COMO EMAGRECER COMENDO TUDO DE GOSTOSO
COMO EMAGRECER COMENDO TUDO DE GOSTOSO
Comer bem e se alimentar com o necessário para nos saciarmos. Valdemir Costa O alimento precisa saciar todos os nossos sentidos.
Valdemir Costa Este livro é resultado de uma pesquisa sobre processos alimentares e suas peculiaridades. Traça uma estratégia de atuação no tratamento da obesidade, agindo direto no intelecto humano.
PREFÁCIO As pessoas, no mundo de hoje, se assustam com qualquer coisa. Quem nasceu nos anos 70 e viveu os anos 80 - como eu - já passou por vários fins de mundo: a Guerra Fria já tentou, a Igreja e os astecas também, mas falharam, a tecnologia quase conseguiu (com o bug do milênio) e agora até os Maias tentaram. Mas, com certeza chegaremos ao fim muito antes do fim do mundo. Por isso, ter disciplina para emagrecer deveria ser uma coisa fácil. Com muita força de vontade chegaremos ao nosso objetivo, que é ter um corpo em forma e uma boa saúde.
Siga as dicas deste livro e obtenha uma melhoria substancial em seu modo de vida.
Não basta dar os passos que nos devem levar um dia ao objetivo, cada passo deve ser ele próprio um objetivo em si mesmo, ao mesmo tempo que nos leva para diante. Johann Goethe O homem sempre esteve insatisfeito com suas medidas. No começo de sua história, não existia preocupação com a obesidade, pois o alimento era escasso
e aventura de viver na terra criava as dificuldades necessárias para que toda alimentação fosse o suficiente para suprir suas necessidades diárias de energia. Sem sobra, o corpo humano se manteve durante muito tempo em forma. Mas, o tempo passou. A humanidade começou a crescer e, com o aumenta o populacional, também veio o aumento da necessidade de alimento. O homem, com sua engenhosidade, criou formas de conseguir alimento sem precisar matar um mamute e viajar milhas para achá-lo. Uma delas foi a agricultura; preparando a terra e escolhendo vegetais que fossem apropriados para serem cultivados numa determinada região o homem conseguiu prever, ou melhor, se prevenir da escassez de alimento. Porém, o homem já tinha vivido muito tempo sob o julgo da busca diária por alimento; seu cérebro já estava condicionado ao processo de guardar o alimento no seu corpo para poder consumi-lo sempre que necessário. Durante séculos, o crescimento populacional foi maior do que a produção de alimentos. Essa discrepância começou a mudar com a Revolução Industrial, no final do século XIX. Com a utilização do vapor, a descoberta da eletricidade, novos materiais e a criação de inovadores processos produtivos, mudou a balança que expressa relação entre a produção de alimento e o consumo. Mas, essa balança não é regida apenas
por produção e demanda, existem outros fatores que podem contribuir para que sua haste tenha tendência a pender para um lado ou outro. Fatores como: geografia, clima, condição social, estabilidade econômica, etc., foram decisivos para a maneira como a humanidade lidou com a escassez de alimento durante o período pós-revolução Industrial. O período que se seguiu a Revolução Industrial foi permeado por vários conflitos, trazendo à tona algumas questões que já não faziam parte do dia-a-dia da humanidade, tais como: lutar pelo alimento, escassez de comida e baixa produção de alimento. Esse período durou até o final do século XX. Com o final da maioria dos Grandes Conflitos mundiais, a humanidade passou a se preocupar com coisas que não eram levadas em consideração em outros tempos, como o Planeta, que deixa de ser coisa de bicho grilo e passa ser coisa de intelectual e tema de discussão em site de relacionamento. Esse fato serve para ilustrar como o pensamento mudou nesses milhões de anos de história do Homem na Terra e sua relação com a alimentação. Com a chegada do Novo Milênio, as condições de alguns países, antes pedintes do Terceiro Mundo, passaram a ser prósperas cedentes do Novo Segundo Mundo emergente. A melhoria das condições econômicas da população destes novos ricos (ou países emergentes) fez aquela haste da balança que
rege a relação entre produção e consumo pender para o lado do consumo novamente, mas dessa vez não foi por falta de produção, mas sim, pelo aumento do consumo. O homem começou a ganhar mais e com isso passou a se alimentar melhor; mas, o efeito colateral deste processo de melhoria de condições para acesso ao alimento foi o uso do processo de se alimentar como uma atividade social. É de nosso conhecimento que, na história humana, para algumas sociedades se alimentar era, na verdade, uma atividade relacionada principalmente à interação entre as pessoas de uma mesma região ou para confraternização entre duas ou mais regiões. Na atualidade, comer se tornou uma rotina em que a população não mais se prepara para repor aquilo que o corpo precisa e sim, participar de todo um ritual de interação entre pessoas e situações. Hoje, comer é um evento; isso faz com que se controlar se torne mais difícil. Apesar da humanidade não se alimentar apenas para suprir suas necessidades, nosso cérebro ainda tem sua programação primária: manter-nos vivos e saudáveis. Isso consiste em armazenar a maior quantidade de alimento possível. Por isso, é que quando comemos mais do que nosso corpo precisa, engordamos. O cérebro, vendo que ingerimos mais alimento do que precisamos, tende a não se desfazer do excedente, que é guardado em alguns locais do nosso próprio
corpo que conhecemos como barriguinha, pneuzinhos e gordurinhas localizadas. Utilizando dados gráficos do site G1.com, vamos ver algumas equivalências de calorias e fazer um comparativo entre o que comemos e o que devemos comer.
O processo alimentar: A alimentação do ser humano é basicamente um processo químico, mas diretamente ligado aos processos físicos presentes na vida humana. Quando engordamos significa que o nosso processo alimentar é ineficiente, então, precisamos otimizá-lo para metabolizar toda a comida que ingerirmos sem que nosso cérebro entenda que precisa guardá-la, transformando-a em lipídios (células de gordura). Uma boa alimentação começa na escolha do que vamos comer, é sempre bom comer coisas saudáveis. Mas, nem sempre o que é saudável é gostoso. A mastigação também é muito importante, pois a saliva possui enzimas que já começam a quebrar as moléculas do alimento ainda na boca. Quando o alimento chega ao estômago, o suco gástrico termina de quebrar as moléculas transformando-o em algo chamado quilo, que será encaminhado aos intestinos para continuar o processo alimentar. Nos intestinos o bolo de substâncias oriundas do estômago é chamado de quimo. Na verdade, é nos intestinos que realmente acontece a digestão (e não no estômago), neles o alimento, com a ajuda do oxigênio, se transforma em substâncias que o nosso corpo precisa para sobreviver.
Preenchendo um vazio: A alimentação humana é um processo essencial para a sobrevivência, porém, as pessoas não estão comendo para viver - estão vivendo para comer. Se o ser humano sobrevive até sete horas sem se alimentar, por que ouvimos as pessoas dizerem que estão com fome apenas poucas horas após terem se alimentado? Esse comportamento é o resultado de anos de facilidade em conseguir alimento. Como o acesso ao alimento se tornou muito mais fácil, as pessoas estão abusando do ato de comer. Com várias barraquinhas que vendem de tudo bem próximo de nossas casas é muito fácil exagerar e comer demais. O estresse da vida moderna, além de problemas pessoais, pode transformar o ato de comer em uma forma de compensar as nossas frustrações. O processo de substituição da solução de uma dificuldade por um paliativo, como se drogar, é algo muito normal nos dias de
hoje. Como não é difundido que se alimentar demais também é um vício, quem exagera não percebe que é um dependente químico como qualquer outro. Pode não ser um viciado em cocaína ou maconha, mas o vício de comer se assemelha muito ao vício em tabaco. A sensação de prazer que se tem ao comer uma coisa gostosa libera no cérebro a endorfina. A endorfina é um neurotransmissor, e é uma substância química utilizada pelos neurônios na comunicação do sistema nervoso. É um hormônio que, transportada pelo sangue, faz comunicação com outras células. A endorfina também conhecida como hormônio do prazer. Quem sabe concentrar-se numa coisa e insistir nela como único objetivo, obtém, ao fim e ao cabo, a capacidade de fazer qualquer coisa. Mahatma Gandhi