M.C.R 20 anos Casada Ensino médio completo Prendas domésticas Natural e procedente de Botucatu
Primigesta, 33s6d procura PA com queixa de anasarca e PA aferida em casa de 160x100 mmhg. Nega queixas de eclâmpsia iminente ou obstétricas
AP Nega tabagismo, etilismo Sem outras comorbidades AF Avós maternos DM + HAS Mãe HAS
G1 DUM desconhecida 1º US 09/09/14 7s Menarca 16 anos Ciclos irregulares, com tempo máximo de amenorreia de 4 meses, fluxo com duração 5-8 dias em moderada quantidade, sem dismenorreia SOP (sic - sem seguimento) Seguimento em PN de Diabetes por DG grupo IIB
24s2d Encaminhada da UBS por PA 130x100 mmhg associado a edema de membros inferiores importante e ganho ponderal de 3Kg em 3 semanas. No momento da consulta, PA 120x80 mmhg. Exames solicitados: - ácido úrico: 5,9 mg/dl - PTN: 100 mg/24h US Obstétrico + doppler: 26s, resistência aumentada na circulação uteroplacentária - Doppler de artérias umbilicais no P 95 - Doppler de ACM normal Como paciente trouxe PG e GTT alterados, encaminhada ao PN diabetes com MAPA e agendamento de novo US em 2 semanas
33s em consulta de pré-natal queixa-se de anasarca, sem outras queixas PA 145x100 mmhg Edema 2+/4+ em MMII e face Ganho de 4,8Kg em 2 semanas Paciente interna para investigação de PE Exames da internação: - Ácido úrico: 6,5mg/dL - PTN: 80mg/24h US doppler (33s1d) Resistência normal da artéria umbilical CD: Alta com MAPA e sinais de alerta
Primigesta, 33s6d procura PA com queixa de anasarca e PA aferida em casa de 160x100 mmhg. Nega queixas de eclâmpsia iminente ou obstétricas
BEG, aaa, mucosas úmidas e coradas PA 180x120 mmhg (1ª aferição) PA 160x120 mmhg (2ª aferição) Edema MMII 3+/4+ e MMSS 2+/4+ AU: 34cm BCF 150bpm AT/MF+
Internação - Solicitar exames de HG - CTG - PTN - PA 4/4 horas - Hidralazina ** Discutido caso com chefe de plantão que orienta não administrar Sulfato de Magnésio
Paciente recebeu apenas 1 bolus de hidralazina com variação de PAS 130-160 / PAD 90-100 mmhg Ácido úrico: 6,2 mg/dl PTN: 1072g US Obstétrico + doppler: crescimento fetal adequado, resistência normal na circulação uteroplacentária, placenta grau III Alta com MAPA, metildopa 500 mg 8/8h - Retorno após final de semana para discussão de reinternação, ou precoce se necessário
Síndromes hipertensivas incidência de 2-8% das gestações em países desenvolvidos, no Brasil chega à 10% dessas, 15-25% PE Principal causa de morte materna no Brasil 2ª causa no mundo Complicações: eclâmpsia, DPP, HELLP, tromboembolismo, hemorragia cerebral, CIVD
MgSO4 indicado em casos de PE grave, iminência de eclâmpsia e eclâmpsia. Em relação especificamente a crise hipertensiva não há estudos que comprovem sua eficácia e indicação, mesmo que conhecida sua ação vasodilatadora.
Sugere-se que o magnésio pode exercer um importante papel na regulação da pressão sanguínea por modulação da reatividade do tono vascular e da resistência periférica total. Ação do MgSO4 Reduz a resistência vascular periférica sem alterar fluxo sanguíneo uterino.
Aumento da concentração do Mg extracelular causa vasodilatação e atenua os agonistas que induzem vasoconstrição.
O único tratamento definitivo para a PE e eclampsia é o parto - prevenção e controle das convulsões são importantes redutores de complicações maternas, inclusive morte, enquanto se aguarda a realização do parto. 1) Até prova contrária, toda crise convulsiva em gestante com mais de 20 semanas ou em puérpera deve ser considerada como eclampsia e tratada como tal. (D) 2) O MgSO4 é a droga de escolha para o tratamento da eclampsia por reduzir de forma significante a morbidade e a mortalidade materna e perinatal em relação a outras alternativas medicamentosas. (A) 3) O MgSO4 deve ser usado no tratamento da eclampsia durante a gestação, no momento do parto ou no puerpério. Deve ser administrado na vigência da crise convulsiva e após a convulsão, se ocorrida em até 72 horas. (A)
4) Tanto o esquema IM (Pritchard) como o IV (Zuspan) podem ser usados no tratamento da PE e eclampsia. Não existe evidência de superioridade em termos de eficácia clínica e segurança entre esses esquemas. (A) 5) O MgSO4 deve ser usado em pacientes com PE grave, nos esquemas IM ou IV, em vista da redução consistente dos riscos de convulsão e de morbidade materna e perinatal. (A)
6) Os critérios de gravidade de PE são amplos, incluindo aspectos clínicos e laboratoriais. Os seguintes critérios são indicações para o uso de MgSO4 (D): sinais de iminência de eclampsia, como escotomas ou cefaleia ou epigastralgia ou hiperreflexia; PAS 160 mmhg e/ou PAD 110 mmhg; síndrome HELLP (hemólise, elevação de enzimas hepáticas, plaquetopenia); impossibilidade de impedimento da ocorrência de eclampsia.
7) Toda usuária de MgSO4 deverá ser cuidadosamente monitorada de forma clínica, no ambiente em que estiver sendo atendida, não devendo o uso da droga restringir-se à disponibilidade de leitos de UTI adulto ou neonatal. (A) 8) O monitoramento da paciente com PE grave ou eclampsia deve ser constante e centrado em parâmetros clínicos (controle de reflexos patelares, frequência respiratória e diurese). Não existem evidências de benefícios da monitorização laboratorial do MgSO4, independente do esquema adotado (IV ou IM). (A)
Standley & Standley 2002; Sulfato de magnésio nas crises hipertensivas da gestação Febrasgo setembro de 2006 Artigo de revisão: Uso de sulfato de magnésio em obstetrícia e anestesiologia Revista Bras. Anestesiol. 2010 Hipertensão na gravidez Projeto Diretriz, Febrasgo 2002 Artigo de revisão - com. Ciências saúde 2011 Recomendações SOGESP 2012 - http://www.sogesp.com.br/recomendacoessogesp/2012/tema-02-uso-do-sulfato-de-magnesio-no-tratamento-da-preeclampsia-e-da-eclampsia - Acessado em 20/03/15