ANÁLISE COMPARATIVA DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE PLANTIOS DE Pius taeda E Eucalyptus duii NA REGIÃO CENTRO- SUL DO PARANÁ Viicius Vitale 1, Gabriel de Magalhães Mirada 2 1 Eg. Flrestal, Mestrad em Eg. Flrestal, UNICENTRO, Irati, PR, Brasil - viiflrestal@htmail.cm 2 Eg. Flrestal, Dr., Dept. de Egeharia Flrestal, UNICENTRO, Irati, PR, Brasil - gmirada@irati.uicetr.br Recebid para publicaçã: 21/10/2008 Aceit para publicaçã: 22/02/2010 Resum O presete trabalh teve pr betiv fazer uma aálise cmparativa de viabilidade ecômica de prets flrestais cm Pius taeda e Eucalyptus duii lcalizads muicípi de Prudetóplis, PR. Na aálise ecômica fram utilizads s critéris d Valr Presete Líquid (VPL), Razã Beefíci Cust (B/C), Taxa Itera de Retr (TIR) e Valr Periódic Equivalete (VPE). A taxa de urs usada fi de 6,75% a a. Para pret de Pius taeda s dads de custs e receitas crrigids ttalizaram R$ 4.344,71/ha e R$36.143,99/ha, respectivamete. Os valres calculads ds critéris de avaliaçã ecômica fram um VPL de R$31.799,28/ha; Razã Beefici/Cust de 8,32, TIR de 27.23% e VPE de R$ 3.200,87/ha/a. Para pvamet de Eucalyptus duii, a crreçã ds valres para mmet zer ttalizaram R$ 5.767,75/ha, de custs e R$43.842,46/ha de receitas. Os valres calculads ds critéris de avaliaçã ecômica fram um VPL de R$ 38.074,71/ha; Razã Beefici/Cust de 7,60; TIR de 35,83% e um VPE de R$ 3.832,55/ha/a. Para s dis prets fi realizada aálise de sesibilidade d VPL. Os resultads mstraram que ambs s prets sã ecmicamete viáveis. Palavras-chave: Aálise cmparativa; viabilidade ecômica; custs; receitas. Abstract Cmparative aalysis f the ecmic viability f Pius taeda ad Eucalyptus duii platatis i the suth-ceter regi f Paraa State, Brazil. The bective f this research was t carry ut a cmparative aalysis f ecmic viability f affrestati prects with Pius taeda ad Eucalyptus duii lcated i Prudetóplis Cuty, State f Paraá, Brazil. I the ecmic aalysis the criteria f Net Preset Value (NPV), Beefit Cst rate (B/C), Iteral Retur Rate (IRR) ad Peridic Equivalet Value (PEV) were used. The iterest rate used was f 6.75% per the year. Fr the Pius taeda platatis the data f rectified csts ad icme ttalized R$ 4.344,71/ha ad R$ 36.143,99/ha, respectively. The calculated values f the f ecmic evaluati criteria preseted a NPV f R$ 31,799.28/ha, a Beefit Cst rate f 8,32, a IRR f 27.23% ad a PEV f R$ 3.200,87/ha. Fr the Eucalyptus duii platatis the rectified values ttalized R$5.767,75 ad R$43.842,46/ha fr the csts ad icme, respectively. The calculated values f the ecmic evaluati criteria shwed a NPV f R$38.074,71/ha, a Beefit Cst rate f 7.60, a IRR f 35,83%, ad a PEV f R$3.832,55/ha. A sesitivity aalysis f the NPV fr the tw platatis was carried ut. The results shwed that bth affrestati prects are ecmically viable. Keywrds: Cmparative aalysis; ecmic viability; csts; icme. INTRODUÇÃO A diversificaçã da prduçã é uma estratégia iteressate para s peques prdutres, sb dis aspects: a pssibilidade de receitas mais distribuídas a lg d a e a ã depedêcia de uma u pucas atividades, que, em cas de crrêcia de algum siistr, prblemas de mercad u utr qualquer, pdem cmprmeter desempeh da prpriedade. Nesse ctext, iserem-se as culturas flrestais, que pdem ser adtadas a frma de mculturas u em csórcis cm culturas agríclas u aimais. 469
As espécies ds gêers Pius e Eucalyptus, quad cmparadas a utras espécies, apresetam grade versatilidade para crescer e prduzir madeira em variads tips de ambiete, bem cm permitem uma multiplicidade de uss da sua madeira. Assim sed, essas espécies pssibilitam a geraçã dessa matéria-prima madeireira, em td territóri acial, em substituiçã àquela btida cm espécies ativas. O desevlvimet da teclgia de utilizaçã da madeira e a ampliaçã das alterativas de us traram algumas espécies desses gêers cada vez mais demadadas setr flrestal. Em decrrêcia diss, vem aumetad úmer de prdutres, especialmete peques e médis prprietáris rurais, iteressads plati e mae de pvamets flrestais cm tais espécies. Seguid a tedêcia mudial, várias idústrias istalaram-se sul d Brasil, betivad a prduçã e beeficiamet de madeira de reflrestamet. Essas idústrias em sempre têm autssuficiêcia abastecimet da matéria-prima de rigem flrestal, ecessitad, assim, da madeira prduzida pels peques prdutres rurais da regiã. Nesse ctext, a aplicaçã ds critéris de aálise ecômica a área flrestal é fudametal para se decidir qual melhr pret e/u alterativa de mae a serem adtads. Mais especificamete, a determiaçã da idade ecômica de crte, espaçamet, a adubaçã, a épca e itesidade de tratamets silviculturais e a espécie, etre utras decisões, pdem ser adtads de frma mais segura quad feitas as simulações baseadas em critéris técic-ecômics (LOPES, 1990). Muits trabalhs têm sid feits sbre aálise ecômica de prets flrestais, a mairia deles utilizad s pricipais idicadres da viabilidade ecômica: Valr Presete Líquid (VPL), Taxa Itera de Retr (TIR), Razã Beefíci/Cust (B/C), Valr Aual Equivalete (VAE) e Cust Médi de Prduçã (CMP) (NAUTIYAL, 1988; REZENDE; OLIVEIRA, 2001). Tds esses critéris levam em cta a variaçã d capital temp, mas cada um apta diferetes aspects relaciads as prets. Este trabalh teve pr betiv fazer uma aálise cmparativa da viabilidade ecômica de dis prets de Pius taeda e Eucalyptus duii muicípi de Prudetóplis, PR. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Ecmia flrestal Silva et al. (2005) defiem ecmia flrestal cm ram da ciêcia que trata da utilizaçã racial de recurss cm vistas à prduçã, à distribuiçã e a csum de bes e serviçs flrestais. Prtat pde-se dizer, aida, que a ecmia flrestal prcura reslver prblemas d setr flrestal, cm cmpra, veda, taxaçã, mae de flrestas e seus subprduts. Já mae sustetável das flrestas evlve as atividades relaciadas a implataçã, crescimet, mauteçã, clheita e cmercializaçã da prduçã. Prtat, para se bter sucess esse mae, é ecessári checimet das frças ecômicas, eclógicas, sciais e plíticas que determiam us racial ds recurss flrestais (SILVA et al., 2005). Silva et al. (2005) cmplemetam seu estud argumetad que a avaliaçã ds prets flrestais deve-se basear em seu flux de caixa, que csiste s custs e as receitas distribuíds a lg da vida útil d empreedimet. Se as receitas frem maires que s custs, etã tem-se um pret cm viabilidade ecômica. Para Rezede; Oliveira (2001), flux de caixa é csiderad uma sequêcia de úmers reais X, que represeta a receita líquida btida em cada períd, sed que varia de 0 a períds. Silva et al. (2005) citam que existem váris métds de avaliaçã de um pret flrestal. Cada um tma cm base determiadas premissas, e ã há cses de qual métd é mais idicad. Para s autres, grup ds critéris que csideram a variaçã d capital temp, sã relaciads Valr Presete Líquid (VPL), a Razã Beefíci/Cust (B/C), a Taxa Itera de Retr (TIR) e Valr Periódic Equivalete (VPE). Pde ser usad, aida, Valr Esperad da Terra (VET) u Valr Esperad d Sl (VES) cm idicadr da viabilidade de um pret flrestal. Critéris para a avaliaçã ecômica Rezede; Oliveira (2001) meciam que td pret, ates de ser implemetad, deve submeter-se a um teste de viabilidade ecômica, que csiste em verificar se as receitas ieretes a pret superam s custs ecessáris. Saliete-se que tat s custs cm as receitas sã valres direts, bservads d pt de vista privad. 470
A aálise ecômica de um ivestimet evlve us de técicas e critéris de avaliaçã que cmparam s custs e as receitas ieretes a pret, visad decidir se ele deve u ã ser implemetad (REZENDE; OLIVEIRA, 2001). Valr Presete Líquid (VPL) O VPL, de acrd cm Silva et al. (2005), é a difereça etre valr presete das receitas e valr presete ds custs. Para a bteçã d seu valr, é adtada a seguite expressã matemática: R ( 1+ i) C (1 + i) VPL = Em que: R = receita períd ; C = cust períd ; i = taxa de urs; = períd de crrêcia da receita u d cust (0... ); = úmer máxim de períds de duraçã d pret. A característica essecial d métd d VPL é desct para presete de tds s valres esperads cm resultad de uma decisã de ivestimet. Iss serve para satisfazer requisit básic segud qual as pções devem ser cmparadas smete se as csequêcias metárias frem medidas em um pt cmum temp (REZENDE; OLIVEIRA, 2001). Esses mesms autres cmetam, também, que, para us d VPL, faz-se ecessária a defiiçã de uma taxa de desct. Prém a seleçã de um valr aprpriad para a taxa de desct é um ds prblemas d us d métd d VPL. Esse métd é muit sesível a mudaças a taxa de desct, especialmete cas de prets de lg praz. Pequeas taxas de desct pdem alterar a classificaçã ds prets e as cclusões referetes à sua lucratividade. Far (1979), pr sua vez, mecia que prets csiderads atiecômics, aalisads uma determiada taxa de urs, pdem se trar viáveis quad avaliads uma taxa mer. Além diss, a mudaça a taxa de urs pde acarretar uma variaçã a rdeaçã de alterativas. O VPL é um ds melhres métds, pis apreseta mes falhas e, a mairia das vezes, cduz a resultad crret. Prém métd ã csidera hrizte d pret, e, pr iss, se s prets aalisads pssuírem diferetes durações u temps de maturaçã, há ecessidade de crreçã ds hriztes (REZENDE; OLIVEIRA, 2001). Taxa Itera de Retr (TIR) A TIR, cm relata Silva et al. (2005), é a taxa de desct que iguala valr presete das receitas a valr presete ds custs, u sea, iguala VPL a zer. Além diss, a TIR pde, também, ser etedida cm a taxa percetual d retr d capital ivestid. Sua fórmula é dada pr: R ( 1+ TIR) = C (1 + TIR) Em terms das vatages da utilizaçã da TIR, tem-se que, cm a adçã dessa técica, ã é precis estimar a taxa de urs e é um bm critéri para cmparar alterativas de ivestimets. Razã Beefíci/Cust (B/C) Esse critéri estabelece a relaçã etre valr atual das receitas e valr atual ds custs. O cálcul dessa razã é feit pr mei da seguite fórmula: B / C = R (1 + i) C (1 + i) De acrd cm Rezede; Oliveira (2001), pde-se dizer que, de frma geral, quad a razã B/C>1, VPL é mair que 0 e a TIR é mair que a taxa d pret. Uma das bservações a serem feitas 471
sbre esse métd é que, assim cm s métds d VPL e da TIR, ele ã leva em cta a duraçã ds prets, pis apeas csidera a relaçã etre cust e beefici. Valr Periódic Equivalete (VPE) O Valr Periódic Equivalete (VPE) é a parcela periódica e cstate ecessária a pagamet de uma quatia igual a VPL da pçã de ivestimet em aálise, a lg de sua vida útil. A relevâcia da aplicaçã d métd d VPE ectra-se a seleçã de prets que apresetam durações u vidas úteis diferetes, vist que s valres equivaletes btids pr períd crrigem, implicitamete, as difereças de hrizte (FERREIRA, 2001). Silva et al (2005) salietam que esse critéri trasfrma valr atual d pret u seu VPL em flux de receitas u custs periódics e ctíus, equivalete a valr atual durate a vida útil d pret. É apresetad pela seguite frmula: t VPL (1 + i) VPE = 1 1 t (1 + i) Para se determiar Valr Periódic Equivalete, é ecessári, primeiramete, bter VPL de cada pret e sua duraçã. Esse critéri permite cmparar prets de durações diferetes, sed essa uma de suas grades vatages. MATERIAL E MÉTODOS Caracterizaçã da área de estud Os dads para a realizaçã deste estud sã riuds de platis de P. taeda e E. duii muicípi de Prudetóplis, regiã cetr-sul d estad d Paraá, lcalizad gegraficamete a 25 12'46'' S e 50 58'40'' O. Segud a classificaçã climática de Köppe, a regiã apreseta clima d tip Cfb, cm geadas frequetes iver. A temperatura média máxima é de 24,2 ºC e a média míima é de 11,0 ºC. A precipitaçã média mesal é de 193,97 mm, e a umidade relativa d ar média mesal é de 79,58%. A altitude é de 840 m. Dads de custs e receitas Fram csiderads s custs pr hectare de implataçã (aquisiçã de mudas, prepar d sl, cmbate iicial a frmigas, plati e ctrle de platas ivasras, etre utrs), custs de mauteçã (pr exempl, rçada, cramet, mauteçã de aceirs e cmbate permaete a frmigas), custs cm pdas e algus custs evetuais. As receitas fram as prveietes da veda da madeira de desbastes e d crte fial, tmad-se cm base a veda da madeira em pé, sem ctemplar, prtat, s custs de clheita. Orgaizaçã ds dads Para efeit da aálise ecômica, utilizu-se a taxa de urs de 6,75% a a, adtada Prgrama de Plati Cmercial e Recuperaçã de Flrestas (PROPFLORA), pel Bac Nacial de Desevlvimet Ecômic e Scial (BNDES), vigete até 30/06/2009 (BNDES, 2008). Os dads de custs e receitas fram csiderads cm valres crretes (valres reais mmet de crrêcia ds gasts) e valres crrigids (valres crrigids para mmet zer d hrizte de plaeamet, de acrd cm a taxa de urs adtada). Os custs de implataçã fram csiderads tds crred períd zer, e s custs de mauteçã e de pda crred d a zer até fim da rtaçã, as 17 as. Os dads fram rgaizads em fichas de camp, cm a descriçã da atividade realizada, a de crrêcia, a quatidade executada e s preçs uitáris e ttais pags pr casiã da realizaçã. 472
Admitid-se que as pdas ã fram realizadas em tda a área em tds s períds e que s valres bservads ds custs de mauteçã e pdas fram irregulares a lg d hrizte de plaeamet, para efeit de simplificaçã d flux de caixa, s valres de custs bservads s respectivs períds de crrêcia dessas atividades fram descapitalizads para períd zer d hrizte de plaeamet e depis fram trasfrmads em valres periódics cstates, pr mei de uma série de pagamets temprária, cstate, imediata pstecipada, fazed cm que valr pudesse ser citad uma úica vez e relaciad a tds s períds. Prcessamet ds dads e critéris ecômics de decisã Os dads fram prcessads utilizad-se plailhas d Micrsft Office Excel 2007, e s pvamets fram avaliads de acrd cm s seguites critéris de avaliaçã ecômica, cm as respectivas csiderações de Silva et al. (2005): Valr Presete Líquid (VPL) O pret que apreseta VPL mair que zer é csiderad ecmicamete viável, e a cmparaçã de prets é csiderad melhr aquele que apresetar mair VPL. Taxa Itera de Retr (TIR) A avaliaçã cm base a TIR csidera viável pret em que ela fr mair que a taxa de urs utilizada s cálculs, e a cmparaçã de prets será csiderad melhr aquele que apresetar a mair TIR. Uma utra csideraçã que pde ser feita em relaçã à TIR, que diz respeit à tmada de decisã, é a cmparaçã cm uma taxa míima de atratividade, que pde ser a taxa de uma aplicaçã fiaceira alterativa, u a taxa de retr de um pret alterativ, u, aida, a taxa míima de retr estipulada pel empreededr para que pret sea atraete. Razã Beefíci/Cust (B/C) O pret é ecmicamete viável se apresetar razã B/C >1. Na cmparaçã de prets, aquele que apresetar a mair relaçã será csiderad melhr. O valr calculad B/C represeta a retabilidade prprciada pel ivestimet, u sea, represeta úmer de uidades metárias retradas para cada uidade metária ivestida, á crrigida pela taxa de urs. Valr Periódic Equivalete (VPE) Partid-se d pressupst que VPL represeta valr atual d pret, VPE trasfrma esse valr úic em um flux de valres periódics (custs u receitas) cstates, distribuíds de frma hmgêea a lg d hrizte de plaeamet d pret. O pret será csiderad ecmicamete viável se apresetar VPE psitiv, e a cmparaçã de prets será csiderad melhr aquele que apresetar mair VPE. Aálise de sesibilidade Rezede; Oliveira (2001) mstram que a relaçã etre a taxa de urs e VPL é iversa, u sea, quat mair a taxa de urs, mer VPL e vice-versa. Cm base essa cstataçã, fi realizada uma aálise da sesibilidade d VPL em fuçã da variaçã da taxa de urs. A aálise de sesibilidade fi feita cm base VPL, variad as taxas de urs de 1% até 44% a a, cm variações ptuais de 1% a a. Esse tip de estud mstra quat s prets sã afetads pela variaçã da taxa de urs, pssibilitad até idetificar graficamete uma aprximaçã da taxa de urs que marca a iterface etre s itervals de taxas de urs que determiam a viabilidade u iviabilidade de prets, u sea, uma aprximaçã da TIR. Para efeit de ilustraçã, fram tmadas cm exempl as taxas de 1, 10, 20, 30 e 40% a a, e cm s resultads fram gerads dis gráfics, um para cada espécie em estud. 473
RESULTADOS E DISCUSSÃO Aálise ecômica A aálise ecômica ds prets fi realizada pr espécie, e em seguida fi feita a cmparaçã etre as espécies. Os dads de custs e receitas ds pvamets fram crrigids para mmet zer, cm mstra a tabela 1. Tabela 1. Valres crretes e crrigids de custs e receitas ds prets de P. taeda e E. duii. Table 1. Curret ad crrected values f csts ad reveues f the prects f P. taeda ad E. duii. Pius taeda Eucalyptus duii Períd Atividade Custs (R$/ha) Receitas (R$/ha) Custs (R$/ha) Receitas (R$/ha) Crrete* Atual** Crrete* Atual** Crrete* Atual** Crrete* Atual** 0 Implataçã 1.504,00 1.504,00 2.422,20 2.422,20 1 a 17 Mauteçã 189,06 1.878,19 159,89 1.588,49 1 a 17 Pdas 57,20 568,00 124,08 1.232,72 1 a 17 Gasts evetuais 39,71 394,52 52,78 524,34 5 Desbaste - - - - 10.000,00 7.213,74 11 Desbaste 24.716,00 12.048,46 40.000,00 19.499,04 17 Crte ras 73.146,00 24.095,53 52.000,00 17.129,68 Ttal 4.344,71 36.143,99 5.767,75 43.842,46 Fte: Prdutres rurais. *Valr bservad mmet de crrêcia da atividade; **Valr crrigid pela taxa de urs para mmet zer d hrizte de plaeamet. A aálise realizada idicu que pret de P. taeda bteve valres presetes para s custs de R$ 4.344,71/ha e de R$ 36.143,49/ha para as receitas, resultad em um VPL de R$ 31.799,28/ha. Esses valres demstram que pret de P. taeda, as cdições avaliadas, é uma atividade ecmicamete viável. Para pret de E. duii, s valres bservads fram de R$ 5.767,75/ha e R$ 43.842,46/ha para custs e receitas, respectivamete. Cm iss, bteve-se um VPL de R$ 38.074,71. Esses resultads permitem afirmar que, pel critéri d VPL, ambs s prets sã ecmicamete viáveis, e que, quad cmparads, pret de E. duii mstru-se ecmicamete mais vatas que pret de P. taeda, pr apresetar mair VPL. Pel métd da Razã Beefíci/Cust, s resultads idicaram uma retabilidade de 8,32 e 7,60 vezes valr ivestid, para P. taeda e E. duii, respectivamete. Os valres de TIR bservads idicaram que, as cdições aalisadas, s prets prprciaram retrs de 27,23% e de 35,83% a a, para P. taeda e E. dui, respectivamete. A TIR sed mair que a taxa d pret idica a viabilidade ecômica d empreedimet. Prtat s valres ectrads cfirmam s resultads ds utrs critéris de avaliaçã utilizads, que diz respeit à viabilidade ds prets. Outra csideraçã que pde ser feita em relaçã à TIR é a cmparaçã dela cm uma taxa míima de atratividade, que pde ser a taxa de uma aplicaçã fiaceira alterativa, u a taxa de retr de um pret alterativ, u, aida, a taxa míima de retr estipulada pel empreededr para que pret sea atraete. O VPE apresetu valres de R$ 3.200,87/ha/a e R$ 3.832,55/ha/a para P. taeda e E. duii, respectivamete. Os idicadres de viabilidade ecômica VPL, B/C, TIR e VPE verificads para as duas espécies sã mstrads a tabela 2. Tabela 2. Idicadres de viabilidade ecômica calculads para s prets das duas espécies avaliadas. Table 2. Calculated piters f ecmic viability fr the prects f the tw evaluated species. Pius taeda Eucalyptus duii VPL B/C TIR VPE VPL B/C TIR VPE R$31.799,28/ha 8,32 27,23% R$3.200,87ha/a R$38.074,71/ha 7,6 35,83% R$3.832,55 ha/a VPL: Valr Presete Líquid; B/C: Razã Beefíci/Cust; TIR: Taxa Itera de Retr; VPE: Valr Periódic Equivalete. 474
A figura 1 mstra a distribuiçã percetual ds valres presetes ds custs ds dis prets, pr atividade. Csiderad-se que a variaçã da taxa de urs altera a viabilidade ds prets, a aálise de sesibilidade é imprtate, pis pssibilita a visualizaçã d cmprtamet d parâmetr idicadr de viabilidade em relaçã à variaçã ds urs. O pt em que a curva d VPL itercepta eix das abscissas (eix da taxa de urs) idica a taxa a qual pret tem VPL igual a zer, u sea, a taxa de urs que represeta a TIR. A aálise de sesibilidade ds prets das duas espécies em relaçã a VPL é mstrada a figura 2. 13% Pius taeda 9% 35% 21% Eucalyptus duii 9% 42% 43% 28% Implataçã Mauteçã Pda Gasts evetuais Implataçã Mauteçã Pda Gasts evetuais Figura 1. Distribuiçã percetual ds custs crrigids ds prets de Pius taeda e Eucalyptus duii para mmet zer d hrizte de plaeamet. Figure 1. Percetual apprtimet f the crrected csts f the prects f Pius taeda ad Eucalyptus duii fr ught mmet frm the precti hriz. Aálise de sesibilidade VPL (mil reais) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0-10 Pius taeda 0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 Taxa de urs (%) VPL (mil reais) Eucalyptus duii 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0-10 0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 Taxa de urs (%) Figura 2. Tedêcia d VPL ds prets de Pius taeda e Eucalyptus duii em respsta à variaçã da taxa de urs. Figure 2. Bias frm the NPV frm the prects f Pius taeda ad Eucalyptus duii i reply t the variati f the iterest rate. O pvamet de P. taeda, submetid às taxas de urs prpstas de 1, 10, 20, 30 e 40% a a, apresetu VPL s de R$ 78.532,22/ha, R$ 19.169,16/ha, R$ 3.365,83/ha, R$-658,31/ha e R$-2.108,52/ha, respectivamete. O pret de E. duii, pr sua vez, apresetu VPL s de R$ 82.309,86/ha, R$ 25.195,93/ha, R$ 7.276,72/ha, R$ 1.518,55/ha e R$-702,82/ha, respectivamete. 475
CONCLUSÕES As aálises realizadas pssibilitam chegar às seguites cclusões: Apesar da característica de lg praz, a atividade flrestal é uma ba alterativa de diversificaçã da prduçã e da reda para pequeas prpriedades, uma vez que as aálises idicaram a viabilidade ecômica ds prets aalisads. Quad aalisads s pvamets pels métds d VPL, TIR e VPE, pret cm E. duii mstru-se ecmicamete melhr, em cmparaçã cm pret de P. taeda. A iversã a rdem de viabilidade ds prets bservada quad a avaliaçã fi feita pela Razã B/C crreu pel fat de pret de E. duii ter apresetad receitas e custs prprcialmete maires que pret de P. taeda, que acabu resultad em uma relaçã mer. A TIR verificada para pret de E. duii idica que ele ctiuaria ecmicamete viável mesm iterval de taxas etre 27,23% a.a. e 35,83% a.a., que iviabilizariam ecmicamete pret de P. taeda. O melhr desempeh bservad para pret de E. duii em relaçã a de P. taeda pde ser explicad pel fat de que, além de primeir ter apresetad receitas tadamete maires, ele apresetu uma receita em um períd de temp mer, as cic as, receita esta que acabu sfred uma mer ifluêcia da taxa de urs. A aálise de sesibilidade cmprvu a tedêcia de relaçã iversa existete etre VPL e a taxa de urs, e que, para as cdições estudadas, pret cm P. taeda mstru uma mair sesibilidade em relaçã às variações da taxa de urs, quad cmparad cm pret de E. duii. REFERÊNCIAS BNDES - BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL (Brasil). Prpflra. Dispível em:<http://www.bdes.gv.br/prgramas/agrpecuaris/prpflra.asp>. Acess em: 24/3/2008. FARO, C. de. Elemets de egeharia ecômica. 3.ed. Sã Paul: Atlas, 1979. 328 p. FERREIRA, T. C. Aálise ecômica de platis de eucalipt para a prduçã de celulse. Dissertaçã (Mestrad em Egeharia Flrestal) - Uiversidade Federal de Lavras, Lavras, 2001. LOPES, H. V. S. Aálise ecômica ds fatres que afetam a rtaçã de pvamets de eucalipts. 1990. 188 f. Dissertaçã (Mestrad em Ciêcia Flrestal) - Uiversidade Federal de Viçsa, Viçsa, MG, 1990. NAUTIYAL, J. C. Frest ecmics: priciples ad applicatis. Trt: Caadia Schlars Press Ic., 1988. 581 p. REZENDE, J. L. P.; OLIVEIRA, A. D. Aálise Ecômica e Scial de Prets Flrestais. Viçsa, MG: UFV, 2001. 389 p. SILVA, M. L.; JACOVINE, L. A. G.; VALVERDE, S. R. Ecmia flrestal. 2 ed. Viçsa, MG: UFV, 2005. 178 p. 476