AUDITORIA DE SOFTWARE

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Transcrição:

Universidade Católica de Pelotas Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Disciplina de Qualidade de Software AUDITORIA DE SOFTWARE Prof. Luthiano Venecian venecian@ucpel.tche.br http://olaria.ucpel.tche.br/venecian 1

Agenda Conceitos Gerais Auditoria de Software Papel do Auditor Técnicas de Auditoria Tipos de Auditoria Processo de Auditoria Métricas de Auditoria Ferramentas Referência 2

Conceitos Gerais (1/2) Auditoria = Audire = do latim Saber ouvir Critério de Auditoria Conjunto de políticas, procedimentos e requisitos; Evidências de auditoria Registros, fatos ou outras informações pertinentes aos critérios de auditoria; Auditor Pessoa com a competência para realizar uma auditoria; 3

Conceitos Gerais (2/2) Auditado Pessoa ou organização na qual passará pelo processo de auditoria; Plano da Auditoria Descrição das atividades e arranjos para uma auditoria; Escopo da auditoria Abrangência e limites de uma auditoria. 4

Auditoria de Software Um processo de auditoria exerce uma ação preventiva, reparadora e moralizadora. Ao realizar uma auditoria os principais objetivos são: 1 - Verificar e constatar a eficácia do sistema; 2 - Atestar a segurança física e lógica do sistema. 5

Auditoria de Software Figura: Pesquisa realizada pela Security Solutions 6

Papel do Auditor (1/5) Compreensão do ambiente; Análise do ambiente e determinação das situações mais sensíveis; Elaboração de uma massa de testes; Aplicação da massa de testes; Análise das simulações; Emissão da opinião quanto ao ambiente auditado; 7

Papel do Auditor (2/5) Debate com os profissionais da área auditada para discussão das alternativas recomendadas; Acompanhamento da implantação da solução proposta; Auditoria da solução implantada; Novas auditorias no ambiente. 8

Papel do Auditor (3/5) O auditor deve utilizar palavras de questionamentos como: Como? (de que modo) O que? (o fato) Quando? (tempo) Quem? (pessoas) Onde? (lugar) Por que? (motivos) Mostre-me (Evidência) 9

Papel do Auditor (4/5) Estar bem preparado para realizar a auditoria Tentar prever o máximo de situações possíveis Evitar surpresas ao auditado Esclarecer todas as dúvidas sobre uma nãoconformidade Buscar objetividade e fatos concretos (Evidências) 10

Papel do Auditor (5/5) Não atacar pessoas e sim fatos concretos Motivar a identificação de melhorias Persuadir, não impor O auditor não deve relacionar pessoas à não-conformidades ou deficiências Ser flexível quando necessário Ser imparcial e objetivo para obtenção dos fatos 11

Técnicas de Auditoria Questionários Simulação de dados Visita in loco Entrevista Análise de Log Análise do programa fonte Etc. 12

Tipos de Auditoria Primeira parte: realizada por uma organização sobre si mesma; Segunda parte: conduzida por uma organização sobre uma outra para fins da organização condutora da auditoria; Terceira parte: realizadas por uma terceira independente sem interesses nos resultados da auditoria. 13

Processo de Auditoria Pode variar de organização para organização, porém não deve deixar de alcançar o objetivo da auditoria. CMM KPA N2 SQA CMMI PA N2 - PPQA Etapas Planejamento Auditoria Finalização 14

Processo de Auditoria: Planejamento (1/2) Identificação do objetivo de cada auditoria Identificação do escopo da auditoria, ou seja, onde se quer verificar a existência de não-conformidades Auditoria no produto ou no processo Definição da estratégia da auditoria, ou seja, como ela será realizada Definição de um cronograma de auditoria 15

Processo de Auditoria: Planejamento (2/2) Auditorias devem ter um cronograma atualizado e sendo executadas com freqüência. Ex: mensal: Cada mês focar em uma área especifica A freqüência pode variar por projeto ou organização Utilizar uma análise de risco para poder atualizar o cronograma Um cronograma de auditoria é conhecido pelos membros do projeto 16

Processo de Auditoria: Auditoria (1/2) Pode ser conduzida por um ou mais auditores; O auditor identifica os critérios de auditoria (processo, templates e informações pertinentes); Realiza uma preparação no material; Cria ou seleciona um checklist para que sirva de guia durante a execução da auditoria; Identifica possíveis auditados (Verificar com o líder da equipe); Apresenta-se formalmente ao auditados, descrevendo os objetivos da auditoria; 17

Processo de Auditoria: Auditoria (2/2) Na reunião de auditoria: O auditor usa o checklist para guiar na identificação das informações necessárias; O auditor deve questionar o entrevistado com base no que foi estudado e no checklist; O auditor anota todas as informações pertinentes à auditoria que posteriormente vai utilizar para identificar não-conformidades; Pedir sugestões aos auditados. 18

Processo de Auditoria: Finalização(1/3) Com base nas informações coletadas na auditoria, bem como evidências coletadas, o auditor deve verificar junto aos processos, procedimentos e padrões da organização, se são caracterizadas não-conformidades; As oportunidades de melhoria são identificadas; As boas práticas são identificadas; 19

Processo de Auditoria: Finalização(2/3) Tendo relacionado as não-conformidades, oportunidades de melhoria e boas práticas, o auditor deve verificar sua coerência com os auditados; O auditor deve criar um relatório contendo as informações da auditoria e para cada nãoconformidade deve ser apresentada: Uma ação de correção Data para conclusão Responsável pela ação 20

Processo de Auditoria: Finalização(3/3) Após o relatório finalizado, o mesmo deve ser apresentado, para que todos fiquem cientes do resultado da auditoria As não-conformidades devem ser acompanhadas até o seu fechamento Caso as datas não sejam cumpridas, deve ser um utilizado um critério de escalação, até que a nãoconformidade seja finalizada O relatório de auditoria deve estar em um repositório com controle de versão 21

Métricas de Auditoria # de não-conformidades por projeto # de Auditorias Planejadas X # de Auditorias Realizadas # de não-conformidades fechadas por mês 22

Ferramentas de auditoria (1/3) Ferramentas generalistas: São softwares que podem processar, simular, analisar amostras, gerar dados estatísticos, sumarizar, apontas duplicidade, e outras funções. Ferramentas: Audit Command Language (ACL) Interactive Data Extraction & Analisys (IDEA) IDEA / Audimation Galileo Pentana 23

Ferramentas de auditoria (2/3) Ferramentas especialistas São softwares desenvolvidos especialmente para executar certas tarefas em circunstâncias definidas. O Software pode ser desenvolvido pelo próprio auditor, pelos especialistas da empresa auditada ou terceiros contratados pelo auditor. Desvantagens: Pode ser muito caro, pois seu uso é limitado e restrito apenas a um cliente. 24

Ferramentas de auditoria (2/3) Ferramentas de utilidade geral São softwares não específicos para atividade de auditoria, é possível citar como exemplos as planilhas eletrônicas, softwares de gerenciamento de banco de dados, ferramentas de Business Intelligence, software estatísticos. Ferramentas: Suíte Trauma Zer0 MailDetective Velop Escudo MailMarshal Exchange e IQ.Suite for Domino 25

Referências CMM in Practice Processes for Executing Software Projects at Infosys CMMI Guidelines for Process Integration and Product Improvement NBR ISO 19011 Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental 26