então, eiste o limite a lim ( f( ). g ( )) e lim ( f( ). g ( )). a a Teorema 8 Propriedades dos limites Sendo c uma constante, f e g duas funções tais que eistem lim f( ) L e lim g ( ) L então: i. O limite da soma de duas funções é igual à soma dos respectivos limites., ( ( )+ ( )) + ( )+ ( ) lim f g L L lim f lim g.5 Assim, por eemplo, podemos escrever: lim( 5 + + + sen ) lim( 5 + + )+ limsen.6 ii. O limite da diferença de duas funções é igual à diferença dos respectivos limites, isto é: ( ( ) ( )) ( ) ( ) lim f g L L lim f lim g.7 Por eemplo, 4 4 lim( + 5 ) lim( + ) lim5.8 iii. O limite do produto de duas funções é igual ao produto dos respectivos limites, isto é: ( ( ) ( )) ( ) ( ) lim f g LL. lim f lim g.9 Limites

Assim, podemos escrever: Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 ( ) + ( ) + lim + 4 ( ) lim + 4. lim( ) 6 5 8. iv. O limite do quociente de duas funções é o quociente dos seus limites, desde que o limite do denominador seja diferente de zero: ( ( ) ( )) ( ) ( ) lim f / g lim f / lim g. Assim, podemos escrever: ( ) ( ) 4 4 4 + L lim lim + L 4 + lim + 4 4. Para poder usar as propriedades dos limites, é preciso tomar sempre o cuidado de verificar se as hipóteses estão satisfeitas isto é, a eistência do limite de cada uma das funções, com a hipótese adicional no caso do quociente de funções quando o limite do denominador não pode ser zero sem o que essas propriedades não se aplicam. Por eemplo, basta considerar: lim Evidentemente, lim lim, mas não é igual ao produto dos limites, pois o limite do primeiro fator não eiste. lim 5+ 6 Nesse caso, também o limite do quociente não é o quociente dos limites, porque limite do 5+ 6 denominador é. Simplificando, porém, chegamos a lim lim( ).

6 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Teorema 9 Se f e g são contínuas em e c é uma constante, então, as seguintes funções também são contínuas em : () () () (4) (5) f g f f + g g cf fg se g( )..8 Uma observação adicional Ao calcular limites, muitas vezes, defrontamo-nos com epressões que envolvem + ou. Para operar com esses símbolos, salientamos que: + + (+ ) + + ( ) L (+ ) + se L > L (+ ) se L < L ( ) se L > L ( ) + se L < L + (+ ) + se L L + ( ) se L + (+ ) + ( ) + + ( ) No cálculo de limites podemos nos defrontar com as chamadas formas indeterminadas ou indeterminações, que são as seguintes: + (+ ); ( ); ; ; ; ; e. O que significa isso? Limites

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 7 Um limite, ao ser resolvido, pode levar a uma epressão de um desses tipos, o que nos leva a ter de utilizar algum artifício para conseguir resolvê-lo. De fato, um limite que seja da forma é uma indeterminação, pois, a priori, não sabemos que resultado nos fornecerá. Pode dar qualquer coisa. Por eemplo, lim é da forma, mas, resolvendo-o por simplificação, temos lim ; lim é da forma, mas, resolvendo-o por simplificação, temos lim ; lim é da forma, mas, resolvendo-o por simplificação, temos lim ; e assim por diante. Para cada um dos casos mencionados podemos criar eemplos simples para perceber que o resultado do limite pode ser qualquer um. No cálculo de limites também é possível utilizar as Regras de L Hospital, que serão apresentadas quando tivermos desenvolvido a derivada de uma função..9 Propriedade da substituição direta Se f for uma função polinomial ou racional e se o valor estiver no domínio de f, então, vale a substituição direta: lim f ( ) f ( ).4 Esse fato é bastante evidente, pois uma função polinomial é contínua, bem como uma função racional, que é o quociente de duas funções polinomiais, é contínua em todo ponto de seu domínio no qual o denominador não se anula.

8 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo. Outros limites de interesse De grande utilidade, muitas vezes, é o limite dos quocientes de funções quando tende a zero, como é o caso de: sen lim cos lim.5.6 Em ambos os casos, tanto o numerador quanto o denominador tendem a zero no limite em que a variável independente tende a zero. Para determinar o primeiro limite, notamos que, para valores de no intervalo < < π/, valem as desigualdades resumidas na epressão abaio: sen < <tg.7 Dividindo a epressão acima por sen >, obtemos: < < sen cos.8 Considerando que lim cos.9 resulta, de.8 e aplicando o Teorema do Confronto, que: sen lim lim + + sen.4 Analogamente, considerando π/ < <, mostramos que sen lim lim sen Limites

Como os limites laterais eistem e são iguais, segue-se que Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 9 sen lim lim sen que é o limite fundamental. Consideremos agora o segundo limite proposto. Observamos que: cos cos cos cos + Portanto, de.4, obtemos: ( )( + ) ( ) ( cos ) cos + ( ) sen ( cos + ) lim cos sen sen sen lim lim cos + cos + ( ) ( ).4.4 Levando-se em conta que o limite do primeiro fator é igual a e que o limite da função sen é igual a zero quando tende a zero, concluímos que: lim cos.4. Calculando limites a. lim + 8 + 4 É importante observar que ambos numerador e denominador têm limite real e o do denominador é diferente de. Sendo assim, trata-se de um limite imediato, aplicando a propriedade do limite do quociente. 4 b. lim lim ( )( ) lim ( + + + ) 4 ( + )( + ) ( + ) Esse limite é da forma ; sendo assim, não é tão imediato, mas, por fatoração e sucessiva simplificação, é possível aplicar a propriedade do limite do quociente.

4 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo c. lim lim ( )( 4+ ) + + 4 5 4 ( )( + 4 4 ) + lim ( ) ( + 4 4) 6 Esse limite é da forma ; como é raiz tanto do numerador quanto do denominador, ambos podem ser fatorados e, após a simplificação, chegamos a um limite imediato. d. lim ( ) + h + h+ h lim h h h h Esse limite é semelhante aos anteriores: efetua-se a simplificação e, em seguida, o limite é imediato. e. lim lim ( )( + ) lim ( )( + ) ( + ) Esse limite é da forma ; sendo assim, não é possível aplicar a propriedade do limite do quociente; multiplicamos o numerador e o denominador pela epressão conjugada do numerador, simplificamos e chegamos a um limite imediato. 7 ( 7)( + 7)( + 9 + 8) f. lim lim 79 79 9 ( 9)( + 7)( + 9 + 8) 79 9 8 lim ( )( + + ) + + lim ( 9 8 ) 79 ( 79)( + 7) 79 ( + 7) 8+ 8+ 8 9 7 + 7 Inicialmente, o limite é da forma ; sendo assim, não é possível aplicar a propriedade do limite do quociente; multiplicamos o numerador e o denominador por epressões convenientes, lembrando que ( a+ b)( a b) a b e que ( a b)( a + ab+ b ) a b e, em seguida, procedemos à simplificação e ao subsequente cálculo do limite, que ficou imediato. Limites

( )( + + ) ( ) Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 4 + h + h h h g. lim lim lim h h h h h + h + h + h + ( ) Essa situação é semelhante: multiplicamos e dividimos pela epressão conjugada do numerador. + h h. lim lim h h h + h lim h h ( + h) + + h. ( ) ( ) ( ) + + ( + ) + h ( + h) + ( + h). + + h ( h) h. ( ( ) + ) lim h ( + h) + ( + h). + ( ) Neste caso, utilizamos o fato seguinte: (a b)(a + ab + b ) a b. i. lim lim lim 4+ + 8 8 lim ( )( + 4) ( )( 4+ + ) + 8 8 Neste caso, o limite não pode ser calculado diretamente, pois cada uma das frações não tem limite quando tende a. Efetuamos as operações indicadas, lembrando novamente a fatoração a b (a b)(a + ab + b ), até ser possível a simplificação e o limite se tornar imediato. + + 9 j. lim lim + + 9 5 7 8 + + 7 8 5 5 Um limite desse tipo é uma indeterminação da forma. A fim de sair da situação de indeterminação, colocamos a maior potência de em evidência para permitir a simplificação e usar k o fato de que lim, sempre que k é uma constante e o epoente n é estritamente positivo. + n

4 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 7+ k. lim lim + 4 4 7 + 4 4 + 4 Esse limite é muito semelhante ao anterior, observando também o fato de que l. lim + lim + 5 5 5 5 5 e 5. 4 Lembrando que lim e +, o limite se torna simples ao observar que 5 5 5. m. lim cos + Esse limite é imediato, aplicando-se a Consequência do Teorema do Confronto. n. lim sen lim sen + + Convém observar que esse não é o limite fundamental! Para o cálculo desse limite novamente aplicamos a Consequência do Teorema do Confronto. sen5 o. lim sen 5 lim 5 5 sen sen 5 Esse limite é uma aplicação quase imediata do limite fundamental. p. lim tg lim sen cos Limites

Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Esse limite é também uma aplicação quase imediata do limite fundamental. (. q. lim ( + ) lim + + ) ( + )+ + ( + ) + lim + lim + ( + ) lim ( + )+ +. + + lim + + + + + Inicialmente, observamos que o limite dado é uma indeterminação da forma e, para sair dessa situação, multiplicamos e dividimos pelo conjugado da epressão cujo limite queremos calcular. Em seguida, após a simplificação, procedemos como é habitual em limites quando, observando que, como >,. r. lim.ln( ) ln lim. ln ( [ + + ) ] lim ln + + + + Começamos usando as propriedades do logaritmo e, em seguida, usamos o fato de a função ln ser contínua para chegar ao resultado final, lembrando que lim e + +. 4