Relatório Econômico Mensal ABRIL/14
Índice INDICADORES FINANCEIROS 3 PROJEÇÕES 4 CENÁRIO EXTERNO 5 CENÁRIO DOMÉSTICO 7 RENDA FIXA 8 RENDA VARIÁVEL 9
Indicadores Financeiros BOLSA DE VALORES AMÉRICAS mês % ano % 2013 Ibovespa Fech. 50.415 7,1% (2,1%) (15,5%) IBrX Fech. 20.842 6,9% (2,1%) (3,1%) ISE 2.391 5,8% (3,6%) 1,9% S&P500 1.872 0,7% 1,3% 29,6% EUROPA DAX 9.556 (1,4%) 0,0% 25,5% FTSE 6.598 (3,1%) (2,2%) 14,4% CAC 4.392 (0,4%) 2,2% 18,0% IBEX 10.341 2,2% 4,3% 21,4% Euro Stoxx 50 3.162 0,4% 1,7% 17,9% PAN ÁSIA Nikkei 14.828 (0,1%) (9,0%) 56,7% Hang Seng 22.151 (3,0%) (5,0%) 2,9% Austrália 5.395 (0,2%) 0,8% 15,1% Coréia do Sul 4.232 (0,2%) (2,9%) 2,2% Índia 6.704 6,8% 6,3% 6,8% OUTROS MERCADOS MOEDAS mês % ano % 2013 BRL/USD 2,2581 (3,3%) (4,4%) 15,3% BRL/EUR 3,1280 (3,3%) (3,7%) 20,0% USD/EUR 1,3770 (0,2%) 0,2% 4,2% YEN/USD 103,2300 1,4% (2,0%) 21,4% USD/AUD 0,9264 3,8% 3,9% (14,2%) JUROS BRASILEIROS mar/14 2013 2012 Futuro de DI jan/15 Futuro de DI jan/16 Futuro de DI jan/17 Futuro de DI jan/21 11,12 10,58 7,71 12,08 11,62 8,19 12,47 12,28 8,44 12,83 13,07 9,16 COMMODITIES Petróleo 101,58 (1,0%) 3,2% 7,2% Ouro 1.284,01 (3,2%) 6,5% (28,0%)
Projeções Economia Global INDICADORES MACROECONÔMICOS GLOBAIS Última atualização 3/4/2014 PROJEÇÕES 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 GLOBAL (*) 5,1 5,3 2,6 (0,3) 4,9 3,6 2,9 2,8 3,1 3,6 DESENVOLVIDOS 2,7 2,3 (0,2) (3,8) 2,6 1,4 1,3 1,1 2,0 2,3 ESTADOS UNIDOS 2,7 1,8 (0,3) (2,8) 2,5 1,8 2,8 1,9 2,8 3,4 ZONA DO EURO 3,3 3,0 0,4 (4,4) 2,0 1,5 (0,6) (0,4) 1,1 1,4 ALEMANHA 3,9 3,4 0,8 (5,1) 3,9 3,4 0,9 0,6 1,8 1,4 FRANÇA 2,5 2,3 (0,1) (3,1) 1,7 2,0 0,0 0,2 0,7 1,5 REINO UNIDO 2,8 3,4 (0,8) (5,2) 1,7 1,1 0,2 1,4 2,2 2,0 JAPÃO 1,7 2,2 (1,0) (5,5) 4,7 (0,6) 1,4 1,5 1,0 1,1 EMERGENTES 7,4 8,0 5,3 3,0 7,1 5,7 4,4 4,3 4,2 4,9 ASIA EX-JAPÃO 10,3 11,5 7,3 7,7 9,8 7,8 6,4 6,3 6,5 6,6 CHINA 12,7 14,2 9,6 9,2 10,4 9,3 7,7 7,7 7,2 7,0 AMÉRICA LATINA 5,6 5,7 4,2 (1,2) 6,0 4,6 2,9 2,3 2,3 3,5 BRASIL 4,0 6,1 5,2 (0,3) 7,5 2,7 1,0 2,3 1,5 1,5 (*) Calculado pela paridade do poder de compra (*) As áreas sombreadas são projeções.
Projeções Economia Brasileira INDICADORES MACROECONÔMICOS Última atualização 3/4/2014 PROJEÇÕES 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 BRASIL PIB crescimento real (%) 6,1 5,2 (0,3) 7,5 2,7 1,0 2,3 1,5 1,5 Inflação (IPCA/IBGE) (%) 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,5 6,2 Inflação (IGPM/FGV) (%) 7,7 9,8 (1,7) 11,3 5,1 7,8 5,5 7,5 6,0 Taxa de câmbio média (R$/US$) 1,95 1,84 1,99 1,73 1,67 1,95 2,17 2,42 2,55 Taxa de câmbio final (R$/US$) 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,04 2,34 2,45 2,60 Taxa de juro nominal final do ano (Selic) 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,25 12,50 Taxa de juro real média (deflacionado pelo IPCA) 7,0 6,1 5,3 4,0 4,8 2,5 2,0 3,5 4,6 Dívida pública líquida (% do PIB) 45,5 38,5 42,1 39,1 36,4 35,3 33,8 34,5 34,5 Resultado primário do setor público (% do PIB) (**) 3,3 3,4 2,0 2,7 3,1 2,4 1,9 1,4 2,5 (*) As áreas sombreadas são projeções. (**) Sem fundo soberano e PPI
Cenário externo Melhora de humor? O ano abriu com vários motivos para o mau humor dos mercados: desaceleração dos EUA possivelmente explicada pelo clima e da China, também abalada pelas notícias de risco de default com os excessos de crédito acumulados desde o fim da recessão global em 2009. Além disso crises em alguns países emergentes, com a mais forte envolvendo Rússia e Ucrânia. O que não mudou são os problemas estruturais de vários países emergentes, com crescimento baixo e inflação alta como no caso do Brasil. Em relação aos desenvolvidos, a desaceleração dos EUA não teve impacto no bloco e adicionalmente está ficando claro que foi causada pelo clima e tem natureza temporária. O cenário de economia global mais forte devido a melhora da situação econômica dos desenvolvidas segue inalterado. O cenário ruim da China do início do ano deve ser rapidamente substituído por algum afrouxamento pontual do governo para estabilizar o crescimento acima de 7% na variação ano sobre ano e com isso evitar impacto negativo sobre o mercado de trabalho. Embora isso possa trazer algum otimismo aos mercados, não muda o cenário de longo prazo pela qual a China passa por uma desaceleração gradual e prolongada com fatores estruturais como demografia, excesso de crédito e excesso de investimentos. Além dessas três pressões estruturais para baixo, há duas outras de natureza cíclica, que é o excesso de oferta de imóveis e menor demanda externa dos países ricos. O mais importante é que dois desses fatores impões uma queda contínua do PIB potencial, portanto, mesmo que o ajuste estrutural e cíclico seja gradual, atenuado por políticas anti-cíclicas do governo, o crescimento chinês caminha para um patamar próximo de 6% no final dessa década. A queda do PIB potencial impõe um crescimento menor inevitavelmente. O mercado já absorveu essa idéia e Em relação aos EUA, há um enorme consenso sobre a aceleração da atividade nos próximos trimestres para um nível acima do potencial ao redor de 3%, com a demanda privada final mais positiva ainda. Isso decorre da melhora dos fundamentos tanto do consumo privado quanto dos investimentos. O que não é consensual ainda é a trajetória dos próximos passos do FED (banco central dos EUA). Nosso cenário é de um risco considerável do aperto tanto em termos de redução das compras de ativos quanto de alta de juros acontecer antes do que o mercado imagina. É mais provável que as economias emergentes sofram mais com a mudança da política do FED do que com a evolução do cenário da China.
Cenário doméstico Rebaixamento pela S&P. O mês de março foi marcado pelo rebaixamento da dívida soberana brasileira. A agência de classificação de risco Standard & Poors rebaixou a nota de classificação de risco do Brasil para BBB-. Os principais fatores que justificaram a decisão pelo rebaixamento foram a perspectiva de crescimento baixo e deterioração das contas públicas. A nota BBB- mantém o Brasil um degrau acima do grau de investimento. Junto com o rebaixamento, a S&P anunciou que a dívida soberana brasileira está com perspectiva estável, o que significa que não haverá nova mudança no curto prazo. Perspectivas econômicas. Os indicadores de atividade econômica iniciaram 2014 em um ritmo melhor quando comparado com os números negativos observados no final de 2013. No primeiro bimestre do ano, tanto a produção industrial como as vendas no varejo surpreenderam as expectativas do mercado. No entanto, parte importante dessa melhoria está relacionada a um verão mais quente, o que impulsionou a produção e as vendas de eletrodomésticos, e também graças a um maior número de dias úteis em fevereiro, já que o Carnaval deste ano ocorreu no início de março. Apesar deste desempenho mais favorável do que o esperado da atividade no início do ano, vários fatores irão desempenhar um papel negativo no crescimento brasileiro ao longo de 2014, tais como: as taxas de juros mais elevadas, a alta volatilidade da taxa de câmbio, o alto nível de incerteza e o baixo nível de confiança dos empresários. Levando isso em conta, mantemos nossa previsão de crescimento do PIB de 1,5% tanto para 2014 quanto para 2015. Essas previsões não consideram qualquer tipo de racionamento de energia. O cenário de inflação está ficando cada vez mais complicado. Em primeiro lugar, um mercado de trabalho ainda apertado mantém a inflação de serviços em níveis muito elevados. Em segundo lugar, a inflação dos bens comercializáveis continua sendo pressionada por uma taxa de câmbio mais depreciada. Como se isso não bastasse, a recente seca e o tempo quente têm causado grandes impactos na produção de vários produtos agrícolas, trazendo uma pressão significativa para os preços dos alimentos. Nesse contexto, apenas o controle dos preços monitorados (como combustíveis, energia elétrica e transporte público) será capaz de manter os preços ao consumidor abaixo do teto da meta de inflação deste ano. Tal situação é muito prejudicial para as perspectivas de inflação em 2015, dado que, mais cedo ou mais tarde, esses preços regulados deverão ser reajustados. Portanto, nos próximos meses, vamos observar aceleração da inflação. Nós projetamos IPCA de 6,5% para 2014 e de 6,2% em 2015. O Copom elevou a Selic para 11.00% em abril, mas deu um passo além no sentido de sinalizar que o fim do ciclo está próximo. Mas levando em consideração a nossa projeção de aceleração das taxas mensais de inflação até a reunião de 28/maio, esperamos mais uma elevação de 0,25%, o que levaria a Selic para 11,25% ao ano. Em resumo, o cenário para a economia brasileira continua muito desafiador, com crescimento baixo, inflação alta e juros também mais elevados.
Mercado Renda Fixa O mês de março foi marcado pela queda da aversão a risco global. Os dados recentes da economia americana tem apresentado melhora, à medida que a situação climática se normaliza. O mercado doméstico apresentou alta nas taxas de juros, com uma dinâmica negativa até meados do mês, após o resultado fiscal de janeiro vir abaixo das expectativas. As perspectivas da economia culminaram no downgrade da dívida soberana, algo que já estava amplamente precificado. No entanto, por conta do elevado rendimento nominal dos títulos brasileiros, observamos um fluxo relevante de investidores internacionais comprando ativos domésticos, o que amenizou parte desse movimento de alta. Renda Variável O mês de março foi marcado por um forte desempenho do mercado acionário brasileiro. Na nossa visão, esse movimento foi calcado em alguns fatores: perspectiva estável da nota crédito soberano brasileira dado pela S&P - o que na prática dá ao pais a classificação de "grau de investimento" por mais algum tempo, fluxo de saída de Rússia e direcionamento deste fluxo de capitais para outros mercados emergentes (em especial Brasil). Soma-se a isso o fato de que, aos olhos do investidor estrangeiro, a percepção de estabilidade da economia brasileira é positiva em relação a outros emergentes. CIO Eduardo Castro Departamento Econômico Ricardo Denadai Hugo Penteado Clayton Calixto Danilo Passos ACESSE: WWW.SANTANDERASSET.COM.BR
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