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Transcrição:

Pedais e roletas Dado um polígono convexo fechado, P, dizemos que uma reta é subtangente a P se interseta P mas não interseta o interior de P. Fixemos, de uma vez por todas, um vértice de P. Chama-se pedal de P ao lugar geométrico dos pés das perpendiculares lançadas de para as subtangentes de P. Assente P sobre um eixo fixo do plano de P (o eixo é subtangente a P) e faça o polígono rolar sobre o eixo sem escorregar, como na figura da esquerda. A curva descrita por chama-se roleta. Notem que a roleta é uma curva periódica, que toca periodicamente o eixo; chamamos arco da roleta a uma secção da roleta cujas extremidades são os únicos pontos de contacto da dita secção com o eixo. À região delimitada por um arco da roleta e pelo eixo chamamos região sob o arco da roleta. Nesta jornada, num polígono de n vértices não há três que sejam colineares. Por definição, ângulo entre dois arcos de circunferência que se cruzam em P é o ângulo formado pelos vetores tangentes em P, supondo, em cada circunferência, que os arcos se orientam no sentido direto.. Num triângulo arbitrário T escolham um vértice. Desenhem um arco da roleta de T e determinem a área da região sob esse arco.. Para T e como acima, desenhem a curva pedal e mostrem que ela é a fronteira da união de dois círculos, nenhum deles contido no outro. Calculem a área delimitada por essa pedal. 3. Provem que, se P tem n vértices, a pedal é a fronteira duma união de n círculos, nenhum dos quais contido na união dos outros n. 4. A pedal é uma concatenação de n arcos circulares. Determinem, em cada ponto de junção de dois arcos, o ângulo que eles fazem entre si. Calculem a soma desses ângulos. 5. Determinem, justificando, uma fórmula que dê o perímetro da pedal, em função dos lados, diagonais e ângulos em P. 6. Determinem, justificando, uma fórmula que dê a área sob um arco da roleta, em função dos lados, ângulos e diagonais de P. 7. Provem que, para qualquer escolha de P e, a área delimitada pela pedal é metade da área da região sob um arco da roleta.

RESPOSTAS. Num triângulo arbitrário T escolham um vértice. Desenhem um arco da roleta de T e determinem a área da região sob esse arco. A figura é do género da que está à direita, relativa a um triângulo [ AB], que mostra 3 posições do ponto, gerador da roleta. A roleta só tem dois arcos circulares. A área pedida é a soma das áreas de dois setores circulares, 0 A e 0 A B Figura : B, e da área de T. A área dum setor circular de raio R e ângulo θ é R θ. Sendo a := A, b := B, e Ò A e Ò B os ângulos de T em A e B, a área pedida é a (π Ò A) + b (π Ò B) + A(T ). (). Para T e como acima, desenhem a curva pedal e mostrem que ela é a fronteira da união de dois círculos, nenhum deles contido no outro. Calculem a área delimitada por essa pedal. Para cada subtangente s que passe por A, o ponto P, pé da perpendicular de a s, pertence à circunferência de diâmetro [ A]; fazendo variar s, P descreve um arco dessa circunferência. Analogamente, as subtangentes que passam em B determinam uma parte da pedal que é um arco da circunferência de diâmetro [ B]. As subtangentes que passam por apenas produzem como ponto da pedal. Sendo, I os pontos de intersecção das duas circunferências, é fundamental observar-se que A, B, I são colineares, D B C Figura : pois I é perpendicular a IB e a IA; consequentemente, o arco circular ù AI é o lugar geométrico dos pés das perpendiculares de às subtangentes que passam por A; e o arco I da circunferência de diâmetro [ B] é o lugar geométrico dos pés das perpendiculares de às subtangentes que passam por B. Portanto a pedal é a fronteira da união dos círculos. Se um dos círculos estivesse contido no outro, eles seriam tangentes em e os pontos, A, B seriam colineares, o que está fora de causa. Quanto à área, pode responder-se dizendo, apenas, que o problema 7 diz ser a dita área metade da da roleta. Mas o argumento sintético seguinte abre caminho ao que pode fazer-se para provar 7. Na figura escureceram-se os dois setores circulares, sobrando a ponta de flecha branca. A linha DC que une os centros dos círculos é mediatriz de I e, consequentemente, paralela a AB; como C e D são os pontos médios de [ A] e [ B], [ CD] tem da área de T ; sendo CD eixo de simetria da flecha branca, esta 4 tem metade da área de T. Determinemos a área do setor circular AI; o raio é metade do raio do A

setor 0 A da figura da roleta; a amplitude do arco I centrado em C é o dobro de Ò A, pelo que o setor em causa tem ângulo duplo do de 0 A ; portanto o setor AI tem metade da área de 0 A. Analogamente, o setor sombreado no círculo de centro D tem metade da área do setor B. Portanto a área delimitada pela pedal é metade da área () da região sob a roleta. 3. Provem que, se P tem n vértices, a pedal é a fronteira duma união de n círculos, nenhum dos quais contido na união dos outros n. Sejam, P,..., P n os vértices de P. Os círculos são os de diâmetros [ P ],..., [ P n ] a que chamamos C,..., C n ; seja U a sua união. Dado F fr U, prova-se que F pertence à pedal. Existe um P k tal que F está na fronteira de C k ; portanto F P k é perpendicular a F. Seja P i um outro qualquer vértice de P; admitamos, por absurdo, que P i está do lado de F P k oposto a ; então o ângulo Ö F P i é obtuso, pelo que F pertence ao interior de C i ; então F não é fronteiro de U. A contradição mostra que todos os vértices de P estão do mesmo lado de F P k, ou seja, esta reta é subtangente a P; portanto F está na pedal. Reciprocamente, admitamos que Q está na pedal, e seja P j um vértice tal que QP j é subtangente a P e ortogonal a Q; como P está todo do mesmo lado de QP j, para qualquer vértice P s o ânguloö QP s não é obtuso, o que implica que Q não está no interior de C s ; portanto P fr U. Cada par de circunferências fr C i interseta-se segundo dois pontos, um dos quais ; portanto não há tangências entre elas. Se Γ é um arco de fr C s contido em fr U, Γ só pode ser tocado por um C i (i s) nos seus pontos extremos; portanto Γ não está contido na união dos C i para i s. 4. A pedal é uma concatenação de n arcos circulares. Determinem, em cada ponto de junção de dois arcos, o ângulo que eles fazem entre si. Calculem a soma desses ângulos. P i E i P i E P n P C i E i E i C i E n Figura 3 Figura 4 Cada vértice P s produz um C s e, portanto, um arco de C s na pedal. Há n pontos de junção destes arcos, um deles é e os outros denotam-se por E,..., E n. Considerem-se os n triângulos T i = [ P i P i+ ]; a cada T i corresponde um ponto de junção E i, determinado como a figura 3 mostra; a figura 4 ilustra a localização e obtenção de E e E n. As subtangentes a P em P i produzem o arcoü Ei E i da pedal, e as subtangentes em P i+ produzem o arcoü Ei E i+.

Quando duas circunferências se intersetam em dois pontos, em cada um o ângulo entre os arcos que aí se cruzam é o ângulo entre os diâmetros; portanto o ângulo entre os arcos concorrentes em E i é o ângulo entre os vetores P i e P i+ ; portanto a soma dos ângulos correspondentes aos E i é Ò. Na junção (figura 4) os arcosü En eù E formam um ângulo igual aò. Portanto a soma requerida é Ò. 5. Determinem, justificando, uma fórmula que dê o perímetro da pedal, em função dos lados, diagonais e ângulos em P. Adotemos a convenção E 0 = E n =. Nas figuras 3 e 4 o ângulo Ei P i E i está inscrito em C i ; portanto o arco Ei û E i tem amplitude Ò Pi. Assim, o arco Ei ûp i E i tem amplitude (π Pi Ò ), raio P i e, por isso, o seu comprimento é P i (π Pi Ò Pn ). A soma pedida é i= P i (π Pi Ò ). 6. Determinem, justificando, uma fórmula que dê a área sob um arco da roleta, em função dos lados, ângulos e diagonais de P. P 3 P 4 P 3 P 5 4 0 3 4 5 Figura 5 Figura 6 5 Seja T i o triângulo [ P i P i+ ], para i =,..., n. amos gerar o arco da roleta da seguinte forma: quando o lado [P i P i+ ] assenta sobre o eixo da roleta, eliminamos do polígono o triângulo T i, que deixamos para trás, agarrado ao eixo como a figura 6 ilustra. À medida que o polígono vai rolando sobre o eixo, ele vai perdendo sucessivamente os seus triângulos T, T, T 3,..., por esta ordem, até ficar vazio quando se completar o arco da roleta. A soma das áreas dos T i é a área de P. Se descontarmos, na região sob o arco da roleta, os n triângulos T i, o que fica é uma união de n setores circulares cujas áreas são de cálculo fácil. Compare-se com o exemplo da figura 6: o setor k P k k tem raio P k e amplitude igual ao ângulo externo de P em P k, i.e., π Pk Ò. Portanto a área sob a roleta é n X P i (π Pi Ò ) + A(P). i= 7. Provem que, para qualquer escolha de P e, a área delimitada pela pedal é metade da área da região sob um arco da roleta. A figura 3 sugere uma construção da pedal com régua e compasso. A reta que passa pelos centros, C i C i+, é a mediatriz de [ E i ]; e este segmento é perpendicular a P i P i+. Portanto E i é a imagem refletida de pela reta C i C i+ ; e [C i C i+ ] resulta de [P i P i+ ] por homotetia de centro e razão. A construção

alternativa da pedal é, pois a seguinte: considere-se o polígono P de vértices, C,..., C n ; ele resulta de P pela homotetia referida. Tracem-se em P as diagonais [ C i ] e determinem-se os pontos E i pelas reflexões acabadas de indicar. Depois basta traçar os arcos centrados nos vértices de P dum ponto de junção ao seguinte. O boneco que se obtém desenhando os triângulos [C i E i C i+ ] é uma espécie de aranha de n patas, como a figura 7 ilustra com o mesmo hexágono que o das figuras 5 e 6. A área de P (o corpo da aranha) é da área de P; as patas da aranha têm 4 outro quarto da área, de modo que a aranha branca tem metade da área de P. O que sobra da região pedal depois de retirada a aranha é uma união de n setores circulares. Da figura 3 pode deduzir-se facilmente a área de cada setor. Os alunos farão isso, provavelmente, obtendo a fórmula para a X região delimitada pela pedal: n P i (π Pi Ò ) + 4 A(P), i= Figura 7: que é metade do valor da área obtida para a região sob a roleta. Pode também argumentar-se que a cada setor circular da pedal corresponde um setor da roleta; na pedal, cada setor tem metade do raio e o dobro da amplitude do seu correspondente na roleta, o que dá metade a área, etc.