Relatório Econômico Mensal Janeiro de Turim Family Office & Investment Management
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- Ana Laura Tavares Bayer
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1 Relatório Econômico Mensal Janeiro de 2016 Turim Family Office & Investment Management
2 ESTADOS UNIDOS TÓPICOS ECONOMIA GLOBAL Economia Global: EUA: Fraqueza da indústria... Pág.3 Japão: Juros negativos... Pág.4 China: Mais depreciação da moeda... Pág.5 Economia Brasileira: Taxa Selic... Pág.6 Inflação... Pág.7 Mercados: Bolsas, Renda Fixa e Moedas... Pág.8 Índices... Pág.11 2
3 EUA: Fraqueza da indústria Economia Global A economia americana continuou apresentando dados mais fracos no setor industrial no mês. Este setor sofre os efeitos da valorização acumulada do dólar e forte queda do preço do petróleo, que impacta o setor de produção e exploração. O gráfico ao lado mostra o índice de confiança dos empresários na indústria (ISM). Todavia, é importante apontar que o setor industrial representa apenas 12% do PIB e o setor de serviços continua apresentando expansão. O mercado de trabalho está sólido e a confiança do consumidor em patamares elevados. Além disso, a expectativa é de menos cortes nos gastos do governo. Tendo esses fatores em vista, a economia deve continuar crescendo nos próximos trimestres. Fonte: Reuters 3
4 Japão: Juros negativos Economia Global Em janeiro, o Banco Central Japonês resolveu incrementar a acomodação monetária, instituindo juros negativos para parte do excesso de reservas bancárias depositadas na autoridade monetária. A ideia é evitar a queda das expectativas de inflação, em meio à valorização do yen desde dezembro. O gráfico ao lado mostra a variação em 12 meses do núcleo de inflação. Nesse sentido, o Japão se une à Europa, Suíça, Suécia e Dinamarca, onde os Bancos Centrais instituíram juros nominais negativos. A ampliação desse experimento desbanca a noção de que o limite inferior da taxa de juros seria zero. Fonte: Reuters 4
5 China: Mais depreciação da moeda Economia Global A China causou novo alvoroço nos mercados no mês de janeiro. O mercado de ações apresentou fortes perdas, mas é a política cambial que mais preocupa os investidores. Isto ocorre em função dos indícios de aumento da saída de capital em meio a expectativa de que a moeda deva se desvalorizar mais. A desaceleração da economia e a subida de juros nos EUA fizeram com que o governo chinês mudasse a política cambial, no sentido de desatrelar o yuan (moeda chinesa) do dólar americano, atrelando-o a uma cesta mais ampla de moedas permitindo maior flutuação. A grande preocupação é que uma rápida e substancial desvalorização da moeda cause choque deflacionário em um mundo no qual a inflação já está preocupantemente baixa. Fonte: Reuters 5
6 Fonte: Bloomberg Taxa Selic Economia Brasileira Após vários indicativos de continuidade no processo de alta na trajetória da taxa SELIC e mesmo com uma inflação de dois dígitos em 2015, o presidente do Banco Central surpreendeu o mercado na véspera da reunião do COPOM, comunicando que as previsões mais pessimistas do FMI para crescimento do Brasil deveriam ser levadas em conta na decisão do Comitê. A taxa SELIC foi então mantida estável (em 14,25%), o que levou o mercado a acreditar em uma interferência do planalto na decisão. Antes da reunião, o mercado acreditava que o BC subiria os juros básicos da economia não apenas em janeiro, mas em quase todo o ano de Essa expectativa teve uma forte reversão, dada a incerteza em função dessa possível interferência política na decisão. Vários argumentos podem ser apresentados em favorecimento à manutenção dos juros e até mesmo a favor de sua queda, mas a comunicação truncada fez com que o mercado questionasse ainda mais a credibilidade do Banco Central. 6
7 Fonte dos dados: Bloomberg Inflação Economia Brasileira Brazil Breakeven 2 Year 9.16 Brazil Breakeven 10 Year 9.16 Brazil Breakeven 3 Year 9.13 Brazil Breakeven 1 Year 9.11 Brazil Breakeven 4 Year 8.97 Brazil Breakeven 40 Year 8.61 Brazil Breakeven 5 Year 8.56 Brazil Breakeven 30 Year 8.56 Brazil Breakeven 20 Year 8.54 Brazil Breakeven 6 Year 8.48 O Breakeven Inflation representa a expectativa de inflação futura embutida nos títulos emitidos pelo Governo. Para nenhum período entre 1 e 40 anos a frente conseguimos ter uma inflação esperada abaixo de 8% (a meta do BC é de 4,5%, com limite superior de 6,5%). Essa perda da ancoragem inflacionária se dá tanto pelos resultados fiscais brasileiros que não apresentam reversão na trajetória de deterioração quanto pela crença de que o BC não fará muitos esforços para conter a inflação. Um país que tem política fiscal e monetária expansionista invariavelmente terá aceleração da inflação em algum momento: quando se soma aos tradicionais gargalos de infraestrutura existentes no Brasil o sistema de indexação de diversos preços na economia, o resultado é que, para qualquer prazo esperado, a inflação brasileira deva continuar substancialmente acima da meta e dentre as maiores do mundo. 7
8 Bolsas Mercados 0% S&P500 FTSE100 CAC DAX Nikkei Hang-Seng Bovespa -2% -4% -6% -8% -10% -12% Variação Janeiro Variação em 2016 A aversão ao risco aumentou bastante durante o mês de janeiro. Preocupações com subida de juros nos EUA, queda acentuada do preço do petróleo e desvalorização cambial na China foram os fatores que preocuparam os investidores, produzindo quedas fortes nos principais mercados acionários. A bolsa americana (S&P500) chegou a cair 11,32%, mas fechou o mês com queda de 5,07%. A bolsa europeia (Eurostoxx50) caiu 6,81%, o índice Nikkei (Japão) 7,96%, o Hang- Seng (Hong Kong) 10,18% e o Ibovespa 6,79%. 8
9 Renda Fixa Mercados Em consistência com o movimento generalizado de aversão à risco no mercado de renda-fixa, o título do Tesouro Americano de 10 anos se valorizou e seu retorno até o vencimento ficou abaixo de 2%. Esse movimento reflete a busca por um porto seguro. Os spreads de crédito dos títulos corporativos também apresentaram alta. Apesar disso, o CDS Brasil (Credit Default Swap) medida de risco do país não se deteriorou, fechando o mês com ligeira queda de aproximadamente 470 basis points. Fonte: Reuters 9
10 Moedas Mercados O dólar americano, conforme medido pela cesta DXY (cesta com as principais moedas do mercado), apresentou valorização de quase 1% no mês de janeiro. O destaque no mercado de moedas foi a volatilidade da moeda chinesa, conforme comentado anteriormente: o yuan se desvalorizou em 1,25% em relação à moeda americana. Quanto ao euro, após a forte valorização no mês de dezembro, houve ligeira queda de 0,29% em janeiro. O real desvalorizou-se 0,96% frente à moeda americana. Fonte: Reuters 10
11 ESTADOS UNIDOS Índices ECONOMIA GLOBAL Variação Janeiro Valor em 31/Janeiro Variação em 2016 Variação 12 meses Commodities Petróleo WTI -9,23% 33,62-9,23% -30,31% Ouro 5,35% 1.118,17 5,35% -12,90% Moedas (em relação ao US$) Euro -0,29% 1,08-0,29% -4,07% Libra -3,34% 1,42-3,34% -5,42% Yen -0,76% 121,14-0,76% -3,01% Real -0,96% 4,00-0,96% -32,91% Índices S&P500-5,07% 1.940,24-5,07% -2,74% FTSE100-2,54% 6.083,79-2,54% -9,86% CAC -4,75% 4.417,02-4,75% -4,07% DAX -8,80% 9.798,11-8,80% -8,38% Nikkei -7,96% ,30-7,96% -0,88% Hang-Seng -10,18% ,11-10,18% -19,68% Bovespa -6,79% ,99-6,79% -13,86% 11
12 Nossas opiniões são frequentemente baseadas em várias fontes, já que despendemos grande parte de nosso tempo com análises de amplitude global de vários bancos, gestores, corretoras e consultores independentes. Todas as opiniões contidas neste relatório representam nosso julgamento até esta data e podem mudar sem aviso prévio, a qualquer momento. Este material tem caráter meramente informativo, não devendo ser considerado uma oferta de venda de nossos serviços. 12
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