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Transcrição:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 686.721 SÃO PAULO RELATOR RECTE.(S) PROC.(A/S)(ES) RECDO.(A/S) ADV.(A/S) INTDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. DIAS TOFFOLI :MUNICÍPIO ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PRAIA GRANDE :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PRAIA GRANDE :ERINTON DA CUNHA SILVA :LUIZ CARLOS LOPES :VIAÇÃO PIRACICABANA LTDA :SÉRGIO LUIZ AKAOUI MARCONDES DECISÃO: Vistos. Município Estância Balneária de Praia Grande interpõe agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 37, 6º, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quinta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE DANO C.C. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - ACIDENTE DE VEÍCULO AUTOMOTOR EM RODOVIA, EM RAZÃO DE ANIMAL QUE FOI ATROPELADO ANTERIORMENTE POR ÔNIBUS DA EMPRESA VIAÇÃO PIRACICABANA LTDA - INEXISTÊNCIA DE SINALIZAÇÃO POR PARTE DO MOTORISTA QUANTO AO ACIDENTE - CULPA COMPROVADA - OMISSÃO DO MUNICÍPIO PARA PROIBIR QUE OS ANIMAIS ADENTRASSEM NA PISTA - RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO MUNICÍPIO - DANOS OCASIONADOS NO VEÍCULO - DANOS MATERIAIS DEVIDAMENTE COMPROVADOS - SERVIÇO PRESTADO, MAS COM FALHAS - DANOS MORAIS INDEVIDOS - RECURSO DA EMPRESA VIAÇÃO PIRACICABANA LTDA IMPROVIDO E RECURSO DO APELANTE SR. ERINTON SILVA PARCIALMENTE

PROVIDO (fl. 315). Rejeitados os embargos de declaração (fls. 333 a 336). Examinados os autos, decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão. O inconformismo não merece colher êxito, uma vez que o Tribunal de origem não se afastou do entendimento manifestado por esta Corte no julgamento do RE nº. 180.602/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ de 16/4/1999, no sentido de que ostenta natureza objetiva a responsabilidade dos entes públicos pelos danos decorrentes de colisão de veículos com animais soltos em vias públicas. Esse julgado recebeu a seguinte ementa: RESPONSABILIDADE DO ESTADO NATUREZA ANIMAIS EM VIA PÚBLICA COLISÃO. A responsabilidade do Estado (gênero), prevista no 6º do artigo 37 da Constituição Federal, é objetiva. O dolo e a culpa nele previstos dizem respeito à ação de regresso. Responde o Município pelos danos causados a terceiro em virtude da insuficiência de serviço de fiscalização visando à retirada, de vias urbanas, de animais. Ainda, a respeito da responsabilidade do recorrente em indenizar a 2

parte autora, o acórdão recorrido considerou suficientemente provados o defeito no serviço prestado e o nexo de causalidade existente entre a falha e os danos ocasionados, consignando expressamente que: Incontroverso na presente demanda a ocorrência do acidente tal qual descrito na petição inicial, bem como os danos ocasionados no veículo. As fotografias de fls. 29/42 e as testemunhas ouvidas às fls. 181/183 comprovam o nexo causal, bem como a responsabilidade objetiva do apelado Município Estância Balneária de Praia Grande. Houve falha no sistema de segurança em deter os animais que estavam soltos na pista. É caso, portanto, de responsabilidade civil objetiva, visto que a falha no serviço público independe da culpa do agente. O mau funcionamento ou a deficiência é condição suficiente para estabelecer a relação de causalidade e o dever de reparar o dano. Forçoso seria acreditar que a prestação do serviço não se deu de forma equivocada, ao permitir, agindo com evidente omissão, que animais cruzassem ou trafegassem pela rodovia (fl. 317). Assim, para superar o entendimento firmado no acórdão recorrido e acolher a pretensão da recorrente, seria necessário o reexame dos fatos e das provas dos autos, o que é incabível na via extraordinária. Nesse caso, eventual violação à Constituição dar-se-ia, caso ocorresse, tão somente de forma indireta ou reflexa. Incidência das Súmulas nº 279 e 636 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL DO ESTADO. NEGLIGÊNCIA EM CONSERVAÇÃO DE RODOVIA. REPARAÇÃO DE DANOS. ART. 37, 6º, DA CF/88. FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. 1. Incidência da Súmula STF 279 para aferir alegada ofensa ao artigo 37, 6º, da Constituição Federal - responsabilidade 3

extracontratual do Estado. 2. Inexistência de argumento capaz de infirmar o entendimento adotado pela decisão agravada. 3. Agravo regimental improvido (RE nº 568.782/MT-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 4/6/09). Agravo regimental no recurso extraordinário. Responsabilidade extracontratual do Estado. Comprovação do nexo causal. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. As instâncias ordinárias concluíram, com base nos fatos e nas provas dos autos, que restaram devidamente demonstrados os pressupostos necessários à configuração da responsabilidade extracontratual da União. 2. Inadmissível em recurso extraordinário o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido (RE nº 591.840/RJ-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 8/6/11). Recurso extraordinário: descabimento: o acórdão recorrido fundamentou-se na responsabilidade civil do Estado, baseada em omissão ou falta culposa ou 'faute de service' do aparelhamento administrativo: patente a inadequação do recurso extraordinário para reexame de legislação infraconstitucional ou revisão dos pressupostos de fato da afirmação da culpa ou concorrência da administração para o evento danoso: incidência das Súmulas 279 e, mutatis mutandis, 636 (AI nº. 603.470-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJe 10/8/2007 ). (...) Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade do dano, (b) a causalidade material entre o "eventus damni" e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente público, (c) a oficialidade da atividade causal e lesiva imputável a agente do 4

Poder Público que tenha, nessa específica condição, incidido em conduta comissiva ou omissiva, independentemente da licitude, ou não, do comportamento funcional e (d) a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. Precedentes. (...) - Não se revela processualmente lícito reexaminar matéria fático-probatória em sede de recurso extraordinário (RTJ 161/992 - RTJ 186/703 - Súmula 279/STF), prevalecendo, nesse domínio, o caráter soberano do pronunciamento jurisdicional dos Tribunais ordinários sobre matéria de fato e de prova. Precedentes ( ) (RE nº 481.110/PE, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 9/3/07). RE: descabimento: debate relativo à existência de nexo de causalidade a justificar indenização por dano material e moral, que reclama o reexame de fatos e provas: incidência da Súmula 279 (AI nº 359.016/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 7/5/04). No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 807.104/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Dje de 30/8/10 e AI nº 769.656/RJ, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Dje de 20/08/10. Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se. Brasília, 8 de agosto de 2012. Ministro DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente 5